Territรณrios imaginรกrios Marisa Martins Carvalho
Sensação de integração, pertencimento ao local, como se fizesse parte de tudo aquilo. Não havia ninguém, eu estava ali... sentimentos de outras épocas vieram à tona, magnetismo, empatia, paixão... Esta paisagem foi a inspiração para a série de trabalhos Territórios imaginários: mapa Terra de Ninguém, Paisagem I , II, III,IV - lugares sem fronteiras, vazios, cadeias de montanhas. Desenhos em papel vegetal, recortes, costuras manuais, dobraduras, colagens, com sobreposições de camadas, as transparências desaparecem. Visualizar um território imaginário, integrar vários mundos, depende do observador. Como se fosse possível decifrar seus símbolos através dos recortes. Pode resultar em um retorno ao passado, com um caráter emotivo e afetivo através de sensações imediatas, dor, sofrimento... cada indivíduo tem dentro de si a sua própria paisagem.
mapa Terra de ninguĂŠm, 2018 papel vegetal, desenhos com lĂĄpis de cor, recortes, costura manual, linha de algodĂŁo 66 x 96 x 0,04 cm
Paisagem I, 2019 papel aquarela, caixa madeira, cĂşpula acrĂlico 19,5 x 22,5 x 11 cm
Paisagem II, 2019, desenho com lápis de cor, dobradura, caixa de espuma prensada, cúpula de acrílico 25,5 x 25,5 x 8,5 cm
Paisagem III, 2019-20 papel Canson preto, colagem fita crepe (64 cartĂľes no total) 8,8 x 13,5 cm (cada)
Paisagem IV, 2019 Luminária, caixa de acrílico, papel vegetal, nanquim, 21x16,5 x 4,5cm, fio 78 cm, fonte 9 x 5 x 7 cm
detalhe luminária acesa
minha paisagem silĂŞncio prazer solidĂŁo ser estar beleza deleite pertencer apreciar
agradecer sentir
Marisa Martins Carvalho, mora e trabalha em Campinas, São Paulo. Especialização em Artes Visuais e intermeios na Extecamp -Unicamp. A singularidade de suas obras está em criar objetos tridimensionais, livros de artista, colagens... através de materiais com cargas afetivas, repletos de valores pessoais, utilizando fotografias antigas de familiares e amigos, papéis, cartas, metais... desvinculando-os de seu contexto original. Cria as próprias paisagens através de suas memórias e lembranças, como uma colagem do tempo, revisita o passado, costurando com o presente.