Multieducação

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Multieducação Centro Universitário UNA | Campus Aimorés

Aline Raposo Alice Regina Helena Ferreira Iza Clara Pantuso Maria Clara Martins Mariana Tavares Yasha Dutra Professoras: Isabella Elian Cláudia Sarsur



Índice

Editorial

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Páginas Rosa

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O começo da violência corporal

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Colagem “Chuva”

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A ludicidade na educação

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Educação 4.0

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Motivar para aprender

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Atividade psicomotora

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O faz de conta na vida adulta

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Conclusão

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Editorial Viva a diversidade no ensino! Se você pudesse oferecer o mundo inteiro dentro da sala de aula? E se você sentisse que a capacidade de seus alunos pode e deve ser explorada como um viajante com uma mochila nas costas explora o mundo? Nesta edição da Multieducação celebraremos a diversidade no ensino. Propostas de atividades acadêmicas voltadas para alunos em diferentes fases, respeitando suas necessidades e particularidades. Reflexões importantes sobre respeito e possibilidades para diferentes idades e realidades. Para onde seu ensino quer voar?

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Páginas Rosa Espaço dedicado aos depoimentos das alunas sobre a construção do trabalho final.

Aline Raposo Realizar este trabalho me levou a refletir do quanto posso fazer a diferença como educadora, do quanto a educação se faz necessária e ao mesmo tempo é tão rica. Nos faz pensar que sempre devemos nos atualizar, saber um pouco de tudo, pois o mundo hoje nos exige muito, nos cobra e devemos estar preparados. O educar deve ser feito com amor e por amor, é um dom que se tem ou não. Foi muito enriquecedor para mim vivenciar cada etapa da produção deste trabalho, pois através dele, pude ter uma perspectiva diferente desse mundo do educar em todos os âmbitos e também pude aprimorar meus conhecimentos.

Alice Regina Observando cada fase deste trabalho, percebi que como futura educadora devemos sempre buscar conhecimentos, e está incluída na atualidade do mundo de hoje, que nos requer estratégias para adaptar as diversas realidades. Educar não é apenas ficar no básico, mas sim mergulhar fundo. E este trabalho nos mostrou isso, como educadora é preciso sempre se atualizar e ter um olhar diferente para o futuro.

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Helena Ferreira

Maria Clara Martins

Esse trabalho da revista foi uma coisa nova de se fazer de colocar cada atividade nela que fizemos durante o semestre foi uma coisa inovadora dos jogos que criarmos dos conteúdos que colocamos certamente enriqueceu muitos meus conhecimentos e estamos no caminho certo, e de que precisamos mudar e melhorar para ser futuro professores da educação inovadora, ao começamos foi um pouco difícil de criar alguns conteúdos de trabalhar em grupo trocar idéias, experiência de cada um do grupo ter seu próprio pensamento e se encaixar no trabalho até conseguimos termina a versão final. Os feedback das professoras foi de grande incentivos para nosso desenvolvimento acadêmico e vocês duas foram sencional a cada aula e explicação.

Iza Clara Pantuso 4

A construção desta revista nos traz conteúdos relacionados com a nossa realidade, no qual apresenta que a educação funciona como um instrumento de transformação e evolução, sendo assim, permitindo mudar a realidade, valorizando e respeitando a cultura e a vivência das pessoas. Visto isso, mostra que devemos atuar de maneira diferente, diversificando os métodos de ensino, promovendo qualidade e mantendo-se a todo o momento atualizado, e sempre que possível de forma lúdica.

A realização de um trabalho como este, me leva a crer que o caminho certo na educação é sempre respeitar e se adaptar às diversas situações. Em nossa carreira sempre iremos nos deparar com realidades diferentes e ter que usar de toda a criatividade para lidar com diferentes histórias de vida. Nós, professores, temos o dever de levar um dos mais bonitos aspectos do ensino: o respeito.


Mariana Tavares Fazer parte da realização deste trabalho me fez tomar consciência do quão nós professores podemos fazer a diferença na vida das pessoas. A educação pode mudar o mundo e cabe a nós educadores abrir as portas do conhecimento para muitos. Também se fez possível perceber que durante nossa caminhada como educares iremos nos deparar com situações diversas e para superar essas situações teremos que ter criatividade e sobretudo muito amor e respeito pelas pessoas e pela nossa profissão.

