Objeto têxtil: o pano no espaço

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Objeto têxtil: o pano no espaço processos de criação



Objeto têxtil: o pano no espaço processos de criação



Apresentação …………………………………………............ 7 Obras ………………………………………...…………..…….... 14 Sobre as artistas ..................................................... 67 Sobre o Lux Espaço de Arte ………………...………...… 75



Apresentação Este curso foi tecido por práticas criativas com material têxtil. A partir da apreciação de obras de arte em tecido, foram propostas experiências para construção de objetos tridimensionais, em procedimentos que incluíram dobras, sobreposições, cortes, montagens, estofamento, nós, torções, costura, tecelagem, entre outras possibilidades. Os encontros online foram divididos em dois momentos: na primeira parte foram apresentadas, por meio de imagens, vídeos e breves leituras, obras de arte de artistas como: Annette Messager, Billie Zangewa, Claes Oldenburg, Faith Ringgold, Franz Erhard Walther, Kimsooja, Laura Lima, Leda Catunda, Lygia Clark, Pia Camil e Sonia Gomes. Em seguida, inspiradas nas obras apresentadas, foram experimentadas possibilidades técnicas e expressivas privilegiando a linguagem plástico poética e pessoal de cada participante.


Em trabalho conectado, compartilhamos ideias, imagens e reflexões sobre o processo em andamento, observando aspectos da linguagem escultórica expandida, em tecido. Retalhos, roupas e outros panos, plásticos, linhas, lãs, barbantes, arames, fios, fitas, tesouras, estiletes, agulhas, peças de tecido guardadas e compradas e outros objetos fizeram parte dessa rede de transformações. A consistência potente das obras aqui apresentadas, atestam a qualidade desse processo, costurado por descobertas, ideias, comprometimento e envolvimento engajado das artistas participantes dessa trama. Teresa Berlinck




“Os corpos vêm e vão: as roupas que receberam esses corpos sobrevivem.” Peter Stallybrass, in O Casaco de Marx – Roupa, Memória, Dor



“... sentei-me numa rocha a ao levantar-me precipitadamente por ver que ia rebentar uma trovoada o vestido ficou preso à rocha e rasgou-se irremediavelmente ao despi-lo vi que o vestido tinha já a forma do meu corpo rasguei-o em pedaços e guardei os pedaços na cesta dos trapos de um dos pedaços fez-se um vestido para a boneca da minha irmã mais nova e deste mais tarde fez-se um vestido para a filha da boneca da minha irmã mais nova que era uma boneca mais pequena que caiu a um poço”. Adília Lopes, trecho do poema O Vestido Cor de Salmão


Marisa Carvalho Desejos 2021 Tecido, amarrações, manta acrílica, barbante 110 × 25 × 12 cm



Adriana Magalhães Meta/Soropositivo 2021 Madeira, malha, fotografias (da série “Terra Brasil”, de Araquém Alcântara), tinta e figurino por Vicenta Perrotta 140 × 58 × 58 cm




Liliane Oraggio Cocchiaro Fora do Peito 2021 Almofada de costura em formato de coração, seda, organza, lã aveludada, alfinetes, agulhas de acupuntura, fio de cobre, linha, cabide. 88 × 42 × 5 cm



“Essa experiência de criação -- a partir das referências de arte têxtil contemporânea, apresentadas por Teresa Berlinck – foi uma imersão nas muitas formas de transformar tecidos em suporte de expressão. A medida que os encontros se sucediam, os disparos criativos ganhavam mais forma e direção. Foram muitas descobertas no ato de fazer e, principalmente, de explorar a tridimensionalidade do pano. Fascinante perceber a maneira de usar os materiais para criar camadas de linguagem, de expressão, do intimista ao histórico social, do biográfico ao antropológico. Criou-se também um ambiente de confiança para os experimentos, que revelaram estilos singulares, uma verdadeira rede unida pelo amor ao mesmo fazer. Essas trocas vivas instigam a novas pesquisas e produções” Liliane Oraggio Cocchiaro


