APOSTILA EDUCATIVA
Por Marlos Cassiano
SUMÁRIO APRESENTAÇÃO........................................................................................................................................................................... Página 03 HISTÓRIA DO SURFE.................................................................................................................................................................... Página 04 CONHECENDO A PRAIA............................................................................................................................................................... Página 08 A IMPORTÂNCIA DOS VENTOS E DAS ONDULAÇÕES............................................................................................................. Página 12 TIPOS DE FUNDOS........................................................................................................................................................................ Página 13 FORMAÇÃO DAS ONDAS..............................................................................................................................................................Página 15 COMPRANDO UMA PRANCHA......................................................................................................................................................Página 21 TIPOS DE PRANCHAS....................................................................................................................................................................Página 22 EQUIPAMENTOS.............................................................................................................................................................................Página 23 FUNDAMENTOS BÁSICOS............................................................................................................................................................Página 25 MANOBRAS.....................................................................................................................................................................................Página 27 DICAS IMPORTANTES PARA UMA BOA ONDA...........................................................................................................................Página 28 CUIDADOS COM A PRANCHA.......................................................................................................................................................Página 29 FISIOLOGIA DO CALDO.................................................................................................................................................................Página 29 REGRAS BÁSICAS PARA SER UM BOM SURFISTA...................................................................................................................Página 30 GLOSSÁRIO DO SURFE.................................................................................................................................................................Página 32 VIVA ESSE ESPORTE.....................................................................................................................................................................Página 35
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APRESENTAÇÃO PARABÉNS POR ESCOLHER O SURFE COMO ESPORTE Meu nome é Marlos Cassiano, sou fundador e diretor da Escola Surfe Brasil, na qual foi criada para desenvolver, incentivar e evoluir o surfe com QUALIDADE, DIVERSÃO E SEGURANÇA. Visando a total satisfação de nossos alunos e a preservação do meio ambiente onde trabalhamos. Sou defensor deste maravilhoso esporte que fascina qualquer um quando aprendido de forma CORRETA!! Isto pelo motivo do surfe ser mais que um esporte. Ele leva consigo um grande estilo de vida, onde há paixão pela modalidade. Antes da emoção, condicionamento e prazer proporcionado, existe uma forte ligação com a natureza na qual ama-se o mar, protege-se as praias, investese em qualidade de vida. Nós surfistas nos tornamos ambientalistas por vocação e em causa própria: Se não cuidarmos do mar, se não alertarmos para a degradação das praias, se não nos alimentarmos bem, seremos nós os mais prejudicados. Exercemos também uma grande influência na moda, na música, no cinema, enfim, o surfe está em todos os lugares. Ainda contribuímos bastante com os guardavidas nos resgates aos afogados, devido nosso conhecimento no mar. Portanto, passamos a ver a praia de outro modo, no qual, só se tornando um de nós para entender este amor que temos por este esporte e pela natureza. "O SURFE É UM EXERCÍCIO QUE TRANSCENDE O ESPORTE". Costumo dizer que surfar é uma atividade que pode ser praticada por quase qualquer pessoa. Basta uma combinação de perseverança, amor pelo esporte e um pouco de disposição. É um esporte que ensina a ter paciência, o que leva o surfista a ser mais tolerante também fora d’ água, que é muito bom para o exercício da cidadania. Na prática é muita espera pela onda certa, com momentos que duram pouco, mas ficam guardados na memória por dias, meses, e às vezes, para sempre. Cada surfista evolui numa velocidade diferente. Alguns aprendem mais rápido como se tivessem nascido para fazer aquilo, outros se desenvolvem mais devagar, o que não significa capacidade inferior. Cada um possui o seu limite e o importante é cada um descobrir o seu ritmo e a própria maneira de andar nas ondas. 3
Para mim, a função de cada professor não é apenas ensinar a pegar ondas, isso é fácil. O importante é repassar tudo o que se aprendeu dessa filosofia de vida, que é o surfe. É ter a missão de incutir nos iniciantes de qualquer idade, que, no esporte, é importante conciliar o lado material do espiritual. O lado material é relevante não só para garantir a sobrevivência, como para se dar importância a fatos que vão desde a compra da primeira prancha ou um título num campeonato futuro. Já o lado espiritual mantém o sonho acesso. Ele pode dar ânimo nos “caldos” da vida. Serão as lembranças de um por e nascer do sol inesquecível que nos farão levantar mais cedo para reencontrarmos o mar, amigos ou amigas de todas as horas de viagens tão imaginadas e realizadas. Nos atos mais simples da vida encontro os meus prazeres. Gosto de andar de bermuda, camiseta, descalço ou de chinelo. Fico alegre ao me deparar com o por do sol, rever amigos, fazer novas amizades, passar minha experiência de surfe para os alunos, adoro o contato direto com a natureza, com meus amigos e com minha família. Essa apostila foi escrita com carinho e especialmente para nossos alunos (crianças, jovens de idade e de espírito), portanto, espero que ela possa ser analisada didaticamente. Sei que não se aprende a surfar lendo, porém muitos conceitos podem ser passados de maneira teórica, pois o surfe já chegou às universidades. SURFE É NOSSO ESTILO DE VIDA!!
HISTÓRIA DO SURFE A história do surfe antigo não é muito exata. Surgiu Através de pioneiros viajantes e de pescadores talvez há 3 mil anos atrás, na Polinésia ou no Peru. Pescadores peruanos utilizavam uma canoa de palha chamada “Caballito de Totora”, como meio de transporte para pesca, quando retornavam à praia aproveitavam as ondas para descer em pé em seus “caballitos”. Outra versão se atribui aos pioneiros viajantes, grandes conhecedores do mar, que exploraram e colonizaram muitas ilhas na Polinésia. A medida que adentravam pelo oceano desenvolviam formas rudimentares de surfe, espalhando esse hábito pelo Pacífico Sul. Os primeiros a chegar no Havaí teriam sido os habitantes das Ilhas Marquesas, na Polinésia. Eles praticavam a arte do paipo: Descer numa onda deitado sobre uma pequena prancha arredondada. Posteriormente, os taitianos também chegariam ao arquipélago, trazendo
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o hábito de ficar em pé numa prancha que ficava em cima de suas canoas de guerra. Daí não demorou muito alguém ficar em pé nas pranchas de paipo.
Existe muita mitologia e crenças religiosas nesta história. Como o caso do rei Moikeha, do Taiti, que teria chegado ao Havaí, na ilha de Kawai para surfar. Descobriu as ondas perfeitas e acabou casando com as duas filhas do rei local. Mais tarde, Moikeha se tornaria rei em Kawai. Sua história é contada até hoje numa espécie de hino. No Havaí, os habitantes, por exemplo, acreditavam que bastava deixar uma oferenda na árvore escolhida para ser a base da prancha que outra árvore nasceria igual. A história moderna já é melhor documentada, em 1778, o capitão inglês James Cook passou pelo Havaí e relatou em seu diário que viu nativos praticando um esporte em cima de troncos de árvores lapidados, mas que era destinados apenas a nobreza. Em 1819 o rei Kamehameha II, filho do unificador do Havaí, decretou o fim da separação de classe, e o surfe passou a ser praticado livremente.
(JAMES COOK E SUA ESQUADRA)
Em 1820, com a chegada dos “missionários religiosos”, o surfe quase foi extinto. Os conquistadores acreditavam que os nativos ficavam indecentes com aquela prática imoral, já que surfavam apenas de bermudas, com o resto do corpo descoberto. Aos poucos, a repressão 5
foi acabando e o esporte ganhou impulso extraordinário graças ao nadador havaiano Duke Paoa Kahanamoku, recordista olímpico nos 50, 100, 200 metros. Três vezes medalha de ouro e duas de prata em olimpíadas, Duke dizia que o segredo de seu sucesso nas piscinas era sua prática de surfe.
