PALAVRA DO PRESIDENTE Minhas primeiras palavras são de agradecimento a Deus. Sem Ele, certamente, nada seria possível. “O futuro dependerá daquilo que fazemos no presente”, disse Mahatma Gandhi. É com essa expectativa que os nossos trabalhos estão norteados, desde o início de nossa gestão. Inspirado na frase desse líder espiritual e pacifista indiano é que venho até você, cooperado CALU, expressar o meu sentimento em relação ao balanço das nossas ações que fizemos até aqui. Acreditamos que olhar o futuro é importante, mas não o bastante. Por isso, plantamos muitas sementes para que elas nos tragam uma próspera colheita. Apresentamos um balanço com os números contábeis em dia e um relatório de gestão repleto de fatos marcantes e gráficos que demonstram o comprometimento da equipe que está por trás de todo sucesso da Cooperativa. Neste sentido, quero agradecer a todos os colaboradores pelo esforço contínuo para manter o ótimo desempenho da CALU.
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Aos cooperados sempre presentes e que, assim como nós, acreditam no potencial da Cooperativa, seja nos momentos de dificuldades ou de conquistas, o meu muito obrigado. E também aos Conselhos de Administração e Fiscal pelo companheirismo e trabalho conjunto que temos feito ao longo desses anos de gestão. O ano de 2013 foi voltado para investimentos. Implantamos equipamentos de última geração para
alavancar e aprimorar a produção de queijo no atual laticínio – equipamento que será transferido para a nova fábrica -; iniciamos as obras da nova indústria de lácteos; incrementamos o portfólio de rações e financiamos mais silospara a granelização; ampliamos o atendimento técnico ao cooperado; aumentamos o faturamento do Intercalu; proporcionamos mais encontros com os produtores para ouvirmos os anseios e ajudá-los na atividade leiteira; criamos o setor de Política Leiteira; lançamos novos produtos lácteos no mercado e conquistamos mais clientes; enfim, preparamos o terreno e cuidamos muito bem do solo para que, nos próximos anos, possamos colher frutos positivos. A concretização das obras da nova indústria é o início de uma era que nos enche não só de orgulho como também de esperança. Temos a certeza que a materialização desse sonho abrirá novos horizontes aos cooperados, para todos os produtores rurais e, especialmente, para a pecuária leiteira do Triângulo Mineiro. Encerro reforçando o meu otimismo em relação ao futuro da CALU. Vamos juntos escrever essa importante etapa da nossa história tendo como escopo o bem estar coletivo, base do cooperativismo e fonte do nosso sucesso. Que as bênçãos do poderoso e misericordioso Pai Celestial cubram a vida de todos nós e de nossos familiares.
Cenyldes Moura Vieira Presidente
Assistência ao Cooperado • Dentro do Programa de Profissionalização do Cooperado, a Calu deu continuidade ao Programa Balde Cheio - convênio com a Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais - Faemg. Há seis anos, a Cooperativa vislumbra com os cooperados assistidos o seu crescimento pela aplicação das técnicas e manejos e, o melhor, o entusiasmo renovado com a pecuária leiteira revelado em cada encontro, nas Unidades Demonstrativas. • Em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar Minas, a CALU formou a 6ª turma no programa GQC - Gestão com Qualidade em Campo. Dez casais de produtores cooperados participaram do curso que tem como objetivo estimular uma mudança cultural, transformando o produtor em empresário rural. • A CALU realizou o 1º Seminário Técnico Sobre Gestão e Qualidade na Pecuária Leiteira. Mais de 60 cooperados, que fazem parte do Programa de Assistência Técnica da Cooperativa, participaram do evento que foi marcado por palestras técnicas e atualização do produtor em relação às informações sobre a qualidade do leite. • Vários Dias de Campo foram realizados levando informações e novas tecnologias aos cooperados e produtores da região. Foram realizados 11 eventos para um público de cerca 350 produtores. • A Cooperativa aderiu ao programa Leite Legal que visa capacitar, em Minas Gerais, em torno de 15 mil propriedades produtoras de leite, com foco na qualidade. Uma iniciativa do sistema CNA/Faemg (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil/ Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) em parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). • Em 2013, 145 produtores contrataram o plano de assistência técnica programada e, mensalmente, cerca de 50 cooperados foram atendidos com os serviços veterinários e agronômicos. • O 13º Intercalu contou com mais de 400 animais na Exposição Ranqueada da Associação dos Criadores de Gado Girolando e na 4ª Mostra Gir Leiteiro com a participação de 38 criadores e expositores, entre cooperados e convidados. Foi realizado também o 2º Shopping de Animais, e a 1ª Copa de Marcha da Raça Mangalarga Marchador. O evento foi finalizado com o tradicional Leilão de Elite.
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GESTÃO 2013
Organização do Quadro Social • O Conselho de Administração da CALU promoveu vários encontros com os cooperados, por meio dos Núcleos de Desenvolvimento e Comitê Educativo. • A diretoria e a gestão da Cooperativa promoveram encontros com os cooperados, com o intuito de divulgar informações relacionadas ao desempenho da CALU, atualizações sobre o mercado de leite, bem como assuntos que dizem respeito à área técnica e ao andamento das obras do novo laticínio. Foi um momento de interação, no qual foram ouvidas as demandas, reivindicações e sugestões dos associados. • O ano marcou a retomada da participação da mulher cooperativista. O público feminino foi envolvido nas atividades da Cooperativa, por meio da iniciativa de um grupo de mulheres formado por cooperadas com o apoio do setor de cooperativismo. Vários encontros foram realizados na matriz e também nas filiais, com intuito de integrar associadas, esposas e filhas de cooperados, funcionárias das fazendas e colaboradoras da CALU, além de levar informações úteis, por meio de palestras motivacionais, para o dia-a-dia das mulheres.
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• A CALU colocou em prática o Encontro Integração de Novos Cooperados. Os produtores ingressantes agora têm a oportunidade de conhecer a Cooperativa e seus departamentos com os quais ele vai se relacionar. No decorrer do dia, os cooperados visitam as dependências da empresa e participam de palestras realizadas pelos gestores de cada área. Além disso, os visitantes recebem orientações sobre a filosofia cooperativista.
