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Comentário crítico sobre robótica O conceito de máquina tal como é conhecido actualmente foi descoberto na antiga civilização grega, no séc. I a.C, com a criação de aparelhos que tinham a capacidade de se moverem sozinhos. Mas apenas alguns anos mais tarde é que se concedeu a este feito a devida importância, quando se descobriu que a tecnologia aplicada era muito avançada para a altura em que se pensava ter sido a máquina. No séc. XVI, surge pela primeira vez a ideia de uma máquina ao serviço da Humanidade, e apenas quatro séculos mais tarde é que aparece o termo “robota” que significa trabalho forçado em checo. Ainda que o termo robot se refira a todos os dispositivos eletrónicos ou biomecânicos que realizam trabalhos autonomamente e de forma préprogramada, são sobretudo os robots do tipo humanóide que ganham mais destaque e que têm sido mais desenvolvidos. Actualmente, já existem robots capazes de simular expressões humanas, movimentar-se como pessoas e até estabelecer diálogos sofisticados. Já foram muitos os avanços conseguidos na robótica, mas ainda há muito por se descobrir. A robótica pode ser aplicada em várias áreas, salientando-se a sua utilização na vida doméstica (domótica) e no campo científico. O uso da robótica na medicina é algo recente, mas tem-se vindo a mostrar uma integração bastante promissora, começando a tornar-se indispensável. Distinguem-se a cirurgia robótica, em que é o robot que executa o procedimento cirúrgico controlado por um programa de computador. Neste caso, o cirurgião participa no planeamento do procedimento, mas é um mero observador na execução do mesmo. Com isso assegura-se, entre outras coisas, que não existirão desvios na trajectória planeada, alta segurança com velocidade e manobras totalmente precisas. É o caso do robot cirurgião “da Vinci”, programado de forma a ajustar-se de forma a compensar o tremor natural da mão humana, é capaz de fazer movimentos minúsculos com uma precisão enorme, para além de que permite uma recuperação mais rápida do paciente, pois as incisões são menores. São também utilizados robots de membros e órgãos artificiais que funcionam como próteses automatizadas que obedecem aos comandos do utilizador, e robots cadeira de rodas. Destacase ainda a telecirurgia, em que um cirurgião consegue executar uma intervenção sem estar fisicamente presente no bloco operatório através de braços robóticos e mediante uma interface que combina retroalimentação visual, auditiva e táctil. Os movimentos das mãos do cirurgião são reproduzidos fielmente pelos braços mecânicos e o cirurgião tem inclusive a sensação de tato e resistência dos tecidos que o braço mecânico está a manipular. Nos últimos anos também se desenvolveram robots de apoio aos hospitais que auxiliam na preparação de medicamentos e na sua distribuição pelos doentes, com uma elevada exatidão e eficácia. Verifica-se assim que a robótica aplicada na medicina tem trazido grandes benefícios e maior eficiência nos tratamentos e intervenções. Em Portugal, a robótica tem vindo a ganhar cada vez mais importância, havendo já algumas empresas a dedicarem-se a esta área futurista. É o caso da Unidade de Robótica, que resulta da fusão entre os grupos de robótica do INESC Porto (Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto) e do ISEP (Instituto Superior de Engenharia do Porto). Esta unidade desenvolveu o Trimares, um submarino robot capaz de inspeccionar estruturas de barragens e o assoreamento das bacias com grau de precisão na ordem dos centímetros e em


tempo real, permitindo optimizar recursos, incrementar massa crítica e sinergias e fortalecer a capacidade científica e tecnológica de ambas as instituições. Assim, será possível aumentar e melhorar as actividades de transferência e de comercialização de tecnologia portuguesa para mercados em forte expansão, como é o caso do Brasil, onde será executado este trabalho. Também no contexto nacional esta criação vai ser muito benéfica, uma vez que a Unidade de Robótica vai reunir novas competências necessárias para dar resposta às necessidades da economia do Mar (segurança marítima, indústria naval, náutica de recreio e pesca, conservação e transformação do pescado) e para desenvolver I&D (Investigação e desenvolvimento) com aplicação nas tecnologias de produção automatizadas para o mercado dos equipamentos industriais. Em suma, o desenvolvimento de novas tecnologias permite o progresso da sociedade em diversas áreas, quer seja a nível de saúde, bem-estar ou económico. Há-que saber utilizar as novas descobertas de modo adequado, permitindo um avanço benéfico e controlado.

Mariana Marques Nº22 12ºC


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