Padrões Morfológicos dos Ecossistemas Urbanos: a dimensão da sustentabilidade ambiental da infraestr

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Padrões Morfológicos dos Ecossistemas Urbanos: a dimensão da sustentabilidade ambiental da infraestrutura ecológica na ocupação Dorothy Stang Mateus Rangel, Fernanda Soares, Liza Andrade, Natália Lemos, Sandra Andrade, Sacha Pereira e Vânia Loureiro Universidade de Brasília Quadra 23, Casa 76, Setor Leste – Gama DF; (61) 9 9804-1295 fernandacampos95@gmail.com, lizamsa@gmail.com, marqueszmateus@gmail.com, lemos.natalia@gmail.com, sacha.qpereira@gmail.com, vania.teles.loureiro@gmail.com

Resumo O objetivo deste artigo é apresentar o processo de projeto urbanístico participativo emergente para a Ocupação Dorothy Stang, localizada no Distrito Federal, com ênfase na dimensão da sustentabilidade ambiental, quanto à forma urbana e os padrões morfológicos dos ecossistemas urbanos de infraestrutura ecológica, desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa e Extensão “Periférico, trabalhos emergentes” no âmbito da extensão urniversitária, do edital nº 1/2017 (DEX-DPI) em parceria com o Escritório Modelo CASAS da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB visando contribuir para o processo de regularização fundiária. Trata-se de uma comunidade de 606 famílias de baixa renda assentadas em habitações provisórias. Pretende-se demonstrar os resultados da primeira fase do projeto de Extensão, o questionário de envolvimento baseado nas dimensões da sustentabilidade ambiental, foco deste artigo e os mapas afetivos e colaborativos sobre a situação existente para entendimento da apropriação do espaço pela comunidade e os impactos ambientais. O processo de projeto foi desenvolvido partindo-se das demandas e vocações levantadas: análise do problema e da identidade local, os saberes existentes, os padrões espaciais e de acontecimentos de acordo com as dimensões da sustentabilidade, social, cultural e emocional, econômica e ambiental (ANDRADE E LEMOS, 2015). As dimensões apresentadas se relacionam à escala do desenho urbano e seus impactos na sociedade, responsáveis pela garantia do direito à cidade efetivo, viabilizado por um tipo de desenho que veicule a complexidade desejada que promova a regularização fundiária efetiva, e não apenas o cumprimento da demanda habitacional. Foram criadas quatro subdivisões no questionário, garantindo a amplitude dos assuntos. Buscou-se a adequação das perguntas a cada dimensão de modo reconhecer, na opinião dos moradores, o impacto de cada princípio na ocupação. Além do questionário, foi feita uma oficina com mapas afetivos baseados igualmente nas dimensões de análise e nos princípios de sustentabilidade. Os padrões foram sistematizados para estabelecer uma linguagem com a comunidade, aumentando a sua participação no processo, na forma de “códigos geradores” de soluções para o processo de desenvolvimento dos projetos (ALEXANDER et al., 1977) e padrões dos ecossistemas urbanos (ANDRADE, 2014). Os resultados da forma urbana da dimensão da sustentabilidade ambiental apresentado, por um dos grupos de trabalho, considerando o “saber fazer popular”, tiveram como principal preocupação o desenho urbano sensível à água com padrões de infraestrutura ecológica. O traçado urbano foi ajustado para acompanhar as curvas de nível e as águas, bem como a configuração das quadras, com uma área verde comunitária ao centro, espaços livres públicos e ruas, servidos com canais de infiltração, jardins de chuva e pracinhas de infilltração. 1


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