Área Industrial Laticínio • No início do ano, a diretoria da CALU assinou o protocolo de intenções com os Órgãos de fomento oficiais do Estado de Minas Gerais (INDI e BDMG) para a obtenção de linhas de crédito e benefícios fiscais direcionados à construção do novo laticínio. • As obras do novo laticínio foram iniciadas, no mês de setembro, no Distrito Industrial de Uberlândia, com previsão de término para o final de 2014. Serão aproximadamente 10 mil metros quadrados de área construída. Com o empreendimento, a Cooperativa pretende triplicar a capacidade de processamento. • A CALU instalou, na planta atual, novos equipamentos para a fabricação de queijos mussarela e ricota, e para limpeza automatizada (CIP), que fazem parte do projeto da futura fábrica e, posteriormente, serão transferidos para a mesma. Trata-se de tecnologia de última geração, com processo automatizado, que já trouxe ganhos para a Cooperativa, com aumento na produtividade, melhoria na qualidade dos produtos, garantindo a segurança alimentar.
Rações e Suplementos Minerais • Mais cooperados aderiram ao programa de granelização das rações, o que tem permitido uma redução de custo ao produtor e melhoria nas condições de estocagem, proporcionando um eficiente controle sanitário e diminuição de perdas do produto nas propriedades. A CALU buscou linhas de créditos especiais e disponibilizou aos produtores o financiamento de silos. A diferença no preço da ração a granel contribuiu para o cooperado pagar o investimento. • O setor registrou, nesse ano, recorde na comercialização das rações, tanto a granel como ensacadas. Parte desse sucesso deve-se às políticas de benefícios aos cooperados, que são subsidiados pela CALU, com a prática de preços diferenciados para todos os associados e, em especial, aos fornecedores de leite, além da realização da feira Intercalu que propicia vantagens na aquisição de insumos em geral. • O ano também foi marcado com o lançamento do produto Polpa Max, com grande aceitação no mercado, ampliando o portfólio de rações da Cooperativa.
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GESTÃO 2013
Comercial e Marketing • O ano foi marcado com o lançamento de novos sabores do produto Bebida Láctea Caluzinho: laranja, cenoura e mel; banana mel e cereais, que tiveram boa aceitação no mercado, oferecendo mais opções para o consumidor, ampliando o mix de produtos. • A Cooperativa fechou parceria com um laticínio localizado no estado de Minas Gerais para o envase do Leite Longa Vida CALU. A parceria trouxe redução tributária e melhorias na logística, já que a indústria encontra-se no mesmo Estado. E traz como novidade a nova embalagem com tampa “abre fácil”, proporcionando ainda mais praticidade ao consumidor. • A CALU foi parceira do Center Shopping de Uberlândia em um projeto inédito: a Fazendinha CALU. O evento trouxe reflexos positivos na área comercial dos produtos lácteos. A marca ficou em evidência para todo o público frequentador do Shopping e em toda mídia local.
6 Lojas Agropecuárias • O segmento de Lojas registrou crescimento constante, nos últimos anos. A Feira de Negócios Intercalu 2013 foi um dos principais fatores que alavancaram o resultado. Nesse ano, a CALU ofereceu novas oportunidades ao produtor ampliando: crédito, portfólio de produtos, prazo para o pagamento e benefícios extras para o cooperado fornecedor, como política de fidelização. • O Intercalu Agro realizado na matriz e filiais, no mês de setembro, teve como foco beneficiar o produtor em vendas e condições especiais para o pagamento na compra de produtos como implementos agrícolas, sementes (pastagens, milho e sorgo), calcário e fertilizantes, propiciando a sua preparação para a safra agrícola. • A realização de campanhas promocionais mensais divulgadas em panfletos ofereceram mais benefícios ao cooperado, com descontos em produtos, aquecendo as vendas nas lojas.
• O lançamento do produto Calulac - marca própria do leite em pó para a dieta de bezerros no período de amamentação foi mais uma opção para o produtor incrementar o manejo dos animais utilizando a marca CALU.
Projetos Sociais A CALU continuou a praticar a responsabilidade social, por meio dos projetos já existentes e também através de novas oportunidades que surgiram ao longo do ano. • Os projetos “Concurso Literário”, “CALU Contando História” e “Fazendinha Escola - Camaru” contaram com a participação de mais de 25 mil alunos das redes pública e particular de ensino de Uberlândia. • Pela quarta vez, a CALU participou do Dia C - criado pelo Sindicato e Organização das Cooperativas de Minas Gerais (Ocemg). Em parceria com outras cooperativas de Uberlândia realizou uma campanha para arrecadar alimentos para uma instituição local que abriga crianças em situação de risco. • A CALU novamente foi parceira do projeto Sanitaristas Mirins desenvolvido pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), contribuindo com a formação de crianças da zona rural de Uberlândia. • Juntamente com outras cooperativas da região, a CALU viabilizou investimentos em cursos de pósgraduação na área de reprodução animal para seus cooperados, filhos e técnicos prestadores de serviços com repasse de subsídios do sistema Ocemg/Sescoop.
Premiações e Homenagens A CALU recebeu prêmios importantes em 2013, em reconhecimento aos trabalhos desenvolvidos tanto na área social como empresarial. • “16º Top Of Mind Jornal Correio” – A CALU recebeu o prêmio por ser a mais lembrada pelos consumidores, quando o assunto é leite pasteurizado. É a única empresa do segmento lácteo apontada pela 16ª vez consecutiva na pesquisa. • “Empresa Cidadã” – Pela terceira vez, a CALU recebeu da Câmara dos Dirigentes Lojistas – CDL Uberlândia e da Câmara Municipal de Uberlândia o Selo Empresa Cidadã. O prêmio reconhece as empresas que praticam a responsabilidade social, por meio de projetos, que contribuem para o bem da comunidade uberlandense. • “Diploma de Honra ao Mérito” – A CALU recebeu um Diploma de Honra ao Mérito da Câmara Municipal de Uberlândia pelos 51 anos de fundação.
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GESTÃO 2013
Evolução do Faturamento A Calu tem seu faturamento constituído por receitas obtidas em três negócios distintos e complementares. Lojas Agropecuárias e Rações foram favorecidas pelas estratégias comerciais, direcionadas aos cooperados através de feiras e campanhas promocionais. As expectativas foram superadas pelas metas alcançadas na granelização de ração e na venda de fertilizantes e sementes para pastagem.
