[ANTIGO] PORTIFOLIO MARTIM FURTADO 2022

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2022 PORTFÓLIO FAUUSP

MARTIM FERRAZ COSTA FURTADO


2

CURRÍCULO

LÍNGUAS

SOFTWARES

Português Nativo

QGIS

Inglês

Fluente

Indesign

Certificado C1 IELTS

Illustrator

MARTIM FERRAZ COSTA FURTADO

graduando pela FAUUSP 12o semestre

(11) 996 678 897 martim.furtado@usp.br linkedin << lattes <<

Foto ©Daniela Motta Capa: Memorial do holocausto, Berlim ©Martim Ferraz

Alemão

Básico B2

Espanhol

Básico

Archicad Photoshop Autocad Excel Sketchup


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EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

PREFEITURA DE SÃO PAULO 2021 abril a agosto Estágio na Coordenação de Políticas para População em Situação de Rua [CPPSR - SMDHC] Desenvolvimento e gestão de políticas públicas de assistência à população em situação de rua. Desenvolvimento de fluxos de trabalho para monitoramento e análise das políticas públicas atuais com foco no mapeamento e na melhoria do acesso aos serviços públicos durante a pandemia da COVID-19. Melhoria da logística de distribuição de alimentos para os semteto em 25% e avaliação a eficácia de sua parceria. Apoio a implementação de instalações de água e higiene.

ACADEMIA

FORMAÇÃO

AMATA BRASIL

LabCidade FAUUSP

FAUUSP

2018 janeiro a fevereiro Estágio nas férias de verão

Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade

2016 - até o momento curso de graduação

2018 - 2019 iniciação científica

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo

Acompanhamento e auxílio no desenvolvimento inicial do departamento comercial para a operação de madeira engenheirada: elaboração de pesquisas de mercado, cálculos de volume de material e mapeamento de técnicas construtivas.

Pesquisa sobre ocupações contemporâneas na região nordeste de São Paulo. Parte do Projeto Territórios Populares orientado por Profa. Dra. Raquel Rolnik e Profa. Dra. Paula Santoro.

TU BERLIN Semestre de Inverno 2019/20 intercâmbio Programa de Master em Arquitetura na Universidade Técnica de Berlin - Faculdade 6: Ambiente Construído

D-ARCH ETH Zürich

LabHab FAUUSP

2017 outubro organização e tradução

2017 - 2018 iniciação científica

Visita de estudantes da ETH Zürich às casas de Vilanova Artigas e Paulo Mendes da Rocha na cidade de São Paulo. Semana de visita no âmbito do Estúdio Raphael Zuber durante a Seminarwoche.

PEUC: características dos imóveis notificados na Operação Urbana Centro e viabilidade de utilização destes para HIS pesquisa de iniciação científica orientada por Profa. Dra. Luciana Royer e Profa. Dra. Karina Leitão

EXTENSÃO

Arq. Futuro

LabDU FDUSP

GAIA

2014 novembro

2018

2017 - 2018

Estágio na organização do evento “Cidades Performáticas” e produção de conteúdo sobre o evento e participantes para divulgação.

Desenvolvimento do Laboratório de Direito Urbanístico da Faculdade de Direito da USP: interdisciplinar de discussão sobre o direito urbanístico para a graduação e pósgraduação. Orientação de prof. Luis Fernando Massonetto

Grupo de Apoio ao assentamento Irmã Alberta (MST) FAUUSP

GCA 2016 - 2018 Grupo de Construção Agroecológica


PROJETOS APRESENTADOS

CAMPOS ELYSEOS

OUTROS TRABALHOS

Artigo sobre a urbanizaã ç o do bairro de Campos Eliseos. PROJETO CONFORTO AMBIENTAL

HABITAÇÃO SOCIAL NO JAGUARÉ

Projeto de reforma para apartamento em Pinheiros para atingir conforto termico e acústico adequado

Habitação para a f mílias moradoras de a f e v las removidas por habitar nascentes de córregos SUMÁRIO

PARQUE BIXIGA

EDIFÍCIO JARDIM

CENTRO DE SAÚDE MOABIT

pg 6

pg 18

pg 30

Projeto de Parque para o terreno ao redor do Teatro Oficina

habitação de interesse social construída em madeira

Acolhimento de pessoas em situação de rua e dependência química em Berlim

HIS EM MADEIRA

PLANO GRAJAÚ

Estudo de tipologias de construção em madeira para habitação social em pequenos terrenos

Plano urbano para a Capela do Socorro com estratégias de reassentamento de a f mílias moradoras das margens da represa Billings


ARTIGO ENANPUR

CENTRO CULTURAL JD. FONTALIS

Apresentação de artigo no Encontro Nacional de Planejamento Urbano de 2019

Projeto de complexo habitacional, cultural e comercial para favela removida MOBILIÁRIO PARA USP LESTE Proposta de mobiliário construído com reaproveitamento de resíduo de construção civil ENCHENTES CHELSEA Relatório de impacto de enchentes no bairro de Chelsea, Nova Iorque, em um comércio

IDENTIDADE VISUAL E AMBIENTAL ACESSÍVEL

PEUC E HABITAÇÃO SOCIAL NO CENTRO DE SÃO PAULO

CICLOMOBILIDADE TREMEMBÉ

PRAÇA IRMÃ ALBERTA

pg 42

pg 48

pg 52

pg 56

Projeto de sinalização para o Instituto de Estudos Brasileiros [IEB / USP] considerando acessibilidade para pessoas com deficiência visual

Pesquisa no LabHab FAUUSP de acompanhamento da política urbana para imóveis ociosos no centro de são paulo

Análise de políticas públicas de ciclomobilidade para periferia norte de São Paulo

Projeto de extensão de apoio universitário ao assentamento Irmã Alberta do MST

DADOS POP RUA Organização, análise e monitoramento de dados sobre a população em situação de rua paulistana

TERRITÓRIOS POPULARES

MENTE 100 LEMBRANÇAS

Pesquisa no LabCidade FAUUSP sobre novas dinâmicas de expansão urbana na periferia nordeste de São Paulo

História ficcional em quadrinhos sobre as memórias de moradores expulsos de suas casas por obras nas expansão Avenida Roberto Marinho


