Aprenda a identificar e lidar com os problemas que podem atingi-lo
Pragas
Broca do Café
Bicho-Mineiro
Pequeno besouro de coloração escura e brilhante que permanece dentro do fruto. As larvas que se originaram dos ovos são de coloração esbranquiçada, e se alimentam das sementes causando os prejuízos nos frutos.
Bicho Mineiro na fase adulta é uma pequena mariposa de coloração branco-prateada. Os ovos são colocados na parte superior das folhas. Com a eclosão dos ovos as lagartinhas passam a alimentar-se da folha, formando áreas vazias (chamadas de minas), o que caracteriza o nome de praga.
Prejuízos:
Queda do fruto. Perda de peso. Apodrecimento dos frutos.
Como controlar e Prevenir:
- Fazer uma colheita bem feita, não deixando frutos nas plantas e no solo. - Eliminar cafezais velhos, improdutivo e lavouras abandonadas. Através do uso de inseticidas. Consultar um técnico para o uso de defensivos agrícolas. - A vespa-da-costa-do-marfim (Cephalonomia sp.) é um importante inimigo natural da broca-do-café, e o fungo Beauveria bassiana. Colocar garrafas plásticas de 2 litros com uma mistura de metanol e óleo de café distribuídas ao longo do cafezal, para atrair a fêmea.
Cigarras O crescimento das cigarras ocorre no solo, onde a praga na sua fase jovem (ninfa) se alimenta das raízes do cafezal. Depois abrem galerias no solo e passam para a parte área da planta, transformando posteriormente em adulto.
Prejuízo:
As plantas ficam depauperadas, causando queda na produção.
Como controlar e Prevenir:
- Uso de inseticidas aplicados via solo. Consultar um técnico para a prescrição
Prejuízo:
Queda das folhas, acarretando queda da produção.
Mosca das Raízes O inseto adulto é uma mosca que vive voando na parte aérea dos cafezais. A fase larval da mosca vive no solo onde se alimenta das raízes do cafeeiro.
Prejuízos:
As plantas ficam depauperadas, causando queda na produção.
Como controlar e Prevenir:
- Eliminação de cafezais altamente infestados e lavouras muito velhas e de
Ácaro vermelho Como controlar e Prevenir:
- Através de inseticidas aplicados via folha ou no solo. Consultar um técnico para o uso de produtos defensivos agrícolas. O uso discriminado de agrotóxicos pode causar desequilíbrio de inimigos naturais e aumentar a população da praga. Adubação equilibrada, plantas bem nutridas resistem melhor à praga. - Feito naturalmente por predadores e parasitóides através da conservação da biodiversidade.
Vivendo na parte superior das folhas, o ácaro vermelho se alimenta das folhas perfurando e sugando o seu conteúdo interno. Em consequência as folhas perdem o brilho natural e ficam bronzeadas. Geralmente o ataque se inicia em reboleiras e se intensifica em épocas de estiagem prolongada.
Prejuízo:
As lavouras novas e em formação, principalmente, terão seu desenvolvimento retardado.
Como controlar e Prevenir:
- O controle químico deve ser realizado, se necessário, através de acaricidas específicos e direcionado nas plantas atacadas e ao redor. - As chuvas ajudam no controle da praga. - O uso excessivo de fungicidas cúpricos causam desequilíbrio, aumentando a população da praga.
Nematóides baixa produtividade, através de inseticidas via solo. Consultar um técnico para o uso de produtos químicos. - Através de fungos que existem na natureza. - Uso de armadilhas adesivas coloridas, que atraem a mosca, reduzindo a população da praga. Geralmente coloca-se os adesivos nos meses de março a junho.
Nematóides são pequenos vermes que vivem no solo e atacam as raízes do cafeeiro, causando pequenas galhas nas raízes.
Prejuízos:
Plantas fracas, causando diminuição da produção e em alguns casos a erradicação da lavoura.
Como controlar e Prevenir:
- Sanidade das mudas para plantio (comprar mudas de viveiristas credenciados exigindo o certificado de sanidade). - Uso de variedades tolerantes/resistentes. Para o uso de produtos químicos, deve-se procurar um técnico para avaliar, devido à restrição dos produtos nematicidas no mercado.
Doenças Ferrugem do Café Pequenas manchas circulares de cor amarelo alaranjadas situadas na parte inferior das folhas. A doença é favorecida por fatores como: lavouras de carga alta e enfolhamento, associados à chuva, que ajudam a propagar a doença.
Prejuízo: Desfolha prematura da lavoura com consequente seca dos ramos laterais, afetando o florescimento, o desenvolvimento dos frutos e a produção do ano seguinte.
Ações Preventivas e de Controle: - Com fungicidas aplicados no solo e/ou na pulverização. Para esse método é importante e obrigatório consultar um técnico. - Adubações equilibradas através da análise de solo. - Fazer desbrotas, evitando o excesso de hastes e assim o auto sombreamento. - Uso de cultivares resistentes ou tolerantes sendo hoje um método imprescindível para o manejo da ferrugem do cafeeiro.