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Evolução do Faturamento das Lojas Agropecuárias O crescimento do faturamento das lojas agropecuárias alcançou 29,8%. Os preços de rações e suplementos préfixados na Feira Intercalu proporcionaram volume de produção e vendas recordes. Outra constatação foram os grandes volumes nas vendas de fertilizantes e sementes comercializadas no Intercalu-Agro.
Evolução do Faturamento de Rações e Suplementos As rações da CALU têm uma boa aceitação no mercado, devido a sua comprovada qualidade no processo produtivo e na utilização de matérias-primas selecionadas. Há que se destacar também a forma de vendas rações granelizadas e o financiamento de silos, com pagamentos realizados através de descontos obitidos pela fidelidade na entrega do leite.
Evolução do Faturamento da Feira de Negócios A Feira de Negócios propiciou ao cooperado a oportunidade de otimizar seus resultados, adquirindo insumos a preços pré-fixados com vantagem competitiva frente ao mercado. O conhecimento a priori dos custos de produção pelo cooperado facilitou a aquisição de um maior volume de ração.
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GESTÃO 2013 DEMONSTRATIVO DE RESULTADO 2013 ORÇADO X REALIZADO DESCRIÇÃO
ORÇADO 2013
REAL 2013
INGRESSO BRUTO DE VENDAS E SERVIÇOS
130.676.412
139.192.104
DEVOLUÇÕES E IMPOSTOS SOBRE VENDAS
(11.119.616)
(16.263.541)
INGRESSO OPERACIONAL LÍQUIDO DISPÊNDIOS COM PROD. E MERCADOR. VENDIDAS
119.556.797
122.928.563
(95.920.294)
(101.274.526)
23.528.590
21.654.038
(20.106.949)
(21.837.918)
3.421.640
(183.881)
60.000
940.858
SOBRA BRUTA DISPÊNDIOS OPERACIONAIS SOBRAS OPERACIONAIS RECEITAS DIVERSAS RESULTADO ANTES DO IRPJ E C. SOCIAL DESPESAS COM PROVISÕES
3.481.640
756.977
(2.105.097)
(520.008)
(60.000)
(5.807)
1.316.544
231.161
DESPESAS COM PROVISÕES IRPJ CCSL SOBRAS LÍQUIDAS DO EXERCÍCIO
INVESTIMENTOS PROPOSTOS X REALIZADOS 2013 CLASSIFICAÇÃO
ORÇADO / 2013
Segurança e Saúde Ocupacional Manutenção da Capacidade Operacional Expansão da Capacidade Operacional Exigências legais /Pressões Externas Qualidade do Produto TOTAL
REALIZADO / 2013
R$ 8.050,00
R$ 2.835,00
R$713.235,00
R$ 299.653,65
R$ 657.300,00
R$ 418.010,69
R$ 33.050,00
R$ 75.118,25
R$ 75.000,00
R$ 0,00
R$ 1.518.585,00
R$ 795.617,59
Demonstrativo de Resultados Projetados 2014
10
ORÇ-2014
%
INGRESSO BRUTO DE VENDAS E SERVIÇOS
DESCRIÇÃO
151.679.545
100,00%
DEVOLUÇÕES E IMPOSTOS SOBRE VENDAS
(10.996.917)
7,25%
INGRESSO OPERACIONAL LÍQUIDO DISPÊNDIOS COM PROD. E MERCADOR. VENDIDAS SOBRA BRUTA INGRESSOS - DISPÊNDIOS OPERACIONAIS SOBRAS OPERACIONAIS SOBRAS NÃO OPERACIONAIS RESULTADO ANTES DO IRPJ E C. SOCIAL
140.682.629
92,75%
(111.368.380)
73,42%
29.314.248
19,33%
(24.221.467)
15,97%
5.092.782
3,36%
96.000
0,05%
5.188.782
3,42%
Despesa com Provisões
(1.634.207)
1,31%
Provisão para IR e CSLL
(60.000)
0,09%
3.494.575
2,30%
SOBRAS LÍQUIDAS DO EXERCÍCIO
INVESTIMENTOS PROPOSTOS PARA 2014 CLASSIFICAÇÃO
ORÇADO / 2014
Expansão da Capacidade Operacional
R$ 509.260,00
Manutenção da Capacidade Operacional
R$ 827.100,00
Segurança e Saúde Ocupacional
R$ 4.900,00
Exigências legais /Pressões Externas
R$ 1.800,00
Qualidade do Produto TOTAL
R$ 0,00 R$ 1.343.060,00
COOPERATIVA AGROPECUÁRIA LTDA DE UBERLÂNDIA - CALU BALANÇO PATRIMONIAL PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012. (valores expressos em reais) Balanço Patrimonial em 31 de Dezembro ATIVO CIRCULANTE
2013
Balanço Patrimonial em 31 de Dezembro 2012
PASSIVO CIRCULANTE
2012
Caixa e equivalentes de caixa (Nota 4 )
17.591.585
17.891.582
Contas a receber (Nota 5)
12.630.030
9.570.850
Fornecedores
8.829.133
6.183.968
Estoques (Nota 6)
14.337.384
9.227.661
Obrigações com cooperados
2.628.302
2.556.070
Impostos a recuperar (Nota 7)
12.134.294
8.426.424
Obrigações sociais (Nota 12)
855.703
761.631
868.717
1.054.322
Obrigações fiscais (Nota 13)
390.497
336.916
69.119
64.600
Provisão para férias e encargos
925.007
804.577
421.396
171.737
Capital a restituir
58.052.524
46.407.176
Adiantamentos a fornecedores Despesas antecipadas Outros créditos
NÃO CIRCULANTE
43.431.803
35.475.084
23.020
177.624
Adiantamentos recebidos
439.992
208.989
Outras obrigações (Nota 14)
472.244
665.857
57.995.702
47.170.716
NÃO CIRCULANTE
Realizável a longo prazo Aplicações financeiras
Empréstimos e financiamentos (Nota 11)
2013
Exigível a longo prazo 1.533.799
1.499.355
Empréstimos e financiamentos (Nota 11)
7.266.578
2.203.648
Depósitos judiciais trabalhista
21.815
16.815
Capital a restituir
1.308.463
970.636
Debitos com cooperados
44.047
74.297
Provisão para contingências (Nota 15)
45.300
20.000
104.613
174.809
1.704.276
1.765.276
Outros créditos
Adiantamentos recebidos
-
-
8.620.341
3.194.284
Capital social (Nota 16)
8.659.640
8.648.839
Reserva de reavaliação
1.478.701
1.551.441
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Reserva legal Permanente Investimentos (Nota 8) Imobilizado (Nota 9) Intangível (Nota 10)
TOTAL DO ATIVO
Reserva estatutária 310.569
310.569
17.069.444
12.451.968
122.668
164.472
17.502.681
12.927.009
77.259.480
61.099.461
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
Reserva de investimentos Perdas não cobertas pelos cooperados Sobras a disposição da AGO (Nota 17)
TOTAL DO PASSIVO + PL
621.122
600.315
54.300
265.626
338.275
286.257
(960.926)
(987.920)
452.326
369.903
10.643.438
10.734.461
77.259.480
61.099.461
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
11
82,97% 115.482.560
Vendas de produtos e mercadorias
COOPERADOS
INGRESSO OPERACIONAL BRUTO
Outros ingressos/dispendios operacionais
2013
23.089
(3.630)
(2.178)
28.897
(5.933)
212.320
288.177
