A Mensagem oculta do Rock CPAD (1987)
Dados Biográficos Jefferson Magno Costa, articulista, funcionário da divisão de Jornalismo da CPAD, bacharel em Teologia e professor, é também autor dos livros Paulo Macalão – A chamada que Deus Confirmou, Eles andaram com Deus, e colaborador na História das Assembleias de Deus no Brasil. Claudionor de Andrade, pregador, preletor, articulista, ex-locutor-noticiarista da Rádio Diário do Grande ABC, Santo André, SP, professor de Filosofia e História da Filosofia e funcionário da divisão de Jornalismo da CPAD. Gilberto Moreira, articulista, preletor, um dos líderes da mocidade da AD em Campo Grande, Rio de Janeiro, RJ, professor da Escola Dominical, ex-funcionário da Divisão de Jornalismo da CPAD e estudante de letras. Geremias de Couto, pastor na Assembleia de Deus em São Cristóvão, Rio de Janeiro, RJ, chefe da Divisão de Jornalismo da CPAD, professor de Teologia Sistemática e Comunicação Cristã, foi missionário entre o povo de Língua Portuguesa, nos Estados Unidos da América. É, também articulista, preletor e colaborador nos livros A Bíblia Responde e História das Assembleias de Deus no Brasil.
Apresentação “Há tempo de falar” (Ec 3.7) Os autores deste livro estão de parabéns pro levantarem a voz em tempo hábil, dando o indispensável brado de alerta contra as investidas satânicas que se fazem sentir cada vez mais fortes no Brasil, visando conquistar para o histerismo, loucura e práticas diabólicas aquilo que de melhor possui este país: A sua brilhante juventude!
De fato, o diabo sabe o valor iniludível que tem a música e, também, o quanto o brasileiro gosta desta bela arte. Ao mesmo tempo, sabe que é o feitio de nossa juventude os ritmos acelerados e altissonantes (de volume alto). E, oportunista como ninguém mais o é, ele se utiliza do rock e doutros ritmos de sua invenção, para perverter e escravizar nossos jovens. O diabo, também, tira partido da política barata e despudorada (sem vergonha) de certos empresários para, não somente permitir, mas, de igual modo, fomentar tais práticas desvirtuadoras da moral cristã e dos bons costumes, quando é lógico esperar das autoridades conscientes e ordeiras propugnar (defender, lutar) por valores verdadeiros, a fim de termos uma população saudável e vencedora, ao invés de um povo vencido desgraçadamente, pelas práticas desvirtuadoras da ética, da Paz e da decadência. É preciso ser cego, ou fechar os olhos à realidade, para não ver as execrandas (detestáveis) cenas de completa histeria e loucura nos gestos e contorções dos cantores de rock e nas exibições sexuais em programas de TV no Brasil! Este livro não é um protesto apenas a tais cenas despudoradas; é mais um brado dado às autoridades, à sociedade, à igreja, à família e à mocidade brasileira, dizendo a todos: Se queremos conter a onda de crimes, de assaltos, de prostituição e de degradação da família brasileira, procuremos conhecer suas causas básicas e originais e as corrijamos enquanto não é tarde demais. Mocidade brasileira, ler este livro e armar-te dos exemplos nele descritos é de tua urgente necessidade! Pais e mães de família, é de vosso interesse conhecer o conteúdo deste livro a bem de vossos filhos queridos! Autoridades brasileiras, o conteúdo deste livro ser-vos-á oportuno no combate à onda de degradação moral de nossa juventude. Pastores evangélicos, colocai este livro ao alcance de vossos liderados a bem de todos. Amém.
Manaus, 19 de maio de 1986 pastor Alcebíades Pereira Vasconcelos
Prefácio Com sérias repercussões no ambiente evangélico brasileiro, o canto congregacional nas igrejas evangélicas americanas já passou por três grandes crises: depois de 1870, com a introdução do Gospel Hymn (hino evangelístico), devido principalmente à divulgação empreendida por Ira David Sankey; depois de 1920, com a adoção do Negro Spiritual, nos arranjos elaborados por John W. Work; após 1930, com a infiltração do Gospel Song (canção evangelística), composta por Thomas Andrew, Langston Hughes e outros músicos. Desde 1970, o canto congregacional vem sendo assediado pelo Rock. Nos últimos 100 anos, qual foi a evolução do canto religioso submetido às investidas da música profana?
Embora reprimidas pelos “white, anglo-saxons and protestants” (brancos, anglo-saxões e protestantes), os escravos (negros, africanos e pagãos) tinham na música a evasão do seu sofrimento. Na América frequentavam as igrejas dos brancos, onde a execução musical era muito rude. A crescente segregação racial afasto os negros, já cansados de ser crentes de segunda classe na Casa de Deus. A princípio, as novas congregações negras aproveitavam os hinos de John Wesley. Depois, as Works-Songs (canções de trabalho) converteram-se em melodias para os hinos negros (ver: Roi Jones, Blues People. New York: William Morrow, 1963). Na mesma época ocorria, entre os americanos brancos, um reavivamento, conhecido como “the Secound Awakening” (o Segundo Despertamento), desenvolvido em acampamentos e baseados sobre a noção de um retorno à experiência religiosa mais emocional, o que implicava no abandono do culto algo formalista e litúrgico celebrado durante o século XVIII. Os acampamentos de protestantes brancos continham um paralelismo cultural com os ritos religiosos ao ar livre praticados pelos negros na África. Essa situação incentivou os cantores negros “Jubilee Singers”, da Universidade Fisk, a iniciarem em 1871 uma turnê pela América com a pretensão de apresentar a autêntica música religiosa negra, mas sua música tinha forte influência europeia, porque, no momento em que era transcrita para a notação usual, a fim de ser publicada, as notas off-pitch e as figuras out-of-tempo (fora do tempo) desapareciam (ver: James Lincoln Collier, The Making of Jazz. Boston: Houghton Mifflin, 1978). Com efeito, o Blues e o Jazz significam, 300 anos depois da chegada do escravo africano à terra americana, o florescimento da música negra. Como Blues (forma vocal) e o Jazz (forma instrumental), a música profana negra definitivamente penetra, em 1919, no cenário artístico americano. Depois da canção de trabalho afro-americana (Work-Song) vieram o Blues e o Jazz (ver: William Francis Allen, Slave Songs of the United States. New York: Peter Smith, 1951). O Spiritual (canto religioso sob influência cristã) apareceu mais tarde que o Blues (canto profano), mais precisamente depois de 1869, com a emancipação dos escravos negros. O Spiritual é a forma religiosa do Blues; o Blues é a forma profana do Spiritual. O Spiritual se diferencia da Work-Song (canção de trabalho), pelo tema e conteúdo, e por ser mais melodioso. Adotou os elementos harmônico e melódico, e a instrumentação dos modelos europeus, mas as letras, os ritmos e o fraseado tinham recebido a influência do sentimento africano. A síncopa rítmica, a alteração do timbre e o deslocamento dos acentos foram utilizados pelos negros a fim de transformar os hinos “brancos” em Negro Spirituals. Essa criação dos negros foi o primeiro canto totalmente nativo da história da música norte-americana. Nasceu da mistura da canção anglo-escocesa com o canto do negro nascido na América do Norte (ver: George Pullen Jackson, White and Negro Spirituals. New York: 1943). Dessa forma, o Negro Spiritual aproximava-se do Spiritual e do Gospel Hymn compostos pelos brancos nas três últimas décadas do século XIX. Em 1919 já estavam consolidadas as duas formas de canto: a profana (Blues) e a religiosa (Spiritual). O Blues constituiu a espinha dorsal do Jazz, que teria desdobramentos nos estilos instrumentais: Ragtime (1890), New Orleans (1900), Dixieland (1910), Chicago (1920), Swing (1930), Bebop (1940), Cool (1950), Free (1960) e Fusion (1970).
No canto religioso, por sua vez, predominava, ainda no fim da década de 20, o Spiritual, com os arranjos de John W. Work (ver: American Negro Songs. New York: Howell, 1940) Muitas das melhores cantoras do Blues (Sister Rosetta Tharpe, Dinah Washington, Sara Vaughan, Areta Franklin) começaram suas carreiras artísticas cantando Spirituals nas igrejas [(mas apostataram em nome de Mamom: “os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências… Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males” (1 Timóteo 6.9,10) “Não podeis servir a Deus e às riquezas” (Mateus 6.24))]. Até que, em 1932, Thomas Andrew Dorsey, com a canção “Precious Lord”, fundiu a tradição do canto congregacional (Spiritual) com o canto profano da época (Blues), resultando no Gospel Song. A maioria dos pastores negros rejeitava a música de Dorsey por considerá-la incompatível com o culto divino. Em 1939, Dorsey contratou a então desconhecida Mahalia Jackson, e a sua música passou a ter lugar ao lado da Bíblia. Antes de 1950 o Gospel Music tinha substituído o tradicional canto da congregação nas igrejas da América! A Gospel Song é a forma moderna da Spiritual – mais jazzística, com mais “balanço”. Alguns especialistas acham que o Gospel Music foi mais importante que o Blues para o desenvolvimento da musica popular contemporânea (ver: Charles Keil, Urban Blues. Chicago: University of Chicago Press, 1969). No Brasil, corremos risco de verificar em breve a ocorrência, para pior, da mudança, em pouco tempo, do gosto musical dos evangélicos, através de um trabalho sub-reptício (oculto) ou ostensivo (que aparece), na difusão do Rock. Os evangélicos, em geral, protestaram contra a realização do festival “Rock in Rio”, mas continuam admitindo o Rock em suas igrejas… A evolução do Blues foi marcado pelos estilos vocais: Folk (1900), Classic (1920), Rhythm and Blues (1940), Soul (1960) e Funk (1980). Desde meados dos anos 50, o Blues vem penetrando maciçamente na música popular americana, composta por brancos e negros. Há, pelo menos, três dados extra-musicais, de caráter sociológico, que devem ser levados em conta na apreciação da origem do Rock: 1) o conflito coreano, que em 1950 pôs russos e americanos em confronto militar, foi um pretexto de rebeldia (mais que insubmissão) para jovens que, tendo tomado conhecimento dos horrores da guerra atômica, relutaram em partir para o paralelo 38, na Coreia; 2) em 1953 o capitalismo ocidental iniciava duas décadas de prosperidade econômica, interrompida pelas crises energéticas e monetárias; coincidentemente, com a eclosão dessas crises o Rock engajou-se no Satanismo: em gravações musicais ostensivas ou mascaradas, o Rock tece louvores ao diabo; 3) em 1954 o livro “The Doors of Perceptio”, de Aldous Huxley, prestigiou o consumo de drogas alucinógenas, por isso foi homenageado pelo conjunto de Rock, The Doors (ver: Simon Frith, Sounds Effects, 1981). Nos últimos 30 anos, o Rock tem sido a expressão musical da Contracultura, isto é, a contestação e a ruptura da tradição musical do Ocidente, seja erudita ou popular. Sob a inspiração do estilo negro “Rhythm and Blues”, cujos discos eram rotulados como “race records” (discos preferidos pela raça negra nos Estados Unidos), surgiu o Rock, lançado pelo cantor branco Bill Haley e adaptado por Elvis Presley e pelos Beatles.
Nos Estados Unidos, o Rock, profeticamente, teve início no filme “Blackboard Jungle” (quadro negro selvagem), que espalha as sementes da violência: em 1955, com a música “Rock around the clock”, executada por Bill Haley and his comets. O Rock foi explorado intensivamente, a partir de 1957, por Elvis Presley. O Rock americano incorporou a música popular tradicional, branca e urbana, o Rhythm and Blues negro e a música caipira (Country), de natureza folclórica e origem rural (ver: Carl Belz, The Story os Rock. New York: Oxford University Press, 1972) Na Inglaterra, entre 1962 e 1970, os Beatles formaram o conjunto mais prestigiado. Curiosamente, durante o período áureo dos Beatles (1963-1967) a Igreja Católica Romana fez o aggiornamento (atualização) de sua música, pelo aproveitamento de melodias nativas, populares ou folclóricas, tendo aprovado a Constituição sobre a Santa Liturgia (1963) e a Instrução sobre a Música Sacra (1967); esta determinou aos poetas católicos a elaboração de textos vernáculos (em língua nativa), respeitando “a índole e as regras de cada idioma”, e aos músicos o preparo de novas melodias, de acordo com “o caráter e as peculiaridades de cada povo”. O elemento folclórico e político foi pesquisado e divulgado por Woodie Guthrie e Bob Dylan, através da Protest-Song. Depois de 1966, na Inglaterra coexistiam dois estilos: 1) Rock-Song (os Beatles usariam a canção popular, sob a inspiração da música europeia e da indiana, para uma disseminação de idéias; 2) Pop-Rock (os Rolling Stones procurariam fazer uma demonstração de violência sonora). A música indiana de Ravi Shankar influenciou a formação do Rock como referência sócio cultural, chegando a incidir sobre sua estrutura; os ragas indianos (melodias indianas) transmitiriam seu conteúdo psicológico, através de George Harrison: insistência de algumas notas que exprimem um estado-de-alma e que, por sua repetição, devem comunicar este mesmo estado ao ouvinte. Em 1967, com o disco “Sargeant Pepper’s Lonely Heart Club”, os Beatles demonstraram que já tinham aprendido a colocar suas canções na molde tradicional, enriquecendo sua palheta harmônica com a policromia modal, entrelaçando ritmos e utilizando recursos da música erudita (John Cage, Edgar Varès, Karlheinz Stockhauser). Esse disco serviu de modelo para canções “Their Satanic Majesties request” (A exigência de Suas Majestade Satânicas), dos Rolling Stones, e “Tropicália” de Caetano Veloso. Alguns críticos musicais têm considerado o Rock como a maior contribuição da América para a cultura musical do mundo. Entretanto, outros julgam que os Beatles e os efeitos eletrônicos deturparam completamente as características do Jazz, a jenuina música norte-americana (ver: Joachim Ernst Berendt, The Jazz Book. Westport, Conn.: Lawrence Hill, 1982) Verificamos que a inspiração oriental e a técnica eletrônica deram novos rumos à aparente inocente música popular dos Beatles. (ver: Henry Skoff Torgue, La Pop-Music. Paris: 1975). O domínio do instrumento eletrificado, mais do que a virtuosidade, tornou-se o desafio inicial para o executante da música Rock. Os Beatles não se preocupavam com a virtuosidade e a improvisação, mas, sim, com a eficácia da mensagem. Por isso, a música de Rock situa-se, ainda hoje, numa encruzilhada, e caracteriza-se pela monotonia, pela repetição muito frequente e invariável da mesma sequência de trechos musicais.
A eletrificação dos instrumentos musicais foi promovida pelos executantes do Rock, sendo prontamente atendida pela indústria especializada. O instrumento não é mais considerado como tendo um som particular, mas como um gerador de ruídos. Jimmy Hendrix transformou sua guitarra elétrica num sintetizador (produtor de sons) portátil de alta potência. Enquanto a música erudita procura a beleza e a pureza estética, o Rock tenta, antes de tudo, a energia e a força sonora. O Rock privilegia o fortíssimo. A potência sonora é explorada excessivamente. Os amplificadores e as sonorizações, aumentando o seu potencial de watts, fazem com que o número razoável de decibéis seja atingido e ultrapassado. Os espaços a serem sonorizados são, em geral, vastos (auditórios, estádios, praças públicas) e necessitam a acumulação de equipamentos e a instalação de uma parafernália sonora. O barulho e a poluição sonora são males dos aglomerados urbanos que os executantes e apreciadores do Rock estão sempre prontos a agravar. O Rock é, antes de tudo, som forte; e chega ao máximo no estilo Heavy Rock (Rock pesado, Rock-pauleira) explorado pelo Led Zeppelin (“Stairway do Heavem”); é um subproduto do Acid Rock, mistura de música e drogas, destinada a intoxicar a mente e os ouvidos da juventude. O ritmo é o sustentáculo do Rock, privilegiando a pulsação binária, com a finalidade de manifestar a violência deste tipo de música. Não somente a bateria, os instrumentos de percussão e a guitarra martelam os tempos, mas cada instrumento, mesmo o melódico, entra de rijo no jogo rítmico, como se fosse um marcapasso cardíaco destinado justamente a reprimir a respiração. A ênfase sobre o ritmo caracteriza, por isso mesmo, a atual música popular brasileira; esta contenta-se em ser uma diluição do Rock americano. Como afirmou um dirigente da maior gravadora de discos do país, “hoje, para uma música brasileira fazer sucesso, ela deve ter um saborzinho de Rock”. O compositor popular brasileiro, em detrimento a melodia e harmonia, coloca maior ênfase no ritmo, o elemento mais relacionado com a reação física. Se não houver reação corpórea, não há Rock, que precisa de expansão física, no entender de um entusiasta do ritmo. O resultado é a padronização sonora, que não encontra verdadeira ressonância no sentimento do povo, pela forçada combinação de bateria e teclados eletrônicos, imitando o chamado Los Angeles Sound. Esta é uma das consequências da importação. No Rock, a voz humana é utilizada tanto como meio de expressão de um texto quanto uma fonte sonora. O inglês, língua foneticamente concisa (resumida), adapta-se ao processo rítmico rápido e à formulação condensada (compactada) do texto. Os países que adotaram o Rock tiveram que copiar o modelo anglo-americano (transplantação) ou adaptá-lo (mimetismo), sempre resultando uma dependência cultural. Mas não se trata apenas de uma questão fonética, mas também social, pois os costumes da metrópole cultural são imitados pelos países periféricos. A adoção no Brasil, que foi apelidada de “iê-iê-iê”, ajudou a sufocar o movimento de protesto que surgia na música popular. Roberto Carlos aproveitou a voga internacional dos Beatles; libertouse, alguns tempo depois, do ritmo, mas, vez ou outra canta no estilo Rock. No Rock, a melodia tem uma forma muito rudimentar e serve de mero suporte ao texto. A “geração rock” colocou-se na posição de contraditar a tradição cultural, representada pela Tin Pan Alley e expressa na música popular das décadas anteriores a 1950, tendo em vista a ruptura do
gosto musical. Seu discurso (ou solilóquio? (monólogo)) tratava da solidão e angústia do homem contemporâneo: “ninguém ousa interromper o barulho do silêncio” (Paul Simon). E, para nosso pasmo, encontrou na indústria cultural (editores de livros, gravadores de discos, empresários de espetáculos, emissoras de rádio e televisão) que estivesse interessado em aplicar capitais em Bill Haley, Elvis Presley, Chuck Berry (Estados Unidos, depois de 1955), e nos Beatles (Inglaterra depois de 1962). Em 1964, Sir Alec Douglas-Hume, primeiro-ministro, declarou que os Beatles estavam dando uma importante contribuição à estabilidade da balança de pagamentos da Inglaterra. Entretanto, nada afirmou sobre a estabilidade da situação moral do povo inglês. Por isso, os Beatles foram condecorados com a Ordem de Império Britânico. A indústria cultural fez do Rock uma mercadoria, de modo que, ao mesmo tempo, fosse “um apelo à revolta e um freio à revolução” (ver: Henry Skoff Torgue, op. cit) Para a expansão do Rock americano e da Pop Music inglesa muito contribuíram os meios de comunicação de massa. O Rock foi usado como veículo de novas ideias, valores e sonhos. Os jovens, que não pertenciam a igrejas, partidos ou clubes, que constituíam massa informe e diversificada, estabeleceram um intercâmbio por cima das línguas, nacionalidades e raças. Segundo uma pesquisa encomendada pela General Electric em 1967, “dentro de 20 anos a maioria da classe média terá rejeitado os princípios que hoje orientam a sociedade dos Estados Unidos” (ver: Joseph N. Sorrentino, The Moral Revolution. New York: Manor Books, 1974). Para os Beatles, a luz interior encontraria, numa catarse (libertação), a pureza: “Sem abrir minha porta, tudo posso conhecer sobre a Terra e achar os caminhos para o Céu” (“The Inner Light”). Para Bob Dylan, não importavam os bens materiais: “Sem casa, como uma desconhecida, como uma pedra que rola… quando tu não tens nada, então nada tens a perder” (“Like a Rolling Stone”). Nesta linha de pensamento, Bob Dylan, para quem o Ter, símbolo da civilização industrial, deve ceder lugar ao Ser, ideal da cultura oriental, afirma: “Estou pronto a desaparecer… o destino e as recordações escondidos profundamente debaixo da vaga” (Mr. Tambourine Man). Na canção “God”, impiamente John Lennon vai longe: “Creio somente em mim”. O texto delirante e o ritmo obsessivo do Acid Rock tornaram o jovem influenciável pela propaganda das drogas: “Quando enfio a agulha em minha veia, sou filho de Jesus. Heroína, tu és minha mulher, tu és minha vida. Heroína, sejas minha morte!” (“The Velvet Underground”). Na década de 50, simultaneamente com o surgimento do Rock, ocorreu a revolução do gosto e interesse religioso. Milt Jackson, Horace Silver e Ray Charles produziram “Soul Wave” (Onda Espiritual) na música popular americana da época. Rock santeiro? Sim, senhor! Existe muito Rock metido a santo! Os compositores e intérpretes do Rock alguma vezes simulam interesse em assuntos religiosos ou filantrópicos. Alguns dos cantores de Rock de maior sucesso (Otis Redding, James Brown, Little Richard, Wilson Pickett, Isaac Hayes, Aretha Franklin) esploraram a Gospel Music. Matthew Fisher, organista do conjunto Procul Harum, em 1967, no disco “A White Shade of Pale”, procurou aproximar-se da sonoridade do órgão de tubos e do estilo litúrgico (solene).
George Harrison organizou, em 1971, no Madison Square Garden, de New York, um concerto em benefício de Blangadesh. Entre os pioneiros, citemos Elvis Presley, que gravou um disco intitulado “He walks beside me” (Ele caminha ao meu lado), contendo canções favoritas “de fé e inspiração”. “Sister” Roseta Tharpe, em 1957, nos primórdios do Rock, com sua guitarra cantava hinos ao ritmo dele, escandalizando as congregações evangélicas. Bob Dylan recentemente gravou o elepê “Saved” (Salvo). Em 1966, Jefferson Airplane, no disco “Crown of Creation” (Coroa da Criação), pretendeu fazer profecia de revolução social. Entre os grupos surgidos na década de 70, citemos, do Queen, as músicas “In Only Seven Days” (Em apenas sete dias) e “Jesus”, e do Led Zeppelin, “Stairway to Heaven” (Escada para o Céu). Entre os conjuntos que estão fazendo sucesso, os Comodores, com a música “Love for Jesus” (Amor a Jesus). É verdade que alguns tiraram a máscara: “Jean-Luc Godard, o controvertido (polêmico) cineasta francês, realizou um filme com os Rolling Stones, apropriadamente intitulado “Sympathy for the Devil” (Simpatia pelo diabo)… Também os brasileiros têm composto Rock santeiro: Roberto Carlos (“Jesus Cristo, eu estou aqui”, “O Homem de Nazaré”, “Aleluia”) e Nelson Nede (“Segura na mão de Deus”). Jessé, no disco “Ao meu pai”, procura transmitir a imagem de cantor popular que aprecia a hinódia (canções religiosas) tradicional. Até mesmo compositores que tiveram formação na música erudita, como, por exemplo, Leonardo Bernsteis e Andrew Lloyd Webber, enveredaram pelos caminhos tortuosos do Rock. Oswald Spengler escreveu que “A essência de toda a cultura é a religião; a essência de toda a civilização é irreligião” (ver: A decadência do Ocidente, 2ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1973). Ele acreditava que o esplendor da civilização ocidental seria marcado não pela verdadeira religião, mas, sim, por um prurido (incômodo) de religiosidade. O esplendor da Broadway, em New York, assinalou em outubro de 1971, a estreia de “Jesus Christ Superstar” (Jesus Cristo, Super-Estrela), de A. L. Webber, a primeira ópera no ritmo de Rock, que tinha como tema a vinda do Messias. Essa Ópera-Rock influenciou a concepção de obras corais para execução em igreja evangélicas. Desde então, compositores evangélicos têm usado o Rock. A partir de 1973, no início das crises energéticas e monetárias, o Satan-Rock, principalmente com os grupos Alice Cooper (“Killer”), AC/DC (“Highway to Hell” e “Hell’s Bells”), Black Sabbath (“Satan is Lord of this World”) e Kiss (“Rock in the Hell”), vem mostrado a face até então oculta do Rock. É preciso não esquecer que vários elementos usados pelo Rock têm origem em estilos de Blues, particularmente no Rhythm and Blues (1940) e no Soul (1960). Como o povo evangélico no Brasil, em sua maioria, ouve pouca música sacra, e suporta diariamente a carga impingida (imposta) pelo rádio e televisão, pelos discos e fitas magnéticas,
acaba aceitando o padrão mais frequente, que é o transmitido pelo Rock. Daí, fica mais fácil aceitar música de finalidade religiosa com o ritmo de Rock. Por Aproveitar alguns elementos do Spiritual e da Gospel Song, o Rock tem facilitada a sua penetração na música de igreja. A influência deletéria (nociva) do Rock em algumas igrejas evangélicas é evidente: basta ver o uso do play-back, dos instrumentos musicais elétricos (guitarra), eletrônicos (sintetizador) e da batida rítmica simétrica (proporcional). O Rock tem contaminado até os jovens crentes, com linguagem ímpia, sons alucinantes e ritmo sensual. Recorde-se que o Rock promoveu a eletronização da música popular, que atingiu inclusive a música religiosa: Muitas igrejas têm seu equipamento de som com muitos watts para amplificar o acompanhamento instrumental no canto dos “corinhos”. O Rock é santeiro, fora e dentro das igrejas. Basta manusear cantatas disponíveis na língua portuguesa para constatar que o Rock permeou a música pretensamente sacra: encontramos elementos de Rock em cantatas que são executadas em nossas igrejas. Nos últimos 20 anos, especialmente depois da mudança de rumo no Rock dos Beatles, compositores e intérpretes aliaram-se ao Satanismo (Satan-Rock), o qual difundem por todo o mundo. Comprovada e inegavelmente, o Rock desenvolveu-se à sobra do “Hare Krishna”, seita induísta trazida em 1965 da Índia para os Estados Unidos, e Inglaterra, pelo guru Backtivedanta Swani Prabhupanda. A experiência das drogas e a influência da religião hinduísta mudaram os rumos do Rock angloamericano. A canção “Lucy in the Sky Diamonds”, dos Beatles, era uma alusão ao LSD. A técnica hinduísta do mantra foi utilizada pela tecnologia ocidental: daí surgiu o “back ward masking (mensagens subliminares em reverso)”. Os discos “Living in the Material Word” (Vivendo no Mundo Materia) foram elaborados por George Harrison sob a influência do “Hare Krishna”. “Magical Mistery Tour” de 1967, revela o orientalismo então experimentado pelos Beatles. George Harrison visitou a Índia em 1967 e foi iniciado por Prabhupanda nos segredos mântricos do “Hare Krishna”. Com a ajuda de seu engenheiro de som, arranjador e produtor de fitas magnéticas, Gerorge Martin, os Beatles conseguiram uma galáxia de efeitos eletrônicos da era espacial, parcialmente através de uma mistura de fitas magnéticas que giravam ao contrário e a várias velocidades (ver: “TIME”, out. 1983, p.78). Os Beatles empregaram eficientemente a técnica eletroacústica de gravação invertida em fita magnética, conhecida como “backward masking”. Essa técnica tem sido instrumento do Satan-Rock. Parece que a exploração da técnica teve origem em 1967 numa curiosa experiência de George Martin, o sonoplasta dos Beatles: ao juntar duas composições separadas, uma de Paul Mc Cartney, outra de John Lennon, conseguiu uma música nova, que foi intitulada “A Day in the Life” (Um Dia na vida). Uma experiência mais profunda foi a realização, em 1968, da canção “Revolution nº 9”, que teve duas versões diferentes, com os Beatles. Não sabemos por quanto tempo mais estarão sujeitos à influência da música do Rock santeiro…
Lamentavelmente, o Rock penetrou no ambiente sagrado das igrejas. Em visita recente a uma igreja evangélica observamos o seguinte: não havia órgão, nem piano, mas um conjunto de Rock (guitarra elétrica, teclados eletrônicos, bateria, instrumentos de percussão), que acompanhava o canto de uma rapaz e uma moça cada qual acompanhando o seu microfone, ampliado por um potente equipamento de som; ninguém possuía hinário, porque as letras dos “corinhos” eram projetadas na parede atrás do púlpito. Era a Contracultura trazida pelos jovens e aceita pela igreja. Ao final do “corinho”, a congregação (ou plateia?) batia palmas. A moça comportava-se como uma “chacrete” e o rapaz parecia cantor de Rock. Que podemos esperar de uma igreja evangélica que acolhe a Contracultura, que contesta e rejeita a tradição musical, baseada nos hinos cantados com espírito reverente? Cabe aos líderes conscientes orientar amorosamente os crentes desavisados, para que saibam existir limites entre a música sacra e profana, os quais devem ser preservados em benefício do ambiente espiritual dos cultos de nossas igrejas. Mais alguma coisa tínhamos para compartilhar, mas sentimos que nosso paciente leitor está desejoso de ler as páginas inspiradas e corajosas deste livro, escritas por Jefferson Magno Costa, Claudionor de Andrade, Gilberto Moreira e Geremias do Couto. Merece encômios (elogios) a iniciativa editorial da CPAD que coloca ao alcance do povo evangélico do Brasil informações a respeito do Rock, tendo em vista adiverti-lo dos perigos de mais uma insidiosa arma do diabo – a música popular. Rogamos a Deus que os líderes das igrejas meditem sobre as advertências deste livro e contribuam para manter imaculada a música que os evangélicos brasileiros ouvem – fora e dentro das igrejas!
Mansão “MARCRIS” Brasília DF 24 de maio de 1986 Rolando de Nassáu. Rolando de Nassáu é, desde 1951, crítico musical de “O Jornal Batista” e autor do livro “Introdução à música Sacra” Brasília DF, em 24 de maio de 1986.
