EDITORIAL
O Curso de Ciências Econômicas da FAE Centro Universitário apresenta a derradeira edição do ano de 2015 do periódico eletrônico Vitrine da Conjuntura, correspondente ao mês de dezembro. O número atual contém cinco textos, enfocando o ambiente econômico nacional e regional, e as partes fixas do Panorama Econômico e dos Indicadores. O primeiro artigo analisa as estimativas do produto interno bruto (PIB) brasileiro, para o terceiro trimestre de 2015, disponibilizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O segundo aborda o ceticismo da sociedade, especialmente dos mais jovens, em relação ao futuro do País. A terceira incursão descreve os traços e as consequências da grave doença que afeta a economia brasileira, representada pela combinação entre inflação e recessão. A quarta reflexão descreve o definhamento do parque industrial operante no Brasil, à luz da divulgação de estatísticas recentes levantadas pelo IBGE. Por fim, a quinta contribuição interpreta as razões da conquista, por parte do Estado do Paraná, da condição de quarta maior economia no conjunto da nação, desbancando o Rio Grande do Sul.
Ótima leitura. Feliz Natal e um abençoado 2016.
Gilmar Mendes Lourenço Editor.
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n.10, dezembro 2015 | 1
EQUIPE TÉCNICA
Carlos Ilton Cleto Economista, doutor em Engenharia da Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina e professor da FAE.
Gilmar Mendes Lourenço Economista, mestre em Gestão de Negócios pela Universidade Federal de Santa Catarina, professor da FAE, eleito “O Economista Paranaense Acadêmico do Ano de 2011”, pelo Corecon/PR, e vencedor do Prêmio “Imprensa”, em 2011, 2012, 2013 e 2014, na categoria gestor de empresa pública, oferecidos pelo grupo Quality TV & Jornais.
Gustavo Nunes Mourão Economista, mestre em Teoria Econômica pela Universidade Estadual de Maringá e professor da FAE.
Vitrine da Conjuntura, Curitiba , v. 8, n. 10, dezembro 2015
‘ RAÍZES ESTRUTURAIS DA QUEDA DO PIB Gilmar Mendes Lourenço
As informações atualizadas do Sistema de Contas Nacionais (SCN), divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), relativas ao terceiro trimestre de 2015, confirmam o aprofundamento da recessão que, na melhor das hipóteses, assola o País desde abril de 2014. A marcha cadente resulta das estripulias cometidas pelas autoridades de Brasília a partir do final de 2008, sob o pretexto de preservação da nação dos efeitos de uma crise internacional que, rigorosamente, nem existe mais. O produto interno bruto (PIB) da nação caiu -4,5% entre julho e setembro de 2015 quando comparado com o mesmo período do ano anterior, puxado pelas importações (-20,0%), investimento (-15,0%), consumo das famílias (4,5%) e compras governamentais (-0,4%). O quantum das exportações apareceu como o solitário elemento da demanda agregada a exibir variação positiva (+1,1%), imputado aos efeitos da depreciação do real. No indicador acumulado entre janeiro e setembro, o PIB brasileiro encolheu -3,2%. Ao mesmo tempo, por uma observação dos grandes setores, percebe-se que, afora mineração (+4,2%) e energia (+1,5%), o declínio revelou-se generalizado, sendo que as piores performances foram registradas pela indústria de transformação (-11,3%), comércio (-9,9%), transporte, armazenagem e correio (-7,7%), construção civil (-6,3%) e agropecuária (-2,0%). Na verdade, a tentativa de conserto, em 2015, dos estragos ocasionados entre 2008 e 2014, pela via conservadora, centrada em aumento de impostos e de juros, moderados contingenciamentos orçamentários e abrupto ajuste dos preços administrados (energia, combustíveis e transportes), represados durante anos, serviu apenas para agravar o ciclo contracionista, ao impulsionar a inflação e afetar negativamente os níveis de emprego e salários e, por extensão, a confiança dos agentes, derrubando o consumo e o investimento.
O contrato de deterioração dos níveis de atividade no Brasil contém cláusulas estruturais associadas à miopia de curto prazo da orientação macroeconômica.
Contudo, o contrato de deterioração dos níveis de atividade no Brasil contém cláusulas estruturais associadas à miopia de curto prazo da orientação macroeconômica e ao abandono da perseguição do aprimoramento de itens voltados à elevação da competitividade sistêmica da produção e dos negócios. Em outras palavras, mais grave do que os sucessivos malogros conjunturais é a ausência de políticas direcionadas à destruição dos enormes obstáculos à expansão de longo prazo do sistema produtivo nacional.
A recuperação da capacidade de crescimento duradoura da base econômica operante em território nacional esbarra na elevada expropriação de recursos da órbita privada pelo setor público, conhecida como carga tributária, que chega a 45% do PIB se for incorporado o déficit nominal das finanças governamentais, sem a contrapartida de uma adequada provisão de infraestrutura econômica e social. Isso se torna mais gritante especialmente quando considerado, conforme estudos consistentes, que a capacidade de suporte da sociedade seria de um fardo tributário de 25% do PIB, compatível com uma nação de renda média. Há também o peso dos juros, utilizado como ferramenta de combate à inflação, sem êxito, diga-se de passagem, mas que, no final das contas, na ausência de maior concorrência interbancária, serve apenas para assegurar a rolagem da apreciável dívida mobiliária do governo e majorar as despesas de consumo das famílias e de giro e de investimentos das corporações.
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Em idêntico sentido, a falência do Estado levou ao vazio representando pela precarização da manutenção e paralisação dos investimentos em ampliação e modernização da infraestrutura, sem qualquer chance de preenchimento com participação privada, por conta do déficit de transparência e diálogo e excesso de intervencionismo nas iniciativas de concessões já orquestradas, prevalecentes na postura governamental. Não bastasse isso, ressalta o exagerado aparato burocrático, a defasagem do arcabouço trabalhista, a absoluta falta de aportes oficiais e incentivos às ações privadas para a impulsão das inversões em ciência e tecnologia e as disfunções da política cambial, aspectos impeditivos da conformação de rearranjos na estrutura de preços relativos para a diminuição do custo Brasil e a melhoria da eficiência dos fatores de produção. Infelizmente, o fundo do poço ainda não foi atingido. As expectativas sociais repousam no encaminhamento e negociação de soluções institucionais para os embaraços políticos que, hoje, representam os autênticos bloqueios à construção de um projeto nacional de desenvolvimento e, por extensão, à retomada do crescimento econômico em bases solidas por aqui.
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‘ A IMPRESCINDÍVEL ELIMINAÇÃO DO DÉFICIT DE ESPERANÇA Gilmar Mendes Lourenço
O déficit de esperança em relação ao futuro, registrado presentemente pela sociedade brasileira e, de forma mais contundente, pela sua fração mais jovem, é consequência da observação da proliferação da mistura entre multiplicação de descalabros políticos e éticos e aprofundamento da crise econômica, notadamente do desemprego, ocasionado, essencialmente, pela abdicação da aplicação das regras mais elementares de política de estabilização, desde fins de 2008, quando o intervencionismo populista e amadorista ocupou o lugar da racionalidade. Um rápido exame dos dados apurados para o terceiro trimestre de 2015, pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, efetuada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), permite inferir que 33,1% e 37% das pessoas classificadas como desempregadas no Brasil, possuíam entre 18 e 24 anos e 25 e 39 anos, respectivamente. Em termos agregados, 70,1% dos desocupados (procurando trabalho) no País teriam entre 18 e 39 anos de idade. Considerando que em 1990, exercício da eclosão da derradeira e forte turbulência política e econômica vivida pela nação, por conta da deflagração do confisco de ativos financeiros, promovido pela gestão Collor, o cidadão com 39 anos hoje, possuía apenas 14 anos, parece lícito argumentar que mais de 70% dos brasileiros ainda não sofreram, de forma direta, os inconvenientes e as agruras trazidas por uma crise de elevadas proporções, como a atual. O mais grave, porém, é a maximização da desesperança engendrada pela percepção de ausência de governo, pela atuação legislativa desprovida de princípios republicanos, pela radicalização da corrupção eleitoral e pela não identificação de elementos de saída e superação, distintamente do ocorrido em episódios pretéritos, como o salto exportador e a redemocratização, pós-recessão de 1981 a 1983, e a estabilidade monetária e as reformas institucionais, depois do impeachment de Fernando Collor, em 1992.
Em recente incursão discursiva, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, qualificou a crise de artificial, atrelada à confiança.
Como alimento de engorda da descrença, recente incursão discursiva do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, qualificou a crise de artificial, atrelada à confiança, e receitou como remédio a paciência social. Isso asseguraria suporte a “mais três anos sem golpe” e eliminaria o perigo de regresso ao passado “tenebroso de trinta anos atrás”.
Nessas circunstâncias, urge a defesa da virada do jogo das expectativas. É preciso lembrar que as obras de recuperação do funcionamento equilibrado das instituições revelam-se mais complexas em atmosferas democráticas, naturalmente mais exigentes em negociações definidoras dos potenciais ganhos e perdas dos atores, delineadas pelas alterações das condições de funcionamento do organismo político. Apenas como consolo histórico, convém sublinhar que os membros da geração anterior à nossa participaram ativamente da luta pelo fim da ditadura militar e restauração da operação das engrenagens democráticas no Brasil, conquistadas, de maneira gradativa, por meio do voto, em 1974, 1978 e 1982. A nós coube, primordialmente, o honroso trabalho de aperfeiçoamento da democracia e resgate da estabilidade monetária, fazendo uso inclusive de armas profissionais. Por isso, cumpre advertir que o espetáculo da evolução da sociedade brasileira reserva à população jovem, hoje bastante cética, o papel de protagonista no roteiro de recriação dos elementos capazes de ensejar o ingresso da nação em um novo ciclo de crescimento econômico, em bases duradouras, inserido na globalização, com mercado interno fortalecido e pronunciado grau de inclusão social, e ofertante de qualificadas oportunidades de trabalho e de empreendedorismo à esmagadora maioria da população.
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‘ A DOENÇA DA ECONOMIA BRASILEIRA Gilmar Mendes Lourenço
Uma observação estritamente técnica permite identificar a “estagflação” como a principal doença que afeta a economia brasileira, nos dias hoje. Os sinais característicos da moléstia revelam a convivência perversa entre pronunciado e prolongado definhamento dos níveis de atividade e inflação elevada e em ascensão, a despeito das providências ortodoxas utilizadas pelo Ministério da Fazenda e o Banco Central (BC) para contê-la ou debelá-la. De fato, ao encolher -9,5% entre julho e setembro de 2015, a produção industrial do País, acompanhada por investigação mensal realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), completou cinco trimestres seguidos de generalizada retração, puxada por bens de capital e de consumo duráveis, cuja performance sintetiza o esfacelamento dos alicerces da demanda doméstica, particularmente com o declínio da massa salarial, a elevação do desemprego, a escassez e o encarecimento do crédito, o recrudescimento inflacionário, a retirada líquida recorde de haveres das cadernetas de poupança e a exacerbação das incertezas dos atores sociais. As projeções das entidades do mercado, consultadas semanalmente pelo BC, apontam decréscimo superior a 3,2% e -2,0% do produto interno bruto (PIB) da nação, em 2015 e 2016, respectivamente. Se for acrescentada a redução de -2,4%, constatada pelo IBGE entre abril e dezembro de 2014, a referida grandeza macroeconômica acusará, em menos de três anos consecutivos, recuo superior a -7,5%, o maior da história republicana. No que se refere à inflação, o índice nacional de preços ao consumidor amplo (IPCA), que mede a variação média de preços de uma cesta de produtos consumidos por famílias com renda mensal entre um e quarenta salários mínimos (SM), apurado pelo IBGE, experimentou alta de 9,93%, em doze meses até outubro de 2015, a mais encorpada desde dezembro de 2003 (11,02%). Porém, quando tomado o resultado apresentado pelo índice nacional de preços ao consumidor (INPC), também do IBGE, tendo como alvo a população com rendimentos mensais entre um e cinco SM, a inflação atingiu 10,33% em um ano, retratando a natureza extremamente concentradora de renda da curva de preços, ao afetar, de maneira mais drástica, aquelas categorias sociais com menor capacidade de defesa. A recessão também constitui fator de aceleração da desigualdade, na medida em que, em estruturas de mercado predominantemente oligopolizadas como a brasileira, a majoração de custos, derivada da ampliação do grau de ociosidade das plantas; dos reajustes das tarifas de energia, dos preços dos combustíveis e dos transportes, represados politicamente durante alguns anos; da impulsão dos juros e dos impostos; e da depreciação do real; é repassada aos preços nas diversas transações, ao longo das cadeias produtivas, ensejando a conformação de novos patamares de inflação.
As grandes empresas e os hóspedes do topo da pirâmide social protegem-se da inflação e da recessão por meio de aplicações em ativos financeiros.
Enquanto isso, as grandes corporações e as classes hospedadas no topo da pirâmide social desencadeiam mecanismos de adaptação ao ataque inflacionário-recessivo e de garantia de posições vantajosas no conflito distributivo, através da aplicação dos recursos excedentes, antes destinados à economia real, em ativos financeiros, principalmente em papéis de curto prazo, transacionados pelos bancos para viabilizar a rolagem dos substanciais déficits e dívida do governo.
Este, por sinal, ao se recusar, veementemente, em fazer a lição da casa, expressa na necessidade de redução e racionalização estrutural dos dispêndios, e preferir prosseguir o processo de expropriação de haveres da órbita privada, mediante a ampliação da carga tributária, mantém acesa a chama da inflação e da recessão, condenando a base produtiva do País à perpetuação da estagnação e do atraso. Algumas inferências preliminares demonstram a dramática coincidência (ou correlação) entre pauperização das condições de funcionamento da economia e reversão das conquistas contabilizadas, a duras penas, pela sociedade brasileira desde fins de 1993, fruto da estabilidade monetária, da implantação das reformas institucionais, da restauração do poder de compra do salário mínimo, da instituição do crédito consignado e das iniciativas oficiais de transferência de renda.
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No Brasil, a patologia estagflação tem cura. Conforme a Ciência Econômica, o remédio a ser prescrito deve conter na fórmula o incansável esforço de saneamento do desequilíbrio orçamentário do setor público e o compromisso com rodadas de mudanças estruturais que favoreçam a redução do custo País e a melhoria da eficiência microeconômica. Até porque, como a estagflação constitui o maior e mais regressivo dos impostos, por prejudicar diretamente a fração mais pobre do tecido social, autoridades econômicas coniventes com esse fenômeno protagonizam, no espetáculo da aliança hegemônica de poder, o papel de verdadeiros arautos da insensibilidade e do retrocesso.
