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Apresentação
Apresentação
Este curso foi tecido por práticas criativas com material têxtil. A partir da apreciação de obras de arte em tecido, foram propostas experiências para construção de objetos tridimensionais, em procedimentos que incluíram dobras, sobreposições, cortes, montagens, estofamento, nós, torções, costura, tecelagem, entre outras possibilidades.
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Os encontros online foram divididos em dois momentos: na primeira parte foram apresentadas, por meio de imagens, vídeos e breves leituras, obras de arte de artistas como: Annette Messager, Billie Zangewa, Claes Oldenburg, Faith Ringgold, Franz Erhard Walther, Kimsooja, Laura Lima, Leda Catunda, Lygia Clark, Pia Camil e Sonia Gomes.
Em seguida, inspiradas nas obras apresentadas, foram experimentadas possibilidades técnicas e expressivas privilegiando a linguagem plástico poética e pessoal de cada participante.
Em trabalho conectado, compartilhamos ideias, imagens e reflexões sobre o processo em andamento, observando aspectos da linguagem escultórica expandida, em tecido.
Retalhos, roupas e outros panos, plásticos, linhas, lãs, barbantes, arames, fios, fitas, tesouras, estiletes, agulhas, peças de tecido guardadas e compradas e outros objetos fizeram parte dessa rede de transformações. A consistência potente das obras aqui apresentadas, atestam a qualidade desse processo, costurado por descobertas, ideias, comprometimento e envolvimento engajado das artistas participantes dessa trama.
Teresa Berlinck
“Os corpos vêm e vão: as roupas que receberam esses corpos sobrevivem.”
Peter Stallybrass, in O Casaco de Marx – Roupa, Memória, Dor
“... sentei-me numa rocha a ao levantar-me precipitadamente por ver que ia rebentar uma trovoada o vestido ficou preso à rocha e rasgou-se irremediavelmente ao despi-lo vi que o vestido tinha já a forma do meu corpo rasguei-o em pedaços e guardei os pedaços na cesta dos trapos de um dos pedaços fez-se um vestido para a boneca da minha irmã mais nova e deste mais tarde fez-se um vestido para a filha da boneca da minha irmã mais nova que era uma boneca mais pequena que caiu a um poço”.
Adília Lopes, trecho do poema O Vestido Cor de Salmão