O berço da mensagem oculta do rock (Jefferson Magno Costa) A influência cultural e espiritual da música “Cantemos o hino 124 da Harpa Cristã”. De harpas em punho, a igreja entoa solenemente o hino Adoração, e, pouco a pouco, as vozes unidas adquirem tonalidades de céus, mar, cedros, grama verdejante. O culto está iniciado. O sentimento de louvor e adoração se apossa suavemente do coração de todos: homens, jovens, velhos e meninos louvam o Redentor. Ventos, chuvas, raios e trovoadas; sol, lua e coros estrelares são convocados para esta adoração. Um mesmo sentimento une a igreja através da mais arrebatadora e espiritual das artes: a música. O que é música? De que modo ela consegue traduzir os sentimentos e aspirações do ser humano, como ocorre nesse culto onde está sendo cantado o hino 124? Que lugar ela ocupa na cultura evangélica? Que forma tem assumido na decorrer de sua evolução entre os seres humanos? Satanás pode influenciá-la? Como e com que finalidade foi inventada essa técnica de inverter mensagens dentro de músicas (Backward Masking)? Podemos fazer uso do rock para louvar a Jesus? Estas e muitas outras perguntas os autores deste livro procuram responder. Nosso alvo principal é alertar a Igreja quanto à influência que determinado gênero ou técnica musical pede ter sobre o ser humano. Para posicionarmos o leitor dentro do nosso tema, vejamos em que consiste a essência da música e sua origem.
Essência e origem da música A essência da música, ou o belo musical, reside na feliz harmonia dos sons consonantes e dissonantes, e na intensidade de penetração da emoção transmitida. (São considerados sons consonantes aqueles que produzem impressão agradável ao ouvido; inversamente, os sons dissonantes são aqueles que produzem sensação desagradável ao ouvido). De acordo com o tom em que é executada – o tom maior é próprio das canções de alegria; o menor, é próprio das canções tristes e melancólicas – a música pode vibrar o nosso coração e nossa alma, “mexer com a gente”, na expressão de Mário de Andrade, ou transportar-nos às regiões eternas e nos aproximar de Deus. Alguém chegou a dizer que a música é um pouco do Céu sobre a Terra. (Esse pensamento não vale para toda e qualquer música, é evidente). Jacques Stehman, historiador francês, afirmou a música foi a primeira linguagem do homem primitivo. Durante longos séculos permaneceu como oração, utilizada na invocação à divindade. Finalmente, misturando-se com o mundo profano, tornou-se também em divertimento, e igualmente um instrumento de mensagens destruidoras, satânicas. Porém, não se sabe exatamente quando, nem como a música surgiu na Terra. Além dos anjos, que no Céu eternamente louvam o Senhor, é possível que os portentosos ruídos da Criação tenham sido
os componentes da grande orquestra que pela primeira vez encheu de sons o Universo. A música é de origem divina, e só Aquele que inspirou no homem todas as artes, sabe como ela começou. As várias formas que a música tem assumido, desde os cantos rituais primitivos, passando pelo canto dos combatentes da Antiguidade, pela música dos festejos dionisíacos (orgias), pelas oferendas musicais dos povos antigos, pelos ajuntamentos festivos de rapazes e donzelas nos campos, vales e bosques, durante comemorações folclóricas, estão muito distantes da unção e sublimidade dos hinos cantados pela Igreja primitiva nos subterrâneos das catacumbas de Roma; estão imensamente afastadas da tonalidade do canto gregoriano da liturgia católica, ou corais criados por Martinho Lutero, ou do sentimento que une os irmãos, ao cantarem: “Adorai o Rei do Universo/ Terra e Céus, cantai o seu louvor/”, ou da diabólica e atual música do Kiss, e das mensagens (invertidas) em Backward Mascking. O Som e o Ritmo, os elementos formais da música, são tão velhos como o homem. Muitos historiadores supõem que o zumbido da corda do arco, o rumor do vento nas árvores e nos caniços, o cantar dos pássaros e os anseios espirituais do homem tenham sido os responsáveis pelo despertamento da sensibilidade humana para a música. Poeticamente alguém escreveu: “Adão foi início da escultura, assim como Eva foi o começo da poesia. O desenho nasceu muito mais tarde. Nasceu talvez do remorso de Caim. E a música, de onde nasceu? A música nasceu da saudade que Adão sentiu de Abel”.
Instrumentos musicais nas descobertas arqueológicas Está provado que desde tempos imemoriais existe no homem um impulso natural para a música. Descobertas arqueológicas de baixos-relevos egípcios mostram cantores e bailarinos a distraírem os faraós, em cantatas e desfiles rítmicos. A pintura, a escultura e as decorações de vasos e estampas constituem uma documentação preciosa das atividades musicais do homem da idade da pedra, do bronze, e das civilizações egípcia, grega, hindu, chinesa e outras. Hoje, os museus do mundo expõem aos olhos dos estudiosos, liras sumerianas, sinos prébabilônicos de argila e de metal, harpas, flautas e alguns instrumentos de percussão egípcios, trompas da idade do bronze, saltérios, alaúdes, chocalhos duplos, cornetas, etc. Alguns historiadores afirmam que os egípcios possuíam harpas de espantosa riqueza. Sobre madeiras raras, usadas na fabricação de instrumentos, brilhavam o ouro, a prata e as pedras preciosas. Nas mãos dos gregos a música adquiriu uma dignidade e uma perfeição até então desconhecidas. Platão, um apaixonado da música, fez uma seleção das melodias pela influência que exerciam sobre o povo, indicando músicas para finalidades guerreiras, estimulativas e educativas.
A música entre os judeus Por ter surgido no meio de um povo profundamente marcado pelo sofrimento e peregrinações, a música judaica – ora incandescente e lírica, ora serenamente triste – acendeu a chama de esperança ou marcou momentos de aflição do judeu. Nos templos bíblicos, a música judaica foi ritualística, acompanhando o serviço sacrificial. Mas esteve também muito ligada à profecia, como no caso de Elias: “Ora, pois, trazei-me um tangedor. E sucedeu que, tangendo o tangedor, veio sobre ele a Mão do Senhor”, 2 Reis 3.15; e no caso de Saul: 1 Samuel 10.10,11. A primeira referência a um músico na Bíblia encontra-se no livro de Gênesis, 4.21. Após o dilúvio, quem primeiro referiu-se à música foi Labão, o sogro de Jacó: Gênesis 31.27. Os judeus comemoravam suas vitórias com cânticos de triunfo: Êxodo 15.1-21 e Juízes 5.1-32. Davi, tangendo a harpa, fazia com que um espírito deixasse de atormentar Saul: 1 Samuel 23.16. Célebre era a festa da Retirada da água em Sucot, quando uma enorme multidão, que se reunia no Pátio das Mulheres do Templo de Jerusalém, cantavam canções de alegria e louvor, empunhando lanternas acesas e carregando jarras de água nos ombros, enquanto os levitas executavam músicas com a lira, a harpa, os cíbalos, as trombetas e inúmeros outros instrumentos. Natham Ausubel informa que “embora cerca da metade dos 150 hinos incluídos no Livro dos Salmos fosse destinada (conforme indica as inscrições sobrepostas e as instruções que neles se encontram) a ser cantada com acompanhamento instrumental pelos coros levitas no serviço do Templo no Monte Sion, e embora haja mesmo uma certa base para se crer que cada um deles deveria ser cantado segundo um modo musical específico, bem conhecido dos judeus daquela época, não existe qualquer indicação de quais seriam as melodias ou entonações”. A música judaica iria inspirar toda a sublime criação musical do cristianismo. Na Harpa Cristã, ela teria o seu conceito dilatado. Santo Ambrósio (sec. IV) assim a definiu: “A música e a poesia são as duas asas com as quais a alma movida pela esperança, pelo arrependimento e pelo amor é transportada até Deus. A harmonia dos Céus e da Terra é um concerto do Universo, no qual os poderes celestes, as cortes dos eleitos, todo o coro da Criação e até as ondas dos mares tomam parte. As vozes dos homem, das mulheres e das crianças, que soam nos salmos e nos responsórios (canto litúrgico onde o canto de um solista é respondido pelo coro), parecem-se com o murmurar das águas”.
Cristianismo e música Disse Jacques Stehman que “a ciência musical evoluiu através da música cristã”. Os mais antigos cânticos cristãos são Salmos, que proveem do culto hebraico. Os primeiros cristãos imitaram a salmodia dos judeus, acentuaram o ritmo das palavras num recitativo. É importante sabermos que os mais antigos trabalhos da música cristã pertencem a liturgia católica. O Kyrie (composto e utilizado pela Igreja desde as origens do Cristianismo), o Sanctus (séc. II), o Criste (séc IV), o Agnos Dei (séc. VI), o Te Deum (séc. VI) e o Glória (séc. XI), são as mais antigas criações musicais do Cristianismo. Historiadores afirmam que Te Deum é uma composição poética e musical de grande magnitude. É o hino principal de ação de graças da liturgia católica.
Segundo Friedrich Herzfel, musicólogo alemão, “o canto gregoriano (usado na liturgia católica) é a base da música civilizada de hoje. Para trás dele, embora se encontrem princípios científicos e formais de importância e uso constante, é outro mundo musical, sem ligação com o mundo presente. Todas as formas melódicas empregadas nas obra-primas da música clássica, romântica e moderna se encontram no canto gregoriano”. Foi Gregório Magno (Gregório I), doutor da Igreja, nascido em Roma no ano de 540, o criador do canto que hoje é conhecido como gregoriano. Reuniu todos os cantos da Igreja romana num volume denominado “Antifonário autêntico”, que segundo escreveu Luiz de Freitas Branco, “continha todas as cerimônias rituais do ano eclesiástico, dispostas pela ordem do culto, e foi preso ao altar-mor da igreja de São Pedro em Roma, com uma cadeia de ouro para indicar que servia de modelo para o canto de toda a cristandade”. Os cantos gregorianos eram estritamente vocais, sendo vedada a utilização de quaisquer instrumento – considerados utensílios do demônio. Tinham caráter rigorosamente monódico, ou seja: todos os elementos do coro cantavam simultaneamente a mesma linha melódica, na mesma altura. Como reconhecem os maiores musicólogos cristãos, eram adaptações bem próximas dos antigos modos de canto da Torah, ouvidos na sinagoga. O canto gregoriano, purificado, decantado pelos religiosos daquela época, é o reflexo de uma vida espiritual muito elevada. Coube a Martinho Lutero criar o coral Protestante. Necessário é fazermos aqui um paralelo entre os corais compostos por Lutero, e os hinos da nossa Harpa Cristã. Entre os hinos que cantamos há alguns trazidos do folclore nórdico. Bom seria que se fizesse um estudo aprofundado sobre a gênese dos nossos hinos, que em sua maioria foram traduzidos do inglês e do espanhol, e alguns deles, por sua vez, já haviam sido traduzidos de outros idiomas. Mas é importante observar que Lutero mudou radicalmente a atitude de seus contemporâneos religiosos com relação à música, indo buscar inspirações nas melodias populares (ou folclóricas) alemãs. Por compreender a importância da música no culto divino, e a necessidade da participação dos fiéis nos cânticos de louvor a Deus, ao empreender a Reforma, Lutero restabeleceu o uso do canto congregacional, abandonado por volta do século VI ou VII. Lutero escreveu trinta e seis hinos, entre textos de inspiração própria, traduções e versificações de passagens bíblicas. Concenius escreveu que os cantos luteranos tinham atraído mais gente para a Reforma do que os próprios sermões e escritos de Lutero. Criticado pro se inspirar nas melodias populares alemãs, e não utilizar o latim ao escrever suas letras, ele respondeu que não via “qualquer razão para o diabo ficar com todas as melodias bonitas”. Os títulos de seus hinos muito se assemelham com os títulos dos cantos da liturgia católica. Além de Castelo Forte é o nosso Deus, ele escreveu Alegrai-vos Cristãos, Senhor Deus nós te Louvamos, Da mais profunda dor eu clamo a Ti, Sê louvado Jesus Cristo, Cristo Jazia nos laços da morte, Rogamos ao Espírito Santo, Conserva-nos Senhor, Junto da tua Palavra, e outros. A música sacra influenciou todos os grandes músicos. João Sabastião Bach, com seus oratórios de Natal e da Páscoa, suas duas paixões, e seus instrumentos prelúdicos sobre corais; Haendel, com o seu oratório O Messias (o Aleluia é um coro desse oratório) e outras obras; Schubert, com suas missas, e também Haydn e Liszt: estes e muitos outros devem à música sacra grande parte da monumentalidade de suas obras.
O rock e suas consequências Na década de 40, os negros norte-americanos do extremo Sul do país criaram um gênero de canto que passou a ser conhecido como rhythm and blues. Depois da 1ª Guerra Mundial, os negros se deslocaram para o Norte dos Estados Unidos, à procura de trabalho nas indústrias. Graças a esse deslocamento, o Blues chegou às cidades do Norte dos EUA. Nomes de compositores e intérpretes como John Lee Hoker, Bo Diddley, Chuck Berrg e outros, tornaram-se lendários. As cidades de Chicago tornou-se o maior mercado do blues na década de 50. As bases para o rock’n roll foram dadas pela chamada “Chicago generation”. A explosão do rock ocorreu logo em seguida, com o filme e o ritmo alucinante de Bill Halley e seus cometas, o estilo irreverente de Elvis Presley, e imensa e poderosa influência dos Beatles. Na segunda parte deste livro, que trata da música internacional, o leitor obterá maiores detalhes sobre a origem do rock. Nossa missão inicial é mostrar a todos que o satanismo atualmente utilizado na música teve sua origem no período de maior sucesso dos Beatles. Os elos religiosos que ligaram esse conjunto à seita Hare Krishna tornaram possível o uso do método mântrico nas mensagens ocultas atualmente utilizadas por dezenas de grupos e cantores de rock. É lamentável que milhares de jovens, muitos deles desinformados (ou até mesmo informados mas decididamente rebeldes) estejam consumindo esse tipo de música, este veneno que intoxica a alma e se constitui no próprio prelúdio do “choro e ranger de dentes” dos que eternamente jazerão sepultados nas chamas do Inferno. É temendo as ameaças dessa combinação satânica de sons, tão sedutora e perigosa como o “canto das sereias” da mitologia grega, que nós, os autores deste livro, estamos dando nosso alerta às igrejas. Será que os hinos que estão sendo compostos atualmente exprimem a alegria e o profundo sentimento do crente visitado pelo Espírito Santo? Será que as letras cantadas hoje nas igrejas anunciam o Evangelho e proclamam a glória de Deus? Poderemos hoje dizer, como disse um antigo cristão: “Nosso canto não é mais que um eco, imitando o coro dos anjos”? As respostas para estas e outras perguntas o leitor encontrará ao ler este livro. Vejamos, inicialmente, como o rock (que hoje ameaça milhares de igrejas) tornou-se diabólico.
Satanás é o pai do rock Nove horas da manhã. Sob um céu nublado, estou caminhando em plena Avenida Rio Branco, por entre milhares de pessoas que se deslocam apressadamente em todas as direções. Súbito, os sinais fecham. Diante das faixas de segurança, as múltiplas fileiras de carros crescem rapidamente na larga avenida, permitindo que a multidão cruze-a de um lado para o outro. Ao contrário de todos os pedestres, não tenho pressa. Estou à procura de alguém. Sei que a qualquer momento, em meio ao barulho de motores, buzinas, freadas bruscas, “cantadas” de pneus e toda essa agitação humana que caracteriza o Centro do Rio de Janeiro, poderei encontrar um deles. Um dos membros da seita Hare Krishna. Uma dessas pessoas envolvidas com uma das mais terríveis correntes religiosas atualmente em plena expansão no Brasil. Essas moças e rapazes que adoram Krishna – 95% dos adeptos da seita são jovens –, descontando-se sua condição de (também)
enganados e prisioneiros de Satanás, são perigosos por usarem em seus rituais uma prática hindu muito antiga: O método mântrico (que inclui a inversão de fonemas dentro das músicas) – a técnica satânica mundialmente conhecida como Backward Masking, e que está sendo atualmente utilizada por cantores e grupos de rock no mundo inteiro. Minha busca prossegue. Continuo a caminhar pela calçada da movimentada Avenida Rio Branco. Ao chegar próximo d Cinelândia – onde milhares de pombos, voando por entre os edifícios ou pousando na calçadão da praça, bicam o milho que cai das mãos das crianças – subitamente avisto um deles. É fácil identificá-lo, graças ao seu traje, ao seu corte de cabelo e à mercadoria que oferece aos transeuntes – incenso, colares de cordas, livros e revistas da seita Hare Krishna. As crianças passam conduzidas por suas mães, veem aquele homem esquisito, de crânio raspado, com uma trancinha tipo rabo de cavalo na parte de trás da cabeça, vestido de um camisolão oriental (se fosse mulher, estaria vestido de um sari indiano – uma longa peça de tecido estampada a envolver o seu corpo), apontam para ele e ficam querendo saber quem é e o que faz ali, segurando revistas, livros e varetinhas fumegantes que exalam um cheiro fortíssimo. Talvez as mães das crianças não conheçam a seita Hare Krishna a ponto de poderem dizer aos seus filhos quem é aquele homem. Mas eu a conheço relativamente bem. Sei que ela está ligada, através dos elos aparentemente desconectados uns dos outros, ao rock, ao processo mântrico de inversão de fonemas dentro das músicas, ao Backward Masking – em suma: a tudo o que estamos combatendo neste livro.
A serpente flamígera Posicionamento a uma certa distância, continuo a observar o homem de camisolão de cor alaranjada. Ele é moreno, e deve ter entre 25 a 27 anos. Pela cor de seu traje, sei que é solteiro (se fosse casado, sua roupa, segundo as normas da seita, seria branca). De alto de sua cabeça raspada descem, lado a lado, dois finos riscos de tinta amarela que passam por sobre sua fronte e terminam em um desenho em uma forma de serpente, exatamente sobre o osso do nariz. Eu já conheço este símbolo. Foi lendo o livro Hatha, o ABC do Yoga (Edições de Ouro. Rio de Janeiro, S/d), escrito por Caio Miranda (um doutrinador de yoga), que fiquei sabendo que aquele desenho na fronte dos devotos da seita Hare Krishna chama-se Serpente Flamígera. (Flamígera: que apresenta fogo, chamas). É uma figura esotérica, e tem o seu significado específico dentro do ocultismo hindu. (Mas nós, que conhecemos a Palavra de Deus, sabemos que a serpente é também um dos símbolos bíblicos de satanás: “E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo, e satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e seus anjos foram lançados com ele”, Apocalipse 12.9). Eis o que diz Caio Miranda acerca da significação deste símbolo: “Existe o método Tântrico, que constitui o Kundalini-Yoga. Trata-se ele do despertamento do chamado ‘Fogo serpentino’ ou energia do homem, a fim de nele produzir a ‘iluminação’ definitiva. É método perigoso, que exige ilimitada pureza, sem a qual a Serpente Flamígera, ao invés de subir e dirigir-se à cabeça, desce para os órgãos sexuais, transformando o praticante em Mago-Negro, engendrando (gerando) desgraças que o conduzem a destruição total” (Caio Miranda . Op. Cit. P. 26). Curiosamente, procurei saber o que significa o vocabulário tântrico, e o dicionário Aurélio me esclareceu. A palavra está relacionada com o Tantrismo, e é assim definida: “Religião sincrética
(mistura de religiões), derivada do hinduísmo, do budismo e de cultos populares, e que se cristalizou por volta do século XV, caracterizada pela magia e ocultismo, associado a complexo simbolismo, à iconolatria e à prática da ioga”. Em face destes conceitos, é fácil concluir que tudo isto está relacionado com o satanismo. Veremos em seguida como o rock está incluído neste contexto, e porque satanás é o pai do rock.
Krishna, outro nome do diabo? Continuo a observar o homem de cabeça raspada. Estou aguardando uma oportunidade de entrar em contato com ele e colher algumas informações. Mas há sempre alguém se aproximando para comprar incenso. Talvez essas pessoas não saibam exatamente o que estão levando para casa, mas compramno, movidas pela curiosidade ou pelo fato de saberem que aquele artigo é oriental, é diferente (Satanás sempre procurou explorar essa predileção pelo “diferente”, pelo “misterioso”). O leitor desde já deve ficar sabendo que o grande mal que a seita Hare Krishna representa para os ocidentais tem a ver com os meios que seus propagadores utilizam para fazer novos adeptos. Satanás (ele é o próprio Krishna) se apossa dos membros dessa seita através dos cinco sentidos: a visão, o olfato, o tato, o paladar e a audição. E foi nas músicas mântricas utilizadas pela seita no campo da audição que os roqueiros se inspiraram para criar o Figura 1: "Krishna" em sua forma Backward Masking. Curiosamente, a definição que encontrei cósmica desse “deus” hindu (Krishna) em um livro de história das religiões da Índia (in Jorge Bertolaso Stella. As Religiões da Índia. Imprensa Metodista. São Paulo. 1071. P. 78) foi essa: “Krishna é o descrito, por uns, como um herói de tipo pastoril, por outros como uma personificação do sol noturno (Krishna = negro)”. Sol noturno!… Essa expressão me faz lembrar o que o profeta Isaías escreveu no capítulo 14 do seu livro, acerca da queda de Lúcifer (versículo 12): “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitava as nações!”. Uma estrela que caiu do céu, que perdeu seu brilho, pode muito bem ser chamado de sol noturno – aquele que não brilha mais.
Krishna, Beatles e Backward Masking Finalmente o adepto da seita Hare Krishna me vê. Nota minha curiosidade e acena com as varetinhas de incenso, oferecendo-as. À medida que me aproximo, o cheiro de incenso torna-se mais forte, a ponto de incomodar. Após trocarmos algumas palavras, ele abre a revista do Movimento Hare Krishna (o Avatara Dourado), aponta alguns títulos e figuras e diz que os Hare Krishnas possuem templos em vários Estados brasileiros e estão espalhados em muitos lugares do mundo. (Ele nem suspeita que é do meu conhecimento que os russos os condenaram como “um grupo de alienados”, segundo noticiou em 1983 a Gazeta do Povo, de Curitiba, PR. O jornal carioca O Globo também noticiou que a justiça americana teve que punir essa seita em 160 bilhões de
cruzeiros, por eles terem mantido presa Robin George, uma moça de 23 anos. Ela afirmou que a seita a submeteu a uma lavagem cerebral, “fazendo-a acreditar que seus pais eram demônios”). Procuro deixar bem claro àquele homem que meu interesse gira tão somente em torno da música. Não estou interessado em incenso, livros, colares ou revistas. Pagarei por qualquer esclarecimento acerca do método mântrico que sua seita usa nos cânticos religiosos. Falo dos Beatles, toco no nome de George Harrison, quero saber qual é o ponto de ligação que o Backward Masking (o retrocesso oculto usado nas músicas de rock) tem com o mahamantra Hare Krishna (isto é: O Grande Canto para a libertação da mente, segundo eles o denominam, entoado pelos adeptos de Krishna durante os seus rituais em nome desse deus hindu). Sua resposta é taxativa: Se eu comprar alguns de seus artigos, ele me conseguirá uma entrevista com um dos gurus (líder, mestre, guia espiritual) da seita aqui no Rio, e então poderei obter maiores elucidações (esclarecimentos) acerca do assunto. Porém, subitamente o devoto de Krishna revela algo que em muito facilitará o desmascaramento de uma das mais terríveis invenções de satanás: o gênero musical mundialmente conhecido como rock. Diz ele que, na condição de adepto do Hare Krishna, não lhe é totalmente desconhecido o processo de inversão de fonemas dentro de músicas; porém é a única coisa que pode me dizer no momento, acrescenta. Era esta a confirmação que me estava faltando. Preciso falar com esse guru.
O diabo está escravizando através dos cinco sentidos O rapaz de camisolão alaranjado rabisca rapidamente em um papel um endereço, enquanto eu compro alguns de seus produtos – que servirão como fonte de pesquisa – e caminho em seguida para a estação do metrô, na Cinelândia. Desço a escada rolante, compro no guichê um bilhete ida-e-volta, passo na roleta automática, e após alguns minutos de espera, embarco na composição do metrô. Sentado em um dos bancos de acrílico verde, começo a ouvir os ruídos cavernosos e finos das rodas sobre os trilhos. Como um comprido monstro metálico e olhos de fogo, no interior do túnel, o trem do metrô corre velozmente, enquanto meu pensamento se distancia para longe daquele caminho escuro e subterrâneo, e põe-se a divagar (distrair-se) ao ar livre, em plena luz do dia, por entre pessoas apressadas que caminham a dezenas de metros acima de minha cabeça. Muitas delas não sabem que satanás está trabalhando ativamente para aprisioná-las através dos cinco sentidos. Ele sempre procurou “portas” por onde pudesse penetrar no corpo e na mente do homem. A seita Hare Krishna, que faz parte de todo esse “lixo espiritual” importado do Oriente para o Brasil, é quem melhor está explorando os cinco sentidos do ser humano, tanto no processo de adoração do seu “deus”, como na conquista de novos adeptos. É uma técnica sofisticada e astuta, que visa o aprisionamento espiritual. Procuremos identificar, rapidamente, as quatro ciladas que, juntamente com a música, o demônio tem armada para aprisionar milhões de pessoas. (Entre elas está George Harrison, o ex-Beatle que trouxe para o rock o ocultismo da seita Hare Krishna).
A influência maligna que entra pelos olhos O uso da visão nas práticas ritualísticas da seita diz respeito à pintura. Existem, em todos os templos da ISKON – Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna – quadros místicos simbolizando Krishna e outras “divindades” da Índia. É fácil constatar o quanto essas gravuras estão
envolvidas com o demonismo. Basta observá-las atentamente. Além dessas ilustrações existentes nos livros e templos da seita Hare Krishna, estão sendo vendidos pelo Brasil afora centenas de quadros que escondem figuras diabólicas por entre os traços do desenho normal.
O odor que aprisiona No que tange ao olfato, o incenso usado pelos membros da seita tem por finalidade preparar o caminho para uma possessão demoníaca. Eis as palavras que encontrei escritas em um envelope contendo varetinhas aromáticas preparadas pela seita: “O incenso viajou por antigas rotas mercantes interligando cantos distantes do mundo, com suas exóticas fragrâncias destinada a poucos privilegiados. Apreciado por suas propriedades medicinais, sua capacidade de inspirar uma miríade (milhares) de estados de espírito como uma oferenda, durante as meditações, um ritual de purificação, assim como um presente original do Mago, o incenso tem uma multiplicidade de usos maravilhosos. Por milhares de anos os místicos tiveram conhecimento de que aromas puros abrem as portas de percepção a novas dimensões de experiência”. Como se vê claramente, o incenso que a seita usa é dotado de propriedades que despertam reações extrassensoriais (espirituais), e tem um envolvimento ocultista. Voltarei com mais informações sobre este assunto quando estiver analisando a famosa entrevista que o ex-Beatle George Harrison concedeu ao guru.
Dançar para Krishna A dança envolve o corpo, isto é: envolve vários órgãos do corpo, o campo sensorial, o tato, portanto. Sabe-se que entre os adeptos do Candomblé e da Umbanda, a dança é um dos fatores que predispõem o corpo para a possessão demoníaca. Assim também ocorre entre os adeptos do Hare Krishna. Eles dançam ao som de seus instrumentos até entraram em “êxtase”, em transe espiritual.
Alimentos oferecidos a Krishna Quanto ao ao aprisionamento através do paladar, sabe-se que os adeptos da seita são doutrinados a oferecer sua alimentação (de base vegetariana) a Krishna. Essa prática faz parte da bhakti-yoga, ou seja: a yoga da devoção. Eles afirmam que após esse oferecimento, a comida torna-se “espiritualizada” e passa a se chamar prasadam. Porém a Palavra de Deus condena a comida oferecida a ídolos: “Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; das quais coisas fazeis bem se vos guardardes. Bem vos vá” (Atos 15.28,29) O grande perigo disso tudo está nessa onda de vegetarianismo que pouco a pouco invade as grandes cidades. Porém, devo salientar aqui que o vegetarianismo em si é saudável, nenhum mal há nele. Daniel e seus três amigos na corte de Nabucodonosor optaram pelo vegetarianismo “para não se contaminarem com os manjares da mesa do rei” (Daniel 1.8-12). Porém, a maioria dos restaurantes e casas que servem alimentos vegetarianos estão envolvidos com seitas orientais ocultistas. As pessoas desavisadas que frequentam tais ambientes não sabem que, na maioria das
vezes, aquela comida foi oferecida a algum ídolo oriental, após ter sido preparada por alguém para que o ato de comer deixou de ser puramente orgânico e fisiológico, e passou a ser espiritual.
Cante e seja prisioneiro de Krishna Cantar (a quinta e última porta de penetração satânica aqui analisada, diz respeito à música. Seu envolvimento com o satanismo é a razão de termos escrito este livro) constitui-se no principal fator de aprisionamento espiritual utilizado pela seita a que pertence o ex-Beatle George Harrison. Cantar, ainda, é uma das práticas que melhor predispões o ser humano às manifestações espirituais. “Cantar o mantra Hare Krishna é libertar a mente de todo pensamento”, dizem os adeptos da seita. Ao que eu acrescento: equivale a fazer uma lavagem cerebral. Esvaziar a mente através do uso de mantras é prepará-la para que o maligno faça nela sua morada. Mas o que é, na verdade, um mantra? Esta e outras informações eu as obtive quando desembarquei do metrô na estação da Glória e subi a ladeira ao lado da antiga igreja (vazia, silenciosa, com seus círios apagados e seus ídolos mudos) que deu nome ao bairro. Não foi difícil encontrar o guru dos Hare Krishnas cariocas, e também não foi necessário conversar muito com ele para que ficasse bem claro que só os iniciados na seita podem obter dos seus líderes maiores explicações acerca do método mântrico. Após a conversa que tive com aquele homem, um detalhe muito importante ficou esclarecido: o Backward Masking, essa técnica satânica introduzida na música e difundida entre os grupos satanistas de rock, tem muito a ver com os contatos que o ex-Beatle George Harrison manteve em 1967 com Bhaktivedanta Swami Prabhupada, o homem que trouxe a seita Hare Krishna da Índia para os países ocidentais. Em suma: o satanismo da seita foi transferido para a música dos “garotos de Liverpool”, e estes, por sua vez, influenciaram outros grupos e o público.
