Segurito 102

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Periódico Para Rir e Aprender

Manaus, Fevereiro 2015 – Edição 101 – Ano 9

ACESSO DE VIATURAS

Mensagem ao Leitor

Q uando

Prezados Prevencionistas, Passou o carnaval e agora espero que o ano comece com toda força. E para ajudar nesta jornada a edição deste mês traz uma mistura de razão com emoção, textos técnicos e textos para você parar um pouquinho para refletir sobre sua atividade profissional e sua vida. Então vamos logo iniciar a leitura!

o empresário resolve construir ou alugar um prédio, ou mais frequentemente, quando faz alguma reforma em um prédio existente, um item que não costuma ser levado em consideração é se há espaço suficiente ou mesmo se o piso tem resistência adequada para o acesso de viaturas do corpo de bombeiros.

VÍDEOS PARA FAZER PENSAR EM SST

PIADINHA

Acesse os links abaixo e visualize campanhas para conscientização no tema

de Segurança no Trabalho em Portugal elaborados pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade. E no Brasil temos excelentes vídeos do Tribunal Superior do Trabalho para o Programa Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho.

São vídeos curtos que podem ser utilizados durante treinamentos ou em outros eventos de SST da sua empresa. Portugal 1.https://www.youtube.com/watch?v=iHI yEFSW-74 2.https://www.youtube.com/watch?v=10j 2DtLkprw 3.https://www.youtube.com/watch?v=LE0 K9YpRO5o Brasil 1.https://www.youtube.com/watch?v=ZN 8b5TMVHio 2.https://www.youtube.com/watch?v=0qI CexkLIiE 3.https://www.youtube.com/watch?v=W9 BpIxPWTx8&index=4&list=PLSAyE9HVlBfL IlE0-8yRfLdc-3W1gf0X2 E como estou indicando vídeos, aproveite seu passeio pelo Youtube para assistir os vídeos do SST é o Canal, parceria entre o Jornal Segurito e o site Segurança do Trabalho NWN. No mês de fevereiro tratamos sobre PPRA e neste mês de março estaremos comentando a insalubridade. Link para o canal: https://www.youtube.com/channel/UC9O BoDnNDH-pHXWslpB4lyw/videos

Para quem está perdido na gestão da ergonomia da empresa, este livro é um grande passo para arrumar a casa.

Gerenciando a LER e os DORT nos Tempos Atuais - Ed. Ergo Hudson de Araújo Couto Sérgio José Nicoletti Osvandré Lech

Prof. Mário Sobral Jr.

Contatos:

Boa Leitura!

- Seguritinho, quanto é um menos um? - Não sei, professora.

Agora imagine que o depósito de matéria prima (inflamável) da sua empresa é nos fundos da fábrica e em função de não ter havido esta preocupação durante a elaboração do projeto passe a ser o único local que a viatura não tenha acesso. O que poderá ser feito no dia de um sinistro? Para que fatos como este sejam evitados ou pelo menos minimizados, precisamos estar presentes na fase de projeto, execução e reformas lembrando deste ponto simples e importantíssimo. E não me venha com a história de que na sua empresa ninguém o chama, você precisa se convidar e começar a provar a importância da sua presença. Sei que não necessariamente teremos o conhecimento aprofundado sobre o tema, mas não se preocupe, é lógico que não vamos precisar reinventar a roda, basta verificar quais os critérios legais adotados no seu município. Por exemplo, de acordo com a IT 06/11 Acesso de viatura na edificação e áreas de risco (Corpo de Bombeiros do estado de São Paulo) as Vias de acesso para viaturas devem ter largura de 6m, altura livre mínima de 4,5 m e suportar viaturas com peso de 25 toneladas distribuídas em dois eixos. Na próxima ronda pela fábrica avalie se a sua empresa possibilita este acesso.

Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de Segurança do Trabalho

www.jornalsegurito.com

Jornal Segurito

- Vamos fazer um exemplo: eu tenho uma manga, se eu comer esta manga o que sobra?

- O caroço, professora.

Minha internet é tão lenta que quando eu

estava baixando a música Pais e Filhos quando terminei já era Avôs e Netos.

E em uma prova de história...

-Que acontecimentos marcaram o fim da Guerra Fria?

R: O início do verão.

Annhh!!??

O meu advogado disse que eu posso processar a escola por violar o meu direito de ser estúpido jornalsegurito@bol.com.br


JORNAL SEGURITO SERÁ QUE AINDA PROTEGE?