6

Bexiga, São Paulo

2020.1 9o semestre

orientação

equipe

Anália Amorim

Martim Ferraz Michael Vago

1. Screenshot do filme "A Cidade do Homem Nú" imagem de Marina D'Império e Sofia Tomic.

PARQUE BIXIGA O Parque Bixiga é uma e um espaço já há décadas habitado por ousadas propostas. Em frente ao Minhocão e ao redor do Teatro Oficina, o complexo de terrenos não edificados é palco de uma história de disputas espaciais que sintetizam embates políticos e culturais da cidade. Desde os anos 60, essa disputa se dá muitas vezes através da violência – física e metafórica –, como com a demolição de uma dezena de sobrados populares ao longo da rua da Abolição, cujos escombros serviram de cenário montado por Lina Bo Bardi para a peça de “Na Selva da Cidade”, apresentada pelo Teatro Oficina. Além dos corpos humanos, outros corpos políticos estão presentes no terreno, como é o caso do canalizado Córrego Bexiga, que cruza o elevado e adentra em silêncio soterrado a rua Japurá. Trazer à superfície um córrego cuja nascente já não vê o sol nos pareceu insignificante quando comparado o terreno com a extensão total do corpo d’água. Assim, em honra às águas da chuva que continuam fluindo pela superfície em busca deste corpo, desenhamos um córrego superficial que acolhe as águas pluviais vindas da rua e caídas no terreno. Em um espaço em constante construção e no qual a violência é tão presente seria desrespeitoso criar uma paisagem bucólica que negasse as disputas inerentes a existência urbana. Assim surgem os escombros

como material simbólico da reconstrução caótica da ordem, sobre os quais fluem as turvas águas paulistanas. Ao redor deste rasgo brutal e sutil, se organiza uma homenagem a vida boêmia e cotidiana no bairro do Bixiga. A esquina da rua Jaceguai com Abolição – em frente ao Minhocão – é conformada por edificações que seguem a tipologia tradicional de sobrados, cujas fachadas sem recuos são apenas interrompidas por acessos ao parque. A amplitude é um enorme potencial deste terreno, assim como uma experiência rara na região central, o que direcionou o desenho para que o miolo do parque fosse amplo e acolhedor, envolto por um calçadão interno no nível nas edificações. A tranquilidade do gramado central é resguardada pela vegetação que corre ao longo dos calçadões, marcando a diferença entre os espaços, mas ainda permitindo a contemplação da ampla paisagem por entre os fustes dos paus-ferro. No fundo, ao lado da saída para a rua Japurá, o vale se conecta com os outros terrenos do Parque através de uma arena/escadaria/rampa de frente para os fundos do Teatro Oficina. A arena marca a ascensão em direção ao acesso à rua Santo Amaro, 13m acima, trajeto que perpassa um quiosque mirante em meio às escadarias, um complexo esportivo e termina em uma horta comunitária.


7


MATERIALIDADE DOS ESCOMBROS

"(...) escombro significa absorver a transformação espacial total forjada através da violência e desastre; fala das maneiras como as estruturas anteriores transformam a natureza de seus arredores."

GIESSEN, in AA Files

3. Peça "Na Selva das 5. Cidades" apresentada 6. Parque Teufelsberg, em em 1969, em que o palco, Berlim. Ponto mais alto da cenografia de Lina Bo cidade, construído sobre Bardi, foi construído com escombros da 2a Guerra escombros da demolição Mundial carregados de sobrados do bairro ao longo dos primeiros do Bexiga e destruído meses de reconstrução durante as apresentações da cidade do pós-guerra da peça. por mulheres e crianças.

MATZENBACHER, pg 140

©Martim Ferraz



10

ESTUDO TERRENO E BAIRRO

7. Estudo para identificação de características e potencialidades das diferentes áreas do terreno de projeto para planejar a integração do parque. A área marcada como "Vale do Bexiga" se tornou o foco do projeto pela possibilidade de conformar a quadra na esquina e trazer o córrego à superfície através da coleta de águas pluviais. 8. Estudo dos tipos de edifícios que conformam esquinas do Bexiga. Muitos edifícios foram construídos no primeiro ciclo de boom imobiliário de São Paulo entre os anos 1930 e 50. A arquitetura deste período aprensenta características marcantes, como fachadas contínuas ao longo da rua sem recuos; esquinas recortadas que facilitam a curva do pedestre; varandas ao longo da fachada que permitem uma proximidade com o espaço da rua.


11

MODELAGEM DA VAZÃO DO CÓRREGO

9. Exercício de cálculo da 10. Mapeamento dos bueiros seção do córrego de e delimitação da área drenagem das águas de coleta das águas pluviais. Além das contas de chuva para cálculo de volume, foi feita a do volume escoado comparação entre o uso superificialmente no de escombros versus terreno. concreto na calha do dreno. Desta forma confirmamos a viabilidade de nossa proposta.


12

o çã i l o ab a ad ru comércio e habitação

rte co comércio e habitação

rá apu j a ru

i ua eg ac aj ru

gramadão arena do Teatro Oficina quiosque e escadaria

comércio e estúdios

o cã ho nc mi

complexo esportivo

e rt co

VISTA AÉREA

horta

s


rua ja purá

13

banheiros públicos

comércio

parquinho

gramadão

acesso ao parque

comércio bicicletária acesso habitação

mirante

rua da abolição

lanchonete

PLANTA TÉRREA 1:750

gárgola de coleta de águas pluviais

rua jaceguai

acesso estúdios

s


14

CORTE 1:350 escadarias rua Santo Amaro

horta comunitária

quiosque

arena do Teatro Oficina


15

11. Esquina da rua Jaceguai 12. Acesso ao parque via com rua da Abolição. Rua da Abolição. Vista Mirante em que as águas do parquinho, em que a pluviais são acolhidas arena externa do Teatro por um espelho d'água e Oficina e a ascenção via adentram o parque. rampas ou escadarias à rua Santo Amaro são enquadradas.

13. Corte da rua Santo Amaro à rua da Abolição olhando para a rua Jaceguai. Eixo de transposição da cota 761 à cota 748, fundo do vale do Córrego Bexiga.

