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ESP
RES
STAURAD E R S O ACO
res de t a t erapias complemen pa c ien FG U a te oncológico d
ESPAÇOS RESTAURADORES: CENTRO DE TERAPIAS COMPLEMENTARES AO PACIENTE ONCOLÓGICO DA UFG.
Seminário de Projeto Universidade Federal de Goiás Arquitetura e Urbanismo
Graduanda: Marize Tomaz Porto Orientadora: Prof. Dra. Christine Ramos Mahler. Goiânia, Setembro de 2022.
RESUMO Este trabalho tem como proposta a concepção de um centro de assistência e acolhimento para pacientes com diagnóstico de câncer, agregado aos serviços de tratamento oncológico do Hospital das Clínicas - Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) e hospitais da rede pública de Goiânia, Goiás, e de modo que complemente o tratamento clínico, deslocando a assistência social, nutricional, psicológica e de fisioterapia, bem como de terapias integrativas (que atualmente se encontram adaptadas e pulverizadas no HC-UFG) fora do ambiente hospitalar. Desse modo, a intenção é pensar em um edifício que proporcione espaços restauradores e terapêuticos, com uma ambiência favorável aos cuidados do corpo e da mente, onde o paciente possa compartilhar histórias e vivências. O acolhimento, uma das diretrizes do novo edifício atuará como um otimizador na recuperação física e emocional dos pacientes, em decorrência aos longos e intensos processos de hospitalização, entendendo que o estigma do câncer como doença agressiva e fatal encontra-se em processo de superação. Espera-se como contribuição, promover o bem-estar dos pacientes e, desse modo, contribuir com sua recuperação, além de divulgar a importância da prevenção do câncer e estimular o estilo de vida saudável.
Palavras-Chave: Tratamento Oncológico. Centro de Acolhimento. Espaços Restauradores. Ambientes Hospitalares. Hospital das Clínicas UFG.
SUMÁRIO
1
APRESENTAÇÃO DO TEMA Introdução Justificativa Objetivos Metodologia
2
DISCUSSÃO TEÓRICA O câncer Sistema de saúde Instituições de saúde Arquitetura como aliada na Recuperação dos paciente Lugar e significado Inovações do ambiente Hospitalares
3
08 10 12 14
18 25 28
Maggie yorkshire Centro urbano de tratamento para doentes terminais Centro kálida Sant Pau Quadro síntese
5
ESTUDO DO LUGAR
38 40
46 48 56 64 47
Caracterização do público Entendendo o público Perfil do usuário
Contexto do bairro Entorno Terreno Legislação pertinente
32
ESTUDO DE CASO Centro maggie
4
ANÁLISE DO INDIVÍDUO
6 7
78 80 82
104 114 118 122
ATMOSFERA Moodboard
128
PARTIDO Programa de necessidades Diretrizes Partido arquitetônico
132 139 142
8
ESTUDO PRELIMINAR Implantação Centro de Terapias Centro de Acolhimento Renders
9
156 160 174 94
CONSIDERAÇÕES FINAIS Referências Bibliográficas Lista de figuras Lista de Abreviaturas e siglas
APRESENTACAO
APRESENTAÇÃO DO TEMA
APRESENTAÇÃO DO TEMA
Introdução
08
O presente trabalho tem como proposta a
Câncer Araújo Jorge – um hospital espe-
criação de um centro de terapias para
cializado no tratamento ao câncer em
pacientes de câncer com um aporte huma-
Goiânia. Os grupos de usuários que serão
nizado e individualizado para o diagnósti-
atendidos são: GRUPO 1: Pacientes em
co e prognóstico, minimizando os estigmas
tratamento de quimioterapia e/ou radiote-
da doença, oferecendo suporte emocional,
rapia. GRUPO 2: Pacientes que já passaram
social e físico, além de proporcionar cuida-
por tratamentos e se curaram. GRUPO 3:
dos paliativos¹.
Acompanhantes e/ou familiares que neces-
A proposta visa agregar ao HC-UFG um
sitam de apoio complementar. O Centro de
espaço adequado para realização dos
Acolhimento atenderá as faixas etárias a
tratamentos, uma vez que a estrutura atual
partir de 15 anos, adultos e idosos. Os
é realizada em ambientes adaptados e
serviços não incluem crianças, pois essa
pulverizados por todo edifício.
faixa etária possui especificidades, deman-
O público alvo engloba pacientes em
dando espaços direcionados. O Centro
tratamento pelo Hospital das Clínicas -
contará, ainda, hospedagem para pacien-
Universidade Federal de Goiás, podendo
tes e acompanhantes que não tenham
atender a outras instituições do Sistema
domicílio em Goiânia e necessitem de
Único de Saúde² (SUS) de suporte ao
permanência, de acordo com a prescrição
câncer, como por exemplo, o Hospital de
de seus tratamentos. Assim, busca-se a
oportunidade de realizar o TCC para
ativarem as subjetividades. A premissa é
atender a esta demanda fora do ambiente
que as pessoas se apropriem do lugar de
hospitalar, pois “Ao atenuar o estresse e a
forma livre, quebrando o enrijecimento do
monotonia a que fica submetido o pacien-
espaço impessoal, técnico e asséptico e
te, a melhora dessas instalações ajuda a
tornando um lugar para acessar um tempo
reduzir o tempo de recuperação”. (GEOF-
de imersão e autocuidado.
Desse modo, interessa que o espaço propi-
¹ Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da
cie tranquilidade, ludicidade, acolhimento
qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de
e forte relação com a natureza.
alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce,
O paciente com câncer sofre pelo estigma da doença, durante muitos anos tida como fatal e incurável, uma espécie de pena de morte anunciada. Ao longo do século XX, com os avanços da medicina e a divulgação dos tratamentos preventivos, muitos casos tornaram-se reversíveis, havendo aumentos consideráveis das taxas de sobrevida. Apesar disso, a relação com os espaços hospitalares é intensa, seja para
uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos,
sociais,
psicológicos
e
espirituais
(Organização
Mundial da Saúde, 2002).
²
O Sistema Único de Saúde, o SUS, é formado pelo conjunto
de todas as ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público (Ministério da Saúde, 2000).
APRESENTAÇÃO DO TEMA
FROY, 2000, p.247).
consultas, exames e procedimentos. O Centro de Terapias oferecerá espaços desburocratizados, fluidos e passíveis de
09
APRESENTAÇÃO DO TEMA
Justificativa
10
De acordo com o Instituto Nacional de
O câncer deve ser considerado em sua
Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA)³,
complexidade um dos maiores desafios da
órgão do Ministério da Saúde, o câncer é o
saúde pública no Brasil. Os investimentos
principal problema de saúde pública no
para enfrentamento nas políticas e progra-
mundo, já está entre as 4 principais causas
mas de prevenção têm sido insuficientes.
de morte prematura (e antes dos setenta
Ações preventivas e de conscientização
anos de idade) na maioria dos países (Esti-
sobre prevenção e cuidados pós-diagnós-
mativa, 2020). A mais recente estimativa
tico devem ser intensificadas para minimi-
mundial, ano 2018, aponta que ocorrerão no
zar as reincidências.
mundo 18 milhões de casos novos de câncer
De acordo com Pinto (1996), o câncer é uma
e 9,6 milhões de óbitos. E para o Brasil, a
doença cheia de mitos, que permeiam o
estimativa para os anos de 2020-2022 é de
imaginário coletivo, provocando efeitos
625 mil casos novos de câncer.
negativos no processo de aceitação da
Apesar da incidência, em geral, crescente,
doença. A partir dos anos 1960, com o
a mortalidade por muitos tipos de câncer
avanço em pesquisas, houve uma divulga-
vem diminuindo nos últimos anos; a má
ção sobre a possibilidade de cura, dimi-
notícia é que isso só tem ocorrido, ao menos de maneira consistente, nos países
nuindo o pessimismo sobre a doença.
ricos. Infelizmente, o baixo investimento em
O diagnóstico de câncer vem acompa-
medidas
diagnóstico
nhado do estigma que a palavra câncer
precoce e a menor oferta de tratamentos
traz em si mesma: associação com inten-
oportunos e eficazes podem condenar os
so sofrimento e morte posterior. Em
países em desenvolvimento a anos de
decorrência dessa associação, a angús-
atraso nas políticas de combate ao câncer,
tia é o principal sentimento que acomete
em relação aos seus pares mais afortuna-
o paciente e seus familiares quando
dos. (Equipe Oncoguia, 2021)
recebem o diagnóstico de câncer.
de
prevenção
e
(Pinto, 1996)
Os altos índices de câncer, demonstram a
positivos na sua recuperação pós-cirúrgi-
necessidade de atendimento complemen-
ca. A visualização do exterior diminui os
tar para auxiliar a recuperação e reinser-
níveis de ansiedade, as doses de analgési-
ção dos pacientes em seus cotidianos. As
cos e o tempo de internação.
física e emocional, devendo ser realizadas em espaços que contemplem as complexi-
“As experiências de ambientes físicos, visualmente prazerosos, podem auxiliar na redução do estresse, uma vez que
dades deste processo, sendo terapias
desencadeiam
indicadas pelo médico especialista e
mantêm
conduzidas por uma equipe multiprofissional. A arquitetura para projetos hospitalares, atualmente no Brasil, sofre com um avanço constante de demanda quantitativa, e está cada vez mais sendo discutida, em função de fatores como o bem-estar dos pacientes nos ambientes hospitalares. Roger Ulrich (1984), com base em estudos, demonstrou o efeito restaurativo do ambiente, a partir dos efeitos fisiológicos e
vigilante,
o
emoções
estado
de
diminuem
os
positivas,
atenção
não
pensamentos
negativos e possibilitam o retorno à excitação
fisiológica
(physiological
arousal) para níveis mais moderados.” (Gressler e Günther, 2013, p. 489)
3 O INCA é o órgão auxiliar do Ministério da Saúde no desen-
volvimento e coordenação das ações integradas para a prevenção e o controle do câncer no Brasil. (INCA,2020)
APRESENTAÇÃO DO TEMA
dificuldades no tratamento são de ordem
emocionais do indivíduo. Para ele, a visão de um ambiente natural por meio da janela do quarto de um hospital tem efeitos
11
Objetivo geral Este trabalho pretende elaborar de um projeto arquitetônico para um Centro de Acolhimento e Terapias, com espaços complementares ao tratamento do câncer do HC-UFG, a fim de oferecer suportes sociais, terapêuticos e emocionais fora do
APRESENTAÇÃO DO TEMA
ambiente hospitalar.
12
Objetivos específicos Implantar um Centro de Terapias ao paciente oncológico próximo ao Hospital das Clínicas - UFG, e do Hospital de Câncer Araújo Jorge, Goiânia-Goiás;
Realocar equipes multiprofissionais de suporte ao câncer do Hospital da Clínicas - GO para o Centro de Terapias;
Promover debates, reflexões e orientações sobre a importância de ambientes
mentares de cuidado ao câncer;
Possibilitar a formação de grupos de convivência entre pacientes e familiares para integração e troca de experiências;
APRESENTAÇÃO DO TEMA
adequados para tratamentos comple-
Proporcionar acolhimento, bem-estar e conforto dos pacientes por meio de soluções arquitetônicas.
13
Metodologia
METODOLOGIA
1 14
3
Revisão da literatura sobre câncer Causas e tratamentos Psicologia ambiental Fenomenologia e sensorialidade
Análises Estudo de casos Estudo do lugar Perfil do usuário (Personas)
Desenho universal Arquitetura de espaços hospitalares humanizados.
2
Coleta de dados Estatísticas Conceitos Levantamentos
4 Fase exploratória
Programa de necessidades Critérios Pré-dimensionamento
Fase propositiva
6
METODOLOGIA
4
5
Diretrizes
7
Desenvolvimento do projeto
Partido Arquitetônico
15
DISCUSSAO
O CÂNCER
mais podem formar tumores, tornando difícil para o corpo humano manter seu
Definição
funcionamento.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2021), do Ministério da Saúde do Brasil, o câncer inclui mais de 100 tipos de doenças, a partir de uma multiplicação descontrolada das células agressivas (malignas), que atinge os tecidos e órgãos e pode se desenvolver em várias partes do corpo. Quando ocorre uma mutação genética (alteração do DNA), células anor-
A capacidade do câncer se espalhar do local para outro local do corpo é chamada de câncer metastático. “Na metástase, as células cancerosas se separam de onde se formaram e formam novos tumores em outras partes do corpo.” (Instituto Nacional do Câncer/Terese Winslow, 2014). Nesta fase o câncer se encontra avançado e pode ser considerado não curável, mas pode ser tratado.ão recomendados, em
O CÂNCER
alguns casos, tratamentos para prolongar
Célula Normal
Diagrama 01 | O que é o câncer? Fonte: INCA (2020) Modificado pela autora.
18
Célula Cancerosa
Orgão
Tecido
Tecido Infiltrado
a vida das pessoas. Mas já em outros
Organização Pan-Americana de Saúde -
casos, o propósito essencial é controlar a
OPAS (2020), entre 30% e 50% dos cânceres
evolução ou aliviar os sintomas que já
podem ser prevenidos.
estão sendo causados.
Para o tratamento de câncer é essencial
As causas do câncer são de origens varia-
que ocorra um diagnóstico adequado e
das, associadas a causas genéticas, fator
eficaz, tais como quimioterapia, radiotera-
hereditário, hormônios e condições imuno-
pia, hormonioterapia, terapia alvo, imuno-
lógicas e por causas externas, como estilo
terapia, medicina personalizada, trans-
de vida, hábitos e costumes alimentares,
plante de medula ou cirurgias.
tabagismo, alcoolismo, exposição ao sol,
Os efeitos colaterais podem ser bastante
exposição a agentes químicos, fatores
agressivos, de imediato até longo prazo.
ambientais (industrialização, poluição, insalubridade e outros). De acordo com
O CÂNCER
Agente cancerígeno
Membrana celular
Citoplasma Núcleo
Diagrama 02 | como surge o câncer? Fonte: INCA (2020) Modificado pela autora.
Célula Normal
Carcinogênese
Célula Cancerosa
19
Cuidados paliativos “Os cuidados paliativos são cuidados
estratégia aos cuidados paliativos para
especiais que se concentram na qualidade
pacientes e familiares em contextos de
de vida das pessoas e de seus cuidadores
baixa renda, é essencial que programas de
que passam por uma doença avançada e
saúde pública proporcionem serviços e
limitante da vida. Os cuidados paliativos
espaços adequados.
oferecem cuidados compassivos para pessoas nas últimas fases de uma doença incurável, para que possam viver da maneira mais plena e confortável possível.” (American Cancer Society, 2019). Tais cuidados não buscam a cura, mas sim, o alívio dos sintomas e os efeitos colaterais causados pelos intensivos procedimentos clíniO CÂNCER
cos padrão. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde - OPAS (2020), em mais de 90% dos pacientes com câncer avançado conseguem o alívio de problemas físicos, psicossociais e espirituais por meio dos cuidados paliativos. Como
20
Estatísticas No mundo
De acordo com Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer (2020), o câncer já está entre as quatro principais causas de morte prematura (antes dos 70 anos de idade) na maior parte dos países. Na recente estimativa mundial, realizada no ano de 2020, indica cerca de
18 milhões de casos novos e cerca de 9,6 milhões de óbitos. Registra em média 14,1 milhões de novos casos anuais no mundo.
Novos casos
Mortes Ásia Europa
22.8 %
19.6 %
América
20.9 % 5.7 % 1.3 %
Gráfico 01 | porcentagem de novos casos e mortes no mundo Fonte: Global Cancer Observatory, 2021. Modificado pela autora.
58.4 %
África Oceania
14.2 % 7.1 %
O CÂNCER
49.3 %
0.7 %
21
No Brasil
295 novos casos de câncer. Em 2020, a estimativa era de 686 mil novos casos, sendo 47% em mulheres e 53% em homens. Os dados das tabelas a seguir mostram a estimativa de novos casos e as Já no Brasil, a cada 100 mil habitantes, calcula-se que por ano ocorrem
taxas de mortalidades da doença no Brasil, em 2020, separados por tipo de câncer e sexo.