(DUKE)
Com seu prestígio, levou o surfe para os Estados Unidos em 1910, e logo após para a Austrália. Ele também integrava a equipe dos primeiros salva-vidas, ajudando americanos e europeus que começavam a surfar no Havaí. Tornou-se amigo de estrelas de Hollywood e levava os artistas para surfar em Waikiki. Com isso, se tornou o Pai do Surfe Moderno; hoje existe inúmeras referências a ele no Havaí; seu nome é homenageado em avenidas, estradas e monumentos. Duke Paoa Kahanamoku morreu em 1968, com uma parada cardíaca aos 75 anos de idade. O SURFE NO BRASIL A primeira prancha nacional foi feita por Osmar Gonçalves, em Santos-SP, Entre dezembro de 1938 e janeiro de 1939, a partir de uma revista americana. Ele e o amigo Juá Hafeers construíram uma prancha de 12 pés ( três metros e meio ) e 80 kg, era oca e aparafusada nas laterais, com a qual surfaram por seis anos.
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(OSMAR GONÇALVES)
O esporte vingou mesmo quando chegou ao Arpoador-RJ, nas décadas de 1950 e 1960. A prática começou ali com um grupo formado por mergulhadores, ou seja, eles gostavam mesmo era de mergulhar, mas quando o mar estava alto, iam surfar. Como poucos tinham recursos para importar as pranchas, nossos precursores do surfe atual recorreram as serralherias, onde construíram as primeiras pranchas em madeirite em dois locais: Ipanema e Ilha do Governador no Rio de Janeiro. Em 1964, Mario Bração e Irencyr Beltrão, fizeram a primeira prancha de surfe laminada do Brasil. Isso por que ficaram amigos do australiano Peter Troy que trouxe de seu país, a evolução das pranchas e manobras. No ano seguinte, 1965, Foi criada a Federação Carioca de Surfe, que organizou, em outubro o primeiro campeonato oficial do país. Ano que marcou também o surgimento da primeira fábrica de surfe do Brasil, fundada pelo Coronel Parreiras, uma lenda do surfe nacional a quem o esporte deve muito. Ele criou a São Conrado Surfboards, que não só fabricava pranchas, como fornecia espuma de poliuretano, material para a fabricação das primeiras pranchas brasileiras de fibra de vidro.
(ARPOADOR, 1970) O bairro de Ipanema - RJ se tornou uma referência no surfe e também na moda, na política, na música, nos costumes, na cultura. Uma época tão rica que influência o Brasil até hoje. Era o ponto de surfistas e descolados em geral como: Leila Diniz – talvez a primeira 7
mulher no mundo a usar biquíni estando grávida -, Caetano Velozo, Maria Bethânia, o pessoal da esquerda que lutava contra a ditadura militar, em fim, uma galera muito da agitada que abriu portas para os que vieram a seguir. Época em que a yoga se estabeleceu e Janis Joplin e Jimmy Hendrix eram ícones do rock, ou seja, uma época de expressão do comportamento. E o surfe foi o primeiro esporte a expressar essa tendência. Foi o auge também da ditadura militar e o surfe. Como no Havaí, foi condenado pela “Imprensa da Repressão” que jogou a sociedade contra os surfistas. Praias proibidas (Praia do Leblon), pranchas presas e queimadas foram comuns na época. Éramos discriminados, taxados de vagabundos, marginais e drogados. De lá pra cá, muita coisa mudou. As pranchas, hoje, pesam em torno de 3 kg. O surfe faz parte do dia a dia de pessoas responsáveis, somos campeões do Circuito Mundial profissional – ( WQS – World Qualifining Series – Divisão de acesso ), campeões de ondas grandes, campeões das Olimpíadas do Surfe e campeões mundiais junior. Muitos campeões já estiveram aqui e voltaram. Também fomos sede do Campeonato Mundial de Longboard na praia do Rosa - Garopaba (no ano 2000) e Garopaba já foi eleita a Capital do Surfe. Somos sede também de uma etapa do Campeonato Mundial de Surfe Profissional (WCT- World Championship Tour). O surfe e o turismo, conjuntamente, estão em crescimento em todo o mundo, com escolinhas em todo nosso litoral, com diversos profissionais da área da saúde se especializando no esporte, possuímos uma boa infra-estrutura e a natureza é a nossa maior riqueza.
CONHECENDO A PRAIA FATORES QUE INFLUENCIAM AS PRAIAS BURACOS São depressões de até vários metros de diâmetro escavados na areia pela ação das ondas. Crianças pequenas podem estar pisando em água pelos calcanhares e facilmente passar a ter água sobre sua cabeça.
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BANCOS DE AREIA E VALAS Vala (trough) é um canal escavado pela força das ondas paralelamente à praia, sendo sua ocorrência mais comum em praias rasas. A extensão da vala pode ser grande, normalmente correndo nela uma corrente lateral, que vai cair numa corrente de retorno. É sempre limitado interna e externamente por bancos de areia. o que é um risco para o banhista, que pode passar de água rasa para profunda rapidamente, mas que ajuda, pois estará sempre a poucos passos ou braçadas de uma profundidade rasa. Nas valas a direção da corrente lateral segue a direção das ondas, quando entrarem diagonalmente, ou a direção das águas. Seu reconhecimento é semelhante aos canais de correntes de retorno, podendo, ainda, ser fixos, móveis ou permanentes. Bancos de Areia e valas são encontrados onde uma corrente lateral persistente cortou um canal no fundo próximo à praia. Os formatos destas
valas
variam,
mas
têm
às
vezes
2
ou
3
metros
de
profundidade
e
se
estendem
por
muitos
metros
paralelamente à praia antes de se direcionarem para o mar. As valas alcançam desde poucos metros até 50 metros de largura. Águas correndo em uma vala procurando uma saída
mar
adentro
podem
se
mover
mais
rápido
que
um
banhista
pode
nadar.
Bancos de areia podem ser atrações decepcionantes para nadadores fracos. Ver que outros nadadores estão de pé em águas rasas mar adentro pode encorajar um nadador fraco a ir até lá, não percebendo que profundidades maiores estão entre ele e seu objetivo, e podem rapidamente se ver em condições acima de suas capacidades natatórias. Outra situação perigosa ocorre quando um banhista alcança um banco de areia na maré baixa e, mais tarde, tenta voltar, caindo numa vala agora profunda, que pode, inclusive, conter uma corrente lateral. REPUXO O repuxo é mais perceptível em praias de tombo, próximo à maré alta. Ocorre quando a água empurrada para a praia pelas ondas é empurrada de volta pela ação da gravidade, ganhando movimento pela inclinação do relevo. O retorno da água pode derrubar pessoas ou escavar a areia sob seus pés e puxá-la então para águas mais profundas. Quando a arrebentação é grande, uma segunda série pode encontrar a água do repuxo, criando enorme turbulência, que pode ser particularmente perigosa para crianças e idosos. Correntes de
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retorno são pouco freqüentes em praias de tombo e, quando existem, tendem a puxar por uma distância muito curta mar adentro; mas a combinação de repuxo com corrente de retorno em praias de tombo pode ser muito perigoso pela soma de forças. CORRENTES DE RETORNO As Correntes de Retorno, de acordo com levantamento estatístico do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, confirmado por estatísticas da USLA (United States Lifesaving Association) são a causa primária dos acidentes na praia, chegando a ser responsável por 80% dos salvamentos de afogamentos. A USLA as chama de "a máquina de afogar", por causa de sua habilidade quase mecânica de cansar nadadora ao ponto de fadiga e, como última conseqüência, ao ponto da morte. O perigo é ainda maior por serem as correntes de retorno invisíveis e até atrativas para os banhistas desavisados.