Eliane Gallo O meu jardim é maior que o mundo 7 2021 Tule, linha de algodão, renda, fio de cobre e tecido de tela pintada em acrílica 20 × 20 cm




Laura Teixeira de Oliveira Desenho espacial azul 2021 Juta e adesivo PVA Dimensões variáveis


Adriana Magalhães Burca - Save the Afghan women 2021 Crepe, cano de borracha, arame, caneta, linha de costura 150 × 109 × 10 cm


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Marisa Carvalho Série Azul I 2021 Tecido, amarrações, manta acrílica, costura, barbante 33 × 24 × 13 cm




“A proposta atual Tensionamentos e Rupturas iniciada no curso com Teresa Berlinck, são peças-objetos escultóricas realizadas com restos de tecidos e travesseiros antigos que não estão mais em uso. Misturei vários tecidos com texturas diferentes ao toque, ora mais finos, delicados, ásperos, rugosos e cores diversas; torci, alfinetei, amarrei, costurei como um bordado. As peças criadas são macias, maleáveis e leves, preenchidas com manta acrílica. As peças foram sendo criadas à medida que fui conhecendo os trabalhos de vários artistas apresentados por Teresa ao longo do curso, e ao ver os processos criativos das outras artistas em nosso grupo. Foi um mergulho em minha vida, às lembranças de infância, dou vida ao antigo, já com suas dobras e redobras, tal qual a vida, como as nossas marcas, vincos, um resgate em função do futuro.” Marisa Carvalho


Liliane Oraggio Cocchiaro João Costurava 2021 Paletó de gabardine da Alfaiataria Cocchiaro, 1960; fotografia, organza, poema, óculos do alfaiate, alfinetes veludo, cabide de madeira de época. 80 × 47 × 8 cm


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Laura Teixeira de Oliveira Desenho espacial 2 2021 Juta e adesivo PVA Dimensões variáveis


Adriana Magalhães Seda camisa antiga 2021 Camisa velha de seda, tear, lã, estopa e cadarço de bota 77 × 43 × 30 cm




“Tudo começou com um novo respirar, familiar. Um vazio desperto, outros olhares. Mas logo se romperam as fronteiras e o contágio começou a se desdobrar, a criar! Tempo de desejo, potências, texturas, respiros. Foram pérolas escolhidas nessas visitas aos grandes mestres, tão vivas e concisas nas suas existências criativas. Me esforcei muito para me distanciar no meu próprio movimento e desdobrar as minhas conexões de dentro/fora, assim como um pano ao vento; que traz e leva embora, se espiraliza, observa, interage, se distancia para acolher. Dançar com o tempo a seu favor (ou não). Se manifesta a animalidade, sangra… doa! Modular > Modular > Modular > >” Adriana Magalhães


Eliane Gallo O meu jardim é maior que o mundo 8 2021 Tule, linha de algodão, renda, fio de cobre e tecido de tela pintada em acrílica 35 × 35 cm



Adriana Magalhães Memórias -Vô João vem lanchar 2021 Lã, jeans, arame, seda, crepe, porta retrato, xícara de Ágata, voil e café (planta) 140 × 58 × 58 cm


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Marisa Carvalho Esgarçada 2021 Tecido de algodão, manta acrílica, nós, costura 70 × 63 × 23 cm


Liliane Oraggio Cocchiaro Gu-AR-da-roupa 2021 Roupas desusadas, feitas de cambraia, seda, veludo, lã, malha, algodão, chamois, voil, renda; fios de lã, fios de linha; cabide. 105 × 42 × 18 cm

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Laura Teixeira de Oliveira Ostra 2021 Casca de cebola e linhas coloridas 8 × 8 × 8 cm