(524.492)
42.335
(130.911)
(84.657)
(1.538.063)
(55.307)
(228.830)
(248.521)
(1.229.430)
3.532.210
-
(18.107.059)
21.639.269
(180.183)
(1.890.092)
23.709.544
17,03%
TERCEIROS
231.161
(3.630)
(2.178)
236.969
(5.933)
946.791
1.673.942
(3.640.602)
248.534
(768.543)
(496.998)
(9.029.535)
(324.691)
(1.343.394)
(1.458.999)
(7.217.641)
21.654.038
3.162.165
(104.436.691)
122.928.563
(4.894.056)
(11.369.484)
139.192.104
TOTAL
1.145.027
-
-
1.145.027
-
351.645
1.293.040
(3.016.012)
282.442
(725.956)
(511.301)
(5.959.845)
(239.563)
(1.041.873)
(823.202)
(5.120.184)
16.655.836
2.575.330
(71.930.051)
86.010.557
(2.622.923)
(7.370.954)
96.004.434
81,43%
COOPERADOS
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
208.072
-
Provisão para imposto de renda
SOBRA (PERDA) LÍQUIDA DO EXERCÍCIO
-
208.072
-
Provisão para contribuição social
SOBRA (PERDA) ANTES DA TRIBUTAÇÃO
Ganho ou (perda) dispêndios com imobilizado
INGRESSOS / DISPÊNDIOS COM IMOBILIZADO
734.472
1.385.765
Ingressos financeiros
OUTROS INGRESSOS / DISPÊNDIOS
(3.116.110)
Dispêndios financeiros
FINANCEIRAS LÍQUIDAS
206.200
Reversão de dispêndios com provisões
(7.491.473)
Dispêndios administrativos e gerais
(637.631)
(269.384)
Dispêndios com honorários
Dispêndios com provisões
(1.114.565)
Dispêndios com utilidades e serviços
(412.341)
(1.210.478)
Dispêndios com ocupação/instalação
Dispêndios impostos/taxas
(5.988.210)
18.121.828
3.162.165
(86.329.632)
Dispêndios com pessoal
INGRESSOS (DISPÊNDIOS) OPERACIONAIS
SOBRA BRUTA
Crédito de PIS/COFINS não cumulativo
Custo dos produtos e mercadorias vendidas
DISPÊNDIO COM PRODUTOS E MERCADORIAS VENDIDAS
101.289.294
(4.713.874)
Devoluções e abatimentos
INGRESSO OPERACIONAL LÍQUIDO
(9.479.392)
Impostos incidentes sobre vendas
DEDUÇÕES DO INGRESSO BRUTO
12 DEMONSTRAÇÕES DE SOBRAS OU PERDAS 2012
93.872
(10.054)
(6.032)
109.958
2.655
119.153
287.222
(624.203)
50.596
(159.187)
(109.237)
(1.367.143)
(54.363)
(239.489)
(189.471)
(1.164.880)
3.558.305
-
(16.250.139)
19.808.444
(233.391)
(1.851.194)
21.893.029
18,57%
TERCEIROS
1.238.899
(10.054)
(6.032)
1.254.985
2.655
470.798
1.580.262
(3.640.215)
333.038
(885.143)
(620.538)
(7.326.988)
(293.926)
(1.281.362)
(1.012.673)
(6.285.064)
20.214.141
2.575.330
(88.180.190)
105.819.001
(2.856.314)
(9.222.148)
117.897.463
TOTAL
GESTÃO 2013
COOPERATIVA AGROPECUÁRIA LTDA DE UBERLÂNDIA - CALU DEMONSTRAÇÃO DE SOBRAS OU PERDAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012. (valores expressos em reais)
-
Distribuição de sobras período anterior
Ajustes de Exercícios Anteriores
Realização da Reserva de Reavaliação
Utilização do Rates
Sobras atos cooperados
Reserva legal
Reserva de RATES
Reserva para Investimentos
Resultado líquido ato não cooperado
Transferência resultado ato não cooperado para RATES
-
Ajustes de Exercícios Anteriores
Realização da Reserva de Reavaliação
Utilização do Rates
Sobras atos cooperados
Reserva legal
Reserva de RATES
Reserva para Investimentos
Resultado líquido ato não cooperado
Transferência resultado ato não cooperado para RATES 1.478.701
-
-
-
-
-
-
-
(72.740)
-
-
-
-
-
1.551.441
-
-
-
-
-
-
-
(72.897)
(126)
-
-
-
-
1.624.464
RESERVA DE REAVALIAÇÃO
621.122
-
-
-
-
20.807
-
-
-
-
-
-
-
-
600.315
-
-
-
-
114.503
-
-
-
-
-
-
-
-
485.812
RESERVA LEGAL
-
338.274
23.089 54.300
(960.926)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(265.627)
-
52.018
-
-
-
-
-
-
-
26.994
-
-
(987.920)
-
-
-
-
-
-
-
34.131
-
31.211
-
-
-
-
-
286.256
-
-
-
171.754
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
(403.747)
-
-
-
286.256
-
-
-
93.872
72.897
-
-
265.627
(679.258)
-
452.326
(23.089)
23.089
(52.018)
(31.211)
(20.807)
208.072
265.627
72.740
9.923
(369.903)
369.903
(93.872)
93.872
(286.256)
(171.754)
(114.503)
1.145.027
403.747
(360.979)
-
-
-
360.982
-
(3.830)
(1.018.221)
-
SOBRAS À DISPOSIÇÃO AGO
-
PERDAS NÃO COBERTAS COOPERADOS
403.748
RESERVA INVESTIMENTOS
RESERVA RATES
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
8.659.640
-
Distribuição de sobras período anterior
Saldos em 31 de dezembro de 2013
-
Capitalização com Sobras
361.590 (350.789)
Baixa de capital por saída
Integralização de capital por admissão
8.648.839
-
Capitalização com Sobras
Saldos em 31 de dezembro de 2012
(220.670)
395.997
8.473.512
CAPITAL SOCIAL
Baixa de capital por saída
Integralização de capital por admissão
Saldos em 31 de dezembro de 2011
DESCRIÇÃO
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
10.643.438
-
23.089
-
-
-
208.072
-
-
9.923
(369.903)
26.994
(350.789)
361.590
10.734.461
-
93.872
-
-
-
1.145.027
-
-
(679.384)
(360.979)
34.131
(220.670)
392.167
10.330.297
TOTAL
COOPERATIVA AGROPECUÁRIA LTDA DE UBERLÂNDIA - CALU DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012. (valores expressos em reais)
13
GESTÃO 2013
COOPERATIVA AGROPECUÁRIA LTDA DE UBERLÂNDIA - CALU DEMONSTRAÇÕES DE FLUXO DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012. (valores expressos em reais) Demonstração do Fluxo de Caixa - DFC (Valores expressos em reais) Pelo Método Indireto
2013
2012
Atividades Operacionais Sobras\Perdas líquidas do exercício Depreciações Resultado na participação de outras empresas Resultado na venda de ativo permanente
1.238.899 1.385.777
-
(5.736)
7.500
82.346
(Aumento) em conta de clientes
(3.059.180)
(226.584)
(Aumento) Redução em conta de estoques
(5.109.723)
(1.703.726)
(Aumento) Redução em impostos e contribuições a recuperar
(3.707.870)
4.045.199
185.605
(304.748)
(Aumento) Redução em conta de adiantamentos a fornecedores (Aumento) Redução em despesas antecipadas
(4.519)
24.259
(Aumento) Redução em outros créditos
(249.659)
15.090
Aumento (Redução) em conta de fornecedores