CABE ÇA
BANCO DE AREI A
PES COÇO
BANCO DE AR EIA
BOCA
COR RENTE LATERA L
COR RENTE LATERA L
FAIXA
DE
AREIA
COMO SE FORMAM - As correntes de retorno variam em tamanho, largura, profundidade, forma, velocidade e potência. Elas são formadas, geralmente, da seguinte maneira: quando as ondas quebram, elas empurram a água acima do nível médio do mar. Uma vez que a energia da água é despendida (gasta), a água que ultrapassou aquele nível médio é empurrada de volta pela força da gravidade. Quando ela é empurrada de volta, contudo, mais ondas podem continuar a empurrar mais água acima daquele nível médio, criando o efeito de uma barreira transitória (temporária). A água de retorno continua a ser empurrada pela gravidade, e procura o caminho de menor resistência. Este pode ser um canal submerso na areia ou a areia ao lado de uma costeira ou pier, por exemplo. Como a água de retorno se concentra nesse canal, ela se torna uma corrente movendo-se para dentro do mar. Dependendo do número de fatores, esta corrente pode ser muito forte. Algumas correntes de retorno dissipam muito próximo à praia, enquanto que outras podem continuar por 10
centenas de metros. É importante notar que as ondas não quebrarão sobre um canal submerso. Além disto, a força de uma corrente de retorno movendo-se para dentro do mar num canal tende a diminuir a potência das ondas que entram. A ausência de quebração resultante atrai banhistas desavisados, que podem perceber águas relativamente calmas sobre um canal de uma corrente de retorno e pensar
que
estão
escolhendo
a
área
mais
calma
para
o
banho
de
mar,
o
que
pode
ser
mortal.
Mesmo excelentes nadadores podem ser inúteis para auxílio numa corrente de retorno. A velocidade da água e o pânico causado por estar sendo puxado para o mar podem ser opressivos e desesperadores.
Ao perceber que está sendo "arrastado" por uma Corrente de Retorno, o nadador deverá controlar o pânico, nadando em direção a uma das laterais da corrente - como se estivesse sendo levado por águas de um rio, nadar em direção à uma das margens - em sentido diagonal e a favor da correnteza. Sentindo que ultrapassou os limites da corrente, deve, aí sim, nadar em direção à praia. CORRENTES LATERAIS Uma corrente lateral também chamada corrente paralela corre asperamente paralela à praia. Essas correntes são freqüentemente causadas por ondas que entram num ângulo diagonal com a praia, assim empurrando a água ao longo da praia depois de quebrarem as ondas. Elas podem arrastar banhistas por toda sua extensão a velocidades bem rápidas e alimentar uma corrente de retorno. As Correntes Laterais são menos perigosas que as Correntes de Retorno por que a tendência natural do banhista numa corrente é nadar em direção à praia. Uma pessoa numa Corrente Lateral nadando em direção à praia estará nadando perpendicularmente à direção da corrente e deve conseguir alcançar a praia com certa facilidade.
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CABEÇA
Banco de areia
P ESCOÇO
Banco de areia
BOCA
Co rrente late lateral Corrente ral
Corrente lateral Corren te lateral
Faixa de de areia areia Faixa “É de extrema importância ter conhecimento de onde estão as valas. Elas são os melhores lugares para entrar no mar e os piores lugares para sair”.
A IMPORTÂNCIA DOS VENTOS E DAS ONDULAÇÕES O surfista, antes de tudo, é um observador da natureza, para seu próprio benefício. Por isso é importantíssimo saber a direção dos ventos e das ondulações. Os ventos principais são norte, sul, leste e oeste. Entre o sul e o oeste, há o sudoeste. No Rio de Janeiro, predominam os ventos de leste e de sudoeste. Com o sudoeste em geral, vêm as tempestades, frentes frias que trazem águas claras e quentes e fazem o mar subir. O vento de leste normalmente forma boas ondas em Saquarema, Itacoatiara, Arpoador, Quebra Mar, Barra da Tijuca, Macumba, Prainha, canto esquerdo de Grumari. Para saber onde fica o leste, basta ver onde nasce o sol. Com esse vento, geralmente as ondas têm formas mais perfeitas e tendem a diminuir de tamanho. Quando entra o vento sudoeste, reduz-se a quantidade de boas praias para o surfe. Nessas condições, deve-se buscar as praias mais protegidas, ou seja, que ficam localizadas em cantos de pedra, como no Rio de Janeiro, o canto direito de Grumari, canto direito da Prainha, canto direito do Leblon, praia do Diabo( Arpoador ) e posto 5, em Copacabana. Nestes lugares, o sudoeste não entra com tanta força, favorecendo as condições para a prática do surfe.
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Nos litorais sul e sudeste do Brasil, o mar sobe através das frentes frias, que, com a ondulação de sul, trazem a chuva e o vento. O contraditório para os leigos, é que essas águas são mais quentes, apesar de a temperatura fora d’ água ser mais fria. Quem não é da “tribo do surfe”, surpreende-se ao ver tantos surfistas no mar. Já durante o verão, onde todos sofrem de calor, predomina o vento leste e a corrente de leste, que algumas vezes, deixa a água muito fria. A água fica fria devido o fenômeno chamado “Ressurgência”, que ocorre, por exemplo, em Cabo Frio, no Rio de Janeiro. As águas frias do fundo do mar são bombeadas para cima e com o vento e a corrente de leste são levadas para Búzios, Saquarema, Ipanema, Barra da Tijuca, Prainha, até o litoral de Angra dos Reis. Não foi por acaso que Cabo Frio recebeu esse nome. O grande segredo entre o surfista iniciante e o mais experiente é a OBSERVAÇÃO. É importante o surfista chegar na praia, olhar o mar e interpretar de onde vem a ondulação e o vento, e também as valas. Com isso terá noção onde encontrará as melhores ondas do dia. O melhor vento é o terral, de norte ou noroeste. Como o nome já diz, ele sopra da terra para o mar e alisa as ondas. Como pega a onda de frente, faz com que ela quebre mais tubular com boas condições. Normalmente os melhores dias de surfe acontecem com esse tipo de vento. O terral sopra bem cedo, geralmente antes da entrada de uma frente fria, anunciando um novo Swell. Já o vento que sopra do mar para a terra, é chamado de maral e não é bom para a prática, porque faz a onda quebrar mexida e irregular, sem definição. Cada praia tem sua própria ondulação e ventos ideais para a pratica do surfe, portanto, só descobrirá isto com muita OBSERVAÇÃO. Lembre-se: O mar não é uma coisa estática, um dia pode estar parecido com o de ontem, mas não será o mesmo de amanhã.
