RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO
UNIVERSAL
RELATÓRIO DE INDICADORES DE
MONITORAMENTO
RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
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RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
DIRETORIA Ir. Deivis Fischer Ir. Humberto Lima Gondim Ir. Vanderlei Siqueira dos Santos SECRETÁRIO EXECUTIVO DA UMBRASIL Ir. Valter Pedro Zancanaro
DADOS GERAIS Instituição promotora Área Exercício EPU Público de interesse
União Marista do Brasil Missão/Comissão de Solidariedade/GTDCA 2014/2016 Relatório Foco Direito à Educação FMSI/ONU/BRASIL MARISTA
COORDENADOR DA ÁREA DE MISSÃO Ricardo Mariz
COMISSÃO SOLIDARIEDADE 2014-2016
COMPOSIÇÃO GTDCA
Alair Bento dos Santos Alessandra Hovorusko Bárbara Pimpão Ferreira Carlos Vitor Paulo Cláudia Laureth Eliane Guedes Gassen Eulália Maria Sombra Pinheiro Ir. Carlos Henrique da Silva Ir. Davi Nardi Ir. Dionísio Roberto Rodrigues Ir. Franki Kleberson Kucher Ir. James Pinheiro Ir. Jorge Gaio Ir. Luciano da Rosa BarrachinI Ir. Miguel Orlandi Ir. Ivonir Antonio Imperatori Mércia Maria Silva Procópio
Carlos Alberto Mariani Clemilson Graciano da Silva Eulália Maria Sombra Pinheiro Ir. Ivonir Antônio Imperatori Ir. Valdir Gurgel Jimena Djauara N. C. Grignani Karina Amâncio Rodrigues Mércia Maria Silva Procópio Milda Lourdes Pala Moraes Patrícia Elizabeth B. Romero
DIRETORIA Ir. Deivis Fischer Ir. Humberto Lima Gondim Ir. Vanderlei Siqueira dos Santos SECRETÁRIO EXECUTIVO DA UMBRASIL Ir. Valter Pedro Zancanaro
DADOS GERAIS Instituição promotora Área Exercício EPU Público de interesse
COORDENADOR DA ÁREA DE MISSÃO Ricardo Mariz
COMISSÃO SOLIDARIEDADE 2014-2016 Alair Bento dos Santos Alessandra Hovorusko Bárbara Pimpão Ferreira Carlos Vitor Paulo Cláudia Laureth Eliane Guedes Gassen Eulália Maria Sombra Pinheiro Ir. Carlos Henrique da Silva Ir. Davi Nardi Ir. Dionísio Roberto Rodrigues Ir. Franki Kleberson Kucher Ir. James Pinheiro Ir. Jorge Gaio Ir. Luciano da Rosa BarrachinI Ir. Miguel Orlandi Ir. Ivonir Antonio Imperatori Mércia Maria Silva Procópio Viviane Aparecida da Silva
COMPOSIÇÃO GTDCA Carlos Alberto Mariani Clemilson Graciano da Silva Eulália Maria Sombra Pinheiro Jimena Djauara N. C. Grignani Karina Amâncio Rodrigues Mércia Maria Silva Procópio Milda Lourdes Pala Moraes Patrícia Elizabeth B. Romero Ir. Ivonir Antônio Imperatori Ir. Valdir Gurgel
União Marista do Brasil Missão/Comissão de Solidariedade/GTDCA 2014/2016 Relatório Foco Direito à Educação FMSI/ONU/BRASIL MARISTA
Introdução O Brasil Marista é uma organização reconhecida por sua atuação no campo da educação, trabalhando também na defesa dos direitos humanos, em especial de crianças, adolescentes e jovens, o que levou a Instituição a participar do processo de monitoramento das recomendações da Organização das Nações Unidas (ONU), alusivas ao Exame Periódico Universal (EPU), realizadas ao governo brasileiro. O monitoramento a ser realizado pelo Brasil Marista resultará em relato que será encaminhado à Fundação Marista de Solidariedade Internacional (FMSI), com sede em Genebra, responsável pela incidência política junto às delegações dos países membros da ONU, oferecendo subsídios que possibilitam melhor avaliação do contexto brasileiro em relação às recomendações proferidas. A perspectiva é de que o governo brasileiro cumpra com o compromisso da garantia dos direitos humanos de crianças e adolescentes. Para realização do monitoramento foi constituído um Grupo de Trabalho dos Direitos da Criança e do Adolescente (GTDCA), no âmbito do Brasil Marista, com representantes das três Províncias – Brasil Centro-Norte, Brasil Centro-Sul e do Rio Grande do Sul –. Coube ao GTDCA, após processo de reflexão e discussão, a priorização de sete recomendações, dentre as mais de 160 destinadas ao Brasil, a partir de algumas premissas estabelecidas. Das sete recomendações, a Comissão de Solidariedade optou por monitorar duas recomendações alusivas ao tema da “educação”, dada a relação direta com sua finalidade e missão. Nesse sentido, foram compiladas informações que permeiam o cenário brasileiro e que poderão subsidiar a ONU quanto ao cumprimento das seguintes recomendações: “119.160 – Continuar con las estrategias educacionales a fin de que todos los niños se matriculen en la escuela y reciban una educación básica de calidad (Irán)” e “119.157 – Aplicar estrategias a fin de resolver los problemas con que se enfrenta la educación, especialmente en el nivel básico (Palestina)”. A República Federativa do Brasil, composta de 26 Estados e o Distrito Federal, com extensão territorial de 8.515.767,049 km2 divididos em 5. 570 municípios, possui uma população de aproximadamente 204 milhões de pessoas, dos quais 60 milhões têm menos de 18 anos de idade, o que equivale a quase um terço de toda a população de crianças e adolescentes da América Latina e do Caribe (UNICEF -2014). Em relação ao Índice de Desenvolvimento Humano Global (IDH), o Brasil ocupou em 2013 a 79ª posição, considerada de elevado desenvolvimento humano, segundo as Organizações das Nações Unidas (ONU). Considerado um país emergente, o Brasil ocupa o 7º lugar no ranking das maiores economias do mundo (IPEA/2013), com um Produto Interno Bruto (PIB) em 2014 de R$ 5,52 trilhões e renda per capita em 2014 (PIB per capita) de R$ 27.230 ou US$ 8.536. A taxa de
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desemprego no Brasil corresponde a 6,2% da população economicamente ativa (março de 2015) e 4,8% (taxa média anual de 2014). No campo das relações Internacionais, o Brasil é país membro da ONU; pertence ao Mercosul (Mercado Comum do Sul), à Unasul (União de Nações Sul-Americanas), à OMC (Organização Mundial de Comércio), à OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e aos BRICS (Brasil, Rússia, India, China e África do Sul). No que tange às políticas públicas, o Brasil assumiu como primeiro objetivo do milênio (ODM) a erradicação da pobreza extrema e da fome. No campo da infraestrutura, estabeleceu como meta contemplar 25 milhões de pessoas com novas moradias, por meio de programa governamental. No fim de 2013, o mercado de trabalho alcançou a mais elevada taxa de formalização (58%), conforme a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2014. O Brasil registrou em 2013 um universo de 40.366.236 estudantes matriculados na rede pública de educação básica – estadual e municipal, segundo dados preliminares do Censo Escolar. Os dados se referem à matrícula inicial no ensino regular – educação infantil (Creches e Pré-escola), Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e o Sistema de Educação Especial. Os números mostram que no ensino regular estão matriculados 39.712.698, e na educação especial estão 653.378 estudantes matriculados.
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Marco Referencial A Doutrina da Proteção Integral para a infância surge no contexto de construção da Declaração Universal dos Direitos da Criança, de 1959, pautada no princípio do interesse superior da criança como sujeito de direitos. Em 20 de novembro de 1989, a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) aprova por unanimidade a Convenção Internacional dos Direitos da Criança, que é assinada pelo Brasil, em 24 de setembro de 1990, e torna-se o tratado mais ratificado no mundo, além de representar o primeiro instrumento internacional a contemplar os Direitos Humanos numa dimensão mais ampla, inerentes à dignidade humana e ao desenvolvimento saudável e integral de toda criança, sem qualquer distinção. Na história internacional, a mudança de paradigma foi marcada pela doutrina da proteção integral, que reconhece a criança e o adolescente como sujeitos de direitos e remete ao Estado a garantia desses direitos, o que, por sua vez, dá início a importantes processos de discussão e de criação de normas específicas, no âmbito de vários países, inclusive do Brasil. Tal cenário internacional e a conjuntura de redemocratização impulsionada pelos movimentos sociais no Brasil contribuem, sobremaneira, no final da década de 1980, para maior incidência política da sociedade civil na defesa dos direitos de crianças e de adolescentes. Dessa mobilização surge a proposta de emenda popular denominada “Criança, Prioridade Nacional”, amparada em mais de um milhão de assinaturas, que resulta na inclusão do artigo 227 na Constituição Federal de 1988: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”. Dá-se início, então, ao processo de materialização do artigo 227, que resulta na aprovação da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A iniciativa simboliza um novo modelo de sociedade e demonstra a sintonia dos constituintes brasileiros com toda a discussão de âmbito internacional existente naquele momento, o que leva o Brasil a se tornar o primeiro país a adequar a legislação interna aos princípios consagrados pela Convenção das Nações Unidas, até mesmo antes da sua vigência obrigatória. Na Constituição Federal do Brasil, o Direito à Educação aparece no artigo 6º, entre os Direitos Sociais, ao lado da saúde, alimentação, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência social, entre outros. Sendo retomado posteriormente, no capítulo III, da Educação, da Cultura e do Desporto. O artigo 205 estabelece a educação como direitos de todos/as, dever do Estado e da família, reconhecendo a tarefa que cabe à sociedade na sua promoção e incentivo. No artigo 206, é
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citada a gestão democrática do ensino público, que preconiza a intersetorialidade como eixo fundamental das ações educativas. Tais artigos também dialogam diretamente com a educação integral. O Brasil vivenciou avanços consideráveis com a promulgação da Constituição Federal, de 1988, quando se garantiu a adoção de uma concepção ampla de educação, sua inscrição como direito social inalienável, a corresponsabilidade dos entes federados por sua efetivação e a ampliação dos percentuais mínimos de receitas para seu financiamento. Por conseguinte, vários instrumentos legais de grande impacto para a educação brasileira foram aprovados pelo Congresso Nacional na década de 1990, destacando-se a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB), de 1996, e a Emenda Constitucional nº 14/1996, que instituiu o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF). Os artigos 34 e 87 dizem respeito à educação integral. O artigo 2º da LDB afirma que a educação tem como finalidade o pleno desenvolvimento do educando e prepará-lo para exercitar sua cidadania. Já os artigos 34 e 86 trazem como agenda que o Ensino Fundamental seja oferecido em tempo integral de forma progressiva. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no artigo 53, mostra que toda criança e todo adolescente têm direito a uma educação que os prepare para seu desenvolvimento pleno, para a vida em uma perspectiva cidadã e o qualifique para o mundo do trabalho. O estatuto também traz o conceito de educação integral no artigo 59, que diz que municípios, estados e União devem facilitar o acesso de crianças e adolescentes a espaços culturais, esportivos e de lazer. Em 2014, foi aprovada a Lei 13.005, de 25 de junho de 2014, que trata do Plano Nacional de Educação (PNE) para o Decênio de 2014 a 2024, documento que estabelece as estratégicas das políticas de educação para o Brasil para o período de dez anos e a ampliação do financiamento da educação pública, chegando, em até dez anos, a 10% do Produto Interno Bruto (PIB). Vale também destacar as metas do PNE, que incluem a alfabetização de todas as crianças até o fim do terceiro ano do Ensino Fundamental, a erradicação do analfabetismo de brasileiros com 15 anos ou mais, a inclusão de todas as crianças de quatro e cinco anos na pré-escola e o acesso à creche para pelo menos metade das crianças de até três anos. O PNE contempla, ainda, o incentivo ao ensino profissionalizante de adolescentes e adultos e a formação continuada de professores. Contudo, parece indispensável reconhecer que a existência formal de dispositivos legais não é suficiente, tendo em vista os desafios ainda enfrentados para a universalização de uma educação que incorpore a qualidade necessária para formar estudantes, preparando-os efetivamente para o futuro.
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Metodologia O Brasil Marista é uma organização reconhecida por sua atuação na área de educação e dos direitos humanos, especialmente de crianças, adolescentes e jovens. Nessa perspectiva, a Instituição decidiu monitorar as recomendações da ONU ao Governo Brasileiro, fornecendo um relatório à FMSI para incidência política com vistas a fomentar a garantia dos direitos humanos pelo país. Ao Grupo de Trabalho de Direitos da Criança e do Adolescente (GTDCA), coube a responsabilidade de monitoramento das recomendações da ONU. Inicialmente, o GTDCA elencou sete recomendações, considerando o foco em crianças, adolescentes e jovens e a temática da educação. A partir de então, foi relacionada uma série de possíveis indicadores de monitoramento de tais recomendações, alinhados ao interesse do Brasil Marista, com as respectivas fontes a serem consultadas. Com a colaboração da “Move Avaliação Estratégica em Desenvolvimento Social”, o GTDCA realizou a depuração das recomendações a serem monitoradas e o levantamento das instituições que poderiam fornecer os dados e as informações que possibilitaram a construção da matriz de indicadores. Potenciais e fragilidades foram analisados, e a relevância, a confiabilidade e a viabilidade foram critérios importantes na escolha, o que possibilitou melhor análise das informações e a real dimensão de produção do informe de monitoramento. Face a isso, os indicadores foram reavaliados, obedecendo critérios de capacidade de gestão da informação e sua potência em mostrar dados viáveis e confiáveis. Dessa reflexão, resultou o descarte de alguns indicadores devido à falta de informações confiáveis e recorrentes. A Comissão de Solidariedade, que tem por finalidade discutir pautas estratégicas do Brasil Marista, acatou as preocupações manifestadas pelo GTDCA quanto à amplitude do monitoramento, concordando que fossem priorizadas apenas duas recomendações com foco na educação, a saber: a “RECOMENDAÇÃO 119.160 – Continuar con las estrategias educacionales a fin de que todos los niños se matriculen en la escuela y reciban una educación básica de calidad (Irán)” e a “RECOMENDAÇÃO 119.157 – Aplicar estrategias a fin de resolver los problemas con que se enfrenta la educación, especialmente en el nivel básico (Palestina)”. Uma vez definido o foco, o GTDCA priorizou seis indicadores para monitoramento da RECOMENDAÇÃO 119.160 e outros seis indicadores para monitoramento da RECOMENDAÇÃO 119.157. As fontes foram novamente consultadas na perspectiva de construção das recomendações pautadas em séries históricas que possibilitassem avaliar a trajetória de cada indicador nos últimos anos. Para construção da série histórica do indicador “Distorção Idade Série”, o GTDCA contou com a assessoria de um estatístico que procedeu a composição de microdados.