Mancha de Phoma Doença causada por um fungo associado a ventos frios e umidade. Os ventos fortes causam ferimentos nas folhas favorecendo a entrada do fungo. As folhas ficam com manchas circulares de coloração escura. Elas se curvam quando as lesões atingem suas bordas. Os ramos atacados ficam com lesões escuras e deprimidas, o que ocorre também nas flores e chumbinhos.
Prejuízos: - Desfolha. - Queda de botões florais. - Mumificação de chumbinhos. - Seca de ponteiros e consequentemente perda de produção.
Ações Preventivas e de Controle: - Evitar instalar lavoura em locais com ventos fortes e frios, ou instalar quebra ventos provisórios e/ou definitivos desde a implantação da lavoura. - Adubações equilibradas através de análises de solo e folhas. - Uso de fungicidas específicos, monitorando as condições de clima. Quando essas forem favoráveis (umidade alta e frio) iniciar o controle nas épocas que antecede a floração. Consultar um técnico quando for utilizar produtos químicos. - Como alternativa, cultivar Catucai Amarelo e Vermelho, Apoatã e Palma II, que são poucos atacados pela doença.
Cercóspora Conhecida também como olho de pomba. As folhas ficam com manchas circulares de coloração castanha clara e escura com o centro branco acinzentado, quase sempre envolvido por um halo amarelado. Nos frutos, ocorrem lesões deprimidas de coloração escura. Lavouras fracas, adubações deficientes, umidade relativa alta, excesso de insolação e falta de água são mais favoráveis à doença.
Prejuízos: - Pós-plantio: desfolhamento e atraso no crescimento - Lavoura nova: queda de folhas e frutos e seca dos ramos. - Lavoura adulta: queda de folhas, amadurecimento precoce dos frutos com queda prematura e chochamento. - Possível presença de fungos nas lesões, que depreciam a qualidade do café.
Ações Preventivas e de Controle: - Tanto no plantio como em lavouras em produção, deve ser realizada a correção dos solos e adubações equilibradas, através da análise do solo e folhas, dependendo de cada situação. - Controle químico com o uso de fungicidas nos casos em que o controle cultural não foi suficiente e as condições climáticas estão muito favoráveis. O fungicida auxilia também no controle da ferrugem. Para o uso de produtos químicos o produtor deve consultar um técnico.
Mancha Aureolada Doença causada por bactérias. Pode ocorrer tanto em mudas como em lavouras em produção. As condições climáticas favoráveis à doença são temperaturas mais baixas, umidade relativa e preciptação, durante os meses de outubro a dezembro. Os sintomas são lesões de coloração escura circundada por um halo amarelado nas folhas. Ramos e chumbinhos também são afetados pela doença.
Prejuízos: - Desfolha. - Seca de ramos laterais. - Mumificação de chumbinhos reduzindo a produção do ano seguinte.
Ações Preventivas e de Controle: - Evitar instalar lavoura em locais de ventos fortes e frios e, caso não for possível, instalar quebra ventos. - O controle químico deve se iniciar nos viveiros e nas lavouras a campo de forma preventiva, onde as condições climáticas são favoráveis. Sendo preciso consultar um técnico para a prescrição de defensivos agrícolas.
Análise do Solo 1 - Época e frequência
10 ha. Após a divisão das glebas, deve ser feita a coleta da amostra, sendo recomendado que o técnico caminhe na área em zigue-zague, coletando o solo em pelo menos 15 pontos de cada talhão.
misturadas formando uma amostra composta representando cada gleba. Usando a ferramenta mais apropriada, em cada ponto da coleta é retirada o que chamamos de amostras simples ou sub-amostra, que devem ser coletadas de forma igual, mesma profundidade e mesmo quantidade, pois irão compor a amostra composta de cada área.
2 - Divisão da área
3 - Coleta das amostra
4 - Acondicionamento
Dividir a propriedade em glebas ou talhões que sejam uniformes. Assim, a amostra coletada em cada gleba poderá representar a sua situação de fertilidade. Normalmente estas áreas são separadas conforme suas características físicas ou de uso: área arenosa, argilosa, alto da encosta, meio ou baixada, cor da terra, cultura ou vegetação existente e até mesmo devido aos tratamentos que já recebeu como calagem e adubação. Normalmente recomenda-se separar estas glebas em áreas de no máximo
A coleta do solo pode ser feita com enxadão, pá reta ou por diferentes tipos de trados. Em cada ponto da gleba deve se tirar a terra a uma profundidade de 0 - 20 cm (camada arável) sob a saia do cafeeiro (faixa de adubação). A superfície deve ser ligeiramente limpa, afastando detritos e restos de cultura. Também podem ser retiradas amostras em outras profundidades como de 20 - 40 ou 40 - 60 cm de acordo com recomendações técnicas. No final da coleta, as amostras simples serão
O solo retirado nas amostragens deve ser bem destorroado e muito bem misturado para se retirar cerca de 300g, para a remessa ao laboratório. As amostras devem ser acondicionadas em caixas ou sacos plásticos fornecidos pelo laboratório, juntamente com um questionário, que deve ser cuidadosamente preenchido. Este questionário, além de registrar os dados da amostra, também vai fornecer as informações necessárias para a recomendação da adubação e calagem.