Yasha Dutra Ao longo do semestre tivemos inúmeras oportunidades e acesso a conteúdos de qualidade que contribuiram para a nossa formação e para a formação dessa revista. Temos em mente que a educação é uma grande ferramenta para a autonomia e pode ser transformadora, e com isso devemos explorar todos os métodos possíveis em busca de sempre ofertar uma educação efetiva e de qualidade. Por fim, tentamos atribuir e enriquecer a revista com conteúdos e metodologias inovadoras, que possam auxiliar o educador na sua jornada.

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O Começo da Violência Corporal Como a relação do corpo com a civilização e a nossa sociedade afeta e se assumem nas escolas e nas aulas de ed física. Esse texto busca aguçar o lado filosófico que existe na área da educação e instigar o profissional a refletir sobre uma nova concepção da Educação Física e como a corporalidade está englobada em vários aspectos do nosso cotidiano. Após o jardim de infância, as crianças são puxadas para uma nova realidade onde gastam a maior parte de sua energia dentro de sala, sentadas em carteiras e seguindo um grande quadro de normas. Esse ambiente tão controlador, disciplinar e reprodutor gera uma rigidez corporal com essas séries de repressões, preconceitos e normas sobre o corpo. A escola é uma instituição social e reproduz práticas de controle e disciplina do corpo com o objetivo de eliminar os movimentos involuntários e participação espontânea, observa se essa dominação e manipulação em toda estrutura escolar, principalmente na distribuição espacial dos alunos na sala de aula, na organização do tempo, na postura corporal dos professores e alunos e na aprendizagem dos conteúdos em que o conhecimento é caracterizado pelo intelectualismo racionalizante, deixando de lado a elaboração de experiências sensoriais e focando na aprendizagem somente através de palavras, fotografias, números e fórmulas, com pouca participação do corpo, originalizando em um ciclo educacional oprimido e frustrado, impedindo que haja uma melhoria na aprendizagem, na educação e na relação do homem com o seu corpo. Para pensarmos sobre a atualidade, é preciso retornar ao passado e analisar a origem dessa violência contra o corpo e a mente. O homem sofre uma forte influência social sobre a sua forma de conviver e lidar com a realidade que o cerca, a sociedade contribui com o trabalho de moldar o corpo e domesticá lo. Imprimindo no ser humano os valores, crenças, leis e sentimentos de acordo com o seu sexo, idade, religião, sua ocupação e classe social. A forma como o homem se desenvolve e seu jeito de lidar com as situações impostas pela realidade não é um modo universal e constante, mas, sim, uma construção social. Sendo necessário desvendar os antecedentes históricos, ao longo do processo da civilização para conseguirmos refletir sobre a relação do homem com o seu corpo. Descobre se que o desenvolvimento social vem atrelado a descorporalização, é analisado que em sociedades mais estruturadas e que se acentua se o trabalho, são menores a espontaneidade e expressão corporal, e maior a operacionalização do corpo. O homem em sociedades mais simples, para a sua sobrevivência, depende dos seus sentidos, da agilidade dos seus movimentos e dos seus reflexos. A vida cotidiana do homem primitivo gira em torno das suas habilidades físicas e percepção sensível, gerando uma relação com a natureza diferente da do homem ocidental que é caracterizado pelo intelectualismo racionalizante. O processo de civilização trouxe ao homem moderno ocidental um engessamento e perda de seus ritmos e harmonia com a natureza e consigo mesmo, as consequências dessa evolução da racionalização na sociedade se manifesta como a falta ligação do indivíduo com o seu 6


corpo e sentimentos, transformando sua livre manifestação de suas emoções e afeto em expressões e gestos formalizados e controlados. Diante deste novo comportamento calculado e planejado surge uma independência e individualismo nas relações do cotidiano, onde o indivíduo se sente cada vez mais ameaçado e manipulado. A violência que antes era gerada através de lutas e guerras contra os inimigos e que descarregava as emoções e sentimentos como amor e ódio, foi substituída pela grande pressão sofrida em busca de dinheiro, prestígio e sobrevivência num novo mundo material e engessado, onde forças exteriores controlam e obrigam o ser humano a reprimir seus impulsos e sentimentos. A tensão e paixão que antes eram liberadas e colocadas para fora tomam um novo rumo, ficam guardadas dentro do indivíduo e são transformadas em pressão e tensão interna constante, que aparece, no homem moderno, em forma de ansiedade, insatisfação e doenças psicossomáticas.

