Segurito 101

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Periódico Para Rir e Aprender

VOCÊ DEIXA SUA

Mensagem ao Leitor

SEGURANÇA

Boa Leitura!

NA EMPRESA, JUNTO

M

Prezados Prevencionistas, Neste mês chegamos ao 9o ano do Jornal Segurito, sempre com informação e pitadas de humor. E para comemorar, estamos em um verdadeiro safari de SST. Só tem fera! E mesmo sem combinar com nenhum dos convidados, a edição acabou saindo com temas para fazermos uma reflexão pessoal e profissional. Veja abaixo os renomados profissionais que nos agraciaram com a presença e estão festejando junto com a gente: Alexandre Pinto da Silva Armando Campos Guilherme José Abtibol Caliri José Luiz Lopes Alves Juliana Bley Luiz Augusto Damasceno Brasil Luiz Philippe Westin de Vasconcellos Marcos Henrique Mendanha Mário Fantazzini Nestor Waldhelm Neto Um abraço e excelente leitura! Prof. Mário Sobral Jr.

DICA SEGURA DO ARMANDO CAMPOS odo profissional da área de SST deve Tconhecer a realidade em que atua, quais

os valores, as crenças, os riscos existentes e como eles são tratados, e a maturidade sobre SST existente. A partir daí estabelecer uma estratégia junto com a Direção da Empresa, para atender às necessidades das partes interessadas, para motivar as pessoas, gerada por uma motivação transcendente, em que todos conheçam seu papel e atuem de forma individual e coletiva, demonstrando um aprendizado organizacional e um desempenho próximo/melhor do que o padrão definido, que permeie a valorização dessas partes interessadas e que apresente para a comunidade um Sistema de Gestão de Riscos traduzido num relatório social e ético.

Autor: Armando Campos – Engenheiro de Segurança do Trabalho Contatos:

Manaus, Fevereiro 2015 – Edição 101 – Ano 9

COM O CAPACETE?

uita gente deixa seu senso de segurança na empresa, quando volta para casa. É como se fosse mais uma vestimenta ou um EPI, que fica na empresa, mas não é levado para casa. Na empresa, toma muitos cuidados, usa todos os EPIs, obedece as regras. Mas quando sai... esquece que a vida real, lá fora, tem os mesmos (e talvez até mais) riscos que os que existem na empresa. Não apenas isso, todo o cuidado que existe, no trânsito interno de veículos dentro da empresa, parece desaparecer fora. Você usaria o seu cinto de segurança, se tivesse certeza de que ninguém verificaria? EPIs, na sua casa? Óculos de segurança para usar uma furadeira? Cuidados nos trabalhos elétricos? Abriria o disjuntor, usaria ferramentas adequadas, isoladas...? Verificaria o aterramento (você faz o aterramento de chuveiros, da máquina de lavar roupa, da máquina de lavar pratos, da torneira elétrica... como pede para que todos façam na empresa)?

Para entender de onde veio e para onde foi o Fator Acidentário de Prevenção. Leitura para termos uma visão completa deste tema tão controvertido.

Fator Acidentário de Prevenção (FAP) Inconstitucionalidades, Ilegalidades e Irregularidades - Ed. Juruá Cláudia Salles Vilela e Melissa Folmann

PIADINHA O mineirinho acha um gênio da lâmpada e este lhe diz que pode fazer três pedidos.

- Uai seu Gênio eu queria um pão de queijo.

O gênio faz surgir o pão e depois pergunta qual seria o segundo desejo. - Pode ser outro pão de queijo?

O gênio espera ele acabar e pergunta qual

Por que as pessoas “desligam” a segurança quando vão para casa? Onde fica então a percepção de riscos? São riscos diferentes, ou não existem? Não são tão importantes? O que estou provocando é muito simples: Quando a segurança que exibimos depende de sermos supervisionados, isso é apenas um comportamento dependente. O que desejamos é um comportamento independente, consciente, baseado na percepção de riscos, e que vai existir sejamos supervisionados ou não. É um comportamento para mim, não para os outros, e que eu julgo necessário porque existe um risco e deve ser adequadamente gerenciado. A ideia é simples: o que pode acontecer, vai acontecer. Se não admitirmos isso, não tomaremos nenhuma medida. E às vezes pior, vai acontecer nas piores circunstâncias e quando não estivermos realmente preparados. É a Lei de Murphy, que não é piada, e que, em última análise, trata do conceito de se acreditar no potencial de um risco. Onde você se encaixa???