águas pluviais gramado

córrego do bexiga

parquinho

rua da Abolição


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DETALHAMENTO DO CÓRREGO E ARRIMOS

10. Gabião de escombros ©Atelier Liu Yuyang Architects

AREIA GROSSA 3mm a 5mm BRITA 2 9mm a 19 mm MANTA GEOTÊXTIL AREIA GROSSA 3mm a 5mm

BRITA 4 50mm a 75mm AREIA DE REJUNTE

BRITA 2 9mm a 19 mm

CANALETA GUIA DE CONCRETO

PISO DRENANTE 400x400x80mm

MANTA GEOTÊXTIL

GABIÃO DE ESCOMBRO 500x500x1000mm

BRITA 4 50mm a 75mm AREIA DE REJUNTE

40

BARBACÃ

CANALETA GUIA DE CONCRETO GABIÃO DE ESCOMBRO 500x500x1000mm

7

1,2

14

21

84

1,00 1,34

25

2,44

VIGA METÁLICA GALVANIZADA EM I 67,5x107,6x1400mm PISO METÁLICO EM GRADE ESPAÇAMENTO 25x25mm 1400x20x1500mm

MURO DE CONTENÇÃO DE CONCRETO ARMADO 10 542

25 81 10 22

504 10

5 3 6 18

498

5

257 60

911 2,686

60

568

1,116

65

7

1 87

1,403

1,02

99

PISO DRENANTE 400x400x80mm


17 AREIA GROSSA 3mm a 5mm NIVELAMENTO DE CONCRETO

MANTA GEOTÉXTIL

BRITA 2 9mm a 19 mm BRITA 3 25mm a 50mm

14

26

149

266

35 51 6 299 3 19 98 3 18

299

951

35

1,00

299

ESCOMBRO ~100mm

33

GABIÃO DE ESCOMBRO 300x300x500mm

299

1,539 1,873

AREIA GROSSA 3mm a 5mm NIVELAMENTO DE CONCRETO

MANTA GEOTÉXTIL

BRITA 2 9mm a 19 mm

2,00

GABIÃO DE ESCOMBRO 300x300x500mm

ESCOMBRO ~100mm

5

349

349

BRITA 3 25mm a 50mm

299

GABIÃO DE ESCOMBRO 300x300x500mm

1,95

299

2,86

299

7

AREIA GROSSA 3mm a 5mm NIVELAMENTO DE CONCRETO

MANTA GEOTÉXTIL

BRITA 2 9mm a 19 mm ESCOMBRO ~100mm

BRITA 3 25mm a 50mm

3,00

351

GABIÃO DE ESCOMBRO 300x300x500mm

299

2,95 3,86

5

299


18 VIla Buarque, São Paulo

2020.1 9o semestre

orientação

equipe

profa. Anália Amorim

Martim Ferraz

1. Manifestação pelo reconhecimento e assistência às famílias que moram em meio ao fluxo do uso de crack na região da Luz. ©Marlene Bergamo/Folha

2. Axonometria do Edifício Jardim indicando o local e quantidade dos diferentes tipos de unidades habitacionais.

EDIFÍCIO JARDIM Em março de 2018 foi lançada a campanha Campos Eliseos Vivo, uma contraproposta projetual política ante a extrema violência policial e a expulsão de moradores de cortiços sem assistência alguma na região da Luz, arredores da chamada “cracolândia”. Este projeto expôs a enorme complexidade dos hotéis na região central – como são chamados os lugares classificados pelo poder público como cortiços –, como os casos em que prédios inteiros são habitados por mães solo. Nestes casos, a existência de outras mães e de um pátio permite que elas saiam para trabalhar e tenham com quem deixar as crianças, além de proporcionar um espaço com menores riscos de violência sexual. Este especificamente foi um caso inspirador para o programa do Edifício Jardim: um edifício habitacional com térreo misto que possa acolher com estrutura mulheres em tal situação de fragilidade. Tal proposta mostrou a pertinência de incluir uma creche no primeiro andar, de forma a permitir o menor desvio do trajeto casatrabalho para os moradores com crianças. Dada a necessidade urgente de construção de habitação acessível para moradores pobres sendo expulsos de cortiços na região da Luz, o sistema construtivo empregado foi a madeira laminada colada, com painéis de laminado cruzado para as lajes. Nos tênues limites - sociais e espaciais - entre

o que se chama de Vila Buarque ou República, o edifício se encontra em frente ao Elevado Costa e Silva – Minhocão, o que traz desafios particulares para o desenho do térreo do edifício, assim como para a fachada. Visando conformar a esquina, o edifício tem as quinas chanfradas no terreno e unidades comerciais em toda a extensão da fachada virada para a rua Amaral Gurgel. A distância no térreo entre os comércios e o limite interno do terreno cria um espaço coberto apropriado para a disposição de mesinhas e estacionamento de bicicletas de forma segura. Através desses espaços se dá o ingresso ao pátio interno, criando uma circulação interna paralela aos eixos das ruas mais resguardada principalmente para moradores e acesso técnico para comerciantes. Por conta da presente violência urbana na região central a disposição se dá de forma que possa ser fechada durante a noite, liberando apenas o acesso direto entre a rua e os elevadores. As unidades habitacionais foram projetadas a partir de um módulo espacial mínimo de 9 m x 2 m cujas composições foram testadas com um modelo de borracha sobre uma grelha desenhada sobre o terreno. O quebra-cabeças espacial resultou na definição de unidades habitacionais diversas que se encaixam compondo um modulo construtivo repetido a cada 3 andares.


19

dim jar l ra ne e g rua

M UH HB 3* U B’ 9 * UH 2* l ara am rua

l rge gu

ão oc nh mi

A UH * 36 A' H U 8*

HE C E CR

o óri t r e rs o j ma a u r


20 VIGA Y 9,60 m comprimento 40 x 20 cm seção

SISTEMA CONSTRUTIVO

O sistema construtivo escolhido foi a madeira por apresentar grande precisão na fabricação das peças e grande agilidade na execução da obra. Nos últimos anos, houveram experências de construção com madeira laminada colada (CLT e GluLam) em que edifícios de sete andares foram erguidos em pouco mais de três semanas. A estrutura do edifício se organiza em vigas e pilares de igual seção (40 x 20 cm). A modulação conforma uma grelha de 6 x 6 metros no térreo. Os pavimentos, por sua vez, apresentam um quadrado de 6 x 6 m e ao lado de um retângulo de 3 x 6 m. Este retângulo faz sustenta os quartos nos pavimentos tipo superior e inferior e, nos de acesso, a circulação externa.

3. Cálculo de carregamento e desempenho das vigas e pilares em madeira laminada colada (GluLam) feito a partir da calculadora da empresa finlandesa Stora Enso.