2.645.165
(258.071)
72.232
(185.337)
Aumento (Redução) em conta de obrigações com cooperados Aumento (Redução) em conta de obrigações sociais
214.502
187.957
Aumento (Redução) em conta de obrigações fiscais
53.581
(348.497)
Aumento (Redução) em conta de adiantamentos recebidos Aumento (Redução) de capital a restituir
14
231.161 1.745.119
Aumento (Redução) das outras contas a pagar
231.003
40.830
(154.604)
(102.676)
(193.613)
212.433
(7.093.298)
4.097.415
(Aumento) Redução do realizável à longo prazo
61.000
112.893
Recebimento pela venda de imobilizado
(5.933)
2.655
Caixa Liquido Gerado nas Atividades Operacionais Atividades de Investimento
Pagamento pela compra de Intangível
-
(9.876)
Pagamento pela compra de imobilizado
(6.322.357)
(3.457.572)
Caixa Liquido Consumido nas Atividades de Investimento
(6.267.290)
(3.351.900)
13.019.649
(780.554)
Aumento (Redução) das demais contas do exigível a longo prazo
363.127
135.946
Integralização de capital
361.590
392.167
(350.789)
(220.670)
26.994
34.131
(369.903)
(360.979)
-
-
Atividades de Financiamento Aumento (Redução) em conta de empréstimos e financiamentos
Baixa de capital por saída de cooperados Capitalização com sobras Distribuição de sobras do exercicio anterior Baixa de bens reavaliados Ajustes de exercícios anteriores
9.923
(679.384)
13.060.590
(1.479.343)
(299.997)
(733.828)
Saldo do Disponivel no Inicio do Exercício
17.891.582
18.625.410
Saldo Final do Disponível
17.591.585
17.891.582
Caixa Liquido Gerado nas Atividades de Financiamento Aumento (Redução) Liquida das Disponibilidades
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS FINDAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E 2012 (em reais) Nota 1 - Contexto Operacional A Cooperativa Agropecuária Ltda de Uberlândia, identificada pela sigla CALU, é uma sociedade de pessoas, de natureza civil, sediada na cidade de Uberlândia, Estado de Minas Gerais, Brasil, regida pela Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que regulamenta o sistema cooperativista do País em consonância com o seu Estatuto Social tendo como objetivo congregar agricultores e pecuaristas dentro de sua área de ação, promovendo a mais ampla defesa de seus interesses econômicos. Nota 2 - Apresentação das Demonstrações Contábeis e Principais Práticas Contábeis 2.1 – Apresentação Demonstrações Contábeis As demonstrações contábeis foram aprovadas pela Diretoria e pelo Conselho de Administração da CALU e estão sendo apresentadas de acordo com o CPC PMEs e legislação aplicável às sociedades cooperativas. A preparação das Demonstrações Contábeis de acordo com o CPC PMEs requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o exercício de julgamento por parte da Administração da CALU no processo de aplicação das políticas contábeis e estão demonstradas na nota 3. a) Balanço patrimonial, demonstração das mutações do patrimônio líquido e de fluxos de caixa Apresentadas e elaboradas de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicáveis às Sociedades Cooperativas em decorrência da obrigatoriedade da convergência às Normas Internacionais de Contabilidade, instituída pela Lei n.º 11.638/07 e alterada pela Lei n.º 11.941/09. b) Demonstração de sobras ou perdas Estruturada em conformidade com as disposições contidas na Lei n.º 5.764/71 e Normas Brasileiras de Contabilidade aplicáveis às Sociedades Cooperativas. O resultado do ato cooperativo (operações com associados) denomina-se sobras ou perdas, já o resultado do ato não cooperativo (operações com não associados), denomina-se lucros ou prejuízos. 2.2 - Regime de Escrituração Foi adotado o regime de competência para o registro das mutações patrimoniais. A aplicação desse regime implica no reconhecimento das receitas, custos e despesas quando ganhas ou incorridas, independentemente de
seu efetivo recebimento ou pagamento. As sobras ou perdas do ato cooperativo, bem como os lucros ou prejuízos do ato não cooperativo, foram apuradas de acordo com as operações, sendo que para bens de produção a proporcionalidade foi apurada com base na produção entregue e comercializada; para bens de fornecimento e serviços a proporcionalidade foi apurada com base no fornecimento. 2.3 – Moeda Funcional A moeda funcional da Cooperativa é o Real. 2.4 - Ativos Financeiros a) Caixa e equivalentes de caixa Caixa e equivalentes de caixa constituído de dinheiro em caixa, depósitos bancários, investimentos de curto prazo de alta liquidez (aplicações financeiras) e que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor. b) Aplicações financeiras A CALU classifica seus ativos financeiros conforme a finalidade para a qual os mesmos foram adquiridos, sendo determinada no reconhecimento inicial. As aplicações financeiras para negociação são mensuradas pelos seus valores principais contratados acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço. c) Contas a receber de associados e terceiros Os valores a receber de cooperados e não cooperados são registrados pelo valor das notas fiscais de vendas. A provisão para devedores duvidosos foi constituída em montante considerado suficiente pela administração para fazer frente às eventuais perdas na realização dos créditos. 2.5 – Estoques Avaliados pelo custo médio de aquisição ou produção, inferiores ao valor de mercado. 2.6 – Investimentos Os investimentos que possui em outras sociedades foram avaliados pelo custo de aquisição. 2.7 – Imobilizado Os itens do imobilizado estão demonstrados pelo custo de aquisição ou construção,
15