O que está por trás do rock A mais nova arma de que o demônio está se utilizando contra a humanidade é conhecida em todo o mundo pelo nome de Backward Masking (Máscara ao contrário, ou Retrocesso oculto). Mas o que é isso? Perguntará o digníssimo leitor. E eu lhe direi que a técnica da “máscara ao contrário” consiste em se colocar mensagens satânicas invertidas dentro de músicas. Como? Mensagens invertidas dentro de músicas? Em forma de que, por que são invertidas e com que objetivos estão sendo usadas? Responderei estas perguntas na mesma ordem em que elas foram feitas. Em primeiro lugar, essas mensagens são constituídas de frases faladas ou cantadas. Para entendermos melhor como funciona esse mecanismo, basta sabermos que quando um desses “garotões” põe para tocar em seu aparelho de som um disco de rock (ou qualquer outro gênero musical não sacro), ele pode estar recebendo, ao mesmo tempo em que está ouvindo a música sendo tocada em sentido normal, uma mensagem satânica que foi gravada em sentido inverso, e que pode ser perfeitamente ouvida se o “garotão” fizer com que o seu toca-disco gire em sentido contrário.
Mensagens invertidas dentro de músicas Creio que a maioria dos leitores, ao chegarem a este ponto de explicação do que seja o Backward Masking, farão a seguinte pergunta: Mas por que alguém gravaria uma mensagem de forma inversa dentro de uma música se o mais prático e eficaz seria gravá-la normalmente, de forma direta? Ao levantarem esta questão, os leitores estarão também repetindo a segunda das três perguntas a que me propus responder sequencialmente, há algumas linhas atrás. E para respondê-la, farei uso de uma informação do pastor norte-americano Gary Greenwald, que há vários anos vem alertando a todos acerca da música invertida e o perigo que ela representa para a humanidade. Disse o pastor Greenwald que após vários estudos empreendidos pela Universidade de Stanford e Universidade de Los Angeles, nos EUA, chegou-se a conclusão de que a nossa mente rejeita tudo aquilo que é contrário a nossa fé, tudo aquilo em que nós não queremos acreditar. Porém, se essas se essas coisas maléficas forem enviadas à mente de forma contrária (invertida), elas poderão penetrar [livremente, sem a censura do lado consciente da mente] e se alojar no inconsciente, passando a exercer terríveis influências na vida espiritual e comportamental em geral dos indivíduos atingidos por elas. (Não é à toa que desde a década de 60, as imprensas europeia e americana vêm divulgando o aumento do uso de drogas no mundo, a difusão das ideias materialistas em todas as camadas sociais e o alto índice de suicídio entre os jovens). Mas o pior é que, antes de os cientistas ficarem sabendo da existência desse mecanismo de defesa de nossa mente, o diabo já sabia disso. Ele sabe bem que nenhuma pessoa em perfeito uso de suas faculdades mentais permitiria que alguém colocasse em sua mente mensagens negativas e convidativas à autodestruição. Ele sabe também que jamais a mente de um crente armazenaria algo que insultasse o Nome de Deus ou exaltasse o príncipe das trevas. Porém, o diabo também sabe que existe um meio de burlar (enganar) esse mecanismo de defesa: basta inverter a mensagem. E é isso que todos os grandes grupos de rock e cantores (inclusive brasileiros) que rendem culto aberto (ou não publicamente declarado) a satanás, estão fazendo com quase todas as suas músicas: usando-as como veículo de Backward Masking para mensagens satânicas. A resposta à última das três perguntas feitas (“com que objetivo as mensagens invertidas estão sendo usadas?”) é esta: satanás está utilizando a música – essa sublime arte criada no Céu, pelo Altíssimo – para fins de aprisionamento e destruição espiritual de todos os que não estão ainda conscientizados de que ela pode ser usada para fins satânicos, assim como muitos a utilizam com o propósito de louvar o Nome do único que é digno de toda honra e toda glória: Jesus (Yeshua) Cristo. Mas nós estamos aqui para desmascarar o demônio.
A escravidão que veio da Índia Apesar da expressão Backward Masking ser composta de suas palavras inglesas, essa técnica de inversão de mensagens não se originou na Inglaterra ou nos Estados Unidos, como a maioria dos leitores poderia pensar, e sim na Índia, esse país milenarmente mergulhado em uma profunda confusão espiritual. Mas de que modo um país asiático tão distante como a Índia poderia influenciar religiosamente o Ocidente, sobretudo quando essa influencia envolve países tradicionalmente protestantes, como a Inglaterra e os Estados Unidos? Essa seria uma exelente pergunta que qualquer leitor inteligente faria. E é fácil respondê-la. Basta sabermos que o inglês é uma das línguas oficiais da Índia, a segunda mais falada após o hindi. E o idioma é o maior veículo de influência cultural.
Porém, quanto ao meio de contaminação dessa praga que está tomando conta não só dos países ocidentais, mas de todo o Mundo, resta-me esclarecer que tudo começou (para nós, os ocidentais) após o ex-Beatle George Harrison visitar a Índia em 1967. Contudo, para ser mais preciso, vale salientar que dois anos antes, um homem – um monge – de uma até então desconhecida seite hindu – chamado Bhaktivedanta Swami Prabhupada, mudara-se para o Ocidente com o propósito de difundir entre os ocidentais a seita conhecida como Hare Krishna. Em uma entrevista concedida a um guru (ou monge) dessa seita (traduzida em 1983 para o nosso idioma), George Harrison – que se tornou um de seus adeptos – diz: “Lá pela época em que o Movimento Hare Krishna veio pela primeira vez à Inglaterra, em 1969, John Lennon e eu já tínhamos conseguido o primeiro disco de Prabupada, Consciência de Krishna. Nós o tacamos bastante e gostamos muito. Esta foi a primeira vez que ouvi o canto do manhã mantra”. Hare Krishna, Manhã-Mantra? O que significa estas palavras? Em primeiro lugar, o leitor deve ficar sabendo que esses vocábulos estão escrito em sanscrito, antiga língua clássica da Índia, considerada sagrada pelos hindus. Em segundo lugar, restame dizer que Hare é a forma imperativa de Hara, que significa Figura 2: Momento de transe no “vibração”, e Krishna é o nome de um “deus” da Índia, que viveu palco entre os mortais (segundo afirmam os hindus) há mais de 5.000 anos. Mantra, conforme o consultadíssimo dicionário Aurélio define, é uma “fórmula encantatória dotada do poder de materializar a divindade invocada”, ao que acrescento: É uma espécie de invocação demoníaca cantada, semelhante às que são usadas nos rituais de Macumba e do Candomblé. Em minhas pesquisas sobre Yoga (que se constitui num dos mais perigosos meio de aprisionamento mental inventado por satanás), li, curiosamente, a seguinte definição de Mantra Yoga (que não deixa de ser o mesmo processo mântrico utilizado pelos roqueiros e adeptos do Hare Krishna em seus cânticos): “Consiste no emprego de sons, recitativos, músicas e mantras (palavras e sons que atuam profundamente no psiquismo), visando à obtenção de determinados estados íntimos” (Caio Miranda, Hatha. O ABC do Yoga. Edições de Ouro. Rio de Janeiro. S/d. P. 27). O Manhã-Mantra (o Backward Masking é uma adaptação ocidental desse método) não deixa de ser uma espécie de Canto Maior, uma invocação mais eficaz do demônio, com a única diferença de estar escrito em um velho idioma hindu. Mas na realidade o demônio é o mesmo.
O ex-Beatle George Harrison e suas declarações impressionantes No dia quatro de setembro de 1982, em sua mansão na Inglaterra, George Harrison concedeu ao guru Mukunda Goswami – um dos mais destacados líderes do Movimento Hare Krishna – uma entrevista cujo conteúdo se constitui hoje em uma das mais importantes comprovações de uma proposta ocultista na música dos Beatles. Nessa entrevista George Harrison, entre outras impressionantes declarações, confessou a influêcia da filosofia Hare Krishna em vários de seus
discos. É o caso de Living in the Material Word (Vivendo no Mundo Material), My Sweet Lord (Meu Doce Senhor) e sobretudo The Hare Krishna Mantra (O Mantra Hare Krishna). As consequências disto é que milhões de pessoas passaram a cantar essas canções, e terminaram se envolvendo com a seita.
As palavras e o seu poder oculto Após constatar que há um poder oculto nas palavras, que se manifesta quando elas são pronunciadas de certa maneira, sobretudo quando são cantadas, Harrison procurou explorar “o poder mântrico da música”. Antes, ele já havia tido uma estranha experiência ao cantar o mantra Hare Krishna: “Cantei o mantra Hare Krishna certa vez durante todo o percurso entre França e Portugal, sem parar. Dirigi cerca de 23 horas e cantei o tempo todo. É algo que faz você se sentir um tanto invencível. O engraçado é que eu nem mesmo sabia para onde estava indo… Quando você começa a cantar, as coisas passam a acontecer transcendentalmente”, declarou George durante a famosa entrevista. (Sua reprodução completa foi publicada em São Paulo, em 1983, pela Backtivedanta Book Trust, editora dos Hare Krishna, sob o título: Cante e seja feliz, a história do Maha Mantra Hare Krishna).
Incenso e quadros: o que há com eles? George Harrison confessou também a influência que o incenso e os quadros exerciam sobre ele. Mukunda perguntou-lhe o que o ajudava a fixar sua mente em Krishna. Ele respondeu: “Basta ter muitas coisas em volta de mim que me façam lembrar dele, como incenso e quadros” (Página oito do livro mencionado). Mais à frente, George diz algo que comprova a existência de envolvimento satânico dos cinco sentidos nos rituais de adoração a Krishna: “Faz parte da consciência de Krishna tentar ocupar todos os sentidos de todas as pessoas (…) “Se você visita um templo (da seita), pode ver retratos de deus (Krishna), o que torna o processo muito mais convidativo e atrativo: ver quadros, ouvir o mantra, cheirar o incenso, as flores e assim por diante. Isto é o que há de bom em seu movimento. Ele incorpora tudo – o canto, a dança, a filosofia e o prasadam (Isto é: alimentos vegetarianos, que, ao serem oferecidos a Krishna, são considerados “espiritualizados”). A música e a dança também ocupam posições importantes no processo…” (Páginas 9 e 10) Com relação às pinturas com propostas ocultistas, o guru Mukunda deu outra importante informação: “Uma das coisas que realmente tem um profundo efeito sobre as pessoas quando elas visitam os templos ou leem nossos livros são as pinturas e esculturas feitas pelos artistas devotos. (…) Certa vez Prabhupada disse que essas pinturas eram janelas para o mundo espiritual, e organizou uma academia de arte, treinando seus discípulos na técnica de criar arte transcendental. Agora, dezenas de milhares de pessoas têm essas pinturas em suas casas, sejam originais, litografias ou posters” (Página 19).
Mukunda lembra que Bob Dylan escreveu várias canções sobre Krishna, e George Harrison acrescenta que Steve Wonder também teve sua parcela de desenvolvimento com a seita através da música. Porém, os Estados Unidos e o mundo só puderam saber até aonde a música dos Beatles estava envolvida com o satanismo, e até que ponto ela poderia influenciar alguém, quando um grupo de hippies, que costumava se reunir para ouvir discos dos Beatles e realizar bacanais (sexo grupal) e rituais satânicos, cometeu um dos mais chocantes crimes de toda a história do rock. A partir daí foi que a opinião do mundo acerca da influência da música dos Beatles começou a mudar. Os “Garotos de Liverpool”, nascidos no país considerado um dos berços do espiritismo moderno, a Inglaterra, não eram tão inocentes como se pensava.
O ocultismo na música A música usada pelos Hare Krishnas tem realmente um poder sobrenatural. Eis um dos comentários de Harrison sobre o assunto: “Quando você se abre para algo, é como se você fosse um sinal favorável que atrai aquilo. Desde a primeira vez que ouvi o canto, foi como uma porta aberta em alguma parte de meu subconsciente, talvez proveniente de alguma vida anterior” (Página 13).
Figura 3: Roqueiro com uma A essas alturas da entrevista, o guru Mukunda acrescenta que corrente, sinal de dependência “muitos grupos de rock, como o Grateful Dead e Police, tomam ao diabo prasadam (comida sacrificada) nos bastidores antes de seus concertos” (Página 16). Backward Masking, mensagem subliminar, satanismo, seitas orientais, contracultura – eis algumas das maiores bombas vindas dos arsenais do inferno e lançada sobre a raça humana pelo Arqui-inimigo de nossas almas – satanás. Ele tem levantado muitos homens para servi-lo com uma guitarra na mão, com os lábios cheios de palavras mentirosas e irreverentes ao Nome de Deus, com filosofias e práticas ocultistas, cumprindo o que está escrito em Marcos 13.22: “Pois surgirão falsos cristos e falsos profetas, operando sinais e prodígios, para enganar, se possível, os próprios eleitos”. Antes de passarmos ao capítulo seguinte, onde faremos análise dos assassinatos praticados em duas noites consecutivas por um bando de hippies que liam o livro de Apocalipse, interpretavam a passagem lida distorcendo-a a fim de encontraram base para a profanação e para crime, ouviam músicas dos Beatles cheias de mensagens subliminares, e em seguida saíam com o abjetivo de assassinar pessoas ilustres, para “livrá-las da prisão do corpo”, vejamos ainda o que pode estar por trás do vegetarianismo.
Você frequenta restaurantes vegetarianos? Cuidado! O guru Mukanda, na longa conversa que teve com George Harrison, informou a este que até aquela data de 1982, a seita havia distribuído, em banquetes gratuitos realizados em centenas de cidades de diversos países do mundo, cerca de 150 milhões de pratos de prassadam (comida oferecida a Krishna). E George Harrison que salienta o quanto isso é fundamental no processo de
aliciamento (subornamento) mental, e na tarefa de conseguir novos adeptos, novas vítima: “Dizem que se conquista um homem pela boca, de modo que, se você pode chegar à alma espiritual de um homem dando-lhe de comer, por que não fazê-lo? É algo que funciona (…) A prassadam é uma boa isca nesta era de comercialismo. Quando as pessoas querem algo extra, ou precisam ter algo especial, a prassadam fisga-os nesse ponto. Sem dúvida, a prassadam tem sido um fator muito importante no processo de envolver mais pessoas na vida espiritual. Além disso rompe preconceitos (Página 16,17). Agora vejamos como a música dos Beatles e sua filosofia ocultista levaram um bando de hippies a praticar um dos crimes mais bárbaros de toda a história do rock.
A influência dos Beatles na mente de um assassinos Winifred Chapman, uma mulata de 53 anos que trabalha como empregada doméstica na mansão número 10050 da Rua Cielo Drive, próximo a Hollywood, em Los Angeles, Califórnia, EUA, caminha apressadamente rumo à entrada da mansão, pois são quase oito horas da manhã de um sábado do mês de agosto de 1969, e ela está atrasada. Porém sua pressa não a impede de notar que há um fio, talvez de telefone, caído sobre o imenso portão da entrada. Ao ver aquele estranho detalhe, ela começa a se aproximar da casa com um certo receio, pois acaba de observar também que as luzes do lado de fora ainda estão acesas. Na garagem e no imenso gramado em frente a luxuosa mansão da Cielo Drive há vários carros estacionados. Isto é normal. Porém, Winifred sente que há um estranho e pesado silêncio a envolver toda a casa. Com cautela e receio ela entra pela porta da frente. Realmente, há algo estranho ali. Na grande sala-de-estar alguns móveis foram tirados de suas posições. O sofá foi colocado transversalmente (esquinadamente) entre o piano, a escrivaninha e a comprida mesa. Inesperadamente, Winifred nota algo mais estranho Figura 4: "The Beatles" vestidos com trajes ainda: estendida sobre o encosto do sofá, há uma enorme hindus bandeira americana. Medrosa, observando-a atentamente enquanto se aproxima do centro da sala, Winifred nota sobre a bandeira várias manchas escuras: sangue! Sua coragem só lhe permite chegar um pouco mais à frente até poder ver, de relance, que há dois corpos caídos à frente do sofá, horrivelmente mutilados, cobertos de sangue. Winifred grita com toda a força dos seus pulmões e sai correndo. Ao passar por entre os carros estacionados, vê que dentro de um deles, um Rambler de cor branca, há um homem ensanguentado, caído para o lado interno do assento. As pessoas que ouviram os gritos de Winifred correm em seu socorro. Dentro de alguns minutos, atendendo a um chamado telefônico, uma viatura de polícia freia diante do número 10050 da Cielo Drive. Dois policiais, empunhando suas armas, saltam do carro, conversam rapidamente com algumas das pessoas que socorreram Winifred, e em seguida abrem o portão e se preparam para entrar na casa silenciosa. Antes que atravessem o gramado, outro policial chega e se une a ele.
Figura 5: John Lennon considerava-se mais popular que Jesus Cristo
Os três se dirigem para o carro da marca Rambler. Há realmente um corpo lá dentro. Está sentado no lugar do motorista e tombado para o lado. É um homem que parece não ter mais de 20 anos de idade, cabelos avermelhados, trajando camisa axadrezada e calça jeans azul. Sua roupa está encharcada de sangue. Os policiais inspecionam o interior dos outros carros, mas nada encontram. Em seguida dão a volta à casa e se dirigem para o local onde há arbustos, flores e árvores. A água azul-esverdeada da piscina reflete a luz suave da manhã. De repente, um deles percebe que, próximo à porta lateral da mansão estão estendidos os corpos ensanguentados de um homem e uma mulher. Trajando calça de várias cores e camisa vermelha, ele está caído de lado, a cabeça repousando no braço direito, a mão esquerda segurando na grama. A mulher, que parece ter pouco mais de 20 anos, está caída de costas, os braços estendidos, e camisola ensanguentada, descalça, com os longos cabelos negros soprado pela brisa suave da manhã. Para eles a eternidade começara ali.
Rapidamente os policiais resolvem se separar para entrar na casa. Se houver alguém armado á dentro, não conseguirá alvejá-los de uma só vez. Após inspecionarem vários cômodos, chegam à sala-de-estar. Ali, mais uma vez eles ficam profundamente chocados com a cena que veem. Caída de lado, diante do sofá está uma moça loura, em adiantado estado de gravidez. É Sharon Tate, esposa do cineasta Roman Polanski. Seu corpo foi perfurado 16 vezes pela comprida lâmina de uma baioneta. Dando duas voltas no seu pescoço, há uma corda de nylon. Uma de suas pontas está presa no teto, e a outra se estende até o pescoço de um homem que jaz ali perto. É Jay Sebring, amigo de Sharon Tate e dono da empresa Sebring International. Tem 35 anos. Ele morreu com as mãos erguidas perto da cabeça, como se tivesse tentando impedir que lhe dessem um tiro e sete perfurações de baioneta. As outras três pessoas que estão lá fora mortas são Abigail Anne Folger, de 25 anos, herdeira do Café Folger, e seu marido, Wojocich Frikowski, de 32 anos. Figura 6: Lennon e Yoko Ono efetuaram um dos O rapaz que está dentro do carro é Esteve Parent, de 18 casamentos mais comentado do século anos. Seriam necessários vários meses de investigações, prisões, interrogatórios e a mobilização dos melhores policiais norte-americanos para que os Estados Unidos e o mundo ficassem sabendo que o assassinato daquelas cinco pessoas, mais um casal (Leno La Bianca, dono de uma rede de supermercados, e sua esposa, Rosemary), assassinados na noite seguinte, tinham sido praticados por um grupo de hippies organizados como uma seita satânica denominada “Igreja Final”. Eles haviam entrado, após meia-noite, na mansão de Sharon Tate, e executado todos os que estavam lá. O líder chamava-se Charles Manson. O grupo era composto de rapazes e moças entre 17 e 25 anos de idade. Viviam na periferia das cidades, vendendo drogas, roubando, praticando sexo grupal,
realizando cerimônias ritualísticas onde o livro de Apocalipse era lido, e ouvindo discos dos Beatles com mensagens ocultas, subliminares.
Helter Skelter: a última guerra sobre a Terra O que mais surpreendeu a opinião pública foi a descoberta de que vários discos dos Beatles traziam mensagens satanistas e convidativas ao crime. E foram essas mensagens que prepararam a mente de Charles Manson e sua “Família” para a prática dos assassinatos que horrorizaram a todos. Segundo ficou esclarecido depois, outras pessoas famosas estavam na lista para serem “beneficiadas pela seita”, pois segundo ensinava Charles Manson, “a vida é uma prisão insuportável. Devemos libertar as melhores pessoas dessa situação de sofrimento, matando-as”. Essa doutrina satânica se enraizou profundamente no espírito daqueles que seguiam Manson, a ponto de levar Susan Atkins, uma das assassinas de Sharon Tate, a dizer: – É preciso ter um amor de verdade no coração para fazer isso pelas pessoas. Além da atriz, de seus amigos e do casal La Bianca, os membros da “Igreja Final” haviam decidido assassinar também Elizabeth Taylor, Richard Burton, Ton Jones, Steve McQueen e Frank Sinatra, entre outros. Paradoxalmente, isso fazia parte da implantação do Helter Skelter: “A última guerra sobre a face da Terra”, segundo definiam os membros da Família. Além disso, eles sairiam pelos Estados Unidos, e depois por todo o mundo matando as pessoas a fim de libertá-las. Para Charles Manson, Armagedon, Juízo Final e Helter Skelter eram a mesma coisa. “Seria todas as guerras que já foram travados até hoje, uma em cima do outra…”.
Manson e a opinião públicas Quando Charles Manson e seu bando foram presos, os Estados Unidos acordaram (já um tanto tarde) para uma triste realidade: a influência da doutrina de rebeldia, rock, “viagens” através dos tóxicos (drogas), a rejeição à família, ao trabalho e a Deus, além da inigualável influência dos Beatles (tudo isso fazia parte do movimento de contracultura) estava enraizada na alma dos jovens a semelhança de um câncer. Graças à influência dessa doutrina, Manson foi considerado por milhões de moças e rapazes como um herói da contracultura. No dia seguinte à sua prisão, um jornal americano que proclamava a voz dos hippies, o Tuesday’s Child, publicou a foto do satanista e assassino ocupando todo o espaço da primeira página, e um manchetão que o considerava o homem do ano. O número seguinte desse jornal mostrou, na primeira página, Manson pendurado em uma cruz. A irreverência, a crueldade e a afronta a Deus estavam mais do que evidenciados dentro daquele movimento jovem que tinha como proposta a paz e o amor. E o pior é que o espírito desse movimento não morreu. Ele continua a impulsionar milhões de pessoas para o abismo. Ao saber que Charles Manson e seus companheiros de satanismo e crimes haviam assassinados o casal Leno e Rosemary La Bianca com requintes de crueldade, uma jovem da época declarou (e imediatamente Figura 7: Ringo Starr não demonstrava interesse pela Filosofia hindu
virou notícia nos principais jornais) em um congresso da organização “Estudantes por uma Sociedade Democrática” que Manson deveria ter surgido a mais tempo. Uma verdadeiro epidemia tomou conta das lojas de discos e artigos psicodélicos em geral. Posters e camisas de meia com o rosto de Charles Manson começaram a ser usados por milhares de moças e rapazes amantes do rock. Muitos deles empunhavam faixas e ostentavam no peito a frase: LIBERTEM MANSON! Em uma nação de origem evangélica, na pátria da Democracia e do amor à obra missionária, aquilo representava um motivo de vergonha para os norte-americanos, além de ser a maior afronta que satanás já lançara sobre as igrejas dos Estados Unidos, cujos membros viam muitos de seus filhos também envolvidos com drogas, rock, e admirando, silenciosamente ou declaradamente, Charles Manson e seu bando.
“E eis que surgirão falsos cristos” Certamente a estas alturas da minha apresentação dos fatos sobre Charles Manson e seus companheiros de satanismo e crimes, o leitor deve estar querendo saber o que é que esses crimes têm a ver com o nosso assunto: o rock seu envolvimento com o satanismo. Cabe a mim, portanto, deixar bem claro que Manson foi, até o início da década de 70, o mais terrível exemplo do que a música possuidora de mensagens ocultas, subliminares, pode causar na mente de um homem. Os fatos de que fiz uso até agora (no que diz respeito ao caso de Manson), e o que passarei a apresentar a seguir, foram levantados por Vicente Bugliosi, o homem designado pela justiça norte-americana para funcionar como promotor dos casos Sharon Tate e La Bianca. No final do processo, ele escreveu um livro, hoje traduzido para o português (Vicente Bugliosi, com a colaboração de Curty Gentry. Manson: Retrato de um crime repugnante. Tradução de A. B. Pinheiro Lemos. Editora Record. 1978. Rio de Janeiro. 705 páginas). Eis como, através de suas músicas, os Beatles tomaram parte nos crimes praticados por Manson e os hippies que o seguiram. As moças e rapazes liderados por Charles Manson costumavam se reunir em uma velha casa (que Charles batizou de The Yellow Submarine – Submarino Amarelo – título de uma das canções e de um filme dos Beatles) para ouvir o líder falar de suas leituras da Bíblia (particularmente do livro de Apocalipse). A Bíblia não era lida em todas essas ocasiões. Dificilmente Manson a lia. Na maioria das vezes ele citava vários versículos de cor, lidos alguns anos atrás. Essas reuniões culminava em uma audição das canções dos Beatles, sobretudo as que pertenciam ao Álbum Branco, título de um Lp lançado pela gravadora Capitol, em 1968. Do mesmo modo como Manson descobria nas letras da música do conjunto inglês uma multidão de significados ocultos, costumava dizer também (inspirado pelo demônio) que a Bíblia estava cheia de referências a ele e aos Beatles. E para provar isto, citava o Palavra de Deus distorcidamente, tentando conseguir respaldo para suas afirmações. A fim de impressionar os membros da “Igreja Final”, Manson costumava também contar os seus sonhos. Disse ele que certa vez estava deitado em uma cama, mas de repente notou que ela se transformara em uma cruz. Imediatamente ele passou a sentir que suas mãos e pés haviam sido transfixados por enormes pregos, e alguém o furava com uma lança. Diante do grupo de hippies que o escutava atento, Manson continuava o seu relato blasfemo. Disse ele que, ao olhar para o pé da cruz viu Maria Madalena (segundo explicou, essa mulher era a
própria Mary Brunner, uma das componentes do bando, que chegou a ter um filho de Manson). Ela estava chorando, mas ele a consolara: – Estou bem, Maria.
Um falso cristo interpreta Apocalipse Tais histórias insinuativas levavam os seus seguidores a pensarem que Manson era o próprio Jesus Cristo. Aliás, já havia alguns anos que ele passara a se referir a si mesmo como “Man’s Son” (Filho do Homem). Ele não se assinava mais como Charles Milles Manson, e sim “Charles Will Is Man’s Son”, forçando a expressão para dizer que seu nome significava: “A vontade de Charles será a do Filho do Homem”. Ele afirmava também que já vivera antes, há quase dois mil anos. Os que estavam com ele eram “os escolhidos de Deus”. Após o início de Helter Skelter (A Grande Confusão), ele os levaria para o deserto. Lá havia um poço, um buraco cuja localização só ele (Charles) conhecia. Através daquele buraco, eles desceriam até o centro da Terra, onde encontrariam uma cidade de ouro, com rios de leite, árvores que davam frutos variados, um para cada mês do ano. Ali, os “escolhidos” (os hippies que estavam com ele) se multiplicariam até somarem 144 mil, e viveriam felizes. Isto tudo ocorreu (e ultimamente tem ocorrido muitas vezes) em cumprimento da advertência de Cristo: “E Jesus, respondendo, disse-lhes: acautelai-vos, que ninguém vos engane. Porque muitos virão em meu Nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos” (Mateus 24.4,5).
Beatles: “Os quatro cavaleiros do Apocalipse” Charles Manson ensinava ao seu bando que os quatro anjos mencionados no capítulo sete, versículo um de Apocalipse eram os Beatles (John, Paul, George e Ringo). O quinto anjo do versículo dois do mesmo capítulo era, segundo Manson, o quinto Beatle, Stuart Sutcliff, que em 1962 morrera na Alemanha. Mas para a “Família” esse quinto anjo era o próprio Charles Manson, já que fora esse anjo quem abrira o poço do abismo, e detinha sua chave, segundo liam no capítulo nove, versículo dois de Apocalipse. E Manson afirmava ter esses poderes. Ele afirmava também que os gafanhotos saídos do fundo do poço eram outros símbolos dos Beatles. E “provava” isso mostrando a semelhança do nome do conjunto com o vocábulo usado em língua inglesa para besouro: Beatles. A expressão bíblica: “ os seus rostos eram como rostos de homens. E tinham cabelos como cabelos de mulheres” (Apocalipse 9.7,8) era apresentado por Manson como uma alusão aos cabelos Figura 8: McCartney, o que compridos dos Beatles. Ele dizia também que a expressão mostrava menos simpatia pela Índia “couraças de fogo” representava as guitarras elétricas dos “garotos de Liverpool”. “De suas bocas saía fogo e fumo e enxofre”, segundo Manson, era uma alusão ao poder que saía da boca dos Beatles quando eles cantavam as suas canções.