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‘ A CONSOLIDAÇÃO DO ENFRAQUECIMENTO DA INDÚSTRIA BRASILEIRA Gilmar Mendes Lourenço
O comportamento da indústria brasileira ao longo de 2015, aferido por pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI), vem evidenciando um autêntico definhamento setorial, fruto da combinação perversa entre fragilização da demanda externa e interna e deterioração da confiança dos agentes econômicos no futuro do País. A produção caiu -10,9% em setembro, em relação ao mesmo mês de 2014, representando a décima nona queda seguida, nessa base de cotejo, e a mais acentuada desde abril de 2009 (-14,1%), quando o parque fabril operante no País foi duramente castigado pelo tsunami financeiro internacional. O decréscimo acumulado entre janeiro e setembro foi de -7,4%, o maior desde 2009, puxado por bens de capital (-23,6%) e de consumo duráveis (-15,7%), com contrações também relevantes em bens semiduráveis e não duráveis (-7,1%) e intermediários (-4,1%). Sem dúvida, a tendência cadente mais preocupante é a registrada na fabricação de bens de capital, que abrange as máquinas e equipamentos destinados ao aumento da capacidade produtiva do sistema, ou do investimento, indicador antecedente do crescimento ou da estagnação do ciclo econômico. Pelo andar da carruagem, o aparelho de negócios da nação deverá prosseguir amargando tempos medíocres. O recuo acusado pela produção de itens de consumo duráveis reflete a compressão da renda das famílias, com a impulsão do desemprego, do endividamento e da inadimplência, em um ambiente de encurtamento e encarecimento do crédito (elevação dos juros), e a retração da massa salarial, também afetada pela escalada da inflação. O desempenho negativo de não duráveis e semiduráveis é igualmente explicado pelo enfraquecimento do mercado de trabalho (emprego e rendimentos) e a interferência da espiral inflacionária e da subida dos encargos financeiros nos orçamentos domésticos, enfraquecendo o poder de compra e precipitando posturas defensivas da população. Por fim, a rota descendente de bens intermediários pode ser imputada, de um lado, ao encolhimento da demanda por peças, componentes, matérias primas e insumos básicos, derivado do aprofundamento e prolongamento da recessão, e, de outro, à diminuição dos preços internacionais e à perda de competitividade das vendas externas brasileiras, por conta da majoração dos custos internos (energia, combustíveis, transportes, impostos e juros), em um clima de acirramento da concorrência global. Esse último ponto, decorrente da reativação econômica mundial em ritmo ainda bastante modesto, marcada, especialmente, pela morosa superação da recessão na Europa e a pronunciada desaceleração da economia chinesa, mergulhada em uma bolha de crédito, vem provocando a maximização das práticas protecionistas, por parte dos mercados avançados, prejudicando, sobremaneira, a atuação de players de países com fundamentos fiscais e financeiros debilitados, como o Brasil. Na mesma linha, levantamento realizado pela CNI mostra diminuição das horas trabalhadas, faturamento real (descontada a inflação), emprego e volume real total de salários pagos na indústria de -9,5%, -6,8%, -5,5% e -5,3%, respectivamente, entre janeiro e setembro de 2015, frente a igual período de 2014.
A situação de penúria da indústria nacional está umbilicalmente atrelada à política econômica (ou à falta dela) implementada no País a partir de fins de 2008.
Parece oportuno esclarecer que a situação de penúria da indústria nacional está umbilicalmente atrelada à política econômica (ou à falta dela) implementada no País, a partir de fins de 2008, focada na preservação artificial da capacidade de realização da produção fabril, por intermédio da concessão de incentivos fiscais e tributários a alguns segmentos, escolhidos por critérios pouco transparentes, e desprovida da explicitação dos ingredientes de uma estratégia de longo prazo.
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Em outros termos, na ausência de oferta de cartas de navegação oficiais, capazes de propiciar o resgate dos trunfos concorrenciais no front interno e o ensaio do revigoramento competitivo na fronteira internacional, o funcionamento do complexo manufatureiro nacional permaneceu dependente de fatores circunstanciais que, costumeiramente, exibem fôlego limitado e podem desaparecer, ou serem retirados, de forma tão rápida e surpreendente, como surgiram ou foram concedidos. O peso do segmento de transformação no produto interno bruto (PIB) brasileiro caiu de 17,9%, em 2004, para 10,9%, em 2014, devendo furar o piso de 9%, em 2015. Trata-se do fenômeno da “desindustrialização”, provocado por iniciativas atabalhoadas, tomadas por governos excessivamente preocupados em construir múltiplos palcos para a viabilização de um populismo redistributivista, ignorando que tal empreitada requer o funcionamento de um vigoroso e competitivo setor industrial, cada vez mais exigente na aplicação de vultosas somas de recursos em ciência e tecnologia. Por certo, a factibilidade do suprimento desse tipo de demanda impõe o barateamento do custo do capital, pelo caminho da disponibilização de linhas de crédito especiais e subsidiadas e da redução do fardo tributário. Contudo, antes disso, afigura-se crucial a transparente negociação e definição política de um programa industrial que designe, dentre outras coisas, os ganhadores e perdedores diretos de uma nova etapa expansiva e, por extensão, engendre a adoção de planos de encaixe dos atores envolvidos.
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‘ PARANÁ: O QUARTO PIB DO PAÍS Gilmar Mendes Lourenço
Os resultados da revisão das Contas Regionais do Brasil, realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o intervalo de tempo compreendido entre 2010-2013, situam o Paraná na quarta posição no ranking nacional do produto interno bruto (PIB), em 2013, representando 6,3% do montante estimado para o País e desbancando o Rio Grande do Sul (6,2%). De fato, ao incorporar novas informações e contemporâneos procedimentos de cálculo, acompanhando a evolução metodológica aplicada à mensuração do agregado nacional, as atuais alterações permitiram, dentre outros avanços, a aferição mais adequada da dimensão dos sistemas produtivos regionais. A mudança de posto entre os paranaenses e os gaúchos no certame federativo de geração de renda não chegou a surpreender os analistas mais atentos. É fácil perceber, desde a segunda metade da década de 1990, flagrante perda de dinamismo econômico do Rio Grande do Sul, por conta da combinação entre crônica crise financeira do tesouro estadual e perda de confiança dos investidores potenciais, depois do rompimento unilateral dos contratos, celebrados entre o governo estadual e as montadoras de automóveis, Ford e General Motors, no final dos anos 1990. Enquanto isso, o Paraná vivenciou dois encorpados ciclos de captura de projetos produtivos (1995-2000 e 20112014), capitaneados predominantemente pela iniciativa privada e voltados à ampliação e diversificação da matriz industrial, ambos explicados pela capacidade do Estado em multiplicar vantagens competitivas regionais para novos empreendimentos, por meio do restabelecimento de uma atmosfera de permanente diálogo entre instâncias públicas e atores produtivos, propício à recuperação e multiplicação dos negócios por essas paragens. Assim, conformou-se um movimento de operação econômica menos subordinados aos ciclos, predominante até o começo do decênio de 1990, mais articulado ao ambiente internacional e nacional, e amparado em cinco eixos de expansão. São eles a verticalização e modernização do agronegócio, com pronunciada presença e participação do segmento cooperativista; a impulsão da metalmecânica, particularmente com os ramos automobilístico e eletroeletrônico; a transformação quantitativa e qualitativa do complexo madeireiro-papeleiro, especialmente com as plantas de Medium Density Fiberboard (MDF) e os encorpados projetos, amparados por grupos estrangeiros e nacionais; a indústria petroquímica, principalmente refino de petróleo e álcool; e a cadeia produtiva atrelada à construção civil, fortemente dependente das obras residenciais, equipamentos comerciais e inversões em infraestrutura.
Há mais de uma década o Paraná ocupa o quarto lugar, na classificação brasileira, em variáveis estratégicas.
Segundo algumas pesquisas estruturais, também efetuadas pelo IBGE, há mais de uma década o Paraná ocupa o quarto lugar, na classificação brasileira, em variáveis estratégicas, como valor da transformação industrial e das obras (públicas e privadas) executadas e receita bruta das atividades comerciais atacadistas, varejistas e de veículos.
Não bastante isso, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, efetuada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Paraná registrou, no terceiro trimestre de 2015, taxa de desocupação de 6,1% da população economicamente ativa (PEA), a segunda menor do País (8,9%), ficando atrás de Santa Catarina (4,4%). O Estado contabilizou ainda rendimento médio mensal do trabalho de R$ 2.093,0, 10,8% acima da média nacional (R$ 1.889,0), figurando no terceiro posto da federação, perdendo para o Distrito Federal (R$ 3.512,0) e São Paulo (R$ 2.482,0). Esses trunfos configuram enorme potencial a ser maximizado para o exercício do protagonismo estadual na retomada sustentada do crescimento econômico da nação. Até porque, como o Paraná não é uma ilha de prosperidade, em meio a um oceano de crise, o Estado vem sendo atingido, de forma dramática, pela conjuntura recessiva, instalada no País desde o segundo trimestre de 2014, aspecto evidenciado por quedas acentuadas na produção industrial, no volume de vendas do comércio varejista, na receita real (descontada a inflação) do setor de serviços e no emprego com carteira assinada.
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Em outros termos, a preservação do status de quarta economia do País, em bases dinâmicas, exigirá a intensificação de esforços da sociedade paranaense na direção da consolidação da garimpagem de novos empreendimentos e do revigoramento das atividades já instaladas, em paralelo ao trabalho de pressão política junto à esfera federal visando à eliminação do conteúdo depressivo da política econômica e à negociação de um programa de desenvolvimento de longo prazo para o País, que incluía um novo pacto federativo, capaz de redefinir receitas e responsabilidades entre união, estados e municípios.
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INDICADORES
EXPECTATIVA MÉDIA ANUAL DO MERCADO PARA A ECONOMIA BRASILEIRA: PIB, JUROS, CÂMBIO E INFLAÇÃO - 2015-2019 TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB
TAXA DE JUROS SELIC
TAXA DE CÂMBIO R$/US$
TAXA DE INFLAÇÃO IPCA
2015
-3,18
14,13
3,39
10,34
2016
-2,01
11,94
4,08
6,67
2017
1,00
10,86
4,05
5,27
2018
1,74 1,96
10,46
4,11
5,00
9,50
4,13
4,84
ANO
2019
FONTE: Banco Central do Brasil, GERIN. Com base nas expectativas de 27/11/2015.
DÍVIDA LÍQUIDA DO SETOR PÚBLICO (% PIB) – COMPARAÇÃO MENSAL ÚLTIMOS 10 ANOS – SETEMBRO 2005-2015 SET/
GOVERNOS ESTADUAIS
BACEN
2005
29,68
0,48
16,26
1,21
47,62
2006
30,23
0,26
15,19
0,88
46,56
2007
28,84
1,34
13,69
0,75
44,62
2008
26,80
-0,89
13,29
0,78
39,99
2009
29,48
-1,06
12,47
0,72
41,61
2010
27,20
-1,02
11,46
0,61
38,25
2011
24,26
-1,07
10,83
0,59
34,61
2012
22,67
-1,03
10,98
0,53
33,15
2013
22,09
-1,04
10,83
0,61
32,50
2014
22,90
-1,16
11,12
0,66
33,51
2015
22,60
-3,02
12,75
0,87
33,20
E MUNICIPAIS
EMPRESAS ESTATAIS
SETOR PÚBLICO
GOVERNO FEDERAL
ANO
CONSOLIDADO
FONTE: Banco Central do Brasil, DEPEC.
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INDICADORES
EVOLUÇÃO DIÁRIA DO ÍNDICE BOVESPA (IBOVESPA) –NOV/2014–OUT/2015 DIA 1 2
JAN/15 48.512,22
3 4
FEV/15
MAR/15
ABR/15
47.650,73
51.020,81
52.321,56 53.123,02
48.963,66
51304,10
MAI/15
49.301,05
50468,05
57353,98
5
47.516,82
49.233,85
50365,20
58051,61
6
48.000,92
48.792,27
49981,19
7
49.462,91
8
49.943,30
9
48.840,25
JUN/15
JUL/15
53.031,31 54.236,43
52.757,53 53.108,18
53522,90
52519,40
52973,37
52343,71
48577,32
48.914,32
53.222,85
53661,11
57149,33
54214,11
53876,44
11
48.239,67
48905,58
48595,81
14
57197,10
53688,51
56792,05
53347,53
51781,74
52590,72
49072,34
46.400,50
52.474,27
49.861,81
48388,04
56.927,81
52.978,89
48.001,98
47.645,87
53981,92
56656,57
53239,17
47508,40
15
48.026,31
54918,74
57248,63
16
49.016,52
18
54674,21
53702,15
53,069,75
58285,12
53954,79
53248,54
52341,80
51.237,70
51966,58
22
49.442,62
23
48.775,30
53761,27
54617,36 51.280,64
51908,46
55684,85 56594,22
47.236,10
47.007,51
49.650,98
54901,92
51600,07
46649,23
55112,05
51474,28
45719,64
54377,29
48.553,09
47.018,68
53.402,81
46588,39
49.224,08
47.161,15
48.495,70
53749,41
47.876,66
47.364,06
52.061,86
55498,82
21
51.772,40
47.264,08
47450,58
20
46.710,43
48.713,64
54238,59
50953,53
47.281,01
51.256,99
56204,23
51.294,03
51.846,03
48.551,07
51526,19
47.758,01
47.362.63
47217,42
51.280,36
19
50.193,47 49.548,08
48009,56
48848,21
50.274,07
49.338,41 52.725,38
53119,47
5290828
49.106,55
46.657,09 46.503,99
56372,04
53137,53
46.762,07
49553,00
54239,77
17
51.426,87 51.992,89
56921,39
48293,40
48880,40
54.383,59 53.698,42
53729,16
52809,63
47.447,31 47.076,55 46.590,19
47.025,86
56.084,04
53863,67
50915,78
46.264,60
47.772,14
50.120,86
53772,43
49806,62
45.340,11
47.596,58
50.889,81
53842,53
49245,84
24
51.874,17
51506,07
44336,47
45.291,96
55.406,91
25
51.811,02
51858,30
54609,25
53175,66
44544,85
44.831,46
55.560,81
53629,78
54016,97
46038,07
47.209,32
55.098,47
48735,54
47715,27
47.042,94
54.721,32
49601,59
47153,86
54.724,00
26
48.576,55
51.760,54
50579,85
27
48.591,23
51.583,09
50094,66
28 29 30
46.907,68
55534,50
54236,25
47.694,54
55812,03
53976,27
47.762,24
55325,29
52760,47
51243,45
31
56229,38
52.320,48
47.598,06
52.637,06
48.510,28
50.635,92
46.497,72 60.681,98
53.947,21
47.735,11
10
49.532,72
50058,48 50287,27
DEZ/14 52.276,58 51.612,47
50011,32
52815,99
48.041,67
47.365,87
NOV/14
52149,37
53802,66
48.139,74
OUT/15 45.313,27 47.033,46
57103,14
49181,01
13
50138,04
SET/15 45.477,06 46.463,96
53737,26
49.382,58
12
AGO/15
50.144,63
43.956,92
46.740,84
53014,21
50245,14
44.131,82
45,628,35
50.593,82
53080,88
49897,40
45.059,84
45.868,81
50.007,41
51150,16
50864,77
Mínimo
46.907,68
47.650,73
48293,40
529321,76
52760,47
52809,63
48735,54
44336,47
43.956,62
45.313,27
51.256,99
47.007,51
Máximo
49.943,30
51.874,17
51966,58
56594,22
58051,61
54238,59
53239,17
50287,27
48.553,09
49.338,41
56.084,04
52.320,48
FONTE: Bovespa NOTA: Índice Ibovespa é o valor atual, em moeda corrente, de uma carteira teórica de ações constituída em 2/1/1968 (valor-base: 100 pontos), a partir de uma aplicação hipotética. Supõe-se não ter sido efetuado nenhum investimento adicional desde então, considerando-se somente os ajustes efetuados em decorrência da distribuição de proventos pelas empresas emissoras (tais como reinversão de dividendos recebidos e do valor apurado com a venda de direitos de subscrição, e manutenção em carteira das ações recebidas em bonificação). Dessa forma, o índice reflete não apenas as variações dos preços das ações, mas também o impacto da distribuição dos proventos, sendo considerado um indicador que avalia o retorno total de suas ações componentes (IBOVESPA).