GESTÃO 2013 corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, menos a correspondente depreciação acumulada, calculada pelo método linear. Reparos, manutenções, ganhos e perdas em alienações são incluídos no resultado. 2.8 – Intangível Os ativos intangíveis são bens incorpóreos, separáveis ou resultantes de direitos contratuais ou de outros direitos legais. A cooperativa possui registrado os direitos de uso de software ao custo de aquisição, deduzido dos valores amortizáveis, calculados pelo método linear ao longo de suas vidas úteis. 2.9 - Passivos Financeiros a) Obrigações com associados e terceiros As obrigações com associados são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos de associados no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes se o pagamento for devido no período de até um ano (ou ciclo operacional normal dos negócios, ainda que mais longo). Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como passivo não circulante.
16
b) Empréstimos e financiamentos Os empréstimos e financiamentos tomados são reconhecidos, inicialmente, quando do recebimento dos recursos. Em seguida, os empréstimos e financiamentos tomados são apresentados pelo custo amortizado, isto é, acrescidos de encargos e juros proporcionais ao período incorrido (“pro rata temporis”). 2.10 - Provisões e Passivos Contingentes As provisões são reconhecidas quando a CALU tem uma obrigação presente, legal ou não formalizada, como resultado de eventos passados, sendo provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação e que uma estimativa confiável do valor possa ser feita. 2.11 - Outros Ativos e Passivos Circulantes e NãoCirculantes São demonstrados pelos valores de realização (ativos) e pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias incorridas (passivos). 2.12 - Reservas e Fundos O Fundo de Reserva Legal, o Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social, e o Fundo de Investimentos foram constituídos em conformidade com o Estatuto Social da Cooperativa, Normas Brasileiras de Contabilidade, Pronunciamentos Contábeis e a legislação aplicável.
2.13 - Impostos e Contribuições Sobre o Lucro No Brasil, “Impostos e Contribuições sobre o Lucro”, compreende o imposto de renda (“IRPJ”) e a contribuição social sobre o lucro (“CSLL”), calculados mensalmente com base no lucro tributável, aplicando-se a alíquota de 15% acrescida do adicional de 10% para o IRPJ e 9% para a CSLL, considerando-se a compensação de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, limitada a 30% do lucro real. As declarações de impostos no Brasil estão sujeitas à revisão pelas autoridades fiscais por um período de cinco anos da data da declaração. A cooperativa pode estar sujeita à cobrança adicional de tributos, multas e juros em decorrência dessas revisões. Nota 3 – Estimativas, Julgamentos e Aplicação de Práticas Contábeis As estimativas contábeis foram baseadas em fatores objetivos e subjetivos, de acordo com o julgamento da Administração para determinação do valor adequado a ser registrado nas Demonstrações Contábeis. Itens significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem a provisão para crédito de liquidação duvidosa, provisão para realização de créditos tributários, provisões necessárias para passivos tributários, cíveis e trabalhistas. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores divergentes devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. Práticas contábeis críticas são aquelas que são importantes para demonstrar a condição financeira e os resultados, e requerem os julgamentos mais difíceis, subjetivos ou complexos por parte da Administração. À medida que aumenta o número de variáveis e premissas que afetam a possível solução futura dessas incertezas, esses julgamentos se tornam ainda mais subjetivos e complexos. Na preparação das demonstrações contábeis, a CALU adotou variáveis e premissas derivadas de experiência histórica e vários outros fatores que entende como razoáveis e relevantes. Ainda que estas estimativas e premissas sejam revistas pela CALU no curso ordinário dos negócios, a demonstração da sua condição financeira e dos resultados das operações frequentemente requer o uso de julgamentos quanto aos efeitos de questões inerentemente incertas sobre o valor contábil dos seus ativos e passivos.
Nota 4 – Caixa e Equivalentes de Caixa
O saldo de caixa é composto de 32 (trinta e dois) caixas, que movimentam numerários em toda a cooperativa incluindo-se todas as filiais. As aplicações financeiras referem-se a certificados de depósitos bancários, mensurados ao valor justo através do resultado. Os investimentos temporários referem-se à moeda corrente em espécie e títulos de capitalização, mensurados ao valor justo através do resultado. Nota 5 – Contas a Receber A exposição máxima ao risco de crédito da CALU é o valor das contas a receber mencionadas abaixo. O valor do risco efetivo de eventuais perdas encontra-se apresentado como provisão para risco de crédito. O risco de crédito do contas a receber advém da possibilidade da CALU não receber valores decorrentes de operações de vendas. Para atenuar esse risco, a Cooperativa adota como prática a análise detalhada da situação patrimonial e financeira de seus clientes, estabelecendo um limite de crédito e acompanhando permanentemente o seu saldo devedor. A provisão para riscos de crédito foi calculada com base na análise de riscos dos créditos, que contempla o histórico de perdas, a situação individual dos clientes, a situação do grupo econômico ao qual pertencem, as garantias reais para os débitos e a avaliação dos consultores jurídicos, sendo considerada suficiente para cobrir eventuais perdas sobre os valores a receber.