VIGA X 6m comprimento 40 x 20 cm seção

PILAR altura variável 40 x 20 cm seção


21

MÓDULO ESPACIAL

*2 *4

9m

9m

6m 6m

3m

3m

9m

6m

6m

MÓDULO DE

MÓDULO

MÓDULO

COMPOSIÇÃO

HABITACIONAL MÍNIMO

CONSTRUTIVO

ESPACIAL MÍNIMO

72 m2

COMPOSTO

18 m2

144 m2

TIPOS DE UNIDADES or eri p su sso ace or eri f n i

or eri p u s sso ace or eri inf

or eri p u s sso e c a

72 m2 UNIDADES A e A’

90 m2 UNIDADES B e B’

164 m2 UNIDADE M

Pensadas para famílias até 4 integrantes; grupos de estudantes; amigxs; ...

Pensadas para grandes famílias - com mais de quatro integrantes-; grupos de estudantes; amigxs; famílias núclereares mais famíliares; ...

Pensadas para até 3 mães solteiras com um ou dois filhos, de forma que possam se auxiliar nos cuidados e tempos do dia a dia.


O N

VE RÃ

VE RÃ

A ER AV PR IM

A ER AV

O

OU T

IN VE R

IN VE R

PR IM

IN VE R

O N

A ER AV

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OU T

O N O

O

O N O

VE RÃ

22

PR IM

FUCHSIA MAGELLANICA

IPOMOEA HEDERIFOLIA

Cipó de Sino

Brinco de Princesa

Ipomeia Vermelha

PR IM

Com a maior extensão da sua fachada de frente para o Minhocão, desde o ínicio do projeto foi colocado o desafio de lidar com o intenso ruído e poluição provenientes dos automóveis. Conforme dsicutido em disciplinas de conforto ambiental, a presença de vegetação ajuda a distanciar a vista exterior assim como a atenuar a percepção do ruído intermitente.

VE RÃ

A ER AV

A ER AV

O N

DIAGRAMAS DE FLORAÇÃO

PR IM

Feijão Borboleta

OU T

IN VE R

IN VE R

CLITÓRIA TERNATEA

O

O N

OU T

O N O

O

O N O

VE RÃ

MANSOA DIFFICILIS

ALLAMANDA CATHARTICA Dedal de Dama As trepadeiras escolhidas foram posicionadas a cada duas floreiras em ordem de florecimento no ano. De forma que o passar do tempo seja marcado pela fachada, como um relógio, constantemente florido para os pedestres e que celebra a chegada do primavera com uma coroa vermelha.


23

4. Planta tridimensional 5. Perspectiva interna desenhada à mão. de estudo para as Estudo para pavimento unidades principais, principal superior visando identificar das unidades A. como a estrutura Alinhamento das aparente comporia a áreas molhadas e organização do dia a dia posicionamento no apartamento. de shaft em desenvolvimento.


24

pavimento principal

2.

1.

1.

5. 4.

acesso

3.

pavimento principal

SEÇÃO UNIDADES TIPO A

5.

1. Portas com bandeira 4. Bancos abaixo das janelas giratória para permitir nos quartos criam uma ventilação cruzada nos situação confortável para andares de circulação se contemplar a visita das sem que seja necessária janelas. uma abertura que exponha o apartamento. 2. Floreiras com trepadeiras 5. Quartos e varandas comestíveis em toda a voltados para o pátio extensão da fachada interno de forma a evitar para visualmente atenuar o ruído dos automóveis a presença do elevado nestes espaços de e mascarar o ruído acolhimento e descanso. automotivo. 3. Guarda corpo metálico que permite a maior incidência da luz solar no corredor de circulação e varanda, assim atenua a sensação de estreitamento.


25

cozinha ampla

sala

hall de entrada

área central para brincadeiras varanda

banheiro amplo

quarto

quarto

0

1

2

3m

UNIDADES TIPO M 1:75

6. Pavimento de acesso às unidades M para mães solo: áreas comuns

7. Pavimento principal M para mães solo: banheiros e dormitórios


26

0

2

4

8

12m

s

PAVIMENTO TÉRREO

bar loja

bicicletário + condomínio

acesso a aptos

loja pátio loja

bar

recepção creche


27

0

2

4

8

12m

s

refeitório

cozinha

PAVIMENTO CRECHE

banheiro crianças

sala

sala

sala

banheiro funcionários sala dos funcionários

sala da diretora

sala

sala

hall de espera

almoxarifado


28

0

2

4

8

12m

s

PAVIMENTO DE ACESSOS

mirante comum

acessos a unidades tipo A

acesso a aptos

mirante comum


29

0

2

4

8

12m

s

unidades tipo M

PAVIMENTOS PRINCIPAIS

unidades tipo A

unidades tipo M


30 Moabit, Berlin

2019.2 8o semestre

Estúdio de Arquitetura para a Saúde

equipe Martim Ferraz Gustavo Ribeiro Lorraine Davi

// 1. Terreno de projeto. Esquina da rua Turmstraße com a Stromstraße. ©Apple Inc. 2. 3. fotos tiradas nos arredores do terreno de projeto para a primeira tarefa da disciplina: investigar vestígios de permanência humana ©Martim Ferraz

CENTRO DE SAÚDE MOABIT A cidade de Berlim é desde os anos 80 um dos lugares em que a cultura relacionada a música techno floresceu e continua a florescer. Parte dessa cultura envolve, ainda que não necessariamente, o uso de diversas drogas sintéticas, o que fez com que Berlim se tornasse um dos maiores centros consumidores na Europa. Embora haja uma ampla infraestrutura social e de saúde para acolhimento de pessoas que eventualmente desenvolvem dependências químicas ou sequelas por conta do uso destas drogas, ainda há uma quantidade considerável de pessoas que vão para a situação de rua por conta da instabilidade causada na vida. Pra além dos casos em que pessoas se encontram na rua por conta dependência química, há também muitos casos de pessoas com problemas psicológicos graves que acabam indo para as ruas por ausência de um acolhimento de suas necessidades. A partir das experiências com abordagem de redução de danos para dependentes químicos e do princípio de participação voluntária foi estabelecido o programa da Centro de Saúde Moabit, no bairro de mesmo nome. O principal objetivo é reestabelecer a autoestima, estabilidade psicológica e autonomia – social e financeira - dos participantes, simultaneamente a atividades em parceria com a comunidade dos arredores.