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|2
INDICADORES
INDICADORES CONJUNTURAIS DA INDÚSTRIA BRASILEIRA, SEGUNDO TIPO DE INDÚSTRIA – PESSOAL OCUPADO ASSALARIADO SET2015 INDÚSTRIA
MENSAL
Indústria Geral Indústrias Extrativas Indústria de Transformação Alimentos e Bebidas Fumo Têxtil Vestuário Calçados e Couro Madeira Papel e Gráfica Coque, Refino de Petróleo, Comb. Nucleares e Álcool Produtos Químicos Borracha e Plástico Minerais Não-Metálicos Metalurgia Básica Produtos de Metal - exclusive máquinas e equipamentos Máquinas e Equips - excl. elétr., eletrôn., de precisão e de comun. Máquinas e Aparelhos Elétr., Eletrôn. de Precisão e de Comunicações Fabricação de Meios de Transporte Fabricação de Outros Produtos da Indústria de Transformação
ÚLTIMOS
ACUMULADO
92,98 95,69 92,91 97,12 87,00 90,39 93,08 94,13 93,54 96,85 97,31 99,16 91,57 93,09 91,89 89,44 89,36 85,29 87,62 89,67
12 MESES
94,27 95,41 94,23 97,53 90,47 95,57 94,45 92,82 95,18 96,53 94,92 99,64 96,66 96,69 93,07 89,53 92,43 86,75 89,39 90,73
94,60 95,90 94,56 97,48 91,56 95,80 94,68 92,59 95,94 96,76 94,64 99,92 97,15 97,47 93,30 90,07 92,72 88,01 90,11 91,39
FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria. Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (www.ibge.gov.br) : Número índice base = 100 Índice Mensal: compara os dados do mês de referência do índice com os de igual mês do ano anterior; Índice Acumulado: compara os dados acumulados no ano, de janeiro até o mês de referência do índice, com os de igual período do ano anterior; Índice Acumulado 12 Meses: compara os dados acumulados nos últimos 12 meses de referência do índice, com os dos 12 meses imediatamente anteriores.
BRASIL - DESEMBOLSOS DO SISTEMA BNDES, SEGUNDO OS GÊNEROS INDUSTRIAIS - 2011-2015
(Em US$ milhões) Jan-Ago
GÊNERO INDUSTRIAL Indústria de Transformação Produtos Alimentícios Bebidas Produtos do Fumo Produtos Têxtil Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios Couros, Calçados e Artefatos Produtos de Madeira Celulose, Papel e Produtos de Papel Impressão, Reprodução de Gravações Refino Petróleo, Coque e Biocombustíves Produtos Químicos Produtos Farmaquímicos e Farmacêuticos Produtos de Borracha e Material Plástico Produtos Minerais Não-Metálicos Metalúrgica Produtos de Metal, exceto Máquinas e Equipamentos Equipamentos de Informática, Produtos de Eletrônica e Ópticos Máq. Aparelhos e Mat. Elétricos Máquinas e Equipamentos Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias Outros Equipamentos de Transporte, exceto Veículos Automotores Móveis Produtos Diversos Manutenção, Reparação e Instalação de Máquinas e Equipamentos
2011
2012
23.842 3.135 912 7 931 596 374 312 853 76 2.657 1.438 133 906 1.156 1.491 727 177 835 1.647 2.799 2.072 391 173 44
23.056 2.381 711 3 623 746 417 387 2.157 91 3.114 1.009 125 1.124 1.110 1.270 672 478 614 1.714 2.317 1.196 518 197 82
2013 25.229 3.296 376 9 468 423 281 361 1.812 72 3.367 1.561 247 1.176 1.226 1.163 720 397 800 1.958 3.269 1.586 435 125 102
VAR. (%)
2014 19.935 2.577 481 1 251 271 116 191 1.732 57 2.218 1.516 203 624 719 1.061 679 264 449 1.226 2.213 2.649 259 111 67
2015
2014
7.734 1.015 214 0 108 124 25 91 841 20 620 278 59 200 189 862 154 84 198 356 548 1.591 91 41 25
13.007 1.640 257 0 115 181 79 123 1.306 37 1.672 1.044 124 434 466 816 535 173 286 718 1.166 1.546 175 69 44
2015/2014 -40,5 -38,1 -16,7 -85,3 -6,7 -31,3 -68,0 -26,0 -35,6 -44,7 -62,9 -73,4 -52,3 -54,0 -59,5 5,6 -71,2 -51,3 -30,7 -50,4 -53,0 2,9 -47,9 -40,7 -43,6
MDIC/Secretaria do Desenvolvimento da Produção (disponível em: www.mdic.gov.br) *Últimos dados disponíveis
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|3
INDICADORES
NÍVEL DE UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA NA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO BRASILEIRA 2014-2015 Discriminação
Média Média 2014 2015
Jan
Fev
Mar
Abr
Mai
2014 Jun
Jul
Ago
Set
Out
Nov
Dez
Jan
Fev
Mar
Abr
2015 Mai Jun
Jul
Ago
Set
Indústria de Transformação
81,9
79,4
80,7
81,3
88,8
81,0
81,3
80,0
81,7 81,8
82,3
82,6 82,0
78,7
79,6
78,8 80,5
80,4 79,7
79,0
79,1
78,3
78,4
Alimentos Bebidas Têxteis Vestuário Couros e calçados Madeira Celulose e papel Impressão e reprodução Derivados de petroléo e biocomb. Químicos Farmacêuticos Borracha e plástico Minerais não metálicos Metalurgia Produtos de metal Máquinas e materiais elétricos Máquinas e equipamentos Veículos automotores Outros equipamentos de transporte Móveis Produtos diversos
78,3 69,0 81,4 86,1 83,3 84,4 90,5
79,1 65,6 80,0 84,2 82,1 83,6 89,5
79,4 70,6 81,3 85,2 77,5 85,9 90,1
78,2 69,3 81,8 86,1 84,0 84,6 89,4
75,7 68,8 82,0 84,8 87,3 85,5 90,6
77,3 64,5 80,2 85,8 87,5 84,7 89,6
77,3 65,8 81,0 86,5 83,1 83,6 90,6
76,6 62,6 80,6 83,9 80,5 82,9 89,3
77,4 64,0 81,3 87,5 83,9 83,5 91,3
77,8 65,5 81,3 87,5 85,8 83,3 90,9
79,8 69,7 82,1 87,0 86,7 85,6 90,0
80,1 73,6 82,6 88,0 85,9 84,4 91,9
80,4 75,5 82,5 87,1 85,8 85,1 91,7
79,7 77,7 80,1 84,0 71,1 83,9 90,2
80,3 69,1 79,8 84,5 79,8 83,0 90,3
78,0 69,6 80,3 83,3 81,9 84,4 89,9
78,9 67,5 81,9 85,4 86,2 85,4 90,6
79,9 61,5 81,4 85,6 83,7 85,1 88,4
79,6 64,6 81,2 86,2 79,4 84,6 89,0
79,6 63,6 78,9 82,7 78,2 82,8 89,0
79,1 62,7 78,7 82,8 83,1 82,0 89,5
77,6 66,4 77,5 83,3 84,6 81,3 88,9
79,4 68,2 75,0 81,8 86,4 81,9 87,1
81,4 84,7 82,0 85,4 81,4
80,1 79,2 80,8 86,4 76,3
71,7 79,7 82,1 80,4 81,7
83,8 78,1 80,4 85,3 81,0
84,9 80,9 80,7 84,6 83,1
83,9 84,1 80,4 84,9 81,2
81,1 89,1 81,2 87,1 82,1
80,3 91,7 81,8 86,7 80,0
80,8 90,8 84,2 86,9 82,3
80,7 91,4 83,8 86,6 83,0
81,0 89,1 83,1 85,6 82,5
82,9 87,0 82,0 87,2 83,2
83,9 85,0 82,0 86,2 82,7
81,5 69,2 77,6 83,0 73,7
82,1 61,3 77,6 83,2 79,5
80,1 57,8 78,9 86,0 78,3
81,0 74,0 80,6 87,3 79,5
80,5 82,7 81,3 86,6 78,9
75,2 89,4 80,9 87,3 76,3
80,7 89,1 81,2 86,3 73,6
80,4 89,3 82,3 87,4 72,4
80,7 89,7 83,4 86,9 71,5
82,9 93,5 80,7 84,9 73,4
76,7 73,9 82,7 75,0
81,9 81,9 77,8 83,8 78,4
81,7 82,6 77,9 84,3 79,4
81,0 83,4 75,9 84,2 78,6
80,9 83,1 76,2 84,0 79,0
82,6 82,2 77,4 83,4 78,7
81,6 81,9 74,3 83,3 77,4
80,1 81,8 77,4 84,2 78,7
81,7 81,7 75,8 84,2 77,8
82,1 84,0 76,8 83,9 78,7
82,9 82,0 78,8 83,4 78,8
81,2 79,7 77,8 83,7 76,7
78,1 77,8 74,7 84,0 74,6
79,3 79,8 75,1 83,3 75,4
78,6 77,5 73,3 82,6 75,4
80,0 79,1 75,1 83,4 75,7
80,1 76,8 75,7 82,8 74,6
79,0 77,4 73,9 82,9 75,1
80,5 73,1 72,6 82,4 75,1
80,4 74,2 73,5 82,1 74,9
80,6 75,3 72,3 81,7 74,0
81,1 70,3 74,0 81,6 72,7
77,6 88,9 84,5 79,3
78,0 89,0 85,4 78,4
80,5 89,4 86,3 87,9
79,3 89,2 85,2 80,8
79,8 89,3 85,7 78,0
79,6 89,1 86,0 79,2
77,9 87,4 83,6 81,2
82,0 88,4 85,8 81,3
80,6 89,1 86,2 83,0
81,2 89,5 86,5 80,8
81,0 89,7 87,2 80,2
79,5 89,5 86,9 79,6
77,8 87,4 85,6 75,0
80,1 88,3 85,4 79,1
79,2 89,1 85,1 81,1
80,4 89,3 86,9 78,2
78,6 88,7 87,1 79,0
77,2 88,7 85,2 78,7
76,8 88,8 83,9 79,3
75,4 89,2 84,7 79,7
73,4 89,4 77,5 79,3
71,4 87,4 82,6 78,3
81,3 81,8 76,7 83,9 78,1 79,8 88,9 85,9 80,5
79,8
FONTE: CNI, MDIC
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|4
INDICADORES
BRASIL - COMÉRCIO EXTERIOR (EM US$ MILHÕES) – 2009-2015 JAN-OUT DISCRIMINAÇÃO
CORRENTE DE COMÉRCIO EXPORTAÇÃO
BÁSICOS PROD. INDUSTRIALIZADOS SEMIMANUFATURADOS MANUFATURADOS OPERAÇÕES ESPECIAIS
IMPORTAÇÃO
MAT.-PRIMAS E BENS INTERMED. BENS DE CONSUMO COMBUSTÍVEL E LUBRIFICANTES BENS DE CAPITAL
SALDO
2009
2010
2011
2012
2013
2014
PART. (%) EM 2014
-
VAR.(%) 2015/14 2015
2014
308.846
385.849
-20,0
280.715
383.685
482.284
465.758
481.795
454.132
152.995
201.916
256.039
242.577
242.178
225.101
100,0
160.545
191.964
-16,4
61.958 87.848 20.499 67.349 3.189
90.005 107.770 28.207 79.563 4.141
122.457 128.317 36.026 92.291 5.265
113.454 123.749 33.042 90.707 5.374
113.023 123.616 30.526 93.090 5.539
109.556 109.277 29.065 80.212 6.268
48,7 48,5 12,9 35,6 2,8
74.854 81.708 21.978 59.730 3.983
95.075 91.549 24.220 67.329 5.340
-21,3 -10,7 -9,3 -11,3 -25,4
127.720
181.769
226.245
223.181
239.617
229.031
100,0
148.301
193.885
-23,5
59.762 21.523 16.745 29.690
83.992 31.428 25.341 41.008
102.093 40.084 36.174 47.894
99.872 39.373 35.313 48.623
106.500 40.963 40.502 51.652
102.975 38.825 39.518 47.713
45,0 17,0 17,3 20,8
70.079 27.140 18.643 32.439
87.586 32.983 33.100 40.216
-20,0 -17,7 -43,7 -19,3
25.275
20.147
29.794
19.396
2.561
-3.930
12.244
-1.921
-
-
FONTE: MDIC/SECEX
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n. 10, dezembro 2015
|5
INDICADORES
PREÇO MÉDIO MENSAL E NOMINAL NO ATACADO EM REAIS (R$) DE PRODUTOS AGRÍCOLAS SELECIONADOS – DEZ/2000–AGO/2015 PERÍODO
SÃO PAULO
PARANÁ
Arroz (30 kg)
Feijão Preto (30 kg)
Soja (em farelo) ( t)
Trigo (em grão) (60 kg)
Milho (60 kg)
Dez/2000
20,69
19,08
Dez/2001
28,00
49,95
434,03
15,03
10,30
496,42
17,80
Dez/2002
38,00
11,78
48,47
745,55
34,94
Dez/2003
24,37
52,36
43,16
756,77
28,58
17,73
Dez/2004
33,78
48,65
522,76
21,26
15,00
Dez/2005
30,00
60,01
513,04
21,96
14,26
Dez/2006
34,01
33,47
506,57
29,23
19,44
Dez/2007
43,67
72,29
682,33
34,35
28,69
Dez/2008
52,54
85,72
736,91
28,50
17,93
Dez/2009
48,34
44,14
740,11
27,50
17,66
Dez/2010
54,40
56,57
734,82
27,40
22,69
Dez/2011
44,28
52,75
584,62
26,43
23,20
Dez/2012
65,00
80,81
1.239,97
41,50
31,00
Jan/2013
62,20
84,37
1.121,56
44,06
29,86
Fev/2013
61,19
85,21
923,84
45,47
29,24
Mar/2013
61,00
82,47
851,76
44,14
26,33
Abr/2013
61,00
85,27
823,94
43,35
23,17
Mai/2013
59,98
90,39
875,56
43,84
22,73
Jun/2013
59,11
98,64
1.035,92
45,87
24,16
Jul/2013
59,22
95,36
1.082,82
52,11
22,27
Ago/2013
60,04
96,48
1.111,16
56,02
20,84
Set/2013
60,15
95,57
1.226,96
59,31
21,69
Out/2013
60,24
96,33
1.245,81
55,91
20,60
Nov/2013
57,63
94,41
1.277,10
51,02
21,51
Dez/2013
59,51
92,71
1.298,74
47,27
22,54
Jan/2014
60,36
89,62
1.230,87
45,64
23,50
Fev/2014
59,91
87,40
1.202,97
46,29
24,39
Mar/2014
54,80
94,41
1.209,69
46,76
27,02
Abr/2014
62,02
95,37
1.186,52
49,57
27,27
Mai/2014
61,07
88,74
1.165,31
49,94
25,85
Jun/2014
61,67
81,73
1.170,80
48,41
23,90
Jul/2014
61,78
80,26
1.062,62
44,43
22,20
Ago/2014
61,23
79,91
1.083,22
36,71
21,44
Set/2014
58,00
80,77
1.047,49
34,56
20,90
Out/2014
58,46
78,43
1.050,81
32,19
21,07
Nov/2014
60,00
77,84
1.164,19
33,54
23,99
Dez/2014
60,00
78,69
1.174,61
34,32
24,95
Jan/2015
60,07
87,87
1.132,40
34,37
24,43
Fev/2015
60,10
89,11
1089,72
34,51
24,39
Mar/2015
60,35
84,95
1152,64
35,94
25,01
Abr/2015
62,05
80,90
1108,53
40,36
24,69
Mai/2015
67,60
77,91
1046,36
41,54
23,00
Jun/2015
74,88
73,80
1047,04
40,00
23,32
Jul/2015
74,70
74,08
1143,47
38,97
24,54
Ago/2015
74,05
75,75
1186,26
38,90
24,96
Set/2015
74,85
77,42
1.323,52
39,33
27,30
42,20
28,93
Out/2015 ... 80,63 1.393,83 FONTE: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA); CONAB; SEAB-PR NOTA: Cotação para o arroz longo fino agulhinha. Sinal convencional utilizado: ... Dado não disponível.