Nos exercícios de 2013 e 2012, o critério para o cálculo das provisões para devedores duvidosos, foi utilizado o dispositivo previsto na legislação do Regulamento do Imposto de Renda em vigor.
Nota 6 – Estoques
(a) O montante classificado como estoque em poder de terceiros, corresponde a insumos e matériasprimas enviados a empresas parcerias, para industrialização, conforme contratos vigentes. Nota 7 – Impostos a Recuperar Os créditos relativos a imposto de renda são oriundos de valores retidos na fonte sobre aplicações financeiras. O saldo credor de ICMS origina-se, principalmente, das aquisições de matérias-primas e mercadorias para revenda, em relação às saídas beneficiadas com incentivo de ICMS, com tributação inferior às entradas. O saldo do PIS/COFINS foi apresentado pelo valor original do crédito. No caso de reconhecimento antecipado de provisão de contingência do crédito PIS/COFINS Tributado no Mercado Interno, a Cooperativa leva em consideração o período prescricional por ano calendário, apurando-se a média proporcional dos débitos incorridos nos 12 últimos meses. Para efeito de apropriação da contingência prescricional do período de competência de 2009, sua apropriação, considerando as médias dos débitos, iniciou em janeiro de 2013 e terminou em dezembro de 2013, sendo o valor provisionado para a perda parcial deste crédito, suficiente.
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GESTÃO 2013 Com o advento da Lei nº 10.865/04, em seu artigo nº 21, as sociedades cooperativas agropecuárias foram inseridas na regra de apuração não-cumulativa das contribuições do PIS e da COFINS. A Cooperativa possui devidamente contabilizados os créditos para o PIS e COFINS, passíveis de ressarcimento e/ou compensação financeira. Nota 8 – Investimentos Representado basicamente por participações societárias não relevantes, no sistema Cooperativista, avaliados pelo custo de aquisição.
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Nota 9 – Imobilizado
Nota 10 – Intangível
Nota 11 – Empréstimos e Financiamentos
Nota 14 – Outras Obrigações
Os financiamentos foram contratados às taxas praticadas para o respectivo setor, tendo como garantias: penhor mercantil de bens de fornecimento, penhor de bens adquiridos, aval dos diretores e notas promissórias rurais emitidas pelos associados. Os financiamentos a longo prazo possuem o seu maior vencimento em 15/07/2020. Todos os encargos financeiros foram apropriados até 31/12/2013.
(a) Esses valores referem-se a dívidas que a CALU assumiu junto aos seus fornecedores. Tais valores serão ressarcidos para a cooperativa de forma parcelada, por meio de abatimentos de valores a pagar para os cooperados, freteiros e funcionários. Nota 15 – Provisão e Passivos Contingentes
Nota 12 – Obrigações Sociais Baseada na opinião jurídica, a Administração da Cooperativa acredita que as estimativas provisionadas são suficientes para fazer face às eventuais perdas em ações que estão sendo discutidas judicialmente, sendo parcialmente cobertas por depósitos judiciais trabalhistas. Nota 16 – Capital Social Nota 13 – Obrigações Fiscais
A conciliação das taxas efetivas e nominais de imposto de renda e contribuição social de 34%, resultante de atividades não cooperativas para os exercícios estão assim apresentadas:
O capital social é formado por cotas-partes distribuídas entre os cooperados. De acordo com o Estatuto Social, cada cooperado, qualquer que seja o número de suas cotas-partes, tem direito a um voto nas assembleias, desde que tenham praticado atos cooperativos nos doze meses antecedentes ao pleito e estejam em gozo dos seus direitos sociais.
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GESTÃO 2013 Nota 17 – Sobras à Disposição da AGO As sobras apuradas após a constituição das Reservas Estatutárias, Legal e Fundo de Investimentos, ficam à disposição da Assembleia Geral Ordinária (AGO), para deliberação quanto a sua destinação, e são assim demonstradas:
Nota 18 – Instrumentos Financeiros
20
a) Identificação dos instrumentos financeiros A CALU opera com diversos instrumentos financeiros, com destaque para disponibilidades, incluindo aplicações financeiras, duplicatas a receber de clientes, contas a pagar a fornecedores, empréstimos e financiamentos, transações de produtos agrícolas. Os valores registrados no ativo e no passivo circulante têm liquidez imediata ou vencimento, em sua maioria, em prazos inferiores a três meses. b) Política de gestão de riscos financeiros A CALU possui e segue política de gerenciamento de risco que orienta em relação às transações. Nos termos dessa política, a natureza e a posição geral dos riscos financeiros é regularmente monitorada e gerenciada a fim de avaliar os resultados e o impacto financeiro no fluxo de caixa. A política de gerenciamento de risco da CALU foi estabelecida pelo Comitê de Risco Interno composto pelos diretores executivos, gerentes de divisões e departamentos. Nos termos dessa política, os riscos de mercado são protegidos quando é considerado necessário suportar a estratégia corporativa ou quando é necessário manter o nível de flexibilidade financeira. Nas condições da política de gerenciamento de riscos, a CALU administra alguns dos riscos proibindo negociações especulativas e venda a descoberto.