De onde vem o poder dessas canções? Para Charles Manson, as canções dos Beatles eram proféticas. As que o grupo mais costumava ouvir eram Helter-Skelter (Grande Confusão), Piggies (Porcos), Blackbird (Pássaro negro, ou Melro, conhecido também no Brasil como graúna), e Revolution 1 e Revolution 9 (Revolução 1 e 9). As cinco pertencem ao Álbum Branco. São canções com letras contendo mensagens declaradamente ocultistas. Eis alguns exemplos: de Blackbird – “Blackbird singing in the dead of night/ Take these broken wings and learn to fly/ All your life/ You were only waiting for this moment to arise”. Eis a tradução: “Melro cantando na calada da noite/ Bata essas asas quebradas e aprenda a voar/ Por toda a sua vida/ Você esteve apenas esperando que esse momento chegasse”. Eis um trecho da canção Helter-Skelter, de onde Charles Manson tirou aquela história do poço por onde ele conduziria “os escolhidos”, rumo à cidade que “existe no interior da Terra”: “When I get the batton I got back to the trop of the slide/ Where I sop and I turn and I go for a ride…” (“Quando eu chegar ao fundo do poço voltarei para o alto da encosta/ Onde vou parar e me virar e sair para dar uma volta”). Vicente Bugliosi diz algo em seu livro que coloca o ex-Beatle George Harrison em uma posição altamente suspeita. Durante o trabalho de levantamento de provas contra Charles Manson e seu bando, Bugliosi constatou, surpreso, que certas canções dos Beatles tinham induzido Manson a se conduzir de forma violenta e sanguinária. Quando Bugliosi e Curty Gentry começaram a escrever sobre o assunto, viram a necessidade de citar algumas letras das canções dos Beatles, e quando foram pedir autorização aos membros da conjunto (que já não mais existia, pois os “garotos de Liverpool” haviam brigado e se separado) ficaram surpresos diante da reação de George Harrison. Eis como Bugliosi relata o caso: “Ao contrário dos ex-Beatles John Lennon e Paul MacCartney, George Harrison recusou permissão aos autores para citarem as letras de suas canções, inclusive Piggies (Porcos).
Músicas que preparam assassinos Houve uma razão muito séria que levou George Harrison a negar permissão para que citassem suas músicas. É que até aquela data não tinha chegado ao conhecimento do público o fato de muitas das canções dos Beatles estarem cheias de ocultismo e de convites à violência. Foi o que o promotor Vicente Bugliosi descobriu. Eis o que ele diz na página 354 do seu livro: “Se se escutar atentamente, pode-se ouvir grunhidos ao fundo da canção Piggie. Eu não podia escutar a parte final dessa canção sem pensar na que acontecera em Waverly Drive, 3301 (residência de Leno e Rosemary La Bianca, proprietários de uma rede de supermercados, que foram assassinados por Manson e seu bando na noite seguinte ao assassinato de Sharon Tate e seus amigos). Os versos finais dessa canção descrevem casais de Piggies (porcos, leitões) comendo bacon de garfo e faca. Rosemary La Bianca: quarenta e um ferimentos a faca. Leno La Bianca: doze ferimentos a faca. Golpeado sete vezes com um garfo, e uma faca enfiada na garganta, um garfo enfiado na barriga, e na parede, escrita com o próprio sangue dele, a frase: DEATH TO PIGGIES (Morte aos porcos)”.
Foi diante desse horripilante quadro que uma jovem norte-americana declarou, para a surpresa de muitos dos que ainda não se haviam conscientizado da extensão do problema e das imoralidades e perversidades que satanás havia semeado nas mentes e nos corações dos jovens amantes do rock: – Liquidar aqueles porcos ricos com suas próprias facas e garfos e depois comer na mesma sala foi demais. Charles Manson deveria ter sido descoberto a mais tempo. Outra música dos Beatles que muito impressionou Manson e o levou à prática dos crimes foi Helter-Skelter, onde se ouve também grunhidos de porcos e uma metralhadora disparando. Porém, de todas as canções do conjunto inglês, a que mais o impressionou foi Revolution 9. Nessa música também se ouve uns grunhidos estranhos, barulho de metralhadora e pessoas gritando e morrendo. Um dos membros do grupo de Manson confessou que ouvia no fundo da gravação, entre os grunhidos e disparos de metralhadoras, uma vós quase inaudível que dizia: “Rise” (“levante-se”). Manson explicava aos seus seguidores que aquilo eram comunicações diretas dos Beatles com ele, J. C. Charles (Isto é: jesus cristo Charles), “é a maneira dos Beatles contar às pessoas o que irá acontecer; é o meio que eles utilizam para fazerem uma profecia; está diretamente relacionada com a Revolução 9 da Bíblia”, dizia Manson. O próprio Vicente Bugliosi afirma que “de todas as canções dos Beatles, Revolution 9 é certamente a mais estranha. Os críticos jamais conseguiriam chegar a uma conclusão: se se tratava de uma excitante direção para o rock ou uma farsa elaborada. Um crítico chegou a comentar que lhe dava a impressão de ser uma terrível viagem de ácido”. Figura 9: "The Beatles" Jovens ingleses que revolucionaram o mundo
Jovens que matam a sangue frio Os detalhes do assassinato de Sharon Tate foram relatados pela mais fria das assassinas lideradas por Manson, Susan Atkins, de 20 anos de idade. Ela contou que, após entrarem na mansão, e matarem a tiros o rapaz que estava dentro do carro, sua atitude seguinte foi correr e agarrar Sharon Tate, enquanto Manson e os outros corriam atrás dos hóspedes da atriz, para matá-los. Quanto a Sharon, ela teria que morta em meio a um ritual satânico, durante o qual até a bandeira dos Estados Unidos seria usada. Susan confessou também que enquanto se preparava para perfurar várias vezes o corpo da atriz com a comprida lâmina de uma baioneta, Sharon olhou para ela e suplicou-lhe, chorando: – Por favor, não me mate! Por favor, não me mate! Quero viver, quero ter meu bebê, quero criar meu bebê! Sharon estava no oitavo mês de gravidez. Susan Atkins fitou a atriz nos olhos e respondeu: – Escuta aqui, sua (…), não me importo com você. Não me importo se vai ou não ter um bebê. É melhor se preparar. Vai morrer e não sinto coisa alguma por causa disto.
A assassina confessou que, se não fosse a pressa de Manson em abandonar o local onde aqueles bárbaros crimes haviam sido praticados, ela teria cortado a barriga de Sharon para tirar de lá o bebê. Os assassinos pensaram também em cortar os dedos das cinco pessoas assassinadas naquela casa. Para causar forte impressão na imprensa e no público, pensaram também em arrancar os olhos das vítimas e esmagá-los contra a parede. Mas resolveram fugir o mais depressa possível. O interessante é observarmos hoje que essa mesma natureza sanguinária faz parte da filosofia de centenas de grupos de rock e cantores que atuam nos Estados Unidos. Na Europa e em vários países da América Latina, inclusive no Brasil. Quando em 1983, o conjunto Kiss pisou em solo brasileiro, “os principados, as potestades, os príncipes das trevas deste século, as hostes espirituais da maldade” foram tremendamente agitadas, e passaram a atuar sobre milhares de jovens com mais intensidade, durante as apresentações dos Knigts In Satan’s Service – Cavaleiros a Serviço de Satã, Kiss. Os componentes desse conjunto encomendaram 2000 pombos e pintinhos para os esmagarem sobre o palco com suas botas de salto alto e cano longo, produzirem uma cena de sangue. Mas foram impedidos pela polícia. Satanás é o pai do rock, da violência, do derramamento de sangue. É ele que está por trás de todo esse movimento, cujo maior veículo de propagação tem sido a música comprometida com o ocultismo. A obrigação da Igreja é a de se posicionar e combater o rock, e não permitir que ele, à semelhança das “portas do inferno” de que falou Jesus em sua conversa com Pedro (Mateus 16.28) prevaleça sobre ela. Nós, os autores deste livro, jamais poderíamos ficar calados diante da propagação desse gênero de música criado sob inspiração de satanás. Nós só ficaremos silenciosos diante desse mal se desconhecêssemos a história do rock, sua origem, sua influência sobre a mente e o espírito do ser humano: se não soubéssemos que é a mensagem que seus cultuadores usam em suas músicas. Nós não podemos ficar calados diante de um movimento que desde o seu início, na década de 50, tem propagado as drogas, a violência, o satanismo, o homossexualismo, a prostituição e o suicídio. Como evangélicos que somos, na condição de salvos por Jesus Cristo e esclarecidos pela Luz de sua Palavra, nosso dever é denunciar aos obras de satanás e combatê-las, onde quer que se manifestem.
A trajetória do rock internacional (Claudionor de Andrade) A mensagem oculta do Rock A profecia do Canadá No Canadá, por volta de 1950, várias entidades demoníacas apossaram-se de uma mulher. Em Nome de Jesus, esforçava-se um pastor para libertar aquela pobre vítima, porém, sem resultados. O Senhor inspirou-lhe, então, a expulsar aquela casta, designando-a como “imitadores do Espírito Santo”. Assim fez o ministro. Ao deixarem o debilitado corpo daquela mulher, bradaram os espíritos malignos: “Somos príncipes e viemos possuir os jovens da América”. Os Estados Unidos sofriam, naquela época, profundas transformações sociais, políticas e econômicas, em decorrência da Segunda Guerra Mundial. Descontentes, os jovens norte-americanos buscavam algo diferente, capaz de responder-lhes as dúvidas e acalmar-lhes as inquietações espirituais. Não desejavam um outro conflito bélico, segundo eles, fomentado pela geração anterior – egoísta, hipócrita, indiferente. Estes jovens só queriam uma coisa: protestar, contestar, romper com o sistema. Deparando-se com um terreno tão fértil e apropriado, lança satanás sua primeira semente daninha. Quatro meses depois daquele episódio ocorrido no Canadá, é lançado, nos Estados Unidos, o conjunto Bill Halley, disposto a possuir os jovens norte-americanos. O mesmo grupo roda, em 1955, o filme Blackboard Jungle, provocando ataques de histeria (ansiedade ou emotividade), onde quer que fosse exibido, inclusive no Brasil. Ainda em 1956, surge em Menphis, EUA, um cantor branco, de 20 anos, conhecido, mais tarde, como o rei do rock – Elvis Presley. Oriundo da Assembleia de Deus, abandonou os princípios evangélicos e lançou-se à fama, à luxúria, às riquezas. Interpretando suas canções com muitos requebros, jogos de cintura e gritos roucos e agudos, contagiou milhões de jovens no mundo todo. A epidemia musical do rock coincidiu com a eclosão do fenômeno James Dean, símbolo da juventude rebelde e transviada (desviada do caminho, perdida). A partir de então, uma metamorfose começou a ser verificada nas atitudes, roupas, cortes de cabelos e expressões verbais das novas gerações. Com a queda da popularidade de Elvis Presley, na década de 60, esperavam os jovens uma outra renovação musical, que não tardaria a aparecer.
A geração “bitolada” A maior renovação musical da Europa! Assim foram considerados os Beatles, o mais popular conjunto jovem de todos os tempos. Os garotões de Liverpool – John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Star – inofensivos e tímidos, à primeira vista, não pouparam esforços para efetivar sua revolução. E, desgraçadamente, conseguiram! Inverteram valores, conceitos, comportamentos, costumes, etc.
Nem mesmo suas músicas, para muitos, inocentes e pueris (ingênuas), escaparam da formidável avalancha de inversões. Não foram os Beatles um fenômeno essencialmente ocidental. Ocultamente, traziam a marca do milenar misticismo hindu, uma das primeiras manifestações da religiosidade humana. Lançados em 1963, alguns anos mais tarde, começariam a enfronhar-se no ocultismo indiano. Explica Rolando de Nassáu ter o conjunto inglês usado a canção popular, sob a inspiração da europeia e da indiana, para disseminar suas nefastas e infernais mensagens. Em 1969, George Harrison grava “O mantra Hare Krishna”, sucesso absoluto, tanto no Ocidente como no Oriente. Conta ter entrado em contato com o Movimento Hare Krishna, em uma de suas viagens à Índia. Lá, adquiriu o primeiro disco de Prabhupada, fundador da Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna. Harrison foi o responsável pela iniciação dos Beatles nos mistérios hindus. George Harrison disse ter sido orientado a cantar o Hare Krishna sem atentar para os ocultos significados dessa enigmática canção. Como todo alienado, seguiu, ortodoxamente, o conselho. Confessaria, depois, tê-la cantado, juntamente com John Lennon, por seis horas consecutivas, até suas gargantas começarem a doer.
Males irreversíveis do Backward Masking Com base no mantra yoga, compuseram os Beatles várias canções. Por intermédio de uma engenhosa e complexa inversão de fonemas, nelas introduziram mensagens demoníacas, captadas apenas quando o disco é rodado em sentido contrário. Esse processo é conhecido como backward masking – retrocesso oculto. Trata-se de mais uma astuta cilada do diabo, por meio da qual são lançadas setas flamejantes, debeladas (neutralizadas) somente pelo sangue de Jesus (Efésios 6.11). Expostos a esse tipo de música, recebem os jovens daninhas e diabólicas influências, incitando-os à perversão sexual, ao homicídio, ao suicídio, etc. Inconscientemente, transformam-se em fantoches de satanás. Conduzidos à região da sombra da morte, veem-se, de repente, sem retorno. Inúmeros e irreversíveis são os males causados pelo retrocesso oculto. Charles Manson relatou às autoridades norte-americanas, ter sido instigado a matar a atriz Sharon Tate, pela canção dos Beatles, intitulada “Revolution 9”. Mostrando-se inofensiva, essa música contém a seguinte mensagem retrocedida: “Levante o meu astral, homem morto, deixa-me sair”. Mais adiante, esta invocação: “Ligue- Figura 10: Símbolos místicos usados por um super grupo de se a mim, cadáver”. Manson, convicto satanista, atendeu a esse rock chamamento do inferno, praticando um dos mais bárbaros crimes da história. À semelhança do Beatles, outros conjuntos e cantores de rock passaram a se utilizar do retrocesso oculto. Dessa forma, cumpre satanás a profecia do Canadá, mostrando não estar interessado somente nos jovens dos Estados Unidos. Eis o seu intento: possuir a juventude do
mundo todo. Como príncipe das trevas, tem a seu serviço milhares de súditos, que tem por meta afrontar o Todo-Poderoso e a própria raça humana. Ao ouvir tais músicas, concluímos: o mundo jaz no maligno!
O rock e o consumo de drogas No álbum Queen Killers, há uma canção intitulada “Another One Bites The Dust” – “Mais um bate as botas”. Quando tocada de trás para frente, revela este apelo: “Start to smoke marijuana” – “Começa a fumar maconha”. Inquiríamos até há pouco tempo: “Por que o consumo de drogas sempre acompanha festivais e audições de rock?”. Hoje, sabemos serem os jovens, iniciados, sutilmente, por esse alucinado gênero musical à toxicomania. Com uma só cajadada, destrói-lhe o Demônio a alma e o corpo. Enquanto isso, os traficantes vão aumentando os seus fabulosos lucros e, alguns homens públicos, seus dividendos políticos. Para mostrar o quanto esse degenerado estilo de música estimula o consumo de drogas, basta atentar para esta declaração, contida em uma canção dos Rolling Stones: “Doce irmã morfina, transforma em sonhos meus pesadelos e, fria prima cocaína, coloque sua mão gelada sobre minha cabeça”. Essa última mensagem, a propósito, não se encontra em retrocesso oculto, mas pode ser ouvida normalmente.
Rock – a liturgia do demônio Por intermédio do backward masking, satanás recebe os mais rasgados louvores. Adultos, jovens e até crianças rendem-lhe as mais expressivas e reais honrarias. Vai o príncipe das trevas roubando toda a glória que pertence ao Senhor. Com a mesma arrogância que lhe ocasionou a queda, continua a afirmar: “eu subirei aos céus, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo” (Isaías 14.13 e 14). Na canção do Black Oak Arkansas, conhecida como “When Eletricity came to Arkansas” – “Quando a eletricidade chegou a Arkansas”, há, em backward mascking, esta afirmação: “satan he is god… he is god” – “satanás é deus… ele é deus…”. Através de músicas como essa, milhões de seres humanos incensam ao diabo e lançam pesados impropérios contra o Todo-poderoso. Quando de sua rebelião no Céu, lúcifer arrastou consigo a terça parte dos anjos. Entretanto, insatisfeito, arrebanha, agora, os jovens, brandindo a mesma arma: a música degenerada (pervertida), assassina. Da alma de muitos roqueiros saem ardentes declarações de amor a satanás. Eles sabem que estão caminhando para o inferno, mas não se importam. Tornam-se cada vez mais apaixonados pelo inimigo de suas almas. O conjunto Led Zeppeling interpreta “Stair way to Heavem”, onde, em backward masking, declara: “Meu doce satanás, meu doce satanás. Aquele que é triste e faz-me melancólico. Eu te desejo mais. Eu te quero mais”. O guitarrista desse grupo, ardoroso satanista, possui a maior rede de livrarias de ocultismo da Inglaterra.
Vê-se, claramente, estar o rock a serviço de satanás. Em primeiro lugar, o tentador é louvado por meio desse gênero de música transformando em uma liturgia (cerimônia, culto). Em segundo lugar, como um expert em música, o diabo sabe como escravizar a juventude por meio de melodias compostas com engenho e sutileza. Escreve Ray Hughes pastor e pesquisador de música: “satanás foi criado com toda formosura e beleza – era o querubim ungido, regente de toda adoração e louvor a Deus. Sinete da perfeição; aferidor de medidas. A Bíblia diz que suas harpas tangiam, era um grande entendido em música. Sabendo que os anjos cantam adorando e louvando a Deus; exaltam o seu Criador com harmonia perfeita (Lucas 2.13) e ele, o próprio lúcifer, antes de sua queda era quem regia este coro celestial. Conhecendo, como ele, a sensibilidade espiritual do homem, não lhe foi difícil influenciá-lo através dos sons, a exemplo da música inspirada pelo Espírito Santo de Deus, só que com ritmos irreverentes e desarmoniosos, gritos, gestos, símbolos e tudo que lhe é peculiar, para que o homem se rebelasse contra o seu Criador”. Mais adiante, Hughes mostra quão infernal é o rock: “Sem dúvida, este novo ritmo musical que invadiu o mundo a partir dos anos 60, trouxe com ele uma infinidade de influências diabólicas que passaram a dominar, principalmente, a juventude que surgiu desta década em diante”. O grupo Black Sabbath confessa ser satanás o senhor deste mundo, e acrescenta: “… diabo possuidor…” . Entende o grupo que todos os jovens devem entregar suas almas ao demônio. Em seus shows, o conjunto incita a plateia a fazer um pacto com satanás. Segundo testemunhas oculares, não poucas pessoas, entre as quais crianças, têm atendido a esses apelos, prostrando-se ante o tenebroso altar do Black Sabbath.
O rock e a anunciação do anticristo Como imitador do Espírito Santo, satanás vem parodiando, com muito esmero (muita dedicação), as obras divinas. Por conseguinte, o diabo, da mesma forma que o nascimento de Jesus foi proclamado por meio de um coral de anjos, poderá fazer em ralação ao advento do anticristo. Desde já, roqueiros vaticinam (profetizam) o aparecimento do homem do pecado, como no caso da música do conjunto Jefferson Airplane: “Uma criança vai nascer e fará deste mundo um lugar melhor para se viver”. Mas, quando tocamos essa mesma canção de forma inversa, ouvimos claramente: “filho de satanás, filho de satanás”. Cumpre-se, desse modo, o que predisse o apóstolo Paulo: “Com efeito o ministério da iniquidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém; então será de fato revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca, e o destruirá, pela manifestação de sua vinda. Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de satanás, com todo poder, e sinais e prodígios da mentira, e com todo o engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos” (2 Tessalonicenses 2.7-10).
O rock e a sede de sangue Satanás tem usado o rock para transformar o ser humano em um animal. Milhares de jovens, não obstante estarem vivendo em países prósperos e altamente civilizados, são instados a transformar-se
em canibais. Instigados por esse ritmo infernal, expulsaram de si toda a reserva humana e moral. Para alimentar esse mórbido desejo, são capazes até de sacrificar vítimas humanas no altar só demônio. O grupo Kiss é acusado de praticar atos de sadismo contra suas jovens fãs. Em sua música “Criaturas da noite”, o Kiss expões esse torpe (infame) intento: “Eu sempre quis provar o gosto da carne humana. Eu sempre quis ser canibal”. Toda essa barbárie é dita às claras, sem retrocesso oculto. Eles a vomitam no rosto de suas pobres e indefesas vítimas, sem qualquer cerimônia.
O rock e a sede de sangue Após o dilúvio, o Senhor Deus, procurando preservar a raça humana, ordenou: “Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem” (Gênesis 9.4). No entanto, o diabo, que tudo faz para confrontar a Deus, leva os jovens a sentir sede de sangue, por intermédio do rock. O conjunto AC/DC faz este estranho oferecimento aos seus seguidores: “Você quer sangue; você terá”. E, de que forma o sangue será providenciado? Com o sacrifício de crianças e dos próprios roqueiros.
O rock e o homicídio As músicas de rock estão carregadas de mensagens que instigam o ser humano à prática da violência. Haja vista que conforme já citamos, Manson declarou às autoridades norte-americanas ter sido a canção “Revolution 9”, o principal motivo que o levou a assassinar a atriz Sharon Tate. Depois dessa sanguinolência (crueldade) muitos outros atos violentos se seguiram. A sede de sangue despertada nos aficionados de rock é acompanhada de ações cruentas (cruéis), inimagináveis, revoltantes. Violentas as canções de rock propagam abertamente o derramamento de sangue e até o massacre de crianças. É o caso do Dead Kennedys, controvertido (polêmico) grupo musical norte-americano. Eis uma de suas composições: “Eu quero matar as crianças, ver suas mães chorarem, eu as espremo debaixo do meu carro. Eu quero vê-las gritar. Eu lhes darei balas envenenadas nos dias das bruxas (festa do folclore dos Estados Unidos)”. Arrepia-nos saber que não poucos jovens ouvem tais músicas em seus carros, em alta velocidade, recebendo essas mensagens: mate, esmague, destrua. Assim ficamos completamente indefesos ante esses endemoniados, sedentos de sangue. Não resta dúvida, muitos acidentes de trânsito e atropelamentos são causados por esse infernal e insano ritmo. Essa afirmação pode parecer precipitada, mas tem razão de ser, por causa das reconhecidas sutilezas do rock, cujo inventor é o diabo. Um dos mais bárbaros crimes registrados no Brasil teve como fundo musical o rock. Ocorrido em São Paulo, causou espécie em todo o mundo, em virtude de seus detalhes macabros, dantescos (pavorosos).
Roberto Valente, em janeiro de 1985, ao ser repreendido por sua mãe, por estar ouvindo músicas de rock, fora de hora, ficou completamente enfurecido. Fora de si, matou os pais e três irmãos a tiros e facadas. Tirou a vida de cinco pessoas, estragou toda a sua existência, em consequência dos daninhos efeitos de estilo de música criado pelo diabo. Preso, esse jovem, de 18 anos, declarou: “Estou moído; estou todo moído por dentro”. Ele, com toda certeza, sofrera uma lavagem cerebral enquanto ouvia o seu “fascinante som”, porque um ser humano normal, jamais cometeria tal desatino. Também repercutiu bastante o assassinato de Mônica Granuzzo Pereira, estudante carioca de 14 anos de idade. Segundo apurou a polícia, os algozes (assassinos) de Mônica eram apreciadores fanáticos do heavy metal – rock pesado. Há suspeitas, ainda, de que antes de praticarem o crime, os assassinos haviam ouvido vários discos de seu som predileto. Poucos dias depois, vários atores e atrizes, mostrando-se bastante revoltados com a brutal morte de Mônica, defenderam, através de um programa de televisão, o “sagrado direito” de nossas filhas frequentarem os apartamentos de seus namorados, boates e danceterias, onde o mais diabólico e pervertido dos ritmos musicais reino soberano. Esses artistas não desconfiam de que o rock está causando grandes e irreversíveis prejuízos à juventude. Eles não podem perceber isso. São obtusos (ignorantes), pois o seu falso liberalismo não os deixa ver a realidade. Acerca desses falsos moralistas, escreveu João Edson de Alencar, no Mensageiro da Paz: “Vejam o sério perigo que essas pessoas representam quando invadem nossos lares e usam o seu prestígio para dar conselhos perigosos aos nossos jovens. Leiam e sentir-se-ão envergonhados dos disparates (tolices) que os participantes daquele programa disseram. E o Espírito de Deus lhes mostrará através das Boas Novas do Evangelho que as ‘amizades coloridas’, os ‘mamãos com açúcar’, as drogas, o rock, o amor livre e a destruição de lares, na maioria das vezes por motivos fúteis causados pelo egoísmo e o desconhecimento do perdão, tudo isso são ‘abismos que atraem outros abismos’. E as Aídas Cúris, as Cláudias Lessins, as Aracélis, as Anas Lídias e as Mônicas (sem falar nas menininhas pobres pelas quais a sociedade não se interessa) são apenas as colheitas daquilo que plantamos”. Citaremos mais um caso, para provarmos o quanto o rock é sanguinolento e quão poderosíssimo tem-se mostrado nas mãos de satanás. Em setembro de 1985, foi decretada a prisão na Califórnia, EUA, de Richar Ramirez. Conhecido como “caçador da noite”, ele é acusado de matar 16 pessoas e violentar 19 mulheres. O caso ganha destaque, porque todos os crimes de Ramirez estão ligados ao chamado rock pesado. A polícia norte-americana revelou ter encontrado nos locais dos crimes, estrelas de cinco pontas desenhadas nas paredes. Vasculhando a casa de uma das vítimas, os policiais encontraram o boné de beisebol do assassino, com as letras AC/DC, um dos mais populares conjuntos de rock dos Estados Unidos. O repórter de uma rede de comunicações da Califórnia estabeleceu um elo entre as barbáries praticadas por Ramirez com uma música da AC/DC conhecida como “Night Prowler” – “Vagabundo Noturno”, contendo em um de seus versos, esta tenebrosa mensagem: “Que barulho é esse do lado de fora de sua janela? Que sombra é essa na sua persiana? Enquanto você fica aí deitado como um cadáver na sepultura, numa morte aparente, eu penetro em seu quarto”.
O rock e as aberrações sexuais O aparecimento do rock foi acompanhado por uma permissividade (safadeza) sem precedentes. A juventude repudiou valores sacralizados pela família, adotando um comportamento libertino (devasso). O escândalo foi total. Elvis Presley, através de suas músicas frenéticas (loucas), interpretadas com uma irreverente e sensual expressão corporal, levou muitos jovens à prostituição. Era conhecido por causa de seus requebros e rebolados indecentes. Desde o seu aparecimento, vem o rock fazendo apologia do amor livre, da liberação sexual e de todas as aberrações sexuais. Visa a conspurcação (poluição) total do ser humano. Sua proposta, vêse claramente, não é apenas levar a juventude à prostituição, mas induzi-la à outras práticas vis e pervertidas: pedofilia, necrofilia, zoofilia, homossexualismo, etc. Paul Stanley, um dos integrantes do grupo Kiss, gaba-se de suas proezas eróticas: “Você sabe o que é que temos recebido ultimamente? Cartas de adolescentes de 16 e 17 anos, com fotos em que aparecem nuas. É surpreendente! É genial! Não há nada como saber que você está ajudando a juventude da América a se despir”. Os integrantes do Kiss abusam sexualmente de suas jovens fãs. Submetem-nas, inclusive, a atos de sadismo e perversidade. E, não poucas dessas pobres vítimas são quase crianças. Declara Gene Simon, destacado componente do Kiss: “Eu nunca pergunto a idade delas. Eu não tenho preconceito quanto a modelo ou forma… Eu acho que levo um tipo de vida bastante honroso”. Eles revelam, também, ter desenvolvido prazeres masoquistas e orgulham-se de ter mantido relações sexuais com mais de mil meninas. Tornaram-se tão bastardos, que um deles chegou a dizer: “Eu acho que sou um animal”. O rock, também, tem sido um dos maiores propagadores do homossexualismo, fazendo com que seus aficionados considerem o pecado de Sodoma e Gomorra algo natural e não um pecado nojento. Até o nome dos grupos são dedicados à homossexualidade, como é o caso, por exemplo, do Queen, apelido dos gays britânicos. O AC/DC é uma gíria norte-americana referente à bissexualidade. Elton John, conhecido por suas tendências e práticas homossexuais, incentiva o lesbianismo ao cantar: “Todas as meninas amam Alice…” .Pelo que depreendemos (percebemos) dessa música, o seu objetivo é levar as mulheres, desde a mais tenra idade, ao homossexualismo. Muitas cantoras de rock aparecem, não raro, vestidas de homens. Por causa de sua filosofia e amoral, o rock fez da perversão sexual uma plataforma. Afirmam alguns entendidos que pelo menos 70% dos intérpretes desse ritmo imundo e pervertido são homossexuais. As consequências desse propaganda têm-se mostrado fatais com a ocorrência de repetidos surtos de Aids. É a mão do Todo-poderoso pesando sobre os que obram iniquamente. A cantora Madonna gaba-se de ensinar as meninas a entrar no Figura 11: Elvis trocou a Bíblia pela cio, em virtude de seu modo lascivo (devasso) de interpretar suas guitarra. O que ganhou com isso? canções. Por causa disso, um grupo de donas-de-casa de Washington, intitulado Parents Music Resource Center, organizou uma campanha em favor da censura pro faixa etária para as letras de rock violentas e
sexualmente explícitas. Uma das integrantes da organização, Pam Howar, afirmou: “As jovens quando ouvem Madonna aprendem os segredos da prostituição”. O rock exalta, ainda, a necrofilia – desejo sexual mórbido por cadáver. Muitos roqueiros, através de macabras canções, declaram suas tendências a essa aberração. Os Rolling Stones, um dos maiores conjuntos de rock do mundo, tem um álbum intitulado “Necrofilia”, por intermédio do qual tem propalado essa hedionda prática. Nociva e perigosa, essa mensagem, além de incitar os jovens à necrofilia, leva-os ao homicídio, pois, só assim, conseguirão o objeto de sua tara – cadáveres. Alice Cooper, um dos maiores endemoniados intérpretes do rock, em “A Ala dos Mortos”, fala sobre um estranho romance entre ele e uma mulher morta. Led Zeppelim revela este intento: “Eu faço amor com os cadáveres antes que eles fiquem frios”. As aberrações vomitadas pelos conjuntos de rock não param por aí, vão mais além. Algumas canções e capas de disco fazem abertas referências à zoofilia – desejo sexual por animais. Eis a razão por que o sexo é praticado de forma tão antinatural como atualmente, transformando o mundo em uma grande e imensa Sodoma. À semelhança de Sodoma e Gomorra, os roqueiros não mais se satisfazem com necrofilia, zoofilia, homossexualismo, pedofilia, etc. Alguns, como Rod Stewart, manifestam o torpe e sacrílego desejo de praticar o sexo com os anjos. Diz a Bíblia ter o mesmo ocorrido em Sodoma: “Ao anoitecer vieram os dois anjos a Sodoma, a cuja entrada estava Ló assentado; este, quando os viu, levantou-se e, indo ao seu encontro, prostrou-se, rosto em terra. Instou-lhes muito, e foram e entraram em casa dele; deu-lhes um banquete, fez assar uns pães asmos, e eles comeram. Mas, antes que se deitassem, os homens daquela cidade cercaram a casa, os homens de Sodoma, assim os moços como os velhos, sim, todo o povo de todos os lados; e chamaram por Ló, e lhes disseram: Onde estão os homens que, à noitinha, entraram em tua casa? Traze-nos fora a nós para que abusemos deles” (Gênesis 19.1,4,5). De acordo com as Sagradas Escrituras, os sodomitas foram destruídos, fulminantemente, pelo Todo-poderoso (Gênesis 19.23-29). Homens como Rod Stewart – blasfemos. Impiedosos, inconsequentes – não vão ficar impunes. Afirma o apóstolo Paulo: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6.7). Desgraçadamente, com o advento do rock, o sexo foi massificado, não passando, hoje, de uma obsessão. Acertadamente escreve Billy Graham: “A maior parte dos jovens da atualidade tem alguma forma de obsessão sexual. Isso vem acontecendo em todas as gerações. Mas, atualmente, o problema é mais agudo que em qualquer outra época. Pessoalmente, duvido que vocês saibam em que extensão estão constrangidos, manobrados, tentados, explorados e corrompidos por interesses comerciais que defendem o sexualismo por causa de vantagens econômicas. Por onde quer que vocês vão, o sexo está presente. Fica sempre a impressão de que a prática da fornicação e do adultério é sem importância e aceitável. Poucos falam contra a imoralidade ou apresentam os perigos da promiscuidade. Cercados por tal mentalidade e ambiente, vocês, moços, têm de tomar sua própria decisão a respeito do seu comportamento sexual pessoal”. E essa decisão, acrescenta, precisa ser tomada ao lado de Cristo, com base nas Sagradas Escrituras, que condenam energicamente a fornicação.