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Dada a complexidade, o GTDCA solicitou a contratação de uma assessoria especializada para o indicador “Percentual do Produto Interno Bruto – PIB”, a fim de que fossem agregadas todas as informações necessárias para melhor compreensão do assunto e, em especial, reflexão sobre os impactos do percentual aplicado pelo Brasil. Para tanto, foi recomendado pelo GTDCA a série histórica 2009/2011 dos percentuais do PIB brasileiro, aplicados à Educação Básica e discriminados em Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio; dados e análises comparadas com os Países da OCDE, em especial: os mais bem posicionados no PISA; países da América do Norte (Canadá, EUA, México), Central (Cuba e Guatemala) e da América Latina (Brasil, Chile, Argentina) e também com os BRICS; e uma síntese com análise crítica da série histórica comparada acerca dos percentuais do PIB aplicados à Educação Básica, de acordo com as indicações anteriores, com projeções de futuro ou estimativas teóricas para o período de vigência do PNE. A leitura dos demais indicadores também foi realizada por uma assessoria com experiência na área. Posteriormente, todos os indicadores foram objeto de análise e reflexão pelo GTDCA, que, então, elencou os destaques a serem incorporados no relato a ser oferecido à FMSI. Considerando a importância de todo o trabalho realizado, o GTDCA optou por produzir este documento referencial mais amplo contemplando todas as informações concernentes ao processo, trazendo as planilhas dos 12 indicadores, com as respectivas leituras, na análise e recomendações.
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5. Matriz de Indicadores para Monitoramento
RECOMENDAÇÃO 119.160 Continuar con las estrategias educacionales a fin de que todos los niños se matriculen en la escuela y reciban una educación básica de calidad (Irán).
DESCRIÇÃO FONTE 1.1. Distribuição (%) e número de crianças de 4 a 6 anos matriculadas na CADE educação da rede pública 1.2. Taxa bruta de transição do Ensino Fundamental ao Ensino Médio por ano CADE Ministério do Planejamento, Orçamento e 1.3. Percentual do PIB investido em educação Gestão, INEP 1.4. Distribuição percentual de alunos da educação básica em escolas de INEP/CENSO ESCOLAR tempo integral 1.5. Médias dos alunos, por área de conhecimento e redação, das escolas INEP públicas no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 1.6. Percentual de professores de educação básica (EI, EF e EM) com ensino INEP superior concluído
PERIODICIDADE Anual Anual Anual Anual Anual Anual
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1.1.Distribuição (%) e número de crianças de 4 a 6 anos matriculadas na pré-escola da rede pública nos anos 2008, 2010, 2011 e 2013 Unidade da Federação
Número de matrículas públicas de 4 a 6 anos na pré-escola (2008)
Número de matrículas públicas de 4 a 6 anos na pré-escola (2010)
Número de matrículas públicas de 4 a 6 anos na pré-escola (2011)
Número de matrículas públicas de 4 a 6 anos na pré-escola (2013)
População de 4 a 6 anos (2008)
População de 4 a 6 anos (2010)
População de 4 a 6 anos (2011)
População de 4 a 6 anos (2013)
Distribuição (%) (2008)
Distribuição (%) (2010)
Distribuição (%) (2011)
Distribuição (%) (2013)
Brasil
2.101.087
3.505.233
3.495.970
3.599.607
8.724.562
8.696.672
8.656.441
8.480.931
24,08
40,31
40,39
42,44
Acre
11.947
21.301
22.501
23.782
43.959
48.253
51.148
48.963
27,18
44,14
43,99
48,57
Alagoas
36.686
63.463
64.169
64.787
200.158
170.455
159.382
156.795
18,33
37,23
40,26
41,32
Amapá
8.413
15.408
15.740
17.438
40.865
42.036
41.831
42.721
20,59
36,65
37,63
40,82
Amazonas
54.656
89.884
91.264
94.825
229.378
229.439
238.802
240.166
23,83
39,18
38,22
39,48
Bahia
152.750
267.896
260.834
268.454
707.468
679.302
723.710
681.963
21,59
39,44
36,04
39,36
Ceará
104.519
181.628
176.831
174.396
387.364
400.249
390.804
382.196
26,98
45,38
45,25
45,63
Distrito Federal
24.817
36.418
32.479
32.456
111.537
118.018
113.602
114.303
22,25
30,86
28,59
28,39
Espírito Santo
38.994
77.030
79.660
82.973
158.287
153.619
156.097
165.103
24,63
50,14
51,03
50,26
Goiás
54.669
75.187
77.967
84.524
286.328
278.126
274.876
264.991
19,09
27,03
28,36
31,90
Maranhão
94.356
211.539
209.394
202.767
409.287
399.090
418.825
398.430
23,05
53,01
50,00
50,89
Mato Grosso
37.493
63.626
67.176
71.477
150.994
153.112
142.986
146.882
24,83
41,56
46,98
48,66
Mato Grosso do Sul
32.392
39.866
39.994
48.582
112.391
118.844
107.230
116.077
28,82
33,54
37,30
41,85
Minas Gerais
219.219
300.367
311.412
332.814
864.472
816.504
829.328
782.116
25,36
36,79
37,55
42,55
Pará
94.765
186.994
193.281
206.011
453.327
459.462
461.166
427.539
20,90
40,70
41,91
48,19
Paraíba
42.872
66.979
66.038
66.983
197.442
180.860
172.844
175.454
21,71
37,03
38,21
38,18
Paraná
120.212
131.201
137.861
149.025
451.668
448.929
416.205
439.496
26,62
29,23
33,12
33,91
Pernambuco
83.529
146.814
147.197
140.372
472.562
428.102
433.301
403.251
17,68
34,29
33,97
34,81
Piauí
38.883
77.154
77.901
79.784
153.124
157.111
171.919
155.007
25,39
49,11
45,31
51,47
Rio de Janeiro
126.851
190.874
197.276
195.232
572.459
626.953
612.878
615.392
22,16
30,44
32,19
31,72
Rio Grande do Norte
33.461
63.657
63.050
63.363
149.951
149.542
143.204
142.151
22,31
42,57
44,03
44,57
Rio Grande do Sul
93.011
119.430
123.231
125.233
426.962
417.614
420.755
387.240
21,78
28,60
29,29
32,34
Rondônia
18.291
29.855
31.356
32.333
79.230
81.198
79.534
74.008
23,09
36,77
39,42
43,69
Roraima
6.295
12.200
12.269
11.081
28.177
29.084
28.474
28.218
22,34
41,95
43,09
39,27
Santa Catarina
68.606
126.723
127.699
128.604
238.318
255.727
235.747
236.368
28,79
49,55
54,17
54,41
São Paulo
461.941
837.380
796.103
829.090
1.615.651
1.673.274
1.644.509
1.686.300
28,59
50,04
48,41
49,17
Sergipe
22.702
44.017
43.692
41.606
104.009
104.377
112.678
99.070
21,83
42,17
38,78
42,00
Tocantins
18.757
28.342
29.595
31.615
79.194
77.392
74.606
70.731
23,68
36,62
39,67
44,70
Fonte: Censo Escolar do MEC/INEP e IBGE - Censo Demográfico
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Diferença (%) do número de crianças de 4 a 6 anos matriculadas na Pré-escola da Rede Pública - de 2008-2010, 2008-2011 e 2008-2013 30 25 20 15 2008-2010
10
2008-2011 2008-2013
5
Tocantins
Sergipe
São Paulo
Santa Catarina
Roraima
Rondônia
Rio Grande do Sul
Rio Grande do Norte
Rio de Janeiro
Piauí
Pernambuco
Paraná
Paraíba
Pará
Minas Gerais
Mato Grosso do Sul
Mato Grosso
Maranhão
Goiás
Espírito Santos
Distrito Federal
Ceará
Bahia
Amazonas
Amapá
Alagoas
Acre
Brasil
0
Os dados indicam que em 2008 havia um universo de 8.724.562 crianças na faixa etária de 4 a 6 anos, das quais 2.101.087 estavam matriculadas em escolas públicas, o que representava 24,08% dessa população. Em 2010, houve diminuição dessa faixa etária, que passou a representar um universo de 8.696.672 crianças, das quais 3.505.233 estavam matriculadas em escolas públicas, implicando em uma distribuição percentual de 40,31%. No ano de 2011, esta população era de 8.656.441 crianças, dentre estas, 3.495.970 encontravam-se matriculadas em escolas públicas, o que representava 40,39% dessa faixa etária. Os registros indicam que em 2013 houve queda na população da faixa etária de 4 a 6 anos, passando esse universo para 8.480.931 crianças, sendo que estavam matriculadas em escolas públicas 3.599.607, ou seja, 42,44% dessa clientela. De 2008 para 2013, percebe-se um incremento de 1.498.520 crianças de 4 a 6 anos matriculadas nas escolas da rede pública, implicando numa diferença proporcional de mais 18,36% matrículas. Apesar da trajetória crescente no número de matrículas e na distribuição percentual da população matriculada, os dados de 2013 indicam que apenas 42,44% das crianças de 4 a 6 anos encontravam-se matriculadas em escolas da rede pública no país, restando, ainda, 57,56% sem tal cobertura. Considerando que, em 2013, o Brasil registrou uma distribuição percentual de crianças de 4 a 6 anos de idade matriculadas em escolas da rede pública de 42,44%, observa-se que apenas 11 Unidades da Federação apresentaram valores maiores, são elas: Acre (48,57%), Ceará (45,63%), Espírito Santo (50,26%), Maranhão (50,89), Mato Grosso (48,66%), Minas gerais (42,55%), Pará (48,19%), Piauí (51,47%), Rio Grande do Norte (44,57%), Rondônia (43,69%), Santa Catarina (54,41%), São Paulo (49,17%) e Tocantins (44,70%). O Distrito Federal e os estados do Rio de Janeiro e de Goiás apresentaram, em 2013, as menores distribuições percentuais de crianças de 4 a 6 matriculadas em escolas públicas, ou seja, respectivamente, 28,39%, 31,72% e 31,90%. RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
15
1.2.Taxa bruta de transição do Ensino Fundamental ao Ensino Médio nos anos 2008, 2010, 2011, 2012 e 2013 Unidade da Federação
Taxa bruta de transição do Ensino Fundamental ao Médio (2008)
Taxa bruta de transição do Ensino Fundamental ao Médio (2010)
Taxa bruta de transição do Ensino Fundamental ao Médio (2011)
Taxa bruta de transição do Ensino Fundamental ao Médio (2013)
Matrículas do 1º ano do Ensino Médio (2008)
Matrículas do 1º ano do Ensino Médio (2010)
Matrículas do 1º ano do Ensino Médio (2011)
Matrículas do 1º ano do Ensino Médio (2013)
Brasil
68,05
68,69
72,06
68,38
1.606.109
1.735.337
1.938.629
1.806.169
Acre
72,14
61,85
67,98
68,13
6.737
7.619
9.475
10.667
Alagoas
61,45
56,14
58,82
48,23
18.567
22.182
29.449
23.025
Amapá
70,22
74,81
78,40
72,56
6.726
7.589
8.416
8.089
Amazonas
69,43
63,44
71,04
58,84
26.957
32.459
43.325
37.389
Bahia
59,08
53,92
62,47
54,56
89.524
92.022
117.560
99.155
Ceará
67,10
72,09
74,38
67,50
75.755
87.102
93.135
78.547
Distrito Federal
65,46
75,34
77,23
70,50
16.364
19.696
21.627
21.595
Espírito Santo
71,23
67,52
72,94
68,82
30.417
29.185
32.713
29.356
Goiás
62,08
69,01
68,53
65,19
49.547
54.551
61.498
53.861
Maranhão
63,19
62,17
66,28
61,39
49.847
56.933
69.950
66.111
Mato Grosso
65,86
71,53
78,63
77,38
27.551
32.306
37.151
39.401
Mato Grosso do Sul
71,32
73,00
71,43
63,90
20.597
22.169
24.956
23.624
Minas Gerais
66,32
67,19
73,87
72,54
182.978
183.876
205.952
180.803
Pará
56,11
53,92
60,64
51,22
43.866
47.306
60.354
53.010
Paraíba
60,65
58,45
64,68
60,88
23.411
26.064
31.057
28.335
Paraná
73,45
76,68
75,22
72,71
107.689
121.275
126.004
114.046
Pernambuco
60,03
61,28
63,76
56,63
54.500
65.052
77.841
69.830
Piauí
64,89
63,13
70,48
61,67
19.768
22.560
28.856
25.625
Rio de Janeiro
65,67
57,40
62,61
64,33
92.836
91.536
102.875
100.652
Rio Grande do Norte
65,22
65,32
70,20
63,18
21.157
23.368
27.262
21.867
Rio Grande do Sul
69,20
71,33
72,77
72,38
89.277
93.733
98.668
92.517
Rondônia
66,93
66,89
71,37
66,06
14.584
16.291
18.284
16.281
Roraima
65,82
75,68
72,71
64,29
4.178
5.150
5.748
5.748
Santa Catarina
72,02
77,03
76,74
74,15
58.125
66.157
67.358
80.727
São Paulo
74,80
78,52
80,83
79,44
449.062
480.840
503.969
494.015
Sergipe
63,38
53,72
66,49
56,82
11.295
11.436
15.514
13.918
Tocantins
72,89
73,65
72,64
71,91
14.794
16.880
19.632
17.975
Fonte: Microdados do Censo Escolar 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013 - MEC/ INEP
16
RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
Diferença entre as taxas brutas de transição do Ensino Fundamental ao Ensino Médio - de 2008-2010, 2008-2011 e 2008-2013 15 12 9 6 2008-2010
3 Tocantins
Sergipe
São Paulo
Santa Catarina
Roraima
Rondônia
Rio Grande do Sul
Rio Grande do Norte
Rio de Janeiro
Piauí
Pernambuco
Paraná
Paraíba
Pará
Minas Gerais
Mato Grosso
Maranhão
Goiás
Espírito Santos
Ceará
Bahia
Amapá
Alagoas
Mato Grosso do Sul
-12
Distrito Federal
-9
Amazonas
-6
Acre
-3
2008-2011 Brasil
0
2008-2013
-15
Em 2008, a taxa bruta de transição do Ensino Fundamental ao Ensino Médio do Brasil foi de 68,05%, o que representa 1.606.109 matrículas. No ano de 2010, essa taxa teve um incremento, passando para 68,69%, ou seja, 1.735.337 matrículas. O ano de 2011 registrou mais um incremento, com registro de uma taxa de 72,06%, correspondendo a 1.938.629 matrículas. O ano de 2013 foi marcado por uma queda na taxa, que passou a ser de 68,38%, implicando em 1.806.169 matrículas. Ao comparar a trajetória dessa taxa de transição do País de 2008 para 2013, observa-se que houve um pequeno incremento que corresponde a uma diferença proporcional de 0,33%, ou seja, 200.060 novos ingressos do Ensino Fundamental ao Ensino Médio. Por outro lado, muitas Unidades da Federação apresentaram em 2013 valores abaixo da taxa brasileira de 68,38%, a saber: Acre (68,13%), Alagoas (48,23%), Amazonas (58,84%), Bahia (54,56%), Ceará (67,50%), Goiás (65,19%), Maranhão (61,39%), Mato Grosso do Sul (63,90%), Pará (51,22%), Paraíba (60,88%), Pernambuco (56,63%), Piauí (61,67%), Rio de Janeiro (64,33%), Rio Grande do Norte (63,18%), Rondônia (66,06%), Roraima (64,29%) e Sergipe (56,82%).
RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
17
Somente o Distrito Federal (70,50%) e os estados do Amapá (72,56%), Espírito Santo (68,82%), Mato Grosso (77,38%), Minas Gerais (72,54%), Paraná (72,71%), Rio Grande do Sul (72,38%), Santa Catarina (74,15%), São Paulo (79,44%) e Tocantins (71,91%) registraram taxas acima da taxa do Brasil. 1.3. – Investimento público total em Educação como percentual do PIB (Escolas Públicas e Privadas) Ano
Educação Infantil
Ensino Fundamental (1o ao 5o anos)
Ensino Fundamental (6o ao 9o anos)
Ensino Médio
Educação Superior
TOTAL
2009
0,40
1,85
1,77
0,77
0,93
5,71
2010
0,44
1,82
1,73
0,87
0,95
5,82
2011
0,54
1,77
1,67
1,06
1,08
6,12
2012
0,64
1,83
1,66
1,17
1,11
6,40
2013
0,69
1,80
1,68
1,22
1,20
6,58
1.3.1. - Investimento público direto em Educação como percentual do PIB (Somente Escolas Públicas) Ano
Educação Infantil
Ensino Fundamental (1o ao 5o anos)
Ensino Fundamental (6o ao 9o anos)
Ensino Médio
Educação Superior
TOTAL
2009
0,36
1,63
1,55
0,66
0,75
4,95
2010
0,39
1,62
1,51
0,75
0,78
5,05
2011
0,46
1,57
1,46
0,90
0,88
5,26
2012
0,56
1,62
1,46
1,01
0,85
5,49
2013
0,60
1,60
1,47
1,02
0,85
5,55
Fonte: (BRASIL.INEP, 2015)
1.3.2. Evolução da quantidade de pessoas em idade educacional adequada Nível/Etapa Educacional
Faixa etária (anos)
2013
2024 (Final do PNE)
2054
Creche
0a3
12.035.305
10.525.848
7.587.874
Pré-Escola
4e5
6.268.537
5.434.160
3.922.748
Ensino Fundamental
6 a 14
30.227.810
26.145.927
18.864.217
Ensino Médio
15 a 17
10.296.897
9.437.735
6.740.342
Educação Superior
18 a 24
23.945.816
23.399.619
16.445.408
População em idade educacional
0 a 24
82.774.365
74.943.289
53.560.589
População Total do Brasil
0 a 90+
201.032.714
217.193.093
223.770.235
Fonte: (BRASIL.INEP, 2014)
18
RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
1.3.3. – Recursos financeiros aplicados no setor educacional por pessoa em idade educacional para os países selecionados para este estudo País
% PIB aplicado em educação*
PIB em US$/PPP bilhões (de 2014, estimados)
OCDE Valores médios de todos os países
5,5
49.384,3
Canadá
5,4
Estados Unidos México
Total de recursos em educação (US$/PPP bilhões)
População em idade educacional (de 2014, estimados)
Valor aplicado por pessoa em idade educacional (US$/PPP)
Fator de Multiplicação (FM)
2.726,30
395.893.792
6.886,45
1,0
1.579,0
85,27
9.823.425
8.679,86
0,8
5,4
17.460,0
942,84
105.553.286
8.932,36
0,8
5,1
2.143,0
109,29
55.331.861
1.975,23
3,5
Cuba
12,8
128,5
16,45
3.303.128
4.979,52
1,4
Guatemala
3,0
118,7
3,56
8.539.249
417,02
16,5
AMÉRICA DO NORTE
AMÉRICA CENTRAL
AMÉRICA LATINA Brasil
5,8
3.073,0
178,23
81.670.686
2.182,35
3,2
Chile
4,5
410,3
18,46
6.424.641
2.873,86
2,4
Argentina
6,3
927,4
58,43
17.467.896
3.344,78
2,1
Brasil
5,8
3.073,0
178,23
81.670.686
2.182,35
3,2
Rússia
4,1
3.568,0
146,29
38.609.444
3.788,92
1,8
Índia
3,2
7.277,0
232,86
576.136.590
404,18
17,0
China
SI
17.630,0
-
431.110.239
-
-
África do Sul
6,0
683,1
40,99
23.462.188
1.746,90
3,9
BRICS
Fonte: (EUA.CIA, 2015) e elaboração deste estudo; * - Diversos anos; SI – Sem Informação RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
19
1.3.3 – Região 3 – Creche e Pré-escola: resultado do PISA e valor aplicado por estudante País
Resultado do PISA (2012)
Valor aplicado por estudante (2011) (US$/PPP)
Chile
436
5.083,00
Israel
474
4.058,00
México
417
2.568,00
Eslováquia
472
4.653,00
Turquia
462
2.412,00
Argentina
397
1.979,00
Brasil
402
2.349,00
Colômbia
393
3.491,00
Indonésia
384
205,00
Valor Médio
426
2.978,00
Fonte: (BRASIL.INEP, 2015a) e (OCDE, 2015) e análises deste estudo
20
RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
Para uma análise completa do percentual de investimento do PIB em educação, há a necessidade da utilização de duas outras informações: o valor do PIB do país e o tamanho do alunado a ser atendido, o que pode ser expresso, por exemplo, pela quantidade de pessoas do país que estão em idades educacionais adequadas. Nota-se que, nos últimos anos, foram aplicados no segmento privado recursos financeiros, em relação ao PIB, variando de 0,76 pontos percentuais em 2009 a 1,03 pontos em 2013. Considerando-se que, em 2013, o Investimento Público Total em Educação foi de 6,58% do PIB e que o PIB de 2013 foi de R$ 4.837.950.216,00, conclui-se que foram aplicados na educação brasileira, em todos os entes federados e todos os níveis, etapas e modalidades, um total de R$ 318 bilhões. Desses recursos, o equivalente a 1,03 pontos percentuais do PIB se dirigiram para o segmento privado, um total de R$ 50 bilhões. Com a aprovação do PNE (2014-2024), o volume dos recursos a ser destinado para o segmento privado pode atingir 1,5 ponto percentual do PIB, segundo a Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação (Fineduca), que, em nota pública, ressaltou: “Levantamentos iniciais indicam que essa contabilização já significa uma redução para cerca de 8,5% do PIB em investimentos no setor público de ensino” (FINEDUCA, 2014). Pode-se afirmar, portanto, que os recursos equivalentes a 8,5% do PIB serão insuficientes para cumprir as metas do PNE até 2024. O Brasil deve aumentar o tamanho de seu PIB, ou seja, o país precisa crescer a sua riqueza. A quantidade de pessoas em idade educacional adequada, decrescente, colaborará para que os valores aplicados por pessoa em idade educacional se elevem no Brasil. Projeções realizadas pelo IBGE mostram que isso ocorrerá fortemente até 2054. A evolução até 2054 explicita uma grande queda percentual de 35%, passando de 82.774.365 para 53.560.589 crianças e jovens de 0 a 24 anos. Com o aumento do tamanho do PIB brasileiro e uma estabilização de sua população total, haverá, consequentemente, uma elevação da renda per capita, e esta elevação precisa ser acompanhada pela diminuição da grande desigualdade socioeconômica existente no Brasil, para que se elevem também a riqueza cultural das famílias dos estudantes, fator importante no desempenho educacional das crianças e jovens de um país. O valor médio aplicado pela OCDE foi de US$/PPP 6.886,45 e, na América Latina, os países selecionados, Brasil, Chile e Argentina, aplicaram valores que precisariam ser multiplicados por 3,2, 2,4 e 2,1, respectivamente, para atingir a média da OCDE. Ressalte-se que, com essas informações, o Brasil teria que aplicar o equivalente a 18,56% do PIB para alcançar essa média, o que é um percentual extremamente alto, ou seja, precisará manter durante as próximas décadas, nos próximos Planos Nacionais de Educação (PNE), elevados valores financeiros em educação para que, no futuro, a conjunção de crescimento do PIB com a diminuição da população em idade educacional adequada possa resultar em um valor por pessoa que seja equivalente ao da média da OCDE. A educação brasileira possui muitos pontos de estrangulamento quando se discute sobre sua qualidade: baixos salários dos professores; infraestrutura deficiente das escolas/instituições; titulação dos professores incompatível com a docência em diferentes níveis, etapas e modalidades educacionais; grande desigualdade dos estudantes, tanto no nível cultural quanto econômico, etc. Adotando como referencial de qualidade a pontuação média obtida pelos estudantes ao realizarem a prova do Programme for International Student Assessment (PISA) ou Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, em português, verifica-se que os países que possuem pontuações mais elevadas no PISA desenvolveriam processos educacionais que levam a uma maior qualidade. O Gráfico alusivo à tabela 1.3.3 possibilita a comparação das quatro regiões, sendo que: a Região 1 é constituída por países que aplicaram, por aluno, recursos abaixo da média do conjunto dos países e obtiveram como resultado na prova do PISA um valor acima da média do PISA do conjunto de países; a Região 2, em que estão aqueles países que aplicaram, por aluno, um valor maior do que a média e obtiveram um resultado para a prova também acima da média; a Região 3 apresenta os países que aplicaram valores por aluno menores do que a média e, também, apresentaram resultados para o PISA abaixo da média; e, por fim, a Região 4, que conta com aqueles países que aplicaram RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
21
valores por estudante acima da média e apresentaram valores abaixo da média para o PISA. O valor médio aplicado pelos países da Região 1 foi de US$/PPP 5.453,00 e o valor médio do PISA foi de 507 pontos. São, portanto, países que podem ser considerados altamente “eficientes” quando se analisa simplesmente a relação entre os valores aplicados por estudante e os resultados do PISA. A Região 3 mostra os países que aplicaram valores por estudante menores do que a média de todos os países da tabela 01 e que obtiveram resultados do PISA também menores que os da média de todos os países. O valor médio aplicado por estudante foi de US$/PPP 2.978,00, bem mais baixo que aquele da Região 1, que foi de US$/PPP 5.453,00. O valor médio do resultado do PISA foi, também, bem mais baixo, de 426, comparado com 507 dos países da Região 1. Nota-se que o Brasil se encontra na Região 3, aplicando por estudante da Creche e da Pré-Escola o valor de US$/PPP 2.349,00, considerando-se as informações da OCDE (OCDE, 2015). Pode-se concluir, portanto, que, apesar de não existir uma relação direta entre o valor aplicado por estudante e resultado do PISA, os dados nos mostram que deve existir um valor limite a ser aplicado por estudante, já que um valor menor que este interferiria no resultado do PISA. Considerando que serão necessários valores financeiros da ordem de US$/PPP 293 bilhões para que o Brasil possa atingir apenas as metas 1, 2, 3, 11, 12 e 14 do PNE, aplicando por estudante os valores limites, e que este volume de recursos representará 8,5% do PIB, podemos concluir que o PIB de 2024 deveria ser da ordem de US$/PPP 3.447 bilhões. O PIB do Brasil em 2013 foi de US$/PPP 2.416 bilhões (EUA.CIA, 2015), e atingir em 2024, transcorridos 10 anos, um PIB de US$ 3.337 bilhões implica em um aumento do valor do PIB, acumulado, de 42,7%. Isso só será possível se no período 2014-2024 houver um crescimento anual médio do PIB em torno de 1,46%. 1.4 Matrículas no Ensino Fundamental por dependência administrativa segundo duração do turno de escolarização – Brasil 2010-2013 Total Geral
2010
Pública
Privada
Total
Tempo Integral
Percentual de matrículas
Total
Tempo Integral
Percentual de matrículas
Total
Tempo Integral
Percentual de matrículas
31.005.341
1.327.129
4,3%
27.064.103
1.264.309
4,7%
3.941.238
63.120
1,7%
2011
30.358.640
1.756.058
5,8%
26.256.179
1.686.407
6,4%
4.102.461
69.651
1,7%
2012
29.702.498
2.184.079
7,4%
25.431.566
2.101.735
8,3%
4.270.932
82.344
1,9%
2013
29.069.281
3.171.638
10,9%
24.694.440
3.079.030
12,5%
4.374.841
92.608
2,1%
Fonte: INEP/Censo Escolar
Nota: O tempo integral é calculado somando-se a duração da escolaridade com a duração do atendimento complementar. Considera-se tempo integral quando a soma for superior ou igual a sete horas.
22
RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
15
12
9
6
2010 2011
3
2012 2013
0 Total Geral
Pública
Privada
O número de matrículas em tempo integral no Ensino Fundamental no ano de 2010, considerando a jornada diária de sete horas ou mais, em que o aluno, durante todo o período letivo, permanece na escola em atividades escolares, foi de 1.327.129, ou seja, 4,3% de um universo de 31.005.341 matrículas realizadas. Em 2011, a percentagem subiu para 5,8%, representando 1.756.058 matrículas de um universo de 30.358.640; em 2012, passou para 7,4%, implicando em 2.184.079 matrículas de um total de 29.702.498 e, em 2013, chegou a 10,9%, o que representa 3.171.638 matrículas em tempo integral de um montante de 29.069.281 matrículas no Ensino Fundamental. Ao segregar os números por dependência administrativa, observa-se que em 2010 as matrículas em tempo integral na rede pública foram de 4,7% contra 1,7% na rede privada, ou seja, 1.264.309 e 63.120 matrículas respectivamente. No ano de 2011, a rede pública registrou 1.686.407 (6,4%) matrículas em tempo integral e a rede privada 69.651 (1,7%). Os dados de 2012 indicam que, do total, de 2.184.079 matrículas em tempo integral no Ensino Fundamental, 2.101.735 (8,3%) foram na rede pública e 82.344 (1,9%) na rede privada. Em 2013, a rede pública contabilizou um total de 3.079.030 matrículas em tempo integral, o que representa 12,5%, e a rede privada 92.608, implicando em 2,1%. Considerando que, em 2013, foram realizadas 29.069.281 matrículas no Ensino Fundamental e, que, destas, 10,9% foram em período integral, resta, ainda, um montante de 25.897.643 alunos aos quais não foi oferecido o tempo integral, ou seja, 89,10% dos matriculados.
RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
23
1.5. Médias dos alunos por área de conhecimento e redação das Escolas Públicas no ENEM- 2010, 2011 e 2012 2010
2011
2012
UF
NotaCN
NotaCH
NotaLC
NotaMT
NotaRD
NotaCN
NotaCH
NotaLC
NotaMT
NotaRD
NotaCN
NotaCH
NotaLC
NotaMT
NotaRD
AC
449,82
507,68
476,39
450,38
557,88
423,43
438,41
486,53
457,39
512,20
439,12
479,79
456,57
440,20
460,97
AL
436,23
494,97
452,47
441,76
550,82
423,20
433,32
484,88
455,42
502,23
455,39
502,40
466,80
476,50
503,01
AM
441,20
494,37
461,93
441,26
587,18
420,92
431,19
481,04
453,38
527,67
433,16
483,63
455,75
442,42
504,52
AP
453,16
517,79
488,20
460,64
591,90
431,96
449,34
493,27
455,14
527,03
435,95
493,05
459,12
441,31
489,85
BA
457,21
512,98
478,88
458,91
575,02
440,65
458,37
501,72
479,17
529,23
458,01
514,32
482,07
487,27
503,13
CE
442,50
490,58
461,89
448,73
564,04
423,97
430,65
482,89
460,96
497,45
432,24
474,51
449,92
443,00
450,03
DF
480,28
544,68
521,41
500,68
583,79
459,18
478,17
525,23
505,06
539,69
458,82
521,01
496,57
501,77
520,08
ES
460,46
508,63
480,81
475,60
553,33
446,92
449,86
498,46
493,42
504,09
456,45
494,31
469,35
482,68
452,76
GO
475,99
528,36
497,57
484,91
575,70
449,45
458,33
506,60
497,94
522,77
452,72
498,72
475,26
479,63
466,59
MA
446,88
497,84
462,82
444,75
567,23
422,47
432,72
482,76
452,85
513,88
438,26
489,20
459,61
448,71
462,56
MG
488,42
537,13
511,51
515,74
586,26
468,54
474,85
520,56
528,79
538,93
473,06
519,05
493,68
520,73
507,58
MS
468,22
522,79
491,72
478,34
573,56
447,22
455,09
502,30
493,51
528,44
449,82
498,80
471,82
477,53
465,80
MT
461,64
516,17
483,85
470,01
563,10
440,26
449,47
496,21
478,40
509,66
445,02
494,98
467,49
465,59
475,59
PA
455,86
515,83
476,36
456,25
582,06
430,58
445,75
487,01
460,10
507,73
440,21
490,03
459,19
445,22
474,20
PB
455,92
505,96
480,68
457,77
576,26
431,93
442,39
493,60
468,69
518,08
441,82
492,06
461,61
457,69
478,78
PE
477,23
528,39
500,85
491,88
592,32
443,73
454,37
504,28
488,76
521,10
455,75
504,21
475,10
481,69
483,11
PI
451,94
498,76
467,28
444,78
556,61
426,96
435,74
483,70
461,05
500,94
436,56
482,41
453,45
447,86
443,15
PR
484,91
536,27
509,93
505,15
580,11
461,11
469,33
515,92
512,56
528,03
469,21
518,53
490,42
506,16
498,71
RJ
489,19
548,21
523,90
520,40
607,06
467,00
479,01
529,36
525,77
557,53
468,48
524,29
496,55
516,23
520,84
RN
449,91
500,33
469,86
452,00
572,72
431,33
443,05
494,65
469,29
514,26
439,97
486,61
460,01
456,18
474,27
RO
462,62
518,38
481,89
468,89
555,24
442,50
451,78
496,63
480,11
506,57
449,87
493,81
465,93
467,34
468,61
RR
443,76
499,06
465,70
447,76
568,14
428,90
442,83
491,50
467,18
523,06
441,16
489,81
461,50
457,36
479,39
RS
488,63
539,09
513,01
513,96
589,59
466,80
473,09
523,19
526,63
560,75
474,54
517,40
492,02
520,50
504,42
SC
482,23
530,95
500,38
501,06
583,37
471,79
477,66
517,46
530,61
549,82
472,41
513,60
481,34
506,72
502,50
SE
438,84
494,07
458,61
437,12
557,05
424,42
441,97
484,14
455,90
517,86
437,63
486,04
455,73
449,75
457,52
SP
488,53
545,12
524,22
519,57
600,55
466,90
475,98
529,11
526,43
555,36
476,16
532,86
509,55
531,93
522,99
TO
453,58
507,69
473,40
454,42
563,09
426,57
437,40
483,59
462,40
504,97
438,57
489,15
464,85
455,91
450,33
Fonte: Microdados ENEM/CENSO - INEP
24
RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
1.5. Médias dos alunos por área de conhecimento e redação das Escolas Públicas no ENEM - 2010, 2011 e 2012 2010
2011
2012
REGIÃO
Nota CN
Nota CH
Nota LC
Nota MT
Nota RD
Nota CN
Nota CH
Nota LC
Nota MT
Nota RD
Nota CN
Nota CH
Nota LC
Nota MT
Nota RD
Centro-oeste
470,82
527,11
497,54
482,55
573,66
449,04
459,88
507,32
494,27
525,07
451,74
503,03
477,61
481,15
480,56
Nordeste
451,79
502,85
471,87
455
570,31
430,61
441,3
490,64
467,62
511,87
441,05
488,03
460,1
456,81
465,85
Norte
450,35
506,16
471,53
452,33
575,96
428,48
440,93
486,74
461,21
514,61
439,58
488,16
459,86
449,04
478,33
Sudeste
484,85
538,02
513,98
512,5
590,43
465,41
473,44
523,2
523,71
545,07
471,33
522,23
497,1
519,47
509,82
Sul
486,21
536,62
509,59
508,66
585,37
465,28
472,24
519,75
521,83
547,08
472,33
517,09
489,51
513,07
502,12
Fonte: Microdados ENEM/CENSO - INEP
Legenda: CN Ciências da Natureza - CH Ciências Humanas - LC Linguagens e Códigos - MT Matemática - RD Redação 700 600 500 Centro-Oeste 400
Nordeste Norte
300
Sudeste Sul
200 100 0 2010
2011
2012
Ciências da Natureza
2010
2011
Ciências Humanas
2012
2010
2011
2012
Linguagens e Código
2010
2011
Matemática
2012
2010
2011
2012
Redação
RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
25
A maior média dos alunos por área de conhecimento de “Ciências da Natureza” foi registrada em 2010 na Região Sudeste do País (484,85) e a menor média em 2011 na Região Norte (428,48). Comparando os dados de 2010 e 2012, observa-se uma queda nas médias dos alunos em todas as regiões do País. No Centro-oeste, passou de 470,82 para 451,74; no Nordeste, de 451,79 para 441,05; no Norte, de 450,35 para 439,58; no Sudeste, de 484,85 para 471 e, no Sul, de 486,21 para 472,33. Em relação à área de conhecimento de “Ciências Humanas”, a maior média foi verificada em 2010 na Região Sudeste (538,02) e a menor média em 2011 ficou na Região Norte (440,93). Observando as médias de 2010 e de 2012, verifica-se diminuição nas cinco regiões do País, que apresentaram o seguinte comportamento: Região Centro-oeste passou de 527,11 para 503,03; Nordeste, de 502,85 para 488,03; Norte, de 506,16 para 488,16; Sudeste, de 538,02 para 522,23 e, Sul, de 536,62 para 517,09. Considerando a área de conhecimento relacionada a “Linguagens e Códigos”, a maior média foi constatada em 2011 na Região Sudeste (523,20) e a menor média foi em 2012 na Região Nordeste (459,86). Os dados revelam diminuição nas médias quando comparadas entre 2010 e 2012, a saber: Região Centro-oeste caiu de 497,54 para 477,61; Região Nordeste caiu de 471,87 para 460,10; Região Norte caiu de 471,53 para 459,86; Região Sudeste caiu de 513,98 para 497,10 e Região Sul caiu de 509,59 para 489,51. A maior média na área de conhecimento da “Matemática” foi registrada em 2011 na Região Sudeste (523,71) e a menor média em 2012 na Região Norte (449,04). Do ano de 2010 para 2011, observa-se que as médias subiram em todas as regiões do País, mas caíram do ano de 2011 para o ano de 2012, conforme a seguir: Centro-oeste de 494,27 para 481,15; Nordeste de 467,62 para 456,81; Norte de 461,21 para 449,04; Sudeste de 523,71 para 519,47 e Sul de 521,83 para 513,07. Quanto à área de conhecimento em “Redação”, a maior média foi identificada no ano de 2010 na Região Sudeste (590,43) e a menor média no ano de 2012 na Região Nordeste (465,85). A trajetória de 2010 para 2012 demonstra queda nas médias em todas as Regiões, ou seja: Região Centro-oeste passou de 573,66 para 480,56; Região Nordeste passou de 570,31 para 465,85; Região Norte passou de 575,96 para 478,33; Região Sudeste passou de 590,43 para 509,82 e Região Sul passou de 585,37 para 502,12. Em relação a todas as áreas de conhecimento avaliadas nos anos de 2010, 2011 e 2012, verifica-se que a maior média foi computada em “Redação” na Região Sudeste no ano de 2010, ou seja, 590,43. Por outro lado, a menor média registrada foi em “Ciências da Natureza, no ano de 2011, na Região Norte (428,48).
26
RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
1.6 A Percentual de funções docentes com curso superior por etapa/modalidade de ensino Zona Urbana REGIÃO
Educação Infantil
Ensino Fundamental
Centro-oeste
Creche (2011)
Creche (2012)
Pré-escola (2011)
Pré-escola (2012)
Anos Iniciais (2011)
Anos Iniciais (2012)
Anos Finais (2011)
Anos Finais (2012)
Federal
74,40
77,00
89,80
83,00
91,10
92,20
99,30
97,90
Ensino Médio (2011)
Ensino Médio (2012)
Educação Profissional (2011)
Educação Profissional (2012)
EJA (2011) EJA (2012) Educação Especial (2011)
Educação Especial (2012)
97,10
97,00
96,90
97,20
97,50
90,50
97,00
90,20
Estadual
70,10
68,70
78,80
81,90
80,30
83,80
93,90
94,00
93,60
93,70
95,30
95,50
92,40
93,20
87,50
90,40
Municipal
59,90
64,60
66,60
71,10
71,80
76,20
86,30
87,90
88,80
90,90
92,30
92,80
77,50
80,50
77,50
82,00
Privada
41,10
45,30
44,40
46,90
60,80
62,10
85,90
85,70
91,30
91,50
83,90
83,30
87,50
87,50
77,80
81,50
Pública
60,00
64,60
66,80
71,20
73,90
78,00
91,00
91,60
93,70
93,80
95,50
95,80
87,20
88,60
81,30
85,10
Fonte: MEC/INEP/DEED/CSI
1.6 B Percentual de funções docentes com curso superior por etapa/modalidade de ensino Zona Rural REGIÃO
Educação Infantil
Ensino Fundamental
Centro-oeste
Creche (2011)
Creche (2012)
Pré-escola (2011)
Pré-escola (2012)
Anos Iniciais (2011)
Anos Iniciais (2012)
Anos Finais (2011)
Anos Finais (2012)
Federal
92,90
100,00
66,70
77,80
81,80
81,80
90,90
81,80
Ensino Médio (2011)
Ensino Médio (2012)
Educação Profissional (2011)
Educação Profissional (2012)
EJA (2011) EJA (2012) Educação Especial (2011)
Educação Especial (2012)
98,80
98,70
99,60
99,10
99,20
--
98,30
--
Estadual
45,80
20,00
35,00
35,40
58,60
61,90
78,30
79,20
84,80
86,90
92,10
92,00
75,10
76,70
79,00
82,90
Municipal
33,20
38,00
35,70
39,80
42,00
46,10
49,80
52,90
66,90
71,50
82,20
91,70
35,30
38,30
48,10
58,40
Privada
20,00
22,50
26,90
28,80
43,70
45,30
70,60
72,40
80,10
83,40
84,80
90,20
73,80
73,20
80,50
77,10
Pública
33,40
38,00
35,70
39,70
43,40
47,30
54,70
57,40
84,80
87,10
95,60
95,50
44,60
47,40
55,80
63,70
Fonte: MEC/INEP/DEED/CSI
RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
27
0
28 Ensino Médio (2012)
Ensino Médio (2011)
Anos Finais (2012)
Anos Finais (2011)
Anos Iniciais (2012)
Anos Iniciais (2011)
Pré-escola (2012)
Pré-escola (2011)
Educação Especial (2012)
Educação Especial (2011)
EJA (2012)
EJA (2011)
Educação Profissional (2012)
Educação Profissional (2011)
RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
Creche (2012)
Educação Especial (2012)
Educação Especial (2011)
EJA (2012)
EJA (2011)
Educação Profissional (2012)
Educação Profissional (2011)
Ensino Médio (2012)
Ensino Médio (2011)
Anos Finais (2012)
Anos Finais (2011)
Anos Iniciais (2012)
Anos Iniciais (2011)
Pré-escola (2012)
Pré-escola (2011)
Creche (2012)
Creche 2011
0
Creche 2011
100
80
60
40 Federal
Estadual
20 Municipal
Privada
Pública
100
80
60
40 Federal
Estadual
20 Municipal
Privada
Pública
O percentual de docentes na área urbana com curso superior atuantes em “Creches” no ano de 2012 foi mais representativo na rede federal (77%) e menos expressivo na rede municipal (64,6%). Considerando a rede pública e privada, os números mostram que, respectivamente, 64,6% e 45,3% dos docentes têm curso superior. Na modalidade de ensino da educação infantil “Pré-escola”, a rede federal registrou o maior percentual, de 83% dos docentes com curso superior, e a rede municipal o menor percentual, de 71,2%. Em relação à rede pública, 71,2% dos docentes tinham curso superior e na rede privada apenas 46,9%. Os dados da área urbana revelam que no “Ensino Fundamental – Anos Iniciais”, a rede federal contava em 2012 com 92,2% dos docentes com curso superior, enquanto a rede estadual contava com 83,8% e a rede municipal com 76,2%, sendo que a rede pública somava 78% de docentes com curso superior contra 62,1% da rede privada. Em se tratando do “Ensino Fundamental – Anos Finais”, a rede federal contava em 2012 com 97,9% dos docentes com curso superior, enquanto a rede estadual contava com 94% e a rede municipal com 87,9%, sendo que a rede pública somava 91,6% de docentes com curso superior e a rede privada 85,7%. No ensino médio, respectivamente 97%, 93,7% e 90,9% dos docentes da rede federal, estadual e municipal tinham curso superior; na iniciativa pública registra-se 93,8% e na iniciativa privada 91,5%. Na “Educação Profissional”, o ano de 2012 registrou que 97,2% dos docentes na rede federal, 95,5% na rede estadual e 92,8% na rede municipal tinham curso superior, na rede pública 95,8% e na rede privada 83,3%. Em se tratando da modalidade de “Educação de Jovens e Adultos – EJA”, os números expressam docentes com curso superior nos seguintes percentuais: 97% na rede federal; 93,2% na rede estadual; 80,5% na rede municipal; 88,6% na iniciativa pública e 88,6% na privada. Considerando a “Educação Especial”, os dados revelam que nas redes federal, estadual e municipal havia respectivamente 90,5%; 90,4% e 82% de docentes com curso superior. Na rede pública, 85,5% dos professores tinham curso superior contra 81,5% na rede privada. Quanto à área rural, os dados de 2012 indicam que, na modalidade de “Creches”, 100% dos docentes da rede federal possuem curso superior, enquanto da rede estadual foi de 20% e da rede municipal 38%. Em se tratando da rede pública, o percentual foi de 38% e da rede privada 22,5%. Na modalidade de ensino da educação infantil “Pré-escola”, a rede federal registrou o maior percentual, de 77,8% dos docentes com curso superior, e a rede estadual o menor percentual, de 35,70%. Em relação à rede pública, 39,7% dos docentes tinham curso superior e na rede privada apenas 28,8%. Os dados da área revelam que, no “Ensino Fundamental – Anos Iniciais”, a rede federal contava em 2012 com 81,8% dos docentes com curso superior, enquanto a rede estadual contava com 61,9% e a rede municipal com 46,1%; sendo que a rede pública somava 47,3% de docentes com curso superior contra 45,3% da rede privada. Em se tratando do “Ensino Fundamental – Anos Finais”, a rede federal contava em 2012 com 81,8% dos docentes com curso superior, enquanto a rede estadual contava com 79,2% e a rede municipal com 52,9%; sendo que a rede pública somava 57,4% de docentes com curso superior e a rede privada, 72,4%. No ensino médio, respectivamente 98,7%, 86,9% e 71,5% dos docentes da rede federal, estadual e municipal tinham curso superior; na iniciativa pública registra-se 87,1% e na iniciativa privada 83,4%. Na “Educação Profissional”, no ano de 2012, todas as redes apresentaram percentuais acima de 90% de docentes com curso superior. Na “Educação de Jovens e Adultos – EJA”, a rede federal apresentou maior percentual, de 98,3%, e a rede municipal o menor, de 38,3%. No que se refere à “Educação Especial”, o maior percentual foi registrado na rede estadual (82,9%) e o menor na rede municipal (58,4%).
RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
29
RECOMENDAÇÃO 119.157 Aplicar estrategias a fin de resolver los problemas con que se enfrenta la educación, especialmente en el nivel básico (Palestina)
DESCRIÇÃO 2.1. Distribuição (%) de Crianças e Adolescentes de 5 a 17 anos alfabetizados no Brasil 2.2. Distribuição (%) e número de alunos ingressantes no 1º Ano do Ensino Médio com idade irregular 2.3. Taxa de distorção idade/série para o Ensino Fundamental 2.4. Taxa de abandono do Ensino Fundamental e do Ensino Médio 2.5. Distribuição (%) e número de matrículas públicas na Educação de Jovens e Adultos do Ensino Médio por faixa etária 2.6. Distribuição (%) e número de Escolas Públicas que não possuem acesso para deficientes ou banheiros adaptados
30
RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
FONTE
PERIODICIDADE
CADE/INEP
Anual
CADE/INEP
Anual
INEP CADE/INEP
Anual Anual
CADE
Anual
CADE
Anual
2.1. Distribuição (%) de Crianças e Adolescentes de 5 a 17 anos alfabetizados no Brasil – 2009, 2011 e 2013 Unidade da Federação
População Alfabetizada (2009)
% de Alfabetização (2009)
População Alfabetizada (2011)
% de Alfabetização (2011)
População Alfabetizada (2013)
% de Alfabetização (2013)
Brasil
37.504.000
86,36
37.571.000
87,97
37.286.677
88,22
Rondônia
342.000
86,36
361.000
88,26
366.593
89,80
Acre
166.000
83,00
187.000
80,95
188.831
83,64
Amazonas
830.000
85,04
857.000
82,72
892.813
83,75
Roraima
115.000
89,84
103.000
81,10
101.378
83,36
Pará
1.612.000
77,99
1.748.000
82,03
1.713.306
82,37
Amapá
162.000
87,57
188.000
89,10
186.243
87,19
Tocantins
302.000
86,53
322.000
86,56
327.658
87,27
Maranhão
1.431.000
80,39
1.500.000
80,34
1.537.953
80,90
Piauí
643.000
78,41
677.000
82,56
636.542
83,98
Ceará
1.838.000
84,20
1.816.000
87,73
1.744.815
87,05
Rio Grande do Norte
588.000
80,55
641.000
85,01
607.988
86,11
Paraíba
764.000
81,62
757.000
88,64
745.521
87,06
Pernambuco
1.792.000
82,28
1.786.000
85,37
1.735.959
86,91
Alagoas
713.000
79,75
745.000
83,52
675.567
82,67
Sergipe
410.000
83,84
403.000
81,58
415.800
82,14
Bahia
3.014.000
83,33
2.930.000
85,42
2.984.036
85,48
Minas Gerais
3.891.000
89,22
3.725.000
90,59
3.767.303
91,11
Espírito Santo
674.000
87,99
668.000
89,78
693.029
89,65
Rio de Janeiro
2.754.000
89,71
2.956.000
91,57
2.772.176
91,05
São Paulo
7.338.000
89,39
7.371.000
90,52
7.449.984
90,98
Paraná
2.138.000
90,36
2.040.000
91,97
1.919.945
91,10
Santa Catarina
1.165.000
90,45
1.125.000
89,78
1.139.407
91,26
Rio Grande do Sul
1.980.000
88,39
1.868.000
88,83
1.867.358
88,55
Mato Grosso do Sul
505.000
89,07
504.000
91,14
463.541
88,70
Mato Grosso
624.000
88,89
637.000
88,23
598.273
88,98
Goiás
1.211.000
88,46
1.158.000
89,28
1.228.672
90,37
Distrito Federal
501.000
89,30
500.000
91,58
525.986
91,56
Fonte: IBGE – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios/2009, 2011 e 2013
RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
31
Comparativo dos percentuais de alfabetização de Crianças e Adolescentes de 5 a 17 anos no Brasil – 2009, 2011 e 2013 100
80
60
40
2009 2011
20
Distrito Federal
Goiás
Mato Grosso
Mato Grosso do Sul
Rio Grande do Sul
Santa Catarina
Paraná
São Paulo
Rio de Janeiro
Espírito Santo
Minas Gerais
Bahia
Sergipe
Alagoas
Pernambuco
Paraíba
Rio Grande do Norte
Ceará
Piauí
Maranhão
Tocantins
Amapá
Pará
Roraima
Amazonas
Acre
Rondônia
Brasil
0
2013
Em 2009, os dados indicam que a população brasileira de 5 a 17 anos alfabetizada era de 37.504.000, ou seja, 86,36% do total dessa população. Em 2011, passou para 37.571.000 pessoas, representando 87,97% da população; em 2013, esse universo passou para 37.286.677 crianças e adolescentes alfabetizados, o que significa 88,22% dessa população. Em termos de distribuição percentual, entre 2009 e 2013, houve um incremento de 1,86% no número de alfabetizados nessa faixa etária no Brasil. No entanto, os dados revelam uma distribuição percentual de 11,78% de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos que não estavam alfabetizados, índice considerado significativo. Alguns estados brasileiros apresentaram distribuição percentual de crianças e adolescentes alfabetizados abaixo da média nacional de 88,22% em 2013. São eles: Acre (83,64%), Amazonas (83,75%), Roraima (83,36%), Pará (82,37%), Amapá (87,19%), Tocantins (87,27%), Maranhão (80,90%), Piauí (83,98%), Ceará (87,05%), Rio Grande do Norte (86,11%), Paraíba (87,06%), Pernambuco (86,91%), Alagoas (82,67%), Sergipe (82,14%), Bahia (85,48%), o que demonstra certa concentração dessa situação nas regiões Norte e Nordeste do País.
32
RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
2.2 Distribuição (%) e número de alunos ingressantes no 1º ano do Ensino Médio com idade irregular em 2008, 2010, 2011 e 2013 Unidade da Federação
Distrib. Distrib. Distrib. (%) (2008) (%) (2010) (%) (2011)
Total de Distrib. ingressos (%) (2013) no 1º ano (2008)
Total de ingressos no 1º ano (2010)
Total de ingressos no 1º ano (2011)
Total de ingressos no 1º ano (2013)
Total de ingressantes com idade inadequada (2008)
Total de ingressantes com idade inadequada (2010)
Total de ingressantes com idade inadequada (2011)
Total de ingressantes com idade inadequada (2013)
Brasil
55,66
56,43
2.279.476
2.637.922
2.405.061
1.259.483
1.309.019
1.437.524
1.357.248
57,43
54,49
2.262.841
Acre
52,10
60,65
61,09
58,48
10.452
10.007
11.628
14.179
5.445
6.069
7.103
8.292
Alagoas
59,49
65,56
61,54
59,64
29.600
26.961
35.001
32.516
17.608
17.676
21.538
19.392
Amapá
58,15
58,54
53,45
57,22
10.691
9.971
11.098
10.842
6.217
5.837
5.932
6.204
Amazonas
61,75
68,35
67,48
65,99
37.785
38.031
43.383
46.940
23.331
25.994
29.273
30.976
Bahia
60,96
67,15
64,12
63,01
157.764
129.647
149.063
144.287
96.177
87.064
95.584
90.922
Ceará
57,26
58,68
58,12
58,51
116.967
103.650
120.056
110.511
66.981
60.818
69.772
64.663
Distrito Federal
63,12
71,66
65,79
68,92
23.907
31.476
41.603
31.030
15.091
22.555
27.371
21.386
Espírito Santo
52,03
55,01
54,51
59,85
39.836
39.443
48.297
43.830
20.727
21.699
26.328
26.231
Goiás
54,86
57,25
52,94
56,77
69.362
72.077
86.138
71.696
38.049
41.261
45.605
40.705
Maranhão
61,67
66,62
63,83
61,96
83.336
76.331
86.607
90.439
51.390
50.849
55.280
56.033
Mato Grosso
51,08
59,65
58,48
62,09
37.914
40.900
49.132
55.082
19.367
24.398
28.731
34.198
Mato Grosso do Sul
52,99
58,08
52,04
52,08
27.588
29.269
32.479
29.838
14.619
16.999
16.902
15.541
Minas Gerais
55,92
57,77
57,28
63,26
235.409
254.650
293.527
245.137
131.646
147.113
168.132
155.075
Pará
64,17
71,66
65,19
67,56
73.250
69.500
80.475
80.814
47.001
49.804
52.462
54.597
Paraíba
56,80
61,57
58,96
59,16
39.072
33.169
40.290
37.058
22.192
20.422
23.754
21.924
Paraná
41,66
42,61
39,80
41,68
135.316
139.397
157.235
139.915
56.372
59.399
62.582
58.311
Pernambuco
57,25
60,83
57,77
55,54
92.629
84.448
101.238
101.803
53.034
51.373
58.483
56.543
Piauí
67,57
67,48
64,29
63,88
38.780
30.572
38.349
35.651
26.204
20.630
24.656
22.775
Rio de Janeiro
72,57
75,49
70,58
74,64
138.124
150.947
193.138
160.766
100.232
113.950
136.315
119.994
Rio Grande do Norte
56,48
61,31
57,42
60,97
36.187
30.084
35.316
31.197
20.439
18.446
20.277
19.020
Rio Grande do Sul
53,67
57,50
55,40
55,43
126.740
125.235
138.884
122.862
68.023
72.007
76.938
68.098
Rondônia
56,84
60,55
59,47
60,06
19.782
20.013
22.358
20.444
11.244
12.118
13.296
12.279
Roraima
57,43
61,58
62,37
67,58
6.309
6.224
6.840
7.988
3.623
3.833
4.266
5.398
Santa Catarina
41,29
43,80
41,21
46,40
75.550
78.200
90.148
96.663
31.194
34.249
37.153
44.848
São Paulo
51,66
48,80
44,39
46,24
559.670
593.358
681.420
601.738
289.125
289.572
302.506
278.257
Sergipe
62,01
69,79
64,57
65,28
19.339
16.818
22.022
19.092
11.992
11.738
14.220
12.464
Tocantins
56,61
59,20
58,86
57,70
21.482
39.098
22.197
22.743
12.160
23.146
13.065
13.122
Fonte: Censo escolar 2008 e 2010 – MEC/INEP
RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
33
Diferença (%) do número de alunos ingressantes no 1º ano do Ensino Médio com idade irregular de 2008-2010, 2008-2011 e 2008-2013
12 10 8 6 2008-2010
4
2008-2011
2 Tocantins
Sergipe
São Paulo
Santa Catarina
Roraima
Rondônia
Rio Grande do Sul
Rio Grande do Norte
Rio de Janeiro
Piauí
Pernambuco
Paraná
Paraíba
Pará
Minas Gerais
Mato Grosso
Maranhão
Goiás
Espírito Santos
Ceará
Bahia
Amazonas
Mato Grosso do Sul
-8
Distrito Federal
-6
Amapá
Alagoas
-4
Acre
-2
2008-2013 Brasil
0
Os dados de 2008 indicam um montante de 1.259.483 alunos ingressantes no Ensino Médio com idade irregular no Brasil, o que corresponde a 55,66% do total de ingressos no 1º ano. Em 2010, esse número aumentou para 1.309.019 (57,43%) e, em 2011, aumentou para 1.437.524 (54.49%). Em que pese o contingente de alunos ingressantes no 1º ano do Ensino Médio com idade irregular ter diminuído em 2013 no País para 1.357.248, a distribuição percentual representou 56,43% do total de ingressos, isso significa que a população nesta faixa etária diminuiu. Observando os dados por Unidade da Federação, nota-se que apenas seis estados apresentaram em 2013 distribuição percentual abaixo da registrada no Brasil, que foi de 56,43% alunos ingressantes no Ensino Médio com idade irregular, a saber: Mato Grosso do Sul (52,08%), Paraná (41,68%), Pernambuco (55,54%), Rio Grande do Sul (55,43%), Santa Catarina (46,40%) e São Paulo (46,24%). Todas as demais Unidades da Federação apresentaram valores acima do percentual nacional.