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n. 10, dezembro 2015
|6
INDICADORES
INDICADORES DO MERCADO FINANCEIRO NACIONAL E INTERNACIONAL BRASIL DATA
2005 (DEZ) 2006 (DEZ) 2007 (DEZ) 2008 (DEZ) 2009 (DEZ) 2010 (DEZ) 2011 (DEZ) Jan/2012 Fev/2012 Mar/2012 Abr/2012 Mai/2012 Jun/2012 Jul/2012 Ago/2012 Set/2012 Out/2012 Nov/2012 Dez/2012 Jan/2013 Fev/2013 Mar/2013 Abr/2013 Mai/2013 Jun/2013 Jul/2013 Ago/2013 Set/2013 Out/2013 Nov/2013 Dez/2013 Jan/2014 Fev/2014 Mar/2014 Abr/2014 Mai/2014 Jun/2014 Jul/2014 Ago/2014 Set/2014 Out/2014 Nov/2014 Dez/2014 Jan/2015 Fev/2015 Mar/2015 Abr/2015 Mai/2015 Jun/2015 Jul/2015 Ago/2015 Set/2015 Out/2015
Fundo de Investimento Financeiro – FIF (PL mensal, R$ milhões) 7837(1) 653.714 794.875 912.869 917.297 1.086.267 1.286.654 1.501.728 1.542.347 1.568.573 1.621.833 1.646.160 1.656.235 1.672.151 1.695.397 1.720.216 1.731.276 1.758.620 1.779.219 1.786.186 1.836.788 1.852.863 1.864.287 1.877.294 1.895.304 1.880.342 1.904.243 1.914.304 1.919.844 1.923.553 1.921.603 1.939.384 1.934.332 1.952.954 1.979.747 1.983.269 2.017.747 2.045.954 2.067.374 2.107.037 2.130.781 2.149.367 2.166.487 2.156.887 2.192.912 2.226.999 2.260.558 2.282.144 2.235.805 2.355.165 2.388.160 2.425.397 2.343.942 2.448.624
EUA
Índice Ibovespa Emissão Primária Valor das empresas fechamento de Debêntures listadas no Ibovespa mensal 7841 (R$ (R$ bilhões) 7848(3) (pontos) 7845 (2) milhões) 841 33.455 41.538 1.181 44.473 69.463 1.765 63.886 46.535 1.088 37.550 37.458 1.740 68.588 2.720 2.071 69.304 2.025 1.834 56.754 220 1.979 63.072 20.000 2.055 65.811 405 2.050 64.510 3.350 1.970 61.820 3.250 1.793 54.490 0 1.796 54.354 0 1.842 56.097 6.300 1.829 57.061 0 1.867 59.175 316 1.832 57.068 15.576 1.874 57.474 0 1.962 60.952 850 1.983 59.761 0 1.918 57.424 2.141 1.932 56.352 2.160 1.925 55.910 2.551 1.907 53.506 0 1.740 47.457 0 1.779 48.234 1.465 1.792 50.011 0 1.898 52.338 0 1.995 54.256 2.328 1.947 52.482 0 1.890 51.507 300 1.803 47.638 0 1.789 47.094 1.000 1.901 50.514 250 1.940 51.626 1.098 1.902 51,239 0 1.961 53,168 0 2.037 55.829 481 2.224 61.288 0 1.979 54.115 0 1.980 54.628 845 1.992 54.724 0 1.824 50.007 0 1.745 46.907 10.000 1.897 51.583 551 1.885 51.150 321 2.066 56.229 4.600 1.949 52.760 0 1.973 53.080 0 1.903 50.864 740 1.754 46.625 0 1.700 45.059 1.350 1.679 45.868 1.892
Dow Jones – NYSE fechamento (pontos) 7846 (3) 10.718 12.463 13.265 8.776 10.428 11.578 12.218 12.633 12.952 13.212 13.213 12.393 12.880 13.009 13.091 13.437 13.097 13.026 13.104 13.861 14.054 14.579 14.804 15.116 14.910 15.500 14.810 15.130 15.546 16.086 16.577 15.699 16.322 16.458 16.581 16.717 16.827 16.563 17.098 17.043 17.391 17.828 17.823 17.165 18.133 17.776 17.841 18.011 17.620 17.690 16.528 16.285 17.664
Nasdaq fechamento (pontos) 7847 (4)
2.205 2.415 2.652 1.577 2.269 2.653 2.605 2.814 2.967 3.092 3.046 2.827 2.935 2.940 3.067 3.116 2.977 3.010 3.020 3.142 3.160 3.268 3.329 3.456 3.403 3.626 3.590 3.771 3.920 4.060 4.177 4.104 4.308 4.199 4.115 4.243 4.408 4.370 4.580 4.493 4.631 4.792 4.736 4.635 4.964 4.901 4.941 5.070 4.987 5.128 4.777 4.620 5.054
FONTES: (1) Banco Central do Brasil, (2) Bovespa (Índice de Fechamento do último dia útil do mês), (3) Dow Jones, (4) Nasdaq NOTA: Para os anos de 2005 a 2008, os valores referem-se ao mês de dezembro, exceto para emissão de debênture que é o total do ano. Sinal convencional utilizado: ... Dado não disponível.
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|7
INDICADORES
BALANÇA COMERCIAL DO PARANÁ - 1996-2015
(Em US$ 1.000 FOB - ACUMULADO - e variação % anual)
EXPORTAÇÃO (X)
ANO
IMPORTAÇÃO (M) Var. %
SALDO (X-M) VALOR
1996
Valor 4.245.905
Var. % 47
Valor 2.434.733
1997
4.853.587
14
3.306.968
1998
4.227.995
(13)
4.057.589
23
170.406
1999
3.932.659
(7)
3.699.490
(9)
233.169
2000
4.394.162
12
4.686.229
27
-292.067
2001
5.320.211
21
4.928.952
5
391.259
2002
5.703.081
7
3.333.392
(32)
2.369.689
2003
7.157.853
26
3.486.051
5
3.671.802
2004
9.405.026
31
4.026.146
15
5.378.879
2005
10.033.533
7
4.527.237
12
5.506.296
2006
10.016.338
(0)
5.977.971
32
4.038.367
2007
12.352.857
23
9.017.988
51
3.334.870
2008
15.247.252
23
14.570.222
62
677.030
2009
11.222.827
(26)
9.620.837
(34)
1.601.990
45 34,46
219.831 -1.372.667
2
1.811.172
36
1.546.619
2010
14.176.010
26
13.956.180
2011
17.394.228
22,70
18.766.895
2012
17.709.585
1,81
19.387.410
3,30
-1.677.825
2013 2014
18.239.202
2,99
19.343.839
-0,23
-1.104.637
-10,61
-961.614
16.332.120
JAN – OUT /2015
-10,46
12.767.616
-9,65
17.293.735 10.836.364
-25,17
1.931.252
FONTE: MDIC/SECEX
BALANÇA COMERCIAL DO BRASIL - 1996-2015 ANO 1996
(Em US$ 1.000 FOB – ACUMULADO - e variação % anual)
EXPORTAÇÃO (X) Valor Var. % 47.746.728
... 10,97
IMPORTAÇÃO (M) Valor Var. % 53.345.767 59.747.227
... 12,00
SALDO (X-M) Valor -5.599.039 -6.764.501
Var. % ...
1997
52.982.726
20,82
1998
51.139.862
(3,48)
57.763.476
(3,32)
-6.623.614
(2,08)
1999
48.012.790
(6,11)
49.301.558
(14,65)
-1.288.768
(80,54)
2000
55.118.920
14,80
55.850.663
13,28
-731.743
(43,22)
2001
58.286.593
5,75
55.601.758
(0,45)
2.684.835
(466,91)
2002
60.438.653
3,69
47.242.654
(15,03)
13.195.999
391,50
2003
73.203.222
21,12
48.325.567
2,29
24.877.655
88,52
2004
96.677.497
32,07
62.835.616
30,03
33.841.882
36,03
2005
118.529.184
22,60
73.600.376
17,13
44.928.809
32,76
2006
137.807.470
16,26
91.350.841
24,12
46.456.629
3,40
2007
160.649.073
16,58
120.617.446
32,04
40.031.627
(13,83)
2008
197.942.443
23,21
172.984.768
43,42
24.957.675
(37,66)
2009
152.994.743
(22,71)
127.715.293
(26,17)
25.279.450
1,29
2010
201.915.285
31,98
181.722.623
42,28
20.192.662
(20,12)
2011
256.039.575
26,81
226.245.113
24,47
29.794.462
...
2012
242.579.776
-5,26
223.154.429
-1,37
19.425.346
...
2013
242. 033.575
-0,22
239.631.216
7,37
2.402.358
...
2014 JAN-OUT /2015
225.100.885 160.544.728
-7,00 -16,37
229.060.058 148.299.911
-4,46 -23,51
-3.959.173 12.244.817
... ...
FONTE: MDIC/SECEX Sinal convencional utilizado: ... Dado não disponível.