O CÂNCER
Novos casos de câncer em homens no Brasil Localização primária
Casos
%
Próstata
65.840
29.2
Cólon e Reto
20.540
Traqueia, Brônquios e Pulmão
Localização primária
Casos
%
Mama Feminina
66.280
29.7
9.1
Cólon e Reto
20.470
9.2
17.760
7.9
Traqueia, Brônquios e Pulmão
12.440
5.6
Estômago
13.360
5.9
Colo do Útero
16.710
7.5
Cavidade Oral
11.200
5.0
Glândula Tireoide
11.950
5.4
Esôfago
8.690
3.9
Estômago
7.870
3.5
Bexiga
7.590
3.4
Ovário
6.650
3.0
Laringe
6.470
2.9
Corpo do Útero
6.540
2.9
Leucemias
5.920
2.6
Linfoma Não-Hodgkin
5.450
2.4
Sistema Nervoso Central
5.870
2.6
Sistema Nervoso Central
5.230
2.3
Todas as Neoplasias
309.750
Tabela 01 | estimativas de novos casos de câncer em homens no Brasil. Fonte: MS/INCA/ Estimativa do Câncer no Brasil (2020) Modificado pela autora.
22
Novos casos de câncer em mulheres no Brasil
Todas as Neoplasias
316.280
Tabela 02 | estimativas de novos casos de câncer em mulheres no Brasil. Fonte: MS/INCA/ Estimativa do Câncer no Brasil (2020) Modificado pela autora.
Localização primária
Óbitos
%
Traqueia, Brônquios e Pulmão
16.371
13.9
Próstata
15.576
13.3
Cólon e Reto
9.608
8.2
Estômago
9.387
Esôfago
Mortalidade de câncer em mulheres no Brasil Localização primária
Óbitos
%
Mama Feminina
17.572
16.4
Cólon e Reto
9.995
9.3
Traqueia, Brônquios e Pulmão
12.346
11.5
8.0
Colo do Útero
6.526
6.1
6.756
5.8
Pâncreas
5.601
5.2
Fígado e vias biliares
6.181
5.3
Estômago
5.374
5.0
Pâncreas
5.497
4.7
Sistema Nervoso Central
4.506
4.2
Cavidade Oral
4.974
4.2
Fígado e vias biliares
4.369
4.1
Sistema Nervoso Central
4.803
4.1
Ovário
3.984
3.7
Laringe
3.859
3.3
Leucemias
3.316
3.1
Todas as Neoplasias
117.477
100
Todas as Neoplasias
107.235
100.0
Tabela 03 | estimativas de mortalidade de câncer em homens no Brasil. Fonte: MS/INCA/ Estimativa do Câncer no Brasil (2020). Modificado pela autora.
Tabela 04 | estimativas de mortalidade de câncer em mulheres no Brasil. Fonte: MS/INCA/ Estimativa do Câncer no Brasil (2020). Modificado pela autora.
O CÂNCER
Mortalidade de câncer em homens no Brasil
23
Estatísticas Goiás e Goiânia
Ainda de acordo com Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer (2020), a estimativa de novos casos de câncer em Goiás e Goiânia, em 2020 a cada 100 mil habitantes, das 6 principais localização primária de câncer, apresentados nas tabelas a seguir:
O CÂNCER
Novos casos de câncer em Goiás
24
Novos casos de câncer em Goiânia
Localização primária
Casos
Localização primária
Casos
Próstata
2.240
Próstata
370
Mama Feminina
1.620
Mama Feminina
420
Traqueia, Brônquios e Pulmão
940
Traqueia, Brônquios e Pulmão
140
Cólon e Reto
1.160
Cólon e Reto
310
Estômago
550
Estômago
150
Colo do Útero
590
Colo do Útero
170
Tabela 05 | estimativa de novos casos de câncer em Goiás para o ano de 2020. Fonte: MS/INCA/ Estimativa do Câncer no Brasil (2020). Modificado pela autora.
Tabela 06 | estimativa de novos casos de câncer em Goiás para o ano de 2020. Fonte: MS/INCA/ Estimativa do Câncer no Brasil (2020). Modificado pela autora.
SISTEMA DE SAÚDE De acordo com a Lei Federal 8.080 de 1990,
por meio da criação do Sistema Único de
Art. 2º “A saúde é um direito fundamental
Saúde (SUS), instituído pela Constituição
do ser humano, devendo o Estado prover
de 1988 e regulamentado pela Lei Federal
as condições indispensáveis ao seu pleno
8.080/90, A criação do SUS possibilitou
exercício”. A promoção de saúde, como
suporte à criação de políticas públicas
direito, consiste na articulação de políticas
mais abrangentes e à perspectiva de uma
socioeconômica que visam a diminuição
maior participação social. A Política
de fatores de riscos de doenças e de
Nacional para a Prevenção e Controle do
agravantes, de forma a garantir condições
Câncer na Rede de Atenção à Saúde das
de acesso abrangente e igualitário às
Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito
ações que asseguram que cidadãos
do Sistema Único de Saúde (SUS) conside-
tenham qualidade de vida.
ra a importância epidemiológica do câncer
As Políticas Públicas da Saúde são com-
como problema de saúde pública. A neces-
postas por ações e programas governa-
sidade de redução da mortalidade e da
mentais que objetivam a melhoria das
incapacidade causadas por câncer, por
condições de saúde da sociedade. Suas
meio de prevenção, detecção precoce e
ações incluem melhoria, recuperação e
tratamento oportuno, e ainda a possibili-
prevenção da saúde. No Brasil, a principal
dade de diminuir a incidência de alguns
política pública da saúde foi viabilizada
tipos de câncer.” (MS, 2013).
O CÂNCER
Políticas Públicas de Saúde e Sistema Único de Saúde
25
Art. 2º A Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer tem como objetivo a redução da mortalidade e da incapacidade causadas por esta doença e ainda a possibilidade de diminuir a
GORDURA CORPORAL
incidência de alguns tipos de câncer,
Seja o mais magro quanto possível dentro dos limites normais de peso corporal
bem como contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos usuários com
Mantenha-se fisicamente ativo como parte de rotina diária
prevenção, detecção precoce, tratamen-
ALIMENTOS E BEBIDAS
oportuno
e
cuidados
paliativos.
(MS, 2013, p.2)
Com o propósito de mostrar a importância na criação de Políticas públicas, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) e o Fundo Mundial de Pesquisa contra o Câncer/ Instituto Americano para Pesquisa do Câncer (WCRF/AICR), elaboraram o RelatóO CÂNCER
ATIVIDADE FÍSICA
câncer, por meio de ações de promoção,
to
rio de Políticas do WCRF/AICR (2009), para demonstrar como o câncer pode ser controlado e prevenido no Brasil. “E enfatiza a importância dos atores sociais, incluindo o governo em todos os níveis, a sociedade civil, as indústrias, a mídia e os cidadãos desempenham papéis essenciais” (INCA e
26
Recomendações gerais do Relatório sobre Alimentação e Câncer do WCRF/AICR de 2007
WCRF/AICR, 2012).
Limite o consumo de alimentos com alta densidade energética. Evite bebidas açucaradas
ALIMENTOS DE ORIGEM VEGETAL Consuma principalmente alimentos de origem vegetal
ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL Limite o consumo de carne vermelha e evite carnes processadas
BEBIDAS ALCOÓLICAS Limite o consumo de bebidas alcoólicas
PRESERVAÇÃO, PROCESSAMENTO, PREPARO Limite o consumo de sal e evite cereais e grãos mofados
SUPLEMENTOS ALIMENTARES Ter o alcance das necessidades nutricionais apenas por intermédio da alimentação
AMAMENTAÇÃO As mães devem amamentar; as crianças devem ser amamentadas Tabela 07 | recomendações gerais do Relatório sobre Alimentação. Fonte: World Cancer Research Fund International, 2007. Modificado pela autora.
O Instituto Nacional do Câncer (INCA), destaca que os maiores desafios incluem estratégias para ampliar ações de promoção da saúde, prevenção e diagnóstico precoce, bem como garantir a qualidade de vida ao paciente já diagnosticado. De acordo com a Lei Federal 12.732, de 2012, todos pacientes oncológicos, diagnosticados e comprovados, têm o direito de receber todos os tratamentos necessários de forma gratuita, pelo Sistema único de Saúde (SUS).“O paciente com neoplasia maligna tem direito de se submeter ao primeiro tratamento no Sistema Único de
dias contados a partir do dia em que for firmado o diagnóstico em laudo patológico ou em prazo menor, conforme a necessidade terapêutica do caso registrada em
O CÂNCER
Saúde (SUS), no prazo de até 60 (sessenta)
prontuário único”. (Lei 12.732/12).
27
INSTITUIÇÕES DE SAÚDE Hospital das Clínicas - UFG O Hospital das Clínicas (HC) é vinculado a Universidade Federal de Goiás (UFG) e gerido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que tem como intuito criar ambientes de formação para estudantes de graduação e pós-graduação, por meio de estágios e programas de residência médica e multiprofissional, na atuação nas áreas de ensino, pesquisa e
Imagem 01 | vista externa do Hospital das Clínicas - UFG Fonte: Ministério da Educação - Ebserh
extensão. O hospital presta assistência
O CÂNCER
gratuita de média e alta complexidade e é considerado uma referência no estado de Goiás, pela excelência de assistência prestada e pela quantidade de pacientes atendidos. O HC-UFG está incluído no suporte à oncologia por meio da Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) e conta com vários programas
28
Imagem 02 | vista interna do Hospital das Clínicas - UFG Fonte: Ministério da Educação - Ebserh
especializados. Dentre eles, o Centro Avan-
profissionais de suporte ao câncer do
çado de Diagnóstico da Mama (CORA), e o
HC-GO para o Centro de Terapias.
Multidisciplinar (SUPREMA). Este último proporciona assistência aos pacientes portadores que não tenham probabilidade terapêutica de cura. Esta comissão tem natureza assistencial, acadêmica e científica, mediante atuação multidisciplinar, multiprofissional e multissetorial (EBSERH, 2018). Atualmente a equipe é composta por 15 profissionais: 2 médicos paliativistas, 1 nutricionista, 1 fonoaudióloga, 1 psicóloga, 1 terapeuta ocupacional, 2 assistente social, 2 fisioterapeutas, 1 farmacêutica e 4 enfermeiras. O Grupo de Suporte Paliativo não possui um espaço específico para tais atendimentos, limitando assim, a demanda existente de pacientes. Existe a necessidade de um espaço direcionado às práticas de cuidados paliativos oferecidos. Dessa forma o projeto terá como objetivo específico alocar as equipes multi-
Hospital do Câncer Araújo Jorge O Hospital do Câncer Araújo Jorge (HAJ), foi a primeira unidade fundada pela Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG), onde são atendidos cerca de 60 mil pacientes por ano. O hospital presta serviços gratuitos para a comunidade, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS): consultas, internações, cirurgias, sessões de quimioterapia e radioterapia, exames anátomo-patológicos, citológicos, exames de patologia clínica, etc. Em Goiás, o HAJ é o único Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON)
O CÂNCER
Grupo de Suporte Paliativo de Referência
reconhecido pelo Ministério da Saúde, (ACCG, 2022) Conta com cerca de 180 médicos especialistas e oferece acolhimentos psicológicos, atendimentos domiciliares, assistência multiprofissional e orienta-
29
ções sociais por meio do Grupo de Apoio
para realocar a sua equipe multidisciplinar
ao Paciente Paliativo, que contam com
e garantir um atendimento de qualidade
uma área exclusiva, e com fisioterapeutas,
aos pacientes . Porém, o Centro de Terapias
fonoaudiólogos, nutricionistas e assisten-
atenderá também pacientes advindos de
tes sociais.
todas as unidades incluídas no sistema
O Hospital do Câncer Araújo Jorge (HAJ) é
SUS, principalmente, do Hospital Araújo
um Centro de Assistência de Alta Complexi-
Jorge, levando em consideração o vínculo
dade em Oncologia (CACON) e engloba
em comum entre os hospitais e a alta
todos os tipos de tratamento, quimioterá-
demanda de pacientes, garantindo o
picos e radioterápicos, inclusive aos
acesso à assistência paliativa oncológica.
pacientes do HC-UFG. O HC-UFG, necessita que ambas as unidades funcionem de forma integrada, onde
SISTEMA DE SAÚDE
pacientes do HC são encaminhados para o HAJ, havendo um atendimento de forma conjunta entre as Unidades e os Centros de Assistência. Com base nas informações apresentadas, podemos definir o Hospital das Clínicas como o principal objeto de estudo deste trabalho, com a intenção de atender ao Grupo de Cuidados Paliativos (SUPREMA), apresentando uma necessidade prioritária
30
Imagem 03 | vista externa do Hospital do Câncer Araújo Jorge. Fonte: Associação de Combante ao Câncer em Goiás - ACCG
31
SISTEMA DE SAÚDE
A ARQUITETURA COMO ALIADA NA RECUPERAÇÃO DE PACIENTES.
ARQUITETURA X PACIENTES
Psicología Ambiental
32
A percepção dos ambientes tem uma
cial, que podem ter efeitos positivos e nega-
carga tanto objetiva quanto subjetiva,
tivos. A iluminação natural estimula reações
sendo que os elementos do edifício des-
positivas para o equilíbrio das funções
pertam emoções positivas ou negativas,
fisiológicas (percepção de dia e noite) mas
conscientes e inconscientes. Com isso, o
seu excesso pode causar ofuscamento,
mesmo ambiente pode ser vivido por
irritabilidade e cansaço visual. A iluminação
diversas pessoas e modos, baseado em
artificial também deve ser considerada na
interpretações de um mesmo espaço.
percepção ambiental, pois a cor da luz, a
Podendo trazer boas ou más experiências,
intensidade e a luminosidade resultantes
sendo elas vindas de memórias mentais ou
afetam os usuários.
corporais. Os sentidos físicos e psicológi-
As relações entre o exterior e interior podem
cos são ativados por informações do
funcionar como restauradoras, calmantes e
espaço, ligados à subjetividade do local e
relaxantes, desde que mediadas por um
seus aspectos culturais.
paisagismo ou espaços onde os elementos
A Psicologia Ambiental além de analisar
naturais promovem a sensação de bem-es-
como o indivíduo percebe e se relaciona
tar . Assim como as texturas polidas/rústi-
com os espaço, também analisa, como
cas; as formas arredondadas/agudas,
esse espaço influencia o indivíduo. Um
sugerem contrapontos em uma relação
exemplo é a iluminação natural e a artifi-
dialética nas emoções e percepções.
Longos corredores permeados por compartimentos podem transmitir sensação de impessoalidade e mesmo de desorientabilidade, dentre outros aspectos negativos.
importantes para o ser humano moderno'' (Hartig & Staats, 2003), com vistas às exigências do cotidiano.
Ambientes Restauradores Os estudos e pesquisas nos campos da Psicologia Ambiental e da arquitetura, contribuem na concepção de ambientes restauradores,buscando entender as causas das sensações vivenciadas em determinados ambientes. O termo “ambientes restauradores” surgiu
Kaplan e Roger Ulrich (R. Kaplan & Kaplan, 1989; S. Kaplan, 1995; Ulrich, 1983, 1984). Nesses estudos, o indivíduo responde psicologicamente ao estresse, por meio de estímulos negativos ao seu bem estar. Em oposição ao estresse, surge o processo de restauração, com elementos restauradores
ARQUITETURA X PACIENTES
a partir das teorias de Rachel e Stephen
das emoções negativas. “Os ambientes que promovem restauração são cada vez mais
33
Rachel e Stephen Kaplan Teoria da Restauração da Atenção - ART (1989)
ARQUITETURA X PACIENTES
A mente humana está frequentemente
Roger Ulrich Teoria da Recuperação Psicofisiológica ao Estresse - PET (1983)
sendo submetida a diversos tipos de
De acordo com Ulrich, o ser humano
estímulos. O fator atenção é um desses
quando colocado frente a uma situação
estímulos que estão em constante mudan-
que requer decisões afetivas, como aproxi-
ça, e se apresentam enquanto a pessoa
mação ou repulsa, utiliza-se de métodos
está em um estado consciente. Para
comportamentais estratégicos, que se
Stephen e Rachel Kaplan (R. Kaplan &
acometidos em excesso podem causar
Kaplan, 1989; S. Kaplan, 1995), o cérebro
estresse, emoções negativas (raiva, medo,
humano, após horas de concentração da
ansiedade e tristeza), além de gerar
atenção ao estresse, está suscetível à
mudanças fisiológicas, como aumento do
fadiga no processo de atenção às dificul-
estado de vigilância, aumento da pressão
dades cognitivas provocada pela sobre-
sanguínea e batimentos cardíacos, sudore-
carga de informações. Os ambientes
se intensa, diminuindo a atividade imuno-
hospitalares, podem causar uma sobrecar-
lógica. (Ulrich, 1983)
ga cognitiva no indivíduo, pelo excesso de
Estes estudos demonstraram que com a
informações complexas.
percepção estética e agradável da natureza, o indivíduo é capaz de ter uma recuperação psicofisiológica ao estresse. O contato com água, vegetação, gramados e principalmente com árvores pode promover a recuperação.