TIPOS DE FUNDOS O Brasil possui um litoral com mais de sete mil quilômetros de extensão, oferecendo mais de duas mil praias e ilhas com ondas de todo tipo: grandes, pequenas, cheias, tubulares ou perfeitas. No mundo do surfe, os picos se classificam em:
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Beach breaks: Fundos de areia Point breaks: Fundos de pedra Reef breaks: Fundo de coral No Brasil, geralmente as ondas quebram sobre fundos de areia. Mas em alguns lugares podem quebrar também sobre fundos de pedra ou coral. Fundos de areia (Beach break) Sua principal característica, em relação aos outros, é que ele é móvel, mudando constantemente em função da direção e intensidade das ondas. Nesse fundo, as ondas podem se modificar rapidamente por causa das correntezas e mudança das marés. Outra característica é a formação de valas e bancos de areia. As ondas quebram inicialmente no banco de areia, onde a profundidade é menor, em direção a vala, onde a profundidade é maior. Esse movimento contínuo é acentuado pela direção do vento e da corrente, que estão constantemente mexendo a areia do fundo e alterando o local onde as ondas quebram. Praias como Ipanema, Barra da Tijuca, Recreio e Prainha, têm fundo de areia. O beach break têm uma variante que é formada pelas vazantes dos rios. Nesse encontro dos rios com o mar, é levada a areia do fundo do rio bem próximo a foz, produzindo as vezes, um fundo perfeito. Exemplos de praias que acontecem isso: Barra de Guaratiba-RJ, Guarda do Embaú-SC ou Mundaka na Espanha - umas das melhores do mundo. Fundos de Pedra (Point breaks) Por serem fixos, tanto os point breaks quanto os reef breaks proporcionam ondas mais previsíveis e perfeitas. Apresentam também mais perigo para o surfista, são fundos rasos e as vezes até visíveis. Quando as bancadas de pedra ou coral são perfeitas, resultam ondas maravilhosas, isso porque, as ondas quebram sempre no mesmo lugar devido ao fato do fundo ser fixo, dependendo também da direção e tamanho da ondulação. Os famosos point breaks são formados nas pontas de baías sendo o fundo de pedras ou uma mistura de areia e pedra. Exemplos de praias com point breaks: Silveira-SC, Jeffrey Bay na África do Sul é a mais famosa.
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Fundos de coral (Reef breaks) Esse fundo proporciona ondas perfeitas, podendo ser pequenas, médias, grandes ou tubulares, de acordo com a profundidade do local: bancadas rasas formam ondas tubulares, bancadas com boa profundidade formam ondas mais cheias. A maioria dos reef breaks encontram-se no Havaí, Taiti e Indonésia. Apesar de ser pouco comum no litoral brasileiro, esse fundo pode ser encontrado em algumas praias do Espírito Santo, Natal, Recife, Maceió e Fernando de Noronha. Normalmente nesse fundo, as ondas quebram longe das praias. É necessário uma boa remada para alcançá-las. Essas ondas são muito temidas e respeitadas pelos surfistas. No fundo de coral, o mar é raso e o surfista pode se machucar seriamente ao chocar-se com o fundo que quase sempre é afiado. É claro que o perigo diminui com a experiência e o conhecimento do local.
FORMAÇÃO DAS ONDAS É o vento que cria as ondas quando sopra sobre o oceano
As ondas são criadas quando o vento transfere a sua energia para o oceano. O tamanho e a velocidade final da onda gerada, depende de três variáveis: a velocidade do vento, a duração do vento e o tamanho da "pista oceânica" aonde o vento sopra. Quanto mais forte soprar o vento, quanto mais tempo e quanto maior for a distância sobre a qual ele sopra no oceano, maiores as ondas que serão criadas. 15
Por outro lado a limitação de qualquer uma destas variáveis irá restringir muito o desenvolvimento das ondas e a transferência da energia para a água. À medida que as ondas crescem a distância entre as cristas das ondas também se tornam maiores, permitindo que mais e mais energia seja transferida para o oceano. Quanto mais energia é transferida para a água, maior é a velocidade das ondas e maior é a capacidade que as ondas têm de manter esta energia enquanto viajam grandes distâncias através dos oceanos.
A maneira mais fácil de medir a velocidade das ondas é medindo o período: o intervalo de tempo entre duas cristas de ondas seguidas, que passam por um mesmo ponto na superfície do oceano, como uma bóia por exemplo. Quanto maior o tempo entre duas cristas, maior será a velocidade da onda e maior será a energia que ela acumula embaixo d'água. O ângulo que o vento ou o swell faz com a direção Norte é conhecido como a sua direção. Note que a direção das ondas e do vento é normalmente identificada no sentido que o swell e o vento estão vindo, não no sentido para onde ele estão indo. Sendo assim, um swell vindo de Sul e indo para o Norte é identificado como um swell de Sul, e o seu ângulo em relação ao Norte é de 180º, um vento vindo de Leste e indo para o Oeste é identificado como um vento Leste, e o seu ângulo em relação ao Norte é de 90º. Existem direções intermediárias entre as direções Norte, Sul, Leste e Oeste: O Nordeste é a direção entre o Norte e o Leste, o Sudeste entre o Leste e o Sul, Sudoeste entre o Sul e o Oeste e Noroeste entre o Oeste e o Norte. A direção de um swell é um fator 16
importante quando queremos saber se as ondas irão entrar ou não em determinada praia. Em um local qualquer do oceano poderemos encontrar ondas vindas de diversas direções, assim costumamos identificar um determinado swell pela sua direção e também pelo seu período. O conjunto de todas as ondas de direções e períodos diferentes em um local qualquer do oceano é chamado de espectro das ondas. No Brasil as direções de swells mais comuns são as seguintes: SWELL
CAUSAS MAIS PROVÁVEIS
LITORAL QUE ATINGE
Sudoeste/ Sudeste
Frentes-frias e ciclones extra-tropicais
Do Rio Gde. do Sul até a Paraíba.
Nordeste/ Sudeste
Pistas de vento Leste sobre o oceano Atlântico Sul, provocadas por áreas de Alta pressão, distúrbios de Leste e frentes tropicais.
Praticamente todo o litoral do Brasil.
Noroeste/ Nordeste
Frentes-frias e ciclones sobre o oceano Atlântico Norte
Do Pará até a Paraíba e Fernando de Noronha.
Quanto mais longo o período do swell, mais energia o vento transferiu para o oceano. Os swells com 14 segundos entre duas cristas de onda são de período longo, eles possuem mais energia acumulada e viajam grandes distâncias através do oceano, porque a maior parte de sua energia está abaixo da superfície, por isto estas ondas possuem menor inclinação no oceano, sendo, portanto menos percebidas, por outro lado isto permite que elas possam facilmente passar através dos ventos e das ondas contrárias, sofrendo quase nenhuma influência deles. Estes swells também são chamados de swells de viagem longa porque conseguem atravessar oceanos inteiros, são mais conhecidos como swells oceânicos e podem atingir uma praia qualquer, a milhares de quilômetros de onde foram gerados, sem absolutamente nenhum sinal que avise a sua chegada, como chuvas ou ventos. Um exemplo são os swells que atingem o litoral Norte do Brasil, vindos das distantes tempestades do Atlântico Norte, algumas vezes próximas ao litoral do Canadá, existem também os swells provocados por ciclones extratropicais próximos ao litoral da Argentina, que atingem principalmente o litoral Sul e Sudeste do Brasil, mas podem algumas vezes atingir até o litoral do Nordeste. Os swells de período curto, que possuem menos de 10 segundos entre as cristas de duas ondas, são mais conhecidos como swells de vento ou ondulação de vento (também chamado de VAGAS) porque são gerados por ventos que sopram no próprio local ou próximo ao local, são formados de ondas com paredes mais inclinadas, boa parte da energia de suas ondas está acima da superfície do oceano, por 17
isto estão mais sujeitas à deterioração provocadas por ventos e ondas contrárias, e como eles carregam bem menos energia do que os swells de período longo, desaparecem mais rapidamente . O swell viaja como trens de ondas ou séries de ondas. Enquanto o swell se move pelo oceano, a onda na dianteira da série perderá velocidade e acabará na parte traseira da série, enquanto as outras ondas se movem para a frente mais rápido e tomam a sua posição. A próxima onda na dianteira se move para trás e as outras tomarão o seu lugar, e assim por diante, como uma escada rolante, por exemplo. Este processo permite às séries de ondas conservarem a sua energia enquanto viajam grandes distâncias através do oceano, este também é o processo que explica porque a velocidade do swell no oceano é exatamente a metade da velocidade das ondas deste swell. Por exemplo, um SWELL com um período de 10 segundos estará viajando aproximadamente a 28 quilômetros por hora. As ondas são duas vezes mais velozes do que o swell e a velocidade de uma única onda pode ser calculada multiplicando-se por 5,6 o período do swell. Assim as ONDAS com período de 10 segundos viajam no oceano a 56 quilômetros por hora.