“Eu tinha acabado de vir de uma aula mais técnica e teórica sobre o que seria o têxtil e estas aulas práticas sobre objeto têxtil na arte vieram a complementar meus conhecimentos. Mesmo que conheçamos o que são tecidos e fibras naturais ou sintéticas (elementos estes que compõem o tecido), sempre nos surpreendemos com as possibilidades de materiais que geralmente lidamos e não percebemos suas qualidades e possibilidades. Às vezes, ficamos limitados em um elemento e ao conhecer novos artistas, vemos as variedades que podem ter nossos trabalhos e que pode ser usado até elementos comuns do cotidiano que temos em casa, basta apenas vê-los com outros olhos e/ou apenas organizá-los de outras maneiras. E que não precisam ser apenas eles, podem ser híbridas também.” Laura Teixeira de Oliveira



Marisa Carvalho Série Azul II 2021 Tecido, torções, amarrações, manta acrílica, costura, barbante 62 × 18 × 8 cm


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Adriana Magalhães Entre(Nós) 2021 Malha 320 × 100 × 50 cm



Eliane Gallo O meu jardim é maior que o mundo 8 2021 Tule, linha de algodão, renda, fio de cobre e tecido de tela pintada em acrílica 35 × 35 cm


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“Penso que o tema da minha produção artística é a própria vida, a Energia Vital, os sentimentos alegres e tristes que vão se instalando no meu corpo no cotidiano; a forma como vamos nos transformando naquilo que somos, ou seja, é a fusão entre consciência, memória e identidade; e ainda, o místico e o inexplicável. Tenho interesse pelos elementos e fenômenos da natureza, os ritmos e complexidades daquilo que reconhecemos como território físico e existencial. Assim como também busco repensar os colapsos do meio natural causados pela ação antrópica. No meu trabalho, a materialidade é um canal de passagem que acessa e metaboliza as infinitas camadas de tempo e memória. É um caminho que envolve a desconstrução constante de muitas lógicas e o desprendimento de pensamentos do passado com vistas para o presente.” Eliane Gallo


Laura Teixeira de Oliveira Desenho espacial colorido 2021 Juta, linhas e adesivo PVA Dimensões variáveis




Adriana Magalhães Parabólica dos afetos (Resistência) 2021 Pinus, lâmina Tavari, colagem de papel couchê, arame farpado, bolas de gude, seda, camurça, crepe e voil 73 × 75 × 15 cm


Liliane Oraggio Cocchiaro Talvez sonhar 2021 Seda, organza, veludo, alfinetes, fotografia 40 × 28 × 4 cm




Sobre as artistas Adriana Magalhães Adiana Magalhães (1966, São Paulo) é cantora lírica do Theatro Municipal de São Paulo desde 1994, segue participando ativamente das óperas realizadas. Em sua trajetória de performances se destacam: seleção de 5 vídeo-performances pela mostra “ArteCompostagem” (2021); “A Lagarta” (2019), performance-poesia de autoria própria apresentada no JazzB, na ‘Ocupação Vulverística’ no Circo da Unesp e finalista no “Perhappiness”, de Décio Pignatari em Curitiba; “O Universo Nu” (2019) com a francesa Célia Gôdol - performance cantada/encenada na Galeria Vermelho e no CCSP; e “Elegy” (2018) da sul-africana Gabrielle Goliath na Galeria Vermelho e no Espaço de Cinema Novo de SP. Em 2018/2019 participou de programas da Escola do Reparar do ANDLab (BR/PT), escola de artes e pensamentos políticos e artes performáticas; e este ano tem frequentado vários cursos no Lux Espaço de Ar-


tes. Cantou no concerto de Ennio Morricone, onde foi solista de “Pecados de Guerra”. Se influencia por práticas de artistas como Pat Bergantin, Vicenta Perrotta, Mariana Duarte, Teresa Berlinck, Denise Stoklos, Luis Louis, Luiz Fuganti, Ezio Magalhães, Gisele Calazans, Gonzalo Varela, Danilo dall Farra e André Wey Martz. Atualmente se dedica à fractalização da arte na performance e ao Canto Lírico.