Tendo essa percepção sobre o assunto, o professor deve se atentar a corporalidade e as mudanças positivas que ela traz ao desenvolvimento de nossos alunos e da sociedade, sendo necessário instigar o profissional a refletir sobre uma nova concepção do corpo e a mente e como a descorporalização pode atingir os nossos alunos. Acreditamos que, com uma prática educativa mais direcionada à exploração do corpo, do EU, o indivíduo pode ser provocado pelo mediador e aprender mais sobre si e saber lidar com mais convicção e prazer com as suas problemáticas e experiencias que ainda vão vivenciar. 7


Colagem

‘CHUVA’

A arte pode ser representada através de várias formas, em especial na música, na escultura, na pintura, no cinema, na dança, entre outras. O processo criativo se dá a partir da percepção com o intuito de expressar emoções e ideias, objetivando um significado único e diferente para cada obra. Esta foi a intenção dessa criação, onde a ideia foi cada integrante do grupo

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representar através de uma imagem a percepção que se tem da chuva. A arte é uma forma de o ser humano expressar suas emoções, sua história e sua cultura através de alguns valores estéticos, como beleza, harmonia, equilíbrio. Através dessas criações individuais formamos uma só arte, uma colagem representada pelo todo.


A Ludicidade na Educação O lúdico na educação infantil, tem por objetivo oportunizar ao educador a compreensão do significado e da importância das atividades lúdicas na educação infantil, procurando provocá-lo, para que insira o brincar em seus projetos educativos. É muito importante aprender brincando pois traz para a criança uma grande autonomia. O lúdico permite um desenvolvimento global que se traz descobertas e da criatividade, a criança pode se expressar, analisar, criticar e transformar a realidade, e os observando que no brincar as crianças tornam-se agentes de sua experiência social, estabelecem diálogos, organizam com autonomia suas ações e interações, construindo regras de convivência social e de participação nos jogos e brincadeiras. A ludicidade aplicada na aprendizagem, mediante jogos e situações lúdicas, não impede a reflexão sobre conceitos matemáticos, linguísticos ou científicos. De acordo com Freire (1997, p. 44):

“hoje é essencial o brincar para o desenvolvimento humano da criança através dele, os sujeitos interagem uns com os outros, experimentam o mundo, criam e faz o imaginário e afetos, brincam de vir a ser e com o brincar cria uma zona de desenvolvimento.”

O jogo, o brinquedo e a brincadeira possuem uma dimensão de troca, de criação, de conquista, e não devem ser entendidos como sinônimos. Cada um tem a sua própria especificidade. Não se pretende estender e discutir a fundo tais distinções, apenas ressaltar algumas diferenças mais fundamentais.

“O brinquedo não pode ser reduzido à pluralidade de sentido do jogo, pois enquanto objeto é sempre suporte de brincadeira, contendo uma dimensão material, cultural e técnica. Ainda de acordo com Kishimoto, a brincadeira pode ser entendida como a ação que a criança desempenha ao concretizar as regras do jogo, ao mergulhar na ação lúdica - podemos dizer que é o lúdico em ação.” Segundo Winnicott (1975).

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A melhor idade para se desenvolver A ludicidade pode ser usada além da educação infantil pode ser vista no papel dos idosos que constantemente, eles sentem-se como pessoas com experiência de vida e vontade de aprender e participar cada vez mais ativamente na sociedade, e que trás mudanças em seus planos pessoais e sociais, levando-os a encarar essa etapa da vida de forma ativa e independente. Essa fase da vida passa a ser considerada como uma boa oportunidade de crescimento pessoal e de troca de saberes com pessoas da mesma idade, ou com pessoas das mais variadas idades, em situações intergeracionais às quais o idoso vem agregar saber e experiência de vida. As experiências adquiridas no decorrer da vida do indivíduo, que novos saberes proporcionados pela educação permanente, fazem com que despertam neles o interesse de brincar como o jogo dos toquinhos trazendo a benefícios motores como o raciocínio, coordenação motora, trabalha as cores e trabalha a atenção.