ANÁLISE DE ACIDENTES

N

a empresa onde você trabalha provavelmente tem um eletricista ou um terceirizado que realiza atividades com equipamentos energizados. E como sei que você mantém seus trabalhadores seguros, tenho certeza de que há procedimentos e diversos controles para manter esta condição. Agora queria lhe dar só um lembrete, um destes controles deve ser a utilização de luvas isolantes.

Porém, como você pode garantir que uma luva que protegia de uma determinada tensão ainda mantém esta condição? Ahhh, Professor, esta é fácil. Basta verificar o resultado dos testes de isolação elétrica que realizamos periodicamente com os equipamentos de proteção individual e coletiva! Muito bem, meu filho, mas para os que não têm um procedimento com este tipo de teste é bom ficar esperto. Sempre precisamos ter certeza se EPIs e EPCs ainda estão adequados ao risco, por isso precisamos realizar os referidos testes para avaliar esta capacidade, como por exemplo os testes dielétricos que avaliam se os equipamentos ainda suportam a tensão de trabalho necessária para proteger o usuário. Verifique ainda hoje se está tudo em dia.

Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de Segurança do Trabalho.

PIADINHAS

L

ógico que vamos fazer de tudo para que o acidente não aconteça, mas quando ele ocorrer temos de dar a atenção que ele merece. Precisamos parar o que estamos fazendo e avaliar com cuidado para que não venha a ocorrer novamente. É no mínimo uma irresponsabilidade elaborar uma análise que se resume a colocar a culpa no funcionário (geralmente por desatenção) e indicar como única medida de melhoria: orientar o trabalhador (achando que pedir ao trabalhador para não errar mais será o suficiente). Sempre que avaliar e propor uma melhoria, ao final reflita se suas sugestões podem realmente resolver o problema ou foram citadas apenas para concluir rapidamente o relatório. Veja abaixo as ações a que devemos ter atenção após o acidente: 1) Controlar a situação (prestar socorro ao acidentado e realizar as ações imediatas, como sinalizar ou impedir o acesso à área do acidente); 2) Realizar a reconstituição do acidente e reunir evidências (o mais breve possível); 3) O SESMT analisar o acidente em conjunto com o supervisor da área e a CIPA;

stou lendo o livro Higiene Industrial – EManual para la Formación del Especialista do autor Faustino Menéndez Díez e no capítulo sobre equipamento de proteção individual percebi que a Segurança do Trabalho seja no Brasil, seja na Espanha tem o EPI como uma forma de prevenção com maior restrição e para seu uso precisa haver uma completa análise das condições de trabalho. Veja alguns tópicos sobre o assunto baseado neste excelente livro: - O uso do EPI não deve, nem sequer, cogitar a sua solicitação, se antes não tivermos tentado implantar todas as medidas possíveis para o controle do risco e houver realizado a avaliação dos riscos residuais.

sair e a pessoa fica dando solução.

Se a bateria do seu celular dura o dia todo é porque ninguém gosta de você.

Uma amiga pergunta para outra amiga: Menina,

eu

acho

que

estou

engordando. Você acha que eu estou gorda? -

Não,

enganada.

você

está

redondamente

4) Estudar as possíveis causas; 5) Abrir a CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho; 6) Elaborar Plano de Ação; 7) Registrar todas as atividades realizadas na análise. Durante a etapa de identificação das causas devemos ter a mente aberta e entender que são raros os acidentes, quando analisados detalhadamente, em que a responsabilidade é exclusiva do trabalhador. Algumas perguntas para facilitar a investigação: • Qual o local do acidente? • Faltou uso de algum EPI? • Recebeu treinamento para desempenhar a função? • Algum procedimento não foi seguido? • Foi erro do trabalhador? Qual o motivo deste erro? Esta última pergunta é essencial, pois o trabalhador sempre poderá errar. No final das contas a análise será bem realizada se tivermos como responder, com convicção, os motivos que levaram o trabalhador a errar e propor sugestões que mesmo no caso desta falha ele ainda estará seguro.

Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de Segurança do Trabalho

PÍLULAS SOBRE EPIS

Odeio quando invento desculpa para não

-

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- O empresário tem a obrigação de vigiar o uso do EPI e a ele é atribuído um poder disciplinar para que esta obrigação se cumpra. No entanto, o uso destes

equipamentos é muito deficiente na maioria dos casos. A falta de adequação frente aos danos que se pretende evitar. E unido a isto há a falta de qualidade dos EPIs fornecidos. - O máximo rendimento do EPI se alcança quando o usuário tem conhecimento completo das características, modo de uso e riscos da sua atividade que são minimizados pelo equipamento. - A participação ativa e eficaz dos representantes dos trabalhadores na seleção dos EPIs adequados melhora sua aceitação por parte dos trabalhadores. - O profissional de segurança do trabalho que irá realizar a escolha do EPI no mercado deverá conhecer a descrição técnica do equipamento para ter as informações sobre quando o EPI deve ou não deve ser utilizado, quais requisitos de proteção oferece e com quais benefícios, quais são as necessidades de manutenção requeridas para que se mantenham suas características de proteção durante toda a vida útil, qual seu prazo de validade, caso possua, se o equipamento é certificado, dificuldade na higienização, etc. - O uso do EPI não atua sobre os perigos, atua sobre os efeitos, minimizando-os ou anulando-os. Então avalie bem antes de implementar o uso de EPI na sua empresa.

Fonte: Tradução livre do Manual para la Formación del Especialista - Faustino Menéndez Díez – Ed.


JORNAL SEGURITO

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É FÁCIL DIZER QUE A CULPA É DA EMPRESA

P or que quando temos um problema, a

causa sempre é dos outros e quase nunca nossa? Quer ver alguns exemplos: o Brasil está ruim por causa dos políticos (quem os colocou lá?) ou a escola é péssima e eu não consigo aprender nada na aula (por que não podemos estudar um pouco mais sozinho, o que mais temos hoje é informação circulando). Mas uma que me deixa indignado é quando um profissional de Segurança do Trabalho vem chorar para mim que na sua empresa não tem nada, que tudo não presta, que é o pior lugar para se trabalhar.

Minha primeira reação é falar para a pessoa pedir as contas. Mas lógico, em geral respondem que não podem, pois precisam do dinheiro. Então, prossigo: pare de reclamar e tente mudar o que for possível. Digo isto porque se a empresa é boa você tem parte deste crédito, mas se a empresa é péssima, você também é parte de uma das engrenagens que a levou para esta condição. Precisamos ter em mente que se a sua empresa cresce um pouquinho você cresce este pouquinho também. Isto vale para as empresas, mas vale para os profissionais. Devemos sempre ficar felizes com o crescimento de um colega de profissão porque quando ele sobe, toda a categoria sobe um degrauzinho junto com ele. Então sugiro que passemos a ser menos dependentes e passemos a ser mais autossuficientes. Lembrando sempre de que as mudanças, em algumas situações podem até depender dos outros para serem duradouras e de larga escala, mas para começar, em geral, dependem apenas de nós mesmos.

Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de Segurança do Trabalho

PIADINHA

Conversa do casal:

- Amor, me diga algo doce. - Brigadeiro.

- Não, algo bonitinho. - Coelhinhos.

- Não! Diga algo sexy! - A vizinha.

APROVEITE O ESTÁGIO, INDEPENDENTE DA EMPRESA

M

uitos estagiários acham que este período dentro de uma empresa irá lhe tornar um profissional pronto para trabalhar. No entanto, em geral é um período muito curto para conseguir assimilar todas as atividades. Eu mesmo estagiei em paralelo ao meu curso de graduação como engenheiro civil por quatro anos e apesar de ter me ajudado muito não posso dizer que saí da universidade com todas as habilidades necessárias para “tocar” uma obra. Isto ocorre porque como estagiário não temos as mesmas atividades e principalmente as mesmas responsabilidades. Além disso, seu desenvolvimento irá depender, em parte, da orientação recebida do seu supervisor. No entanto, em muitos estágios, este supervisor, que é o responsável por lhe orientar, seja por falta de interesse ou por pura ignorância no assunto, não o faz com muita eficiência. Como consequência o estagiário começa a reclamar e a ficar desestimulado. Até entendo, mas é nesta hora que entra o estagiário que eu procuro.

Aquele que tem consciência de que ele está recebendo (ou até mesmo quando não tem uma bolsa) para ter a oportunidade de aprender, e ainda que o conhecimento sobre Saúde e Segurança do Trabalho seja deficiente, sempre teremos o que assimilar.

Por exemplo, conhecer o processo produtivo, saber como funcionam os procedimentos internos, desenvolver a capacidade de negociar, de aprender como abordar um trabalhador. Um estágio, por pior que seja, pode lhe dar um pouco da experiência e consequentemente o jogo de cintura necessário para o resto da sua vida profissional.

Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de Segurança do Trabalho

OLHE POR TODOS OS ÂNGULOS

Todo

profissional de Segurança do Trabalho, ainda que tenha suas convicções, precisa estar aberto para olhar os vários ângulos de qualquer situação. Quando ouvimos a afirmação de que todo empresário, ou pelo menos a maioria, só pensa em dinheiro, geralmente não consideramos as variáveis envolvidas. A tal afirmação pode ser até verídica, mas vamos avaliá-la com novo olhar.

Imagine que você vai abrir uma grande empresa. Com raríssimas exceções você não terá todo o dinheiro para iniciar as atividades, ou seja, você fará um empréstimo. Logo, já começa devendo. A empresa engrena e você começa a ver o dinheiro entrando e de repente tem um pedido do dobro da sua produção mensal por um período de três meses. Este dinheiro não irá sanar o empréstimo, mas vai diminuir em 10% o valor total. Agora imagine as opções do empresário: 1. Contratar funcionários temporários para dobrar a produção e ter todos os gastos envolvidos na contratação e na demissão. 2. Aumentar a produção por meio de

horas extras e pagar para os funcionários um incentivo por peça fabricada. Percebe que, em geral, o empresário vai pensar nas dívidas do empréstimo, depois (alguns) vão justificar o maior esforço do trabalhador com o argumento de que será por um período curto e além disso o pessoal vai ganhar uma graninha extra. Percebe que na visão da empresa, não é um chicote no lombo do trabalhador, é uma situação ganha-ganha. Mas também tem o lado do empregado, que pode ter várias opiniões. Vejamos duas: 1. Está com o aluguel atrasado e este período de hora extra e o pagamento por produção chegaram em boa hora. 2. Está com ódio do patrão, pois no seu entendimento a empresa vai ganhar uma dinheirama com o novo contrato, vai pagar uma merreca para cada funcionário e ainda vai atrapalhar suas aulas porque com as horas extras vai ter de sair mais tarde e se não ficar é capaz de lhe demitirem. Perceba que dependendo da interpretação, o patrão não é tão mau, nem o funcionário é tão prejudicado, mas em outra versão o patrão está arrancando o couro do funcionário e este a cada dia mais estressado e mais doente. O texto é totalmente hipotético e não tem intenção de indicar o certo ou o errado apenas alertar que em qualquer situação precisamos olhar por todos os ângulos para ser possível entender as causas e as consequências de forma mais completa de qualquer problema. Autor: Mário Sobral Júnior - Engenheiro de Segurança do Trabalho.


JORNAL SEGURITO MOBY DICK E A SEGURANÇA DO TRABALHO

A

leitura sempre irá nos ajudar mesmo que seja ruim. Neste caso, possibilita pelo menos o exercício da avaliação crítica. No entanto, quando temos um clássico, o benefício é certo. E se lermos qualquer boa literatura com cuidado, teremos ensinamentos até na área de Segurança do Trabalho. Lógico que não necessariamente com conteúdo técnico, mas principalmente informações comportamentais para entender o ser humano, essenciais para todo bom profissional.

Vejamos, por exemplo, o famoso livro de Herman Melville, Moby Dick, escrito em 1851. Neste livro há uma busca obcecada para matar uma baleia e um trecho interessante eu transcrevo abaixo: “Não quero no meu bote”, dizia Starbuck, “homem que não tenha medo de baleia.”

Com isso parecia querer dizer não apenas que a coragem mais útil e confiável é a que surge de uma avaliação justa do perigo iminente, mas também que um homem totalmente destemido é um sujeito muito mais perigoso do que um homem covarde. Percebe como seria parte da solução dos nossos problemas, termos trabalhadores com medo dos perigos de suas atividades? Não o medo extremo, o chamado pânico, mas aquele suficiente para torná-los mais prudentes e como consequência teríamos menos sinistros. Sim, professor, mas como podemos fazer isso, botar este “medo” nos trabalhadores? Na teoria é bem fácil, precisamos que o trabalhador conheça os perigos do seu labor. Só desta forma terá o “medo” necessário para pensar dois segundos antes de dar um passo de forma totalmente destemida. No final das contas sempre é assim. Corremos, corremos e continuamos correndo e sempre vamos chegar à conclusão que para resolver nossos problemas precisamos da educação, neste caso para conscientizar nossos trabalhadores.

Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de Segurança do Trabalho

V

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ATESTADOS, QUEM VEM NA FRENTE?

ocê sabia que há uma hierarquia dos atestados médicos? Sabia sim, professor, assisti até um vídeo do Marcos Mendanha sobre este e outros assuntos (www.saudeocupacional.org). Muito bem, meu filho! Então vamos falar para quem ainda não sabe. De acordo com o art. 6o, parágrafo 2o, da Lei 605/49, verifica-se a seguinte hierarquia entre os atestados médicos: “A doença será comprovada mediante atestado de médico da instituição da previdência social a que estiver filiado o empregado (1o), e, na falta deste e sucessivamente, de médico do Serviço Social do Comércio ou da Indústria (2o); de médico da empresa ou por ela designado (3o); de médico a serviço de representação federal, estadual ou municipal incumbido de assuntos de higiene ou de saúde pública (4o); ou não existindo estes, na localidade em que trabalhar, de médico de sua escolha (5o).” Ou seja, quando o médico da empresa recebe um atestado do funcionário, caso não seja do INSS ou do SESI, este de acordo com a sua avaliação técnica pode discordar e reavaliar o atestado de acordo com as suas convicções.

Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de Segurança do Trabalho

POR QUE VOCÊ TRABALHA OU QUER TRABALHAR COM SST?

S e a sua resposta for para ganhar muito

dinheiro, pode ter certeza de que há algo errado nos seus objetivos. Professor, mas vai me dizer que o senhor não gosta de ganhar dinheiro? Não disse isso, meu filho. Lógico que ter um bom salário e conseguir comprar alguns supérfluos acaba dando algum prazer, em geral, transitório. Por isso, quem gosta de comprar está sempre comprando, pois precisa manter aquela curta satisfação, os chamados minutos e algumas vezes apenas segundos de êxtase. Porém acredito que o nosso objetivo deveria ser o de ter satisfação pessoal, mas também de realizar algo significativo que nos motive e nos dê alegria. Professor, este objetivo que você está querendo não é o do trabalho, eu estou ganhando dinheiro justamente para conseguir, no futuro, esta alegria. Posso estar um pouco filosófico, mas este é um erro que muitos cometem: o de achar que um trabalho massacrante é o trampolim para um futuro de um mar de rosas e de eterna felicidade Não acredite que sua felicidade irá depender de algo no futuro, como por exemplo, um primeiro emprego, pois senão quando você conseguir este primeiro emprego sua felicidade poderá depender de uma futura promoção e quando conseguir a promoção sua

felicidade estará em trabalhar em outra empresa que esteja entre as 100 melhores do Brasil e depois estará em uma cifra de dinheiro necessária para ter na sua conta bancária e finalmente, você passará a acreditar que sua felicidade só estará presente na aposentadoria, quando conseguir parar de trabalhar em algo tão cansativo. E talvez quando você chegar na aposentadoria o pote de ouro não seja tão dourado quanto você esperava. Porém, você teve que viver toda uma vida para descobrir isto.

porque tenho vários momentos de imensa alegria. E não me venha com a história de que agora já é tarde, era para ter pensado nisso faz dez anos. Sempre há tempo, principalmente para ser feliz. Porém não significa largar tudo de forma irresponsável, na verdade precisamos planejar nossa carreira. Então pare hoje alguns minutos do dia para verificar se você não está correndo atrás da felicidade do mesmo jeito que o cachorro corre atrás do rabo. Caso esteja, estabeleça suas metas, reveja seus objetivos e planeje sua vida lembrando de ser feliz, na Segurança do Trabalho ou em qualquer outra área, hoje, e não no futuro.

Autor: Mário Sobral Júnior – Engenheiro de Segurança do Trabalho

PIADINHA

Na verdade, precisamos trabalhar com algo que nos traga algum prazer. Por exemplo, eu adoro dar aulas e financeiramente não é uma das melhores escolhas (por mais que meus alunos não acreditem), mas ao entrar na sala de aula a dor de cabeça passa, o sono vai embora e a leitura sobre o assunto é prazerosa. Lógico que esta mágica não ocorre em todos os dias, mas eu trabalho em SST

Duas galinhas estão preparando o café. Uma pergunta para a outra: - Pó pô pó?

A outra responde: - Pó pô

Se o meu cupido morasse na Indonésia ia ser fuzilado, porque só me traz droga.


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