Eliane Gallo Amparo, 1971. Vive e trabalha em Amparo - SP. Filha de costureira e neta de operário de fábrica de fiação, cresceu em quartinhos de costura nos fundos dos quintais das casas. No passado tinha esse ofício como algo para ser feito somente pelas mulheres mais velhas, mas a introspecção da pandemia lhe


trouxe as memórias da infância e no gestual de linhas, camadas e panos surgiram as primeiras obras. A arquiteta moldou os espaços no tear e as camadas foram sendo sobrepostas uma a uma, como se fossem várias lajes ou vários tijolos. Ergueu a sua obra e apaziguou os colapsos internos e externos. Estudou Arquitetura e Urbanismo na PUC-Campinas e fez Mestrado em Educação na PUC-Campinas e Doutorado em Artes Visuais na UNICAMP. Participou das exposições nas quais recebeu premiações Mapa Cultural Paulista com o 1º. Lugar, Salão de Artes de Mogi-Mirim com a Medalha de Prata, Salão de Artes de Rio Claro com Menção Honrosa, Salão da Estância Balneária de Itanhém com a Medalha de Prata “Bernardino de Souza Pereira”, Pequena Medalha de Ouro, Casa da Cultura de Catanduva. Teve participação nas exposições coletivas Artmosfera, São Paulo; Revisitando Duchamp, Casa do Olhar Luiz Sacilotto, Santo André; Natureza hoje, São Paulo; Visibilidade da investigação: 10 percur-


sos visuais, Campinas; Um Instante, Fotografia em projeção contínua, Niterói; 4º. Salão de Artes Visuais Aliança Francesa de Niterói e Galeria ICG Do Instituto Cultural Germânico (2016); Coletiva Eixo, Eixo, Virtual. Suas exposições individuais foram Poéticas Urbanas, São Paulo; Sombras da cidade, São Paulo e Paisagens veladas, Casa Galeria, São Paulo. Tem atuado como professora, arquiteta e artista visual.

Laura Teixeira de Oliveira 1984, Centralina, MG | Reside e trabalha (lives and woks) em Brasília, DF. Mineira, formada em Artes visuais pela UFU (Universidade Federal de Uberlândia, bacharel e licenciatura) e técnica em restauro de bens móveis pela FAOP (Fundação de Arte de Ouro Preto), transita entre arte, ilustração (desenho) e a


conservação/restauro. Com interesse no elemento cor e na linha orgânica, tanto matéria quanto desenho procura desenvolver trabalhos voltados para este assunto. Como a natureza é orgânica, a tem como referência. E foi daí que veio seu interesse no curso Objeto têxtil.

Liliane Oraggio Cocchiaro Liliane Oraggio (1963, São Paulo) é filha de costureira e neta de alfaiate, cresceu em oficinas de costura, cercada de panos e de todo o gestual de moldar corpos com tecidos. Enquanto jornalista, descobriu que a palavra texto e tecido tem a mesma raiz latina – tessitum, que também é matéria-prima do corpo humano. Seja com a palavra, (autora vários livros em prosa e poesia), com os materiais têxteis (bordados,


livros e objetos têxteis) ou à escuta dos seres humanos (como terapeuta corporalista), a proposta é a mesma: vencer a morte e firmar os gestos menores da arte como micropolítica de resistência. Tecemos este livro na sexta-feira 8/10./10//2021, dia em que contam-se 600.000 vidas perdidas pro COViD-19.