Por meio da educação permanente proporciona-se aos indivíduos a possibilidade de uma maior participação nos diferentes segmentos da sociedade, pensar num idoso mais ativo socialmente é pensar em novas formas de aprender e de ensinar, de promover a troca de saberes, de interagir e de aprender a viver com o outro, e de aproveitar as diferenças individuais a fim de somar para melhorar. Percebe-se que, atualmente, as pessoas vivem em clima de tensão devido às obrigações diárias e acabam deixando de lado o tempo que

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possuem para o lazer. Com a ajuda de jogos e brincadeiras, pessoas da terceira idade colocarão a mente para "funcionar" e renovarão as ideias mantidas nela, desta forma, melhorarão seu aspecto cognitivo, que a prática de atividades físicas também devem fazer parte da rotina de idosos, e isso incluem as brincadeiras coletivas. Dança, jogos de tabuleiro, ginásticas, entre outros exercícios ótimos para potencializar as funções cerebrais das pessoas mais velha e acaba ganhando muito mais força para a promoção de uma vida saudável.

Compartilhado do WPS Office: https://kso.page.link/wps https://youtu.be/myPXd-fiTh0

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Educação 4.0

O modelo tradicional de aprendizagem já não é suficiente para atender às necessidades das novas gerações de alunos, e nem para acompanhar as evoluções do mundo atual.

Afinal, o que é a Educação 4.0? A Educação 4.0 significa o uso de tecnologia para ampliação e desenvolvimento de competências e habilidades presentes na BNCC, ou seja, o desenvolvimento do protagonismo dos alunos para que amplie seus conhecimentos através de trabalhos em grupos, trocas de ideias, inovações, responsabilidade, pensamento crítico e principalmente a criatividade A Educação 4.0 está ligado ao conceito da indústria 4.0, também chamada de quarta revolução industrial, e o termo está relacionada à revolução tecnológica que inclui inteligência artificial, linguagem computacional, Internet das coisas e aprender por meio da experimentação, projetos, vivências e mão na massa.

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Essa educação surgiu em respostas às demandas dos momentos atuais. Hoje, nós vivemos um cenário que exige respostas muito mais rápidas, com problemas muito mais complexos e uma dinâmica de atualização e novidades muito maiores. E influenciou quase tudo, inclusive a educação, que trouxe uma mudança no modelo tradicional de educação, onde o professor era o centro e simplesmente transmitia informações, esse modelo já não se adequa às demandas que o mercado e a sociedade exige, e por isso, hoje percebe-se a necessidade de estimular a apropriação do conhecimento, a resolução de problemas, a criatividade e a inovação. Além disso, o pensamento crítico passa ser o protagonista, já que hoje a informação é disponibilizada de uma forma muito fácil, onde todos podem ter acesso. Então, passa a ser mais importante saber usá-la, do que possuí-la. E o objetivo é oferecer não somente técnicas para realizar coisas, porém desenvolver competências essenciais para as relações humanas e o desenvolvimento socioemocional. O erro passa a fazer parte dos processos de ensino, já que os alunos são estimulados a questionarem a melhor forma de encontrarem as suas respostas, com autonomia e protagonismo no seu desenvolvimento pessoal e acadêmico. Alguns conceitos relacionados à educação 4.0 são o movimento Maker ou mão na massa, Design Thinking e Metodologias baseadas em projetos. A educação 4.0 trabalha a transdisciplinaridade, que significa a aprendizagem além das disciplinas, focando na ética, na cidadania, na tecnologia e no ser humano de forma conjunta, ou seja, possibilita o convívio entre os conteúdos tradicionais, como as ciências humanas, ciências da natureza, linguagens e matemática aos conteúdos digitais, como programação e robótica, além do desenvolvimento humano e social. 13