PERÍODO DO SWELL
VELOCIDADE DO SWELL NO OCEANO
VELOCIDADE DAS ONDAS NO OCEANO
20 segundos
56 Km/h
112 Km/h
16 segundos
45 Km/h
90 Km/h
14 segundos
39 Km/h
78 Km/h
12 segundos
34 Km/h
67 Km/h
10 segundos
28 Km/h
56 Km/h
8 segundos
22 Km/h
45 Km/h
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É o vento que cria as ondas quando sopra sobre o oceano. A profundidade em que as ondas começam a "sentir" o fundo de oceano é igual a metade do comprimento entre duas cristas de onda. O comprimento da onda e o período do swell se relacionam diretamente, sendo assim nós podemos usar o período do swell para calcular a profundidade exata em que as ondas começarão a sentir o fundo de oceano. A fórmula é a seguinte: o período do swell elevado ao quadrado (multiplique ele por ele mesmo), e depois multiplique por 0,77 sendo o resultado igual a profundidade em que as ondas começam a sentir o fundo de oceano. Um swell de 15 segundos começará a sentir o fundo do oceano em 173 metros de água (15 x 15 = 225. E então 225 x 0,77 = 173 metros de profundidade). Veja a tabela abaixo: PERÍODO DAS ONDAS
PROFUNDIDADE
CLASSIFICAÇÃO
20 segundos
308 metros
Swell oceânico com muita energia
16 segundos
197 metros
Swell oceânico forte
14 segundos
151 metros
Swell oceânico
12 segundos
111 metros
Swell oceânico (pouco swell de vento)
10 segundos
77 metros
Swell de vento (pouco swell oceânico) 19
8 segundos
50 metros
Swell de vento e vagas
6 segundos
28 metros
Vagas: ondulação pouco definida de vento
Nota-se que os swells de períodos mais longos são muito mais influenciados pelo fundo do oceano do que os swells de períodos mais curtos. Por esta razão os swells de período longo, com 12 segundos ou mais, são conhecidos em inglês como ground swells ou swells de
fundo.
suficiente
Os para
swells
de
viajar
mais
período do
curto,
que
com
algumas
10
segundos
centenas
de
ou
menos,
quilômetros
não
antes
possuem que
se
energia dissipem.
Os swells de fundo, de período longo, começam a sentir o fundo logo no início da plataforma continental, por isso têm muito mais habilidade de modificar a sua trajetória em direção a um pico de surf, esse efeito é conhecido como refração, enquanto que os swells de vento, de período curto, mudam muito pouco a sua trajetória porque só podem sentir o fundo quando chegam perto da praia. Quando as ondas entram em águas mais rasas próximo à costa, seus limites mais profundos começam a se arrastar pelo fundo do oceano, e o atrito com o fundo lentamente a retarda. A energia que a onda acumula abaixo da superfície do oceano é empurrada para cima, fazendo com que as ondas se ergam sobre a superfície do mar, em inglês este efeito é conhecido como shoaling. Quanto mais longo o período do swell, mais energia está acumulada embaixo da água, isto significa que as ondas do período mais longo crescerão muito mais do que ondas de período mais curto. Uma onda de 1 metro de tamanho com um período de 10 segundos irá crescer para ser uma onda de 1,20 metros quando chega ao pico de surfe, enquanto que uma onda 1 metro de tamanho com 20 segundos de período poderá chegar com mais de 4 metros num pico de surfe, dependendo do formato do fundo do mar. Quando as ondas passam em águas cada vez mais rasas, elas se tornam cada vez mais inclinadas e instáveis, a medida que mais e mais
energia
é
empurrada
para
cima,
finalmente
chega
um
ponto
em
que
as
ondas
quebram,
com
uma profundidade de aproximadamente 1,3 vezes o tamanho da onda. Uma onda de 2 metros quebrará em aproximadamente 2,5 metros
de
profundidade,
ondas
de
4
metros
irão
quebrar
sobre
5
metros
de
água,
etc.
Uma onda que viaja sobre um fundo de oceano que se inclina lentamente irá se transformar em uma onda esparramada, que quebra lentamente, enquanto uma onda que passa sobre uma rampa mais vertical, como um fundo de pedra, resultará em uma onda quebrando mais rápida e mais oca
(onda tubular). Quando as ondas entram em águas mais rasas, a sua velocidade e seu comprimento
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diminuem (as ondas ficam mais lentas e suas cristas ficam mais próximas), mas o período do swell se mantém o mesmo que a onda tinha no oceano, e poderá ser medido a qualquer momento com um relógio comum.
COMPRANDO UMA PRANCHA Todo iniciante deve saber que a primeira prancha será específica para o aprendizado. As pranchas serão maiores e mais grossas do que as dos mais experientes. O ideal seria o longboard, por seu tamanho, que facilita a primeira remada na onda ou um funboard para os mais leves, que proporciona mais agilidade no manuseio dentro e fora d`água, por esses, possuírem mais área para colocar os pés e maior flutuação. Ou seja, terá que começar em uma prancha maior e a medida que for evoluindo a linha e o estilo de surfe, irá diminuindo de tamanho até surfar com uma prancha de menor porte, as chamadas hot-dogs. Por isso, antes de comprar sua primeira prancha, é melhor para o iniciante, começar em uma prancha cedida por uma escola de surfe. Isso será importante para a certeza do equipamento mais indicado à sua condição. 21
Muitos pais ou parentes, no intuito de agradar, entram na primeira loja e compram uma prancha sem orientação do instrutor ou de um amigo mais experiente, adquirindo um material inadequado. Isso pode ser frustrante porque a prancha é igual à dos amigos, linda, mas se não for a mais adequada, desestimulará o iniciante. Com o equipamento certo e o mar em boas condições, é fácil aprender a surfar, desde que pratique regularmente. Mas se usar a prancha errada, o menino ou menina encontrará dificuldades para ficar em pé na onda, o mesmo acontecendo com uma pessoa mais velha e pesada que compra uma prancha fina, estreita e sem flutuação.
TIPOS DE PRANCHAS HOT DOG São próprias para ondas pequenas e variam de 5 pés e 6 polegadas(5,6) à 6 pés e 4 polegadas(6,4). Mais conhecidas como pranchinhas, possui três quilhas e são usadas no mundo todo. Permitem trocas rápidas de direção e velocidade, proporcionando manobras mais radicais. SEMI-GUN São próprias para ondas médias e grandes e variam de 7 pés(7,0) à 7 pés e 6 polegadas(7,6). São ideais para ondas rápidas e ocas(tubulares), proporcionando velocidade e segurança nas manobras. GUN São pranchas especiais para surfar ondas grandes, sendo estreitas e rápidas. Variam de 7 pés e 7 polegadas(7,7) à 9 pés(9,0), proporcionando viradas e manobras longas. LONGBOARD Como diz o nome, são pranchas grandes, de 9(9,0) à 11 pés(11,0), só que mais larga que a Gun e com o bico mais arredondado. Nos anos 70, eram as mais usadas. Hoje é mais usada pela “galera da antiga”, iniciantes e até mesmo pelos da nova geração que gosta do estilo clássico. 22
FUNBOARD É a irmã mais nova do longboard, varia entre 7 pés(7,0) e 7 pés e 8 polegadas(7,8), é também larga e com boa flutuação, obtendo facilidade na remada na onda.