Cuidado: o rock é o próprio culto do diabo! Os homens, antigamente, fabricavam seus ídolos com cinzéis, martelos e talhadeiras. Habilmente, trabalhavam a madeira, a pedra, a prata e o ouro. Depois, erguendo a fronte em aberto desafio ao Criador, curvavam-se, docilmente, ante às rudes e toscas imagens que eles mesmos haviam feito. Hoje, em pleno século XX, a idolatria continua a ser o pecado maior da humanidade. Não obstante o assombroso avanço da ciência e da quebra de inumeráveis tabus, milhões e milhões de homens continuam a adorar a criatura ao invés do Criador. Os ídolos hodiernos não mais são cinzelados, martelados ou talhados. Também, não são de madeira, apesar de inflamáveis; nem de pedra, apesar de indiferentes; nem de ferro, apesar de contundentes (esmagadores); nem de prata, apesar de argênteos (brilhantes) e aparentemente inatingíveis; e, nem de ouro, apesar de reluzirem. Os ídolos desta geração são fabricados pelos veículos de comunicação de massa. O rádio amplialhe a voz; a televisão circunda-os de uma fictícia e diabólica aura; os discos e fitas magnéticas perenizam-lhes (imortalizam-lhe) as torpes (infames) mensagens. Porém, quando começam a declinar, suas esmaecidas imagens só hão de sobreviver nos sepulcrais videotapes, pois já estarão apagadas das mentes de seus adoradores. Ultimamente, com o incremento dos meios de comunicação, nunca tantos ídolos foram produzidos em tão pouco tempo; nunca tantos pobres mortais foram transformados tão depressa em deuses e semideuses. Os artífices de nosso século ergueram em tempo recorde um Olimpo de futilidades e ilusões embasado na descrença de milhões e na indiferença de muitos que professam o Nome santo do Senhor Jesus e nada fazem para estancar essa represa de lama e veleidades (vaidades) que ameaça encobrir o que ainda resta de humano na tão sofrida humanidade.
O endeusamento dos intérpretes do rock Os ídolos do rock são enaltecidos (engrandecidos) e de tal forma adorados, que alguns deles acreditam ser superiores ao próprio Deus. Em seus corações divagam: “Eu sou Deus, sobre a cadeira de Deus me assento no meio dos mares…” (Ezequiel 28.2). Outros julgam-se superiores ao Messias. Haja vista, por exemplo, o que disse John Lennon, um dos integrantes dos Beatles: “Sou mais popular do que Cristo”. No entanto, antes mesmo de morrer, o desvairado moço de Liverpool nada mais era do que um inexpressivo reflexo de um passado de glórias vãs e vaidades. E, finalmente, é derrubado de seu amarelecido nicho por um tresloucado adorador. E o que dizer de Elvis Presley, que desapareceu oprimido por um passado cheio de amargas ilusões, por um presente de vacilações e por uma eternidade de incertezas. No início dos anos 70, estourou nos Estados Unidos o fenômeno Michael Jackson. Embevecido com o sucesso desse cantor negro de Indiana, o jornalista Pepe Escobar escreveu: “Jesus Cristo vivia apático. De vez em quando alugava ‘Guerra nas Estrelas’ no videoclube Olímpia. Um dia, teve uma idéia brilhante: ‘Vou voltar pra Terra. Vou me encarnar em um garoto do povo e botar todo mundo pra dançar. Talvez, assim, eles me entendam. Além disso, lá embaixo o negócio está fervendo’”. Prossegue o inescrupuloso (desonrado) cronista que Jesus resolveu encarnar-se em Michael Jackson. Afirma, ainda, Pepe Escobar: “JC era um mito outra vez. JC/Michael virou o Little Big Brother do planeta Terra, em todas as telas, em todas as ruas, com milhões de clones encantados o adorando e imitando em todas as partes do planeta.
Os que idealizaram e materializaram o mito Michael Jackson, em outras palavras, afirmaram: “Este rapaz pode substituir perfeitamente a Jesus Cristo”. Mas, o principal objetivo do rock não é, simplesmente, a adoração de seus intérpretes, mas o endeusamento, puro e simples, de satanás, conforme veremos a seguir.
O rock e a adoração ao Diabo Não resta dúvida de que o rock faz parte da liturgia do culto ao demônio. Mesmo em suas mais inocentes canções, defrontamo-nos com frases em louvor ao príncipe deste mundo, quer em backward masking, quer em sentido normal, sem o uso do retrocesso. E, mesmo que você não seja adorador de satanás, ao ouvir o rock, inconscientemente, estará rendendo homenagens ao inimigo número um da raça humana. Portanto, não há apreciadores de rock, há adoradores do diabo. Verdadeiros hinos de louvor a satanás são entoados por meio do rock. Tanto o ritmo como a letra desse bizarro estilo musical lembram as profundezas do inferno. Mesmo as mais inocentes canções de rock não estão imunes às influências satânicas. Satanás, como príncipe deste mundo, quer ser adorado, exige adoração. Mesmo caído, está a dizer constantemente: “Sou deus; sou maior que Deus; o único digno de todo o louvor e adoração”. E, assim, vai arrancando da alma de seus adoradores todo o louvor, toda a admiração. Ray Hughes, escreve: “satanás, usando dos artifícios do rock, tem pervertido a milhões de almas colocando-as em transe, contaminando a milhares de jovens com sons sensuais e alucinantes, tidos como inofensivos e que têm sido até mesmo trazidos para dentro das igrejas cristãs. A Bíblia é clara quando diz em Deuteronômio 18, versículo 10 em diante, que os adivinhadores, prognosticadores, agoureiros, feiticeiros, encantadores, necromantes, mágicos e quem consulta os mortos, são abomináveis perante o Senhor. E é exatamente isto que está sendo Figura 12: Vidas jovens consumidas pelas praticado por estes grupos de rock, tanto em seus drogas concertos como em suas vidas diárias. Sem contar com a vida irregular que eles levam, cometendo todo o tipo de promiscuidades, uso de drogas e até mesmo pactos feitos diretamente com satanás, para obterem fortuna, foma, sucesso e poder”. Os conjuntos e cantores de rock adotam símbolos, invocações e consagrações malignas. Em suma, transformaram o rock em uma religião, com liturgia, símbolo, sacerdotes, sacrifícios, etc. Uma das simbologias mais usadas por eles é o pentagrama – estrela de cinco pontas de cabeça para baixo, estampada na igreja de satanás. E diz a Bíblia que o diabo era chamado de “estrela da manhã” (Isaías 14.12). Outro símbolo muito usado pelos roqueiros é o da paz, introduzido pelos hippies. Trata-se, na verdade, de uma cruz de cabeça para baixo, com os braços quebrados, dando idéia de um tridente, ou, ainda, da inutilidade do sacrifício vicário na cruz do calvário. Informa, também, Ray Hughes, que um homem chamado Alister Crowley, um dos maiores evangelistas de satanás e ligado ao rock, é conhecido, por causa de sua perversidade, como a besta –
666. Crowley é o autor do livro “As sombras da bíblia satânica”. Neste livro, acrescenta Hughes, ele encoraja as pessoas a falar, ler, escrever, andar e cantar de trás para frente, fazendo tudo ao contrário do modo natural, como uma zombaria à criação ordenada de Deus. Um dos mais destacados sacerdotes da religião rock é Ozzy Osbourne – a própria encarnação do demônio. Diz a revista Rock in Rio, editada em janeiro de 1985, que quando ele assume o palco é saldado pelos fãs como o próprio demônio. Acrescenta a publicação: “não é de hoje que Ozzy Osbourne é uma figura cultuada e ligada a ritos satânicos. Ele próprio foi fundador e vocalista da banda que era literalmente um rito satânico: Black Sabbath, grupo expoente desse tipo de rock e que surgiu com a corda toda, arrebanhando milhares de jovens almas por todo o planeta. Apesar do Black Sabbath ser um supergrupo de rock, grande parte do prestígio da banda devia-se à figura de Ozzy, que, com sua voz terrorífica, dava corpo às letras e sempre bolava os visuais que fizeram a marca registrada da banda. Após um longo períoda comandando o Black Sabbath, Ozzy deixou o grupo em 1979. Sua saída deu-se de forma dramática e com muita briga, mas ele não quis voltar atrás”. A mesma publicação confirma que Ozzy Osbourne, de fato, degola diversos animais no palco: “Hoje ele conseguiu o que queria. É o centro das atrações e o que leva toda a fama. Da mesma maneira como é visado pelo FBI, pela polícia e por várias ligas religiosas que acham que durante seus shows o demônio é invocado mesmo, animais são sacrificados e mocinhas são violentadas”. Complementa a matéria: “… que Ozzy gosta de dar mordidinhas em morcego, gosta. Por causa disso, certa vez, quase contraiu raiva e teve que tomar um bocado de injeções na sua bem estofada e branquíssima barriga”. Sentindo-se completamente tomado pelo diabo, declarou Ozzy Osbourne: “Eu não sei se eu sou um médium por força externa. Seja o que for, eu espero que não seja o que penso – satanás”. Como se vê, mesmo os especialistas seculares, consideram o rock um ritmo eivado (contaminado) de satanismo. Não se trata, pois, de um mero estilo musical, mas de uma liturgia (culto) usado por satanás, para roubar a alma dos jovens deste tão sofrido século. Afirmou o pastor Gary Greenwald estar o diabo roubando a alma dos jovens através do rock. Cumprese, assim, infelizmente, a profecia satânica proferida no Canadá. Desde o seu aparecimento até hoje, tem o Figura 13: Olhos arregalados, apreensivos e rock destruído milhões de vidas em todo o mundo, assustados. O que os espera no futuro? quer pelas drogas quer pela permissividade, quer pela violência que incita, quer pelos rituais satânicos que inspira. Esse alucinante ritmo conseguiu alienar milhões de jovens e preciosas vidas, transformando-as em meros fantoches de satanás e de um mundo consumista e sem alma. Os vários festivais de rock promovidos até o presente só têm aumentado a multidão de servos e adoradores do diabo que, aliás, sempre foi reverenciado por meio de músicos tresloucados (loucos). O rei de Babilônia, Nabucodonozor, por exemplo, após erguer uma monstruosa estátua de ouro, ordenou fosse ela adorada ao som da trombeta, do pífaro, da harpa, da cítara, do saltério, da gaita de
foles, e de toda a sorte de instrumentos. E, o seu mandamento era claro: “Qualquer que se não prostrar e não adorar, será no mesmo instante lançado na fornalha de fogo ardente” (Daniel 3.6). Registra o profeta Daniel: “… quando todos os povos ouviram o som da trombeta, do pífaro, da harpa, da cítara, do saltério, e de toda a sorte de música, se prostraram os povos, nações e homens de todas as línguas, e adoraram a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor havia levantado” (Daniel 3.7). Não resta dúvida de que todos os que se curvam ante aquela estátua comprometeram-se com o diabo. Como diz o texto bíblico, todos (exceto Mesaque, Sadraque e Abedenego) adoraram a abominação erguida pelo prepotente monarca babilônico. Hoje, desgraçadamente, repete-se a mesma história. Ao som das estridentes guitarras e dos horripilantes sintetizadores, o demônio obriga, força os jovens a se dobrarem ante os ídolos erguidos e, também, derrubados por ele. E, docilmente, nossos jovens, não percebendo o grande risco que correm curvam-se ante satanás, rendem-lhe os mais pomposos cultos. Os jovens que ousam não se curvar ante os ídolos da presente Babilônia, são postos de lado, e até mesmo, jogados na fornalha do preconceito e da perseguição. Entretanto, Jesus os guardará de todo o mal, em todo o transe. Conosco estará nos momentos mais difíceis, mais agudos.
O satanismo na música popular brasileiras (Gilberto Moreira) O retrocesso oculto e o misticismo na música brasileira O problema da música invertido não é exclusividade dos conjuntos e intérpretes internacionais. As músicas nacionais estão de igual modo no caminho da técnica mântrica e, o que é pior, em sincronia com credos afro-brasileiros e europeus como por exemplo, a Umbanda e o espiritismo, que, por seu turno, se mesclam a outras religiões. Muitas músicas brasileiras, de todos os matizes (tonalidades) e gêneros – desde as dirigidas às crianças até as românticas e as de heavy metal (metal pesado) –, apresentam mensagens ocultas à percepção imediata, mas ativas no inconsciente. Mensagens como “satanás vive, satanás vive…”; “membro do diabo”; “porque já morremos”; “esse diabo vai chamar de novo os da direita”; “Sujo Jeová”; “essa legião inimiga”; “satanás, diabo, rei, senhor, irmão”; “Se ajoelhe a exu”, e inúmeras outras de teor semelhante ou mais carregado, incluídas em discos, estão entrando nos lares, nos clubes, nas instituições culturais e de ensino, e até mesmo em algumas igrejas. Essas mensagens, sopradas pelo diabo, esgueirando-se por entre os fonemas, chegam até a mente, produzindo aí o seu efeito funesto (mortal). Sendo transmitidas de maneira inversa, a mente não percebe e, consequentemente, não as filtra, descendo elas ao inconsciente, de modo a levar o ser humano a práticas reprováveis, bárbaras e pecaminosas, em detrimento ao seu corpo e do corpo social no qual se integra.
Ratificando (confirmando) nossa apreciação, passamos a citar parte do estudo sobre o tema em questão, feito pelo já citado Ray Hughes, intitulado Hell’s Bell (Sinos do Inferno), e traduzido por Marcelo Machado: “O que está acontecendo através da música, pelo sistemas da ‘máscara ao contrário’, trata-se de uma técnica de comunicação proibida no Brasil e em várias partes do mundo, conhecida como ‘mensagem subliminar’. Uma técnica que vai diretamente ao inconsciente das pessoas, sem que elas percebam, criando desejos e necessidades incontroláveis, impelindo-as a agirem movidas por uma força que elas não compreendem exatamente de onde vem. “Essa técnica causa estragos profundos no inconsciente, além de, no caso de ocultismo do rock, veicular mensagens espirituais que falam diretamente ao espírito de cada um. Muitos psicólogos creem que a mente pode, na realidade, absorver estas mensagens escondidas mesmo que, conscientemente, não as esteja percebendo. “Cabe agora, a cada um de nós, constatar que tipo de música estamos ouvindo e cantando em nossos lares. Talvez, sem perceber, estejamos sendo expostos a um tipo de ‘lavagem cerebral demoníaca’ que nos tem deixado atribulados ou influenciado diretamente as nossas atitudes. Para nós, cristãos, todos os discos que não se enquadram em Filipenses 4.8 deve ser destruído [tudo o que for verdadeiro, tudo o que for honesto, tudo o que for justo, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, nisso pensai (Fp 4.8)]. Devemos tomar cuidado, até mesmo com algumas músicas evangélicas que, na realidade, não contém uma mensagem muito definida de louvor a Deus. “Muitos conjuntos musicais cristãos, estão, sinceramente, tentando usar um meio familiar para difundir o Evangelho, mas o efeito é o mesmo que escrever ‘Jesus te ama’ na parede de um banheiro imundo. A intenção pode ser a melhor possível, mas o meio não comporta a mensagem. Devemos esclarecer a todos sobre esse perigo que nos atinge através do rádio, da televisão e mesmo através dos discos que costumamos ouvir. Cabe-nos levar este alerta a todos, principalmente aos jovens que estão constantemente expostos a este perigoso artifício demoníaco, que pode perfeitamente ser uma das grandes causas da crise moral que assola nossa juventude” É inquestionável que a música mundana em língua nacional acha-se empesteada de mensagens satânicas e, seguindo-se o princípio hindu da inversão de fonemas, estas são sutilmente comunicadas aos incautos (ingênuos) e desguarnecidos (desprevenidos). Essas mensagens chegam aos lares brasileiros, sem pedir licença, através de um sem número de meios, como a televisão, o rádio, os clubes, shows, discos, fitas, etc. No Brasil, um dos que se têm dedicado ao estudo dos problemas que envolvem a música é Wagner Gonçalves, técnico em eletrônica, da Igreja Presbiteriana Ebenézer, em Campinas, e coordenador do Grupo Ecco. Conforme ele afirma, as letras das músicas brasileiras são portadoras de pesado ocultismo. Existem termos peculiares e característicos do fetichismo (adoração de fetiches, objetos enfeitiçados) que são pronunciados nas músicas nacionais, percebidos sem a necessidade de se inverter a rotação do aparelho. Na Umbanda e noutras práticas demoníacas de igual teor, o termo “cavalo”, por exemplo, conota (significa) aquele que incorpora o “espírito”, ou seja, o médium. Aquele que se dispõe a recepcionar guias e vibrações no terreiro, é chamado “aparelho”, e a este, o exu denomina “burro”. O nome dado familiarmente aos exus, é “compadre”. E a palavra “Aruanda” simboliza o Céu – a cidade do Rio Azul –, sendo que, neste lugar é onde vivem os mentores e guias da Umbanda. Daí por diante
muitos outros termos semelhantes aparecem inseridos nas letras das músicas que constituem o repertório de não pouca parcela de artistas do som e da voz de nossa sociedade.
Figura 14: "Stress", intérpretes da música "Sodoma e Gomorra"
O misticismo que envolve a música brasileira se reflete até no folclore, que em não raras ocasiões acoberta crenças perigosas. A cantiga da roda “Escravos de Jó”, diz assim: “Escravos de Jó jogavam cachangá; tira, põe, deixa ficar…”. Note-se que o termo “escravos” por si só já deixa entrever a realidade de quem serve a satanás. Jó, que esteve coberto de chagas, no caso representa Omulu, o “deus” da varíola e dos cemitérios (é também chamado o S. Francisco das Chagas, dos católicos). Por outro lado, “cachangá” simboliza o próprio diabo e “quem brinca com fogo, se queima”.
A transmissão de mensagens é possível através da música cantada – no sentido normal ou inverso –, e também através da música tocada. O som tem a propriedade de poder transmitir as mais variadas gamas de emoções. As músicas mundanas em geral (as que não são adotadas nas igrejas evangélicas), e não só o rock, estão envolvidas com algum tipo de misticismo. Enquanto muitos crentes estão permitindo a entrada dessas músicas nos seus lares, o inimigo afoitamente (ousadamente) trabalha no sentido de brocar (furar) a estrutura familiar, e de modo mais abrangente, a estrutura da sociedade humana. A porcentagem de umbandistas na população brasileira já é considerável. Muitos que se dizem católicos o são apenas nominalmente. São milhões os que, na Terra de Vera Cruz, rendem culto aos orixás, preto-velhos e caboclos. Tal fato evidencia-se, por exemplo, nas músicas de Clara Nunes, que não faz muito tempo, após diversos dias em coma devido a uma simples operação, foi tragada pelo inimigo, morrendo “sem Deus, sem paz e sem salvação”. “Algumas semanas antes de morrer, Clara Nunes ouviu o testemunho de Marina [Marina Miranda, conhecida no meio artístico como ‘negra Brechó’ e ‘ô crioula difícil’], e confessou que se sentia muito confusa, e estava inclusive pensando em sair da macumba, pois a ‘obrigação’ que os macumbeiros exigiram que ela fizesse custaria três bilhões de cruzeiros. Para conseguir esse dinheiro, ela teria que vender o próprio teatro. Não saíra da macumba porque eles a haviam ameaçado de morte. Mas prometeu que quando voltasse da Europa, iria a um culto dirigido por Helena [Helena Brandão, ex-atriz Darlene Glória]. Algumas semanas depois, a cantora internou-se em uma clínica para fazer a operação, que resultou em sua morte. ‘Ela foi arrebatada por satanás’, disse Marina. ‘Quando eu soube que ela estava em coma, fui à clínica em companhia da irmã Nilce, da Assembléia de Deus de Madureira. Aquele lugar estava cheio de macumbeiros. A irmã Nilce foi a única que deixaram entrar e se aproximar do quarto da doente. Ela conta que viu demônios em cada lado da cama. Clara ainda estava viva, mas os demônios ao redor dela não davam chance a ninguém’” 1 Essa cantora interpretou músicas tais como: Anjo Moreno, Tributo aos Orixás, Ilu Aye, Puxada de Rede do Xaréu, Misticismo da África ao Brasil, Aruandê… Aruandá, e outras mais, 1
MENSAGEIRO DA PAZ, junho de 1985, p.16
demonstrando, de modo insofismável (indiscutível), o seu profundo envolvimento com cultos demoníacos, que hodiernamente surgem com a capa de “cultura afro-brasileira”. Em inúmeros discos brasileiros percebe-se na capa, sinais que envolvem simbologias místicas como a estrela de cinco pontas, a meia-lua, um raio, além de outros. “O símbolo desempenha um papel preponderante na Umbanda. É através de seu simbolismo que grande parte dos conhecimentos nela se concentra”2 Os autores dessa declaração apresentam o significado de alguns dos símbolos mais comumente empregados, dentre os quais, passamos a citar alguns: O círculo, quando com um ponto no centro, significa o emblema do “princípio”; a circunferência representa o mundo. É muito utilizado na feitura dos “pontos riscados” – sinais feitos no chão para chamar ou para fazer subir os “santos” de preferência dos guias –, limitando-os e demarcando a área de ação dos médiuns A lua possui várias significações. Nas suas quatro fases, simboliza o conhecimento indireto, discursivo, progressivo e frio. “Presta-se também aos maléficos desígnios das noites de plenilúnios” (lua cheia). A flecha e o arco são símbolos do orixá Oxosse – Deus da caça, rei e senhor da floresta, de onde afasta os mistérios. O arco representa a vontade; a flecha o sentido de direção. A estrela de cinco pontas ou pentagrama é o símbolo do espírito. Na Umbanda geralmente aparece na multiplicidade; dificilmente só. Representa o exercício espiritual em luta contra as “trevas”. A Umbanda apresenta sete tendências ou raios, “regentes na vida objetiva”, derivados do tríplice aspecto de Olorum, o “um”. Cada um desses raios tem uma certa significação e um orixá-mor, que são, respectivamente do primeiro ao sétimo raio, Iemanjá, Ogum, Oxum, Xangô, Oxosse, Omulu e Oxalá. Símbolos como esses, na maioria das vezes ocultos ao observador leigo, superlotam o universo musical e cultural brasileiro. Alceu Valença, no disco “Anjo Avesso”, aparece na capa com uma vestimenta sacerdotal de Umbanda, tendo no peito a meia-lua e, no braço, a estrela de cinco pontas, em sinal de consagração. Uma das músicas contidas nesse disco é intitulada “Anunciação” – o próprio nome tem em si um sentido místico, pois anunciação, na Bíblia, foi o aviso do nascimento de Jesus, feito pelo anjo Gabriel a Maria. Pergunta-se então: Que quer dizer tal termo no sentido em que foi empregado na música? Seria o anúncio do advento do anticristo, ou da vinda de demônios para possuir os corpos dos homens? A letra da música diz: “Na bruma leve das paixões que vêm de dentro/ Tu vens chegando pra brincar no meu quintal/ No teu cavalo peito nu cabelo ao vento/ E o sol quarando nossas roupas no varal/ Tu vens Tu vens/ Eu já escuto os teus sinais…” . No encarte interno que traz as letras das músicas, há a seguinte dedicatória, da faixa “Anunciação”, cujo autor é o próprio Alceu Valença: “A Walter Queiroz ‘Seguindo o Mantra’”. Seguir o mantra é se utilizar do backward masking, para veicular mensagens ocultas. Quando essa faixa é tocada no sentido inverso, mensagens até então imperceptíveis são ouvidas em alto e bom som, as quais, fortemente 2
Cysneiros, Israel/Umulubá – Umbanda, poder e magia – Pallas, Rio de Janeiro, 1983, p.29
carregadas de insinuações profanas, heréticas e rebeldes, só fazem induzir o indivíduo à aniquilação sua e de seus semelhantes. “Anunciação” é, toda ela, tocada em ritmo de macumba, com o acompanhamento musical característico desse culto. Desde o seu início até o final é bem evidente a presença de um forte conteúdo transcendente. Quando se afirma que “tu vens chegando”, entende-se que o diabo está descendo no “terreiro”, por seu turno representado por “quintal”. A finalidade da vinda desse ente é para brincar; fato que se relaciona a um tipo específico de demônio – os espíritos de crianças ou erês – que, quando se manifesta, torna os adultos como infantes, querendo brincar de carrinho; chupar bala e fazer outras coisas do gênero. Mesmo músicas de aparente neutralidade, como as de Roberto Carlos, também trazem consigo mensagens estranhas, não só no sentido normal, como no inverso. A música “Jesus Cristo eu estou aqui” apresenta alguém discursando em primeira pessoa do singular, só que esse alguém não é o cantor e nem tampouco o compositor. Isto porque além de querer mostrar proeminência (o deus deste século, 2 Coríntios 4.4), como bem Figura 15: No palco, os atesta o uso da expressão (já citada) que inicia a faixa, ele não está na roqueiros se apresentam Terra – “… Olho par Terra e vejo…” . Se é possível a alguém vislumbrar exoticamente o planeta como um todo, há de se convir que ele não pode estar nesse planeta; tem de estar fora do mesmo – nas regiões celestiais (o príncipe das potestades do ar, Efésios 2.6;6.12). Há ainda, na letra da música, a afirmação de que o tal “Vê uma multidão que vai caminhando”, porém se deduz que não para o Céu. Parafraseando, é como se o diabo estivesse dizendo: “Olha Jesus, eu estou aqui, e aqui o senhor sou eu. Olhando daqui para a Terra, vejo uma multidão que caminha a passos largos para o inferno; são meus ‘cavalos’”. Na música “Guerra dos Meninos”, desse mesmo cantor, há uma parte que diz assim: “… sem que eu abrisse ele entrou…”. De fato, “o que não entra pela porta é ladrão e salteador” (João 10.1). O inimigo não pede licença a ninguém. Ele, quando quer entrar, em geral arromba a porta. Quão diferente é Jesus: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo” (Apocalipse 3.20). Raul Seixas, em música sobre o rock, diz: “O diabo é o pai do rock, o diabo é o pai do rock; foi ele mesmo que me deu os toque. Enquanto Freud explica, o diabo dá os toque”, numa assertiva clara ao envolvimento das músicas populares com o diabo. Inclusive há no texto indicado, erro na concordância numérica, ou seja, o artigo vem no plural – OS –, e o substantivo no singular – TOQUE –, o que revela a existência de termos fixos, carregados de simbologia ocultista. Analisando a vida desse representante do rock no Brasil, vê-se que sempre esteve envolvido com assuntos metafísicos (espirituais). Foi um fascinado por livros de astronomia, sobre o universo e, devido seu pai sempre ter tido gosto por mistérios e coisas estranhas, viu-se, também, introduzido “neste mundo estranho, de tudo que é inexplicável na face da terra, debaixo do mar, no céu…”3 “Empolgado com a recém-descoberta teoria de Freud, Raulzinho parava os shows no meio para dissertar sobre id, ego, superego (…) ‘Era tão incrível eu falar de ego e superego pros caras de
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Bahiana, Ana Maria – Nada será como antes (MPB nos anos 70) – Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 1980, pp. 84,85.