Para que o processo seja efetivo, é central que a decisão seja ativa do participante. Como isso pode demorar em muitos casos, o espaço para atividades de baixo comprometimento é central para que a aproximação com a instituição possa ser gradual. Também é fundamental a garantia de moradia, para que a estabilização da vida tenha um lastro. As dependências são acessíveis diretamente a partir da praça central, que age como transição entre a exposição da vida pública e a relação íntima com o profissional de saúde, ainda mantendo a abertura de uma área comum que permite que encontros ocorram e a construção de uma noção de comunidade e solidariedade. É importante que parte do processo de recuperação não se deve somente aos pacientes, mas a sociedade como um todo, que vira as costas para pessoas em tais situações de fragilidade. Por tanto, atividades em parceria com a comunidade local são também deveres centrais da instituição para a desconstrução do estigma sobre a situação de rua. Para tais atividades que o espaço transitório da praça é crucial, mas não mais importante que as simples sociabilidades cotidianas que se dão na cafeteria. Assim, o espaço do Cento de Saúde é todo concebido através da construção de gradientes entre espaços de exposição e intimidade.


31


32

atividades de baixo comprometimento

ingresso nas atividades

PROCESSO DE RECUPERAÇÃO NA CLÍNICA

acolhimento!

cíclo de reestruturação da estabilidade habitação incondicional

eixo comunal

eixo individual

terapia em grupo

assistência médica

atividades comunitárias com participantes externos à clinica

assistência psicológica

jardinagem

assistência social

+

consumo acompanhado de drogas

inserção no mercado de trabalho processo poroso com saída gradual


33

PROGRAMA INSTITUCIONAL

esfera íntima

consumo de drogas

ass istê mé ncia dic a

comum área

cia tên ica s i ass ológ c psi

praça jardim café

atv. baixo

ão aç t i b ha

comprom.

rua

esfera pública

espectro de intimidade

as s so istê cia nc ag ê l + ia em ncia pre de go s


34

quartos para pernoite de funcionários

TRAJETO DOS USUÁRIOS 1:1000

sala de terapia em grupo

s habitação

comércio salas de conslta e procedimentos médics

entrada para ala de psicologia

café

praça

quartos para consumo de drogas

rua

habitação atividades de baixo comprometimento

0. assist. social 1. agência de empregos 2. administração


35

4. 5. Estudos de características do terreno com relação ao espectro de intimidade para fundamentar a disposição do programa.

6. Diagrama de organização e sobreposição dos programas de asssistência a serem oferecidos pela clínica. Identificação de sobreposições para espacialização do programa.


36 íntimo

muito íntimo

quartos para pernoite

exposto

atividades em grupo

área comum

habitação

comércio pátio interno ala de psicologia

ala para consumo de drogas1

café

praça

palco externo

pátio

rua

habitação

área comum

repepção

cozinha

repepção

atv. baixo comprom.

ala médica

pátio interno

muito exposto

0. assist. social 1. agência de empregos 2. administração

ESPECTRO DE INTIMIDADE 1:800

s


37 elevação A’

ML

ML

ML

ML

ML

corte A’

PLANTA TÉRREA 1:850

corte B’ ML

ML

ML

ML

ML

corte B

s

ML

ML

corte A

elevação A


38


39

1:500

Elevação AA’

1:500

Corte AA’

1:500

Corte BB’


40

7. Axonometria do da 8. Vista do pátio interno 9. Vista da rua adentrando Clínica Moabit. O interior principal, ao redor do a praça, estruturada pelo térreo permite que as qual a circulação das três café, recepção e palco circulações moldem e principais especialidades externo. A amplitude da perpassem diversos tipos se organiza e permitem a praça é importante para de pátios internos e que confluência de pacientes. que a entrada no espaço janelas se abram sem que No centro há uma área da clínica seja gradual e o interior seja exposto. de espera ensolarada integre o circuito urbano, coberta por vidro. evitando que os pacientes sejam expostos e estigmatizados por fazer parte do programa de reabilitação.


41


42 Pinheiros, São Paulo

2021.1 11o semestre

Projeto Visual Ambiental

equipe Martim Ferraz Amanda Lima Ana Beatriz Martins Susan Chou

// 1. Logo desenvolvido para o IEB / USP.

2. Aplicação da identidade visual desnvilvida na revista do instituto, chamada Revista IEB. 3. Aplicação da identidade visual em cartazes para divulgação de eventos pelo campus e cidade.

IDENTIDADE VISUAL E AMBIENTAL ACESSÍVEL O Complexo Brasiliana é um edifício no Campus Universitário da Universidade de São Paulo que compreende a Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, a Livraria João Alexandre Barbosa, o Auditório István Jancsó e o Insituto de Estudos Brasileiros [IEB]. Apesar do compartilhamento de um complexo, cada uma das quatro instituições possui grande autonomia de gestão, organização espacial e identidade institucional. Assim, o exercício proposto pela disciplina de Projeto Visual Ambiental consiste em criar uma identidade visual e ambiental para a instituição e espaço institucional do IEB que dialogue com as demais instituições do complexo, mas que preserve a noção de autonomia e independência. Considerando a coerência entre a percepção do espaço pelo usuário do edifício e o reconhecimento das qualidades institucionais, o presente trabalho propõe uma identidade visual e ambiental que acolha e guie o olhar do transeúnte desde sua entrada no Complexo Brasiliana até chegar em sua sala desejada no Instituto de Estudos Brasileiros. A marca criada buscou utilizar o vermelho e preto, por serem cores facilmente reconhecíveis e presentes na pintura do IEB assim como fortes signos do Pau Brasil. As barras verticais no logo e a fonte sem serifa condensada dialoga com os livros e as prateleiras móveis do rico acervo do

instituto. O espaço entre o 2o e 3o livro no logo remete a possibilidade de sempre se acrescentar ao conhecimento exsitente, enriquecendo e movento o instituto, assim como a própria Universidade de São Paulo. A Identidade foi aplicada a demandas já apresentadas pelo IEB, como a Revista IEB e papelaria, assim como para aspectos identificados pelo grupo autor do projeto em estratégias de sinalização e comunicação ambiental propostas para o Complexo como um todo. Considerando a grande amplitude do campus, transicionando para a escala da praça coberta central, para o átrio do edifício do IEB para então os corredores internos e, por fim, salas, estabeleceu-se uma hierarquia de estratégias de sinalização para guiar o usuário através destas escalas. Foram propostas cinco tipologias de tótens com informações de programa e orientações de circulação e uma estratégia de adesivagem de informações nas empenas de concreto para guiar o transeúnte nos espaços mais amplos. O grupo se propôs a levar o desafio mais a diante com a elaboração de estratégias de comunicação e sinalização deste espaço amplo e com transição de diversas escalas para Pessoas com Deficiência (PcD) visual. Foram elaboradas superfícies metálicas com informações e mapas em braile em relevo para todo o complexo.