34
Pacientes submetidos a processos cirúrgi-
te que o usuário tenha a possibilidade de
cos e invasivos de um mesmo quadro
fazer alterações e personalizá-lo de
clínico foram comparados, em quartos que
acordo com seus desejos e necessidades,
tinham janelas com vista para a natureza e
dessa forma, se sentindo no controle sobre
outros com janelas com vista para paredes.
o espaço. Outro ponto relevante é o conta-
Os com a janela para a natureza tiveram
to com a natureza e o afastamento de
um menor tempo de internação pós opera-
ruídos desagradáveis.
tório, uma redução na quantidade de
Design Universal
dade e desmotivação.
O Design Universal surgiu em decorrência da busca de respostas efetivas e funcio-
Teoria do Design de Suporte (1991)
nais de soluções centradas nas necessida-
A Teoria do Design de Suporte (Ulrich,1991),
des do cotidiano. O objetivo é priorizar a
estabelece critérios para o planejamento
eliminação de barreiras arquitetônicas e
de ambientes de assistências suplementa-
ambientais, criando uma sociedade para
res ao tratamento médico (apoio dos
todos, de compreensão e diversidade à
familiares, amigos e profissionais), acesso a
condição humana, com a intenção de
distrações positivas e eliminação de distra-
garantir os direitos de um pessoa com
ção negativas) e controle pessoal. A teoria
deficiência. O arquiteto Ron Mace citado
argumenta que as estruturas de saúde
por Cambiaghi (2012) afirma que o Desenho
devem ajudar no enfrentamento da
Universal é responsável pela criação de
doença e dispor efeitos complementares
ambientes e produtos que podem ser
ao tratamento. Nesse conceito, é importan-
usados pelo maior número de pessoas
ARQUITETURA X PACIENTES
analgésicos e demonstraram menos ansie-
35
possíveis na sua máxima extensão (p. 73). Ron Mace (1985), usuário de cadeira de rodas e de um respirador, influenciou na
1
possam ser utilizados por usuários com
b. Evitar segregação ou estigmatização de
da percepção das necessidade de tornar
qualquer usuário;
acessível a todas as pessoas. Na década
c. Oferecer privacidade, segurança e
de 1990, arquitetos e defensores se uniram
proteção para todos os usuários;
d. Desenvolver e fornecer produtos atraen-
em defesa de uma arquitetura e design focados em ações que auxiliem as pessoas em suas diversidades. Foram estabelecidos princípios arquitetônicos e de comunicação visual para ambientes internos, urbanos e produtos de acordo com Manual do ARQUITETURA X PACIENTES
a. Propor espaços, objetos e produtos que capacidades diferentes;
criação da terminologia Universal Design e
36
Uso equitativo:
tes para todos os usuários.
2
Uso flexível: a. Criar ambientes ou sistemas construtivos que permitam atender às necessidades de usuários com diferentes habilidades e preferências diversificadas;
Desenho Universal da Secretaria de Habi-
b. Possibilitar adaptabilidade às necessi-
tação (2010), os 7 princípios, que são mun-
dades do usuário, de forma que as dimen-
dialmente utilizados são:
sões dos ambientes das construções possam ser alteradas.
a. Permitir fácil compreensão e apreensão do espaço, independente da experiência
5
Tolerância ao erro (segurança): a. Considerar a segurança na concepção
do usuário, de seu grau de conhecimento,
de ambientes e a escolha dos materiais de
habilidade de linguagem ou nível de
acabamento e demais produtos - como
concentração;
corrimãos, equipamentos eletromecânicos,
b. Eliminar complexidades desnecessárias
entre outros - a serem utilizados nas obras,
e ser coerente com as expectativas e intuição do usuário;
c. Disponibilizar as informações segundo a ordem de importância.
4
visando minimizar os riscos de acidentes.
6
Esforço físico mínimo: a. Dimensionar elementos e equipamentos
Informação de fácil percepção:
para que sejam utilizados de maneira
a. Utilizar diferentes meios de comunica-
b. Minimizar ações repetitivas e esforços
eficiente, segura, confortável e com o mínimo de fadiga;
ção, como símbolos, informações sonoras,
físicos que não podem ser evitados.
táteis, entre outras, para compreensão de usuários com dificuldade de audição, visão, cognição ou estrangeiros;
b. Disponibilizar formas e objetos de comunicação com contraste adequado;
c. Maximizar com clareza as informações
7
Dimensionamento de espaços para acesso e uso abrangente:
essenciais;
a. Permitir acesso e uso confortáveis para
d. Tornar fácil o uso do espaço ou equipa-
os usuários, tanto sentados quanto em pé;
mento.
b. Possibilitar o alcance visual dos ambien-
ARQUITETURA X PACIENTES
3
Uso simples e intuitivo:
tes e produtos a todos os usuários, sentados ou em pé;
c. Acomodar variações ergonômicas,
37
Imagem 04 | diferença entre o conceito de acessível e universal. Fonte: BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento ou BID)
ARQUITETURA X PACIENTES
LUGAR E SIGNIFICADO
38
A percepção do espaço de Pallasmaa A fenomenologia é um paradigma filosófico
vas e auditivas constituem a parte visceral
(NESBITT, 2013, p. 31) que enfatiza a impor-
da apreensão tridimensional da arquitetu-
tância da relação entre sítio, lugar, paisa-
ra. Nesse sentido, interessa, para o presen-
gem e a edificação (especialmente a tectô-
te estudo, observar a importância das
nica). A teoria arquitetônica recente apro-
decisões de projeto desde a formulação do
ximou-se desta reflexão para problemati-
partido, a definição da materialidade e
zar a interação do corpo humano com o
palheta de cores, além dos outros aspec-
ambiente. Sensações visuais, táteis, olfati-
tos mencionados anteriormente, que
atuem positivamente no usuário.
de lugares já visitados. O sentido tátil,
Nos estudos de Pallasmaa (2011), podemos
trata de impressões através do toque,
observar a importância dos estímulos
onde é possível sentir texturas, peso,
sensoriais aos cinco sentidos: visão, tato,
temperatura, volume, a umidade, sensação
olfato, audição e paladar. Em seu livro “Os
de molhado.
olhos da pele”, o autor discute o protago-
ambiências específicas. Desse modo, a natureza do projeto (espaços restaurado-
[...] “A experiência da arquitetura traz o mundo para um contato extremamente íntimo
com
o
corpo.
Contemplamos,
res) exige aplicação de diretrizes com
tocamos, ouvimos e medimos o mundo com
vistas aos estímulos sensoriais. O autor
toda nossa existência corporal, e o mundo
aborda também características espaciais que colaboram nas "experiências memoráveis” de um ambiente. O jogo de luz e sombra, proporciona contrastes, realça texturas, aquece um ambiente ou esfria, podendo também provocar a espiritualidade A primeira delas, são os jogos de luz e sombra, escuridão e iluminação. A audição ajuda na experiência do espaço. Os estí-
que experimentamos se torna organizado e articulado em torno do centro de nosso corpo” (PALLASMAA, 2011, p.61).
ARQUITETURA X PACIENTES
nismo da visão e do tato na concepção de
mulos vivenciados pelo olfato, como por exemplo, espaços aromáticos, promovem encontros com inconsciente de memórias,
39
INOVAÇÕES DOS AMBIENTES HOSPITALARES
ARQUITETURA X PACIENTES
Ambientes projetados por João Filgueiras Limas (Lelé)
40
O arquiteto João Filgueiras Limas (Lelé),
são alguns dos atributos dos edifícios do
constituiu um legado arquitetônico admi-
arquiteto. “Lelé se preocupava na valoriza-
rável, com inovações técnicas aplicadas a
ção dos pacientes na arquitetura hospita-
edifícios públicos e privados, e com uma
lar, e considerava o hospital uma institui-
visão humanizada na sua forma de cons-
ção projetada para curar. Nos hospitais da
truir. Ambientes de saúde demandam alto
Rede Sarah a integração entre as práticas
grau de complexidade, e a preocupação
e os espaços devolvem ao edifício a capa-
com esses espaços deve ser ainda maior,
cidade de contribuir para o processo de
em busca de uma humanização* e aprovei-
cura”. (LUKIANTCHUKI, 2010).
tamento de recursos ambientais.
Os hospitais da Rede Sarah proporcionam
Os projetos de hospitais realizados por
mais autonomia aos usuários, estimulam
Lelé nas décadas de 1980 inauguraram
deslocamentos em espaços abertos, terra-
uma maneira criativa de quebrar paradig-
ços-jardim e áreas de reabilitação como
mas nos ambientes hospitalares, com seus
contraponto à rotina de permanência
estudos para a Rede Sarah Kubitscheck.
prolongada em quartos. Os grandes
Recursos como uso de vegetação, integra-
jardins que percorrem por todo edifício, de
ção interna/externa, uso de iluminação e
todos os hospitais da rede, integrados à
ventilação natural, espaços de abertos
arquitetura, promovem melhorias na
para integração e usos de obras de arte
sensação térmica, no microclima e maior
vivacidade ao ambiente. Os impactos positivos desses recursos no processo de cura dos pacientes permite maior independência física e emocional por meio da convivência com a natureza, o uso de cores, aromas, luz e sombra estimulam a parte psicológica e sensorial do usuário. Uma marca registrada do hospital de Lelé, são os usos de coberturas em sheds, importantes para o manter o controle de agentes bactericidas e proporcionar renovação do ar. E permitem que o usuário
solar. A paleta de cores de Lelé invade os espaços, antes asséptico, com a vivacidade dos estímulos cromáticos. Quando reunidos, todos esses fatores, refletem o acolhimento do paciente no ambiente de saúde, reduzindo o tempo de permanência e melhorias na qualidade do
ARQUITETURA X PACIENTES
observe a passagem do tempo pelo relógio
atendimento.
* Apesar de toda arquitetura ser "humanizada", o termo é
utilizado no sentido de dar a ênfase necessária ao usuário, nos projetos hospitalares e afins.
41
LUGAR E SIGNIFICADO
Imagem 05 | Centro de Reabilitação Sarah Kubitschek Lago Norte, Brasília/DF. Fonte: Archdaily / Nelson Kon
Imagem 06 | Centro de Neurorreabilitação Sarah Fortaleza, de 2001. Fonte: Archdaily / via Betoneira
42
43
LUGAR E SIGNIFICADO
ESTUDOS
ESTUDOS DE CASOS Centro Maggie
O Maggie's Center é um grupo de instituições que oferecem espaços para os cuidados intensivos (suporte físico e psicológico) para pessoas com câncer. São mantidos por associações filantrópicas, e oferecem serviços gratuitos para pacientes e familiares. De acordo com Maggie's (s.d), a ideia central é usar a arquitetura como facilitadora do processo de recuperação, com
ESTUDO DE CASO
espaços privativos, luz natural e interação da natureza em oposição a ambientes clínicos e com caráter menos institucional, ttodos os centros contam com ambientes conectados aos jardins, bibliotecas e ambientes reservados para consultas. Também é notável o uso de materiais naturais. O primeiro centro foi inaugurado em
46
Edimburgo em 1996 e hoje existem 30
centros, sendo 27 no Reino Unido e 3 no exterior. Desde a inauguração dos Centros Maggie, importantes arquitetos e designers como Richard Rogers, Rem Koolhaas, Zaha Hadid, Steven Holl, Frank Gehry, foram responsáveis por projetos modernos e inovadores.
Os fundadores Sua fundadora, Maggie Keswick Jencks (1941-1995) escritora, jardineira e designer, em 1988 foi diagnosticada com câncer de mama e, em 1993 foi informada de que o câncer havia retornado. Após tais acontecimentos, ela escreveu um livro, — “A view from the front line” (Uma visão da linha de frente) — para contar sobre sua experiência e em como ela imaginava o lugar ideal para os tratamentos. Após esse período
trabalhou com sua equipe médica para desenvolver uma nova abordagem para o tratamento oncológico, idealizando um local onde os pacientes pudessem receber diversos tipos de apoio. Charles Jencks (1939-2019),um renomado teórico cultural, paisagista e historiador da arquitetura, atuou como membro fundador até seu falecimento. Jencks trouxe suas boas conexões na comunidade de arquitetura para o centro. (MAGGIES.s.d).
“Ela
imaginou para o primeiro centro um espaço
seus familiares e amigos pudessem conhecer outras pessoas em circunstâncias semelhantes e receber apoio, incluindo conselhos sobre seu tratamento, como gerenciar o estresse e obter apoio psicológico.” (MAGGIES.s.d).
ESTUDO DE CASO
acolhedor e positivo no qual as pessoas com câncer,
47
Imagem 07 | Maggie Yorkshire Fonte: Archdaily, 2017.
Maggie Yorkshire Nome do projeto: Maggie Yorkshire Local: Leeds, Reino Unido (Campus do Hospital Universitário) Data do projeto: 2012 - 2020 Área: 462 m²
ESTUDO DE CASO
Arquitetos: Heatherwick Studio
48
Imagem 08 | vista externa Maggie Yorkshire Fonte: Heatherwick Studio, 2020.
O projeto do centro é o 26° edifício da rede Maggie's Centres e edifício consolidou diversos princípios arquitetônicos "saudáveis" e técnicas de economia de energia (HEATHERWICK, 2020).
Situado no Campus do Hospital Universitário St. James em um terreno acidentado, um dos únicos espaços verdes da região do campus. E preservar essa característica se tornou a principal diretriz do projeto. Portanto, conta com uma cobertura em telhado jardim, acentuando a estrutura do
Imagem 10 | Corte Fonte: Heatherwick Studio, 2020.
jardim no campus e elevando a superfície
A estrutura do edifício utilizou sistemas
plantada, diminuindo o impacto do objeto
pré-fabricados em madeira de abeto de
edificado.
origem sustentável (DEEZEN, 2020). O projeto conta com três volumes com bordas arredondadas, de tamanhos distintos, e cujas estruturas acompanham a inclinação do terreno, de forma a preser-
incorporá-las ao projeto.
ESTUDO DE CASO
var e valorizar os aspectos naturais e
N Imagem 09 | implantação Fonte: Heatherwick Studio, 2020.
Imagem 11 | Maquete estrutural Fonte: Heatherwick Studio, 2020.
49
demais espaços sociais do edifício. Os grandes painéis envidraçados emolduram as vistas para os jardins externos, que circundam todo o edifício. Materiais naturais e iluminação natural difusa, proporcionam ambientes mais confortáveis e aconchegantes. Alguns mobiliários foram projetados pela equipe, que reproduziu as formas da estrutura (ARCHDAILY, 2020), criando uma identidade. Imagem 12 | Detalhe da estrutura Fonte: Heatherwick Studio, 2020. Modificado pela autora
O interior explora materiais naturais e
ESTUDO DE CASO
táteis, iluminação natural abundante e
50
O projeto faz uso do design biofílico para
difusa e espaços para incentivar trocas
a concepção de ambientes de descanso e
sociais assim como espaços contemplati-
convívio (SUSTENTARQUI, 2020). Os três
vos e silenciosos. (ARCHDAILY, 2020). Os
grandes pilares estruturais abrigam inter-
peitoris e prateleiras destinam-se aos
namente salas, sendo áreas privativas
visitantes para preencher com seus
direcionadas para aconselhamento e
próprios objetos para criar uma sensação
banheiros. Os espaços que envolvem as
de casa. (MAGGIE.s.d).
estruturas são destinados a salas de
Os terraços vivos incorporam espécies
exercícios, de estar e biblioteca. A cozinha,
nativas e perenes, sendo cerca de mais de
como o coração do edifício, encontra-se
23.000 mil bulbos e 17.000 mil plantas, e são
entre estes três pilares, conectando-se aos
abertos para interação com os visitantes.(HEATHERWICK, 2020).