cachoeiro do chacunchicum do tcheco, tcheco, que não entendiam nada, absolutamente nada. Mas eu curtia’”4 Raul assistiu ao filme “O prisioneiro do rock” nada menos que 28 vezes. “O filme começava às 2 horas, às 9 e meia eu já estava lá. Eu e os fanáticos” 5. Ao “A hard day’s night”, Raul assistiu cerca de 11 vezes. Foi com os Beatles que ele percebeu que o rock podia ser usado como veículo. “E eu nunca tinha sacado isso antes. Eu usava o rock como revolta, uma revolta irracional. Mas os Beatles canalizaram a coisa, eles mostraram o outro lado de tudo. Me disseram: vai, entre na máquina, entre na ratoeira, vá lá e faça, curta” 6. “Eu completei com os Beatles a canalização das minhas idéias dentro da música. Utilizando todo o meu background [conhecimentos básicos] musical e soltando, aprendendo, jogando minhas idéias. Influenciado por eles eu comecei a compor…” 7. Em certa ocasião, depois de assistir com uma turma de iguais ao filme “Rock around the clock”, intitulado em português “No balanço das horas”, Raul e os demais fizeram um estrago total no cinema. “… eu me lembro, foi uma loucura pra mim. A gente quebrou o cinema todo, era uma coisa mais livre, era minha porta de saída, era minha vez de falar, de subir num banquinho e dizer eu estou aqui. Eu senti que ia ser uma revolução incrível. Na época eu pensava que os jovens iam conquistar o mundo…” 8. Muito do comportamento de Raul e dos jovens de sua época eram influenciados pelos filmes de rock: “A gente procurava briga na rua, quebrava vidraça e roubava bugingangas nas lojas, como nos filmes. Eu não gostava muito daquilo, mas como o rock estava ligado a uma maneira de ser (ou pelo menos eu pensava), eu ia na onda”9. O próprio Raul afirmou que Elvis Presley era “um maníaco sexual, cabelo cheio de brilhantina. As músicas dele eram pornográficas, sabe?” 10, e, para ratificar o que disse, enumerou alguns exemplos de títulos, com “One night with you” e “Baby let’s play house” que significam, respectivamente, “Uma noite com você” e “Vamos brincar de papai e mamãe (brincar de casado)”. “Porque rock é uma coisa primitiva, musicalmente, uma batida selvagem. É pá-cum, pá-pá, caixa e pedal, só caixa e pedal, pá-cum-pá-cum, aquela repetição vei me levando ao êxtase. É como o gospel. O rock vem do gospel. Quando eu estive lá numa igreja em Memphis, eu quase recebi… como eles dizem… um santo… the spirit on me. Fiquei louco com aquela coisa insistente sem modulação (sem mudança de tonalidade), que vai entrando em seu sangue devagarinho… pá-cumpá-cum… o pessoal batendo palma… aquele ritmo no contrabaixo, 4/4… dum-dum-dum-dum-dumdum-dum-dum… e pá-cum pá-cum… é isso que eu gosto, que eu curto”11. Essa declaração de Raul Seixa, só vem confirmar a profecia que se fez no Canadá, quando os demônios que foram expulsos de uma mulher, os “imitadores do Espírito Santo”, prometeram invadir o mundo com uma nova arma, posteriormente identificada como rock. Gospel, traduzido, significa Evangelho, as Boas Novas de Salvação. É o diabo imitando as coisas de Deus para confundir os homens. Parte-se do pressuposto de que o Evangelho com suas práticas 4
Bahiana, Ana Maria – Nada será como antes (MPB nos anos 70) – Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 1980, p. 89. 5 Idem, p. 88 6 Idem, p. 90 7 Idem, p. 91 8 Idem, p. 85 9 Idem, p. 87 10 Idem, p. 88 11 Idem, p. 95
leva ao êxtase – o que não é verdade. O rock faz isso! Mas o Evangelho não. O rock leva mesmo à loucura. O Evangelho, pelo contrário, aponta para o Logos (razão) divino – Jesus Cristo. Na igreja que visitou nos Estados Unidos, Raul, segundo suas declarações, “quase” ficou possesso. Debaixo dos ritmos tribais, ele foi recebendo o espírito sobre ele – “the spirit on me”. Isso não nos deixa dúvidas acerca do envolvimento de enorme parcela de músicos brasileiros com o satanismo. São, eles próprios, prisioneiros do “pai do rock”, e por satã coagidos a arrebanhar novos escravos que, como eles, findarão no “lago de fogo”. As músicas dirigidas às crianças e adolescentes, como por exemplo as do Balão Mágico e do Menudo, não fogem à influência ocultista. Através do retrocesso oculto as crianças são bombardeadas violentamente por insinuações ao aniquilamento, à depressão, à rebeldia, etc. Muitos pais, as vezes até mesmo crentes, que permitem que seus filhos ouçam tais composições, não têm conhecimento da técnica nem dos malefícios que dela advém. Há o testemunhos de um pai, em São Paulo, que, percebendo em seu filho inquietude, perturbação, desobediência, rebeldia e outras coisas, resolveu cortar as horas gastas pelo menino em frente a televisão, assistindo a programas infantis. O resultado foi que o menino passou a se comportar de maneira diametralmente oposta, tornando-se respeitoso aos pais, reverente na igreja e temente a Deus. Um fato de indiscutível evidência para o nosso argumento é que quase todos os artistas do rock são baianos. Podemos citar, por exemplo, Raul Seixas, Pepeu Gomes, Moraes Moreira e Gilberto Gil que, através da música, contribuem para que o satanismo se alastre no país. A influência que o candomblé tem na Bahia não encontra paralelo em nenhum outro Estado do Brasil, o que nos permite, sem medo de inconsequências, cognominar essa unidade da Federação de “antro nacional da feitiçaria”. Seria muita coincidência que os expoentes contemporâneos da MPB pertencessem todos à mesma região, se não fosse o fato, inconteste para nós, de que o dedo de satã está por trás disso tudo.
Divisão e história da música no Brasileira Os basilares da formação étnica e cultural brasileira são basicamente três, a saber: ameríndios, portugueses e negros. Destes resultou o que hoje é a música nacional, com seus rituais, suas danças e seus simbolismos. “A música brasileira constitui um processo histórico que se desenrola do descobrimento até hoje, como espelho fiel da formação nacional (…) As expressões populares, nascidas de confluências [junções] étnicas vieram tornar o folclore musical brasileiro um dos mais ricos e diversificados do continente sul-americano (…) A formação musical do Brasil é, assim, um caso particular dentro da formação musical americana, em que entram uma população indígena, um ou mais povos colonizadores e, durante certo período, larga parcela de um povo escravizado” 12. Segundo a musicóloga Oneida Alvarenga, os processos de criação que determina as manifestações musicais no Brasil, permitem dividi-las em sete categorias, que são: danças dramáticas, danças não-dramáticas, cantos de trabalho (incluindo os cantos de cegos e acalantos), jogos (incluindo danças infantis), cantos puros, música popular urbana e música religiosa. 12 Enciclopédia Mirador, p. 1641
Vamos analisar genericamente cada uma dessas divisões, sem nos deter, no entanto, na exame dos tipos que cada uma abarca, dada a exiguidade (limitação) de nosso trabalho. Danças dramáticas. São assim denominadas devido apresentarem uma parte representada e seguirem temas específicos. Atualmente só alguns gêneros persistem; muitos foram se perdendo com o tempo. Inúmeros desses rituais musicais coincidem com datas de comemorações católicas, o que, de certo modo, denuncia o forte ecletismo (diversidade) presente na cultura nacional. Entre essas danças estão o bumba-meu-boi, o reisado, o maracatu, o pastoril, a congada, o maculelê, o rancho, a taeira, os caboclinhos e outras mais, de reminiscências (lembranças) ameríndias. De modo geral se caracterizam por uma parte fixa, dramatizada, e outra dançada. Danças não-dramáticas. São aquelas que não têm elementos de representação. Elas seguem dois tipos de formação: em roda ou em fileiras. As danças em roda, quando sem solista no centro, são de inspiração européia. Já as outras, com figura no meio, são de origem africana e se dividem em dois grupos: as do tipo batuque ou samba e as do tipo lundu. Aliam-se ao primeiro grupo o jongo, o coco e o carimbó, além do batuque e do samba propriamente ditos. No segundo grupo, além do lundu, estão o baião, a chula, a tirana e o xaxado. Entre as danças de roda, acham-se o fandango e a cana-verde, e, entre as danças em fileiras opostas, o cateretê, o recortado, a mana-chica, a chimarrita e a chiba. Cantos de trabalho. Outra divisão da música nacional é a que se relaciona ao trabalho cotidiano do povo, como por exemplo os aboios, além de muitos outros cantos que hoje estão mortos. Entre os aboios, estão os aboios-de-roça e os aboios-de-gado. Os primeiros são praticados em dueto nos trabalhos de mutirão do nordeste: quem puxa o canto é o “tirador” e quem responde é o “respondente”. O aboio-de-gado é entoado pelos vaqueiros com a finalidade de orientar o gado nas estradas. São lentos e improvisados, livres de uma medida determinada. Jogos. Os jogos constituem-se em outra espécie de música, sendo que, as infantis, em quase sua totalidade se reproduzem a danças de roda, de origem européia na sua maior parte. Entre os jogos coreográficos adultos destacam-se a capoeira, que passamos a comentar.
Capoeira Com raízes que remontam dos primórdios da história brasileira, a capoeira resultou de inconformismo de um povo que, bruscamente arrebatado de sua terra natal, viu-se obrigado a sofrer e suar no trabalho forçado dos engenhos e fazendas coloniais. Acompanhando a história nacional, oprimidos ou marginalizados, os negros, com suas tradições e convicções, viram na capoeira não só uma forma de combater seus opressores como também de se firmar como povo, como gente, como ser humano. Mesclaram-se, para tanto, elementos africanos, em maior escala, com ameríndios e, da imitação dos animais (o pulo do gato, a rabanada do jacaré, etc.) surgiu um estilo especial de jogar com o corpo, que envolve praticamente três manifestações: música, dança e luta.
“Regidos pelo som do berimbau, acompanhado pelo atabaque, pandeiro, agogô, reco-reco, afouxê e dos cantos e ladainhas que exaltavam a sua terra natal, os negros falavam dos seus sofrimentos, reviviam Zumbi ou pediam proteção das forças sobrenaturais” 13. As danças da capoeira encobriam, de certo modo, o seu aspecto combativo, ou seja, a dança acobertava a luta, principalmente no período da escravidão. Posteriormente o caráter de luta passou a dominar com mais frequência, dando os seus adeptos as maiores dores de cabeça à polícia da época de transição do Império para a República. Com a atenuação das divergências com as autoridades, a capoeira chegou à época das academias, conquistando o reconhecimento do povo e dos governantes e sociabilizando-se como manifestação cultural. De certo modo, com a sistematização da capoeira, mormente (principalmente) a partir da gestão de Getúlio Vargas, a mesma de desvirtuou um pouco, pois que perdeu muitos de seus traços originais.
Figura 16: Jimi Hendrix, uma vida destruída pelas drogas
Não obstante seu caráter esportivo e cultural, a capoeira constitui-se quase que numa religião, devido a seus rituais, suas crenças e tradições. O capoeirista, por exemplo, dificilmente inicia o combate sem antes inclinarse solenemente ante o berimbau, prestar-lhe reverência e benzer-se.
A capoeira, devido sua simbologia mística, verificada inclusive na decoração do lugar onde se realiza, apresenta uma identificação muito grande com os cultos afrobrasileiros, e quem com ele se envolve é, naturalmente, levado a um envolvimento mais profundo com a Umbanda, o Candomblé e outras manifestações congêneres (do mesmo tipo). Seria a capoeira, por assim dizer, uma porta introdutória a religiões impregnadas de demonismo, animismo e ocultismo, que só fazem levar o indivíduo às mais profundas raias da escravidão espiritual. Cantos puros. São as espécies de cantos que apresentam existência própria, sem, todavia, fazerem parte necessariamente de uma dança dramática, folguedo ou qualquer outro tipo de coro coreográfico, como por obséquio (por cortesia) o desafio, a moda, a toada, a emboada e o romance. Música popular urbana. Se caracteriza pelo poder de irradiação em todo o país. São manifestações que se concentram mais nas cidades. Entre os gêneros mais comuns temos o samba, a modinha, o maxixe, o choro, a marcha, o frevo, e, de origem estrangeira, a valsa, a polca, o xote, o tango brasileiro ou tanguinho. Mais recentemente outros estilos musicais de procedência tanto nacional como estrangeira fixaram-se em nosso meio e movimentos de vanguarda trouxeram novas tendências para a música já existente, ou melhor para os estilos musicais então presentes. Podemos citar o jazz, o rock nacional, a música romântica metropolitana, as músicas folclóricas metamorfoseadas em populares citadinas, etc. Destas variações, vamos nos deter, por interesses do trabalho que ora desenvolvemos, no gênero musical denominado rock, analisando como o mesmo introduziu-se no Brasil.
13 das Areias, Almir – O que é Capoeira – Brasiliense, São Paulo, 1984, p. 26.
Rock-Brasil Embora não haja nenhum levantamento sistemático de trajetória do rock por terras brasileiras e ao contrário do que é mais fácil pensar, o rock não chegou ao Brasil como modelo fiel de sua “matriz” americana, mas misturado e desacompanhado de uma proposta definida. O início do rock no Brasil data dos fins da década de 50 – mais especificamente 1957 –, com versões de músicas americanas gravados pelos irmãos Tony e Celly Campelo, Sérgio Murilo, Ed Wilson e conjuntos como The Jordans e The Jet Blacks. Esse movimento adquiriu certa consistência nos próximos cinco ou seis anos, culminando em 1965, com o surgimento da Jovem Guarda. Esta “durou apenas quatro anos, mas marcou para sempre a cultura brasileira com seus modismos, gírias e canções, abrindo caminho para toda a explosão jovem que viria a seguir” 14. Eduardo Araújo se encaixa nesse período de afloração do rock. E, conforme escreveu a jornalista Ana Maria Bahiana, ele, “ao contrário de Roberto e Erasmo Carlos (que representam o lado brilhante e comercialmente bem sucedido desse primeiro momento), sempre foi uma espécie marginal, um tipo de ares mais caipira e ‘sem gosto’ do que a própria Jovem Guarda se podia permitir” 15. Representando um segundo momento, quando o rock “sofisticado” dos Beatles e Rolling Stones atingiu as camadas superiores da classe média e levantou algum interesse intelectual (até então o mesmo era meramente uma música para dança), surgiu Rita Lee, uma pontas-de-lança da Tropicália e dos baianos. Na década de 60, portanto, já havia rock, só que, conforme bem observa Paulo Chacon, estudioso do assunto, quem o conduzia, guiava-o para rumos demasiadamente avançados para um época (e uma juventude) por demais encantada pela luta política e pela música nacionalista de Geraldo Vandré, Sérgio Ricardo, Chico Buarque e Edu Lobo. Segundo ele, o único músico (e asseclas (adepto)) brasileiro que não teve medo de colocar guitarra elétrica no palco em que antes se ouvira Disparada, de Vandré, foi Caetano Veloso. “É portanto o Tropicalismo e não a Jovem Guarde, que antropofagicamente conduz o rock no Brasil até a entrada da década de 70” 16. Quanto a esse período, vale a pena transcrever a declaração de Erasmo Carlos ao Globo de 18/01/77, após o envolvimento deste cantor num processo de corrupção de menores: “Isso [o processo] foi em 67, 68. O Eduardo Araújo e eu, como éramos cantores, ficamos proibidos de nos apresentarmos por dois anos. Coincidiu que foi nesse época que acabou a Jovem Guarda, começou o Tropicalismo. Foi uma loucura para mim. Eu perdi o rumo. De repente, não entendi mais nada. Eu nunca tinha parado para pensar o que eu ia fazer depois da Jovem Guarda, pra mim ela era o auge, o máximo onde eu podia chegar, não podia nem imaginar que ia acabar algum dia. O Tropicalismo, então, acabou de me desmontar. Eu achava que o Roberto, o pessoal, nós éramos as pessoas mais loucas do mundo, cabeludos e tal. E, de repente, tinha gente mais cabeluda que a gente, mais doida que a gente, e com uma consciência muito maior, uma coisa que a gente não tinha… Aí eu não entendi mais nada. Resolvi parar tudo, dei de beber pra burro. Não me entendia. Eu quis mesmo largar tudo de vez, mas os amigos é que me convenceram a continuar” 17. 14 Domingo, 15/09/85 15 Bahiana, Ana Maria – Nada será como antes (MPB nos anos 70) – Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 1980, p. 72. 16 Chacon, Paulo – O que é rock – Brasiliense, São Paulo, 1983, p. 36. 17 Bahiana – Idem – p. 77.
É interessante notar quão ignóbil (baixo, vil) é a escala de valores que se evidencia nas palavras desse ídolo nacional. Para ele, ser os mais “cabeludos” do mundo era o auge e, os mais “loucos”, o ápice. Atente também o leitor que essa declaração de Erasmo foi após um processo que lhe adveio por corrupção de menores. Entretanto, são esse os vultos artísticos pelos quais se guiaram e se guiam numerosos jovens brasileiros que desconhecem os valores que agradam a Deus e que de fato merecem apologia (elogio). São esses os idolatrados personagens que marcaram e transformaram épocas em nossa sociedade. São esses os “guias cegos” que conduzem ao Inferno não só a si próprios como os que lhes são imitadores. Se os cidadãos deste país não mudarem a sua mentalidade, transformando-se pela renovação de seu entendimento, a fim de experimentarem qual a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Romanos 12.2), estarão, infelizmente, sujeitos a um sem números de adversidades das quais não poderão se evadir (escapar), porque apenas é feliz “a nação cujo Deus é o Senhor” (Salmos 33.12). Voltando, pois, ao histórico do rock no Brasil, veremos que, a partir dos anos 70, o mesmo já passou a ser aceito como opção e, com a sucessão de grupos e cantores, chegamos à época atual. Neste ínterim, o rock foi apurando sua técnica, definindo horizontes e assumindo características próprias e firmes. E foi assim (em meio a muita mistura, muitas tendências, ideologias e filosofias) que o rock infiltrou-se no Brasil. Hoje, o rock brasileiro não está mais necessariamente na dependência de seu irmão norteamericano, e tem uma visão peculiar, nacionalista, que em geral se apresenta simpática ao folclore e a movimentos profanos na sua essência e perigosos em seus efeitos, como, por exemplo, a propalada seita Hare Krishna. Música religiosa. A música religiosa, que também nos interessa nesse trabalho, divide-se geralmente em dois grandes grupos: o da música que funde costumes populares com datas festivas de santos católicos, e a música ligada às práticas religiosas de procedência ameríndia e africana. O primeiro tipo se define pelo amálgama (mistura) entre o catolicismo importado da Europa e as superstições e crenças regionais. Ao segundo grupo pertencem as músicas mais declaradamente anticristãs, diretamente ligadas a práticas fetichistas (adoração de fetiches, objetos enfeitiçados). Mormente nas zonas rurais, pelo menos até o século passado, os veículos apresentavam forte semelhança aos primitivos rituais de culto aos mortos, cujo caráter mágico até hoje remanesce. Como nas antigas manifestações pagãs, eram esses velórios acompanhados de bebidas e cantos (chamados de incelências), além das rezas e invocações, de modo idêntico aos ritos funerários africanos e ameríndios. Essa ligação ocultista era bem patente nas cerimônias de “encomendação das almas”, ensinamento de cunho europeu que se tornou bastante comum nas regiões rurais do Brasil no século 19. A mesma se realizava nas sextasfeiras, no mês de novembro ou durante a Quaresma – período que se estende da quarta feira de cinzas ao domingo de Páscoa –, quando um grupo de homens, cobertos de branco, rezava e cantava pelas ruas desertas depois da meia-noite. Figura 17: "Os Paralamas do Sucesso", presente no Rock in Rio
Os cultos católicos, realizados em capelas e oratórios das regiões campestres, fundiam-se com as crenças, costumes, superstições já existentes entre o povo, daí provindo típicas manifestações populares de música e coreografia, como por exemplo as folias ou bandeiras de Reis ou do Divino que, com o passar dos anos, vieram rareando. Essas relações de sincretismo deram à música brasileira um profundo teor místico. Paralelamente, todavia, a essas manifestações populares de catolicismo aliado a elementos profanos, outro grupo passou a exercer influências em diversas áreas do país, relacionando com cultos e crenças de caráter mágico, heterogêneos (diferentes) por natureza, correspondendo a liturgias e religiões basicamente africanas, mais ou menos aculturadas (adaptadas) com substratos já existentes no Brasil, quer europeus, quer ameríndios. É o que corresponde ao candomblé, na Bahia; o xangô, no nordeste; o tambor-de-mina, no Maranhão; o babaçuê, no Pará; o batuque, no Rio Grande do Sul; e a macumba, no Rio de Janeiro.
Refutação bíblica ao rock e seus expoentes Raul É de Raul Seixas, o cantor que diz ser o diabo o pai do rock, a seguinte declaração: “Ou eu conquisto o planeta ou desapareço daqui. Olha, eu não quero que me ouçam como se eu fosse um paranóico, eu só quero que as pessoas dêem vazão à sua intuição e à paranóia. Por que não? Os santos deram vazão à sua paranóia e foram canonizados” 18. O apelo ao absurdo, à loucura, à anarquia, tanto no âmbito individual como social, evidenciado na declaração acima, só fará levar o ser humano a uma confusão progressiva e fatídica, a um estado caótico irreversível. Desse modo, Raul não faz outra coisa senão deixar o caminho aberto para que o diabo leve a cabo sua obra, qual seja “matar, roubar e destruir” (João 10.10). A conquista da terra para os demônios e potestades do ar se faz justamente através de seus instrumentos ou “cavalos”, tais como os intérpretes e compositores de músicas que, segundo eles próprios, têm por pai o diabo. Mas, enquanto o arqui-inimigo do homem e de Deus está procurando ganhar almas para o inferno, nós estamos, em Nome de Jesus – que veio para desfazer as obras do diabo – apregoando o Evangelho, que “é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1.16). Cristo, por sua morte, aniquilou o que tinha o poder da morte, isto é, o diabo, e agora pode livrar todos os que, por medo da morte, se sujeitam à escravidão por toda a vida (Hebreus 2.14,15 [Portanto, visto que os filhos compartilham de carne e sangue, Ele também participou dessa mesma condição humana, para que pela morte destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo; e livrasse todos os que ao longo de toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte]). Quantos, na macumba, candomblé, espiritismo e outras abominações mais, têm medo de lá saírem, porque os “santos” (Exus, orixás, caboclos, etc.) os ameaçaram de morte se assim o fizerem! Mas, hoje, todos quantos estiverem nesse estado, em Cristo poderão conquistar plena e 18 Jornal do Brasil 2/8/85
perfeita liberdade. “Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos libertará. Se, pois, o Filho [Jesus] vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8.32,36). Quanto aos que prometem vantagens através do manjar de satã, a Bíblia enfaticamente lhes diz: “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na Verdade, por que nele não há verdade. Quando ele profere a mentira, fala do que lhe é próprio porque é mentiroso e pai da mentira” (João 8.44). Enquanto os filhos das trevas, que estão “mortos em seus delitos e pecados” (Efésios 2.1), fazem suas “obrigações”, estando aprisionados, e estendem a outros o aprisionamento espiritual, nós apregoamos a Jesus, que disse: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor” (Lucas 4.18,19). É bom observar também que, após a porta da salvação ter-se fechado, só restará aos que rejeitarem o “amor da Verdade para serem salvos” (2 Tessalonicenses 2.10), “o dia da vingança do nosso Deus” (Isaías 61.2). Em seu esvanecente discurso, o cantor diz ainda que “os santos deram vazão à paranóia e foram canonizados”. Por aí se percebe que o mesmo considera a religião uma mera loucura e que a canonização católica não obedece a critérios racionais. De fato, a religião não salva ninguém, não transforma vida nenhuma, e nem liberta nenhum oprimido do diabo. Não obstante, o sentimento religioso não é, e nunca foi paranóia, esquizofrenia ou qualquer outra denominação equivalente ou próxima. A religiosidade é algo inato no indivíduo. Esse sentimento expressa de modo claro e insofismável a carência que tem o homem de alguma coisa que ele próprio não consegue explicar ou definir qual seja. Esse vazio que daí resulta só pode ser preenchido, conforme afirma a Bíblia e nós o comprovamos, pela presença gloriosas e sacrossanta do eterno Deus. O sentimento religioso aponta para a necessidade que tem toda e qualquer pessoa de viver em comunhão com Deus. Distante dele, Deus, o ser humano míngua, se esvai, se perde nas vagas da vida, e trilha a passos largos o caminho da morte. Somente através de Cristo (e não de religiões), o Caminho provido por Deus para que o homem se lhe chegasse (João 14.6 [Assegurou-lhes Jesus: “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por Mim]), a brecha deixada pelo pecado é satisfatoriamente preenchida (João 14.23 [Jesus respondeu-lhe: “Se alguém me ama, obedecerá à minha Palavra; e meu Pai o amará, e nós viremos até ele e faremos nele nosso lar”] 1617 [E Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Advogado,a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque Ele vive convosco e estará dentro de vós] 1 Coríntios 3.16 [Não sabeis que sois santuário de Deus e que o seu Espírito habita em vós?] ; 6.19 [Ou ainda não entendeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não pertenceis a vós mesmos?]). Quanto ao fato de a canonização católica não obedecer a critérios racionais, acrescentamos o fato indiscutível, de não obedecer também ao padrão bíblico e divino. Santos são todos “aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro” (Apocalipse 22.14), ou seja, todos quantos recebem a Cristo como seu Salvador, que morreu por eles e por eles intercede. Permanece o fato de que o catolicismo amalgamado a crenças espíritas e umbandistas continua sendo tema de músicas e declarações de mundanos e mundanistas em geral.
Caetano Em entrevista ao Jornal do Brasil, 19/07/85, Caetano Veloso, um dos introdutores do rock no Brasil através do Tropicalismo, disse ver nos grupos novos algo de Raul Seixas. Entre os seus preferidos, citou “Os Paralamas do Sucesso” e o “Ultraje a Rigor”, que, como atitude, considera bem radical. Acrescentou ainda que o rock é “uma prova de vitalidade”, ao que perguntamos: “Vitalidade de quem?”; “para ser consumida de que modo?”, e, “em benefício ou lucro de quem?”. De fato, não cremos ser o rock prova de vitalidade em nenhum sentido. Cremos, sim, ser um rito musical que a muitos tem conduzido não só à morte física, mas, o que é pior, à morte espiritual e eterna. Isso ele ignora (ou não?), pois deixou aflorar que está alheio aos males do rock, quando, referindo-se ao mesmo, disse: “Não me incomoda e não sei nem se é um problema”. A necrofilia, os rituais de magia e espiritismo, e os cultos aos demônios, entre outras práticas absurdas e condenadas pela Bíblia, comprovadamente presentes em alguns grupos de rock, só fizeram atestar que esse gênero musical é um discípulo da morte. Como, pois, o rock não seria maléfico? Há grupos nos Estados Unidos e em outros países, que sacrificam animais durante as apresentações e shows que promovem. No Brasil, essa tendência é menos acentuada, o que, apesar de tudo, não credencia o rock, porque ele não consiste apenas uma forma de cantar, dançar ou compor; rock é mais que isso, é uma tendência comportamental; uma forma de encarar a vida, seus problemas, suas oscilações bruscas e, muitas vezes, nocivas; uma forma de reação às atitudes elitistas das religiões na sociedade moderna; uma tentativa frustrada de preencher o vácuo de Deus nos corações de milhões “que caminhando vão”.
Bethânia A cantora, compositora e dançarina Maria Bethânia, irmã de Caetano Veloso, ex-atriz, embora não ligada ao rock propriamente, costuma ir, todos os anos, à sua cidade natal, na Bahia, para prestar “obrigação” à “santa padroeira”. Sua ida se dá na mesma data que, em Salvador, se comemora a festa de Iemanjá – 2 de fevereiro. Portadora de uma “fé mística”, segundo ela assevera, Bethânia conta com a mesma para conduzi-la pelos palcos – seus altares – através de melodias de Caetano, Gilberto Gil, Chico Buarque, Gonzaguinha e Caymmi, compositores prediletos de seu repertório. Ela acha lindo o rock de Caetano. “Das Trevas”, “Alienado Alienígena”, “Eu e Eu, entre outras, são como se chamam algumas das músicas de cantores brasileiros, que galgaram o sucesso no início da década de 80, as quais dão ligeira idéia do caminho que nossa cultura musical vem trilhando nos dias de hoje.
Moraes Moraes Moreira, um dos cantores mais populares do Brasil, não sobe ao palco sem antes consultar a figura, bastante solicitada por sinal, de Carlinhos Ogan, percussionista de seu grupo. Carlinhos, filho de pais-de-santo e com 21 anos de atuação num terreiro de candomblé de São João de Meriti, RJ, foi “preparado” para o candomblé quando ainda estava no ventre de sua mãe. “Aos nove anos passou por uma cerimônia de ‘confirmação’ e, depois, conquistou o direito de usar ‘Ogan’ em seu nome, o que o identifica como um dos percussionistas eleitos para tocar nas maiores festas do terreiro. Ele próprio se encarrega de prevenir eventuais quedas no bom astral de cada
show. Caso note agressividade ou maus fluidos na platéia, Carlinhos Ogan acende uma vela atrás do palco. Se achar que os músicos não estão integrados espiritualmente, espalha pelo palco generosas porções de ‘atim’, uma espécie de talco preparado pelos pais-de-santo” 19. Sempre antes das apresentações o cantor pergunta a Carlinhos se está bem, sem pretensões obviamente de se inteirar das condições da aparelhagem ou das pessoas, mas sim para saber se os “santos” e orixás estão propícios ao êxito do espetáculo. A Bíblia condena veementemente qualquer envolvimento com demônios (Êxodo 22.18 [Não deixarás viver as feiticeiras]; Levítico 19.31 [Não vos voltareis para os que consultam os espíritos dos mortos nem para os que adivinham o futuro, porquanto eles vos contaminariam. Eu Sou Yahweh (Jeová), vosso Deus]; 20.6 [Aquele que recorrer aos necromantes e aos adivinhos para se prostituir com eles, voltar-me-ei contra esse homem e o eliminarei do meio do meu povo]; Deuteronômio 18.9-14 [Quando entrares na terra que Yahweh (Jeová) teu Deus, te concede, não aprendas a imitar as abominações praticadas por aquelas nações. Que entre o teu povo não se encontre alguém que queime seu filho ou filha, nem que faça presságio, oráculo, adivinhação ou qualquer tipo de magia, ou que pratique encantamentos; nem que seja médium, consulte os espíritos ou invoque os mortos. O SENHOR odeia quem pratica qualquer dessas abominações, e é justamente por causa desses pecados que Yahweh (Jeová) teu Deus vai expulsar aquelas nações em teu favor. Portanto, permanece inculpável perante o SENHOR, teu Deus! Eis que as nações que vais conquistar dão ouvidos a oráculos e videntes pagãos. Quanto a ti, isso não é permitido pelo SENHOR, teu Deus]; Isaías 8.19,20 [Quando vos disserem: “Ide consultar algum médium que fale com os espíritos; adivinho ou alguém que saiba murmurar encantamentos!”, porquanto o povo costuma recorrer aos seus deuses e aos mortos em favor dos vivos, respondereis: “O que se deve fazer é consultar a lei e os ensinamentos!” Se eles não falarem de acordo com esta palavra, certamente jamais poderão ver a luz!]). Estes aparecem nas sessões espíritas e umbandistas com capas de “espíritos familiares”, “espíritos protetores”, “espíritos desencarnados”, “caboclos”, “orixás”, “erês”, “exus”, etc. Todas as práticas desse gênero são abomináveis diante do Senhor e passíveis de punição. Os que, loucamente se contaminando, as fazem ou consentem que sejam feitas contam-se entre aqueles para quem está reservado o fogo eterno (Romanos 1.32 [E, apesar de conhecerem a justa Lei de Deus, que declara dignos de morte todas as pessoas que praticam tais atos, não somente os continuam fazendo, mas ainda aprovam e defendem aqueles que também assim procedem]; Apocalipse 21.8 [Porém, quanto aos covardes, os incrédulos, os depravados, os assassinos, os que praticam imoralidade sexual, os bruxos e ocultistas, os idólatras e todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago de fogo, que arde perpetuamente em meio ao enxofre. Esta é a segunda morte!]). Por causa do envolvimento de Israel com práticas ocultas semelhantes, Deus o trouxe a juízo: “Pelo que sobre ti virá mal de que não saberás a origem, e tal destruição cairá sobre ti, que a não poderás afastar; porque virá sobre ti de repente tão tempestuosa desolação, que a não poderás conhecer. Deixa-te estar com teus encantamentos, e com a multidão das tuas feitiçarias em que trabalhaste desde a tua mocidade, a ver se podes tirar proveito, ou se porventura te podes fortificar. Cansaste-te na multidão das tuas consultas! Levantem-se pois agora os teus agoureiros dos céus, os que contemplam os astros, os prognosticadores das luas novas, e salvem-te do que há de vir sobre ti” (Isaías 47.11-13). 19 Veja 13/2/85
Moraes, como muitos outros, evidencia em seu repertório o ocultismo fortemente presente nas músicas nacionais e o consequente envolvimento das mesmas com rituais demoníacos, como no exemplo de Carlinhos Ogan.