TOW-IN São pranchas específicas para ondas GIGANTES, próprias para os big riders (surfistas especialistas em ondas grandes). Nessa modalidade o surfista é rebocado com a ajuda de um Jet ski, pois para entrar nesse tipo de onda é preciso alcançar uma velocidade muito alta, impossível de ser alcançada com remadas. Variam de 5 pés e 10 polegadas(5,10) à 6 pés e 4 polegadas(6,4). Apesar de serem pequenas como as hot dogs, elas são muito mais resistentes, pesadas e têm alças para encaixar os pés.
EQUIPAMENTOS PARAFINA É importante para ajudar o surfista a não escorregar na prancha, aumentando a aderência, segurança e permitindo mais radicalidade nas manobras. Existem diversos tipos de parafinas, e seu uso varia de acordo com a temperatura da água. Para águas mais quentes, usa-se uma parafina um pouco mais dura, pois o calor amolece mais o produto. Já em águas mais frias, recomenda-se uma parafina mais mole para que ela tenha uma aderência correta. Existe uma lenda que diz que se passar parafina no cabelo, o mesmo fica louro. Na verdade, o que acontece é que, com a exposição demasiada ao sol, as pontas dos cabelos ficam queimadas, dando a impressão de que foram tingidos. No começo do surfe no Brasil, não havia parafina. Para se ter aderência, era comum passar vela. Sá nos anos 70 é que teve início a comercialização da parafina no país.
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DECK DE BORRACHA É uma espécie de piso de borracha antiderrapante colocado de preferência na traseira da prancha. Hoje os surfistas preferem o deck de borracha à parafina. Nele, o surfista apóia um dos pés, no qual, adquire mais firmeza não precisando o uso de parafina nesse ponto. Além do efeito antiderrapante, é importante no aprendizado por que vira um ponto de referência na hora de colocar o pé, ou seja, com o pé sobre ele, o iniciante saberá que está na posição correta. RASPADOR Usa-se de duas maneiras: A parte em forma de espátula serve para raspar a parafina velha que esta na prancha e depois se passa a nova. E a parte em forma de pente serve para arranhar a parafina, aumentando assim a aderência da prancha. ESTREPE Até o surgimento do estrepe ( cordinha que prende a prancha ao pé do surfista ), os surfistas perdiam a prancha e bastante tempo para recuperá-la. Há diversos tipos de estrepes: Os mais finos (3/8 polegadas) são usados para competição, os de 1/4 para ondas médias e os de 5/8 para ondas grandes. É importante usar o estrepe num comprimento um pouco maior que a prancha. Quando muito curto, ele pode fazer com que a prancha volte rapidamente em direção ao surfista, causando um acidente. Também deve prendê-lo no pé traseiro e sua saída (um rabinho que fica atrás do velcro) deve ficar para o lado de fora do pé para evitar que ele enrole nas pernas e pés. Serve também não apenas para manter a prancha ao alcance do surfista, como para evitar que a prancha alcance os banhistas e provoque acidentes, muitas vezes graves. CAMISA DE LYCRA Seu uso é fundamental. Além de diminuir os efeitos do sol no tronco, evita assaduras no peito, que fica em atrito com a parafina. O iniciante deve dar preferência a cores mais vivas para facilitar sua identificação. Isso para que ele sempre seja visto no meio de aglomerações de surfistas (crowd), ou em caso de acidentes. 24
ROUPA DE BORRACHA Existem várias roupas de borracha, próprias para diferentes temperaturas de água. Normalmente, a espessura varia de um a cinco milímetros. Se a água estiver quente usa-se apenas um colete para se proteger do vento. Para águas mais frias, usa-se o short John. Pra águas muito frias, pode-se usar o long John, que envolve todo o corpo. Nesse quesito, a tecnologia evoluiu muito e as roupas estão cada vez mais leves e com mais elasticidade. Vários fabricantes disputam esse mercado, oferecendo uma gama de ofertas. QUILHAS As quilhas servem para dar direção a prancha. Há um tipo de quilha para cada tipo de onda e prancha. Em ondas pequenas, usa-se quilhas menores para obter uma melhor condição de manobra, para ondas grandes usa-se quilhas com mais base, um pouco maiores. Existem também quilhas removíveis, na qual facilita na hora de viajar, pois cabe mais de uma prancha na capa. Instalar e retirar as quilhas é tarefa fácil por que elas são aparafusadas na prancha, mas não é recomendado ficar tirando e colocando quilhas a todo momento, só quando for realmente necessário. IMPORTANTE Não se pode esquecer de usar protetor solar, evitando assim os malefícios da exposição excessiva ao sol, como dentre outros, o câncer de pele. O uso de um bom óculos escuro também faz parte do arsenal do surfista, pois a exposição constante ao sol e seu reflexo nas areias prejudicam a membrana dos olhos. É fundamental alimentar-se bem. No esporte, gasta-se muita energia, portanto um bom cardápio deve incluir: frutas, legumes, carne branca, fibras, iogurte e muito líquido para uma boa hidratação. Essa orientação é passada apenas nas boas escolas de surfe. Saber nadar é fundamental para se aventurar no surfe. Não se torna inviável, mas dificulta o processo de aprendizagem. É aconselhável fazer um trabalho paralelo de natação. Praticar outros esportes também ajuda a manter um bom preparo físico para o surfe, e um trabalho de musculação e alongamento sob a orientação de um professor de educação física para evitar contusões também é recomendável.
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FUNDAMENTOS BÁSICOS SUBINDO NA PRANCHA Antes de tudo, é preciso descobrir em qual base o iniciante se sente mais confortável e seguro, são dois tipos de base: Goofy Foot e Regular Foot. Goofy foot são aqueles que surfam com o pé direito à frente. Regular foot é o inverso, são aqueles que surfam com o pé esquerdo à frente. A melhor maneira de descobrir isso é subindo num skate, a posição que se transmitir mais segurança deverá ser escolhida. A partir dessa escolha, haverá dois tipos de posicionamento na onda: Back side e front side. Quando o surfista está de costas para a onda é back side e quando estiver de frente para a onda é front side. REMADA É o fator número um para se pegar ondas corretamente. Para quem está iniciando, o importante não é remar com velocidade, mas sim de maneira correta. Deve-se equilibrar bem o corpo no centro de prancha e a remada deve ser contínua com um braço de cada vez, sem balançar o corpo. É como uma natação estilo crawl com a prancha: a braçada puxa a água até a traseira da prancha, sempre em movimentos longos e contínuos. Para melhorar o desempenho, deve-se levantar o peito encostando praticamente o abdômen na prancha, nessa posição, os braços ficarão num ângulo melhor, proporcionando a remada correta. A melhor posição é aquela na qual o surfista está equilibrado, com o bico nem muito afundado, nem muito levantado. Esse ponto de equilíbrio permite menor esforço e maior eficiência. O estilo cada um desenvolverá aos poucos. APRENDENDO NA ESPUMA Orientado na areia, o iniciante começará a aprender as primeiras manobras na espuma ( o local mais seguro é o banco de areia ). Ali irá aprender que se ficar muito na frente irá embicar e se ficar muito atrás irá perder velocidade, então, deverá aos poucos, aproveitar a força da espuma em direção a praia para remar e pegar a sua onda. Isso só será possível enquanto a prancha estiver com velocidade, caso contrário, será muito difícil manter o equilíbrio. Recomenda-se sempre uma remada a mais antes de tentar subir na prancha, se 26
achar que ainda não atingiu a velocidade ideal, deve dar mais uma ou duas remadas para ganhar mais impulso. Portanto lembre-se: a velocidade dá equilíbrio e estabilidade. Uma vez que subiu na prancha, não deve ficar numa posição nem muito aberta nem muito fechada. Os braços deverão estar mais ou menos na altura dos ombros e ligeiramente flexionados, como também os joelhos para corrigir possíveis desequilíbrios. Com a perna esticada, você acaba caindo. Lembrem-se novamente da importância da remada: NÃO EXISTE BOM SURFISTA QUE NÃO SEJA BOM REMADOR. Por isso, e essencial possuir bom preparo físico (isso você pode adquirir durante as aulas) e também obter hábitos de exercícios específicos que fortaleçam os músculos dos braços, costas e abdômen. A razão na qual todo iniciante deve aprender a surfar no banco de areia está ligada a segurança; ali, ele não será puxado para dentro do mar, pois no banco, a correnteza é a favor no sentido do mar para a terra. Já nas correntes de retorno (valas), a correnteza é da terra para o mar (Como foi visto no capítulo II – Conhecendo a praia). Então só após ganhar experiência, irá usar a força da vala para passar a arrebentação.