43


44 PONTO DE ÔNIBUS LIVRARIA

MAPA DE DISPOSIÇÃO DOS TÓTENS DE SINALIZAÇÃO

IEB BRASILIANA

AUDITÓRIO

ESTACIONAMENTO 4. O mapa acima apresenta a hierarquia entre os tótens de sinalização projetados. Inicialmente o traseúnte é orientado para o acesso ao átrio por tótens no estacionamento e ponto de ônibus, então se depara com um tótem circular de recepção circular nas rampas. Por conta da amplitude do espaço e da diversidade de espaços do complexo, há uma mesa de

informações interativa com as direções e informações sobre eventos no complexo. Em frente a cada um dos principais edifícios, há totens de informações secundárias, como os programas de cada edifício, assimo como um mapa de orientação. Por fim, em frente aos acessos internos, encontra-se o direcionamento à salas específicais.


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5. Mapa tátil desenvolvido para a orientação de pessoas com deficiência visual no amplo espaço do complexo Brasiliana. Este projeto conta com a exploração de diversas texturas para indicar as diferentes áreas e institutos, assim como informações relevantes de acessibilidade física.

As orientções da NBR 9050 com relação a altura do relevo e tamanho da fonte em Braile foram seguidas. As cores vermelha e preta foram esoclhidas para auxiliar aqueles que ainda puderem contar com parte da visão. O relevo é feito por placas de acrílico cortadas a lazer sobre placa metálica.

6. A primeira forma de sinalização acessível são pequenas placas metálicas a serem acopladas nos corrimões e parapeitos para indicar os edifícios que se encontram em cada direção do corrimão. Essa reafirmação de informação é importante em um espaço tão amplo.

7. Esta segunda sinalização acessível se encontra em frente aos edifícios, em que há o mapa tátil e informações sobre o edifício em placa metálica, acoplada no parapeito e a 60o de inclinação para maior facilidade de toque.


46 8. Abaixo segue um exemplo dos materiais de papelaria elaborados para seguir a identidade visual e ambiental

proposta para o Instituto de Estudos Brasileiros. Além das aplicações abaixo foram feitas tamém pastas, envelopes

saco, e estudos de aplicação virtual do logo e informações de cabeçalho.

10. 11. Ilustrações de aplicação da sinalização por adesivos no átrio do complexo Brasiliana.

AVENIR NEXT BOLD ADMINISTRAÇÃO ACERVO PESQUISA

23 cm

15,3 cm

9. Por conta das grandes dimensões do edificio, foi elaborada uma sinalização em maior escala para a melhor orientação de circulação dos usuários

23 cm

e compreensão dos programas instalados no complexo. Considerando o baixo custo e baixa intervenção no edifício, propôs-se a instalação

de adesivos brancos foscos em vinil nas empenas de concreto próximas às janelas com os programas presentes em cada andar.


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48 Centro, São Paulo

2017.1 - 2018.1 3o - 5o semestre

apresentação completa

orientação

equipe

Luciana Royer Karina Leitão

Amanda Lima Ana Flávia Siqueira Daniela Motta Laura Almeida Lucas Gobatti Martim Ferraz Maurício Nunes

1 . Apresentação da pesquisa para a Escola do Ministério Público em 20.09.2018 ©Daniela Motta

PEUC E HABITAÇÃO SOCIAL NO CENTRO Este projeto de Iniciação Científica fez parte de uma pesquisa em grupo realizada por sete estudantes da FAUUSP durante o ano de 2017 que teve como objetivo analisar a aplicação e situação do instrumento urbanístico Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsória (PEUC) sobre os imóveis da área da Operação Urbana Centro e a viabilidade de transformar estes imóveis em Habitação de Interesse Social. Diante da critica situação de ociosidade de imóveis no centro da cidade de São Paulo e do grande déficit habitacional – demanda por 368.731 unidades habitacionais -, é urgente que estes sejam propriamente utilizados, e o principal instrumento disponível é o PEUC. Apesar de estar previsto desde a Constituição de 1988, este instrumento vem sendo aplicado no município apenas desde 2014 e tem a desafiadora tarefa de prover o cumprimento da função social da propriedade. Para abordarmos as dinâmicas urbanas da região central da cidade de São Paulo e o PEUC, dividimos a pesquisa em duas etapas. Na primeira etapa, visamos identificar a morfologia, tipologia e o uso atual de imóveis notificados pela SMDU/PMSP na região da Operação Urbana Centro através de pesquisa de campo. Para isso, começamos nossa pesquisa fazendo a leitura de nossos textos básicos e planejando a dinâmica

de nossa visita de campo. Então fomos a campo e sistematizamos o resultado apreendido na visita em uma tabela Excel. Esta tabela foi então cruzada com as informações disponibilizadas pela prefeitura através da plataforma Geosampa relativas às notificações e ao IPTU dos terrenos. Desta forma foi composta uma rica base de dados unificada com informações técnicas institucionais e informações práticas de campo. Na segunda etapa, o grupo de sete pesquisadores foi dividido em frentes diferentes complementares para enfrentar a questão de viabilidade de habitação de interesse social. A equipe da qual fiz parte buscou elaborar um sistema que nos indicasse quais seriam, no âmbito de ações da prefeitura, os imóveis mais viáveis de se realizar a reconversão de uso para habitação de interesse social. Primeiramente, fizemos a difícil tarefa de atribuir uma dimensão quantitativa a parâmetros qualitativos e organizá-los em medidas de mesma ordem. O resultado foi a organização de oito principais parâmetros – como Valor Venal e Orientação da Fachada – em três categorias de viabilidade de intervenção: econômica, de reforma e projetual. Com as três categorias, foi organizada uma média ponderada facilmente manipulada para atribuir uma nota final e ranquear os edifícios.


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4 Av. Ipiranga 1064

3 R. Boa Vista 228

1 Av. Ipiranga 785

PONTUAÇÃO NOTA FINAL

5 R. Direita 235

2 R. Quinze de Novembro 137

2. Espacialização de pontuação final dos imóveis notificados permitindo a identificação de concentrações em duas áreas distintas do centro da São Paulo. Esta informação pode ser utilizada para definir áreas de intervenção e investimento institucional.