N
2
4
9
5 3
1
8
7 6
6 7 8 9
Sala de exercícios Sala de grupo Sala de reuniões Sala de aconselhamento
Imagem 13 | Planta Fonte: Heatherwick Studio, 2020. Modificado pela autora
ESTUDO DE CASO
1 Sala de pausa 2 Biblioteca 3 Espaço Central 4 Cozinha e jantar 5 Espaço silencioso
51
ESTUDO DE CASO
52
Imagem 14 | interior do Maggie Yorkshire Fonte: Heatherwick Studio, 2020. Modificado pela autora.
ESTUDO DE CASO Imagem 15 | Interior do Maggie Yorkshire Fonte: Heatherwick Studio, 2020. Modificado pela autora.
53
Materialidade
Design Biofílico
O gesso de cal foi escolhido para as pare-
1. Uso de cores terrosas;
des em que colabora com a manutenção
2. Uso de materiais naturais como a madei-
da umidade no interior do edifício (DEE-
ra;
ZEN, 2020). A madeira de abeto e os painéis
3. Iluminação natural e difusa;
envidraçados foram os principais materiais
4. Vegetação no interior e exterior
utilizados na fabricação da forma estrutu-
5. Formas biomórficas;
ral.
6. Luz artificial quente, onde gera aconchego.
ESTUDO DE CASO
(SUSTENTARQUI, 2020).
54
55
ESTUDO DE CASO
Imagem 01 | Centro Urbano de Tratamento para Doentes Terminais. Fonte: Archdaily, 2017. Modificado pela autora.
Centro Urbano de Tratamento para Doentes Terminais Nome do projeto: Centro Urbano de
O Centro de Tratamento para Doentes Termi-
Tratamento para Doentes Terminais
nais se desenvolve junto com a A Deaconess
Local: Copenhague, Dinamarca
Foundation como um lugar que propicia um
Data do projeto: 2013 - 2016
ambiente pacífico em meio ao urbano para
Área: 2250 m²
tratamentos paliativos. (ARCHDAILY, 2017).
ESTUDO DE CASO
Arquitetos: NORD Architects
56
Imagem 17 | Interior do edifício. Fonte: Archdaily, 2017.
O centro está implantado próximo a uma
facilitado por meios de transporte como
área predominantemente residencial e de
ônibus e metrô. O bairro conta com áreas
alguns edifícios históricos (Fundação
urbanas bastante arborizadas.
Diaconisa, com edifícios de 150 anos). Um
A forma e o conceito foram influenciados,
critério essencial diz respeito ao fato de
pelas condições complexas do terreno e
que ele se encaixa perfeitamente no entor-
pela proximidade do contexto construído
no, ao mesmo tempo em que satisfaz as
adjacente. Dentro destes parâmetros, a
demandas e desejos da sua funcionalida-
visão era criar uma atmosfera protetora
de. (ARCHDAILY, 2017).
que também oferece uma visão ao mundo exterior. (ARCHDAILY, 2017). De acordo com NORD Architects, o desenho da linguagem formal provém de uma combinação de curvas e retângulos que facilita uma boa funcionalidade dos layout ESTUDO DE CASO
e fluxos.
Imagem 18 | Isométrica de implantação e volumetria Fonte: Archdaily, 2017.
As vias do entorno são circundadas por um fluxo local, próximas às vias importantes de alto fluxo da cidade. O acesso é Imagem 19 | Diagrama de fluxos. Fonte: Archdaily, 2017.
57
O programa de necessidades se desenvol-
O projeto foi desenhado em uma escala
ve por meio de espaços de estar com
que se adaptava ao bairro, apresentando
mesas, bancos e cadeiras, rodeados por
uma combinação de vistas amplas e priva-
um pátio interno principal, curvo e desco-
cidade para os pacientes. (NORD ARCHI-
berto. O acesso principal situa-se no lado
TECTS a.s, 2016).
sul, as áreas dos apartamentos estão voltadas para o leste e norte. A oeste estão a cozinha, refeitório, oficinas e atendimentos. O pavimento superior é formado por apartamentos e espaços de estar e um terraço. Serviços e infraestrutura se
ESTUDO DE CASO
encontram ao norte nos dois pavimentos.
Imagem 20 | Pátio interno principal. Fonte: Archdaily, 2017. Modificado pela autora.
60
1 Pátio Central 2 Salas administrativas 3 Apartamentos 4 Cozinhas e salas de jantar 5 Espaços de convivência
3
2
5
4
1 3
7
Apartamentos Lavanderia e depósitos Espaços de convivência Pátio avarandado
ESTUDO DE CASO
6 7 8 9
N
6 6
8
9 6 Imagem 21 e 22 | I Plantas Térreo e pavimento superior. Fonte: Archdaily, 2017. Modificado pela autora.
N
61
Materialidade A variada composição da fachada confere ao projeto um aspecto cálido e tátil. (NORD ARCHITECTS a.s, 2016). Foram utilizadas revestimento de alumínio composto (ACM), esquadrias em madeira e fechamento em vidro.
ESTUDO DE CASO
Imagem 24 | Exterior do edifício. Fonte: Archdaily, 2017.
Imagem 23 | Detalhe da fachada e esquadrias. Fonte: Archdaily, 2017. Modificado pela autora.
62
Imagem 25 | Detalhe da fachada. Fonte: Archdaily, 2017. Modificado pela autora.
ESTUDO DE CASO Imagem 26 | interior do Maggie Yorkshire Fonte: Heatherwick Studio, 2020. Modificado pela autora.
63
Imagem 01 | Centro Kálida Sant Pau. Fonte: Archdaily, 2020. Modificado pela autora.
Centro Kálida Sant Pau De acordo com Site Kálida, o Centro destina-
Local: Barcelona, Espanha
-se a complementar o tratamento médico
Data do projeto: 2019
nos hospitais e inspira-se no modelo de
Área: 400 m²
atenção psicossocial da organização inter
Arquitetos: Miralles Tagliabue EMBT
nacional Maggie's. É um local aberto a todos,
ESTUDO DE CASO
NNome do projeto: Centro Kálida Sant Pau
64
Imagem 27 | Interior do edifício. Fonte: Archdaily, 2020. Modificado pela autora.
e variam. É um edifício que busca intimida-
profissionais capacitados. Tem apoio da
de, luz, reconhecimento e proteção dentro
Fundação Privada Nous Cims e da Funda-
do jardim. (ARCHDAILY, 2020).
ção Privada Hospital Santa Creu i Sant
O edifício é dividido em dois pavimentos
Pau.
de 200 m² (aproximadamente) por meio de
O lote está localizado entre o novo e o
uma sequência de espaços flexíveis, aber-
antigo Hospital de Sant Pau. É paralelo à
tos a um jardim, pérgolas e vegetação que
nova via definida pelo plano especial
podem acolher atividades diversas. O uso
urbanístico e segue a orientação ortogo-
desses elementos cria uma barreira visual
nal do edifício moderno. (ARCHDAILY, 2020).
na fachada, de modo a garantir a privaci-
O projeto inclui um edifício de 400 m2 e
dade do edifício.
uma zona verde. O centro foi projetado
O acesso principal se dá através do pavi-
como um pavilhão ajardinado, onde os
mento do jardim (abaixo do solo de acordo
limites entre interior e exterior se desfazem
com a cota de referência) com acesso
Imagem 28 | Fachada norte. Fonte: Miralles Tagliabue EMBT, 2020.
ESTUDO DE CASO
que oferece suporte por meio de multi
65
direto à área de oncologia do novo hospi-
estivesse num espaço doméstico. (ARCH-
tal através de uma área pavimentada.(AR-
DAILY, 2020). Os usos cuidadosos das cores,
CHDAILY, 2020). É possível ter acesso de
tem o objetivo de proporcionar uma
veículos de bombeiros em casos de emer-
atmosfera acolhedora em todo o ambiente.
gência por meio dessa via pavimentada
Composto ainda por madeira e cerâmica.
que conecta os edifícios do entorno.
A seleção de móveis inclui uma linguagem
O pavimento inferior é aberto e flexível,
mais colorida e deseja transmitir um senti-
pensado como jardins, e pátios onde se
mento enérgico e positivo aos pacientes.
encontram a cozinha, a sala de refeições, uma biblioteca e uma sala multiuso que permite desenvolver atividades de apoio. (ARCHDAILY, 2020). Na área de entrada do pavimento inferior, está o hall; um passeio pelo jardim acomESTUDO DE CASO
panha até o pátio de entrada. O nível superior se organiza ao redor do espaço duplo central da sala de refeições. O edifício acentua sua transparência na face sul, com um filtro de persianas de madeira e tramas cerâmicas para manter a intimidade. (EMBT, 2019). O design de interiores visa criar um ambiente acolhedor e dinâmico, como se
68
1 2 3 4 5
Entrada principal Cozinha e sala de jantar
3
Sala de estar Sala multiusos Espaço de lazer externo
1 4 2 3 5
6 Sala multiusos 7 Sala de aconselhamento coletivo 8 Espaços silenciosos 9 Escritório e sala de reuniões 10 Salas de aconselhamento privado
N
6
9 7
Imagem 30 e 31 | I Plantas Térreo e pavimento superior. Fonte: Archdaily, 2020. Modificado pela autora.
ESTUDO DE CASO
10
8
N
69
ESTUDO DE CASO
Imagem 32 | interior do Centro Kálida Fonte: Miralles Tagliabue EMBT, 2020. Modificado pela autora.
70
ESTUDO DE CASO Imagem 33| interior do Centro Kálida Fonte: Miralles Tagliabue EMBT, 2020. Modificado pela autora.
71
Materialidade A fachada do edifício é uma parede de tijolo cerâmico com cores, texturas e composições variadas, combinada com peças cerâmicas de cores e geometrias diferentes que a transformam em um elemento a mais do jardim. (ARCHDAILY, 2020). Por meio da trama cerâmica é possível a filtragem de
Imagem 34 | Exterior do Centro Kálida Fonte: Miralles Tagliabue EMBT, 2020. Modificado pela autora.
luz, podendo oferecer ventilação aos ambientes, como um elemento de brise, com controle das vista, e ao mesmo tempo manter a privacidade e intimidade. Na
ESTUDO DE CASO
fachada sul se situam as janelas protegidas por persianas de madeira e elementos cerâmicos. Segundo a ideia fundamental do projeto, o novo edifício se inspira na riqueza dos materiais, texturas, cores, geometrias e vegetação do hospital modernista. (ARCHDAILY, 2020).
72
Imagem 35 | Exterior do Centro Kálida Fonte: Miralles Tagliabue EMBT, 2020.
ESTUDO DE CASO
Imagem 36 | Interior do Centro Kálida Fonte: Miralles Tagliabue EMBT, 2020.
Imagem 38 | Interior do Centro Kálida Fonte: Miralles Tagliabue EMBT, 2020. Modificado pela autora.
Imagem 37 | Interior do Centro Kálida Fonte: Miralles Tagliabue EMBT, 2020.
73
Quadro Síntese referências projetuais
NOME
Centros Maggie
ESTUDO DE CASO
Maggie Yorkshire
74
Tabela 08 | Fonte: Elaborado pelo autora, 2022
PONTOS QUE PODERÃO SER UTILIZADOS A arquitetura como facilitadora no processo de recuperação e bem-estar do paciente; Apoio físico, psicológico e social aos pacientes; Elementos naturais: integram vários elementos da natureza dentro do edifício.
Telhado verde; Formas biomórficas; Uso de elementos naturais; Uso de mobiliários coloridos; Uso de elementos de decoração incomuns em espaços hospitalares; Usos de cores suaves e iluminação natural; Adaptação à topografia existente; Estrutura pré-moldada e modular; Promoção de espaços silenciosos para contemplação;
Centro Urbano de Tratamento para Doentes Terminais
Centro Kálida Sant Pau
Tabela 09 | Fonte: Elaborado pelo autora, 2022
PONTOS QUE PODERÃO SER UTILIZADOS Conceito formal, combinação de curvas e retângulos; Atmosfera protetora, as formas curvas abraçam o prédio; Visão do externo por meio de superfícies curvas na fachada; Escala adaptada ao entorno; Materialidade - a leveza e a uniformidade dos materiais; Equilíbrio entre o contraste da arquitetura nova com a antiga.
Proximidade com o hospital oncológico com acessos facilitados; Área designada para possível acesso de veículos de emergência; Uso de elementos para proteção e intimidade ao usuário; Espaços flexíveis; Edifício envolvido por jardins e pátios; Pé direito duplo em espaços de convivência; Elementos de controle solar (brises); Usos de peças cerâmicas; Uso de cores nos mobiliários internos.
ESTUDO DE CASO
NOME
75
ANÁALISE
ANÁLISE DO INDIVÍDUO
ANÁLISE DO INDIVÍDUO
Caracterização do Público
78
Para compreender o público do Centro de
partir de 15 anos, adultos e idosos, poden-
Terapias, foram definidos três segmentos
do ser composta por pacientes e familia-
com base na quantidade e especificidades
res, sendo os pacientes cadastrados no
do usuário: segmento de atendimento,
Sistema Único de Saúde (SUS) em trata-
público-alvo e personas. O segmento de
mento no Hospital da Clínicas - UFG (HC) e
atendimento refere-se a um tipo de grupo
de outros hospitais da rede pública de
que engloba um grande número de pesso-
saúde. A persona, compreende-se por um
as, e que possui em comum, uma demanda
método de análise do indivíduo, mais
específica de necessidades, definida por
detalhadamente, e cria representações
um grupo de pacientes oncológicos. O
semi-fictícias do público-alvo. Elas são
público-alvo entende-se por um recorte na
baseadas em dados reais do ponto de
análise, que estabelece um número menor
vista de quem está projetando, de modo
de pessoas, mas de forma mais direciona-
que visualize características e comporta-
da e específica, e que possuem necessida-
mentos demográficos. Através dela é
des em comum, interesses, características,
possível construir quem é o usuário, suas
comportamentos, hábitos, facilitando
histórias pessoais, o que almejam, suas
identificar as carências desse grupo. O
dores e anseios e identificar de que forma
público-alvo, como citado anteriormente, é
o espaço poderá atender de fato suas
definido por uma faixa etária de jovens a
necessidades.
SEGUIMENTO DE ATENDIMENTO
PACIENTES ONCOLÓGICOS
PÚBLICO - ALVO
+ OUTRAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS
JOVENS ADULTOS IDOSOS CARACTERIZAÇÃO DO PÚBLICO
PERSONAS
PACIENTES E FAMILIARES ANÁLISE DO INDIVÍDUO
HC-UFG
Diagrama 03 | Caracterização do público Fonte: Elaborado pela autora.
79
Entendendo o público que será atendido O público do Centro de Terapias precisará de estabilidade e segurança. São pessoas passando por momentos difíceis, com muitas dúvidas e incertezas sobre o que fazer, preocupações sobre sua saúde e integridade física e emocional. Na jornada contra o câncer, nossos pacientes se encontram em diferentes estágios de necessidades e prioridades. Possuem as ANÁLISE DO INDIVÍDUO
necessidades básicas de saúde e segurança, mas também se preocupam com sua integridade física, sua vida social, segurança financeira, e as realizações e sonhos que foram interrompidos pelo diagnóstico de câncer. Essas necessidades precisam ser supridas por meio de soluções diretas. É necessário valorizar a individualidade de cada caso,
80
situação e diagnóstico. Em conjunto com as necessidades fisiológicas, o sentimento de conquista e autonomia também são prioridades para o Centro. É necessário que se sintam acolhidos e apoiados, mantendo sua individualidade e independência, sem um ambiente que possa passar sentimentos de inferioridade ou indelicadeza, sendo imprescindível que seja demonstrada segurança e confiança. Desta forma, é preciso atuar de maneira a atender todos os perfis de usuários.
Jornada do Usuário
Para entender como os espaços podem
Com base nesses perfis, será aplicado ao
impactar positivamente o dia-a-dia de
processo final do trabalho uma análise de
quem os utiliza, o usuário foi definido
experiência com foco na jornada do usuá-
genericamente, mas baseado em caracte-
rio, de forma que exponha os resultados
rísticas reais, possíveis perfis que represen-
da proposta arquitetônica sobre a rotina
tam e contemplem a maioria dos pacientes
dos possíveis pacientes e familiares do
, identificando suas rotinas, seus desejos e
Centro de Terapias, a fim de constatar e
como o espaço pode ajudá-los. Esse
visualizar a experiência de cada indivíduo
método prioriza o usuário e suas necessi-
percorrendo por cada um dos ambientes
dades, de modo que possamos entender e
propostos pelo projeto, expondo, por meio
visualizar o cenário ideal e criar soluções.
de um mapa, os possíveis trajetos percorridos e as suas emoções, pensamentos e
?
sentimentos correspondentes.