Motivar para Aprender

De acordo com Borba (2005, p. 36), “a brincadeira não é algo já dado na vida do ser humano, ou seja, aprende-se a brincar, desde cedo, nas relações que os sujeitos estabelecem com os outros e com a cultura”. Nesse aspecto podemos apontar que o brincar não apenas requer muitas aprendizagens, mas constitui um espaço de aprendizagem. Uma das prioridades, nos primeiros anos de escolaridade, é desenvolver competências nas crianças, de forma lúdica, através do jogo, é possível estimular os processos cognitivos, ampliar as possibilidades de comunicação, promover a socialização, desenvolver capacidades físicas e ainda enriquecer o imaginário da criança.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA CURSO DE PEDAGOGIA UC – Ludicidade, Linguagem, Corpo e Movimento PROFESSORAS: Cláudia Sarsur e Isabella Ellian ALUNAS: Aline Raposo, Alice Regina, Helena Ferreira, Iza Clara Pantuso, Maria Clara Martins, Mariana Tavares e Yasha Dutra OFICINA DE LUDICIDADE NA ESCOLA – Simão de Miranda MOTIVAÇÃO Motivar uma criança consiste em prepará-la psicologicamente para ser capaz de realizar uma determinada ação com interesse e de forma diligente. Esta é a chave para a aprendizagem, pois uma criança motivada vai implicar-se na tarefa a realizar e vai empenhar-se completamente para alcançar o objetivo pretendido. O jogo promove o envolvimento nas atividades propostas pelo professor, dando ânimo, entusiasmo e motivação para as crianças.

JOGOS: 1. Uma viagem divertida 2. Mãos sobre mãos 3. Os caçadores das sombras 4. Ora, bolas! 5. A travessia do rio 6. Balões movidos a sopro 7. Uma roda muito engraçada 8. O duelo dos balões entre joelhos 9. A corrente dinâmica 10. A expedição

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Atividade Psicomotora O intuito desta atividade é trabalhar a psicomotricidade. Psicomotricidade é a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. É sustentada por três conhecimentos básicos: o movimento, o intelecto e o afeto. Unida à psicomotricidade, essa atividade trabalha de forma integrada as funções cognitivas, socioemocionais, simbólicas, psicolinguísticas e motoras, promovendo a capacidade de ser e agir num contexto psicossocial.

AS PARTES DO CORPO HUMANO Faixa Etária: A partir da Fase Pré-escolar (5-6 anos) Desenvolvimento: O educador irá disponibilizar um pedaço de papel do tamanho de cada aluno para cada dupla onde usarão para montar um quebra cabeça com as partes do corpo (cabeça, braços, pernas, mãos, pés e etc). Será informado que a brincadeira se trata de uma competição e que ganha a dupla que conseguir completar as partes do corpo humano primeiro. Ao final da brincadeira será analisado as partes do corpo humano junto da turma, onde o educador poderá projetar para os alunos o vídeo “Cabeça, ombro, joelho e pé - Bob Zoom”. Objetivos: - Conhecer e reconhecer as sensações e funções do corpo - Permitir espaços para o aluno expressar suas ideias, sentimentos e desejos diante das vivências experimentadas. - Verificar a dedicação dos alunos em fazer as atividades distintas. 16