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n. 10, dezembro 2015
|8
INDICADORES
OFERTA E DEMANDA DOS PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS BRASILEIROS (COMPLEXO SOJA E TRIGO) - SAFRAS 2009/2016 CULTURA
SAFRA
ESTOQUE INICIAL
PRODUÇÃO
2009/10 394,2 1.194,1 2010/11 76,0 1.959,8 2011/12 521,7 1.893,3 Algodão em Pluma 2012/13 470,5 1.310,3 2013/14 305,1 1.734,0 2014/15 449,5 1.551,2 2015/16 394,2 1479,0 2009/10 2.531,5 11.660,9 2010/11 2.457,3 13.613,1 2011/12 2.569,5 11.599,5 Arroz em Casca 2012/13 2.125,3 11.819,7 2013/14 1.082,1 12.121,6 2014/15 868,3 12.448,6 2015/16 716,9 11.733,3 2009/10 317,7 3.322,5 2010/11 366,9 3.732,8 2011/12 686,4 2.918,4 Feijão 2012/13 373,8 2.806,3 2013/14 303,8 3.184,6 2014/15 158,4 3.270,6 2009/10 7.112,8 56.018,1 2010/11 5.589,1 57.406,9 2011/12 5.963,0 72.979,5 Milho 2012/13 5.514,2 81.505,7 2013/14 8.258,9 80.052,0 2014/15 11.835,5 84.672,4 2015/16 11.209,4 81.909,9 2009/10 674,4 68.688,2 2010/11 2.607,2 75.324,3 2011/12 3.016,5 66.383,0 Soja em Grãos 2012/13 444,0 81.499,4 2013/14 910,3 86.120,8 2014/15 1415,8 96.243,3 2015/16 720,2 101.997,1 2009/10 1.903,2 26.719,0 2010/11 2.049,1 29.298,5 2011/12 3.259,4 26.026,0 Farelo de Soja 2012/13 950,4 27.258,0 2013/14 878,8 28.336,0 2014/15 579,8 31.570,0 2015/16 2.200,8 33.071,5 2009/10 302,2 6.766,5 2010/11 541,1 7.419,8 2011/12 692,0 6.591,0 Óleo de Soja 2012/13 198,9 6.903,0 2013/14 244,4 7.176,0 2014/15 200,5 7.995,0 2015/16 157,5 8.375,3 2009/10 2.706,7 5.026,2 2010/11 2.870,5 5.881,6 2011/12 1.766,1 5.788,6 Trigo 2012/13 1.220,6 4.379,5 2013/14 2.269,2 5.971,9 2014/15 1.174,8 6.230,6 FONTE: CONAB – Levantamento: NOV/2015 (disponível em: www.conab.gov.br)
IMPORTAÇÃO 39,2 144,2 3,5 17,4 31,5 3,5 3,5 1.044,8 825,4 1.068,0 965,5 1.000,0 650,0 650,0 181,2 207,1 312,3 304,4 110,0 110,0 391,9 764,4 774,0 911,4 800,0 350,0 500,0 117,8 41,0 266,5 282,8 630,0 300,0 300,0 39,5 24,8 5,0 3,9 1,0 1,0 1,0 16,2 0,1 1,0 5,0 0,1 12,0 12,0 5.922,2 5.771,9 6.011,8 7.010,2 5.328,8 5.350,0
SUPRIMENTO 1.627,5 2.180,0 2.418,5 1.798,2 2.070,6 2004,2 1876,7 15.237,2 16.895,8 15.237,0 14.910,5 14.203,7 13.966,9 13.100,1 3.821,4 4.306,8 3.917,1 3.484,5 3.598,4 3.539,0 63.522,8 63.760,4 79.716,5 87.931,3 89.110,9 96.857,9 93.619,2 69.480,4 77.972,5 69.666,0 82.226,2 87.661,1 97.959,1 103.017,3 28.661,7 31.372,4 29.290,4 28.212,3 29.215,8 32.150,8 35.273,3 7.084,9 7.961,0 7.284,0 7.106,9 7.420,5 8.207,5 8.544,8 13.655,1 14.524,0 13.566,5 12.610,3 13.568,9 12.754,7
CONSUMO 1.039,0 900,0 895,2 920,2 850,0 820,0 800,0 12.152,5 12.236,7 11.656,5 12.617,7 12.000,0 12.000,0 12.000,0 3.450,0 3.600,0 3.500,0 3.320,0 3.350,0 3.350,0 46.967,6 48.485,5 51.888,6 53.498,3 53.905,6 55.959,5 58.197,9 37.800,0 41.970,0 36.754,0 38.524,0 39.935,8 44.638,9 46.946,0 12.944,0 13.758,0 14.051,0 14.000,0 14.500,0 15.150,0 15.600,0 4.980,0 5.528,0 5.328,0 5.500,0 5.500,0 6.550,0 6.600,0 9.614,2 10.242,0 10.444,9 10.584,3 10.713,7 10.625,0
(Mil toneladas) EXPORTAÇÃO 512,5 758,3 1.052,8 572,9 748,6 790,0 740,0 627,4 2.089,6 1.455,2 1.210,7 1.200,0 1.250,0 1.000,0 4,5 20,4 43,3 35,3 90,0 90,0 10.966,1 9.311,9 22.313,7 26.174,1 20.913,8 29.689,0 28.000,0 29.073,2 32.986,0 31.468,0 42.791,9 45.691,0 50.800,0 55.000,0 13.668,6 14.355,0 14.289,0 13.333,5 13.716,0 14.800,0 16.120,0 1.563,8 1.741,0 1.757,1 1.362,5 1.289,0 1.400,0 1650,0 1.170,4 2.515,9 1.901,0 1.683,8 1.680,5 1.300,0
ESTOQUE FINAL 76,0 521,7 470,5 305,1 472,0 394,2 336,6 2.457,3 2.569,5 2.125,3 1.082,1 1.003,7 716,9 100,1 366,9 686,4 373,8 129,2 158,4 99,0 5.589,1 5.963,0 5.514,2 8.258,9 14.291,5 11.209,4 7.421,3 2.607,2 3.016,5 444,0 910,3 2.034,3 2.520,1 1071,3 2.049,1 3.269,4 950,4 878,8 999,8 2.220,8 3.553,3 541,1 692,0 198,9 244,4 631,5 257,5 294,8 2.870,5 1.766,1 1.220,6 342,2 1.174,7 829,7
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n. 10, dezembro 2015
|9
INDICADORES PRODUÇÃO, ÁREA COLHIDA E RENDIMENTO MÉDIDO DA SOJA - BRASIL E MAIORES ESTADOS PRODUTORES - 1989-2015
(ESTIMATIVAS NOV/2015)
BRASIL ANO
Produção
Área Colhida
(Mil toneladas e mil hectares)
MAIORES ESTADOS PRODUTORES Rendimento Médio (kg/ha)
Mato Grosso Produção
Área Colhida
Paraná Produção
Goiás
Área Colhida
Produção
Mato Grosso do Sul
Área Colhida
Produção
Área colhida
Minas Gerais Produção
Área colhida
1989/1990
20.101
11.551
1.740,16
2.901
1.503
4.572
2.286
1.411
941
1.934
1.209
875
583
1990/1991
15.395
9.743
1.580,00
2.607
1.100
3.617
1.966
1.659
790
2.300
1.013
963
472
1991/1992
19.419
9.582
2.027,00
3.485
1.452
3.415
1.798
1.804
820
1.929
970
1.003
456
1992/1993
23.042
10.717
2.150,00
4.198
1.713
4.720
2.000
1.968
984
2.229
1.067
1.159
552
1993/1994
25.059
11.502
2.179,00
4.970
1.996
5.328
2.110
2.387
1.090
2.440
1.109
1.234
600
1994/1995
25.934
11.679
2.221,00
5.440
2.295
5.535
2.121
2.133
1.123
2.426
1.098
1.188
600
1995/1996
23.190
10.663
2.175,00
4.687
1.905
6.241
2.312
2.046
909
2.046
845
1.040
528
1996/1997
26.160
11.381
2.299,00
5.721
2.096
6.566
2.496
2.478
991
2.156
862
1.176
523
1997/1998
31.370
13.158
2.384,00
7.150
2.600
7.191
2.820
3.372
1.338
2.282
1.087
1.383
601
1998/1999
30.765
12.995
2.367,00
7.134
2.548
7.723
2.769
3.418
1.325
2.740
1.054
1.336
577
1999/2000
32.890
13.623
2.414,00
8.801
2.905
7.130
2.833
4.073
1.455
2.501
1.107
1.397
594
2000/2001
38.432
13.970
2.751,00
9.641
3.120
8.623
2.818
4.158
1.540
3.130
1.065
1.496
642
2001/2002
42.230
16.386
2.577,00
11.733
3.853
9.502
3.291
5.420
1.902
3.279
1.192
1.949
719
2002/2003
52.018
18.475
2.816,00
12.949
4.420
10.971
3.638
6.360
2.171
4.104
1.415
2.333
874
2003/2004
49.793
21.376
2.329,00
15.009
5.241
10.037
3.936
6.147
2.572
3.325
1.797
2.659
1.066
2004/2005
52.305
23.301
2.245,00
17.937
6.105
9.707
4.148
6.985
2.662
3.863
2.031
3.022
1.119
2005/2006
55.027
22.749
2.419,00
16.700
6.197
9.646
3.983
6.534
2.542
4.445
1.950
2.483
1.061
2006/2007
58.392
20.687
2.822,66
15.359
5.125
11.916
3.979
6.114
2.191
4.881
1.737
2.568
930
2007/2008
60.018
21.313
2.816,00
17.848
5.675
11.896
3.977
6.544
2.180
4.569
1.731
2.537
870
2008/2009
57.166
21.743
2.629,00
17.963
5.828
9.510
4.069
6.836
2.307
4.180
1.716
2.751
929
2009/2010
68.688
23.468
2.927,00
18.767
6.225
14.079
4.485
7.343
2.550
5.308
1.712
2.872
1.019
2013/2014
86.121
30.173
2.854,00
26.442
8.616
14.781
5.010
8.995
3.102
6.148
2.120
3.327
1.238
2014/2015(1)
96.243
32.093
2.999,00
28.018
8.934
17.210
5.225
8.625
3.325
7.178
2.301
3.507
1.319
2015/2016 (2)
101.168
32.764
3.087,00
28.687
9.023
18.383
5.382
10.290
3.358
7.045
2.373
4.315
1.412
FONTE: CONAB (1) Preliminar.(2) Estimativas pelo limite inferior
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n. 10, dezembro 2015
| 10
INDICADORES
TAXA DE CRESCIMENTO DO PIB REAL PARA PAÍSES SELECIONADOS – 2003-2014 PAÍSES
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
3,5
5,0
3,9
5,0
4,9
2,2
-0,4
5,0
3,7
2,9
3,0
2,6
África do Sul
3,0
4,5
5,3
5,6
5,6
3,6
-1,7
2,8
3,3
3,1
2,0
...
Alemanha
-0,7
0,7
0,9
3,9
3,4
0,8
-5,6
3,9
3,7
0,6
0,2
1,58
Mundo
Argentina
8,8
9,0
9,2
8,4
8,0
3,1
0,1
9,1
8,6
0,9
2,9
...
Bolívia
2,7
4,2
4,4
4,8
4,6
6,1
3,4
4,1
5,2
5,2
6,8
5,46
Brasil
1,1
5,7
3,2
4,0
6,1
5,2
-0,3
7,5
2,7
...
...
...
Canadá
1,9
3,1
3,2
2,6
2,0
1,2
-2,7
3,4
3,0
1,9
2,0
2,44
Chile
3,8
7,0
6,2
5,7
5,2
3,3
-1,0
5,8
5,8
5,4
4,1
1,89
China
10,0
10,1
11,3
12,7
14,2
9,6
9,2
10,3
9,3
7,8
...
...
Colômbia
3,9
5,3
4,7
6,7
6,9
3,5
1,5
4,3
...
...
...
...
Coréia do Sul
2,9
4,9
3,9
5,2
5,5
2,8
0,7
6,5
3,7
2,3
3,0
3,31
Equador
2,7
8,2
5,3
4,4
2,2
6,4
1,0
3,3
8,0
3,6
5,7
3,80
Estados Unidos
2,8
3,8
3,3
2,7
1,8
-0,3
-2,8
2,5
1,6
2,3
2,2
2,39
França
0,8
2,6
1,6
2,6
2,3
0,1
-2,9
1,9
2,1
0,4
0,4
0,39
Índia
8,0
7,0
9,5
9,6
9,3
6,7
8,6
9,3
6,3
4,5
6,6
7,2
Indonésia
4,8
5,0
5,7
5,5
6,3
6,0
4,6
6,2
6,5
6,2
5,8
5,02
Itália
0,2
1,4
1,2
2,1
1,3
-1,1
-5,5
1,7
0,7
-2,3
-1,9
-0,65
Japão
1,7
2,4
1,3
1,7
2,2
-1,1
-5,5
4,7
-0,4
1,7
1,6
-0,15
México
1,4
4,2
3,1
5,0
3,2
1,4
-4,7
5,2
3,9
4,0
1,4
2,15
Paraguai
4,3
4,1
2,1
4,8
5,4
6,4
-4,0
13,1
4,3
-1,2
14,3
4,23
Peru
4,0
5,6
6,3
7,5
8,5
9,1
1,0
8,5
6,5
6,0
5,8
2,34
Reino Unido
4,3
2,5
2,8
3,0
2,6
-0,3
-4,3
1,9
1,6
0,7
1,7
2,82
Rússia
7,4
7,2
6,4
8,2
8,5
5,3
-7,8
4,5
4,3
3,4
7,4
0,63
Tailândia
7,0
6,2
4,5
5,6
4,9
2,5
-2,3
7,8
0,1
6,5
2,9
0,73
Uruguai
0,8
5,0
7,5
4,1
6,5
7,2
2,4
8,4
7,3
3,7
4,4
...
-7.76
18.29
10.32
9.87
8.75
5.28
-3.20
-1.49
4.18
...
...
...
Venezuela
FONTE: Fundo Monetário Internacional, International Financial Statistics Sinal convencional utilizado: ... Dado não disponível.
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n. 10, dezembro 2015
| 11
INDICADORES
TAXA DE INFLAÇÃO ANUAL MÉDIA PARA PAÍSES SELECIONADOS – 2003-2014 PAÍSES
2003
2004
Mundo
3,91
4,86
África do Sul
5,86
1,39
Alemanha
1,44
1,05
Argentina
2005 4,90
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014 3,22
4,37
4,83
4,73
1,47
4,69
4,97
2,87
3,65
3,40
4,64
7,10
11,54
7,13
4,26
5,00
5,65
5,45
0,60
0,31
1,62
0,81
1,70
0,96
0,97
1,78
2,56
6,38 0,91
10,50
9,22
8,82
13,53
14,95
23,94
10,28
15,40
17,62
16,39
...
....
Bolívia
6,33
7,97
5,94
13,66
7,37
10,38
-2,42
8,78
14,57
6,91
6,01
5,78
Brasil
13,72
8,04
7,21
6,15
5,87
8,33
7,19
8,23
6,97
...
...
6,33
Canadá
3,18
2,99
2,83
2,47
4,31
3,42
-2,01
2,68
2,94
3,76
1,37
1,91
Chile
4,97
7,47
7,15
12,65
4,84
0,47
3,84
8,83
3,33
1,30
1,73
4,40
China
1,16
3,88
1,82
1,46
4,75
5,86
-0,70
3,31
5,41
2,65
2,63
1,99
Colômbia
6,47
5,13
15,86
5,78
5,04
7,56
3,41
3,86
6,73
3,17
1,52
2,88
Coréia do Sul
3,40
2,98
1,03
-0,14
2,40
2,96
3,54
3,16
1,58
1,04
0,70
1,27
Equador
10,59
4,26
7,73
8,00
6,65
13,85
-1,36
6,75
6,71
4,40
4,95
3,57
EUA
1,99
2,75
3,22
3,07
2,66
1,96
0,76
1,22
2,06
1,80
1,49
1,62
França
2,09
1,44
2,11
2,24
2,51
2,25
0,51
0,73
1,23
1,20
1,02
0,51
Índia
3,81
3,77
4,25
6,15
6,37
8,35
10,88
11,99
8,86
9,31
10,91
6,35
Indonésia
5,49
8,55
14,33
14,09
11,26
18,15
8,27
8,26
8,12
4,53
4,16
6,39
Itália
2,89
2,59
1,74
1,87
2,60
2,44
2,07
0,40
1,20
1,50
1,53
0,24
Japão
-1,71
-1,35
-1,27
-1,11
-0,91
-1,24
-0,51
-2,19
-1,89
-1,20
-0,62
2,75
México
21,14
8,36
5,21
6,34
4,97
6,06
3,40
4,46
5,37
3,23
1,63
4,02
Paraguai
12,21
8,99
10,08
6,08
9,77
9,34
2,04
6,10
9,83
5,55
-3,80
5,03
Peru
2,30
1,99
2,10
8,29
2,39
1,94
1,56
6,01
5,17
2,08
1,73
3,23
Reino Unido
2,17
2,91
2,81
2,69
2,87
2,89
1,99
3,17
2,13
1,66
1,79
1,46
1,29
7,83
Rússia Tailândia
1,63
3,31
4,56
4,69
3,55
3,84
1,92
3,66
4,25
1,33
1,67
1,90
Uruguai
16,54
10,10
0,68
6,53
9,42
8,02
5,58
4,66
8,98
7,37
7,62
8,88
Venezuela
34,93
33,95
29,60
17,90
15,45
30,13
7,83
45,94
28,15
14,06
...