c) Fatores de risco que podem afetar os negócios da CALU c.1) Risco de crédito A política de vendas da CALU considera o nível de risco de crédito a que está disposta a se sujeitar no curso de seus negócios. A diversificação de sua carteira de recebíveis, a seletividade de seus clientes, assim como o acompanhamento dos prazos de vendas por segmento de negócios e limites individuais de posição são procedimentos adotados a fim de minimizar eventuais problemas de inadimplência em suas contas a receber. No que diz respeito às aplicações financeiras e aos demais investimentos, a CALU tem como política trabalhar com instituições tradicionais evitando a concentração desses investimentos em um único grupo econômico. c.2) Risco de liquidez É o risco de a CALU não dispor de recursos líquidos suficientes para honrar seus compromissos financeiros, em decorrência de descasamento de prazo ou de volume entre os recebimentos e pagamentos previstos. Para administrar a liquidez do caixa em moeda nacional, são estabelecidas premissas de desembolsos e recebimentos futuros, sendo monitoradas diariamente pelo Departamento Financeiro. c.3) Risco de mercado (taxa de juros) O risco associado é oriundo da possibilidade de a CALU incorrer em perdas por causa de flutuações nas taxas de juros, que aumentem as despesas financeiras relativas a empréstimos e financiamentos captados no mercado. Nota 19 – Seguros A CALU dispõe das seguintes modalidades de seguros: Seguro Empresarial: Cobertura contra os riscos de incêndio, queda de raio, equipamentos estacionários, impacto de veículos, queda de aeronaves e danos elétricos, (benfeitorias, máquinas, instalações e estoques), sendo que o valor em risco segurado representa R$ 35.405.538 em 2013 e R$ 37.102.338 em 2012. Seguro Auto: Cobertura contra os riscos de incêndio, colisão e roubo, assegurado pelo valor de mercado.
BENS SEGURADOS
RISCOS COBERTOS
2013
2012
11.000.000
11.000.000
Vendaval/Fumaça
100.000
100.000
Roubo ou Furtos Qualificado
50.000
50.000
Valores em Trânsito/ Valores Int. Estab.
60.000
60.000
-
-
Incendio/Raio/Explosão
INDÚSTRIA
Impacto Veículos/Queda de Aeronaves
DEPÓSITO
Danos Elétricos
100.000
80.000
Responsabilidade Civil
900.000
900.000
Lucros Bruto/Cessantes
2.810.400
2.810.400
Incendio/Raio/Explosão
-
800.000
Vendaval/Fumaça
-
200.000
Responsabilidade Civil
-
-
Roubo ou Furtos Qualificado
-
80.000
Danos Elétricos
-
10.000
Perda ou Despesas de Aluguel
-
-
Impacto Veículos/Queda de Aeronaves
-
-
Salvamento, Limpeza e/ ou Desentulho
-
40.000
Incendio/Raio/Explosão
4.200.000
5.000.000
Vendaval/Fumaça
200.000
200.000
Roubo ou Furtos Qualificado
130.000
130.000
10.000
10.000
Danos Elétricos
200.000
200.000
Responsabilidade Civil
200.000
110.000
Valores em Trânsito/ Valores Int. Estab.
LOJAS
Impacto Veículos/Queda de Aeronaves
-
-
100.000
100.000
-
-
Perda ou Despesas de Aluguel
200.000
200.000
Despesas Fixas
100.000
100.000
Lucros Bruto/Cessantes Rc Estabelecimentos Comerciais
Salvamento, Limpeza e/ ou Desentulho Roubo/Furto/Colisão Auto/Casco VEÍCULOS
EQUIPAMENTOS
Nota 20 – Contingências
COBERTURA MÁXIMA
Danos Materiais/ Corporais/Morais
Conforme Resolução CFC nº 1.180/09 que aprovou a Norma Brasileira de Contabilidade NBC T 19.7 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, as perdas possíveis oriundas de processos trabalhistas e fiscais estão estimadas, na data de 31/12/2013 em R$ 5.924.807,00, a saber: - De Processos Trabalhistas R$ 30.000,00 - De Processo Fiscal R$ 5.894.807,00 Nota 21 – Eventos Subsequentes Nas operações da indústria de laticínios, não há débito na saída para efeito de apuração do PIS e COFINS não cumulativos, nem mesmo da manteiga que antes era tributada ao percentual de 9,25%, e que após a Medida Provisória nº 609, de 8 de março de 2013, teve sua alíquota de PIS/COFINS reduzida a zero, sendo assim, a CALU, é detentora de créditos passíveis de compensação e/ou ressarcimento em período subsequente ao fato gerador. Em Dezembro 2013, foi solicitada pela RFB toda documentação referente aos pedidos de ressarcimento de crédito do ano de 2011 que correspondem ao montante de R$1.287.688,50 Em 31 de dezembro de 2013 até a data de conclusão da auditoria (28 de fevereiro de 2014), não ocorreram quaisquer eventos que pudessem alterar de forma significativa a situação patrimonial, econômica e financeira nas demonstrações contábeis apresentadas.
Cenyldes Moura Vieira Diretor Presidente CPF: 499.539.076-68
15.000
6.000
100% Tab. Fipe
100% Tab. Fipe
522.500
522.500
12.750.000
12.650.000
Hamilton Wagner de Moraes Diretor Vice-Presidente CPF: 688.631.366-53
Carroceria Comum/ Acessórios
428.000
370.000
Invalidez
336.000
336.000
Morte Acidental
336.000
336.000
Tanque/Carrocerias Cobertura Básica
Cristiano Eduardo Barboza Contador
635.438
679.438
4.200
4.000
CPF: 032.824.596-88 CRC-MG: 102.933/O-3
Despesas de Salvamento Responsabilidade Civil Oper./Produtos
18.000
18.000
35.405.538
37.102.338
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GESTÃO 2013
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Ilmos. Srs. Cooperados e Diretores da COOPERATIVA AGROPECUÁRIA LTDA DE UBERLÂNDIA - CALU Uberlândia – MG Examinamos as demonstrações contábeis da COOPERATIVA AGROPECUÁRIA LTDA DE UBERLÂNDIA - CALU, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2.013, e as respectivas demonstrações de sobras ou perdas, das mutações do patrimônio liquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da administração sobre as demonstrações contábeis A administração da Empresa é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante.
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Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis da Empresa para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Opinião Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da COOPERATIVA AGROPECUÁRIA LTDA DE UBERLÂNDIA - CALU em 31 de dezembro de 2.013, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. As Demonstrações Contábeis de 31 de dezembro de 2.012, que estão sendo apresentadas para efeitos comparativos, foram examinadas por outros auditores independentes, cujo parecer sem ressalvas foi emitido em 07 de fevereiro de 2.013. Uberlândia(MG), 06 de março de 2.014
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