Autor: Mário Fantazzini – Engenheiro de Segurança do Trabalho

www.jornalsegurito.com

Jornal Segurito

seria o terceiro desejo.

- Quero um monte de dinheiro e muitas mulheres.

Faz surgir o pedido mas percebe que o mineirinho

não

estava

muito

pergunta: Qual foi o problema?

feliz

e

- Na verdade eu queria mais um pão de queijo, mas fiquei com vergonha de pedir.

O Jornal Segurito e o site Segurança do Trabalho NWN uniram as forças e estão lançando um canal no youtube: SST é o Canal. Estaremos disponibilizando vídeos voltados exclusivamente para o tema de Saúde e Segurança do Trabalho. Estamos nos retoques finais, mas enquanto você aguarda a nossa programação inscreva-se acessando este link: https://www.youtube.com/channel/UC9O BoDnNDH-pHXWslpB4lyw/feed jornalsegurito@bol.com.br


JORNAL SEGURITO EXEMPLO: O MELHOR ATIVADOR DO COMPORTAMENTO

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uito se tem escrito e dito sobre programas que buscam conseguir comportamentos seguros das pessoas, principalmente aquelas que trabalham em ambientes de alto risco. Existem dezenas de sugestões a seguir baseadas no que tem dado certo, bem como de alertas sobre o que tem provocado insucessos. Um fator considerado chave e que muitos líderes, incluindo supervisores, tem dificuldade de praticar é o exemplo a ser seguido. Há quem diga que o exemplo não é mais um ativador comportamental, mas o único que existe de verdade.

Aí está talvez a maior oportunidade de alavancagem dos trabalhos dos profissionais de saúde e segurança: fornecer o coaching necessário para os líderes para que estes sejam exemplos a seguir. Um líder que serve de exemplo representa um investimento com retorno certo. Mas os profissionais de saúde e segurança podem ir além: podem descobrir no ambiente da força de trabalho aqueles que podem servir de exemplo e recomendar explicitamente para que se tornem visíveis e reconhecidos. Alto nível de saúde e segurança só é atingido quando uma massa crítica evolui para uma cultura de excelência, em que todos cuidam de todos e servem de exemplos. Muitos líderes não sabem conversar com suas equipes. É fato e é preciso lidar com isso. Contudo, eles podem influenciar sem falar, apenas agindo do modo como se espera que façam. Coaching é, portanto, a competência essencial para o sucesso da atividade do profissional de saúde e segurança. Desenvolver habilidades nesse sentido é vital para uma carreira bem sucedida.

Autor: José Luiz Lopes Alves - Engenheiro Químico / Doutor em Engenharia

PIADINHAS Seguritinho chegou muito atrasado na escola, e a professora perguntou: — O que aconteceu menino? — Fui assaltado.

— Oh, meu Deus! E você se machucou?

- Machucar não. Mas a senhora não vai acreditar, ele só roubou o meu trabalho de matemática.

 O juiz pergunta ao réu:

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BOM PROFISSIONAL

uando escolhemos uma profissão, um Q dos primeiros requisitos é procurar um

local de referência para o estudo, com boa estrutura e bons professores, pois queremos aprender o máximo possível (pelo menos deveria ser assim, pois muitos visam apenas o preço). Aí vem a pergunta: o que é um bom profissional? É o melhor tecnicamente? A resposta é “DEPENDE”. Se você busca um serviço de consultoria, um profissional tecnicamente bom é a sua melhor escolha. Agora se você contrata para trabalhar em uma empresa, outros critérios devem ser analisados. Cito sempre como exemplo, em uma das empresas na qual gerenciava o SESMT, de uma prova que aplicava para contratação de estagiários e TST’s. Uma prova tecnicamente simples, mas devido ao baixo nível de ensino das escolas de formação, questões básicas eram desconhecidas. Certo dia um candidato a estagiário tirou nota próxima à máxima, e eu achando que tinha encontrado um prodígio. Ledo engano. O estagiário em questão tinha inteligência emocional quase nula, era inseguro, não sabia lidar com as pessoas, para sair da sala era um parto. De nada adianta o chefe passar um problema e o subordinado voltar com cinco não resolvidos. E isso acontece