34
RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
2.3 B Taxa de distorção idade-série para os alunos das Escolas Públicas dos 6º/9º anos equivalente às 5ª/8ª séries, que constituem o Fundamental II, por Unidades da Federação – Brasil/2010 a 2014
2.3 A Taxa de distorção idade-série para os alunos das Escolas Públicas dos 1º/5º anos equivalentes às 1ª/4ª séries, que constituem o Fundamental I, por Unidades da Federação – Brasil/2010 a 2014 2010
2011
2012
2013
2014
UF
2010
2011
2012
2013
2014
AC
29,70
29,90
28,90
27,90
26,40
AC
31,10
31,70
32,10
31,00
31,20
AL
28,30
27,50
27,00
26,80
25,70
AL
50,60
50,90
50,40
49,00
47,30
AM
30,20
30,10
28,70
27,10
25,10
AM
48,50
47,40
46,10
44,00
41,40
AP
26,30
25,90
24,40
23,50
22,80
AP
32,00
33,10
35,00
34,60
35,70
BA
35,00
33,90
32,30
30,10
28,00
BA
49,20
48,10
47,60
46,50
46,90
CE
24,20
22,70
20,20
17,90
14,50
CE
34,70
34,40
33,30
32,20
30,70
32,30
30,90
30,80
31,40
32,00
UF
DF
13,70
13,80
14,50
14,80
13,80
DF
ES
17,40
16,70
16,30
16,00
15,30
ES
29,30
29,40
29,90
31,00
32,00
GO
18,10
18,30
16,90
15,50
13,50
GO
32,30
31,30
31,20
28,90
27,00
MA
26,50
24,50
22,10
20,40
18,30
MA
40,40
39,30
38,50
37,90
37,10
MG
12,90
12,00
10,40
8,70
6,70
MG
30,10
28,90
27,60
26,10
23,70
MS
21,70
21,10
20,80
20,80
19,70
MS
37,90
39,50
39,20
37,40
37,50
MT
13,90
11,30
9,30
7,20
5,70
MT
26,50
22,40
20,00
15,40
10,80
PA
38,90
36,80
33,70
30,80
28,10
PA
47,60
47,80
47,60
46,70
47,00
PB
32,50
31,50
29,20
27,20
24,90
PB
46,90
46,30
45,10
43,30
42,20
PE
27,60
26,50
25,10
23,90
22,70
PE
42,20
41,20
40,00
38,60
38,00
PI
33,80
32,00
30,00
28,40
26,10
PI
44,00
43,60
43,10
42,40
42,00
24,00
22,00
21,80
21,50
21,00
PR
8,50
8,40
8,20
8,40
8,30
PR
RJ
27,00
27,80
27,80
26,10
25,80
RJ
42,50
41,80
41,00
41,00
40,20
RN
26,70
26,00
24,90
23,60
21,90
RN
47,20
48,20
48,10
47,70
47,30
RO
21,50
22,10
21,90
21,30
17,50
RO
36,00
37,90
39,20
39,00
39,40
RR
18,80
18,30
17,90
15,90
15,30
RR
30,30
32,30
29,70
29,80
29,60
RS
18,30
19,10
18,20
16,80
15,50
RS
31,20
31,20
32,70
33,30
34,30
SC
12,10
12,10
9,70
9,10
8,50
SC
20,50
20,10
17,40
17,70
22,30
SE
35,20
35,60
34,70
32,20
29,40
SE
52,40
51,50
50,90
50,60
52,80
SP
5,20
5,10
5,10
5,20
5,20
SP
13,70
12,90
12,50
11,90
12,10
TO
17,70
17,00
16,30
14,90
13,50
TO
31,00
31,70
31,70
31,00
31,20
Fonte: Microdados analisados a partir da base disponibilizada pelo MEC/INEP.
Fonte: Microdados analisados a partir da base disponibilizada pelo MEC/INEP.
RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
35
Distribuição das taxas de distorção idade-série para os alunos das Escolas Públicas dos 1º/5º anos equivalentes
40 35 30 25 20 15
2010 2011
10
2012
5
2013
0
2014 AC
Distribuição das taxas de distorção idade-série para os alunos das Escolas Públicas dos 6º/9º anos, equivalentes às 5ª/8ª séries que constituem o Fundamental II por Unidades da Federação – Brasil/2010 a 2014
AL
AM
AP
BA
CE
DF
ES
GO MA MG MS
MT
PA
PB
PE
PI
PR
RJ
RN
RO
RR
RS
SC
SE
SP
TO
60 50 40 30 2010
20
2011 2012
10
2013 2014
0 AC
AL
AM
AP
BA
CE
DF
ES
GO MA MG MS
MT
PA
PB
PE
PI
PR
RJ
RN
RO
RR
RS
SC
SE
SP
TO
A Taxa de Distorção idade-série para os alunos das Escolas Públicas dos 1º/5º anos, equivalentes às 1ª/4ª séries que constituem o Fundamental I, no ano de 2010, superou os 30% em seis Unidades da Federação: Amazonas (30,2%), Bahia (35%), Pará (38,9%), Paraíba (32,5%), Piauí (33,8%) e Sergipe (35,2%). Em 2014, observa-se queda nessas taxas, sendo que as maiores taxas foram verificadas no Acre (26,4%), Alagoas (25,7%), Amazonas (25,1%), Bahia (28%), Pará (28,1%), Piauí (26,1%), Rio de Janeiro (25,8%) e Sergipe (29,4%). Os estados de Minas Gerais (6,7%), Mato Grosso (5,7%), Paraná (8,3%), Santa Catarina (8,5%) e São Paulo (5,2%) apresentaram em 2014 as menores taxas de distorção. Em se tratando da distorção idade-série para os alunos das Escolas Públicas dos 6º/9º anos, equivalentes às 5ª/8ª séries que constituem o Fundamental II, em 2010, superou os 40% em 11 Unidades da Federação: Alagoas (50,6%), Amazonas (48,5%), Bahia (49,2%), Maranhão (40,4%), Pará (47,6%), Paraíba (46,9%), Pernambuco (42,2%), Piauí (44%), Rio de Janeiro (42,5%), Rio Grande do Norte (47,2%) e Sergipe (52,40%). Em 2014, as maiores taxas permanecem acima dos 40% em nove Unidades da Federação: Alagoas (47,3%), Amazonas (41,4%), Bahia (46,9%), Pará (47,0%), Paraíba (42,2%), Piauí (42%), Rio de Janeiro (40,2%), Rio Grande de Norte (47,3%) e Sergipe (52,8%). Somente os estados do Mato Grosso e de São Paulo apresentaram taxas abaixo dos 20%, ou seja, respectivamente 10,8% e 12,10%. As demais Unidades da Federação registraram taxas entre 20% e 40% de distorção. 36
RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
2.4.Taxa de Abandono do Ensino Fundamental e do Ensino Médio – 2008, 2009, 2011, 2012 e 2013 Unidade da Federação
Taxa de bandono do Ensino Fundamental 2008
Taxa de bandono do Ensino Fundamental 2009
Taxa de bandono do Ensino Fundamental 2011
Taxa de bandono do Ensino Fundamental 2012
Taxa de bandono do Ensino Fundamental 2013
Taxa de abandono do Ensino Médio 2008
Taxa de abandono do Ensino Médio 2009
Taxa de abandono do Ensino Médio 2011
Taxa de abandono do Ensino Médio 2012
Taxa de abandono do Ensino Médio 2013
Brasil
4,40
3,70
2,80
2,70
2,20
12,80
11,50
9,50
9,10
8,10
Acre
5,50
4,70
3,40
3,20
2,70
14,30
12,80
11,80
10,20
10,00
Alagoas
10,00
9,10
7,60
7,50
6,40
17,00
19,20
18,70
18,20
14,90
Amapá
4,00
3,40
3,20
3,50
3,10
18,40
17,50
14,50
17,70
14,30
Amazonas
8,80
7,70
5,80
5,60
5,00
14,10
13,40
10,40
11,60
11,80
Bahia
9,00
7,60
5,50
5,50
4,40
19,80
18,50
12,50
14,10
8,60
Ceará
4,30
3,50
2,60
2,30
1,90
13,80
13,00
11,50
9,70
8,50
Distrito Federal
1,90
1,60
1,10
1,40
1,20
5,00
7,30
7,30
7,30
5,50
Espírito Santo
3,00
2,50
1,70
1,40
1,30
11,50
10,70
7,70
7,30
7,20
Goiás
5,00
4,10
2,70
2,60
1,50
15,10
12,00
6,90
7,20
6,10
Maranhão
5,70
4,40
3,50
3,70
3,30
16,20
13,80
13,70
12,00
10,90
Mato Grosso
4,50
2,80
1,10
1,10
0,80
19,40
15,80
11,50
13,00
13,50
Mato Grosso do Sul
3,00
2,60
2,70
2,50
2,20
11,90
11,80
10,30
10,30
9,50
Minas Gerais
2,90
2,40
2,00
1,80
1,50
11,00
9,30
9,10
9,00
8,40
Pará
8,60
7,20
5,10
4,80
4,50
22,00
20,70
17,70
16,60
16,60
Paraíba
10,30
8,70
6,60
6,20
5,00
18,80
17,80
16,30
14,90
12,70
Paraná
2,40
2,10
1,60
1,60
1,40
10,30
8,30
6,00
6,20
6,40
Pernambuco
8,40
6,20
4,10
3,70
3,00
18,00
14,00
10,10
7,40
4,70
Piauí
5,70
4,60
3,30
3,50
2,80
22,20
20,20
15,50
16,90
13,40
Rio de Janeiro
3,40
3,10
2,10
1,70
1,50
14,80
13,80
10,10
7,40
5,70
Rio Grande do Norte 7,10
6,50
5,40
4,70
4,00
22,70
20,90
19,30
16,70
14,60
Rio Grande do Sul
1,50
1,50
1,40
1,30
1,20
12,40
11,70
10,10
10,30
8,90
Rondônia
4,20
3,40
3,00
2,70
2,50
12,70
11,60
11,60
11,50
10,50
Roraima
3,10
2,80
2,60
3,30
2,70
8,70
7,80
7,40
11,20
8,40
Santa Catarina
0,80
0,80
0,90
0,80
0,70
7,30
6,80
8,00
6,90
7,40
São Paulo
0,80
0,80
0,90
0,90
0,90
4,30
3,90
4,50
4,60
4,70
Sergipe
6,90
5,70
4,50
4,80
4,30
18,40
16,20
13,20
13,70
12,90
Tocantins
2,50
2,10
1,60
1,70
1,50
11,30
8,70
8,60
7,20
6,90
Fonte: Fonte: MEC/INEP/DEED/CSI – 2008, 2009, 2011, 2012 e 2013.
RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
37
Diferença da taxa de abandono do Ensino Fundamental - de 2008-2009, 2008-2011, 2008-2012 e 2008-2013
Diferença da taxa de abandono do Ensino Médio - de 2008-2009, 2008-2011, 2008-2012 e 2008-2013
O Brasil vem apresentando uma trajetória de diminuição da taxa de abandono do Ensino Fundamental e do Ensino Médio nos anos de 2008, 2009, 2011, 2012 e 2013. Em 2008, o país registrou uma taxa de 4,4 % do Ensino Fundamental e de 12,8% do Ensino Médio, caindo em 2009 para 3,7% do Ensino Fundamental e 11,05% do Ensino Médio. Manteve-se a queda em 2012, com uma taxa de 2,7% do Ensino Fundamental e 9,1% do Ensino Médio. Em 2013, as taxas foram respectivamente de 2,20% e 8,10% do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Observa-se que, de 2008 para 2013, houve uma queda na taxa de abandono do Ensino Fundamental de 2,2%. Enquanto no Ensino Médio a queda foi de 4,70%. Não obstante a diminuição gradativa dessa taxa ao longo dos anos, o abandono escolar ainda é uma questão preocupante no Brasil, em especial quanto ao Ensino Fundamental, obrigatório por lei. Em se tratando do abandono do Ensino Fundamental em 2013, os estados de Alagoas (6,4%), Amazonas (5%), Bahia (4,4%), Pará (4,5%), Paraíba (5%), Rio Grande do Norte (4%) e Sergipe (4,3%) apresentaram taxas bem acima da média nacional (2,2%). Em relação ao abandono do Ensino Médio, destacam-se por apresentarem taxas acima da nacional (8,10%) os estados de Alagoas (14,9%), Amapá (14,3%), Amazonas (11,8%), Maranhão (10,9%), Mato Grosso (13,5%), Pará (16,6%), Paraíba (12,7%), Piauí (13,4%), Rio Grande do Norte (14,6%), Rondônia (10,5%) e Sergipe (12,9%). 38
RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
2.5. Número de matrículas públicas na educação de Jovens e Adultos do Ensino Médio por faixa etária em 2008, 2010, 2011 e 2013 Unidade da Federação
6 a 10 anos 2008
2010
2011
11 a 14 anos 2013
2008
2010
2011
15 a 17 anos 2013
2008
2010
2011
2013
Brasil
370
85
-
2
1.537
1.042
72
16
52.329
19.935
16.137
12.729
Acre
4
1
-
-
13
12
1
-
457
190
134
178
Alagoas
0
0
-
-
7
12
1
1
1.271
427
312
387
Amapá
1
0
-
-
6
0
-
-
495
19
88
127
Amazonas
3
0
-
-
28
25
2
-
807
348
364
540
Bahia
98
20
-
-
694
364
29
3
10.984
3.503
3.878
2.535
Ceará
18
1
-
-
29
11
1
-
1.557
394
456
463
Distrito Federal
7
0
-
-
13
1
-
-
2.276
759
326
126
Espírito Santo
5
5
-
-
3
12
-
-
377
565
116
92
Goiás
5
0
-
-
41
4
-
-
485
38
141
95
Maranhão
15
3
-
1
141
81
3
-
2.685
1.513
1.343
1.547
Mato Grosso
3
1
-
-
19
1
-
1
1.222
575
27
34
Mato Grosso do Sul
1
0
-
-
1
1
-
-
1.134
25
57
101
Minas Gerais
28
11
-
-
46
61
3
-
2.123
609
678
465
Pará
15
2
-
1
47
2
9
1
2.193
58
301
454
Paraíba
67
4
-
-
239
156
4
1
3.890
2.329
2.443
1.591
Paraná
0
0
-
-
4
0
-
-
479
14
20
29
Pernambuco
32
2
-
-
56
69
3
3
2.817
2.004
2.302
1.209
Piauí
6
3
-
-
10
36
8
4
525
208
461
1.071
Rio de Janeiro
25
20
-
-
46
157
2
-
2.733
2.514
947
235
Rio Grande do Norte
3
1
-
-
15
7
-
-
1.256
223
293
298
Rio Grande do Sul
6
0
-
-
6
3
-
-
77
25
22
34
Rondônia
5
0
-
-
13
9
2
-
1.712
874
179
193
Roraima
4
0
-
-
3
0
-
-
497
251
99
82
Santa Catarina
7
0
-
-
7
1
-
-
573
394
293
232
São Paulo
2
0
-
-
26
1
3
1
8.512
1.750
452
208
Sergipe
7
11
-
-
19
15
-
1
835
288
374
260
Tocantins
3
0
-
-
5
1
1
-
357
38
31
125
Fonte: Microdados do Censo Escolar 2008, 2010, 2011 e 2013 - MEC/INEP
Nota: Para explicar os dados alarmantes nas matrículas da EJA, o departamento do Censo Escolar no INEP justifica que tais dados estão no Banco do Censo Escolar de 2008, e coloca duas alternativas possíveis para o ocorrido: 1º) A escola informou este número de matrículas e justificou que, para tais crianças estarem na escola, precisam frequentar a EJA, uma vez que o município só fornece esta modalidade de ensino; 2º) Tais matrículas podem ter passado despercebidas na hora da verificação do Banco de Dados do Censo Escolar pela equipe responsável, sendo assim a escola não notificada para corrigir ou confirmar tais matrículas. RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
39
Diferença (%) do número de matrículas públicas na educação de Jovens e Adultos do Ensino Médio na faixa etária de 11 a 14 anos – 2008-2010, 2008-2011 e 2008-2013
Diferença (%) do número de matrículas públicas na educação de Jovens e Adultos do Ensino Médio na faixa etária de 11 a 14 anos – 2008-2010, 2008-2011 e 2008-2013
No ano de 2008, os registros indicam 54.236 matrículas públicas de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos na Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Ensino Médio, sendo 370 na faixa etária de 6 a 10 anos; 1.537 de 11 a 14 anos e 52.329 de 15 a 17 anos. Em 2010, observa-se uma diminuição nestas matrículas, que somaram 21.062 crianças e adolescentes, das quais 85 de 6 a 10 anos, 1.042 de 11 a 14 anos e 19.935 de 15 a 17 anos de idade. Em 2011, nova queda, com 16.209 matrículas de crianças e adolescentes em EJA – Ensino Médio, sendo 72 na faixa etária de 11 a 14 anos e 16.137 de 15 a 17 anos. O ano de 2013 também apresenta redução nas matrículas de EJA – Ensino Médio, ou seja, 12.747 crianças e adolescentes assim distribuídos: 2 na faixa etária de 6 a 10 anos; 16 na faixa etária de 11 a 14 anos e 12.729 na faixa etária de 15 a 17 anos. Do número total de matrículas em EJA em 2013, ou seja, 12.747, verifica-se que 62%, o que representa um universo 7.953 matrículas, foram realizadas na faixa etária de 15 a 17 anos e estão concentradas em apenas cinco estados da região nordeste brasileira: Bahia (2.535), Paraíba (1.591), Maranhão (1.547), Pernambuco (1.209) e Piauí (1.071).