MANOBRAS Existem diversas manobras, mas irei citar as básicas: DROP, CAVADA, COLOCANDO NO CORTE DA ONDA, CUT BACK E BATIDA DROP É a primeira manobra do surfe. É quando o surfista está deitado, rema, pega velocidade e fica em pé na prancha. Antes de entrar na onda, observe a ondulação, comece a remar com antecedência para entrar com bastante velocidade, principalmente em ondas grandes, por que quando o surfista dropa atrasado pode perder a seqüência da onda e levar um caldo. CAVADA É a segunda manobra do surfe. Acontece quando o surfista chega na base da onda e vai virar, tendo a opção de ir para esquerda ou direita (o que a onda permitir). A partir daí, com as pernas flexionadas, coloca força na perna traseira. Conforme vai virando, vai também flexionando as pernas e depois estendendo. 27
Esse processo faz com que se ganhe força na manobra, utilizando a velocidade adquirida impulsiona-se o corpo com o quadril e jogando os braços. Obtendo uma cavada forte e radical. COLOCANDO NO CORTE DA ONDA Após a cavada, aproveitando a velocidade adquirida no drop, projeta-se a prancha na parede da onda ( colocando no corte ), percorrendo toda sua linha, ganhando velocidade para executar outras manobras ou para passar a sessão. CUT BACK Como diz o nome: Corte de volta. É uma manobra muito bonita e importante, pois o surfista volta à onda dando continuidade as manobras. Cada surfista tem um estilo para executá-la, é como se fosse uma marca registrada. Quanto mais velocidade for obtida no final da onda, quanto mais se distanciar da espuma, mais radical será a troca de direção do cut back. BATIDA Acontece quando o surfista acaba de cavar, aproveitando a velocidade da descida na onda e projeta a prancha ao encontro da crista da onda ou lip. Quanto mais perto da parte crítica da onda (onde ela está quebrando), mais radical será a batida. Após bater no lip da onda, retorna para a base com velocidade já projetando outras manobras.
DICAS IMPORTANTES PARA UMA BOA ONDA Ao chegar à praia, observe muito o mar antes de entrar. Observe bem os surfistas locais, eles sabem onde estão as melhores ondas. Nunca entre na onda de outro surfista, pois é considerado falta de respeito. Aguarde a sua vez e pegue sua onda, assim o surfe se torna divertido. Nunca ultrapasse seus limites, mantenha a humildade para saber se as condições do mar estão adequadas para suas habilidades e desempenho. 28
Na água, marque um ponto de referência na areia para não se afastar muito de onde planejou surfar. Pode ser um quiosque, guarda-sol, um carro estacionado, em fim, qualquer ponto fácil de visualizar. Evite aglomerações de outros surfistas que também estejam aprendendo, assim evitará acidentes como pranchas batendo na cabeça dos outros. Entrou no mar? Esteja sempre concentrado, observando as ondas, onde elas quebram, os outros surfistas. FIQUE LIGADO(A)!! Evite praias que contenham quebra-cocos. É aquela onda que quebra perto da beira da praia e pode fazer a prancha embicar ou até mesmo quebrar.
CUIDADOS COM A PRANCHA Depois daquele dia inteiro de aéreos, 360, caldos, batidas e outras tantas manobras, o surfista volta para casa a fim de descansar e se alimentar para repor as energias. Mas, para onde vai à prancha? Largada em algum canto da casa, sem nem ter tomado uma ducha. Certo? Errado!! Preste atenção nas regras antes de jogá-la por aí: Lavar com água doce, para retirar o sal que amarela o bloco da prancha, bem como as cordinhas de nylon, os velcros, etc. Descansar a prancha na horizontal, isto é, com o bottom (fundo da prancha) rente ao chão ou a uma área que abranja grande parte dele. Se não houver espaço, coloque de lado, com uma das bordas encostadas ao chão e o bottom ou o deck (frente da prancha) apoiado na parede. Ou coloque-a sobre dois pedaços de ferro ou madeira em forma de "L" que são fixados à parede (racks ou cantoneiras). Obs: As posições verticais não são recomendadas.
FISIOLOGIA DO CALDO ( Marcello Árias) Todos nós, surfistas, já passamos pela experiência desagradável de "levar um belo caldo". A sensação de "falta de ar" nos remete a idéia de que naquele momento de angústia nosso oxigênio (O2) está acabando. Entretanto, a sensação de falta de ar que sentimos durante um caldo ou simplesmente durante uma suspensão voluntária de nossa respiração, não é proveniente do decréscimo do oxigênio em nosso organismo, ao invés disso, esta sensação é primariamente produzida pelo acúmulo do gás carbônico (CO2) em nosso sangue. 29
Ora, isso quer dizer que à medida que nos debatemos embaixo da água e utilizamos nosso O2, produzimos CO2, e é esse mesmo CO2, que estimulará uma área em nosso cérebro, (conhecida pelo nome de Bulbo), a emitir os primeiros sintomas da falta de ar: ficamos com "vontade" de respirar, e se não o fizermos logo, nossos músculos respiratórios começarão a contrair-se involuntariamente até que abriremos a boca e respiraremos de forma reflexa, o que pode causar um afogamento. Como o CO2 em excesso é tóxico, o nosso organismo sente necessidade de eliminá-lo antes mesmo de renovar o O2 em nossos pulmões. Logo, a famosa sensação de "falta de ar" não é produzida pela diminuição do O2 no organismo, mas pela produção e não eliminação do CO2 paralelamente produzido. E em que essas informações podem ajudar aos surfistas interessados em dropar a maior da série? É interessante saber que a sensação de falta de ar aparece muito antes do nosso estoque de O2 realmente chegar em
ao nosso
fim.
Via sangue
de
regra, uma
aos
primeiros
quantidade
sintomas de
de
oxigênio
falta
de
suficiente
ar, de
ainda
temos
submersão.