62,17
FONTE: Fundo Monetário Internacional, International Financial Statistics Sinal convencional utilizado: ... Dado não disponível.
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n. 10, dezembro 2015
| 12
Panorama Econômico – Novembro/2015 Carlos Ilton Cleto
Comércio Internacional. Balança Comercial Mensal (Novembro/2015) – MDIC Fato Em novembro, a Balança Comercial fechou com superávit de US$ 1,20 bilhão resultado de exportações de US$ 13,81 bilhões e importações de US$ 12,61 bilhões. A corrente do comércio atingiu US$ 26,42 bilhões, no mês e US$ 335,26 bilhões no ano. O superávit comercial acumulado no ano é de US$ 13,44 bilhões. 19.628 25.000
17.198
16.049
15.156 14.665
17.491
14.934
15.101
20.000
14.053 12.609
12.796
12.092
15.000
13.806
15.485
10.000 5.000 0 dez/14
jan/15
fev/15
mar/15
abr/15
mai/15
jun/15
jul/15
ago/15
set/15
out/15
nov/15
-5.000 Exp o r t açõ es
Imp o r t açõ es
Sald o d a B C em U S$ milhõ es
FONTE: MDIC
Causa Utilizando o critério da média diária, com relação ao mesmo mês do ano anterior, as exportações apresentaram recuo de 11,8%, e as importações queda de 30,2%. Pelo mesmo critério, na comparação com outubro de 2015, houve retração de 9,7% nas exportações e de 5,8% nas importações. No acumulado no ano, as exportações tiveram redução de 14,9% sobre igual período de 2014, e as importações, na mesma comparação, diminuíram 23,1%. Em novembro de 2015, na comparação com igual mês do ano anterior houve queda nas exportações em todas as categorias de produtos, básicos 14,3%, semimanufaturados 13,5% e manufaturados, 7,0%. Em termos de países, os cinco principais compradores foram: China, Estados Unidos, Argentina, Países Baixos e Japão. Pelo mesmo critério de comparação, houve redução de 39,6% nas importações de combustíveis e lubrificantes, 33,6% nos bens de consumo, 32,3%, nos bens de capital e 24,6% nas matérias-primas e intermediários. Os cinco principais fornecedores para o Brasil foram: Estados Unidos, China, Argentina, Alemanha e Nigéria. Consequências Tanto as exportações como das importações seguem apresentando resultados inferiores aos do ano anterior, refletindo os efeitos da crise financeira internacional e o desaquecimento da atividade econômica interna.
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n.10, dezembro 2015 | 1
Atividade PIB – Indicadores de Volume e Valores Correntes (3o Trimestre 2015) - IBGE. Fato O Produto Interno Bruto - PIB a preços de mercado caiu 1,7% no terceiro trimestre de 2015, frente ao segundo trimestre, chegando a R$ 1,48 trilhão. Com relação ao terceiro trimestre de 2014, houve recuo de 4,5%, no acumulado dos últimos quatro trimestres, frente aos quatro trimestres imediatamente anteriores a queda foi de 2,5% e no acumulado em 2015, frente ao acumulado em 2014 ocorreu retração de 3,2%.
PIB pm - Volume Trim. (1995=100) 220 200 180 160 140 120 100 80 96 96 97 98 99 99 00 01 02 02 03 04 05 05 06 07 08 08 09 10 11 11 12 13 14 14 15 19 19 19 19 19 19 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T T 1º 4º 3º 2º 1º 4º 3º 2º 1º 4º 3º 2º 1º 4º 3º 2º 1º 4º 3º 2º 1º 4º 3º 2º 1º 4º 3º
FONTE: IBGE - Índice Série encadeada do índice de volume trimestral com ajuste sazonal (Base: média 1995 = 100) (Número índice)
Causa Dentre os componentes da oferta, no segundo trimestre, frente ao trimestre imediatamente anterior, a Agropecuária teve variação negativa de 2,4%. Indústria e Serviços recuaram 1,3% e 1,0%, respectivamente. Pelo lado da demanda, o resultado negativo foi decorrente principalmente da queda na Formação Bruta de Capital Fixo, 4,0%, seguido pelo recuo na Despesa de Consumo das Famílias, 1,5%, estes foram parcialmente compensados pela Despesa de Consumo do Governo com crescimento de 0,3%. No setor externo as Exportações de Bens e Serviços tiveram queda de 1,8% e as Importações recuaram 6,9%. No confronto com o terceiro trimestre de 2014, a Agropecuária apresentou recuo de 2,0%, entre os produtos que registraram desempenho desfavorável destacaram-se: café, cana de açúcar, laranja, algodão e trigo. A Indústria recuou 6,7%, influenciada de forma negativa, principalmente pela Indústria de Transformação. O setor de Serviços registrou queda de 2,9%, no qual tiveram maior evidência Comércio e Transporte, Armazenagem e Correio. Pelo lado da demanda, também na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, a Formação Bruta de Capital teve a maior queda 15,0%, a Despesa de Consumo das Famílias recuou 4,5%, e a Despesa de Consumo da Administração Pública, registrou retração de 0,4%. Pela demanda externa, as Exportações de Bens e Serviços registraram elevação de 1,1%, e as Importações recuo de 20,0%. A taxa de investimento, frente a igual período do ano anterior caiu 2,1 p.p., chegando a 18,1%, enquanto a taxa de poupança recuou 2,2 p.p., fechando em 15,0%. Consequências O resultado do PIB do terceiro trimestre reflete o desaquecimento da atividade econômica, não existindo expectativas de recuperação para este e para o próximo ano.
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n.10, dezembro 2015 | 2
Atividade Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Brasil (Setembro/2015) Fato Em setembro, a Produção Industrial caiu 1,3% frente a agosto. Na comparação com setembro de 2014, o recuo foi de 10,9%. Considerando o acumulado em doze meses, houve queda de 6,5%, e no acumulado do ano 7,4%. Produção Indus trial BRASIL
150 140 130 120 110 100 90 80 jan
f ev 2011
mar
abr 2012
mai
jun 2013
jul
ago
set 2014
out
nov
dez
2015
FONTE: IBGE
Causa Frente ao mês imediatamente anterior, considerando a classificação por categorias de uso o maior recuo foi na produção de bens de consumo duráveis, 5,3%, seguido de bens intermediário, 1,3%. O segmento de bens de capital, 1,0% e o de bens de consumo semiduráveis e não duráveis 0,5%, apresentaram expansão. Na comparação com setembro de 2014, entre as categorias de uso, os maiores recuos foram em bens de capital, 31,7% e bens de consumo duráveis, 27,8%. O primeiro segmento foi influenciado, em sentido descendente, principalmente por bens de capital para equipamentos de transporte. O segmento de bens de consumo duráveis foi particularmente influenciado pela menor fabricação de automóveis. A produção de bens de consumo semiduráveis e não duráveis teve variação negativa de 7,4%, e o de bens de intermediários, 7,2%. No resultado acumulado do ano, o menor dinamismo foi registrado em bens de capital, 23,6%, seguido por bens de consumo duráveis, 15,7%, pressionados, respectivamente pela menor produção bens de capital para equipamentos de transporte e automóveis. A produção de bens de consumo semiduráveis e não duráveis recuou 7,1% e os bens intermediários 4,1%. Consequência A atividade industrial apresentou recuo pelo quarto mês consecutivo, período que acumulou perda de 4,8%. Para os próximos meses, decorrente de fatores sazonais, e da crise econômica, a Produção Industrial não deverá apresentar variações muito intensas.
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n.10, dezembro 2015 | 3
Atividade Pesquisa Industrial - Regional – Brasil (Setembro/2015) - IBGE Fato Entre agosto e setembro de 2015, a produção industrial recuou em dez, dos quatorze locais pesquisados, e na comparação com setembro de 2014, doze das quinze regiões pesquisadas registraram variação negativa. No Paraná a produção industrial apresentou avanço de 5,1%, frente ao mês anterior, após ter acumulado perda de 8,4% nos últimos dois meses. Na comparação com setembro de 2014, a queda foi de 7,8%. Produção Indus trial BRASIL
150 140 130 120 110 100 90 80 jan
f ev
mar
2011
abr
mai
jun
2012
jul
ago
2013
set
out
2014
nov
dez
2015
Produção Industrial PARANÁ
130 120 110 100 90 80 70 60 50 jan
f ev
mar 2011
abr
mai 2012
jun
jul
ago
2013
set 2014
out
nov
dez
2015
FONTE: IBGE - Índice de base fixa mensal sem ajuste sazonal (Base: média de 2002 = 100)
Causa Na comparação com o mês anterior os locais que registraram os maiores recuos foram: Bahia, Rio de Janeiro, Região Nordeste, Ceará e Minas Gerais. Por outro lado os avanços mais intensos foram no Pará e Paraná. Na comparação com setembro de 2014, os destaques negativos foram: Rio Grande do Sul, Amazonas, São Paulo, Ceará, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Os avanços ocorreram no Mato Grosso, Pará e Espírito Santo.
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n.10, dezembro 2015 | 4
No Estado do Paraná, na comparação com o mesmo mês no ano anterior, ocorreu a terceira taxa negativa consecutiva. Das quatorze atividades pesquisadas, nove registraram recuo. Os maiores impactos negativos vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias, máquinas, aparelhos e materiais elétricos, móveis, produtos de minerais não-metálicos, produtos de metal, produtos alimentícios e produtos de borracha e de material plástico. Em sentido oposto os setores de coque, produtos derivados do petróleo e bicombustíveis, de outros produtos químicos e de máquinas e equipamentos exerceram as influências positivas mais importantes. Consequência Apesar da elevação na comparação com o mês anterior, de forma similar ao que ocorre no cenário nacional a indústria paranaense segue apresentando desempenho pífio. Os próximos meses devem apresentar recuo condicionado principalmente por questões sazonais. Atividade Pesquisa Mensal de Emprego (Outubro/2015) – IBGE Fato Em outubro, a taxa de desocupação foi de 7,9%, crescendo 0,3 p.p. em relação ao mês anterior e 3,2 p.p. com relação a outubro de 2014. O rendimento médio real habitual da população ocupada foi calculado em R$ 2.182,10, caindo 0,6% frente a setembro e 7,0% no confronto com o mesmo mês do ano anterior. A massa de rendimento médio real habitual recebida pela população ocupada, em outubro foi estimada em R$ 49,6 bilhões, em outubro de 2015, diminuindo 1,7% na comparação com setembro de 2015 e 10,4% na comparação interanual. O contingente de pessoas ocupadas, 22,5 milhões, registrou queda de 1,0% frente a setembro e 3,5% na comparação com o outubro de 2013. 8,5 8,0 7,5 7,0 6,5 6,0 5,5 5,0 4,5 4,0 Janeiro
Fevereiro
Março 2010
Abril
Maio 2011
Junho 2012
Julho
Agosto 2013
Setembro 2014
Outubro
Novembro Dezembro
2015
FONTE: IBGE
Causa Na análise de pessoas ocupadas, comparativamente a setembro de 2015, regionalmente o contingente o número de ocupados apresentou retração em Recife e Belo Horizonte, e estabilidade nas demais. Frente a outubro de 2014 foi registrada estabilidade no Rio de Janeiro e queda nas demais regiões. Na comparação com outubro de 2014, No que se refere ao Rendimento médio real habitualmente recebido, no mês ocorreu estabilidade no mês em Salvador, São Paulo e Porto Alegre e queda em Belo Horizonte, Recife e Rio de Janeiro. Na comparação anual observou-se queda em todas as regiões, sendo as mais expressivas em Salvador e Porto Alegre.
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n.10, dezembro 2015 | 5
Consequência Refletindo o desaquecimento econômico, a taxa de desemprego vem crescendo. Para os próximos meses, a tendência é de continuidade no crescimento, podendo ser amenizada, em decorrência dos empregos temporários de final de ano. Atividade PNAD Contínua – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Trimestre –-jul.-ago.-set. de 2015) – IBGE Fato A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio apontou, para o 3° trimestre de 2015, taxa de desocupação de 8,9%, a maior taxa da série histórica iniciada em 2012, com crescimento de 0,6 p.p. frente ao segundo trimestre do ano e expansão de 1,5 p.p. na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. O rendimento médio real habitualmente recebido foi de R$ 1.889,00 com queda de 1,2% frente ao primeiro trimestre de 2015 e estabilidade comparação com o 3° trimestre de 2014. Causa No trimestre havia 9,0 milhões de pessoas desocupadas, crescendo 7,5% frente ao trimestre imediatamente anterior e aumentando 33,9% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. O número de pessoas ocupadas foi estimado em 92,1 milhões, ficando estável em ambas as comparações. No 3° trimestre de 2015, 77,7% dos empregados no setor privado tinham carteira de trabalho assinada.
9,5 9,0 8,5 8,0 7,5 7,0 6,5 6,0 5,5 5,0
iro ne Ja
ro ei er v Fe
ço ar M
A
il br
o ai M
n Ju
ho
2 0 13
o lh Ju
2 0 14
A
o st go
m te Se
o br O
u ut
o br N
em ov
o br D
o br em z e
2 0 15
Consequência O desemprego segue em alta, reflexo do desaquecimento da atividade econômica. A expectativa para os próximos meses é de continuidade no crescimento desta taxa.
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n.10, dezembro 2015 | 6
Atividade Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário - PIMES (Setembro/2015) – IBGE Fato A Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário do mês de setembro apresentou as seguintes informações: BRASIL
SET-154 / AGO-15 SET-15 /SET-14
Acumulado no Ano
Acumulado em 12 meses
Pessoal Ocupado Assalariado
-0,7%
-7,0%
-5,7%
-5,4%
Nº. de Horas Pagas
-0,8%
-7,8%
-6,4%
-6,1%
Folha de Pagamento Real
-1,6%
-9,1%
-6,8%
-6,0%
Pessoal ocupado assalariado 110 105 100 95 90 85 80 Jan
Fev
Mar 2009
Abr 2 0 10
Mai
Jun
2 0 11
Jul 2 0 12
Ago
Set
2 0 13
Out 2 0 14
Nov
Dez
2 0 15
FONTE: IBGE - Índice de base fixa mensal sem ajuste sazonal (Base: janeiro de 2001 = 100)
Causa Na comparação com igual mês do ano passado, por ramo de atividade, todos dezoito segmentos reduziram o pessoal ocupado, as principais variações negativas foram em meios de transporte, máquinas e equipamentos, máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações, alimentos e bebidas, produtos de metal, borracha e plástico, outros produtos da indústria de transformação, vestuário, produtos têxteis, minerais não-metálicos, metalurgia básica, calçados e couro, papel e gráfica, madeira e indústrias extrativas. Quanto ao Número de Horas Pagas, também todos os dezoito segmentos tiveram retração, as maiores quedas vieram de meios de transporte, máquinas e equipamentos, máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações, produtos de metal, alimentos e bebidas, borracha e plástico, outros produtos da indústria de transformação, produtos têxteis, minerais não-metálicos, metalurgia básica, calçados e couro, papel e gráfica, e madeira. Comparativamente a setembro de 2014, a Folha de Pagamento Real, também caiu nos dezoito setores investigados, com destaque para: meios de transporte, máquinas e equipamentos, máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações, produtos de metal, metalurgia básica, alimentos e bebidas, indústrias extrativas, borracha e plástico, papel e gráfica, outros produtos da indústria de transformação, minerais não-metálicos, produtos têxteis, calçados e couro, produtos químicos, vestuário e refino de petróleo e produção de álcool.