QUEM USARÁ O ESPAÇO?
ANÁLISE DO INDIVÍDUO
Análise do Indivíduo
81
ANÁLISE DO INDIVÍDUO
Rosangêla Soares 42 anos, dona de casa, casada e 1 filho, Acompanha seu filho, Arthur Soares, Fonte: Elements Envato
82
15 anos, com Leucemia. #Família #Saúde #Filhos #BemEstar #VidaSaudável
“
Tento ser a cada dia uma mãe melhor para meu filho, quando ele foi diagnosticado com câncer foi muito difícil. A gente não sabia o que fazer, só pensava em como eu poderia ajudá-lo a passar por isso. Foi quando decidi sair do meu emprego e começar a me dedicar a ele. Tento me informar a cada dia mais sobre métodos e hábitos que o ajude a passar por tudo isso de forma mais saudável, cozinho pra ele todos os dias, fiz até um curso de comidas saudáveis para aprender a fazer mais variedades de pratos. A nossa rotina mudou completamente depois do diagnóstico, e isso tem gerado um certo estresse no dia-a-dia do Arthur, ver ele deixando de sair com os amigos bem cedo, e ele odeia acordar cedo, é um das coisas que me deixam arrasada. As nossas idas ao hospital são muito cansativas, passamos boa parte do dia lá, e todo aquele clima me deixa angustiada. Todo dia eu me pego pensando, que esse é um dos maiores pesadelos que eu nunca pensei passar, mas a gente sempre lutou e continu-
ANÁLISE DO INDIVÍDUO
dele para ter que ir ao hospital ou ter que acordar ele
amos lutando, e muito, para que ele tenha a melhor vida possível apesar de tudo.”
Maiores desejos/dores : Deseja que seu filho sinta bem consigo mesmo e bem cuidado /tenha medo de não oferecer o que ele precisa no momento.
83
Sua Rotina
Do que ela precisa?
Rosângela acorda todos os dias bem cedo
Rosângela necessita de um espaço para
para preparar o café da manhã de Arthur.
descansar enquanto espera pelo trata-
Em dias de tratamento eles saem bem
mento do Arthur, e sendo uma mãe preocu-
cedo de casa. Arthur vai ao hospital 4 dias
pada, ela se interessaria em participar de
na semana. Durante o tratamento de
cursos e oficinas que a ajudariam na sua
quimioterapia, Rosângela fica aguardando
rotina saudável. Ela precisa de um apoio
seu filho na recepção do hospital. Ela fica
psicológico que a acompanhasse nesse
esperando ele em média de 3 - 4 horas.
momento difícil.
Após a sessão eles ficam em observação e depois vão embora. Ao chegar em casa cansados, eles vão se preparar para des-
ANÁLISE DO INDIVÍDUO
cansar depois de um dia cansativo. Duran-
84
te os outros dias, Rosângela leva Arthur para fazer natação. E ele tem aulas particulares em casa, nos dias que ele se sente bem.
Como vamos ajudá-los? Oferecendo espaços acolhedor e calmo, com espaços com sofás e poltronas confortáveis, espaços para algum tipo de atividade que ela se interesse por aprender e ocupar a mente. promover espaços reservados e silenciosos para que ela pudesse conversar com um psicólogo. Espaços de interação com outras pessoas, para que possam conversar, conhecer outras histórias, compartilhar conhecimen-
ANÁLISE DO INDIVÍDUO
tos e fazer amizades.
85
ANÁLISE DO INDIVÍDUO
Ceres de Faria 65 anos, dona de casa, Solteira, diagnosticada com câncer nos ossos. Fonte: Elements Envato
86
#Família #Amigos #bênçãos #NossaSenhora #VidaSaudável
“
Fui diagnosticada com câncer nos ossos pela primeira vez no final de 2016 e em 2019 fui diagnosticada com metástase. Já fiz 3 cirurgias e três sessões de quimioterapia. Eu já me considero uma pessoa com experiência no câncer (brinca). No início do tratamento eu ia com bastante frequência ao hospital, passava muitas horas lá, fiz amizade com todos os funcionários do hospital, todos lá me adoravam, gosto muito de fazer novas amizades. Mas com o tempo o meu médico foi reduzindo as sessões e fui deixando de ir até lá. Era muito bem tratada, os médicos e enfermeiras eram muito atenciosos, e eu até sinto falta da companhia deles. Quando preciso voltar lá todos me recebem to que os cuidados deles me fizeram viver muito mais! Agora estou num processo de cuidados paliativos, em que eu vivo um dia de cada vez e me cuidando como posso. Admito que eu falho bastante na prática de exercícios físicos, meu médico disse que seria importante eu fazer, mas me falta motivação. Quero viver muito ainda, até
ANÁLISE DO INDIVÍDUO
com muita alegria e isso me deixa muito animada. Acredi-
onde Deus permitir, mas busco ao máximo sempre viver o tempo que me resta com qualidade.” Maiores desejos/dores : Deseja aproveitar a vida e se sentir acolhida/ tem medo de não ter vivido o bastante para aproveitar o que a vida oferece.
87
Sua Rotina
Do que ela precisa?
Ceres acorda todos os dias bem tarde, por
Ceres necessita de espaços de interação, e
volta de 12h, por conta da quantidade de
fazer novas amizades, compartilhar suas
remédios que ela toma, que fazem ela ficar
experiências com o diagnóstico. Espaços
sonolenta. Ela tem uma cuidadora que
que a motive e ofereça conhecimentos a
prepara suas refeições, ela precisa apenas
respeito aos cuidados paliativos, motiva-
esquentar. Pela tarde ela costuma praticar
ção para fazer exercícios físicos, manter
suas habilidades em crochê e onde
uma alimentação saudável, e um acompa-
também faz para vender e arrecadar
nhamento com psicólogos. Espaço para
dinheiro para a igreja, e tem a rotina de
colocar em prática suas habilidades com
cuidar das suas plantas. Ela vai uma vez a
jardinagem e crochê.
cada duas semanas no hospital, para
ANÁLISE DO INDIVÍDUO
renovar suas receitas médicas. E duas
88
vezes na semana ela vai às missas pela noite.
Como vamos ajudá-los? Oferecendo espaços de convivência, com uma grande mesa, sofás confortáveis, um lugar para reunir pessoas, contar histórias e fazer novas amizades. Espaços silenciosos e de contemplação. Espaços que oferecem variadas atividades físicas, como pilates, yoga, alongamentos, arteterapia, fisioterapias entre outros. Promover workshops, cursos e palestras a respeito de práticas de uma vida saudável e de cuidados paliativos. Oferecer apoio social,
legais. Dispor de espaços que dê suporte a práticas de atividades em grupo, como crochê, bordados, pinturas, práticas de jardinagens, entre outros.
ANÁLISE DO INDIVÍDUO
com informações a respeito de aspectos
89
ANÁLISE DO INDIVÍDUO
Jorge Domingos 39 anos, segurança, viúvo e 1 filha, Agnes Domingos, de 10 anos. Fonte: Elements Envato
90
#Família #Força #Filhos #PaiSolo #Orações
“
Emma Domingues, mãe de Agnes e minha falecida esposa. Teve seu diagnóstico de câncer de mama em 2005. Tudo aconteceu inesperadamente e nos pegou de surpresa na véspera de um dos momentos mais importantes de nossas vidas, estávamos planejando nosso casamento, quando notamos uma massa no seio de Emma, foi quando corremos para fazer o check-up. E um dia antes do nosso casamento, recebemos a notícia da biópsia, que era câncer. É até complicado descrever como nos sentimos. Tentamos ao máximo aproveitar o casamento e focar nesse dia. Após esse período tivemos que levá-la para iniciar os tratamentos, ela teve que passar por uma cirurgia e Por causa dos tratamentos, tinham nos dito que não poderíamos ter filhos, essa notícia nos abalou muito. Mas procurei saber mais sobre, se era seguro para ela engravidar ou se pioraria o quadro dela. Mas conversando com o médico ele disse que não tinha motivo para não prosseguirmos com a ideia. Em 2011, sete anos depois do primeiro
ANÁLISE DO INDIVÍDUO
iniciou os tratamentos de quimioterapia e radioterapia.
diagnóstico, Emma estava grávida. Essa foi a melhor notícia que poderíamos receber, nos encheu de forças, e
Maiores desejos/dores : Que sua filha sempre siga em frente e sua mãe fique sempre em suas memórias/ Que sua filha não se sinta desamparada.
91
“
Emma motivada a querer viver mais. Entre 38 semanas de gravidez fomos assombrados com mais uma notícia triste. Emma teve que se submeter a uma cesariana de emergência, por conta de uma fratura no fêmur e após uma ressonância magnética confirmou que ela estava com metástase, se espalhou pelos ossos e fígados. Emma nunca deixou de ter esperanças, sua motivação era ver nossa filha crescer. Ela sonhava no dia que veria nossa filha dar os primeiros passos, no primeiro dia de aula. Ela conseguiu ir na primeira reunião de pais da escola da Agnes, realizou alguns de seus sonhos, mas nos deixou dias depois. É impossível descrever o sentimento de perder alguém que
ANÁLISE DO INDIVÍDUO
amamos, mas Emma deixou comigo o melhor presente que
92
ela poderia me dar, e hoje tenho o privilégio de cuidar da minha filha.”
Sua Rotina
Como vamos ajudá-los?
Jorge cuida da sua filha na parte da
Com espaços que os acolham e que ofere-
manhã, e pela tarde ela vai para escola.
çam serviços de suporte emocional,
Pela manhã ele prepara seu café da
grupos de apoio, orientação e amparo
manhã, auxilia nas tarefas de casa, prepa-
afetivo.
ra seu almoço, e a leva para escola. No final da tarde, busca ela e a leva para casa. Aos finais de semana eles costumam fazer alguma atividade juntos. Encontrar com amigos e familiares, que dão total apoio aos dois.
Necessita de acolhimento, de ajuda emocional, para ajudar a lidar mentalmente com tudo que aconteceu e poder ajudar sua filha também. Conhecer novas pessoas, ter alguém para conversar, e ter talvez
ANÁLISE DO INDIVÍDUO
Do que ele precisa?
ter o apoio de alguém que já passou por isso. Um lugar que esteja à disposição deles sempre que precisarem.
93
ANÁLISE DO INDIVÍDUO
Morgana Vieria 31 anos, Médica paliativista, Solteira, Especialista em cuidados oncológicos. Fonte: Elements Envato
94
#Motivada #AmoraVida #Especialista #MedicinaPorAmor #Saúde
“
Já tem 7 anos que trabalho no Hospital das Clínicas UFG, mas com tratamento oncológico eu atuo desde o início da minha formação. Tenho como propósito oferecer o meu melhor para meus pacientes, é um trabalho árduo, mas não poderia ter escolhido algo melhor para trabalhar. Não é fácil, todos os dias eu penso quantas vidas estão nas minhas mãos. Mas aprendi uma coisa com os anos me ensinaram, tem sempre algo que podemos fazer, por mais difícil que seja a situação, nem que seja uma conversa ou um ombro para abraçar, pode fazer toda diferença. Aqui no Hospital participo de um grupo que reúne vários profissionais da saúde dispostos a ajudar essas pessoas tratamento complementar, aos tratamentos mais comuns, um tipo de cuidado paliativo ao câncer. Ainda não temos uma estrutura física para abrigar esse tipo de tratamento, mas fazemos de forma adaptada. Não importam as dificuldades, não posso ter tempo ruim, minha dedicação é sempre completa, os meus pacientes dependem de mim e
ANÁLISE DO INDIVÍDUO
nesse estágio da vida tão difícil. Oferecemos um tipo de
preciso passar essa confiança e segurança para eles. Todos os dias quando chego em casa e percebo o silêncio,
Maiores desejos/dores : Deseja que faça a diferença na vida de seus pacientes/ se preocupa com os recursos necessários para isso.
95
“
vejo o quanto o hospital gera uma carga de cansaço físico e mental em mim, os barulho repetitivos, temperaturas mais baixas, o cheiro de limpeza, a correria, as responsabilidades, a cobrança, o cansaço me faz sentir falta de um lugar calmo. Às vezes eu me perco no horário dentro do hospital, a gente fica tanto tempo lá que nem vemos a hora passar, e com o ambiente todo fechado fica mais difícil ainda. Fico imaginando pelo que meus pacientes têm que passar e lidar, além das dificuldades da doença, por isso me dedico para que tais fatores não atrapalhe
ANÁLISE DO INDIVÍDUO
ainda mais a luta deles, estou lá sempre pra ajudar!”
96
Sua Rotina
Como vamos ajudá-los?
Todos os dias Morgana acorda bem cedo,
Proporcionar um lugar adequado para que
faz suas refeições, pratica suas atividades
uma equipe multidisciplinar coloque em
físicas e vai para o hospital, ela faz atendi-
prática seus conhecimentos e que ofere-
mentos durante toda a manhã e pela tarde
çam um serviço de qualidade e mais
ela dedica seu tempo para atendimentos
efetivo, sem fatores que atrapalhem esse
complementares pelo grupo paliativo,
processo
passando por cada paciente em tratamento. Em alguns dias participa de reuniões.
Ela necessita de uma espaço que ofereça suporte ao tipo de atendimento complementar que ela e seu grupo desejam proporcionar aos pacientes oncológicos, de forma que ela trabalhe com mais tran-
ANÁLISE DO INDIVÍDUO
Do que ela precisa?
quilidade e que os fatores externos não atrapalhem seus atendimentos.
97
ANÁLISE DO INDIVÍDUO
Louise de Castro 26 anos, estudante, solteira, diagnosticada com câncer no estômago. Fonte: Elements Envato
98
#Família #Amigos #Música #Viagens #Sonhos
“
A menos de 5 meses, eu estava cursando meu mestrado em música, me preparando para um grande concerto musical em outro país e trabalhando como professora de música. Minha vida era uma correria, eu não tinha tempo para o câncer, mas ele mesmo assim veio de intrometido! (brinca). Não era algo que esperava ouvir com apenas 26 anos de idade. Eu tive que rever todos os planos da minha vida, adiar alguns, cancelar outros, tudo virou de ponta cabeça de uma só vez. Mas apesar de tudo ter mudado, ainda posso contar com minha família, eles me dão forças para continuar a cada dia. Eles cuidam muito bem de mim, mas às vezes eu sinto que os sobrecarrego. De amigos eu tenho poucos, alguns se afastaram de mim, por ainda estão do meu lado me ajudam bastante. Como o meu mundo e as coisas que vivencio são diferentes das deles, eu me sinto desconectada deles, e às vezes não tão compreendida. Ainda estou descobrindo como lidar com todas as questões, minha mente fica com um turbilhão de pensamentos e questionamentos, mas o pessoal do hospital me ajuda bastante. Todos dias que acordo para ir
ANÁLISE DO INDIVÍDUO
ter que abrir mão de poder encontrá-los, mas os que
para o hospital ainda são dolorosos para mim, minha ficha está demorando para cair. Mas acredito que vai ficando mais leve e suportável de carregar. Maiores desejos/dores : Deseja se recuperar logo/ Tem medo de não poder realizar seus sonhos.
99
Sua Rotina
Do que ela precisa?
Louise tem uma rotina bem definida e
Louise precisa de um lugar que ofereça
organizada, acorda bem cedo, arruma
suporte emocional, que tire suas dúvidas a
seus pertences, toma café da manhã e sai
respeito do câncer e ajude a lidar com ele.
para o hospital, onde ela frequenta por 5
Necessita de novas amizades que a com-
dias na semana. Seu tratamento é bem
preendam e a ajudem a passar por isso,
intenso e cansativo, e passa por volta de 5
com trocas de experiências e que a apre-
horas no hospital - com intervalos. Ela
sente novas motivações e formas de conti-
volta para sua casa, bem cansada e só
nuar esse obstáculo de forma mais leve.
ANÁLISE DO INDIVÍDUO
pensa em descansar.
100
Como vamos ajudá-los? Oferecer um lugar onde ela possa se sentir acolhida e compreendida, espaços confortáveis para trocar experiências com outras pessoas que passam pela mesma dificuldade. Espaços que oferecem serviço de suporte emocional, grupos de apoio, orientação e amparo afetivo. Necessita de informações e conhecimentos sobre como
ANÁLISE DO INDIVÍDUO
lidar com as questões do câncer.