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Justificativa: O Brasil tem mais de 21 milhões de crianças com até 6 anos de idade, segundo a Unicef, essa fase é considerada como a primeira infância na BNCC. É nesta fase que são definidos aspectos de cunho moral, social, físico e se dá o desenvolvimento e a aprendizagem dos pequenos. Quando se trata do desenvolvimento infantil, do que estamos falando? Podemos definir desenvolvimento como a “mudança ao longo do tempo – na estrutura, no pensamento ou no comportamento de um indivíduo que se instalam a partir de influências biológicas e ambientais”. (Betzen, 2012. p. 24). A educação requer diferentes olhares para enriquecer e promover o desenvolvimento e aprendizagem integral e de qualidade. Analisando a busca pela aquisição de conhecimento nos deparamos com a Psicomotricidade e suas contribuições no campo da educação. Falar de Psicomotricidade na educação infantil, é tratar do desenvolvimento cognitivo, físico e emocional, onde a meta é entender como funciona esse processo fundamental da aprendizagem e quais são as suas ferramentas no meio escolar. A educação Psicomotora vem reformulando o nosso modo de olhar e analisar as experiências e vivências oferecidas para as crianças, e deve ser considerada como uma educação de base na Educação Infantil e nas séries iniciais. Ela torna-se necessária para auxiliar nossos alunos nesse processo de desenvolvimento, principalmente na alfabetização, levando a criança a conhecer a si mesmo, tomar consciência do seu corpo, se situar no espaço, trabalhar a lateralidade, adquirir habilidade e controle dos seus gestos e movimentos e dominar o seu tempo. Essa consciência corporal vem atrelada ao envolvimento e interatividade humana, trabalhando corpo e mente das crianças de maneira articulada, promovendo um desenvolvimento motor e cognitivo, contribuindo para a aquisição da autonomia para a aprendizagem, facilitando desse modo o processo de alfabetização. Conforme foi visto, a Psicomotricidade se configura como um campo da ciência extremamente importante para a área da educação, e de acordo com Fontana (2012) a escola tem que se adequar a esse novo cenário. “O papel da escola no desenvolvimento da criança, a interação “O papel da pretende escola noque desenvolvimento da criança, interação pedagógica cada criança atinja mais acedo e em pedagógica pretende que cada criança atinja mais cedo e em melhores condições aquilo que naturalmente seria de esperar no melhores condições aquilo que naturalmente seria de esperar no seu desenvolvimento, do que deixá-la livre aos seus próprios seu desenvolvimento, do que deixá-la livre aos seus próprios investimentos e envolvimento. A escola proporcionará meio, investimentos e envolvimento. A escola proporcionará meio, através de atividades diferenciadas, que exigirá novas através de atividades diferenciadas, que exigirá novas experiências, tarefas a nível cognitivo, onde a criança deverá experiências, a nível através cognitivo, criança deverá transferir algotarefas interiorizado de onde gestosa mecânicos, até transferir algo interiorizado através de gestos mecânicos, até produzir a escrita” (FONTANA, 2012, p. 25). produzir a escrita” (FONTANA, 2012, p. 25).

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O professor entra como um dos principais nesse processo de ensino-aprendizage e por isso também deve ser um alvo da Psicomotricidade, onde irá orientar as crianças no melhor caminho. Tendo como base esse pensamento, elaboramos uma atividade que tem a proposta de trabalhar essa relação do corpo e da mente das crianças. Buscando estimular as estruturas psicomotoras da lateralidade, ritmo, espaço, equilíbrio e coordenação motora. Explorando diversas formas de movimentos e nomeando as partes do corpo enquanto escuta a música e depois tem a oportunidade de desenvolver o raciocínio lógico por meio do jogo de montar o corpo humano. Com a participação de toda a turma na brincadeira estimula o desenvolvimento da inteligência emocional, trabalhando a interatividade e o envolvimento das crianças. Recursos: Folha de papel kraft, quebra cabeça de EVA, vídeo com música e projetor. Link do vídeo: https://youtu.be/6tAewW6KS6k Referências: Educação Infantil. O eu, o outro e o nós: como trabalhar esse campo de experiência na educação infantil?. Educação Infantil. Disponível em: https://educacaoinfantil.aix.com.br/o-eu-o-outro-e-o-nos/. Acesso em 19 de abril, 2020. Escola Educação. Plano de aula corpo humano. Escola Educação. Disponível em: https://escolaeducacao.com.br/plano-de-aula-corpo-humano-educacao-infantil/. Acesso em 20 de abril, 2020.

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O Faz de Conta na Vida Adulta O encanto das artes na educação de jovens e adultos