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n.10, dezembro 2015 | 7
Consequência A PIMES apresenta os efeitos do desaquecimento econômico, e para os próximos meses, por questões sazonais, deverá arrefecer ainda mais, devendo a retomada do crescimento ocorrer em meados de 2016. Atividade Sondagem da Indústria (Novembro/2015) – FGV Fato Na passagem de outubro para novembro, o Índice de Confiança da Indústria, recuou 1,4 pontos, atingindo 74,8 pontos. Com relação ao mês anterior o Índice da Situação Atual, ficou estável em 74,8 pontos. O Índice de Expectativas recuou 2,8 pontos chegando a 75,1 pontos. A utilização da capacidade instalada diminuiu 0,3 p.p. chegando a 74,6%, menor nível da série histórica.
Índic e de Confianç a
80,6
90,0
80,0
Índic e da Situaç ão Atual
79,3
79,1
77,6
nov/15
out/15
set/15
ago/15
jul/15
jun/15
mai/15
abr/15
mar/15
fev/15
jan/15
dez/14
nov/14
out/14
set/14
ago/14
jul/14
jun/14
120,0 110,0 100,0 90,0 80,0 70,0 60,0
Índic e de Expec tativas
75,9
75,1
74,9
70,0 50,0 30,0
nov/15
out/15
set/15
ago/15
jul/15
jun/15
mai/15
abr/15
mar/15
fev/15
jan/15
dez/14
nov/14
out/14
set/14
ago/14
-10,0
jul/14
10,0
Ní ve l d e Utiliz a ç ã o d a Ca p a c id a d e In sta la d a - NUCI
FONTE: FGV
Causa No índice pertinente a situação atual – ISA, a estabilidade combinou com a não variação do nível de estoques, piora na avaliação dos negócios e melhora na percepção sobre a demanda. No que tange ao Índice das Expectativas - IE, o quesito que meda as expectativas do setor com relação à evolução da produção nos três meses seguintes, foi o que mais contribuiu para a queda. Consequências O ICI e o NUCI confirmam o quadro econômico extremamente adverso. Para os próximos meses, também por fatores sazonais, não deverá ocorrer recuperação.
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n.10, dezembro 2015 | 8
Atividade Sondagem de Serviços (Novembro/2015) – FGV Fato O Índice de Confiança de Serviços – ICS recuou 1,2 pontos entre outubro e novembro, passando de 68,1 para 66,9 pontos, oitava queda em onze meses. O Índice da Situação Atual – ISA diminuiu 3,2 pontos chegando a 65,9 pontos. O Índice de Expectativas - IE avanço 0,9 ponto atingindo 68,4 pontos. 100,0 80,0 60,0 40,0
nov/15
out/15
set/15
ago/15
Índice da Situação A tual
jul/15
jun/15
mai/15
abr/15
mar/15
fev/15
jan/15
dez/14
nov/14
out/14
set/14
ago/14
jul/14
jun/14
Índice de Co nfiança
Índice de Expectativas
FONTE: FGV
Causa No ISA, os dois componentes apresentaram recuo, com destaque para a redução de 4,1 pontos no indicador que mede o volume de Demanda Atual. Nas expectativas, houve melhora de 2,2 p.p. nas expectativas com relação ao volume de Demanda Prevista para os próximos três meses. Consequência O resultado aponta pessimismo do setor ante o cenário de aumento do desemprego e pressões inflacionários. Não há para os próximos meses expectativa de melhora. Atividade ICC – Índice de Confiança do Consumidor (Novembro/2015) – FGV Fato Entre os meses de outubro e novembro, o ICC avançou 1,3%, passando de 75,7 para 76,7 pontos, a primeira alta após seis meses de queda. O índice da Situação Atual cresceu 0,2%, passando de 65,7 para 65,8 pontos. O Índice das Expectativas ficou 2,1% maior, atingindo 82,8 pontos. 130,0 120,0 110,0 100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0
Í ndic e de Expe c ta tiva s
FONTE: FGV Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n.10, dezembro 2015 | 9
nov/15
out/15
set/15
ago/15
jul/15
jun/15
mai/15
abr/15
mar/15
Í ndic e da S itua ç ã o Atua l
fev/15
jan/15
dez/14
nov/14
out/14
set/14
ago/14
jul/14
jun/14
mai/14
abr/14
mar/14
fev/14
jan/14
dez/13
nov/13
Í ndic e de Confia nç a
Causa A maior contribuição ao ICC no mês foi decorrente das expectativas com relação à situação econômica nos seis meses seguintes, com o indicador que mede o grau de otimismo subindo 5,2%. A parcela de consumidores projetando melhora avançou 0,1 p.p. e a dos que prevêem piora recuou 3,6 p.p. Consequência No próximo mês, decorrente das contratações de final de ano do comércio e do pagamento do décimo terceiro salário, o índice deve crescer tanto na avaliação da situação presente, como na expectativa com relação ao futuro, embora seja cedo para determinar uma reversão na trajetória de queda. Atividade ICom - Sondagem do Comércio (Novembro/2015) – FGV Fato O Índice de Confiança do Comércio - ICom avançou 4,6 pontos em novembro, ao passar de 61,3 para 65,9 pontos, após cinco quedas consecutivas. O Índice a Situação Atual – ISA cresceu 5,1 pontos atingindo 59,1 pontos, e o Índice de Expectativas - IE evoluiu 3,8 pontos chegando a 73,7 pontos. 105,0 95,0 85,0 75,0 65,0 55,0 45,0
nov/15
out/15
set/15
ago/15
jul/15
jun/15
mai/15
Í ndic e da S itua ç ã o Atua l
abr/15
mar/15
fev/15
jan/15
dez/14
nov/14
out/14
set/14
ago/14
jul/14
jun/14
Í ndic e de Confia nç a
Í ndic e de Expe c ta tiva s
FONTE: FGV Trimestre
Causa Na situação atual, o destaque foi com relação ao quesito que mede o grau de satisfação das empresas com a situação atual dos negócios, que subiu 8,1 pontos. Nas expectativas, o quesito que mais contribuiu para a alta foi o que capta o grau de otimismo com as vendas nos três meses seguintes, que cresceu 8,9 pontos. Consequência Apesar da melhora, ainda que disseminada entre os seguimentos do comércio, é insuficiente para alterar o cenário ainda desfavorável do setor. Atividade Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (Outubro/2015) – IBGE Previsão da Safra de Grãos Fato Em outubro, a estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas, foi de produção de 210,6 milhões de toneladas, 8,2% superior à safra de 2014 e 0,2% inferior a previsão de setembro. A área a ser colhida, 57,8 milhões de hectares, está 1,9% acima da registrada no ano passado. O primeiro prognóstico da safra para 2015 aponta recuo de 1,9%, frente à produção de 2015. Causa Com relação à produção de 2014, as três principais culturas, arroz, milho e soja, que juntos representam 92,7% do total da produção nacional, tiveram variações positivas de 3,0% para o arroz, 11,7% para a soja e 7,4% para o milho.
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n.10, dezembro 2015 | 10
O levantamento sistemático da produção agrícola registrou variação positiva, em relação ao ano anterior, para nove dos vinte e seis produtos analisados: arroz em casca, aveia em grão, batata-inglesa 3ª safra, cevada em grão, mamona em baga, mandioca, milho em grão 2ª safra, soja em grão e triticale em grão. Em sentido contrário, deverão apresentar redução na quantidade produzida: algodão herbáceo em caroço, amendoim em casca 1ª e 2ª safras, batata-inglesa 1ª e 2ª safras, cacau em amêndoa, café em grão – arábica, café em grão – canephora, cana-de-açúcar, cebola, feijão em grão 1ª, 2ª e 3ª safras, laranja, milho em grão 1ª safra, sorgo em grão e trigo em grão. Regionalmente, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas está assim distribuída: Sul, 76,9 milhões de toneladas, equivalente a 36,5% da produção nacional, Centro-Oeste, 89,7 milhões, 42,6% da produção nacional, Sudeste, 19,4 milhões, 9,2%, Nordeste, 16,9 milhões, 8,0% e Norte, 7,7 milhões, 3,7%. Em 2015 o Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com participação de 24,8%, seguido pelo Paraná com participação de 18,0%. Consequência Ao longo do ano o prognóstico da produção agrícola vem apresentando avanços e deverá surpreender positivamente. Para 2015 o prognóstico aponta para 206,5 milhões de toneladas. Atividade Pesquisa Mensal do Comércio (Setembro/2015) – IBGE Fato No mês de setembro, o volume de vendas do comércio varejista, com ajuste sazonal, caiu 0,5% em relação a agosto. Nesta análise a receita nominal aumentou 0,1%. Nas demais comparações, sem ajustamento, as taxas para o volume de vendas foram de negativo 6,2% sobre setembro de 2014, negativo 3,3% no acumulado do ano e de negativo 2,1% no acumulado dos últimos doze meses. A receita nominal obteve taxas de 1,8% com relação à igual mês de 2014, 3,5% no acumulado no ano e 4,5% no acumulado em doze meses. Considerando o comércio varejista ampliado as variações no volume de vendas foram: de negativo 1,5% frente ao mês anterior, negativo 11,5% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, negativo 7,4% no acumulado em 2015 e negativo 6,0% no acumulado em doze meses. A receita nominal caiu 1,2% relativamente a agosto de 2015, diminuiu 4,4% frente a setembro de 2014, 1,1% no acumulado no ano e cresceu 0,1% em doze meses. 170 150 130
110 90 70 50
jan
fev 2013
mar
abr
mai 2010
jun
jul
ago 2014
set
out
nov
dez
2015
FONTE: IBGE Índices de volume e de receita nominal de vendas no comércio varejista por tipos de índice (2003 = 100)
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n.10, dezembro 2015 | 11
Causa No confronto com agosto de 2015, oito das dez atividades tiveram variações negativas no volume de vendas, conforme segue por ordem de magnitude: Veículos, motos, partes e peças, 4,0%, Outros artigos de uso pessoal e doméstico, 3,8%, Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, 1,7%, Livros, jornais, revistas e papelaria, 1,6%, Material de Construção, 1,5%, Tecidos, vestuário e calçados, 1,4%, Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, 0,8% e Combustíveis e lubrificantes, 0,7%. Móveis e eletrodomésticos, não apresentou variação no mês e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, registrou variação positiva de 0,1%. Frente ao mesmo mês do ano anterior, todas as dez atividades do varejo tiveram queda: Combustíveis e lubrificantes, 8,7%, Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, 2,2%, Tecidos, vestuário e calçados, 12,9%, Móveis e eletrodomésticos, 17,9%, Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, 1,1%, Livros, jornais, revistas e papelaria, 14,9%, Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, 9,7%, Outros artigos de uso pessoal e doméstico, 7,0%, Veículos, motos, partes e peças, 21,8% e Material de Construção, 12,8%. Consequência O Comércio Varejista apontou queda frente ao mês anterior pelo oitavo mês consecutivo. Não existem sinalizações para recuperação nos próximos meses, mesmo com as festas de final de ano e do dia das crianças em outubro, que prometem ser fracos. Atividade Pesquisa Mensal de Serviços (Setembro/2015) – IBGE Fato No mês de setembro frente a igual mês do ano anterior, o volume de serviços recuou 4,8%, foi a maior queda da série iniciada em 2012, mantendo a seqüência de resultados negativos no ano. No ano o recuo foi de 2,8% e em doze meses 1,8%. A receita nominal dos serviços, frente a igual mês do ano anterior, não apresentou alteração. Em doze meses a variação é de 2,5% e no ano 1,8%. 170
150
130
110 90
70
50 jan
fev 2 0 12
m ar
abr
m ai 2 0 13
jun
jul
ago 2 0 14
set
out
nov
dez
2 0 15
FONTE: IBGE Índices de volume e de receita nominal de vendas no comércio varejista por tipos de índice (2003 = 100)
Causa No confronto com setembro de 2014, as quedas na receita nominal, por ordem de variação foram: Outros Serviços, 9,9%, Serviços Profissionais, Administrativos e Complementares, 8,1%, Serviços Prestados às Famílias, 6,7%, Transportes, Serviços Auxiliares, dos Transportes e Correio, 6,4%, e Serviços de Informação e Comunicação, 0,7%.
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n.10, dezembro 2015 | 12
Consequência O desempenho do setor de serviços tem sido condicionado principalmente pelo recuo da massa salarial, que vem se intensificando ao longo dos meses. Inflação IGP-10 (Novembro/2015) – FGV Fato O IGP-10 registrou variação 1,64% em novembro, recuando 0,24 p.p. com relação a outubro. No acumulado em doze meses à variação é de 10,72%, e no ano 9,65%. 2,5% 2,0%
1,88%
1,29%
1,5%
1,27%
1,0%
0,98%
0,5%
0,34%
0,30%
0,0% -0,5%
nov/15
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set/15
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jul/15
jun/15
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fev/15
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dez/14
nov/14
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fev/14
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dez/13
nov/13
jul/14
-0,67%
-1,0%
FONTE: FGV
Causa No mês de novembro, dentre os componentes do IGP, o IPA, diminuiu 0,47 p.p., apresentando variação de 2,15%. Neste, a maior desaceleração foi proveniente das Matérias-Primas Brutas, com variação de 1,92%, 2,70 p.p. menor do que a variação de outubro, com destaque para soja, minério de ferro e milho. Os Bens Intermediários tiveram variação 0,24 p.p. menor do que no mês anterior, chegando a 1,91%, com forte contribuição de materiais e componentes para a manufatura. Por outro lado os Bens Finais tiveram avanço de 1,12 p.p., com destaque para alimentos in natura. O IPC teve recuou de 0,17 p.p., com o grupo Transporte sendo o principal responsável pelo movimento no índice, neste grupo vale ressaltar o comportamento da gasolina, que saiu de 1,10% em outubro para 4,27% em novembro. Os grupos Alimentação, Saúde e Cuidados Pessoais, Comunicação e Despesas Diversas também apresentaram maior variação nos preços. O INCC teve aceleração de 0,14 p.p., com maior variação em Materiais, Equipamentos, e Serviços, 0,25 p.p. e em Mão-de-obra 0,03 p.p. Consequência Os índices de preços de seguem em patamar elevado, o que irá dificultar a tarefa da equipe econômica de trazer a inflação para a meta em 2016. Inflação IGP-M (Novembro/2015) – FGV Fato O IGP-M de novembro registrou variação de 1,52%, 0,37 p.p. acima da variação de outubro. Em doze meses o acumulado é de 10,69%, e no ano, 10,00%.
Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n.10, dezembro 2015 | 13
Causa Dos índices que compõe o IGP-M. O IPA apresentou desaceleração de 0,70 p.p. O IPC acelerou 0,26 p.p., atingindo 0,90%, com destaque para Alimentação, no qual chama a atenção, hortaliças e legumes. Também tiveram maior variação: Saúde e Cuidados Pessoais, Educação, Leitura e Recreação, Comunicação e Vestuário. Na composição do INCC, que registrou variação 0,13 p.p. maior, houve avanço em Materiais, Equipamentos e Serviços, 0,29 p.p. e estabilidade em Mão de Obra. 2,50 2,00
1,89
1,67
1,50 1,00
1,17
0,98
0,50
0,28
0,00 -0,74
-0,50
nov/15
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-1,00
FONTE: FGV
Consequência Após dois meses consecutivos de aceleração a inflação recuou. Porém, para os próximos períodos, dada a demora para retomada da atividade econômica de forma mais intensa, não são esperados aumentos muito contundentes. Inflação IGP-DI (Outubro/2015) – FGV Fato O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou variação de 1,76% em outubro, acelerando 0,34 p.p. ante a inflação registrada em setembro, em doze meses o acumulado é de 10,58% e no ano, 8,91%. Causa Em outubro, o IPA apresentou variação de 2,38%, crescendo 0,36 p.p. frente ao mês anterior em decorrência do avanço em Bens Finais, 1,19 p.p., com destaque para alimentos processados. Os Bens Intermediários também apresentaram aceleração, 0,48 p.p. destacando-se o avanço nos preços dos combustíveis e lubrificantes para a produção. As Matérias-Primas Brutas tiveram desaceleração de 0,85 p.p. causada pela menor variação de preços nos da soja, leite in natura e suínos. O IPC avançou 0,34 p.p., influenciado pela maior variação em Transportes, com destaque para, gasolina. Também tiveram variações maiores, Habitação, Alimentação, Saúde e Cuidados Pessoais e Despesas Diversas. O INCC teve avanço de 0,14 p.p., com aceleração em Materiais, Equipamentos e Serviços, e estabilidade em. Mão de Obra. 2,0% 1,76% 1,5%
1,48% 1,21%
1,14%
1,0% 0,5%
0,40%
0,28% 0,0% -0,5% -0,63%
-1,0%
out/15
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FONTE: FGV Vitrine da Conjuntura, Curitiba, v. 8, n.10, dezembro 2015 | 14
Consequência O índice apresentou forte avanço em outubro. Como os Bens Finais apontando o maior crescimento, existe a expectativa desaceleração nos próximos períodos. Inflação IPCA (Outubro/2015) – IBGE Fato O IPCA variou 0,82% em outubro, 0,28 p.p. acima do registrado em setembro, no acumulado em doze meses o índice chegou a 9,93%, aumentando 0,44 p.p., frente ao registrado nos doze meses imediatamente anteriores, e no acumulado do ano a inflação está em 8,52%, acima dos 5,05% registrados no mesmo período em 2014. Em Curitiba, a variação foi de 0,64%, 0,10 p.p. superior a de setembro, acumulando alta de 10,12% no ano e 11,52% em doze meses. Causa O grupo Transportes apresentou a maior variação no mês, sendo responsável o principal responsável pelo aquecimento. Neste grupo os itens gasolina, etanol e diesel, apresentaram aumentos de 5,05%, 12,29% e 3,26%, respectivamente. A segunda maior alta no mês foi proveniente de Alimentação e Bebidas, principalmente decorrente de alimentação fora de casa. No grupo Habitação, destacam-se os aumentos em botijão de gás, energia elétrica, mão de obra para pequenos reparos, aluguel e artigos de limpeza. 12,00
1,40
10,00
1,20 1,00
8,00 0,80 6,00 0,60 4,00 0,40 2,00
0,20
0,00
0,00 out/15
set/15
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jan/15
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nov /14
out/14
set/14
ago/14
jul/14
jun/14
mai/14
abr/14
mar/14
fev/14
jan/14
dez/13
nov /13
out/13
IP CA acumulado em 12 meses
IP CA variação mensal
FONTE: IBGE
Consequência Pelo segundo mês consecutivo o IPCA apresenta aceleração, aumentando as dificuldades de a equipe econômica trazer a inflação para mais próximo da meta em 2016. Inflação IPCA - 15 (Novembro/2015) – IBGE Fato O IPCA – 15 registrou variação de 0,85% em novembro, 0,19 p.p. acima do registrado em outubro. Nos últimos doze meses o acumulado é de 10,28%, e no ano, 9,42%. Em Curitiba a variação foi de 0,97%, 0,29 p.p., maior do que a de outubro, acumulando 11,03% no ano e 11,88% em doze meses.
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Causa No mês, o maior destaque ficou por conta dos combustíveis, que apresentaram alta de 5,89% e impacto de 0,30 p.p., influenciando o grupo Transportes, que teve o maior resultado no mês. O grupo Alimentação e Bebidas também pressionou o IPCA – 15 no mês com aumento de 1,05%, decorrente de tomate, açúcar cristal e refinado, arroz, frango inteiro, cerveja, óleo de soja, frutas, carne e pão francês. Consequência Os índices inflacionários continuam elevados no mês e no acumulado em doze meses. Para os próximos períodos a trajetória deverá se inverter aos poucos. Inflação Custos e Índices da Construção Civil (Outubro/2015) – IBGE - Caixa Econômica Federal Fato O Índice Nacional da Construção Civil variou 0,27% em outubro, 0,01 p.p. acima da variação de setembro, e 0,03 p.p. menor do que a de outubro de 2014. Em doze meses, o acumulado é de 6,03%, e no ano, 5,14%. O custo nacional por metro quadrado passou de R$ 957,63, em setembro, para R$ 960,17 em outubro, sendo R$ 513,41 relativos aos materiais e R$ 446,76 à mão-de-obra. No Paraná, as variações foram de negativos 0,06% no mês, 6,13% no ano e 6,86% em doze meses, o custo médio da construção, no Estado é de R$ 990,54.
1,50 1,00 0,50 0,00 jan
fev
m ar
abr
m ai
jun 2014
jul
ago
set
out
nov
dez
2015
FONTE: IBGE e CAIXA
Causa Na composição do índice a parcela dos materiais variou 0,18%, 0,14 p.p. abaixo do mês anterior e a componente mão-de-obra, 0,37%, crescendo 0,17 p.p. em relação a setembro. Nos últimos doze meses, os acumulados foram: 3,68% para materiais e 8,87% para mão-de-obra, e no ano, os materiais subiram, 3,25%, e a mão-de-obra 7,41%. No mês as variações regionais foram: 0,22% na Região Nordeste, 2,42% na Região Norte, 0,05% no CentroOeste, negativos 0,02% no Sudeste e negativos 0,09% no Sul. Ainda na verificação regional, os acumulados em doze meses foram: Nordeste, 5,55%, Norte, 7,27%, Centro-Oeste, 5,42%, Sudeste, 5,60% e Sul 7,95%. Consequência O resultado no mês foi influenciado pela pressão exercida pelo reajuste salarial do acordo coletivo, no Estado do Pará que teve alta de 4,87%. Para o próximo mês é esperada continuidade na acomodação do índice, devendo, em dezembro, ocorrer aceleração.
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Inflação IPP - Índices de Preço ao Produtor (Outubro/2015) – IBGE Fato O IPP apresentou variação de 1,77% em outubro, ficando, portanto 1,22 p.p. inferior à variação do mês anterior e 1,37 p.p. maior do que a do mesmo mês do ano anterior. No acumulado em doze meses à variação foi de 10,90%, e no ano 9,67%. Causa No mês, dezessete das vinte e quatro atividades apresentaram variações positivas, as maiores variações foram em bebidas, perfumaria, sabões e produtos de limpeza, madeira e produtos de metal, as maiores influências vieram de alimentos, outros produtos químicos, refino de petróleo e produtos de álcool e bebidas. No acumulado em doze meses, as maiores variações ocorreram em outros equipamentos de transporte, fumo, papel e celulose e madeira. As maiores influências vieram de alimentos, outros produtos químicos, papel e celulose e veículos automotores. Consequência Apesar do recuo, o índice de preços ao produtor segue em patamar elevado, o que deve influenciar o comportamento futuro dos preços no varejo. Operações de Crédito Nota à Imprensa (Outubro/2015) - BACEN Fato O total do estoque das operações de crédito do sistema financeiro atingiu R$ 3.157 bilhões em outubro, com redução de 0,1% no mês e crescimento de 8,1% em doze meses, atingindo 54,7% na relação com o PIB, 0,4 p.p. abaixo do mês anterior, e 1,3 p.p. acima de outubro de 2014. As taxas médias de juros atingiram 30,5%. Causa Os empréstimos contratados com recursos livres, que correspondem a 50,8% do total do sistema financeiro, atingiram R$ 1.603 bilhões, diminuindo 0,4% no mês e aumentando 4,3% em doze meses. Os empréstimos realizados às pessoas físicas aumentaram 0,1% no mês, atingindo R$ 797 bilhões, destacando-se a expansão na demanda por cartão de crédito e a contração nos financiamentos de veículos. Nos empréstimos realizados às pessoas jurídicas, houve recuo de 0,9% no mês, chegando a R$ 806 bilhões, com retração em repasses externos e capital de giro. No crédito direcionado, houve aumento de 0,2% no mês e 12,4% em doze meses, totalizando R$ 1.554 bilhões. O resultado foi determinado basicamente pelo crescimento nos financiamentos imobiliários para pessoas físicas e na redução dos investimentos com recursos do BNDES, para pessoas jurídicas. As taxas médias de juros avançaram 1,2 p.p. no mês e 6,2 p.p. em doze meses, atingindo 30,5%. O custo médio dos empréstimos para pessoas físicas cresceu 1,3 p.p. no mês, e 7,1 p.p. em doze meses, atingindo 38,7% a.a. Para as empresas, os encargos médios aumentaram 1,1 p.p., no mês, e 4,9 p.p. em doze meses, situando-se em 21,5% a.a. A taxa de inadimplência da carteira de crédito referencial aumentou 0,1 p.p., no mês e 0,2 p.p. em doze meses, alcançando 3,2%, sendo 4,1% para pessoas físicas e 2,5% para pessoas jurídicas. Consequência A expectativa para os dois últimos meses do ano é de continuidade na expansão do crédito, porém com intensidade moderada, conseqüência do comprometimento orçamentário das famílias e da baixa atividade econômica.
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Setor Externo Nota à Imprensa (Outubro/2015) - BACEN Fato Em outubro, as Transações Correntes registraram déficit de US$ 4,2 bilhões. As reservas internacionais no conceito de liquidez aumentaram US$ 360 milhões, totalizando US$ 371 bilhões e a dívida externa somou US$ 350,3 bilhões com redução de US$ 355 milhões em relação à posição de setembro. Causa O saldo da conta de transações correntes acumulou déficit de US$ 74,2 bilhões nos últimos doze meses, equivalentes a 4,02% do PIB. A conta de serviços apresentou déficit de US$ 2,8 bilhões com recuo de 34% na comparação com outubro de 2014. A conta capital e financeira as captações líquidas superaram as concessões líquidas em U$ 3,6 bilhões, destacando-se os ingressos líquidos em investimentos estrangeiros em diretos, US$ 6,7 bilhões. A movimentação das reservas, durante o mês foi positivamente afetada por estoque de linhas de recompra, US$ 9,7 bilhões, receitas de remuneração de reservas, de US$ 224 milhões e variações por paridade, US$ 507 milhões, por outro lado, as variações por preços reduziram o estoque em US$ 329 milhões. Em outubro, a dívida externa de médio e longo prazo aumentou US$ 233 milhões, atingindo US$ 286,5 bilhões e a de curto prazo diminuiu 588 milhões atingindo em US$ 63,8 bilhões. Consequência Os indicadores externos da economia brasileira, principalmente em decorrência da crise financeira internacional, já não apresentam resultados tão bons como em anos anteriores, sendo o aspecto mais preocupante o excessivo e repetido déficit em Transações Correntes. Política Fiscal Nota à Imprensa (Outubro/2015) - BACEN Fato Em outubro, o setor público não financeiro registrou déficit de R$ 11,5 bilhões. No acumulado em doze meses o déficit é de R$ 40,9 bilhões (0,71% do PIB). O resultado nominal teve déficit de R$ 29,4 bilhões, acumulando negativos R$ 547,9 bilhões (9,5% do PIB), em doze meses. O montante dos juros apropriados atingiu R$ 17,9 bilhões, no mês e R$ 506,9 bilhões no acumulado em doze meses (8,79% do PIB). A dívida líquida do setor público alcançou R$ 1.972,5 bilhões (34,2% do PIB). Causa Na composição do superávit primário no mês, o Governo Central apresentou resultado negativo de R$ 12,3 bilhões. Os governos regionais e as empresas estatais registraram superávits de R$ 775 milhões e R$ 11 milhões, respectivamente. Com relação aos juros apropriados em outubro, houve redução de R$ 52,1 bilhões contribuindo para esta queda o resultado favorável nas operações de swap cambial. No ano o déficit nominal alcançou R$ 446,2 bilhões, elevando-se R$ 204 bilhões em relação ao mesmo período de 2014. Com relação à Dívida Líquida do Setor Público como percentual do PIB, houve aumento de 1,0 p.p., na comparação com o mês anterior. No ano, esta relação teve crescimento de 0,1 p.p. Contribuíram para o aumento, os juros nominais apropriados, o déficit primário e o ajuste de paridade da cesta de moedas dívida externa líquida valores parcialmente compensados pela desvalorização cambial e pelo crescimento do PIB nominal. Consequência Para os próximos períodos, tendo em vista a maior austeridade fiscal que vem sendo prometida pelo governo, a expectativa é de resultados mais positivos para o setor público.
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