Marisa Carvalho Marisa Martins Carvalho, nasceu em Itapetininga, 1957, mora e trabalha em Campinas. Especialização em Artes Visuais e Intermeios na Unicamp-Campinas em 2011-12. Sua pesquisa está centrada na pintura, colagem, livTros de artistas e esculturas de pequenos objetos, procurando uma interlocução entre o uso de diferentes materiais como o aço, cobre, cerâmica, tecidos e outros. Com temática auto-bio-


gráfica, evoca memórias pessoais, usa as cores em texturas em camadas diversas, criando sensações tácteis e visuais. Participação em exposições individuais e coletivas em Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro e Havana- Cuba. Obras em livros: TRANSGRESSÕES CER MICAS- Brasil, editora SUBSOLO Edições, 2021; Obras comentadas AVANTI CAMPINAS Subsolo- Laboratório de arte – Andrés I.M. Hernández São Paulo: Edição do autor, 2019.

Teresa Berlinck Teresa Berlinck (São Paulo, 1962) é artista plástica e trabalha com sistemas de referência, desordenando narrativas e construindo associações entre memória e história. Transita entre desenho, escultura, instalação, performance. Mestre em Produção, Teoria e


Crítica em Artes Visuais pela FASM, SP e bacharel em Artes Visuais pela FAAP, SP. Participa de exposições em galerias, museus e instituições culturais desde 1982. Ministra cursos e oficinas de arte desde 1999 em seu ateliê, escolas e instituições culturais como MAM SP; CCSP Centro Cultural São Paulo; Faculdade Santa Marcelina; Escola São Paulo; Centro de Artes Casa do Artista; Oficinas Culturais do Estado e São Paulo; Sesc SP.


Sobre o Lux Espaço de Arte Lux é um espaço multiplicador da potência transformadora da arte, tendo atuado até agora como um centro cultural 100% online. Idealizado há quase uma década pela artista visual Helena Marc e inaugurado em agosto de 2020, em meio ao contexto hostil da pandemia de Covid-19, o Lux Espaço de Arte traz luz às mentes criadoras e pensadoras, lançando-se como base para conectar diversos conhecimentos e experiências e visando o desenvolvimento crítico e interdisciplinar no âmbito da cultura. Lux é um ambiente dedicado à partilha e experimentação artística. Através de atividades, estudos, conversas e exposições, o espaço se propõe a viabilizar e iluminar os caminhos da arte, da cultura e do conhecimento.

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Em 2012, a artista visual Helena Marc, a convite da organização do Festival Hercule Florence, o maior


festival de fotografia do interior paulista, concebeu o projeto initulado Casa Azul, uma ocupação cultural localizada no centro de Campinas, cidade que sedia o evento desde 2005. Na ocasião, foi apresentada a exposição INcômodo, curada e produzida pela artista, que contou com a participação de 9 artistas visuais e sonoros de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. Além da exposição, a Casa Azul também ofereceu apresentações musicais e conversas com artistas durante o breve tempo que permaneceu aberta ao público. Foi graças a essa experiência, sua primeira em produção cultural, que Helena percebeu a dimensão da importância de espaços de troca e convivência que viabilizem não apenas exposições, mas também o desenvolvimento das pesquisas e produções de artistas, sua formação crítica, teórica e prática e com isso sua inserção e reconhecimento no mundo das artes. Desde então, Helena vem buscando seu aprimora-


mento na área de produção cultural, paralelamente às sua produção como artista. Com inúmeros percalços ao longo desses 8 anos, foi curiosamente a pandemia de 2020 que possibilitou que esse sonho pudesse se realizar. Em meados do mesmo ano, foi inaugurado o Lux Espaço de Arte, que desenvolve-se até agora como um espaço cultural totalmente online. Contando com a profusão de atividades interativas virtuais, que tiveram grande aumento por conta do distanciamento social, foi possível conectar conhecimentos e experiências de pessoas do mundo todo, dando início à jornada do Lux. Agora, estamos prontos para seguir os próximos passos rumo à nossa consolidação como espaço físico.



Agosto, setembro e outubro de 2021



www.luxespacodearte.art.br



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