3. Esquema ilustrativo da fórmula utilizada para cálculo da nota atribuida aos edifícios. Foi estruturada em três categorias principais [ em azul, vinho e amarelo] para permitir que a fórmula possa ser manipulada com facilidade e possa ser utilizada com diferentes pesos

para cada categoria. Assim, facilita-se a apropriação do resultado de pesquisa e material disponível por outros pesquisadores ou interessados na utilização de imóveis subutilizados.

Ac = área construída Vm = valor venal do m2 Uh = quantidade de UHs Ec = estado de construção Tu = tipologia de uso Tt = metragem de testada Or = orientação da fachada Fc = Forma Construtiva


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4. 5. 6. Fotos tiradas durante aprimeira etapa da pesquisa, pesquisa de campo. Obervouse aspectos como o estado de conservação dos imóveis, presença de janelas abertas e objetos que indicassem o uso - ainda que informal. Também se

atentou a observar aspectos que indicassem a quem era interessante alugar os imóveis. O anúncio na imagem 5., foto tirada no Brás, apresenta o interessante anúncio em mandarim. A imagem 6. evindencia imóveis

em que as condições estruturais beiram a impossibilidade de aproveitamento da construção, chegando a ruína. Estes dados, não presentes nos dados da prefeitura, foram fundamentais para a avaliação posterior.


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IMÓVEIS OCIOSOS NO CENTRO DE SÃO PAULO

FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE

A função social, presente na Constituição Federal de 1988, é o princípio norteador do direito de propriedade no Brasil. De acordo com ele, todo bem, seja móvel ou imóvel, rural ou urbano, deve ser utilizado em prol dos interesses da sociedade, e não apenas dos proprietários. Para garantir o cumprimento da função social dos imóveis não edificados, subutilizados e não utilizados a Prefeitura pode fazer uso de três instrumentos urbanísticos de aplicação sucessiva, são eles: Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsórios (PEUC), Imposto Predial Territorial Urbano Progressivo no Tempo (IPTU Progressivo no Tempo) e Desapropriação do imóvel mediante pagamento em títulos da dívida pública. fonte: DCFSP/SMUL - prefeitura de SP

POR QUE O CENTRO?

ÁREA CONSTRUÍDA TOTAL NOTIFICADA POTENCIALIDADE

tipos de imóveis habitacional

hab + com

comercial

est + com

est + hab

área construída 19.553 m2

área construída 33.405 m2

área construída 113.857 m2

área construída 15.853 m2

área construída 22.837 m2

7. Infográfico com conclusões parciais da pesquisa após a primeira etapa elaborado para divulgação em debates sobre o Parcelamento,

Edificação e Utilização Compulsória em audiências públicas sobre projetos no centro da cidade

estacionamento não edificado térreo área terreno 41.878 m2

de São Paulo. Apresentou-se a qualificação destes imóveis através da categorização proposta pelo grupo de pesquisadores. Também houve a apresentação de comparações para a compreensão dos dados quantitativos.

área terreno 29.416 m2

A região central concentra a maior densidade construtiva da cidade, décadas de investimento em infraestrutura de mobilidade e serviços e vasta oferta de emprego. Entretanto, grande parte dos imóveis encontra-se vazia ou subutilizada. Há um grande potencial de uso habitacional com grande qualidade de vida.

236.242 m2 aproximandamente 2 edifícios COPAN Os imóveis atualmente desocupados e subutilizados poderiam ser transformados em habitação de interesse social, combatendo a segregação socio-espacial e proporcionando qualidade de vida para pessoas atualmente privadas desta. É importantíssimo manter os esforços de notificação através destes intrumentos urbanísticos para que a cidade se torne cada vez mais democrática.

8. Tabela com a compilação de dados adquiridos com a pesquisa de campo (em azul) e dados obtidos através da Prefeitura de São Paulo pela plataforma Geosampa (em amarelo). A partir destes dados é aferida uma pontuação a cada imóvel com a fórmula apresentada.


52 Tremembé, São Paulo

2020.2 10o semestre

O sistema de espaços livres públicos urbanos: políticas, planos e projetos

equipe Martim Ferraz Bárbara Sula Luisa Lemes

// 1. Pesquisa de campo andando de bicicleta pelos principais trechos estudados por planos de ciclomobilidade ©Martim Ferraz 2. Infográfico elaborado após a pesquisa de campo sobrepondo dados subjetivos da percepção do caminho com os tipos de espaço e infraestrutura presente.

AVALIAÇÃO DA CICLOMOBILIDADE NO TREMEMBÉ O presente artigo foi escrito no contexto da disciplina optativa AUP 5926: O sistema de espaços livres (SEL) públicos urbanos: políticas, planos e projetos, ministrada pelo Prof. Dr. Fábio Mariz em 2020 na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Propõe-se entender como as Leis e Planos Municipais influenciam e impulsionam o transporte por bicicleta, e como são seus respaldos no território construído e na sociedade. Para isso, foi desenvolvido um estudo de caso na região norte do município - mais especificamente na Subprefeitura do Jaçanã-Tremembé - a partir de um acontecimento pontual: a implantação da primeira ciclofaixa no Tremembé. Esta ciclofaixa é particularmente interessante por estar em uma região historicamente não prioritária para a estruturação da rede cicloviária e onde não há, a princípio, uma forte demanda da sociedade civil pela estruturação de tal rede. Ribeiro Reis (2018, p. 67, p. 75) em sua pesquisa “Bicicletas em São Paulo: do Lazer à Mobilidade Urbana” aponta como os diversos planos de ciclomobilidade para a cidade de São Paulo negligenciaram a região norte próxima a Cantareira sob o argumento de que a topografia não seria favorável a implantação de ciclovias, apesar do reconhecimento da consolidação deste meio de transporte na região.