101
ESTUDO
CONTEXTO DO BAIRRO Localização
goiás
brasil
goiânia
CONTEXTO DO BAIRRO
N
104
lote 4.8.20.22
st. leste universitário
Diagrama 04 | localização do terreno Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
quadra 52a
Pontos Principais PROXIMIDADE COM HOSPITAL DAS CLÍNICAS UFG E HOSPITAL ARAÚJO JORGE; PROXIMIDADE COM HOSPITAL DAS CLÍNICAS UFG E HOSPITAL ARAÚJO JORGE; PROXIMIDADE COM HOSPITAL DAS CLÍNICAS UFG E HOSPITAL ARAÚJO JORGE; PROXIMIDADE COM TRANSPORTE PÚBLICO; LOCAIS DE FÁCIL ACESSO AO PEDESTRE;
VEÍCULOS; LOCAIS PRÓXIMOS A ABRIGOS DE HOSPEDAGEM E ACOLHIDA DE PACIENTES DE CIDADES DO INTERIOR; LOCAIS COM POUCA INCIDÊNCIA DE POLUIÇÃO SONORA E ODORES DESAGRADÁVEIS;
CONTEXTO DO BAIRRO
LOCAIS PAVIMENTADOS, PARA PEDESTRES E
ENTORNO ACOLHEDOR (PREDOMINANTEMENTE RESIDENCIAL)
105
Localização O terreno escolhido para o projeto, está localizado na cidade de Goiânia, no Setor Leste Univeritário, com acessos as ruas 232, 233 esquina com a 263. O lote está localizado a 500 metros do Hospital das Clínicas - UFG e a 300 metros do Hospital do Câncer Araújo Jorge.
Contextualização O Setor Leste Universitário, ou Universitário, como popularmente é chamado, é um dos bairros mais antigos de Goiânia, capital do estado de Goiás, localizado na região central da cidade. Nele se concentram diversas unidades de ensino, com destaque para os campus da PUC-GO (Pontifícia Universidade Católica de Goiás) e da Universidade Federal de Goiás. Um aspecto único do Setor Universitário é a diversidade de pessoas que vivem no local.
CONTEXTO DO BAIRRO
Pessoas de todo o estado e do restante do país moram no setor e estudam em duas das maiores instituições de ensino superior do estado. A saúde é outro polo de referência da região. Os hospitais das Clínicas da UFG e Araújo Jorge atraem centenas de pessoas que, às vezes, passam a habitar o setor, ainda que temporariamente.
Diagrama 05 | mapa de localização geral do terreno Fonte: Google Maps, 2021. Elaborado pela autora, 2022.
106
M
300
HAJ CONTEXTO DO BAIRRO
N
HC
500M
107
Vias: tipos e transporte público Conforme analisado no mapa abaixo, a região possui vias bem importantes para a cidade. A avenida Anhanguera, por exemplo, denominada via arterial, é conectada a vários setores da cidade. Nela está presente o eixo Anhanguera, um dos principais eixos de transporte da cidade. As vias coletoras, 1ª Avenida e 5ª Avenida, ligam as áreas mais atrativas da região, como as universidades, os comércios e as áreas verdes, como a praça universitária e boa ventura. O região da área de implantação, por se caracterizar uma área bem centralizada, com infraestrutura completa e usos diversificados, é uma área bastante movimentada, que promove um alto fluxo de carros em suas vias principais e até mesmo nas vias locais do
ENTORNO
entorno. O fluxo das avenidas principais se mantêm intensas durante todo o dia e modera-
108
dos durante a noite. Já as locais, se tornam intensas no período de maior trânsito na cidade. A maior parte das vias são de “mão dupla”, exceto nas vias paralelas ao lado da área de intervenção, que se configuram em um só sentido e com direções opostas entre si.
via expressa via arterial via coletora via local
Diagrama 06 | mapa de hierarquia viária. Fonte: Google Maps, 2021. Elaborado pela autora, 2022.
N 50 100
200
400
área de estudo
600
ENTORNO
0
ciclovia
Diagrama 07 | mapa de pontos de ônibus e seu raio de influência. Fonte: Google Maps, 2021. Elaborado pela autora, 2022.
ponto de ônibus raio de 500m a N 0
50 100
200
400
600
partir do terreno
109
CASAS DE APOIO EM GOIÂNIA
1
to
por
ero
st. a
2
al entr
st. c
ENTORNO
que bos itis bur s o d
gico ooló im z jard iânia o g de
7 8
u
st. s
110
Diagrama 08 | casas de apoio existente em Goiânia. Fonte: Google Maps, 2021. Elaborado pela autora, 2022.
5 4 3 a praç ria á ersit univ
6
u
7
ul
1
casa de apoio de São Simão
2
casa de apoio Agnus de Orizona
3
casa de apoio de Quirinópolis
4
casa de apoio ao Mineirense
5
casa de apoio de Estrela do Norte
6
casa de apoio de Itumbiara
7
casa de apoio Olinta Guimarães
8
casa de apoio Paranaiguara
ENTORNO
ste st. le ário rsit nive
N 0
50 100
200
400
600
111
0 - 3 metros 4 - 10 metros 11 - 20 metros 21 - 30 metros ENTORNO
31 - 40 metros área de estudo N 0
Diagrama 09 | mapa de gabarito de altura. Fonte: Google Maps, 2021. Elaborado pela autora, 2022.
112
50
100
200
400
residencial comécio/serviço institucional
N 0
50
100
200
ENTORNO
área verde área de estudo
400
Diagrama 10 | mapa de uso do solo. Fonte: Google Maps, 2021. Elaborado pela autora, 2022.
113
ENTORNO Estudo
Ao estudar o entorno, com um raio de, aproximadamente, 500m, a partir da área de intervenção, é possível analisar de forma mais aprofundada o comportamento do região em diferentes aspectos e utilizando diferentes estudos - uso do solo, cheios e vazios, infraestrutura do setor, vias e transporte - para compreender características específicas do local.
Infraestrutura A área de intervenção se encontra bem servida em sua infraestrutura. Possui comércios e serviços essenciais para servir de apoio aos estudantes que residem no local. No entorno é possível encontrar bancos e lotéricas de diversas agências; inúmeros restaurantes, sendo
ENTORNO
um deles o restaurante universitário, administrado pela UFG; faculdades públicas e priva-
114
das; e entre outros, como apresenta o mapa ao lado. Além disso, existe no entorno a Praça Universitária, que é um ponto de referência bem conhecido na cidade, e que oferece alternativa para lazer e atividades físicas.
ufg puc hc ufg hosp. araújo jorge justiça federal colégio lyceu mercado central livraria palavrear catedral metropolitana praça universitária praça botafogo
ENTORNO
biblioteca ufg área de estudo
N 0
50 100
200
400
600
Diagrama 11| mapa de infraestrutura, no raio de 500 m Fonte: Google Maps, 2021. Elaborado pela autora, 2022.
115
RUA 233
ENTORNO IMEDIATO
3.134 m²
RU A2
63
116
iluminação pública lixeiras públicas árvores
N 5
10
20
RU A
22
9
RUA 232
0
Diagrama 12 | entorno imediato do terreno Fonte: Google Maps, 2021. Elaborado pela autora, 2022.
117
TERRENO Estudo
O terreno escolhido encontra-se em uma região bastante acidentada, com um desnível de, aproximadamente, 10 metros e uma área de 3.134 m². O lote é paralelo à rua 232, rua 233 e esquina com a rua 263.
Insolação e ventos Os ventos predominantes na cidade vem de leste e sudeste, variando de acordo com o período e estação do ano. Quanto à insolação, a fachada para a rua 233, na direção noroeste, terá o maior tempo de incidência solar, resultando em uma fachada bem mais quente.
TERRENO
A fachada para a rua 232, que fica para a direção leste, receberá insolação no período da
118
manhã. Quanto à fachada para a rua 229 e 263, ela se configura a melhor fachada do terreno, pois está direcionada para o sul e sudeste, onde a incidência solar é bem baixa.
RUA 232
3.134 m²
63
TERRENO
22
RU A2
RU A
RUA 233
9
OESTE
LESTE
RUA 233
NORTE
insoloção pôr do sol
nascer do sol
ventos predominantes 0
5
15
35
70
SUL Diagrama 13 | mapa de insolação e ventos predominantes Fonte: Google Maps, 2021. Elaborado pela autora, 2022.
119
TERRENO
topografia mais alto
mais baixo
22
63
RU A
RU A2
SUL
RUA 233
9
LESTE
OESTE
RUA 233
RUA 232
NORTE
sentido da vista 0
Diagrama 14 | mapa de paisagens com indicação de vistas e topografia. Fonte: Google Maps, 2021. Elaborado pela autora, 2022.
120
5
15
35
70
PAISAGENS vista sul
Imagem 39 | Fonte: Google Maps, 2021.
Imagem 41 | Fonte: Google Maps, 2021.
vista leste
vista oeste
Imagem 40 | Fonte: Google Maps, 2021.
Imagem 42 | Fonte: Google Maps, 2021.
TERRENO
vista norte
121
LEGISLAÇÃO
Lei complementar N° 171, de maio de 2007 Plano diretor Goiânia
LEGISLAÇÃO
Parametros Urbanísticos
122
Art. 110. Para efeito de dar tratamento
pavimentos, conforme estabelecido na
urbanístico à Macrozona Construída ficam
Tabela de Recuos, constante do Anexo X,
instituídas as seguintes unidades territo-
desta Lei.
riais:
§ 1º Fica estabelecido o Índice de Ocupa-
I - Áreas Adensáveis, para as quais serão
ção máximo de 50% (cinqüenta por cento)
incentivadas as maiores densidades
para todos os terrenos da Macrozona
habitacionais e de atividades econômicas,
Construída, a partir de 6m (seis metros) de
sustentadas pela rede viária e de trans-
altura da edificação, contados a partir do
porte, subdividindo-se em duas naturezas:
final de sua laje de cobertura, garantindo o
a) aquelas áreas de maior adensamento,
índice de ocupação de 90% para os sub-
ao longo dos Eixos de Desenvolvimento
-solos, salvo o caso de excepcionalidade
Exclusivos e nas áreas caracterizadas
previsto em regulamento próprio.
como vazios urbanos;
Art. 124. As unidades territoriais identifica-
b) aquelas áreas de médio adensamento,
das como Áreas Adensáveis e Áreas de
ao longo dos Eixos de Desenvolvimento
Desaceleração de Densidades não sofre-
Preferenciais.
rão limitações quanto a altura máxima das
Art. 122. Os parâmetros urbanísticos admi-
edificações, sendo esta resultante da
tidos na Macrozona Construída, referentes
aplicação dos afastamentos e índice de
ao Índice de Ocupação, à altura máxima e
ocupação máximo previstos nesta Lei.
aos afastamentos frontal, lateral e de
Parágrafo único. Para efeito de aplicação
fundo resultarão da aplicação de uma
desta Lei considera-se 3m (três metros) a
progressão matemática gradual por
altura padrão do pavimento da edificação,
Art. 126. Garantidos os espaços de iluminação e ventilação dos compartimentos da edificação, estabelecidos em lei própria, ficam liberados os recuos laterais e de fundo das edificações com até 6m (seis metros) de altura, contados até sua laje de cobertura, excetuados os casos de subsolos aflorados que deverão estar de acordo com o que disporá regulamento próprio. Art. 128. Fica estabelecido o Índice de Controle de Captação de Água Pluvial, por meio de estruturas de infiltração e de recarga do lençol freático, a ser calculado em relação a área impermeabilizada do terreno, nos termos dos seguintes critérios técnicos: I - para cada 200,00m² (duzentos metros quadrados) de terreno impermeabilizado, 1m³ (um metro cúbico) de caixa de recarga ou por caixa de retenção; II - superfície mínima de 1,00m² (um metro quadrado) de caixa; (Redação conferida pelo art. 1º da Lei Complementar nº 246, de 29 de abril de 2013.) III - profundidade máxima de 2,60m (dois metros e sessenta centímetros). Art. 128-A. Fica estabelecido o Índice Paisa-
gístico Mínimo, calculado sobre a área dos terrenos da Macrozona Construída, conforme uma das seguintes exigências: I - 15% (quinze por cento) da área do terreno, garantindo no mínimo 5% (cinco por cento) de cobertura vegetal em solo natural e o restante podendo ser utilizado concregrama; (Redação acrescida pelo artigo 1º da Lei Complementar nº 246, de 29 de abril de 2013.) II - 15% (quinze por cento) da área do terreno, garantindo no mínimo 5% (cinco por cento) de cobertura vegetal em solo natural e o restante com utilização de cobertura vegetal não permeável; (Redação acrescida pelo artigo 1º da Lei Complementar nº 246, de 29 de abril de 2013.) III - 25% (vinte e cinco por cento) da área do terreno quando com utilização de cobertura vegetal não permeável. Art. 148. Fica instituído um Coeficiente de Aproveitamento Básico não Oneroso, para todos os imóveis contidos na Macrozona
LEGISLAÇÃO
medida entre os eixos de lajes.
Construída equivalentes a: I - todas as áreas edificadas cobertas, construídas até a laje de cobertura, na cota máxima de 6,00m (seis metros) de altura da edificação;
123
RUA 232
RUA 233
40
40
40
40
REC
UO
2M
RECUO 5M
3.134 m²
30
RECUO 5M
56
RECUO 2M
RUA 233
LEGISLAÇÃO
RU A2
63
RU A
22
9
24
N 0
Diagrama 15 | mapa indicando recuos frontais e laterais. Fonte: Plano diretor de Goiânia. Elaborado pela autora, 2022.
124
5
10
20
AFASTAMENTOS Lateral(m)
Fundo(m)
3,00
2,00
2,00
Frente(m)
5,00
6,00
2,00
2,00
5,00
9,00
2,00
2,00
5,00
3º
3,00
3,00
5,00
4º
3,20
3,20
5,00
5º
3,40
3,40
5,00
6º
3,60
3,60
5,00
7º
3,80
3,80
5,00
8º
4,00
4,00
5,00
9º
4,20
4,20
5,00
10º
4,40
4,40
5,00
11º
4,60
4,60
5,00
12º
4,80
4,80
5,00
13º
5,00
5,00
5,00
14º
5,20
5,20
5,00
15º
5,40
5,40
5,00
16º
5,60
5,60
5,00
17º
5,80
5,80
5,00
18º
6,00
6,00
6,00
19º
6,20
6,20
6,00
20º
6,40
6,40
6,00
21º
6,60
6,60
6,00
22º
6,80
680
6,00
23º
7,00
7,00
6,00
24º
7,20
7,20
6,00
25º
7,40
7,40
6,00
26º
7,60
7,60
8,00
27º
7,80
7,80
8,00
28º
8,00
8,00
8,00
29º
8,20
8,20
8,00
30º
8,40
8,40
10,00
Acima 30º
-
-
10,00
Tabela 10 | Tabela de afastamentos de acordo com altura do pavimento Fonte: Plano diretor de Goiânia. Modificado pela autora, 2022.
LEGISLAÇÃO
PAVIMENTOS
(altura da lage de cobertura)
125
ATMOSFERA
HOSPITA L ATMOSFERA DO PROJETO
AR
128
Diagrama 09 | Atmosfera hospitalar Fonte: Elaborado pela autora, 2022
Atmosfera Existente
ATMOSFERA DO PROJETO
L ACO HEDO
RA
Diagrama 10 | Atmosfera acolhedora Fonte: Elaborado pela autora, 2022
Atmosfera Proposta
129
Diretrizes
PROGRAMA DE NECESSIDADES
PROGRAMA DE NECESSIDADES
Levantamento quantitativo
132
Para os dados quantitativos, consideramos
O quantitativo de funcionários foi definido
as informações disponíveis pelo DATA-
com base nos dados apresentados, pelo
SUS/TABNET, referentes a quantidade de
SUPREMA, com o total de 15 profissionais: 2
casos atendidos e tratados pelo Hospital
médicos paliativistas, 1 nutricionista, 1
das Clínicas- HC/UFG, por ano. Com base
fonoaudióloga, 1 psicóloga, 1 terapeuta
nessas informações, foi feita uma média da
ocupacional, 2 assistente social, 2 fisiotera-
quantidade total de pacientes atendidos
peutas, 1 farmacêutica e 4 enfermeiras.
entre os anos de 2016 - 2021. Resultando
Será previsto neste levantamento o caso
numa média de 303 pacientes** atendidos
de inserção de mais profissionais, variando
por ano, sendo 25 pacientes** atendidos
de acordo com a demanda de atividades
por mês pelo HC/UFG.
que serão ofertadas pelo Centro.