demais. No geral currículo é papel. O fato de um candidato possuir diversos cursos não significa que aprendeu ou sabe executar.

Excelentes profissionais são pouquíssimos e disputados pelas empresas. Lembre-se, sua chefia quer que você RESOLVA problemas, se fosse para o chefe resolver, não precisaria de você. Tenha sempre em mente que além do conhecimento técnico, o bom profissional sabe planejar, executar, resolver, lidar com pessoas, ter poder de persuasão, empatia, “ir atrás do trabalho” e não esperar o “trabalho aparecer” (proatividade), além de outras características para fazer acontecer. Moral da estória: Conhecimento técnico não é tudo, é preciso também ter inteligência emocional. Autor: Guilherme José A. Caliri - Eng. de Segurança do Trabalho

MUITO TRABALHO PELA FRENTE hegamos ao ano C sentimento de ainda

de 2015, com termos de fazer

muito mais! Segundo a OIT, no mundo temos cerca de 2.300.000 mortes relacionadas ao trabalho, sendo 2.000.000 mortes por doenças e 300.000 por acidentes.

No Brasil, continuamos com cerca de 700.000 acidentes no trabalho ao ano com aproximadamente 3.000 mortes (dados até 2013). De acordo com a Organização Mundial da Saúde, até 2020 a depressão será a segunda causa da incapacidade para o trabalho. Percebemos claramente o “estado de guerra” que está o mundo do trabalho. Diante desse quadro, percebemos a importância do desenvolvimento da segurança no trabalho, a ser encarada como valor, não só pelas empresas, mas também por toda a sociedade. Possuímos 35 Normas Regulamentadoras do MTE em vigor (A NR 27 – Registro Profissional foi revogada), e ainda falta

muito para que essas normas sejam cumpridas na íntegra. Algumas normas estão em revisão, como a NR 1 – Disposições Gerais que está sendo totalmente reformulada, além de outras que tiveram revisão em seus anexos, como a NR 15 – Atividades e Operações Insalubres e NR 16 – Atividades e Operações Perigosas, além de outras como a NR 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos que está no centro de uma polêmica. Outros eventos estão acontecendo e prometem mudar radicalmente a forma como encaramos a segurança do trabalho, como a implantação do eSocial, que fará uma enorme revolução de como devemos fazer a gestão da segurança na empresa. É neste cenário em ebulição, que chegamos neste ano de 2015, sendo nosso compromisso nos mantermos atualizados e pôr em prática o que determinam as normas que regulamentam a segurança no trabalho. Diante de tudo o que foi exposto, concluímos o quão é importante a área prevencionista para a evolução da segurança do trabalho, e que neste ano, possamos mudar esse “cenário de guerra”, que é a questão das doenças e acidentes do trabalho! O pior naufrágio é não partir Amyr Klinc

Autor: Alexandre Pinto da Silva - Engenheiro de Segurança do Trabalho


JORNAL SEGURITO

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NEXO CAUSAL, PILAR DO RACIOCÍNIO

A natureza é regida pela Lei da Ação e

Reação. E assim devem também raciocinar todos aqueles envolvidos com a Segurança no Trabalho, procurando estabelecer o nexo (relação) entre a causa e o efeito decorrente.