40
RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
2.6 Distribuição (%) e número de Escolas Públicas que não possuem acesso para deficientes ou danheiros adaptados em 2008, 2010, 2011 e 2013 Rural
Urbana
Unidade da Federação
Número de escolas sem acesso para deficientes (2008)
Número de escolas sem acesso para deficientes (2010)
Número de escolas sem acesso para deficientes (2011)
Número de escolas sem acesso para deficientes (2013)
Total de Escolas Públicas (2008)
Total de Escolas Públicas (2010)
Total de Escolas Públicas (2011)
Total de Escolas Públicas (2013)
Número de escolas sem acesso para deficientes (2008)
Número de escolas sem acesso para deficientes (2010)
Número de escolas sem acesso para deficientes (2011)
Número de escolas sem acesso para deficientes (2013)
Total de Escolas Públicas (2008)
Total de Escolas Públicas (2010)
Total de Escolas Públicas (2011)
Total de Escolas Públicas (2013)
Brasil
83.777
77.945
74.514
68.116
86.156
79.087
75.896
70.330
59.817
68.724
66.019
62.429
79.424
80.873
81.653
82.879
Acre
1.327
1.318
1.311
1.243
1.347
1.328
1.324
1.260
207
240
232
226
356
359
364
381
Alagoas
1.905
1.793
1.706
1.567
1.958
1.818
1.736
1.621
799
862
843
803
1.056
1.079
1.104
1.125
Amapá
459
471
472
465
465
475
477
476
207
231
229
218
270
283
287
298
Amazonas
3.934
4.000
4.001
3.935
3.960
4.010
4.011
3.946
934
1.133
1.146
1.207
1.184
1.308
1.369
1.372
Bahia
13.575
12.857
12.318
11.118
13.754
12.934
12.403
11.295
5.202
5.498
5.359
5.017
6.030
6.089
6.113
6.090
Ceará
5.559
4.526
3.965
3.439
5.869
4.647
4.106
3.687
2.744
2.704
2.517
2.350
3.353
3.199
3.202
3.265
Distrito Federal
61
62
63
59
91
76
77
76
160
287
261
237
533
574
577
587
Espírito Santo
1.576
1.385
1.294
1.196
1.641
1.425
1.343
1.264
1.216
1.354
1.281
1.167
1.596
1.637
1.672
1.698
Goiás
684
612
578
528
723
632
603
573
1.782
2.191
2.118
1.899
2.756
2.846
2.856
2.900
Maranhão
10.012
9.784
9.527
9.039
10.200
9.879
9.632
9.187
2.496
2.704
2.631
2.453
3.067
3.112
3.125
3.110
Mato Grosso
913
890
873
812
996
927
914
876
809
1.083
1.031
941
1.362
1.379
1.380
1.417
Mato Grosso do Sul
176
183
183
172
222
225
231
228
492
621
589
555
950
986
1.001
1.028
Minas Gerais
5.600
5.049
4.791
4.257
5.733
5.137
4.910
4.430
6.332
6.782
6.587
6.171
8.123
8.280
8.339
8.471
Pará
9.170
8.691
8.501
7.893
9.242
8.731
8.556
8.001
2.190
2.395
2.304
2.237
2.599
2.656
2.650
2.744
Paraíba
3.770
3.454
3.281
2.767
3.797
3.471
3.298
2.822
1.737
1.778
1.658
1.430
2.052
2.062
2.057
2.015
Paraná
1.633
1.608
1.511
1.395
1.757
1.675
1.578
1.482
3.698
4.216
4.115
4.088
5.478
5.485
5.561
5.771
Pernambuco
5.706
5.222
4.924
4.549
5.810
5.270
4.979
4.640
2.224
2.369
2.282
2.292
2.785
2.803
2.804
2.850
Piauí
4.785
4.271
4.040
3.439
4.834
4.293
4.073
3.492
1.735
1.820
1.709
1.499
2.018
2.046
2.047
1.955
Rio de Janeiro
1.268
1.225
1.143
1.067
1.372
1.281
1.222
1.196
3.873
4.460
4.008
3.624
5.263
5.313
5.368
5.375
Rio Grande do Norte 1.937
1.794
1.731
1.569
2.010
1.825
1.776
1.632
1.232
1.385
1.312
1.179
1.711
1.730
1.743
1.702
Rio Grande do Sul
2.860
2.582
2.474
2.208
3.161
2.722
2.628
2.462
3.229
4.045
3.881
3.532
4.883
4.992
5.069
5.138
Rondônia
870
695
626
558
894
713
651
597
424
466
422
357
581
598
596
616
Roraima
489
505
489
526
498
507
492
534
150
188
176
162
204
209
207
208
Santa Catarina
1.769
1.552
1.447
1.273
1.893
1.614
1.531
1.397
2.805
3.222
3.116
2.883
3.784
3.846
3.882
3.959
São Paulo
1.477
1.409
1.404
1.342
1.588
1.424
1.432
1.387
11.917
15.329
14.936
14.754
15.726
16.292
16.567
17.113
Sergipe
1.328
1.193
1.115
1.078
1.382
1.224
1.155
1.129
597
620
564
500
812
801
801
776
Tocantins
934
814
746
622
959
824
758
640
626
741
712
648
892
909
912
915
Fonte: Censo escolar 2008, 2010, 2011 e 2013 – MEC/ INEP RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
41
Diferença (%) do número de Escolas Públicas da Zona Rural que não possuem acesso para deficientes ou banheiros adaptados em 2008-2010, 2008-2011 e 2008-2013
Diferença (%) do número de Escolas Públicas da Zona Urbana que não possuem acesso para deficientes ou banheiros adaptados em 2008-2010, 2008-2011 e 2008-2013
Quanto à distribuição (%) e ao número de Escolas Públicas que não possuem acesso para deficientes ou banheiros adaptados, podemos observar que, em 2008, na área rural, 83.777 (97.24%) de um universo de 86.156 escolas públicas não possuíam acesso para deficientes ou banheiros adaptados. Em 2010, esse número foi de 77.945 (98.56%), do total de 79.087 escolas; em 2011, os registros indicam 74.514 (98.18%) de 75.890 unidades escolares. Em 2013, os dados revelam que 68.116 (96.85%), no universo de 70.330 escolas, não possuem acesso para deficientes ou banheiros adaptados. Em relação à área urbana, os dados nos mostram que, em 2008, havia 59.817 (75.31%) escolas sem acesso ou banheiro adaptado de um total de 74.429 unidades. Em 2010, os números indicam 68724 (84,98%) escolas de um total de 80.873; em 2011, existiam 66.019 (80.85%) escolas sem acesso ou banheiro adaptado de um total de 81.653. No ano de 2013, os dados revelam 62.429 (75.33%) escolas públicas que não possuem acesso para deficientes ou banheiros adaptados de um universo de 82.879. Os dados demonstram que o País ainda enfrenta um desafio em relação à garantia da acessibilidade para crianças e adolescentes nas escolas públicas, tanto na área rural quanto na urbana.
42
RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
RELATÓRIO DE RECOMENDAÇÕES DO BRASIL MARISTA/FMSI Exame Periódico Universal (EPU) Edição 2015 1. Introdução Desde 2005, em Brasília, a União Marista do Brasil (UMBRASIL) se propõe a articular e criar sinergia na ampla ação desenvolvida pelo Instituto Marista em todo o território nacional. O Instituto Marista, fundado na França em 1817 por São Marcelino Champagnat, está presente no Brasil desde 1897, provendo educação de excelência e princípios cristãos a crianças e jovens. A atuação do Instituto no Brasil é uma das mais representativas, somando 30% de toda a presença marista no mundo. Em nosso País, a Instituição está dividida em quatro Unidades Administrativas: as Províncias Brasil Centro-Norte, Brasil Centro-Sul, Rio Grande do Sul e um Distrito na Amazônia, formando a União Marista do Brasil (UMBRASIL). Com a missão de tornar Jesus Cristo conhecido e amado, o Instituto tem hoje 30 mil Irmãos, Leigos e Leigas, proporcionando educação para 200 mil crianças e jovens no Brasil e beneficiando mais de 350 mil pessoas no total, por meio de 86 colégios, 51 unidades sociais, quatro instituições de Ensino Superior, três veículos de comunicação, três editoras e sete hospitais. Presente em 79 países, com muitas obras sociais e mais de 500 escolas, os Irmãos, Leigos e Leigas maristas têm a missão de educar crianças e jovens, formando bons cristãos e virtuosos cidadãos, comprometidos na construção de uma sociedade sustentável, justa e solidária.
2. Apresentação do Estado Brasileiro Cenário geral A República Federativa do Brasil, composta de 26 Estados e o Distrito Federal, cuja extensão territorial é de 8.515.767,049 km2 divididos em 5.570 municípios, possui uma população de 190 milhões de pessoas, das quais 60 milhões têm menos de 18 anos de idade, o que equivale a quase um terço de toda a população de crianças e adolescentes da América Latina e do Caribe (UNICEF, 2014). Segundo os dados do CENSO 2010, a população brasileira é composta de Pardos (3,1%), Brancos (47,7%), Negros (7,6%), Indígenas (0,4%), Amarelos (1,1%). No que tange às opções religiosas, os brasileiros são distribuídos da seguinte forma: Católicos Apostólicos Romanos (64,6%), Evangélicos (22,2%), sem religião (8%), Espíritas (2%), outras (2,2%), não sabem (0,1%) (CENSO, 2010). Referente à expectativa de vida, a média brasileira é de 73,4 (CENSO, 2010). Em relação ao Índice de Desenvolvimento Humano Global (IDH), o Brasil ocupou em 2013 a posição 79, considerada de elevado desenvolvimento humano segundo as Organizações das Nações Unidas (ONU). Na perspectiva econômica, o País é um grande produtor e exportador de mercadorias de diversos tipos, principalmente commodities minerais, agrícolas e manufaturados. Considerado um país emergente, o Brasil ocupa o 7º lugar no ranking das maiores economias do mundo (IPEA, 2013), com um Produto Interno Bruto (PIB) em 2014 de R$ 5,52 trilhões e renda per capita em 2014 (PIB per capita) de R$ 27.230 ou US$ 8.536. A taxa de desemprego no Brasil corresponde a 6,2% da população economicamente ativa (março de 2015) e 4,8% (taxa média anual de 2014). No campo das relações internacionais, o Brasil é país membro da ONU, pertence ao Mercado RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
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Comum do Sul (Mercosul), à União de Nações Sul-Americanas (Unasul), à Organização Mundial de Comércio (OMC), à OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e aos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). No que tange às políticas públicas, o Brasil assumiu como primeiro objetivo do milênio (ODM) a erradicação da pobreza extrema e da fome. No campo da infraestrutura, estabeleceu como meta contemplar 25 milhões de pessoas com novas moradias por meio de programa governamental. No fim de 2013, o mercado de trabalho alcançou a mais elevada taxa de formalização (58%) segundo a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) de 2014.
Cenário educacional O Brasil teve 40.366.236 estudantes matriculados na rede pública de educação básica – estadual e municipal – segundo dados preliminares do Censo Escolar 2013, publicados pelo MEC. O número de matrículas caiu 1,83% em comparação com 2012. A redução foi de mais de 753 mil matrículas. Não foram incluídas nessas estatísticas o número de matrículas na rede pública federal e na rede particular. Os dados se referem à matrícula inicial no ensino regular – educação infantil (Creches e Pré-escola), Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e o Sistema de Educação Especial. Os números mostram que no ensino regular estão matriculados 39.712.698, e na educação especial estão 653.378 estudantes matriculados. Do total de adolescentes brasileiros com idade de 15 a 17 anos, 1.722.175 estão fora da escola (16,3% dessa população), de acordo com a Pnad 2011. Um dos grandes desafios para o Brasil no que diz respeito à garantia dos direitos de seus adolescentes é a educação, em especial a universalização do Ensino Médio – etapa adequada para a faixa etária de 15 a 17 anos, que se tornou obrigatória a partir da Emenda Constitucional no 59, de 2009. Os adolescentes de 15 a 17 anos são, hoje, o grupo mais atingido pela exclusão: mais de 1,7 milhão deles estão fora da escola (IBGE/Pnad 2011). Do ponto de vista jurídico, normativo e institucional, o Brasil vivenciou avanços consideráveis com a promulgação da Constituição Federal de 1988, quando se garantiu a adoção de uma concepção ampla de educação, sua inscrição como direito social inalienável, a corresponsabilidade dos entes federados por sua efetivação e a ampliação dos percentuais mínimos de receitas para o seu financiamento (DOURADO, 1997). Na sequência, vários instrumentos legais de grande impacto para a educação brasileira foram aprovados pelo Congresso Nacional na década de 1990, destacando-se a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), de 1996, e a Emenda Constitucional nº 14/1996, que instituiu o Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério). Na década seguinte, foi importante a Lei nº 10.172/2001, que estabeleceu o PNE (Plano Nacional de Educação) (2001-2010). A Emenda Constitucional nº 59/2009, além das alterações relativas aos planos decenais, tem possibilitado grandes conquistas para a educação nacional: a) ao incluir no texto constitucional a expressão “Sistema Nacional de Educação”; ao prever a obrigatoriedade do ensino de 4 a 17 anos; c) ao ampliar a abrangência dos programas suplementares para todas as etapas da educação básica; e d) ao estabelecer meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2014, aprovou-se a lei 13.005 de 25 de junho de 2014, referente ao Plano Nacional de Educação para o Decênio 2014-2024, em que foram definidas 20 metas a serem cumpridas pelo Estado Brasileiro e entes federados. O PNE possui três eixos importantes: a expansão das matrículas nos diversos níveis/etapas/modalidades educacionais; a qualidade da expansão e das escolas e instituições já existentes; e o financiamento das suas metas, que representam grandes desafios.