Dado o atual estado de Pandemia mundial devido ao vírus Covid-19, e a quarentena estabelecida da cidade, os deslocamentos cotidianos foram significamente alterados e este fato deve ser levado em consideração, além de ser visto como um importante propulsor da mudança da forma de deslocamento de possíveis novos ciclistas. Ações em prol da ciclomobilidade são cruciais para a proteção dos ciclistas mediante reorganização do tráfico especialmente em bairros periféricos da cidade, que são extremamente dependentes do transporte motorizado individual e nos quais os moradores estão sujeitos a grandes deslocamentos e tempos de deslocamento, comprometendo eventualmente a atenção do motorista por cansaço e irritação no trânsito. Em uma região de forte tradição rodoviarista - ironicamente ocupada primeiramente ao redor de estações de bonde campanhas de conscientização e diálogo com a sociedade civil são essenciais para que o ciclista e a infraestrutura de ciclomobilidade não se tornem bodes expiatórios de uma cidade desintegrada e rodoviarista, mas, sim, arautos de novas possibilidades de locomoção mais sustentáveis, seguras e de acesso à cidade. relatório completo


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54

3. Mapa indentificando a ciclovia implantada na avenida Luis Carlos Gentille de Laet e rua do Horto, assim como as propostas de extensão para

a rua do Horto e avenida Maria Amália. As duas manchas verdes - Horto e Invernada da Polícia Militar - evidenciam o estrangulamento 4. O mapa abaixo é um de uma série de análises georreferenciadas das propostas de expansão da rede cicloviária no Município de São Paulo feitas

da malha viária, que torna esta via um movimentado acesso entre os bairros do Mandaqui e Tremembé.

para a compreensão da proposta para o Tremembé, assim como do piloto implantado, frente aos planos existentes. Com a sobreposição destes

dados é notória a desconexão entre as estratégias de cada plano, assim como a incoerência da dinâmica de mobilidade da região com o piloto.


55 5. O diagrama ao lado apresenta a identificação de hierarquia legal necessária para a implantação de ciclovias, assim como a hieraquia nos processos de planejamento. É notório que, apesar desta hierarquia e de um fluxo de planejamento, há uma enorme desconexão entre as propostas apresentadas pelos planos entre si e com a implantação da infraestrutura cicloviária.

6. Os gráficos acima apresentam parte das respostas obtidas após aplicação de questionário com moradores do Tremembé. Após a implantação da ciclofaixa, observouse uma grande repercussão do assunto nas redes sociais, mais especificamente em um grupo do facebook

do bairro Tremembé. Assim, foi elaborado um formulário online visando compreender melhor a mobilidade do bairro, dinâmica de deslocamentos e opinião dos moradores e/ou trabalhadores da região. As perguntas foram estruturadas da seguinte maneira: primeiramente, aquelas para entender o perfil socioeconômico dos

entrevistados, em seguida, questões para que eles pudessem elaborar melhor sua opinião a respeito da ciclofaixa, e por último um espaço para sugestões e desejos para o bairro. Observase reclamações sobre o aumento do trânsito na região não eram à toa, mas que isso não se deu necessariamente por conta da nova

ciclofaixa, mas possivelmente devido ao aumento do número de carros nas ruas. Por outro lado, podese notar também um aumento no uso da bicicleta. Dentre os entrevistados, quase 50% indicaram ter sua dinâmica de transporte diária alterada por conta da Pandemia de Covid-19.


56 Anhanguera, São Paulo

2017.2 - 2018.2 6o - 8o semestre

1. Crianças brincando nos balanços de pneu recém instalados no mutirão.

equipe Ariel Ferrari Bárbara Sula Beatriz Mendes Daniela Motta

Danilo Vinhote Evelyn Tomoyose Luís Cunha Martim Ferraz Thais Coelho

©Bárbara Sula

2. 3. Espacializações ilustradas do projeto para a pracinha visando a melhor comunicação visual com uma equipe não versada em linguagem de projeto e, em alguns casos, analfabeta.

PRAÇA IRMÃ ALBERTA A Comuna da Terra Irmã Alberta do MST se localiza no km 28 da rodovia Anhanguera, na divisa tríplice entre os municípios de São Paulo, Cajamar, e Santana do Parnaíba. Sendo a única área verde com nascentes não contaminadas da região, originalmente em 1998 foi adquirida pela Sabesp para construção de um aterro sanitário, sendo em 2002 ocupada pelo MST após interrupção das obras. Instaurada no âmbito do projeto das comunas urbanas, o objetivo é aproximar do ambiente urbano exemplos concretos de qualidade de vida no meio rural e soluções para a precariedade via reforma agrária. Como estudantes da FAUUSP fomos convidados para montar um núcleo de apoio ao assentamento pelos assentados e seus descendentes ante a iminência da regularização da propriedade do terreno. O foco seria em auxiliar tecnicamente no desenvolvimento de um plano para o uso e ocupação do solo levando em consideração a biogeografia para desenvolvimento agroecológico do assentamento. Os primeiros meses foram, então, focados na organização, estudo e espacialização da história e informações relativas à comuna da terra Irmã Alberta. Apesar da iminência da regularização, o processo atrasou e houve uma mudança de foco. Foi relatada a presença de algumas casas sendo construídas dentro do terreno da Comuna da

Terra ao longo da fronteira com uma favela vizinha – o Morro da Mandioca. Como a convivência com a comunidade tinha sido pacífica, mas tensa, até então, surgiu a demanda de se fazer uma praça em um morro entre o assentamento e a favela. A praça – que seria compartilhada – se tornou nosso principal objeto de trabalho. Os primeiros meses foram focados em planejar os mutirões para construção e pesquisa de técnicas construtivas com material reciclado facilmente encontrado (como pneus) e terra. Realizamos quatro mutirões, todos eles aos finais de semana, nos quais a participação de crianças e jovens foi decisiva, além de consolidar a dimensão também lúdica do processo. Conseguimos juntar quase sessenta mutirantes em atividades variadas de limpeza da praça, plantio de mudas nativas, pinturas, construção de mobiliários urbanos com reuso de material.


57 PROJETO PRAÇA IRMÃ ALBERTA

IPÊ BRANCO

N

75 5

AÇOITA-CAVALO

MIRANTE

76 0

CABELUDINHA ABACATE IPÊ ROXO 76 5

TA VIS

VI ST A

1

SANGRA D’ÁGUA

77 0

77 0

CA M N PI O

S CO

H

N BA

BALANÇOS

GARDENIA LARANJINHA

76 5

BA SQ UE

TE

ACEROLA

INGÁ

GRUMIXAMA

ACÁCIA MANGA MANJERICÃO

VISTA 2

PAR QU IN

HO

75 0

GAIA FAUUSP

PRACINHA PONTO DE VISTA 1

ACEROLA até 5m 2,5m de copa frutas comestíveis

GARDENIA até 2m 1,5m de copa sol pleno

INGÁ até 10m 6m de copa sol pleno

LARANJINHA até 3m 2,5m de copa frutas comestíveis

BALANÇOS DE PNEU CESTA DE BASQUETE QUADRA DE BASQUETE

BANCO

CAMPINHO


CONTATO

MARTIM FERRAZ COSTA FURTADO

(11) 996 678 897 martim.furtado@usp.br


©Yamamoto Masao


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