Segurito 67

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Manaus, Abril 2012 – Edição 67 – Ano 6

PERGUNTINHAS DO PPP

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erfil Profissiográfico Previdenciário é um documento que reúne dados sobre a história do trabalhador, descrevendo dados administrativos, registros ambientais e resultados de monitoração biológica de todo o período de trabalho com o objetivo de analisar o direito a aposentadoria especial. Isto todo mundo já sabe, mas o que eu gostaria de alertar é em relação às perguntas do item 15.9 -ATENDIMENTO AOS REQUISITOS DAS NR-06 E NR-09 DO MTE PELOS EPI INFORMADOS que só têm as opções sim ou não.

Estas perguntinhas podem nos deixar de saia justa, por não ter como responder positivamente, mas qual empresa vai aceitar responder negativamente qualquer uma destas questões, senão vejamos: Pergunta 1: Foi tentada a implementação de medidas de proteção coletiva, de caráter administrativo ou de organização do trabalho, optando-se pelo EPI por inviabilidade técnica, insuficiência ou interinidade, ou ainda em caráter complementar ou emergencial? Esta é a mais complicada para responder o SIM. Na maioria das empresas, será muito dificil conseguirmos provar que o EPI é a única solução técnica viável e que tudo mais, já foi tentado. Pergunta 2: Foram observadas as condições de funcionamento e do uso ininterrupto do EPI ao longo do tempo, conforme especificação técnica do fabricante, ajustada às condições de campo? Para responder a esta pergunta com tranquilidade devemos ter um sistema de registro em relação ao treinamento, fornecimento e inspeção do uso (atentar principalmente para este último item). Pergunta 3: Foi observado o prazo de validade, conforme Certificado de Aprovação do MTE? Periodicamente verifique a data de validade do CA no site do MTE. Pergunta 4: Foi observada a periodicidade de troca definida pelos programas ambientais, comprovada mediante recibo assinado pelo usuário em época própria? Deve ser estabelecido um período de troca do EPI e manter registro deste procedimento. Pergunta 5: Foi observada a higienização? A responsabilidade pela higienização dos EPI’s pode ser passada para o colaborador se este for treinado e periodicamente inspecionarmos se o procedimento está sendo seguido.

RUÍDO EM CALL CENTERS

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setor de tele serviços tem crescido, em média, 10% ao ano. Atualmente as empresas de Call Center já empregam mais de um milhão de pessoas em todo o país. Cerca de 45% desses cargos são ocupados por jovens em seu primeiro emprego, na maioria dos casos de 6 horas por dia,durante a realização de seu estudo nas universidades ou no segundo grau. Existe legislação trabalhista através da portaria 3124/1978 do M. T. E. que limita a exposição ao ruído no ambiente de trabalho em 87 dBA para 6 horas de jornada por dia. Na maioria dos casos, os trabalhadores de Call Center usam um headfone de um ouvido.

Os Call Centers normalmente são divididos em salas, onde cada uma tem cerca de 20 a 100 trabalhadores aproximadamente. Nestas salas existem as mesas de trabalho, um computador para cada trabalhador e o supervisor de serviços. As conversas dos trabalhadores com os clientes pelo headset e aliada a conversas do supervisor com os outros trabalhadores na sala, torna o ambiente com ruído de fundo alto fazendo com que os trabalhadores aumentem a voz e o volume de conversa com o cliente para conseguir entender e analisar cada situação. Assim os trabalhadores acabam ficando com alta carga mental e de concentração, além do aumento da dose de ruído percebida. Existem duas normas internacionais que norteiam como fazer a medição da dose de ruído. I. Usando microfone em ouvido real de telefonistas II. Usando cabeça simuladora artificial

BOA LEITURA Alguns livros devem fazer parte da biblioteca de qualquer profissional de segurança do trabalho. Na área de ergonomia temos vários títulos obrigatórios como Ergonomia Projeto e Produção (Itiro Iida), toda a coleção do Hudson Couto e o clássico Manual de Ergonomia que apresento abaixo, todos imperdíveis.

Manual de Ergonomia: adaptando o trabalho ao homem Ed. Bookman – 5aedição Kroemer e Grandjean

PIADINHAS Numa livraria, entra um ladrão: - A bolsa ou a vida! - De que autor?

O homem chega à farmácia e pergunta para o farmacêutico: - Aqui tem recarga pra Oi? - Não, pra Oi só tem colírio!

E na padaria: - Moço, tem pão de ontem? - Tem sim! - Bem feito, quem mandou fazer muito! Deve-se tomar cuidado da existência no mercado brasileiro de empresas e pessoas que fazem as medições da dose de ruído dos telefonistas, sem satisfazer as normas. Estas empresas usam uma cabeça de baixo custo que não tem as dimensões padronizadas do ouvido e simuladores não padronizados, e até usam o dosímetro normal que não satisfaz as normas. O dosímetro normal tem faixa dinâmica e tipo de microfone que não satisfaz as normas mencionadas aqui de medição da dose de ruído para usuários de headset. Baseado nos trabalhos de pesquisas e desenvolvimentos feitos na UFSC, em teses concluídas de mestrado e doutorado além de trabalhos publicados em revistas indexadas e congressos, é recomendável usar a norma de medição com mini microfone em ouvido real ISO 11904-1 e evitar usar norma de cabeça ISO 11904-2. Fonte: Prof. Samir N. Y. Gerges, Ph.D. Textos do autor em: http://www.lari.ufsc.br/publicacoes.php

LANÇAMENTO

Com este celular você não perturbará ninguém no cinema. Ele tem um toque que imita pessoas comendo pipoca.

Para sugestões ou críticas : Prof. Mário Sobral Jr. sobraljr27@ibest.com.br


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