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3. Cenário brasileiro em relação às recomendações da ONU ao Brasil A Instituição Marista optou por monitorar duas recomendações alusivas ao tema da “educação”, dada a relação direta com sua finalidade e missão. Nesse sentido, foram compiladas informações que permeiam o cenário brasileiro e subsidiam respostas à “RECOMENDAÇÃO 119.160 – Continuar con las estrategias educacionales a fin de que todos los niños se matriculen en la escuela y reciban una educación básica de calidad (Irán)” e a “RECOMENDAÇÃO 119.157 – Aplicar estrategias a fin de resolver los problemas con que se enfrenta la educación, especialmente en el nivel básico (Palestina)”. Para ilustrar o cenário brasileiro em relação às duas recomendações, destacamos alguns dados a seguir. Os registros indicam que, em 2013, do universo de 8.480.931 crianças de 4 a 6 anos, apenas 42,44% estavam matriculadas em escolas públicas, ou seja, 3.599.607 crianças. Na perspectiva da universalidade da educação pública para esta faixa etária, ficam descobertas 57,56% de crianças. A Taxa Bruta de Transição do Ensino Fundamental ao Ensino Médio no ano de 2013 foi marcada por uma queda em relação ao ano anterior, passando a ser de 68,38%, implicando em 1.806.169 matrículas, o que demonstra que 31,62% dos alunos do Ensino Fundamental não fazem a transição para o Ensino Médio. O número de matrículas em tempo integral no Ensino Fundamental no ano de 2013, considerando a jornada diária de sete horas ou mais, em que o aluno, durante todo o período letivo, permanece na escola em atividades escolares, foi de 10,9%, o que representa 3.171.638 matrículas em tempo integral de um montante de 29.069.281 matrículas no Ensino Fundamental, sendo que a rede pública contabilizou um total de 3.079.030 matrículas em tempo integral. Os dados revelam que existe, ainda, um contingente de 25.897.643 de alunos aos quais não foi oferecido o tempo integral, ou seja, 89,10% dos matriculados. Em relação ao ENEM, a maior média dos alunos por área de conhecimento de “Ciências da Natureza” foi registrada em 2010 (484,85) e a menor média em 2011 (428,48). Em relação à área de conhecimento de “Ciências Humanas”, a maior média foi verificada em 2010 (538,02) e a menor média em 2011 (440,93). Considerando a área de conhecimento relacionada a “Linguagens e Códigos”, a maior média foi constatada em 2011 (523,20) e a menor média foi em 2012 (459,86). A maior média na área de conhecimento “Matemática” foi registrada em 2011 (523,71) e a menor média em 2012 (449,04). Quanto à “Redação”, a maior média foi identificada no ano de 2010 (590,43) e a menor média no ano de 2012 (465,85). Em relação a todas as áreas de conhecimento e redação avaliadas nos anos de 2010, 2011 e 2012, verifica-se que as maiores médias foram computadas na Região Sudeste do País e as menores médias nas Regiões Norte e Nordeste. O percentual de docentes na área urbana com curso superior atuantes em Creches, Pré-escola, Ensino Fundamental I e Ensino Fundamental II foi menos expressivo nas redes municipais, ou seja, respectivamente 64,6%, 71,2%, 76,2% e 87,9%. No Ensino Médio e na Educação Profissional, mais de 90% dos docentes da rede federal, estadual e municipal tinham curso superior. Em se tratando da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), os números expressam docentes com curso superior nos seguintes percentuais: 97% na rede federal; 93,2% na rede estadual; 80,5% na rede municipal. Considerando a Educação Especial, os dados revelam que nas redes federal, estadual e municipal havia respectivamente 90,5%; 90,4% e 82% de docentes com curso superior. Quanto à área rural, os dados de 2012 indicam que na modalidade de Creches na rede estadual e na rede municipal 20% e 38% dos docentes respectivamente possuem curso superior. Na modalidade de ensino da educação infantil Pré-escola, a rede estadual registrou o menor percentual, 35,70%. Os dados da área revelam que no Ensino Fundamental I e II os menores percentuais de docentes com curso superior foram registrados na rede municipal, ou seja, respectivamente 46,1% e 52,9%. No Ensino Médio, respectivamente 98,7%, 86,9% e 71,5% dos docentes da rede federal, estadual e municipal tinham curso superior. Na Educação Profissional, todas as redes apresentaram percentuais acima de 90% de docentes com curso superior. Na Educação de Jovens e Adultos (EJA) e na Educação Especial, a rede municipal apresentou o menor percentual, respectivamente de 38,3% e 58,4%. Os dados demonstram a necessidade de mais investimentos públicos na formação dos docentes, tanto na área urbana quanto rural. RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
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Em 2013, os dados indicam que a população brasileira de 5 a 17 anos alfabetizada era de 37.286.677 crianças e adolescentes, o que representa 88,22% dessa população, implicando em 11,78% de não alfabetizados, o que representa um universo de 4.392.370 jovens. Tais dados indicam a necessidade de adoção de medidas pelo governo brasileiro a fim de alcançar 100% de alfabetizados. Em que pese o contingente de alunos ingressantes no 1º ano do Ensino Médio com idade irregular ter diminuído em 2013 no País, ainda representa um universo de 1.357.248 alunos, o que é bastante preocupante, pois implica em 56,43%, do total de ingressos. As maiores taxas de distorção idade-série para os Alunos das Escolas Públicas do Ensino Fundamental I, no ano de 2014, foram observadas no Acre (26,4%), Alagoas (25,7%), Amazonas (25,1%), Bahia (28%), Pará (28,1%), Piauí (26,1%), Rio de Janeiro (25,8%) e Sergipe (29,4%). Em se tratando do Ensino Fundamental II, as maiores taxas permanecem acima dos 40% em nove Unidades da Federação: Alagoas (47,3%), Amazonas (41,4%), Bahia (46,9%), Pará (47,0%), Paraíba (42,2%), Piauí (42%), Rio de Janeiro (40,2%), Rio Grande do Norte (47,3%) e Sergipe (52,8%). Os dados revelam um quadro preocupante e sinalizam que o currículo e as práticas pedagógicas não estão adequados às necessidades dos estudantes e dos novos tempos educativos. O Brasil vem apresentando uma trajetória de diminuição da taxa de abandono do Ensino Fundamental e do Ensino Médio nos anos de 2008, 2009, 2011, 2012 e 2013. Em 2013, as taxas foram respectivamente de 2,20 e 8,10 do Ensino Fundamental e do Ensino Mmédio. Não obstante a diminuição gradativa dessa taxa ao longo dos anos, o abandono escolar ainda é uma questão preocupante no Brasil, em especial quanto ao ensino da educação básica, obrigatória por lei. No ano de 2013, os registros indicam 12.747 matrículas públicas de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos na Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Ensino Médio, sendo dois na faixa etária de 6 a 10 anos; 16 na faixa etária de 11 a 14 anos e 12.729 na faixa etária de 15 a 17 anos. Tal situação é reflexo da precariedade da educação no País, que não considera o desenvolvimento humano nas especificidades de cada faixa etária. Os dados de 2013 indicam que, na área rural, 68.116 (96,85%) escolas públicas não possuem acesso para deficientes ou banheiros adaptados. Em relação à área urbana, os dados revelam 62.429 (75,33%) escolas públicas que não possuem acesso para deficientes ou banheiros adaptados, demonstração de que o País ainda enfrenta desafios em relação à garantia da acessibilidade para crianças e adolescentes nas escolas públicas, tanto na área rural quanto na urbana. A quantidade de pessoas em idade educacional adequada decrescente colaborará para que os valores aplicados por pessoa em idade educacional se elevem no Brasil. Projeções realizadas pelo IBGE mostram que este fato vai ocorrer fortemente até 2054. Quando se trata da utilização do percentual do PIB investido em educação, há a necessidade da utilização de duas outras informações: o valor do PIB do país e o tamanho do alunado a ser atendido, o que pode ser expresso, por exemplo, pela quantidade de pessoas do país que estão em idades educacionais adequadas. O Brasil investe 5,8% do PIB em educação, o que representa 178,3 bilhões para uma população em idade educacional de 81.670.686 pessoas, o que implica numa renda per capita de R$ 2.132,00. Para atingir a média da OCDE, o Brasil teria que aplicar o equivalente a 18,56% do PIB em educação, um percentual extremamente alto. Com o aumento do tamanho do PIB brasileiro e uma estabilização de sua população total, haverá, consequentemente, uma elevação da renda per capita. Essa elevação precisa ser acompanhada da diminuição da grande desigualdade socioeconômica existente no Brasil para que se eleve também a riqueza cultural das famílias dos estudantes, fator importante no desempenho educacional das crianças e jovens de um país.
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O Brasil precisará manter durante as próximas décadas, nos próximos Planos Nacionais de Educação, elevados valores financeiros em educação para que, no futuro, a conjunção de crescimento do PIB com a diminuição da população em idade educacional adequada possa resultar em um valor por pessoa que seja equivalente ao da média da OCDE. Análises realizadas por diversos pesquisadores e pela Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação (Fineduca) mostram que os recursos públicos que serão alocados diretamente no setor público não serão suficientes para cumprir as metas do PNE até 2024. Não existe uma relação direta entre o valor aplicado por estudante e o resultado do PISA, entretanto, deve existir um valor limite a partir do qual um valor menor que este interferiria no resultado do PISA, abaixando-o. Na educação básica, o Brasil está exatamente nessa situação, aplicando recursos abaixo desse limite, o que vem interferindo no resultado do PISA.
4. Recomendações do Brasil Marista 4.1. Para que o Brasil possa cumprir a RECOMENDAÇÃO 119.160 – Continuar con las estrategias educacionales a fin de que todos los niños se matriculen en la escuela y reciban una educación básica de calidad (Irán), recomendamos: •
Garantir o direito à educação de qualidade para toda a população em idade escolar, universalizando o acesso, a permanência e o sucesso na educação básica nos seguimentos de Creche, Pré-escola, Fundamental I, Fundamental II e Ensino Médio.
•
Empreender todos os esforços para assegurar que 50% dos alunos da educação básica estejam em tempo integral nas escolas públicas.
•
Assegurar plano de formação continuada e plano de cargos e salários para os docentes em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, condizentes com sua importante função social.
•
Garantir programas para que os estudantes possam desenvolver os conhecimentos, as competências e as habilidades necessários a um melhor desempenho em avaliações públicas, nacionais e internacionais.
4.2. Para cumprimento da RECOMENDAÇÃO 119.157 – Aplicar estrategias a fin de resolver los problemas con que se enfrenta la educación, especialmente en el nivel básico (Palestina), recomendamos ao Brasil: •
Elevar o percentual do PIB a ser investido em educação, considerando a população em idade escolar a ser atendida e os graves problemas de qualidade enfrentados, tais como: população de crianças, adolescentes e jovens fora da escola, infraestrutura física e tecnológicas inadequadas às reais necessidades e perfis dos alunos, taxa de analfabetismo, defasagem idade-série, falta de acessibilidade, entre outros.
•
Estabelecer como meta a alfabetização de 100% da população, tanto na área urbana quanto rural, garantindo as necessárias habilidades de leitura, escrita e manejo da língua materna.
•
Eliminar a ocorrência de distorção idade-série para todos os estudantes do Ensino Fundamental I e Fundamental II, criando condições para que os estudantes tenham melhor desempenho e sucesso escolar na idade adequada.
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•
Garantir progressão continuada, com qualidade de aprendizagens socialmente relevantes, a todos os estudantes da educação básica, de forma a assegurar o cumprimento dos ciclos de ensino.
•
Eliminar o abandono escolar no Ensino Fundamental I, Fundamental II e Ensino Médio, garantindo a permanência e o sucesso escolar de todos os estudantes matriculados na educação básica, sem distinção de gênero, etnia, raça, cor, situação econômico-financeira, orientação sexual, bem como em relação aos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa.
•
Eliminar matrículas de crianças e diminuir significativamente as matrículas de adolescentes na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), assegurando matrículas no ensino regular.
•
Garantir que a rede pública de ensino possua os requisitos necessários para assegurar acessibilidade e permanência com sucesso dos estudantes com deficiência.
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Referências Bibliográficas CADE BRASIL 2015 – Crianças e Adolescentes em dados e Estatísticas: Relatório de Monitoramentos dos Direitos da Criança e do Adolescente – Fórum Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente [coordenação Instituto Marista de Assistência Social – IMAS]. – Brasília, DF: FNDCA, 2015. DOURADO, Luiz F. (org.). Plano Nacional de Educação (2011-2020): avaliação e perspectivas. Goiânia: Editora UFG/Autêntica, 2011. 10 desafios do ensino médio no Brasil: para garantir o direito de aprender de adolescentes de 15 a 17 anos [coordenação Mário Volpi, Maria de Salete Silva e Júlia Ribeiro]. – 1. ed. – Brasília, DF: UNICEF, 2014. AMARAL, N. C. O novo PNE e o financiamento da educação no Brasil: os recursos como um percentual do PIB. In: III Seminário Brasileiro de Educação. CEDES, 28 fev. a 2 mar., 2011, Unicamp-SP. AMARAL, Nelson Cardoso. Financiamento da Educação Superior: Estado X Mercado. São Paulo e Piracicaba: Cortez e Unimep, 2003. ARAÚJO, L. Financiamento educacional na ordem do dia. Universidade e Sociedade. São Brasília-DF, Ano XXI, n., p.144-153, junho de 2012. BRASIL.IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio/2013. Disponível em: < http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/trabalhoerendimento/pnad2013/brasil_defaultxls.shtm >. Acesso em: 12/dez./2014a. BRASIL.IBGE. Projeção da População. Disponível em: < http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/projecao_da_populacao/2013/default_tab.shtm >. Acesso em: 12/ dez./2014. BRASIL.INEP. Percentual de Investimento Público Direto em Relação ao PIB. Disponível em:<http://www.inep.gov.br/estatisticas/gastoseducacao/indicadores_financeiros/P.T.D._dependencia_administrativa.htm>. e Percentual do Investimento Total em Relação ao PIB. Disponível em: http://www.inep.gov.br/web/guest/estatisticas.gastoseducacao-indicadores_financeiros-p.t.i_nivel_ensino.htm. Acesso em: 10/abr./2015. BRASIL.INEP. Sobre o PISA. Disponível em: < http://portal.inep.gov.br/basica-censo-escolar-sinopse-sinopse>. Acesso em: 10/out./2014a. BRASIL.LEI No 13.005 de 15 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011- 2014/Lei/ L13005.htm. Acesso em: 9/nov./2014. CARA, D. O custo da qualidade (Educação Básica) 2011. Disponível em: <http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/comissões/comissoes-temporarias/especiais/54a-legislatura/pl-8035-10-plano-nacional-de-educacao/o-custo-da-qualidade-daniel-cara>. Acesso em: 10/dez./2012. CASTRO, Jorge Abrahão. Financiamento e gasto público da educação básica no Brasil e comparação com alguns países da OCDE e América Latina. Educação & Sociedade, Campinas, v.26 n. 92 p.841-858, Especial – out. 2005. EUA.CIA. The World Factbook. Disponível em: <https://www.cia.gov/library/publications/rsources/the-world-factbook?. Acesso em: 20/mar./2015. FINEDUCA. Nota Pública: o PNE e o financiamento da educação. Disponível em: <http://www.redefinanciamento.ufpr.br/nota_pne.pdf.>. Acesso em: 5/jun./2014. RELATÓRIO EXAME PERIÓDICO UNIVERSAL Relatório de Indicadores de Monitoramento
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