Matéria Prima para Biodiesel As matérias-primas para a produção de biodiesel são: óleos vegetais, gordura animal, óleos e gorduras residuais. Óleos vegetais e gorduras são basicamente compostos de triglicerídeos, ésteres de glicerol e ácidos graxos. O termo moglicerídeo ou diglicerídeo refere-se ao número de ácidos. No óleo de soja, o ácido predominante é o ácido oléico, no óleo de babaçu, o laurídico e no sebo bovino, o ácido esteárico. Algumas fontes para extração de óleo vegetal que podem ser utilizadas: baga de mamona, polpa do dendê, amêndoa do coco de dendê, amêndoa do coco de babaçu, semente de girassol, amêndoa do coco da praia, caroço de algodão, grão de amendoim, semente de canola, semente de maracujá, polpa de abacate, caroço de oiticica, semente de linhaça, semente de tomate e de nabo forrajeiro. Embora algumas plantas nativas apresentem bons resultados em laboratórios, como o pequi, o buriti e a macaúba, sua produção é extrativista e não há plantios comerciais que permitam avaliar com precisão as suas potencialidades. Isso levaria certo tempo, uma vez que a pesquisa agropecuária nacional ainda não desenvolveu pesquisas com foco no domínio dos ciclos botânico e agronômico dessas espécies. Entre as gorduras animais, destacam-se o sebo bovino, os óleos de peixes, o óleo de mocotó, a banha de porco, entre outros, são exemplos de gordura animal com potencial para produção de biodiesel. Os óleos e gorduras residuais, resultantes de processamento doméstico, comercial e industrial também podem ser utilizados como matéria-prima. Os óleos de frituras representam um grande potencial de oferta. Um levantamento primário da oferta de óleos residuais de frituras, suscetíveis de serem coletados, revela um potencial de oferta no país superior a 30 mil toneladas por ano. Algumas possíveis fontes dos óleos e gorduras residuais são: lanchonetes e cozinhas industriais, indústrias onde ocorre a fritura de produtos alimentícios, os esgotos municipais onde a nata sobrenadante é rica em matéria graxa, águas residuais de processos de indústrias alimentícias. Para produzir a matéria prima necessária para atender a indústria de biodiesel, impõe-se um dramático investimento em PD & I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação), de maneira a promover um adensamento energético das espécies oleaginosas (Figura 01).
Clique na imagem para ampliar O cenário (projetado no gráfico acima) pressupõe que, ao final do período, a média de produtividade será de 5 t.ha-1, em oposição aos 600 kg.ha-1 atuais. evolução ocorrerá, inicialmente, por melhoria nos sistemas de produção, aumento de produtividade e de teor de óleo das oleaginosas atuais. Entretanto, no médio e longo prazo, o incremento ocorrerá por incorporação de novas oleaginosas, mormente palmáceas tropicais, com alta capacidade de produção de óleo por unidade de área. Atendida a premissa de aumento da densidade energética, diminuirá a pressão relativa por incorporação de novas áreas, de maneira que, ao final do período, serão demandados menos de 20 Mha (Figura 02), inclusas as áreas para produção comunitária e autoconsumo.
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Mamona
(R i c i n u s c o m m u n i s L . )
A facilidade de propagação e de adaptação em diferentes condições climáticas propiciou a mamona ser encontrada ou cultivada nas mais variadas regiões do mundo, como no norte dos Estados Unidos da América e Escócia. Especialista em biodiesel, o professor Donato Aranda, da UFRJ, critica a insistência - A viscosidade da mamona é três vezes maior do que a de qualquer outro óleo vegetal, o que pode causar desgaste precoce dos motores e queimar o filme de todo o programa do biodiesel.
Pinhão Manso
(Jatropha curcas)
Cultura existente de forma espontânea em áreas de solos pouco férteis e de clima desfavorável a maioria das culturas alimentares tradicionais, o pinhao manso pode ser considerado uma das mais promissoras oleaginosas do sudeste, centro-oeste e nordeste do Brasil.
Girassol
(Helianthus annuus)
O Girassol é uma planta originária das Américas, que foi utilizada como alimento, pelos índios americanos, em mistura com outros vegetais.
Nabo Forrageiro (Raphanus sativus)
O nabo forrageiro é uma planta da família das Crucíferas, muito utilizada para adubação verde no inverno, rotação de culturas e alimentação animal.
Algodão
(Gossypium hirsutum)
O algodão, que é considerado a mais importante das fibras têxteis, naturais ou artificiais, é também a planta de aproveitamento mais completo e que oferece os mais variados produtos de utilidade.
Soja
(Glicine max)
A soja liderou a implantação de uma nova civilização no Brasil central, levando o progresso e o desenvolvimento para a região despovoada e desvalorizada, fazendo brotar cidades no Cerrado.
B a b a ç u (Orbignya phalerata) Ordem:
Arecales
Família:
Arecaceeae
Génerro: Orbignya Espécie:
phalerata
babaçu destaca-se entre as palmeiras encontradas em território brasileiro pela peculiaridade, graça e beleza da estrutura que lhe é característica: chegando a atingir entre 10 a 20 metros de altura.
Palma (Dendé)
(Elaeis guinensis)
A palma é um cultivo perene. Começa a produzir frutos a partir de 3 anos, depois de semeada, tem uma vida economica entre 20 a 30 anos. A produção por ha por ano atinge 5.500 kg de óleo de palma e 500 kg de óleo de palmiste.
Tungue
(Aleurites fordii)
O tungue é nativo da Ásia, onde é cultivado predominantemente na China. "Tung" significa na língua chinesa "coração", nome inspirado no formato das folhas dessas plantas.
Crambe
(Crambe abyssinica)
Crambe é da família das brassicaceae e tem a vantagem de ser tolerante à seca e às geadas. Ela floresce em 35 dias e a colheita pode ser em até 90 dias.