Gil Gilberto Gil, em declaração ao Globo de 10/07/77, asseverou ter criado em si “uma fé” e se tornado mais místico, mais cósmico 20. Citou então a música “É”: “a violência, a injustiça, a traição ainda podem perturbar meu coração/ mas já não podem abalar minha fé/ porque eu sou e Deus é/ e disso é que resulta toda a criação”. A Bíblia todavia, diz enfaticamente que “a fé sem obras é morta” (Tiago 2.26). Como esse tipo de fé de que fala o cantor pode produzir bons frutos se está (caso exista) dissociada das obras que a Deus satisfazem? As pessoas leigas, em grande parte, pensam que para estar bem com Deus basta ter fé, porém o próprio diabo a tem e está condenado. É importante que a fé esteja firmada na lugar certo. Que adianta firmar a fé num talismã, num crucifixo, numa filosofia, em religiões, etc., se nenhuma dessas invenções humanas pode dar vida eterna ao homem? É preciso que a fé esteja firmada em Cristo, pois Ele, e não outro, é o Caminho provido por Deus para que sejamos salvos (João 14.6 [Assegurou-lhes Jesus: “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por Mim]; Atos 4.12 [ (11) Este Jesus é ‘a pedra que foi rejeitada por vós, os construtores, a qual foi posta como pedra angular’. (12) E, portanto, não há salvação em nenhum outro ente, pois, em todo universo não há nenhum outro Nome dado aos seres humanos pelo qual devamos ser salvos!]). Cristo morreu na cruz para que todos quantos nele crêem tenham o perdão dos pecados e possam gozar da comunhão com Deus. Não adianta nada ter fé sem as obras, ou seja, não adianta coisa alguma a fé destituída do arrependimento e da aceitação de Jesus como Salvador pessoal. [Não se esquecendo que Cristo é o Caminho de boas obras, isto é, de Caridade, sem as quais não se alcança o perdão do pecado nem a salvação: Lucas 11.41 “dai ao necessitado do que está dentro do prato, e vereis que tudo vos será purificado”; Lucas 3.9-11: O machado já está posto à raiz das árvores, e toda árvore que não der bom fruto será cortada e jogada ao fogo”. E as multidões lhe rogavam: “O que devemos fazer então?” Diante do que João as exortava: “Quem tiver duas túnicas dê uma a quem não tem nenhuma; e quem possui o que comer, da mesma maneira reparta”: toda igreja que não segue a Sã Doutrina bíblica, naufragará diante das constantes investidas demoníacas através da contracultura (e é o que tem sido visto)] Como estão enganados os homens! Míseros fantoches na mão de ideologias! Pobres diabos à mercê dos demônios! E o pior é que quando a fé dos tais é acompanhada de idolatria, como no caso da macumba, do espiritismo e do catolicismo beato. Porém conclamamos todos os homens a que dos ídolos se convertam ao Deus vivo, que se compadecerá deles e os salvará. Na letra da música citada há a declaração: “eu sou e Deus é”. Na Bíblia, quando Deus se autodenominou de “Eu Sou”, Ele não dividiu com mais ninguém esse Nome porque, no sentido em 20 Bahiana, Ana Maria – Nada será como antes (MPB nos anos 70) – Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 1980, p. 67.
que foi empregado no texto, é atribuído àquele em relação ao qual a eternidade é imanente (própria dEle). A vida é Deus; o homem adquiriu vida por Ele, e, fora dEle, tem fim. O homem é imortal, mas só Deus é eterno. O seu Nome também é: Pai da Eternidade (Isaías 9.6). O envolvimento de Gilberto Gil com o satanismo é patente. Como exemplos, citamos o comentário que ele próprio fez sobre as faixas de um de seus discos: “ ‘Iiê Ayê’, que é um samba de carnaval lá de um bloco da Bahia, ‘Patuscada de Gandhi’, que é um afoxé dos Filhos de Gandhi, ‘Babá Alapá’, que é aquela música africana sobre Xangô os ancestrais, que fiz pouco antes de ir para a África, e ‘Era nova’, que é uma música que fiz para Roberto Carlos e ele não gravou” 21.
Rock in Rio O empresário Roberto Medina, coordenador e idealizador do Rock in Rio, fez, logo após o término da programação e já com planos de realizar outros festivais, a seguinte declaração: “Digo sem o menor constrangimento que conseguimos fazer o maior evento de paz na história. E o meu maior desafio agora é dar continuidade ao Rock in Rio” 22. Suas palavras foram proferidas quando se preparava para uma viagem de três semanas ao Caribe, em companhia de sua esposa, para “descanso”. No mundo, infelizmente, não mais se distingue aquele que engana daquele que é enganado, pois todos os que estão sem Cristo estão a incorrer tanto em um como no outro erro. Dizer que o Rock in Rio foi um festival de paz, ou mesmo o maior, é uma declaração eivada de engano. Não obstante, tem iludido a milhares, talvez milhões, de pessoas por estes brasis, que ainda não conhecem a verdadeira Paz. O Rock in Rio nunca foi festival de paz. Pelo contrário, propiciou o tráfico de drogas, a licenciosidade sexual e o idolatria (ao diabo, principalmente), fatos esses sobejamente evidenciados no decorrer e após sua realização, nas páginas dos jornais, nos noticiários de rádio e TV e nos retratos vivos de criaturas cujas vidas foram sugadas pela sede de lucro e de fama de certos inescrupulosos e inconsequentes vultos de nossa decaída e débil civilização. Como se não bastassem os efeitos drásticos do primeiro festival desta natureza em nosso país, o citado empresário acrescentou que seu maior desafio era dar continuidade a tão desventurado empreendimento. Diz a Bíblia claramente: “Ele [Cristo] é a nossa Paz” (Efésios 2.14); “Ele fez a Paz” (Efésios 2.15); “Ele evangelizou a Paz” (Efésios 2.17); “Ele deixou-nos e deu-nos a Paz” (João 14.27); Ele disse as Palavras de Deus “para que nEle tenhamos Paz” (João 16.33); Ele é o próprio “Prícipe da Paz” (Isaías 9.6). [Lembrando que de nada vale confessar, diante de todos, o Nome de Jesus, sem contudo obedecê-Lo: 1 João 3.17-19: Se alguém possuir recursos materiais e, observando seu irmão passando necessidade, não se compadecer dele, como é possível permanecer nele o Amor de Deus. Filhinhos, não amemos de palavras nem de boca, mas sim de atitudes e em verdade. Desta forma, saberemos que somos da Verdade e acalmaremos o nosso coração na presença dEle”; Mateus 7.21: 21 Bahiana, Ana Maria – Nada será como antes (MPB nos anos 70) – Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 1980, p. 60. 22 O Globo, 21/1/85
Nem todo aquele que diz a mim: ‘Senhor, Senhor!’ entrará no Reino dos céus, mas somente o que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus] O maior festival de paz que pode haver é o que se dá no interior de uma nova criatura, lavada, remida e santificada pelo Sangue do Cordeiro de Deus, pela Palavra da Verdade, e pelo Espírito Santo. Essa paz se mantém continuamente presente por meio da Trindade divina no templo humano. Ainda que os incrédulos asseverem que sim, não há de fato outra paz. Acrescentando a medida de hipocrisia de suas palavras, conclui Medina: “O mais importante para mim foi conseguir uma coisas que material, técnica e politicamente não parecia dar. Quando o Rock in Rio ganhou vida, acenderam-se as luzes, senti mágica, a presença de Deus”. Como pode o homem sentir a presença de Deus estando e andando em pecado, se Deus é Santo, e não compactua com pecadores em seus atos iníquos, mas, pelo contrário, sua ira arde como fogo para desarraigar da terra os que tais coisas praticam? Por tudo isso e muito mais, não podemos parar de combater contra as trevas. Ainda continuaremos sendo luz do mundo e sal da terra. E sabendo nós que o diabo só faz aniquilar o homem, temos optado e prosseguiremos ao lado dAquele que veio para destruir as fortalezas do mal, e dar, Ele sim, vida e paz aos que com um coração contrito a Ele se chegam e nEle permanecem para a conservação da alma.
Marina As músicas da cantora Marina, tida como “a mais completa e vibrante intérprete da figura da nova geração da música popular” 23, cujos lançamentos alcançaram vendas de dezenas de milhares, apresentam fortes apelos à liberação sexual, à prostituição e ao homossexualismo, entre outras práticas veementemente condenadas pelas Escrituras. No seu LP “Todas”, por exemplo, aparece desavergonhada e abertamente o convite ao lesbianismo: “Eu disse não/ Ela não ouvia/ Mandei um sim/ Logo serviu/ Então pensei: ela é bela/ Por que não com ela?/ Sexo é bom!” Em uma de suas declarações à imprensa, disse: “Eu sou roqueira, porque a minha atitude é de roqueira” 24, ao que juntou: “É preciso dar vazão aos desejos, quaisquer que sejam” 25. Com suas palavras, só faz evidenciar a devassidão e a perversão tão comum nos meios artísticos dessa geração transviada, que, infelizmente, já vitimam toda a sociedade. Quando diz que é roqueira, fá-lo no sentido comportamental, o que, por sua vez, resulta de uma ideologia permissiva e imoral. Esta é retratada no convite a que se dê vazão aos desejos, independentemente de ser os tais para o bem ou para o mal; lícito ou ilícito; convenientes ou impróprios. Entretanto a Palavra de Deus explicitamente diz: “Ficarão de fora os cães, e os feiticeiros, e os que se prostituem…” (Apocalipse 22.15), e: “Não erreis: nem os devasso, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas (…) herdarão o reino de Deus” (1 Coríntios 6.10).
23 Veja 24/7/85 24 Jornal do Brasil, 21/7/85 25 Ibidem.
Cegos às advertências bíblicas, os homens caminham a passos largos para o condenação; alheios aos males – presentes e futuros – que suas práticas acarretam, prosseguem pecando e fazendo pecar seus semelhantes. “Pelo que também Deus os entregou às concupiscências (cobiças) de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; pois serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém. Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza (infâmia, desonra) e recebendo em si mesmos a recompensa (doenças) que convinha ao seu erro. E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convém; estando cheios de toda a iniquidade (injustiça), prostituição, malícia (…); os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem” (Romanos 1.24-32). Acrescentando inconsequências às suas palavras, disse que não gosta de religião, porque “religião dá culpa” 26. Ora, o que foi pecado há dez mil anos continua sendo pecado hoje e não é uma “nova mentalidade” que vai fazer a voz da consciência deixar de falar. O sentimento de culpa não é nada mais, nada menos que a condenação da consciência. A Palavra de Deus – e não religião propriamente – desembota (afia, aguça) a consciência a fim de que ela cumpra com eficiência seu papel, mas infelizmente, alguns preferem ter a consciência cauterizada (paralisada) do que ouvir a Voz do Espírito Santo, num endurecimento de coração que só conduz à perdição eterna. Deus, todavia, que não tem prazer na morte de ninguém, admoesta: “Convertei-vos e vivei” (Ezequiel 18.32) Figura 18: Janis Joplin, outra vida consumida pelas drogas prematuramente
26 Jornal do Brasil, 21/7/85
A Igreja diante da ameaça do rock (Geremias do Couto) Por que o diabo usa a música Como ficou amplamente comprovado, o Backward Masking já não é mais uma hipótese. Não existe nenhum sensacionalismo e nem se está trabalhando em cima do absurdo quando se afirma, hoje, que grande parte da música secular, principalmente o rock, contém mensagem oculta, só descoberta quando o disco é tocado ao contrário. Os elementos de prova são mais do que suficientes para determinar que este tem sido um dos mais recentes métodos satânicos utilizados com o fim de destruir a humanidade. Alguém poderia alegar que tais pesquisas, feitas inicialmente com as músicas americanas, são apenas coincidência ou mesmo fruto da excentricidade de alguns indivíduos interessados em sua opinião pessoal. Provavelmente, outros diriam que são resultado de pessoas fanatizadas e que dão guarida (apoio) a tudo quanto aparentemente preencha as exigências do seu extremismo. Tais ilações (conclusões) teriam alguma lógica se ainda desconhecêssemos que a raiz do processo é sempre a mesma e que os efeitos causados em quem ouve composição desse tipo são sempre nocivos e estimulam à autodestruição.
As revelações de John Todd Sabe-se agora, por exemplo, que todas as matrizes dos discos de roqueiros americanos, antes de entrarem na fase de produção, passam por uma cerimônia de dedicação diabólica, feita por feiticeiros contratados para este fim. Esta afirmação não partiu de nenhum aventureiro mais afoito (ousado) que apenas “ouviu dizer”. Quem a faz é John Todd, ex-diretor-presidente da Zodiac Productions, o maior conglomerado musical do mundo, que reúne empresas de grande porte na área dos discos. Convertido ao Evangelho, John Todd conviveu durante muito tempo com os astros da vida artística norte-americana e, na condição de feiticeiro declarado participou de inúmeros rituais de consagração realizados no templo da própria companhia, onde os demônios eram invocados para acompanhar cada disco ou fita produzido a partir de suas matrizes. As revelações de John Todd são surpreendentes pelo que há de oculto em tudo isso. Todavia, elas só vêm confirmar os argumentos que denunciam a monopolização diabólica não somente da música, mas dos meios de comunicação e de outros espaços vitais que lidam diretamente com as emoções do público. Assim fica mais fácil escravizar sem que se percebam conscientemente as sutilezas do inimigo, capaz de ultrapassar, até mesmo, os bloqueios defensivos de nossa mente. Essa atitude maligna não representa nenhuma novidade, pois desde que lúcifer foi expulso do céu sua obstinação não tem sido outra senão a de predispor o homem contra Deus. Porém, se seu objetivo é o mesmo, as estratégias mudam, com a evolução dos tempos, e sedimentam novas formas de ação imperceptíveis, no primeiro momento, mas que precisam ser descobertas por aqueles que se sentem no dever cristão de combater a todo instante o reino das trevas.
Ora, do ponto de vista militar, não existe melhor alternativa para destruir o inimigo do que conhecer os seus planos de ataque. Esta é a razão pela qual os serviços de espionagem, principalmente das superpotências, ganham dia-a-dia maior importância no contexto da segurança desses países. O mesmo princípio é válido para as lides (contendas) espirituais, desde que se estabeleçam os limites entre conhecer e comprometer-se, ou seja, se saiba até onde se pode ir sem que isto signifique prejuízos para a Fé cristã. É aí que entra nossa proposta de desmascarar a trama orquestrada pelo inimigo e desmontá-la nos seus mínimos detalhes, mostrando ao povo quais são as reais intenções de movimentos como o do rock. Esse objetivo se torna, ainda, mais relevante quando se ouve o testemunho de John Todd, que dedicou 24 anos de sua vida ao diabo e jamais abriu mão, durante esse período, para que outros feiticeiros tentassem alterar o ritualismo das cerimônias prescritas por satanás. É de John Todd, por exemplo, a afirmação de que toda esta urdidura (planejamento), revelada neste livro, teve como propósito principal, de início, a destruição dos cristãos. E a arma usada foi exatamente a música. Desse modo as famílias evangélicas americanas passaram a receber influência do mundo exterior e muitos de seus filhos se viram tragados pela rebeldia, que os levou à revolução sexual e às drogas. E ele acrescenta: “Isto ocorreu porque os pais, em sua ignorância, permitem que certo tipo de música tivesse acesso aos seus lares”. O ex-diretor-presidente da Zodiac também afirma que todos os cantores de rock, em seu país, são obrigados a pertencer a alguma forma de culto ao demônio ou confraria (associação religiosa, irmandade). Esta é a exigência básica para que sejam assinados os contratos de gravação. Sem isso nada pode ser feito porque todo o trabalho artístico é conscientemente produzido sob influência maligna. Por esta razão John Todd não hesita em declarar o rock como arma de feitiçaria, que, assim, consegue introduzir-se sutilmente na área psíquica de quem ouve tais tipos de música, a fim de controlá-lo.
Figura 19: Bruce Springsteen faz da música um retrato da Babilônia do século XX
Para John Todd, o pior grupo musical dentre os que povoam o mundo do ocultismo é o Kiss, já mencionado em outros pontos desta obra. Todo o seu trabalho é cuidadosamente planejado, observando-se os mínimos detalhes das forças sobrenaturais ocultistas, para que estas exerçam influência sobre a vida e o dinheiro de seus aficcionados (fanáticos). Horas e horas são gastas por esse conjunto para armar todo o esquema de suas apresentações com esse objetivo. O pior é que tudo isso não passa de simples forma de protesto, usando apenas uma linguagem carregada de simbolismo!
Como se vê, todo este quadro traçado ao longo destas páginas tem a sua confirmação nas próprias palavras de alguém que figurou, durante muito tempo, como elemento de maior responsabilidade na organização que controla, nos Estados Unidos, as empresas principais do ramo musical. São advertências que precisam ser levadas a sério, em razão de estarem revestidas de legitimidade de quem conheceu a máquina por dentro. Assim sendo, atacar esse sistema em suas raízes significa assumir a posição de verdadeiro combatente do Reino de Deus. O contrário seria falta de zelo e covardia diante dos estragos que o inimigo tem procurado causar à humanidade.
A origem da música Todavia, por que tem sido a música violentada a ponto de servir de veículo para que o diabo introduza suas maléficas insinuações na mente humana? Não é ela comumente definida como “a arte de manifestar os diversos afetos de nossa alma mediante os sons melodiosos”? Não está mais do que claro que sua origem é divina e que os anjos se encontram em permanente estado musical, adorando o Todo-poderoso de eternidade a eternidade? (Jó 38.1-7 [“quem colocou a angular, a pedra fundamental, enquanto os luzeiros matutinos, como a Alva, juntos cantavam e todos os anjos, filhos de Deus, bradavam de júbilo?”]). A resposta está exatamente nas razões apresentadas. Nada melhor para o inimigo do que usar a música como elemento de perversão dos sentimentos do homem, já que ela, conforme indica sua própria definição, trabalha diretamente no íntimo de cada um. Por outro lada, sendo satanás um anjo decaído (Isaías 14.12-15 [“Subirei mais alto que as mais altas nuvens; tornar-me-ei semelhante ao Altíssimo!” Contudo, às profundezas do Sheol (o além), da morte, foste precipitado; lançado foste no fundo do abismo!]), que ocupava lugar de destaque no exército celestial a ponto de ser chamado por Ezequiel de “o aferidor de medida” (Ezequiel 28.12), nada lhe causa maior satisfação do que subverter a música e torná-la objeto de sua própria adoração, visando destruir a obra-prima do Criador. Não é o inimigo o opositor de tudo quanto Deus realiza? Eis o motivo pelo qual, em muitos casos, a música tomou rumo oposto daquele que sempre a caracterizou. Calarmo-nos diante de um quadro que cheira à catástrofe espiritual, quando o ocultismo, sob todas as formas, lança ainda mais os seus tentáculos no mundo, seria tomar, na linguagem comum, a atitude do avestruz. Usando outros termos, significa admitir uma posição cômoda e, ao mesmo tempo, suicida numa época em que as circunstâncias exigem firmeza para quem deseja triunfar sobre a nulidade deste mundo.
A família é sempre a primeira vítima O núcleo da sociedade que mais fortemente sofre os ataques sorrateiros de satanás é a família, principalmente os filhos, que são mais suscetíveis (sensíveis) à toda forma de influência. Em outros tempos, os pais conseguiam, praticamente, isolar os filhos, todavia, hoje, isto se torna mais difícil diante da massificação dos meios de comunicação, que introduzem dentro dos lares todo o lixo do inferno. A verdade é que as crianças vão crescendo sob o peso das sutilezas satânicas, entre elas as músicas aparentemente inofensivas, que trazem em seu bojo, de forma inversa, o veneno mortal que poderá destruir os filhos para o resto da vida. A partir daí, o percurso não é grande até os chamados “sons da pesada” e, quando menos se espera, aqueles outrora anjos infantis se veem envolvidos pela rebeldia, tornam-se consumidores inveterados de drogas e se declaram adoradores conscientes de satanás, com gestos e manias provenientes do demonismo. Essas colocações podem ser, também, comprovadas pela ciência responsável pelas normas de publicidade nos meios de comunicação. Através da mensagem subliminar, ou oculta, que é repetida até surtir o efeito necessário, toda propaganda sempre leva em conta a oportunidade de controlar o telespectador de modo que ele venha sentir necessidade de obter o produto anunciado pela empresa agenciadora. Assim, uma propaganda sobre determinado medicamento, prometendo trazer alívio imediato à dor de cabeça, pode estar acompanhada de um som ritmado, com o propósito específico de produzir as mesmas sensações de mal estar no telespectador. Desse modo ele se vê obrigado a adquirir aquele
remédio e, na primeira oportunidade, não vai deixar de comprá-lo. Semelhantemente, uma criança que se assenta diante de um aparelho de televisão, todos os dias, para assistir a certo tipo de desenho, onde a ênfase é dada ao personagem que diz possuir “toda a força” terá a tendência de se tornar um egocêntrico, do gênero que deseja “levar vantagem em tudo”. E o que não dizer de outros desenhos, que realçam figuras de bruxas e feiticeiros, exercendo seus podere aparentemente sobrenaturais? A família precisa receber maiores cuidados de nossa parte. A igreja não pode massificar sua mensagem e esquecer-se de que ela se compõe de indivíduos, muitos dos quais necessitam de terapêutica diferenciada para solucionar seus problemas. Já não bastam os cultos de terças, quintas e domingos, com uma palavra generalizada, sem que haja tratamento setorial, levando-se em conta cada segmento da igreja. A título de ilustração, vale salientar aqui a constatação do pastor Caio Fábio, que, em seu trabalho de aconselhamento pelo Brasil, se depara constantemente com moças evangélicas vivendo maritalmente com seus namorados, algumas das quais já cometeram até o aborto! (Caio Fábio. Abrindo o jogo sobre o aborto. Editora Betânia. 1985. Belo Horizonte, MG.) O que é isto senão, por um lado, a pressão exercida pela nossa sociedade corrompida e, por outro, a negligência de muitas igrejas, que abandonam os jovens à sua própria sorte? A família não pode ser desprezada. Não devemos admitir jamais que nossos filhos sejam expostos aos “menudos” da vida e a outros corruptores e se vejam, consequentemente, deturpados em sua índole espiritual. Há outras maneiras de ocupá-los sem que eles se Figura 20: O rock tem levado milhares de obriguem a gastar horas e horas diante de algo que só jovens ao delírio, em todo o mundo lhes trará danos. Tenhamos bom senso e vamos evitar o pior.
O rock na igreja O problema da música é serio até mesmo dentro de nossas igrejas. Quantos jovens crentes não possuem em suas casas coleções inteiras de discos de música popular, onde se sobressai o rock em sua forma normal ou inversa de louvor a satanás, carregado de expressões oriundas da simbologia ocultista? E o mais ridículo é que muitos nem mesmo sabem o que estão cantando, por não conhecerem o idioma, no caso das músicas internacionais. O problema se torna ainda muito mais grave porque, influenciados por esse ritmo, procuram trazê-lo para dentro dos templos, ao som de suas guitarras no mais alto volume, com músicas desconexas, sem nenhuma expressão espiritual, cujas letras muitas vezes não diz coisa com coisa, algo mais ou menos parecido com “um paletó listrado era de uma listra só”. Outros, provavelmente por falta de inspiração, lançam mão de recursos suspeitos, como colocar letras evangélicas em músicas mundanas, milhões de vezes tocadas nos palcos do diabo, como se fossem hinos inspirados diretamente pelo Senhor. Tais absurdos, além de denegrirem a nossa imagem de evangélicos, se constituem numa grande blasfêmia, já que dispomos de enorme potencial de inspiração junto a Deus, a fonte da verdadeira música.
Problemas dessa natureza precisam ser corrigidos o mais depressa possível, para que os elementos constitutivos de nosso culto sejam, de fato, estabelecidos em bases espirituais. Os jovens de nossas igrejas dependem de orientação segura, a fim de poderem direcionar os seus talentos para o caminho certo, que agrada a Deus
A igreja e os cantores O avança da tecnologia permitiu há décadas o aperfeiçoamento de aparelhos, hoje altamente sofisticados, que gravam e reproduzem o som como se o estivéssemos ouvindo, ao vivo, em um auditório, sem os ruídos de uma apresentação pública. Os cantores evangélicos têm aproveitado estes recursos para perenizar, em disco, canções do mais variados estilos. Nem todas têm exito, todavia outras alcançam enorme receptividade entre as igrejas. No entanto, se estamos desejosos de mudar uma situação de certo modo anárquica, temos de convir que muito do que tem sido gravado em nosso meio se constitui em verdadeira agressão ao bom gosto musical. O pior é que diversos desses cantores não vivem de modo condizente com o Evangelho e acabam servindo de embaraço para aqueles que, com sinceridade, empregam o melhor de seus esforços para adorar a Deus através da música. É comum ver-se nas igrejas, por ocasião de grandes eventos, uma luta ferrenha na busca de melhores espaços para a venda de discos ao povo. Nem bem o culto acaba e os cantores comerciantes já estão posicionados para oferecer seu produto. É óbvio que os irmãos têm o direito de adquirir as gravações de seus cantores prediletos, mas nem por isso deixamos de condenar a forma agressiva e anticristã como muitas vezes isto é feito. Temos de reconhecer, por outro lado, que a ocorrência desses fatos tão lamentáveis se deve, em grande parte, a que frequentemente muitos desses cantores não recebem todo os direitos que lhe são devidos por suas gravadoras, que ganham polpudos lucros, principalmente se o disco faz sucesso. Não seria a hora de se corrigir esta situação através de uma atitude honesta, coletiva e consciente, que buscasse o melhor caminho para todos? Assim, evitaríamos o baixo nível musical de muitas gravações e estaríamos contribuindo para sanar os problemas que ainda prejudicam o exercício do ministério do cantor evangélico. Outro problema grave é que a grande maioria dos discos evangélicos são gravados com músicos profissionais descrentes, os quais muitas vezes entram no estúdio sob o efeito do álcool e ali permanecem tragando os seus intermináveis cigarros. Hoje nós temos em nossas igrejas músicos de alto nível técnico; por que não lutamos para que outros também possam desenvolver suas potencialidades? Deste modo não precisaríamos estar mais expostos àqueles que pensam apenas em lucros financeiros e não em adorar a Deus.
Que fazer? A música é o elemento que mexe com a sensibilidade humana, e o diabo sabe disso. Daí porque procura aproveitá-la com todo o rigor. É hora, portanto, Figura 21: James Brown, colecionador de 80 sucessos consecutivos
de reunirmos todos os nossos esforços a fim de que este veículo seja usado em todas as suas dimensões espirituais para comunicar a mensagem cristã. Vamos tornar nossos grandes e movimentados logradouros públicos em verdadeiros auditórios para as apresentações de nossos corais. Promovamos encontros musicais em salas privados de fácil acesso ao público, onde todos, desde o mais elitizado ao mais humilde, possam conhecer a autêntica música inspirada. Um coração amolecido pela música torna-se mais acessível à mensagem. Vamos dizer ao diabo que, brevemente, ele estará no lago de fogo e enxofre, com toda a sua bagagem carregada de ocultismo, backward masking e outros artifícios, e nós estaremos ocupando o lugar de onde ele saiu, a glória celestial, adorando Àquele que tem o Poder sobre todas as forças visíveis e invisíveis do Universo. “Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor” (Salmos 150.6).