“Levei um choque elétrico porque o fio estava desencapado e energizado? Apresentei perda auditiva porque tive otite ou porque não usei EPI? Tive apendicite porque sou fumante? Tenho cefaleia toda vez que meu time perde? Tenho sintomas de LER porque todas as minhas companheiras de bancada têm? Já em fevereiro sei que terei gripe em junho? Esse copo d’água me deu enjôo? Tive tuberculose porque essa doença consta no NTEP e o CNAE da Empresa é insalubre? Afoguei-me nas próprias lágrimas...?; Estourou o “air bag” ao passar no lava a jato de uma famosa petroleira?” Essas são dúvidas e/ou afirmações perigosas, distorcidas, erradas, ignorantes e muitas vezes mal intencionadas, que poderiam ser facilmente esclarecidas se fossem aplicados os Critérios de Causalidade de Bradford Hill (1965) que, apesar de feitos para a Medicina, podem (e devem) ser aplicados na grande maioria das afirmações de nexo causal. São eles, resumidamente: sequência no tempo (efeito somente após a causa); força da causa (tiro é diferente de tapa); constância, coerência e especificidade (toda explosão faz barulho, todo fogo na pele dói, a lei da gravidade é de cima para baixo); analogia (casos semelhantes nas mesmas condições); topografia (agente agressor não pode estar distante do local do efeito); ausência de outras explicações plausíveis e razoáveis; experimentação de eliminação da causa fazendo cessar o efeito (manutenção preventiva, ausência de novos casos). Esses itens podem parecer óbvios, mas são frequentes (e infelizmente) esquecidos por aqueles que, por dever de profissão, deveriam usar melhor a coerência do raciocínio lógico, sem grande necessidade de filosofar. Luiz Philippe Westin Cabral de Vasconcellos, médico perito, autor do livro “A simulação na perícia médica”.

PIADINHA Um tenente para o soldado: Por que você faltou ontem na aula de camuflagem? Ele retruca: o senhor tem certeza?

O AUTO-CUIDADO DO PREVENCIONISTA virada de ano é uma época na qual tradicionalmente renovamos votos, esperanças e metas que deverão nortear nosso fazer na nova etapa que se inicia. O ano novo e a celebração do aniversário do Segurito me inspiraram a abordar um assunto delicado. O “Cuidar de Mim” do profissional de SST. Em SST temos um fenômeno triste e comum: a maior parte das empresas só começa a atuar com seriedade na prevenção quando passa por um acidente grave ou de grandes proporções. Pensando bem, isso não difere muito da forma como as pessoas físicas (nós) costumam lidar com sua própria saúde e segurança. Não é raro conhecer prevencionistas incríveis que cuidam de todos ao seu redor, mas que negligenciam a si mesmos rotineiramente. Fazem isso com sua alimentação, horas de sono, falta de cuidado com o corpo, hábitos prejudiciais. Só se dão conta de que se abandonaram quando adoecem. Quero convidar você a celebrar o aniversário deste informativo permitindose um momento de olhar para dentro. Reserve duas horas de seu dia ou final de semana, papel e caneta em mãos, e presenteie a si mesmo com uma honesta e profunda avaliação a respeito de como você Cuidou de Si Mesmo em 2014. Liste do outro lado da folha a forma como gostaria de Cuidar de Si daqui pra frente.

E finalize com uma folha nova na qual poderá escrever ali objetivos e compromissos para 2015 que permitam aproximar o que você faz por você hoje e o que gostaria de poder fazer.

VÍDEO AULAS

SOU BOM EM QUÊ MESMO?

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Não esqueça de definir compromissos viáveis, que você tem condições de botar em prática com algum esforço e determinação (como tudo que precisa ser construído). Com este exercício (e a prática ao longo do ano, é claro!) poderemos fortalecer nosso próprio comportamento seguro e, principalmente, sermos exemplo verdadeiro de que uma vida de respeito com a própria saúde e segurança é SIM um valor em nossas vidas. "Se eu cuido do outro negligenciando a mim mesmo, eu cultivo a negligência e não o cuidado" Thomas d'Ansembourg Autora: Juliana Bley – Psicoterapeuta e Educadora