Fazer a amostragem de solo na cultura do café em produção, antes da arruação e pelo menos 60 dias após a última adubação. Repetir anualmente.
Análise da Folha 1 - Época e frequência De modo geral, a amostragem para análise foliar, em cafeicultura não irrigada, é realizada antes da fase de expansão rápida dos frutos e da granação, na fase de chumbinho, o que normalmente coincide com o mês de novembro até meados de dezembro, observando-se o prazo de, pelo menos, 30 dias após uma adubação ou pulverização. Para o caso de cafeicultura irrigada, a análise foliar torna-se uma ferramenta ainda mais importante, recomendando-se a sua realização em intervalos menores, por exemplo, bimestralmente.
2 - Divisão da área Dividir toda a lavoura, como na análise de solos, em glebas, com área máxima de até 10 hectares, uniformes na idade, espaçamento e aspecto geral.
3 - Coleta das amostra Selecionar, ao acaso, um ramo no terço médio da planta e nele coletar o 3º ou 4º par de folhas a partir da extremidade, não contando o 1º par, caso ele tenha menos que 2,0 cm de tamanho. Coletar, no mínimo, 100 folhas em todo o cafezal, em pelo menos 25 plantas, caminhando em zigue-zague, colhendo as folhas em dois ou quatro ramos opostos. Acondicionar essas folhas em sacolas limpas de papel e enviá-las imediatamente ao laboratório. Caso haja demora no envio, é aconselhável lavar as folhas em água corrente e enxaguarcom água filtrada, secar cuidadosamente e colocar em geladeira, na parte inferior, para aguardar até o até o dia seguinte.
4 - Identificação Para o envio ao laboratório, a amostra deve ser identificada com nome do produtor, da propriedade e da lavoura ou talhão. Outras informações, como número de pés, espaçamento e
produção esperada, de interesse do agrônomo, para interpretação e recomendações técnicas, deverão ser fornecidas ao técnico junto com os resultados da análise.
Manejo dos Cafezais - Poda Época das podas
Tratos culturais em lavouras podadas
A época mais indicada é logo após a colheita, com preferência após uma safra alta ou perspectiva de safra baixa na próxima colheita. Podas realizadas em épocas corretas permitem rápida recuperação das plantas no período vegetativo que vai de setembro a abril. As podas realizadas fora da época podem ser uma das causas de insucesso desta prática.
Manter os tratos culturais normais para as lavouras em produção, como: controle do mato nas linhas das plantas, adubações equilibradas (cuidado para não tirar adubo da planta) e controle de doenças e pragas.
Tipos de podas em cafeeiros
1 - RECEPA
É a mais drástica das podas, pois são retirados todos os brotos incluindo o tronco que é cortado a uma altura que varia de 0,3 a 0,5 m (receba baixa) a 0,6 - 0,8 m (receba alta ou com pulmão). A grande vantagem da recepa é possibilitar uma renovação total da parte aérea da lavoura. É recomendada quando houve grande depauperação da lavoura, com perda de ramos laterais produtivos, perda de estrutura das plantas, forte geada ou alto grau de fechamento.
2 - DECOTE
O decote é uma poda alta que elimina a parte superior da copa do cafeeiro, mas para ser realizada a lavoura deve apresentar boa conformação de ramos produtivos inferiores ("saia"). O decote pode ser alto (2-2,5 m) realizado apenas para reduzir o tamanho de uma copa bem formada, ou baixo (1,2 a 1,8 m) indicado quando se pretende renovar a parte aérea da planta, devendo-se nesse caso conduzir uma a duas hastes por meio de desbrotas.
3 - ESQUELETAMENTO
Consiste no corte lateral dos ramos produtivos a uma distância de 20-30 cm do tronco principal. O cafeeiro não apresenta produção de café no ano do corte, o que pode ser uma vantagem, pois não se gasta com colheita, e, no segundo ano após o corte, costuma apresentar altas produtividades que muitas vezes compensam o ano sem produção. Essa pode ser uma grande vantagem desse tipo de poda que, tornando-a economicamente viável ao reduzir os custos de colheita. O esqueletamento deve ser feito associado a um corte superior (1,72,0 m) para quebrar a dominância apical e estimular a brotação lateral. É uma modalidade de poda que exige muito da planta após o corte por isso uma nutrição adequada e cuidados com doenças, principalmente ferrugem, Phoma e Aschochyta são importantes.
4 - DESPONTE
É também uma poda lateral, semelhante ao esqueletamento, com a diferença de que é realizada mais distante do tronco, em torno de 60 cm a 70 cm. Serve para estimular a emissão de ramos produtivos secundários e terciários, graças ao aumento da área produtiva da planta.
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