+
Em média são tratados
Em média, trabalham
e
na área de cuidados paliativos no Hospital das Clínicas
303 PACIENTES POR ANO 25 PACIENTES POR MÊS
no Hospital das Clínicas
NÚMEROS DE CASOS DE TRATAMENTOS PELO HC/UFG SEGUNDO SEXO
FEMININO
202
240
206
198
137
55
MASCULINO
164
175
182
149
87
23
TOTAL
366
415
388
347
224
78
Ano referente ao período de pandemia no Brasil.
PROGRAMA DE NECESSIDADES
15 FUNCIONÁRIOS
Tabela 11 | números de casos de tratamento pelo HC-UFG segundo sexo. Fonte: Tabnet, DataSUS - MS
133
Critérios
Outra demanda será a possibilidade de
Para definir a capacidade de atendimento
tuições de saúde que oferecem tratamen-
do Centro de terapias, foram levantados
tos ao câncer pelo Sistema Único de
alguns quantitativos embasados em uma
Saúde (SUS) em Goiânia, principalmente o
média de atendimentos feitos por ano/mês
Hospital Araújo Jorge, definindo assim,
e dia no Hospital das Clínicas - GO. Tais
uma porcentagem a mais na capacidade
informações foram utilizadas como parâ-
de atendimento do Centro.
metro de cálculo.
Todos os dados apresentados, foram
A demanda do público foi distribuída de
utilizados como parâmetros para o pré
acordo com os grupos dos perfis de
dimensionamento do Centro de Terapias.
atendimentos a pacientes de outras insti-
pacientes que serão atendidos. Cada
PROGRAMA DE NECESSIDADES
grupo terá uma porcentagem correspon-
134
dente à capacidade de atendimento de 100%. Como citado anteriormente, os grupos são:
**Vale
ressaltar que esses dados são retirados a partir de
uma média, não são dados exatos, podendo assim, haver uma variação no números de pacientes atendidos por ano. 5
O Grupo de Suporte Paliativo de Referência Multidisciplinar
(SUPREMA), esse programa proporciona assistência aos
GRUPO 1: Pacientes em tratamento. (50%)
pacientes portadores de doenças graves, que não tenham
GRUPO 2: Pacientes que já se curaram. (30%)
natureza assistencial, acadêmica e científica, mediante
GRUPO 3: Acompanhantes e familiares. (20%)
probabilidade terapêutica de cura. Esta comissão tem atuação multidisciplinar, multiprofissional e multissetorial (EBSERH, 2018).
Hall
1
Variável
Espaço entre o acesso principal e a sala de estar
5 m²
Sala de estar
1
10
Espaço de recepção dos pacientes
20 m²
Terapias em grupos e individuais
2
10
Espaços para atendimentos em grupo ou individuais
20 m²
Sala de Pilates
1
6
Espaço equipado para prática de pilates
45 m²
Sala de fisioterapia
1
6
Espaço equipado para prática de pilates
45 m²
Ambulatório
1
3
Local para assistência de forma imediata
15 m²
Cozinha coletiva
1
15
Cozinha compartilhada
35 m²
Sala de jantar
1
10
Espaço com uma mesa de jantar
15 m²
Canto de leitura
1
8
Espaço com livros e assentos para leitura
12 m²
Sala multiuso
1
40
Salas para práticas manuais, artísticas, reuniões, cursos, oficinas, etc.
60 m²
Ambientes silenciosos
5
2
Espaços silenciosos e de contemplação.
Sanitários Fem.
1
1
Instalação de sanitário universal
4 m²
Sanitários Masc.
1
1
Instalação de sanitário universal
4 m²
Vestiário Fem.
1
6
Instalação de sanitário universal
50 m²
Vestiário Masc.
1
6
Instalação de sanitário universal
50 m²
3 m²
PROGRAMA DE NECESSIDADES
SOCIAL INTERNO
ATENDIMENTO
RECEPÇÃO
PROGRAMA DE NECESSIDADES
135
PROGRAMA DE NECESSIDADES
CENTRO DE ACOLHIDA SOCIAL EXTERNO
PROGRAMA DE NECESSIDADES
5 m²
1
Variável
Sala de Estar
1
10
Espaço de recepção dos pacientes
20 m²
1
2
Sala da coordenação e controle de acesso.
10 m²
Sanitários
2
1
Instalação de sanitário universal
4 m²
Dormitórios Pacientes
22
52
Quartos para usuários + acompanhantes
25 m²
2
6
Quartos com três leitos
25 m²
Lavanderia
1
Variável
Local para higienização de itens pessoais
20 m²
Cozinha Coletiva
1
Variável
Cozinha compartilhada
35 m²
Sala de Jantar
1
10
Sala de jantar e convivência
20 m²
DML
1
Variável
Depósito de materiais de limpeza
2 m²
Almoxarifado
1
Variável
Estocagem de objetos diversos
2 m²
Pátio
1
50
Espaço central de convivências
100 m²
Espaço de exercício
1
Variável
Espaço para exercício ao ar livre
20 m²
Jardinagem
1
Variável
Espaço para práticas e orientações sobre jardinagem
15 m²
Convivência em grupo
1
Variável
Espaço para oficinas e convivência
40 m²
Administração/ Controle
136
Espaço intermediário entre o acesso principal e a sala de estar
Hall
Dormitórios funcionários
Escritório
1
6
Sala de coordenação e administração
12 m²
Sala de reunião
1
8
Sala de reunião administração
18 m²
Sala de funcionários
1
20
Sala para descanso dos funcionários
25 m²
Vestiário Fem.
1
2
Instalação de sanitário acessível
10 m²
Vestiário Masc.
1
2
Instalação de sanitário acessível
10 m²
Estacionamentos
10
10
Vagas para PCD, vagas para idosos
13 m²
Estacionamento Ambulância
1
-
Vagas estacionar ambulâncias
12 m²
Luz
1
-
Espaço com painel elétrico
Reservatório de água
1
-
Espaço para armazenamento de água
13 m²
Central de resíduos
1
-
Espaço para armazenamento de resíduos gerados
8 m²
Central de gás
1
-
Armazenamento de GLP
5 m²
DML
1
-
Depósito de materiais de limpeza
2 m²
Despensa
1
-
Espaço para armazenamento de alimentos
10 m²
CPD
1
-
Centro de processamento de dados
2 m²
Laje técnica
1
-
Abrigo de equipamentos
10 m²
1.585 m²
20% de circulação
1 m² PROGRAMA DE NECESSIDADES
INFRAESTRUTURA
ADMINISTRAÇÃO
PROGRAMA DE NECESSIDADES
1.902 m²
137
Zonas sensitivas
Recepção
A/B/C/D/E
B/C
Social Interno
A
Atendimento
DIRETRIZES PROJETUAIS
D/E
138
F
Social Externo
F Administração
Infraestrutura
A/D
Legeda de sensações A
Acolhimento
D Conforto
B
Coragem/Força
E Ânimo
C
Inspiração
F Organização
Centro de Acolhida
Diagrama 19| Mapa de sensações Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
DIRETRIZES
Facilitar o acesso dos pacientes do HC para o centro de terapias.
RELAÇÃO INTERIOR E EXTERIOR Trazer conexão das áreas verdes externas e iluminação natural para dentro do edifício, por meio de pátios centrais.
USUÁRIO E A NATUREZA Promover espaços que conectem o usuário com a natureza, seja pelo contato físico ou visual.
DESENHO UNIVERSAL Atender às normativas de acessibilidade e aos demais parâmetros universais de percepção e apropriação dos espaços.
REQUALIFICAÇÃO DA SEDE IAB
DIRETRIZES PROJETUAIS
1 2 3 4 5
PRÓXIMO AO HOSPITAL DAS CLÍNICAS
Promover requalificação da sede abandonada do IAB, com usos voltado para o Centro de terapias, propondo acessos por meio de intervenções viárias (lombofaixa).
139
PARTIDO
PARTIDO ARQUITETÔNICO Síntese do entorno
Baseado nos estudos feitos do entorno, foi possível chegar a um mapa síntese dos principais pontos que vão orientar o partido. Nesse mapa é possível observar a existência de duas praças paralelas ao lote, possibilitando preservar uma relação direta com as duas áreas verdes que faceam o terreno. Outro ponto importante é a existência de uma estrutura abandonada, que possibilita uma restauração e PARTIDO ARQUITETÔNICO
novos usos ligados ao centro. As vias que circundam ao lote são movimentadas, seria interresante propor intervenções que que facilite o acesso a estrutura abandonada e que proporcione seguraça nas atravessias. Outro ponto importante é a existência de uma livraria vizinha ao lote, gerando uma possibilidade de conexão e acesso entres as áreas de convivência do projeto.
142
SÍNTESE DO ENTORNO
PITDOG
PRAÇA
RUA 232
RUA 233
LIVRARIA
22
9
3.134 m²
CENTRO DE APOIO MINEIRENSE
RU A2
63
PRAÇA
insoloção pôr do sol
nascer do sol
N
ventos predominantes
0
5
10
PARTIDO ARQUITETÔNICO
ESTRUTURA A ABANDONAD
TADA VIA MOVIMEN
RU A
MELHOR VISTA
20
Diagrama 20| mapa síntese do entorno Fonte: Google Maps, 2021; Elaborado pela autora, 2022.
143
PARTIDO ARQUITETÔNICO
Partido arquitetônico
144
1
Topografia
2
Integração com a livraria
3
Áreas verdes e suas relações com o entorno
4
Percursos
5
Intervenção nas vias movimentasdas
2
1 IA AF GR PO TO
O ÇÃ RA EG T IN
M CO
A
IA AR VR LI
praça
4
E ÁR
AS
RD VE
ES
E
AS SU
RE
ÇÕ LA
ES
M CO
O
EN
TO
O RN
SO UR RC E P
praça
5
lom
Diagrama 21 | Diagrama de partido Fonte: Google Maps, 2021; Elaborado pela autora, 2022.
bo fa i
T IN
O ÇÃ VE ER
NA
A VI
S
PARTIDO ARQUITETÔNICO
3
xa re du zir
ve loc
praça
id
ad e
145
Conceito Formal O conceito formal surgiu da disposição de volumes que acompanharam o desenho do lote. Foram dispostos de acordo com o programa de necessidade estabelecido anteriormente e divididos em dois grandes blocos, sendo uma direcionado para o Centro de Terapias e o outro para o Centro de Acolhimento. Os blocos foram separados em função dos usos que destiguem pelos horários de funcionamento. Na
PARTIDO ARQUITETÔNICO
segunda etapa foi proposto descolcamentos dos volumes para gerar movimento e possibilitando faces para aberturas nos ambientes internos. Na etapa 3, o resultado surgiu por meio de recortes adentrando ao volumes para criar áreas permeáveis e conexões internas com as áreas verdes, possibilitando também melhorias na ventilação e iluminação natural para o edifício.
146
lote
etapa 01
resultado
PARTIDO ARQUITETÔNICO
etapa 02
Diagrama 22 | conceito formal Fonte: Google Maps, 2021; Elaborado pela autora, 2022.
147
PARTIDO ARQUITETÔNICO
Setorização
Diagrama 23 | setorização em corte Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
148
o ã ç a riz
Centro de Acolhimento
Centro de Terapias
Infraestrutura Circulação
PARTIDO ARQUITETÔNICO
s
o t e
Social interno Diagrama 24 | setorização em isométrica Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
Social externo Apartamentos
149
Fluxos e acessos O projeto de estabeleceu em 3 fluxos principais: acessos dos pacientes e visitantes, o acesso de serviço, que consiste por fluxos de funcionários, de descarte de lixos e manutenção do edifício. O acesso a ambulância é feito por meio de uma rampa que adentra ao
lote e de contato direto com o ambulatório.
PARTIDO ARQUITETÔNICO
N
150
Diagrama 25 | plantas de fluxos Fonte: Google Maps, 2021; Elaborado pela autora, 2022.
Acessos pacientes e visitantes Acessos serviço Acesso ambulância
Materialidade ito solo efe taip a
pint ur
a
pilão de
e mad od ei d a
mad ei
can el
ra
carvalho ra
iço ac m
PARTIDO ARQUITETÔNICO
tijolo
gra ni
e cinza lit
151
ESTUDO
ISOMÉTRICA GERAL
RUA 233 TÉRREO DORMITÓRIOS -756.7
2
ESTUDO PRELIMINAR
A
IMPLANTAÇÃO
156
0
5
10
N 20
RU A2
63
RUA 232
TÉRREO CENTRO 0.0
1
RU A
22
ESTUDO PRELIMINAR
9
A
1
Centro de Terapias
2
Centro de Acolhimento
157
158 GERAL CORTE AA
CENTRO DE ACOLHIMENTO
RESERVATÓRIO + 600.0
PAV. 03 + 300.0
PAV. 02 00.00
PAV. 01 - 300.0
PAV. TÉRREO - 600.00 PAV. PÁTIO - 756,7
159
CENTRO DE TERAPIAS RESERVATÓRIO + 335.0
TÉRREO 00.00 PAV. 01 - 65.0
PAV. PÁTIO - 455.0
N 0
5
10
20
CENTRO DE TERAPIAS
PERSPECTIVA GERAL
PLANTA CENTRO DE TERAPIAS
ESTUDO PRELIMINAR
1
Hall de entrada
2
Canto de leitura
3
Sala multiuso
4
Vestiário feminino
5
Vestiário masculino
6
Banheiro acessível feminino
7
Banheiro acessível masculino
5
8
Laje técnica
9
DML
10
Depósito
11
CPD
3 3
4 B 6 9
7
10
8
C
164
C
PAV. TÉRREO + PAV. 01
N 0
4
8
16
1
2
RUA 232
LAYOUNT 02
Para reuniões e oficinas
B
ESTUDO PRELIMINAR
0
OPÇÕES DE LAYONT SALA MULTIUSO
B
11
LAYOUNT 03
Para palestras e cursos
165
PLANTA CENTRO DE TERAPIAS C
PAV. PÁTIO
4
ESTUDO PRELIMINAR
3
1 2
Sala de estar
3
Cozinha coletiva
4
Espaço em comum com livraria palavrear
5
Fisioterapia
6
Pilates
7
Sanitário feminino
8
Sanitário masculino
9
Ambulatório
10
Vestiário feminino
11
Vestiário masculino
12
Sala dos funcionários
13
Sala do adminostrativo
14
Hall da reunião
15
Sala de reunião
1
11
5
B
10
6
7
C
166
2
Espaço de convivência
8
9
N 0
4
8
16
RUA 232
15
ESTUDO PRELIMINAR
14
13
B 12
167
PLANTA CENTRO DE TERAPIAS C
COBERTURA
B
ESTUDO PRELIMINAR
C
168
N 0
4
8
16
RUA 232
B
ESTUDO PRELIMINAR
169
CORTES CENTRO DE TERAPIAS
ESTUDO PRELIMINAR
CORTE BB E CC
RESERVATÓRIO + 335.0
PAV. 01 - 65.0
PAV. PÁTIO - 455.0
170 CORTE BB
ESTUDO PRELIMINAR
RESERVATÓRIO + 335.0
PAV. 01 - 65.0
PAV. PÁTIO - 455.0
N 0
5
10
CORTE CC
20
171
FACHADAS CENTRO DE TERAPIAS FRONTAL, LATERAIS E POSTERIORES
ESTUDO PRELIMINAR
FRONTAL
172
LATERAL DIREITA
N 5
10
20
ESTUDO PRELIMINAR
0
POSTERIOR
173
CENTRO DE ACOLHIMENTO
PERSPECTIVA
E
PLANTA CENTRO DE ACOLHIMENTO
0
PAV. PÁTIO
1
Hall de entrada
2
Cozinha coletiva
3
Portaria + copa de apoio
4
Lavabo
5
Administrativo
6
Praça
3
6
E
178
1
ESTUDO PRELIMINAR
RUA 233
D
N 4
8
16
D
2
4
ESTUDO PRELIMINAR
5
179
E
PLANTA CENTRO DE ACOLHIMENTO PAV. TÉRREO D
1
2 3
6
7
Sala dos funcionários
2
Lavanderia
3
DML
4
Depósito
5
Sanitário universal fem.