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o ano passado, o meu xará Prof. Mário Paulo, Perito do INSS e Médico do Trabalho de Uberlândia – MG, criou um Canal no Youtube, com excelentes vídeoaulas sobre Saúde e Segurança do Trabalho. Aulas com mais de 40 minutos e que devem ser vistas na sequência, conselho que o professor recomenda no início de cada vídeo. Um verdadeiro curso de EAD gratuito. Atualmente o canal tem 15 vídeos. Ruído, calor, legislação, vibração e umidade são alguns dos temas tratados com didática e muita informação. E ele promete manter a produção. Parabenizo o trabalho e recomendo que você acesse agora no seguinte link: https://www.youtube.com/watch?v=zaJzn pL7xgA

I

magine que eu sou o proprietário de uma empresa que está procurando um profissional de segurança do trabalho e você chega na minha porta para ser este candidato. O problema para você é que junto chegam dezenas. E aí me vem uma dúvida: Por que então eu lhe contrataria e não os demais? Você tem como responder esta pergunta? E não me venha com a história que você será o de maior empenho. Isto é o mínimo que eu espero do meu trabalhador e acredito que se você está procurando um emprego é o mínimo que você e todos da fila devem poder oferecer. Na verdade, eu preciso saber o que te diferencia dos demais. Você é o cara no excel, um excelente palestrante, tem fluência em várias línguas, tem conhecimentos aprofundados da legislação ou é professor de português? Parece bobagem, mas é essencial sabermos no que somos bons. Se soubermos a resposta teremos como tentar melhorar esta característica e também como nos vender melhor. Então, não esqueça de antes da próxima entrevista responder a seguinte pergunta: Qual é o meu diferencial? Autor: Mário Sobral Júnior - Engenheiro de Segurança do Trabalho.


JORNAL SEGURITO AUXÍLIO DOENÇA EM 30 DIAS. FICA OU NÃO FICA?

C onforme novo artigo 60 da Lei 8.213 de

24/07/1991 (com redação dada pela Medida Provisória n. 664 de 30/12/2014) os 30 primeiros dias de afastamento (e não apenas os 15) passam a ser pagos pela empresa. Vejam como ficou: “Art. 60. O auxílio-doença será devido ao segurado que ficar incapacitado para seu trabalho ou sua atividade habitual, desde que cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido nesta Lei: I - ao segurado empregado, a partir do trigésimo primeiro dia do afastamento da atividade ou a partir da data de entrada do requerimento, se entre o afastamento e a data de entrada do requerimento decorrerem mais de quarenta e cinco dias”.

Essa regra é definitiva? Essa regra já vale mas ainda não podemos dizer que é definitiva, uma vez que entrou em vigor mediante uma medida provisória (MP). As medidas provisórias são exceção à regra de que uma norma somente pode ser elaborada

pelo Poder Legislativo. Nesse caso, em hipóteses relevantes e urgentes (estabelecidas na Constituição Federal), o(a) Presidente da República baixa uma medida provisória com força de lei e que deve, desde a sua publicação, ser obedecida por todos. As medidas provisórias devem ser submetidas ao Congresso Nacional e, se não forem aprovadas por este, perdem a sua validade após um certo período de tempo. Uma característica interessante das MPs: elas geram o chamado “trancamento” ou “travamento” de pauta no Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal) a partir de 45 dias de sua publicação. Traduzindo: após 45 dias de sua vigência, tudo que o Congresso Nacional estiver fazendo é “travado” para que se aprecie a MP com prioridade. Vale lembrar que, caso a MP não seja votada em 60 dias, ela é automaticamente prorrogada por mais 60 dias. Então o Congresso Nacional poderá recusar a MP 664 de 30/12/2014? Sim, tudo dependerá das votações que ocorrerão na Câmara dos Deputados e Senado Federal. Exemplo recente de medida provisória que virou lei: “Mais Médicos”. O “Programa Mais Médicos” foi instituído mediante a MP n. 621 em 08/07/2014. Após aprovada pela maioria dos congressistas se tornou a Lei n. 12.871 em 22/10/2014, e assim permanece. Aguardemos os próximos capítulos...

Autor: Marcos Henrique Mendanha – Médico do Trabalho / Advogado.

A IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO E OS EMPREGADOS

S aber se comunicar é muito importante

na área de segurança do trabalho. Por isso, um mau comunicador dificilmente terá sucesso nesse segmento. Muitos dos problemas encontrados por nós no trabalho são criados por nós mesmos. Um exemplo é a falta de candidatos na CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). Na maioria das vezes a falta de candidatos é pura falta de comunicação entre o gestor do processo eleitoral da CIPA e os empregados. Muitos colegas lançam o edital de CIPA e o colam no relógio de ponto ou em qualquer outro painel de comunicação da empresa, mas não partem para um corpo a corpo com o empregado na tentativa de torná-lo candidato. Se não apresentarmos a CIPA verbalmente para os empregados, seja através de palestras ou mesmo conversando individualmente, a chance de encontrar candidatos certamente ficará bem reduzida. A avaliação ambiental é peça importante na gestão de segurança do trabalho.

Através das avaliações ambientais é que definimos as medidas preventivas necessárias para cada risco levantado. No momento de proceder com as avaliações ambientais os colegas têm cometido outro grande “pecado” que é não dialogar com o empregado na busca de saber: - Qual é a rotina de trabalho dele; - Quanto tempo o empregado permanece em cada posto de trabalho; - Qual é a opinião do empregado no tocante aos riscos presentes no ambiente. Uma simples entrevista usando essas perguntas já pode abrir um pouco mais o campo de visão da pessoa que irá fazer a avaliação ambiental. Não se engane! Na maioria das vezes o empregado conhece bem mais os riscos do posto de trabalho dele do que nós conhecemos. Lembre-se que a segurança do trabalho existe para proteger os empregados. Que tal incluí-los no processo? Autor: Nestor Waldhelm Neto – Técnico de Segurança do Trabalho – Criador do site www.segurançadotrabalhonwn.com.br

GRITO DE ALERTA

Você já deve ter ouvido esta expressão:

“Na vida, ou se aprende pelo amor ou se aprende pela dor”. Será que os nossos irmãos paulistas estão aprendendo pela dor a economizar água e a respeitar os mananciais e fontes? É bastante óbvio que as pessoas mais vividas, sensatas e experientes levam boa vantagem diante dos desafios que, hoje, são cada vez mais céleres e impostos pela vida, pois tomam sempre a dianteira procurando aprender e ensinar os melhores caminhos para antecipar as soluções do por vir.

Este sentimento de antecipação é próprio dos profissionais que atuam na área de prevenção de acidentes, doenças e demais infortúnios, porém alguns desanimam após verificar que muitas pessoas não valorizam a orientação oferecida mesmo tendo depois que aprender pela dor, quase sempre amargando prejuízos, danos físicos e materiais. Neste ainda início do século XXI, mesmo com tantos avanços científicos e tecnológicos, parece que o homem continua mantendo o estigma de ser o lobo do próprio homem, pois até mesmo quando se esperava um retorno ao ócio criativo e uma trégua no embate entre o capital versus trabalho, assiste-se, ao contrário, mais exploração humana, as mazelas de uma sociedade que agoniza em virtude da corrupção desenfreada, impunidade, banalização da vida, fanatismo religioso, alienação ideológica e até mesmo a agressão constante ao meio ambiente, o que, pasmem, põe em risco a própria sobrevivência no planeta. Os sinais dos tempos estão ficando cada vez mais claros e conclamam a nossa atenção para as novas atitudes que devemos assumir para não sumir. Escutamos um grito de alerta incessante, a nossa preocupação e responsabilidade com a prevenção em suas mais diversas modalidades, enquanto profissionais de SST, não poderá ficar restrita ao nosso umbigo... micro ambiente de nossas empresas, elas agora extrapolam os muros, necessitam chegar ao maior número de pessoas, na comunidade, nos clubes, associações, partidos e até mesmo nas igrejas. Oxalá nos reste tempo. Luiz Augusto Damasceno Brasil – Mestre em Educação, Advogado, Pedagogo, Tecnologista da Fundacentro . Contato: luiz.brasil@fundacentro.gov.br

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