Serve o rock para a evangelização? Enquanto os sons estridentes dos instrumentos eletrônicos ressoam por todo o ginásio, centenas de moças e rapazes, na platéia, começam a balançar o corpo, muitos deles sem camisa, de mão dadas ou com punhos erguidos, sob o efeito alucinante da música tocada por um conjunto, que inicia sua apresentação pública cantando: “Pegue a guitarra e cante um rock pra louvar Jesus”. O gingar das cinturas, os olhares esticados e semblantes amolecidos, mais o impacto do barulho ensurdecedor dos mais de mil quilowatts das caixas acústicas, criam o clima ideal para a manifestação de gestos sensuais que expressam toda volúpia daqueles corações. Para a pessoa que chega, sem estar ciente do que se trata, sua primeira impressão é a de que se encontra presente em mais um show de rock pesado (heavy metal), desses que têm influenciado milhares de jovens em todo o mundo. Mas para sua surpresa se vê diante de um paradoxo (contradição): trata-se de uma pretensa reunião evangélica, que em nada difere dos “festivais da pesada”, os quais têm recebido nossa veemente condenação.
Rock, veículo de evangelização? Cenas como esta que acaba de ser descrita já caíram na rotina, pois não são poucos os conjuntos evangélicos a lançarem mão desse famigerado (conhecido) expediente, sob o argumento de que precisam usar a mesma “linguagem” do mundo para promover uma evangelização mais eficiente. Para justificar seus métodos de ação, chegam até a mencionar o apóstolo Paulo, que disse: “Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns” (1 Coríntios 9.22). A idéia que esse texto transmite, todavia, longe de justificar um comportamento com erros do grupo que está sendo evangelizado, pressupõe disposição para compreender os indivíduos a partir de sua realidade, sem descaracterizar a Fé cristã, e então conduzi-los à salvação. Se tomarmos esse texto na tentativa de justificar o rock, estaremos abrindo caminho para a prática de um liberalismo cristão, que aceita tudo como válido, se nisto estiver implícito o propósito de evangelizar. Estaremos, então, concordando com a tese maquiavelista de que os fins justificam os meios e contribuindo com isto para a degeneração dos costumes, pois nosso comportamento será igual ou pior ao daqueles que se encontram escravizados por satanás.
Jesus, o nosso grande exemplo, entrou na casa de publicanos, falou com mulheres de má reputação, alimentou-se ao lado de pecadores, sem jamais colocá-los à margem de sua missão salvífica, pois para isto tinha Ele vindo ao mundo. Todavia, em nenhum momento coonestou (disfarçou) com os pecados de seus interlocutores e nem os usou como “isca” para fins evangelísticos. Angel Peres, um dos viciados de Nova Iorque recuperado por David Wilkerson, afirma que o autor de “A Cruz e o Punhal” jamais assemelhou-se à forma de viver das quadrilhas da metrópole americana, para evangelizá-las. Seu modo de vestir, andar, falar ou proceder manteve-se inalterado e nem por isso o trabalho sofreu prejuízos. Ele desceu ao nível dos grupos aos quais desejava alcançar, procurando compreendê-los em seu próprio mundo, mas nem por isso precisou tomar “picos” nas veias ou igualar-se ao “modus vivendis” daqueles jovens.
Rock: pornografia e satanismo Já está provado que os criadores do rock tiveram objetivos escusos (secretos) ao propor esse novo estilo de música. Mick Jagger, componente dos “Rolling Stones”, teve a ousadia de declarar que “música pop é sexo, e o público deve ser agredido com sexo”, acrescentando: “Eu incito meu auditório. O que faço é muito parecido com a dança strip-tease de uma jovem”. Jim Morrison, pertencente ao grupo “Doors”, não ficou atrás ao reconhecer que os cantores de rock devem ser considerados políticos eróticos, enquanto Marly Balim, do grupo que no início se intitulou com o nome de “Jefferson Airplane”, chegou ao absurdo de dizer: “O palco é nossa cama, o auditório nossa mulher. Não nos divertimos, fazemos amor”. Por ser a música constituída de grandezas matemáticas, ela pode ser composta com o propósito de criar reações específicas. É assim que acontece com o rock. O compositor faz uso de efeitos diversos, visando produzir determinados resultados. Em detrimento a melodia e harmonia, “colocase maior ênfase na ritmo, o elemento mais diretamente relacionado com a reação física”, e compõe verdadeiras obras anárquicas, com profunda conotação sexual e demoníacas. Tocadas em volume acima dos decibéis suportáveis pelos ouvidos humanos, contribuem ainda mais para o estado de histeria que toma conta da platéia em shows desse gênero. Por que, então trazer para dentro da igreja esse estilo de música, pervertida em sua origem por satanás, para destruir a humanidade? A atitude de combatê-lo não pode ser classificada de extremismo, quando se sabe do seu profundo comprometimento com o demonismo. Este quadro se mostra com maior realce diante do relato bíblico que descreve Saul atormentado pelo espírito maligno. Para afastá-lo do rei, nenhum meio surtia efeito. Isto só era possível quando o pequeno Davi dedilhava os acordes divinos em sua harpa. Ora, a música ali tocada tinha raízes espirituais, pois se tivesse outra origem jamais teria influência sobre o demônio. “Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade, ou casa, dividida contra si mesma, não subsistirá” (Mateus 12.25). O diabo não iria lutar contra si próprio. No entanto, a pretensão de muitos, hoje, sob o disfarce da carência de uma evangelização profícua (proveitosa), é desprezar a música essencialmente divina, para propagar o que é produzida pelos “músicos de Saul”, que nada tem de eficaz quando se trata de destruir as fortalezas do diabo. São apenas artimanhas que engordam a boa fé de muitos.
O exemplo de um missionário que evangelizava determinada tribo africana não pode passar despercebido. Após um período de férias em seu país, ele retornou ao campo missionário levando na bagagem alguns discos evangélicos em ritmo de rock. Depois de ouvi-los, o feiticeiro, recentemente convertido, chamou o missionário à parte e lhe interrogou: “Você não nos ensinou como libertar-nos das feitiçarias e invocações de espíritos pelo poder de Jesus Cristo? Então, por que os está invocando com estas batidas? Este é o mesmo ritmo com o qual invocávamos os espíritos maus” (Moody Monthly). Esta ilustração encerra de vez qualquer polêmica acerca do assunto. Não se trata de mera retórica ou de apenas um discurso teórico. A realidade cotidiana prova com fatos que o rock não se presta para louvor a Deus. O máximo que pode fazer é despertar a sensualidade da carne e extravasar instintos até então latentes (adormecidos) nos indivíduos. Vamos, pois, retirar as nossas harpas dos salgueiros e entoar os cânticos de Sião (e não do mundo), à semelhança de Cristo, que, após cear com seus discípulos e antes de partir para o Getsêmani, cantou o seu hino predileto (Mateus 26.30). Sem dúvida, não foi uma dessas músicas de embalo travestidas de hino evangélico…
O rock desmascarado Não é suficiente apenas impedir que o rock entre na igreja. É preciso antes, desmascará-lo e continuar lutando para não permitir que continue exercendo sua influência destruidora sobre a juventude. Nos Estados Unidos, esta conscientização já começa a produzir resultados. As “Senhoras de Washington”, esposas de deputados, senadores e outros homens ilustres, obtiveram uma grande vitória, ao obrigar que as gravadoras coloquem nos discos um selo de advertência, mostrando aos pais os perigos que seus filhos estarão correndo, diante da presença de mensagens explícitas de sexo e estimulando o culto aos demônios nas músicas de rock (VEJA nº 886). Se não é o bastante, pelo menos já é um passo dado. Mas, enquanto isto acontece no país do Tio Sam, “ilustres brasileiros” estão querendo tornar o Rio de Janeiro, a capital mundial do rock! Por trás disto o que existe, de fato, é o interesse pelos lucros financeiros, pouco importando as consequências imediatas ou remotas que este lixo musical pode provocar nos jovens de nossa nação, como tem ocorrido nos Estados Unidos. Vale lembrar a frase do falecido Tancredo Neves, que, interrogado sobre se participaria do “Rock in Rio”, festival que foi realizado em janeiro de 1985, no Rio de Janeiro, não hesitou em afirmar: “Minha juventude é a do trabalho, da força e da obstinação e não a do rock”.
E o Menudo, onde fica? O grupo “Menudo” é outro que merece uma análise à parte, principalmente por sua forte influência sobre os adolescentes. Constituídos de cinco garotos porto-riquenhos, há fortes suspeitas, levantadas por diversos jornais seculares, de que o conjunto é a mais nova arma da Igreja da Unificação, pertencente ao Rev. Moon, que se autopromoveu como o continuador da obra do Messias, justificando-se com uma pseudovisão recebida no ano de 1936, a manhã de Páscoa, quando então teria sido alvo de tal responsabilidade. Segundo esses órgãos de imprensa, o jornal “Últimas Notícias”, com circulação no Uruguai e controlado pela Time Tribune Corporetion, empresa administrada pela seita, é um dos principais
propagadores do conjunto, o mesmo ocorrendo com os demais jornais dirigidos por essa organização. Quando se ouve falar dessas suspeitas, chega-se a terrível conclusão de que por trás de tudo está o propósito de aliciar os adolescentes, de maneira indireta, e torná-los presas fáceis dos métodos de proselitismo da seita, que não deixam de ser semelhantes aos mesmo usados pelo comunismo, ideologia que a Igreja da Unificação apregoa combater. O Menudo, portanto, além de divulgar músicas perniciosas, pelo tipo de mensagem que apresenta, torna-se também instrumento oculto de persuasão religiosa.
Figura 22: "The Rolling Stones", líder de audiência na década de 60
Esse conjunto, em suas programação pelo Brasil, deixou atrás de si um rastro de histeria e violência. Por onde quer que passava, viam-se mocinhas desmaiadas, enquanto outras perdiam o senso de respeito próprio, na flor da adolescência, para expor-se aos desvarios da sensualidade. Estas cenas, em algumas cidades, foram acrescidas de graves acidentes, por causa da insistência do público em continuar entrando nos ginásios superlotados, o que resultou em mortes prematuras, debaixo dos pés movidos pela loucura do fanatismo.
O mais grave em tudo isso, porém, é que muitos adolescentes de nossas igrejas, talvez por falta de ocupação ou descuido dos próprios pais, estão entre os admiradores desse grupo porto-riquenho. Muitos deles, com a anuência (aprovação) de seus próprios genitores, para os quais tal atitude não passa de simples arroubo (impulso) da adolescência, adquirem sem a menor cerimônia fotos, revistas, discos e outros objetos do Menudo e os colocam no altar da veneração, em lugar até mesmo do próprio Deus. Quando o peso dos anos chegar, e esses jovens deixarem para trás os tempos verdes da idade pré-adulta, eles poderão colher os resultados de suas atitudes inconsequentes, cabendo grande parcela de culpa aos pais, que não souberam orientá-los. Para que se tenha uma idéia do perigo que isto representa, a filha de um casal crente, no Rio, começou a envolver-se com o Menudo a ponto de tornar-se possessa. A princípio a coisa parecia simples, pois tratava-se apenas de pequenas reuniões para discutir sobre a vida do conjunto, juntamente com algumas coleguinhas da escola. Mas, à medida em que o tempo ia passando, o problema complicou-se e a jovem começou a participar de sessões de invocação, tal era o seu estado obsessivo. Ela chegou até mesmo a imaginar-se grávida de um daqueles garotos, que afirmava ver em contínuas aparições. Por algum tempo sua vida mudou-se por completo, pois os demônios trancaram-se em seu mundo interior, sem que ela pudesse despertar para a realidade. Só depois de muita oração, acompanhada de jejum, a moça foi liberta. Enquanto iam sendo expulsos, os espíritos malignos apontavam para locais onde estavam guardados objetos de ligação com o Menudo, os quais um a um iam sendo destruídos. Todavia, a libertação só se tornou completa, quando a jovem vomitou intacta uma foto do grupo, que tinha sido usada em um trabalho de bruxaria, e ingerida há mais de um mês. Tal acontecimento pode aparecer absurdo para os corações incrédulos, contudo retrata fielmente a realidade, já que o inimigo é capaz de realizar as coisas mais estranhas, com o propósito de escravizar debaixo de suas garras as vítimas indefesas. Para os crentes, todavia, isto não constitui surpresa alguma, pois situações piores do que esta têm sido presenciadas, principalmente por aqueles que lidam diretamente com pessoas atormentadas pelo diabo.
Este fato se assemelha, em certo sentido, aos chamado fenômenos espíritas, como, por exemplo, o transporte de objetos, a levitação e as materializações que se desenvolvem a partir de um processo chamado ectoplasmose, produzindo configurações por meio de uma substância que dizem emanar do corpo de certos médiuns. Fenômeno como estes atestam a veracidade do acontecimento há pouco descrito. Por outro lado, ainda que os parapsicólogos procurem dar explicações científicas para esses casos, nós, os crentes, estamos certos de uma coisa: nada mais são do que o resultado direto da ação maligna (Caio Fábio. Nos bastidores dos espíritos. Edição do autor. 1982. Niterói, RJ).
Usando as armas de combate Esta é a realidade que se coloca diante dos nosso olhos. Vamos, agora, passar ao largo, numa atitude covarde de que em nada dignifica o Nome de Deus, ou iremos tomar posse das armas à nossa disposição para combater, sem tréguas, todos os ataques oriundos dos arsenais do diabo? É tempo de decisão. Precisamos ter coragem para ver onde estamos falhando, a fim de nos corrigirmos perante o Senhor. Nossos filhos precisam ser orientados para que não se vejam indefesos contra as artimanhas diabólicas. Temos que evitar que sejam eles destruídos e despojados da sólida formação que lhes fará construir um futuro melhor. Iremos pagar um alto preço se os abandonarmos à sua própria sorte. A filosofia que diz: “Deixa como está para ver como é que fica” é falsa, absurda e sem nenhuma lógica.
Figura 23: "The Jackson Five". Michael Jackson, primeiro da direita para a esquerda Diante de tamanhos disparates, fica mais do que claro que nossa argumentação está fundamentada em bases reais, ainda que muitos não queiram aceitá-la. Não temos a pretensão de criar polêmica com quem quer que seja, mas temos o dever de alertar a todos sobre as influências maléficas que nos rondam e se infiltram, sorrateiramente, no meio evangélico. Se podemos oferecer a Deus o melhor, por que vamos fazer uso de um estilo de música declaradamente diabólico? Todavia, aos recalcitrantes (teimoso), fica registrada a advertência que não poderia ser extraída de outro livro, senão a Palavra de Deus: “Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, sujese ainda; e quem é justo, faça a justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda” (Apocalipse 22.11)
As armas ainda continuam sendo usadas no combate.
Igreja, música e cultura O argumento mais usado pelos defensores do uso do rock no louvor a Deus é o de que se trata de um ritmo como qualquer outro, sendo, portanto, compatível com os objetivos daqueles cujo alvo é exercer o seu ministério nessa área. Os tais ainda advogam que, por ser uma arte, neutra em si mesma, a música não pode ser analisada sob este ângulo restritivo, isto porque, tendo em vista o seu caráter universal, ela deve expressar-se de acordo com a cultura de cada povo. Sob este ponto de vista, a igreja deve então valer-se dos elementos culturais do meio em que vive, para alcançá-lo. Do contrário, ela estaria tomando uma atitude alienante. Considerando fora de sua verdadeira dimensão, estes argumentos dão margens a interpretações duvidosas que podem levar a um liberalismo perigoso. Este só contribuiria para tornar a igreja vulnerável a toda sorte de infuências estranhas, ao invés de levá-la a exercer ainda mais o seu papel restaurador entre a sociedade corrompida pelo pecado. Ora, uma dose de bom senso não faz mal a quem se dispõe a estudar o assunto sob a ótica da Fé cristã e este é o nosso propósito ao concluir este livro.
Pode a música ser manipulada? Para chegarmos à conclusão de que a música, mesmo considerada como arte, pode ser manipulada com o objetivo de alcançar determinados fins, basta vermos o depoimento de Lorin Maazel, o célebre regente americano, que dirige a Filarmônica de Viena desde 1982. Ressaltando o aspecto científico das composições do grande músico italiano Puccini, ele assim afirmou: “Quem conseguir ler uma partitura pucciana, descobre entre as linhas do pentagrama o mais refinado exercício de matemática pura, onde nada é deixado por acaso, onde tudo faz sentido, e cada coisa, numa ordem perfeita, está inserida no lugar certo” (VEJA nº 888 – 11 de setembro de 1985). Segundo Maazel, a arte de compor exige não somente uma carga de invenção genial, mas fundamenta-se essencialmente no exercício da ciência pura, ou seja, cada trabalho musical realizado obedece a critérios conscientemente concebidos, independentes da inspiração. Afirmações como estas, feitas por quem entende da matéria, só vêm a reforçar a nossa tese de que a música, a partir do momento em que deixa de ser aquela simples notas graduais da escala, para transformar-se num arranjo onde os sons se combinam e criam uma linha melódica, complementada pela harmonia e o ritmo, pode muito bem ser direcionada para propósitos nocivos, conforme temos visto ao longo desta obra. Os exemplos estão aí e são mais que suficientes para abrir os olhos de quem deseja encontrar somente a verdade. A manipulação da música, em suas muitas variantes, e com isto concordam as maiores autoridades no assunto, serve de instrumento para inflamar tropas em guerra, como ocorreu na Alemanha de Hitler, contribui para criar estados melancólicos em almas já predispostas, como no caso de boemia, é capaz de produzir calma em momentos de agitação, pode levar à hipnose, por
meio de suas batidas, provoca excitação sexual, como se verifica no rock, e conduz a muitas outras situações análogas. Este é o contexto em que se insere o rock. Trata-se de um ritmo que surgiu como ato de rebeldia, carregado de fortes conotações sexuais, e cheio de simbolismos diabólicos e de contestação. Colocando a ênfase no ritmo, para criar um “batido” próprio e fazendo uso dos decibéis excessivos das caixas acústicas, além das luzes de cores mirabolantes, os roqueiros nada mais fazem do que exercer um domínio maléfico sobre a juventude, cuja mente vai sendo minada (estragada) de modo sutil até submeter-se, por completo, ao controle de satanás. Essas constatações claras nos levam a fazer alguns questionamentos sobre nossa responsabilidade como cristãos neste mundo. É correto os nossos jovens usarem esses mesmos elementos para a composição e apresentação de seus hinos de louvor a Deus? Estaríamos, por exemplo, agradando ao Senhor com um festival de música evangélica, onde os cantores se apresentassem com roupas apertadas e cintilantes, camisas desbotoadas, chuvas de luzes lampejantes sobre o auditório e som no mais alto volume? Parece exagero, mas isto já está acontecendo… Quem tem bom senso chega logo à seguinte conclusão: este não é o meio adequado para que a Mensagem evangélica, em toda a sua pureza, possa alcançar corações empedernidos. Em shows como este pode ocorrer tudo, desde a glorificação do homem à excitação da carne, menos sentir-se a verdadeira presença de Jesus Cristo. Pode parecer radicalismo, mas é preferível pensar num tipo celestializado de música do que admitir esse absurdos.
Música e a cultura A cultura, como fator de argumentação em favor do rock, tem sido um dos pontos preferidos de apoio dos fãs desse tipo de música. Os roqueiros cristãos mais afoitos, sem entrarem mais profundamente nos aspectos que formam a cultura de uma sociedade, se apressam logo em dizer que a igreja estaria colidindo com as muitas formas de expressão cultural do meio onde vive, se deixasse de admitir o uso desses elementos em seu culto. Segundo eles, isto a colocaria em choque com a própria sociedade. Este é, inclusive, um dos grandes problemas da área missiológica, pois muitos missionários despreparados, por desconhecimento dos costumes do povo ao qual vai evangelizar, acabam encontrando sérias dificuldades em seu trabalho. Não somos adeptos da idéia dos que anulam a cultura, como se esta fosse a raiz de todos os males, mas também não podemos concordar que, em nome dela, se aceitem como normais e perfeitamente compatíveis com a vida cristã os desvarios (loucuras) de uma sociedade corrompida. Mas o que é cultura? Aurélio a define, em seu dicionário, como “o complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e doutros valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos de uma sociedade”. Como se vê, o significado é amplo e envolve conceitos que destroem, um a um, os argumentos favoráveis a aceitação de tudo em nome da cultura. Podemos, por exemplo, aceitar sem nenhum questionamento, todos os padrões de comportamento de nosso povo? É lícito admitirmos apenas como formas de expressão cultural as crenças de toda ordem difundidas ao redor do mundo? Os valores espirituais que pautam a vida de nossa sociedade são os mesmos que servem de parâmetros para o nosso viver cristão? Esta é uma das questões mais sérias com as quais a igreja se depara na hora de contextualizar a sua mensagem. No afã (empenho) de tornar o evangelho acessível a todas as culturas, ela corre o
risco de adaptá-lo ao “modus vivendi” de cada povo. Daqui a pouco estaremos sujeitos a ver um evangelho para indianos, outro para japoneses, e assim por diante. Ora, sabemos que os princípios da Palavra de Deus são eternos e imutáveis. Não podemos confundir contextualização com assimilação de costumes estranhos à norma bíblica de vida. “O evangelho opera não só na transformação invisível do indivíduo, mas a sua influência provoca mudanças na sociedade e na cultura”. Vale salientar, ainda, que todo o sistema mundano está impregnado da influência direta de satanás, cumprindo-se assim o que a Bíblia diz: “O mundo jaz no maligno”. Maior exemplo disso temos no próprio Brasil, cujos lastros (fundamentos) culturais têm raízes no catolicismo trazido pelos portugueses, nas superstições dos índios que já habitavam a terra recém-descoberta e nos cultos diabólicos oriundos da África (MENSAGEIRO DA PAZ nº 1180 – Nova escravidão ameaça o Brasil, agosto de 1985). A música, portanto, se enquadra na mesma medida de apreciação. Ela sofre a influência deletéria (danosa) de um sistema onde a filosofia humanista, usando-a ao seu próprio gosto, procura destruir a Fé em Deus. Diante disso, não é razoável transportar para a igreja um tipo de composição cheio de vícios, como o rock ou qualquer outro que esteja na mesma situação. São oportunas aqui as palavras de John Blanchard, que, em seu livro Rock in… Igreja?!, afirmou o seguinte: “Antes de ver a música como fruto da cultura humana, precisamos vê-la como resultado da criação divina”. David Wilkerson, pioneiro, do trabalho de recuperação entre jovens viciados, dada a sua vivência em um meio onde o rock predomina, talvez pudesse fornecer em nome da cultura, algum argumento favorável ao uso desse ritmo pela igreja, como forma de alcançar a juventude transviada. Mas ele admite com toda clareza a incompatibilidade entre o rock e a vida cristã. Veja o que Wilkerson diz: “Conjuntos de rock são trazidos às nossas cruzadas evangelísticas para jovens por igrejas que apoiam o nosso trabalho. Eles aparecem no meu palco com suas baterias e suas guitarras a todo volume, batendo palmas nas músicas que falam de Jesus, mas com aquele batido primitivo de rock. Procuro demonstrar que não estou surpreso, ofendido ou envergonhado. Vejam bem, é que eu quero ter um relacionamento profundo com esses jovens. Os garotos no auditório parecem curtir cada batido. Batem palmas, sorriem, curtem, se ligam e ficam excitados. Mas há algo dentro de mim, lá no fundo de minha alma, que não parece estar certo. Há um pequeno machucado que não sei explicar. Sinto como se o Espírito Santo que habita em mim não aceita os sons do rock em meio a uma reunião de salvação. Também tenho um sentido, um conhecer interior, que o gentil Espírito Santo não se sente bem na atmosfera que este tipo de música cria” (Citado em Rock in… Igreja?! – Editora Fiel). Palavras como estas, proferidas por alguém como David Wilkerson, devem servir de alerta para os que defendem cegamente o uso do rock na igreja.
Cristo e a cultura Cristo, ao revestir-se de nossa natureza humana, assumiu também uma identidade cultural: a judaica. Sua vida entre os homens, em todos os momentos, teve a influência dos costumes de seu povo no que tange ao idioma, à convivência familiar, ao modo de vida adotada e aos padrões éticos do judaísmo. Por isso mesmo os defensores do rock, na tentativa de dar maior credibilidade às suas argumentações, afirmam que, por não ter Jesus se alijado (descartado) da cultura de sua gente, devemos então abrir as portas para todas as formas de manifestação cultural, pois só assim estaríamos seguindo o exemplo do Filho de Deus.
Mas não é bom exagerar nessas colocações, pois Cristo, não obstante ter nascido entre os judeus, jamais se mostrou prisioneiro desse cultura, quando ela revela exageros inadmissíveis. Em outras palavras, sempre que fosse preciso tomar uma atitude que contrariasse costumes estranhos já arraigados na consciência do povo, Ele não hesitava em fazê-lo. Foi assim em relação ao divórcio. Enquanto a Lei de Moisés o previa em circunstâncias bem mais amplas (Deuteronômio 24.1-4 [“Quando um homem tiver esposado uma mulher e formalizado o matrimônio, mas pouco tempo depois descobrir nela algo que ele reprove e por isso deixar de querê-la como esposa, ele poderá dar à sua mulher uma certidão de divórcio e mandá-la embora. Entretanto, se depois de partir de casa, ela se tornar esposa de outro homem, e este vier a não gostar mais dela também, igualmente lhe dará certidão de divórcio, e a mandará embora”]) o que se tornou comum entre os judeus, Jesus o restringiu apenas a casos de adultério (Mateus 5.31,31 [“Foi dito também: ‘Aquele que se divorciar de sua esposa deverá dar a ela uma certidão de divórcio’. Eu, porém, vos digo: Qualquer que se divorciar da sua esposa, exceto por imoralidade sexual, faz com que ela se torne adúltera, e quem se casar com a mulher divorciada estará cometendo adultério]; Mateus 19.1-9 [“Todo aquele que se divorciar da sua esposa, a não ser por imoralidade sexual, e se casar com outra mulher, estará cometendo adultério”]). No contexto deste último capítulo, o Senhor indiretamente condenou as instituições sociais da poligamia e do concubinato, tão em voga no Antigo Testamento e cujos resquícios ainda perduravam: “O que se praticava entre os judeus dos dias de Jesus era uma completa distorção dos princípios eternos”. O exemplo da mulher adúltera que, pela lei, deveria ser apedrejada se constitui em outra lição sobre o modo como Jesus encarava os padrões éticos da cultura religiosa judaica. Ele se apegava a valores absolutos e não relativos. Sob este prisma, o Mestre não poderia, pela lógica, assentar-se junto ao poço de Jacó e dialogar com uma mulher samaritana, pois este fato feria frontalmente q herança que incompatibilizava judeus e samaritanos. Ele, todavia, permaneceu fiel ao princípio universal do Amor, que une todas as raças, enquanto seus contemporâneos preferiam disseminar o ódio aos inimigos. Nem mesmo o sábado e a tradição farisaica que não permitia caminhadas além de dois mil passos neste dia impediram o Salvador de empreender o seu ministério, para Ele mais importante do que qualquer cultura humana! Nosso posicionamento, portanto, deve ter a mesma característica. Não podemos aceitar que, sob a capa de cultura, nos sejam impostos padrões de comportamento destoantes dos princípios eternos e imutáveis da Palavra de Deus. “Não ameis o mundo nem as coisas que no mundo há”, diz a Bíblia Sagrada. A música não foge a esta regra!
A música que agrada a Deus Chegamos, agora, ao ponto mais cruciante da questão, diante da perspectiva desenvolvida através destas páginas. Que tipo de música devemos usar em nossos trabalhos evangelísticos? Para estabelecermos uma posição definitiva sobre o assunto precisamos partir do princípio de que a vida cristã implica em uma transformação completa que envolve sentimentos e atitudes. Na definição paulina, significa tornar-se numa nova criatura (2 Coríntios 5.17). Este quadro é retratado por Davi no Salmo 40.2,3. Após mostrar os dois lados de uma vida, entes e depois da transformação, ele pôde afirmar: “E pôs um novo cântico na minha boca”. Aqui está o âmago de tudo. Até mesmo o nosso cântico se modifica após a conversão. Agora há uma nova maneira de se verem as coisas e o louvor se torna a expressão dos novos sentimentos de
nossa alma para com Deus. Paulo classificou isto de “cânticos espirituais”, uma dimensão bem acima da vulgaridade de muitos hinos hoje apresentados em pretensas reuniões evangélicas. Todavia, já que desejamos encontrar o ponto de convergência concernente ao assunto deste livro, é bom fazermos algumas reflexões que poderão servir de diretrizes aos interessados em um novo caminho para a música evangélica. Temos nós procurado agradar a Deus com nosso louvor ou visamos a exaltação humana? A música que entoamos em nossos cultos contribui para trazer a glória do Senhor ao ambiente ou motiva outros sentimentos? Há algum batido exagerado em nossos hinos que conduz à excitação do corpo ou o ritmo reflete equilíbrio com a harmonia e a melodia? Os instrumentos que acompanham o cântico tocam no mais alto volume ou permitem sentirmos a beleza da música e a mensagem da letra? As nossas composições revelam conteúdo teológico correto ou são um amontoado de expressões vulgares que nada significam? A melodia de nossas músicas é condizente com os nossos sentimentos de alegria e adoração ou se mostra carregada de sons desarticulados que nada representam para um verdadeiro culto cristão? Com estas considerações em mente, sem que tenhamos necessidade de maiores habilitações, fica bem claro diante dos nossos olhos o tipo de música da qual Deus se agrada e como melhor usá-la em nossas reuniões evangélicas. Só mesmo falta de sensibilidade espiritual para levar-nos a não compreender esta realidade. Ao encerrarmos o nosso trabalho, fazemo-lo em oração para que a nossa juventude saiba discernir, conscientemente, o melhor caminho e não se veja iludida pelos ardis de satanás. “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”. Cabe, agora, ao leitor fazer a sua opção.
Rogamos a Deus que os líderes das igrejas meditem sobre as advertências deste livro e contribuam para manter imaculada a música que os evangélicos brasileiros ouvem – fora e dentro das igrejas! Rolando de Nassáu
Autoridades brasileiras, o conteúdo deste livro ser-vos-á oportuno no combate à onda de degradação moral de nossa juventude. Pastores evangélicos, colocai este livro ao alcance de vossos liderados a vem de todos Alcebíades P. Vasconcelos
Obrigado por ler este e-book! Para mais materiais gratuitos, visite meu blog: https://verdadeiroscristaos33.blogspot.com/