6
Sanitário universal masc.
7
Escada de emergência
8
Hall do elevador
E
180
1
ESTUDO PRELIMINAR
RUA 233
5
4
8
D
ESTUDO PRELIMINAR
N 0
4
8
16
181
PLANTA CENTRO DE ACOLHIMENTO
COBERTURA
182
Mirante
1
ESTUDO PRELIMINAR
RUA 233
1
ESTUDO PRELIMINAR
N 0
4
8
16
183
CORTES CENTRO DE ACOLHIMENTO CORTE DD E EE
ESTUDO PRELIMINAR
RESERVATÓRIO + 600.0
PAV. 03 + 300.0
PAV. 02 00.00
PAV. 01 - 300.0
PAV. TÉRREO - 600.00
188 CORTE DD
N 0
RESERVATÓRIO + 600.0
5
10
20
ESTUDO PRELIMINAR
PAV. 03 + 300.0
PAV. 02 00.00
PAV. 01 - 300.0
PAV. TÉRREO - 600.00 PAV. PÁTIO - 756,7
189 CORTE EE
FACHADAS CENTRO DE ACOLHIMENTO FRONTAL E LATERAIS
N 5
10
20
ESTUDO PRELIMINAR
0
48 190
LATERAL ESQUERDA
ESTUDO PRELIMINAR
FRONTAL
LATERAL DIREITA
191
PLANTA CENTRO DE ACOLHIMENTO
ESTUDO PRELIMINAR
PAVIMENTO TIPO
184
1
2
1
Dormitório tipo 01 - de 3 à 4 pessoas
2
Dormitório tipo 02 - de 2 à 3 pessoas
3
Escada de emergência
3
Hall do elevador
2 4 3
N° TOTAL DE DORMITÓRIOS P/ PACIENTES = 22 COM CAPACIDADE MÁX. DE 52 LEITOS
2
2
2
2
1
ESTUDO PRELIMINAR
N° TOTAL DE DORMITÓRIOS P/ FUNCIONÁRIOS = 02 COM CAPACIDADE MÁX. DE 06 LEITOS
185
PLANTA CENTRO DE ACOLHIMENTO
Banheiros universal
DORMITÓRIOS UNIVERSAIS
Quarto todo acessível
Armário para pertences + mesa de apoio Cama de casal Bicama para expansão da capacidade
ri
itó
m or
D
1
1 o0
ip ot
e -d
3à
4
Banheiros universal Quarto todo acessível Armário para pertences + mesa de apoio
ESTUDO PRELIMINAR
Bicama para expansão da capacidade
2
186
D
ri
itó
m or
2
o0
ip ot
e -d
2à
3
as
so
s pe
as
so
s pe
Sacada
Sacada
1
2
ESTUDO PRELIMINAR
2
Dormitório tipo 02 - de 2 à 3 pessoas
Dormitório tipo 01 - de 3 à 4 pessoas
1
187
CONCEPÇÃO ESTRUTURAL ISOMÉTRICA EXPLODICA E CORTE DE PELE
DETALHE AMARRAÇÃO ESTRUTURAL DA MADEIRA
VIGA DE MADEIRA LAMINADA COLADA
CANTONEIRA METÁLICA COM PARAFUSOS AUTOPERFURANTES
ESTUDO PRELIMINAR
PILAR DE MADEIRA LAMINADA COLADA
CANTONEIRA METÁLICA COM PARAFUSOS AUTOPERFURANTES CONTRAPISO + RESVESTIMENTO SOLO COMPACTADO FUNDAÇÃO DE BLOCO DE CONCRETO
48 192
telha termoacústica estrutura do telhado em madeira
vigas e pilares em madeira
caixa de escada e elevador com bloco estrutural
proposta geral
ESTUDO PRELIMINAR
ISOMÉTRICA EXPLODICA
193
fachada principal centro de terapias
acesso principal centro de terapias
recepção centro de terapias
recepção centro de terapias
fachada principal centro de terapias
acesso principal centro de terapias
recepção centro de terapias
sala multiuso centro de terapias
sala multiuso centro de terapias
acesso sala multiuso principal centro centro dede terapias terapias
sala multiuso centro de terapias
sala multiuso centro de terapias
sala multiuso centro de terapias
espaço de convivência centro de terapias
espaço de convivência centro de terapias
cozinha coletiva centro de terapias
acesso a livraria existente
acesso de ambulância
pilates centro de terapias
pátio central
pátio central
entrada principal centro de acolhimento
acesso principal centro de acolhimento
acesso pela praça
recepção centro de acolhimento
recepção centro de acolhimento
cozinha coletiva centro de acolhimento
cozinha coletiva centro de acolhimento
sala dos funcionários centro de acolhimento
jardim centro de acolhimento
fachada alojamentos
sacada alojamentos
perspectiva geral: centro de acolhimento e praça
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Alves, S. M. (2011). Ambientes restauradores. In S. Cavalcante & G. A. Elali (Orgs.), **Temas básicos em psicologia ambiental** (pp. 44-52). Rio de Janeiro: Editora Vozes.
S. Cavalcante & G. A. Elali (2018) **Psicologia ambiental: Conceitos para leitura da relação pessoa-ambiente**. Rio de Janeiro: Editora Vozes.
Gressler, S. C. & Günther, I. A. (2013). Estudos de Psicologia. SciELO Brasil. **Ambientes restauradores: Definição, histórico, abordagens e pesquisas** (pp.487-495). Universidade de Brasília - GO.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. **Estimativa | 2020 Incidência de Câncer no Brasil**. Rio de Janeiro: INCA, 2019. Disponível em: https://www.inca.gov.br/estimativa. Acesso em: 28 Jan. 2022.
INSTITUTO ONCOGUIA. **Câncer é um problema de saúde pública que o Brasil precisa encarar.** 2021. Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/cancer-e-um-problema-de-saude-publica-que-o-brasil-precisa-encarar/14296/7t/ Acesso em: 28 Jan. 2022.
Almeida, M.D. Santos, A. P. A. L. Mudanças - Psicologia da Saúde. 2013. **Câncer infantil: o médico diante de notícias difíceis – uma contribuição da psicanálise.** (pp.49-54). Disponível em: http://dx.doi.org/10.15603/2176-1019/mud.v21n1p49-54 Acesso em: 28 Jan. 2022. ****
Pinto, L. F. (1996). As crianças do vale da morte – reflexões sobre a criança terminal. Jornal de Pediatria, 72(5), 287-294.
ULRICH, R. S. **Natural versus urban scenes: some psychophysiological effects**. Environment and Behavior, v. 13, n. 5, p. 523-556, September 1981.
Ulrich, R. S. (1984). **View through a window may influence recovery from surgery.** Science, 224(4647), 420-421.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. **Como surge o câncer?.** Rio de Janeiro: INCA, 2021. Disponível em: https://www.inca.gov.br/estimativa. Acesso em: 15 Fev. 2022.
NATIONAL CANCER INSTITUTE. **What is Cancer?.** U.S Department of Health and Human Services: NIH, 2021. Disponível em: https://www.cancer.gov/about-cancer/understanding/what-is-cancer. Acesso em: 15 Fev. 2022.
LISTA DE FIGURAS DIAGRAMAS Diagrama 01 |O que é o câncer? Fonte: INCA (2020). Modificado pela autora. Diagrama 02 | como surge o câncer? Fonte: INCA (2020) Modificado pela autora. Diagrama 03 | Caracterização do público. Fonte: Elaborado pela autora. Diagrama 07 | localização do terreno. Fonte: Elaborado pela autora, 2022. Diagrama 08 | mapa de localização geral do terreno. Fonte: Google Maps, 2021. Elaborado pela autora, 2022. Diagrama 09 | mapa de hierarquia viária. Fonte: Google Maps, 2021. Elaborado pela autora, 2022. Diagrama 10 | mapa de pontos de ônibus e seu raio de influência. Fonte: Google Maps, 2021. Elaborado pela autora, 2022. Diagrama 11 | casas de apoio existente em Goiânia. Fonte: Google Maps, 2021. Elaborado pela autora, 2022. Diagrama 12 | mapa de gabarito de altura. Fonte: Google Maps, 2021. Elaborado pela autora, 2022. Diagrama 13 | mapa de uso do solo. Fonte: Google Maps, 2021. Elaborado pela autora, 2022. Diagrama 14| mapa de infraestrutura, no raio de 500m.Fonte: Google Maps, 2021. Elaborado pela autora, 2022. Diagrama 15 | entorno imediato do terreno. Fonte: Google Maps, 2021. Elaborado pela autora, 2022. Diagrama 16 | mapa de insolação e ventos predominantes. Fonte: Google Maps, 2021. Elaborado pela autora, 2022
Diagrama 17 | mapa de paisagens com indicação de vistas e topografia. Fonte: Google Maps, 2021. Elaborado pela autora, 2022. Diagrama 18 | mapa indicando recuos frontais e laterais. Fonte: Plano diretor de Goiânia. Elaborado pela autora, 2022. Diagrama 19| Mapa de sensações. Fonte: Elaborado pela autora, 2022. Diagrama 20| mapa síntese do entorno. Fonte: Google Maps, 2021; Elaborado pela autora, 2022. Diagrama 21 | Diagrama de partido. Fonte: Google Maps, 2021; Elaborado pela autora, 2022. Diagrama 22 | conceito formal. Fonte: Google Maps, 2021; Elaborado pela autora, 2022. Diagrama 23 | setorização em corte. Fonte: Elaborado pela autora, 2022. Diagrama 24 |setorização em isométrica. Fonte: Elaborado pela autora, 2022. Diagrama 25 | plantas de fluxos. Fonte: Google Maps, 2021; Elaborado pela autora, 2022.
TABELAS Tabela 01 |estimativas de novos casos de câncer em homens no Brasil. Fonte: MS/INCA/ Estimativa do Câncer no Brasil (2020). Modificado pela autora. Tabela 02 |estimativas de novos casos de câncer em mulheres no Brasil. Fonte: MS/INCA/ Estimativa do Câncer no Brasil (2020). Modificado pela autora. Tabela 03 |estimativas de mortalidade de câncer em homens no Brasil. Fonte: MS/INCA/ Estimativa do Câncer no Brasil (2020). Modificado pela autora. Tabela 04 |estimativas de mortalidade de câncer em mulheres no Brasil. Fonte: MS/INCA/ Estimativa do Câncer no Brasil (2020).Modificado pela autora. Tabela 05 | estimativa de novos casos de câncer em Goiás para o ano de 2020. Fonte: MS/INCA/ Estimativa do Câncer no Brasil (2020). Modificado pela autora. Tabela 06 |estimativa de novos casos de câncer em Goiás para o ano de 2020. Fonte: MS/IN-
CA/ Estimativa do Câncer no Brasil (2020). Modificado pela autora. Tabela 07 | recomendações gerais do Relatório sobre Alimentação. Fonte: World Cancer Research Fund International, 2007. Modificado pela autora. Tabela 08 | Quadro Síntese. Fonte: Elaborado pelo autora, 2022 Tabela 09 | Quadro Síntese. Fonte: Elaborado pelo autora, 2022 Tabela 10 | Tabela de afastamentos de acordo com altura do pavimento. Fonte: Plano diretor de Goiânia. Modificado pela autora, 2022. Tabela 11 | Números de casos de tratamento pelo HC-UFG segundo sexo. Fonte: Tabnet, DataSUS - MS
IMAGENS Imagem 01 | vista externa do Hospital das Clínicas - UFG. Fonte: Ministério da Educação Ebserh Imagem 02 | vista interna do Hospital das Clínicas - UFG. Fonte: Ministério da Educação Ebserh Imagem 03 | vista externa do Hospital do Câncer Araújo Jorge. Fonte: Associação de Combante ao Câncer em Goiás - ACCG Imagem 04 | diferença entre o conceito de acessível e universal. Fonte: BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento ou BID) Imagem 05 | Centro de Reabilitação Sarah Kubitschek Lago Norte, Brasília/DF. Fonte: Archdaily / Nelson Kon Imagem 06 | Centro de Neurorreabilitação Sarah Fortaleza, de 2001. Fonte: Archdaily / via Betoneira Imagem 07 | Maggie Yorkshire. Fonte: Archdaily, 2017. Imagem 08 | vista externa Maggie Yorkshire. Fonte: Heatherwick Studio, 2020.
Imagem 09 | implantação. Fonte: Heatherwick Studio, 2020. Imagem 10 | Corte. Fonte: Heatherwick Studio, 2020. Imagem 11 | Maquete estrutural. Fonte: Heatherwick Studio, 2020. Imagem 12 | Detalhe da estrutura. Fonte: Heatherwick Studio, 2020. Modificado pela autora Imagem 13 | Planta. Fonte: Heatherwick Studio, 2020. Modificado pela autora Imagem 14 | interior do Maggie Yorkshire. Fonte: Heatherwick Studio, 2020. Modificado pela autora. Imagem 15 | Interior do Maggie Yorkshire. Fonte: Heatherwick Studio, 2020. Modificado pela autora. Imagem 16 | Interior do Maggie Yorkshire. Fonte: Archdaily, 2020. Modificado pela autora. Imagem 17 | Interior do edifício. Fonte: Archdaily, 2017. Imagem 18 | Isométrica de implantação e volumetria. Fonte: Archdaily, 2017. Imagem 19 | Diagrama de fluxos. Fonte: Archdaily, 2017. Imagem 20 | Pátio interno principal. Fonte: Archdaily, 2017. Modificado pela autora. Imagem 21 e 22 | I Plantas Térreo e pavimento superior. Fonte: Archdaily, 2017. Modificado pela autora. Imagem 23 | Detalhe da fachada e esquadrias. Fonte: Archdaily, 2017. Modificado pela autora. Imagem 24 | Exterior do edifício. Fonte: Archdaily, 2017. Imagem 25 | Detalhe da fachada. Fonte: Archdaily, 2017. Modificado pela autora. Imagem 26 | interior do Maggie Yorkshire. Fonte: Heatherwick Studio, 2020. Modificado pela autora. Imagem 27 | Interior do edifício. Fonte: Archdaily, 2020. Modificado pela autora.
Imagem 28 | Fachada norte. Fonte: Miralles Tagliabue EMBT, 2020. Imagem 29 | Centro Kálida Sant Pau. Fonte: Archdaily, 2020. Modificado pela autora. Imagem 30 e 31 | I Plantas Térreo e pavimento superior. Fonte: Archdaily, 2020. Modificado pela autora. Imagem 32 | interior do Centro Kálida. Fonte: Miralles Tagliabue EMBT, 2020. Modificado pela autora. Imagem 33 | interior do Centro Kálida. Fonte: Miralles Tagliabue EMBT, 2020. Modificado pela autora. Imagem 34 | Exterior do Centro Kálida Fonte: Miralles Tagliabue EMBT, 2020. Modificado pela autora. Imagem 35 | Exterior do Centro Kálida Fonte: Miralles Tagliabue EMBT, 2020. Imagem 36 | Interior do Centro Kálida Fonte: Miralles Tagliabue EMBT, 2020. Imagem 37 | Interior do Centro Kálida Fonte: Miralles Tagliabue EMBT, 2020. Imagem 38 | Interior do Centro Kálida Fonte: Miralles Tagliabue EMBT, 2020. Modificado pela autora. Imagem 39 | Fotografia - Satélite. Fonte: Google Maps, 2021. Imagem 40 | Fotografia - Satélite. Fonte: Google Maps, 2021 Imagem 41 | Fotografia - Satélite. Fonte: Google Maps, 2021. Imagem 42 | Fotografia - Satélite. Fonte: Google Maps, 2021.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS HC - UFG - Hospital das Clínicas - Universidade Federal de Goiás SUS - Sistema Único de Saúde MS - Ministério da saúde INCA - Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva OPAS - Organização Pan-Americana de Saúde WCRF - World Cancer Research Fund Internationa AICR - American Institute for Cancer Research EBSERH - Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares UNACON - Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia CORA - Centro Avançado de Diagnóstico da Mama SUPREMA - Grupo de Suporte Paliativo de Referência Multidisciplinar HAJ - Hospital do Câncer Araújo Jorge ACCG - Associação de Combate ao Câncer em Goiás CACON - Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia ART - Teoria da Restauração da Atenção PUC-GO - Pontifícia Universidade Católica de Goiás