O conhecimento teórico desses fatores do controle respiratório, associados a alguns exercícios práticos, pode melhorar muito a capacidade de submersão do surfista, o que aumentará sua autoconfiança para se arriscar com mais segurança em uns "drops mais insanos". Por hora ficam os seguintes conselhos: Tenha consciência de que os primeiros sintomas de falta de ar são facilmente controlados caso você não entre em pânico. É tudo uma questão de treino. A ordem durante o caldo é: Solte o corpo!! Não contraia seus músculos!! Deixe a turbulência passar e economize seu O2, pois procedendo desta forma, você não produzirá muito CO2 e prorrogará seu tempo de apnéia. A informação acima não deve ser sempre seguida ao pé da letra. Em algumas situações como, por exemplo, uma "vaca" em Puerto Escondido ( México – onda grande e tubular ), é fundamental que você enrijeça seus músculos para se proteger do primeiro impacto da onda, pois nessas situações, se você soltar o seu corpo quando o lip está vindo ao seu encontro, pode não morrer afogado, mas será partido ao meio com facilidade. Logo, aqui a regra é; enrijeça ao primeiro impacto e depois se deixe levar...
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REGRAS BÁSICAS PARA SER UM BOM SURFISTA Saber observar bem o mar e a natureza ao redor da praia. Ser bom nadador. Boa alimentação. Bom preparo físico e técnico. Respeito a natureza. Respeito aos outros surfistas presentes na água. DIGA NÃO AS DROGAS!!
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O QUE SÃO 5 SEGUNDOS PARA VOCÊ? MUITO? POUCO? DEPENDE DA INTENSIDADE QUE VOCÊ OS VIVE!!! Quando descemos uma onda o relógio pára… a respiração espera… e a visão eterniza cada segundo
Surfe é nosso estilo de vida
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GLOSSÁRIO DO SURFE 360º - Manobra em que o surfista executa uma volta completa em torno de si mesmo (com sua prancha) e continua na mesma direção. Aéreo - Vôo com a prancha. Aéreo 360 - Variação dificílima da manobra 360, onde o surfista executa a mesma durante um vôo com a prancha. Aloha - Bem-vindo traduzido de dialeto havaiano; saudação positiva. Back side - É quando o surfista se posiciona de costas para a onda. Batida - Manobra em que o surfista acerta a crista da onda com a parte de baixo da prancha. Beach Break - Praia com fundo de areia. Big rider - Surfista bom, que gosta de pegar ondas grandes. Black trunk - Havaianos barras-pesadas, que só usam calções de cor preta; meio perigoso. Bóia - Quem fica parado dentro da água; não pega onda. Bottom - Parte do fundo da prancha, onde ficam as quilhas. Bottom Turn (Cavada)- Manobra onde o surfista faz uma curva na base da onda em direção do lip (crista). Brother - Maneira como um surfista chama outro amigavelmente. Buraco - Parede de onda bem cavada; onda tubular. Casca grossa - Surfista muito bom em determinadas características; situação difícil. Cavada - Mesmo que bottom turn. Crowd - Cheio de gente; pico lotado. Cut back - Manobra em que o surfista volta na direção contrária da onda e depois retorna na direção normal. Deck - Parte da prancha onde o surfista
pisa. Drop - Descer a onda da crista até a base. Elevador - Passar por uma onda grande; subir pela frente e descer por trás. Expression Session - Campeonato que elege a melhor manobra dos surfistas competidores. Flat - Mar liso, sem ondas; sem curvas (referente ao shape da prancha). Floater - Manobra em que o surfista flutua, quase sem contato com a crista da onda quando ela já está quebrando. Free surfer - Quem surfa por puro prazer, para gravar vídeos ou conhecer novos picos. Front side - É quando o surfista se posiciona de frente para a onda. Fundo - Parte de baixo da prancha, onde ficam as quilhas.. Goofy - Surfista que pisa com o pé direito na frente (base goofy). Grab rail - Manobra em que o surfista coloca a mão na borda da prancha para pegar um tubo de back side. Grommett - Surfista pré-adolescente. Gun - Prancha grande, para ondas grandes. Haole - Surfista que não é do local onde está surfando. Hot dog - Prancha pequena, para ondas pequenas. Inside - Qualquer lugar dentro da arrebentação. Joelhinho - Movimento usado para passar a arrebentação; furar a onda com a prancha. Lavada - Jogar água na galera ao fazer uma manobra. Laje - Lugar onde quebram as maiores ondas quando entra um grande swell. após o surf ou outras atividades. Leash - Acessório que prende a prancha ao pé do surfista. Line Up - Alinhamento dos surfistas no outside (linha de formação das ondas). Lip - Crista da onda. Localismo - Espécie de xenofobia entre os
surfistas, responsável por muitas brigas e confusões dentro da água, nas disputas pelas ondas. Os surfistas locais (moradores) pensam que têm mais direito ao oceano. Longboard - Pranchão. Longboarder - Quem pratica o longboard. Long John - Roupa de borracha para proteger do frio (modelo para o corpo inteiro). Mar gordo - Mar com ondas largas, cheias. Maral - Vento no sentido oceano-continente. Maria-parafina - Mulher que gosta de ficar/namorar surfistas famosos. Maroleiro - Surfista que gosta de ondas pequenas. Merreca - Onda (ou mar) pequena (o) e ruim. Merrequeiro - Surfista que só pega ondas pequenas. Morra - Onda enorme, assustadora. Off Shore - Vento terral; da terra para o mar. Este vento normalmente é quente e alisa as ondas. Onshore - Vento maral. Outline - Esboço de uma prancha. É o desenho, a "linha de fora", o contorno que o shaper utiliza para começar a criar a prancha. Outside - Qualquer local para fora da arrebentação. Parafina - Material sólido e translúcido feito de vela usado na superfície da prancha, para evitar quebras. Paulada - Batida forte na onda. Pés - Medida náutica; 3 pés são equivalentes a 1 metro. Pico - Mesmo que point; Zona de surfe. Pipocar - Amarelar; ficar com medo de um mar grande. Point Break - Praia com fundo de pedra. Pororoca - Quando as ondas vão até o raso e voltam, chocando-se com as ondas que estão na direção contrária. Isso atrapalha o surfista quando está pegando a onda;
também conhecida como back wash. Prego - Surfista que não sabe pegar onda muito bem. Pro - Surfista profissional , competidor e que ganha dinheiro com o esporte. Quebra-coco - Onda oca e rápida. Rabear - Quando um surfista entra na frente da onda de um outro surfista que já está dropando. Rabetada - Derrapada; soltar a rabeta da prancha numa manobra. Reef Break - Praia com fundo de coral. Regular - Surfista que pisa com o pé esquerdo na frente (base regular). Rip - Estar no rip é estar em forma.
Secret spot - Local secreto, pico pouco conhecido. Sessão - Parte de uma onda. Cada sessão propicia manobras diferentes. Shape - Formato da prancha de surf. Shaper - pessoa que fabrica pranchas. Short John - Roupa de borracha até o joelho para proteger contra o frio. Surfwear - Moda surfe Swell – Ondulações viajando no oceano. Terral - Vento no sentido continente-oceano. Trip - Viagem de surfe, geralmente para um lugar com altas ondas. Tube rider - Surfista que é bom em tubos. Tubo - Manobra em que o surfista fica dentro
da onda. Vaca - Tombo; queda; Vala – Corrente de retorno do mar. WCT (World Championship Tour) - Primeira divisão do circuito mundial de surf, competem os top 44 do mundo. Tem cerca de 10 etapas por ano, com premiação mínima de US$ 100 mil. Wetsuit - Roupa de borracha para surfar no frio. WQS (World Qualifying Series) - Circuito aberto, onde competem surfistas do mundo inteiro. É classificatório para o WCT.
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Viva esse esporte
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