Quando falamos sobre EJA temos que lembrar que somente na década de 80 que o Brasil começou a se preocupar com a cobertura e acesso à educação básica, antes disso não havia a democratização da educação. A partir do momento que começa a criar políticas públicas para garantir o acesso à educação para todos, surge uma problemática educacional que se vivencia até hoje: o analfabetismo, uma grande demanda de alunos nas escolas que tiveram pouco contato com esse ambiente escolar e por isso começa - se a buscar uma panaceia de métodos a fim de alfabetizar a maior quantidade de pessoas num menor número de tempo, isso levou a uma alfabetização extremamente mecânica preocupada apenas com a decodificação e codificação do alfabeto, saber a correspondência grafema e fonema, que gerou uma onda de analfabetos funcionais. Tendo isso em mente, surgem questionamentos de como garantir o acesso à educação, e o acesso à educação de qualidade. Dessa forma, pensamos em estratégias voltadas para o lúdico com a disciplina de artes, aproveitando aspectos que as turmas de jovens e adultos de faixa etárias diferentes já trazem de casa. Atividade Mimica e história em quadrinhos Objetivo Geral Contribuir para um momento de imaginação, criatividade, motricidade e interação social, através da realização da mímica e da construção de uma história em quadrinhos. Objetivos Específicos - Expressar-se livremente por meio de gestos e movimentos corporais, de formas variadas e lúdicas - Estruturar as ideias que o indivíduo irá elaborar sobre o sistema alfabético - Desenvolver a leitura e observar as características do gênero textual proposto - Distinguir os elementos básicos de uma narrativa – enredo, personagens, tempo, lugar e desfecho - Interpretar, exprimir pensamentos e sentimentos através de símbolos 20


- Desenvolver a criatividade juntamente da corporeidade - Aprimorar a capacidade do raciocínio e melhoria na relação social entre os participantes Habilidades da BNCC (EF12EF02): explicar, por meio de múltiplas linguagens (corporal, visual, oral e escrita), as brincadeiras e os jogos populares do contexto comunitário e regional, reconhecendo e valorizando a importância desses jogos e brincadeiras para suas culturas de origem. (EF15AR05): experimentar a criação em artes visuais de modo individual, coletivo e colaborativo, explorando diferentes espaços da escola e da comunidade. repertório corporal. (EF15AR09): estabelecer relações entre as partes do corpo e destas com o todo corporal na construção do movimento dançado. (EF69AR29): Experimentar a gestualidade e as construções corporais e vocais de maneira imaginativa na improvisação teatral e no jogo cênico (EF15AR26): explorar diferentes tecnologias e recursos digitais (multimeios, animações, jogos eletrônicos, gravações em áudio e vídeo, fotografia, softwares etc.) nos processos de criação artística. Desenvolvimento No primeiro momento serão formados grupos de 3 a 4 pessoas. Uma pessoa de cada grupo irá pegar um papel e não revela a ninguém, em seguida utilizará seu próprio corpo para transmitir o comunicado que foi selecionado, sua equipe deve adivinhar quem é o personagem, objetivo, tempo, lugar e obstáculo. Assim que alguém do grupo adivinhar, deve-se marcar a resposta na plataforma Kahoot antes que se finalize o tempo. A plataforma disponibilizará 60 segundos para cada mímica que será realizada e 4 opções para que os alunos possam selecionar apenas uma como resposta. Ainda com os grupos formados, seguiremos para a segunda parte da atividade. Após o jogo da mímica os grupos irão utilizar os elementos sorteados no mesmo para criar uma história em quadrinhos no site StoryboardThat. Nesta etapa é fundamental o auxílio do docente guiando sobre os elementos básicos que compõem uma narrativa, o emprego de recursos expressivos como onomatopeias, diferentes tipos de letras, sinais de pontuação, o uso de balões nas falas ou expressões de sentimentos assim como suas variadas formas, etc.

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Recursos Papel Caneta ou lápis Celular e computador conectado à internet Aplicativo Kahoot Aplicativo StoryboardThat Avaliação - Avaliar o trabalho em grupo, a cooperação - Observar a relação do aluno com a escrita e com a leitura - Analisar a interação do aluno com os diferentes recursos tecnológicos Links Questionário do jogo de mimica: https://create.kahoot.it/share/mimica/d8d6a02c-9866-4c5d-857c-271d197a193b

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Criação de histórias em quadrinhos: https://www.storyboardthat.com

Explicação da atividade: https://youtu.be/72TSqFcEEJg

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Conclusão Agradecemos a oportunidade de analisar e agrupar um material acadêmico tão rico que nos fez refletir tanto. Podemos levar para nossa formação uma certeza: acolher a diversidade e as múltiplas formas de ensinar é o caminho na educação que queremos seguir. Com respeito, paciência e dedicação podemos (e devemos) mudar o mundo!

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