Coração quebrantado robert murray m'cheyne

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Traduzido do Espanhol

El Corazón Quebrantado Por R. M. M'Cheyne

Via: IglesiaReformada.com

Tradução por Rivaldo Guimarães Revisão e Capa por William Teixeira

1ª Edição: Dezembro de 2014

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

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Coração Quebrantado Por Robert Murray M´Cheyne

“Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.” (Salmos 51:17) Nenhum outro salmo expressa tão plenamente a experiência pela qual passa a alma que tenha sido guiada ao arrependimento, sua humilde confissão de pecado (v. 3, 4 e 5); seu desejo intenso de ser perdoado pelos méritos do sangue de Cristo (v. 7); sua ansiedade para que o Senhor lhe conceda um coração puro (v. 10); sua vontade de oferecer, de render algo a Deus por todos os seus benefícios. O salmista disse que ele ensinará aos prevaricadores o caminho de Deus; disse que seus lábios, pela graça de Deus, se abrirão para proclamar os louvores de Deus; manifesta que oferecerá a Deus um espírito quebrantado e contrito (v. 16, 17). Chega a dizer que, do mesmo modo que ofereceu — segundo os ritos mosaicos — numerosos cordeiros imolados, ou ações de graças a Deus, também agora oferecerá a Deus, como um cordeiro imolado, seu coração quebrantado. Cada um de vocês, que encontraram o mesmo perdão de Deus, chegaram no passado à mesma resolução, a saber, oferecer a Deus um coração quebrantado, o qual novamente será grato fazer hoje.

I. O coração natural é um coração não ferido e nem quebrantado. A Lei de Deus, Suas misericórdias, as aflições que acontecem, não quebrantam o coração natural. Ele ouve falar da Lei de Deus e de Sua misericórdia e continua impassível. É mais duro que uma pedra. Nada há no universo algo tão duro. “Ouvi-me, duros de coração, que estais longe da justiça” (Isaías 46:12). “Nós já percorremos a terra, e eis que toda a terra está tranquila e quieta” (Zacarias 1:11). “E há de ser que, naquele tempo, esquadrinharei a Jerusalém com lanternas, e castigarei os homens que se espessam como a borra do vinho” (Sofonias 1:12). “Endureceram suas faces mais do que uma rocha, não quiseram voltar” (Jeremias 5:3). “Levantai-vos, mulheres, que estais sossegadas” (Isaías 32:9-11). Por que? Por que o coração natural é tão duro? Primeiro: Porque há um véu sobre ele. Porque o coração do homem natural se encontra coberto por um véu espesso. Não creem na Bíblia, nem no rigor da Lei, nem na ira que há de vir, pois um trágico véu cobre seus olhos.

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Segundo: Porque Satanás é o dono do coração natural. Satanás arrebata a semente quando este é semeada no coração natural tão rapidamente quanto pode. Terceiro: Porque o homem natural está morto em delitos e pecados. Os mortos não ouvem, não sentem; carecem de sentimentos e de sensibilidade. Quarto: Porque construiu uma barreira de despreocupação, que lhe resultará ser algo mortal. O coração natural confia muito em qualquer refúgio falso, refúgio de mentira, como diz a Bíblia: Confia na oração, ou nas esmolas. Amigos, peçam a Deus que os livre da maldição de um coração morto, não quebrantado, nem contrito e nem humilhado. Primeiro, porque vocês não passarão muito tempo tranquilos em sua falsa confiança, estão sobre lugares escorregadios e as ondas do oceano rugindo abaixo de seus pés. Segundo, porque Deus os ofenderá na eternidade em sua calamidade. Se vocês se afastarem agora, não há nenhuma esperança segura de perdão. Os ministros e os Cristãos estão preparados e o próprio Cristo também; porém depois, na eternidade, sua afronta cairá sobre vocês.

II. O coração despertado é um coração ferido, mas não quebrantado e nem contrito. 1. A Lei inflige a primeira ferida. Quando Deus se dispõe a salvar uma alma, leva-a primeiramente a preocupar-se com seus pecados. Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las” [Gálatas 3:10]. “E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri” [Romanos 7:9]. A vida e o coração de cada um adquirem então tremendas cores. 2. A majestade de Deus produz a segunda ferida. O pecador recebe a sensibilidade que o faz sentir a grandeza e santidade dAquele contra quem pecou. “Contra ti, contra ti somente, pequei” (v. 4). 3. A terceira ferida procede de sua própria incapacidade de melhorar a si mesmo. Neste estado o coração todavia não foi quebrantado; o coração se levanta contra Deus. Primeiro, por causa do rigor da Lei: “Se ela não fosse tão exigente”. Segundo, porque a fé é o único caminho de salvação e ela é um dom de Deus: “Eu gostaria de merecer a salvação e conquistá-la!”. Terceiro, porque Deus é soberano e pode salvar ou não, de acordo com a Sua vontade. Isto é o que há no coração não quebrantado. Não existe outro estado e situação mais miserável. Aprendamos que uma coisa é ser despertado e outra muito diferente é ser salvo. Amigos não descansem em suas opiniões.

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III. O coração do crente é um coração quebrantado em dois aspectos: Foi quebrantado de sua justiça própria e de sua própria capacidade de justificar a si mesmo. Quando o Espírito Santo leva uma alma à cruz, esta desiste de justificar-se por seus próprios méritos e justiça. Toda sua carga e todas as suas próprias justiças e suas próprias opiniões se derramam perdendo-se do mesmo modo que um líquido se perde ao romper o frasco que o continha. Primeiro, porque a obra de Cristo se mostra tão perfeita, como sabedoria e poder de Deus. Vendo na obra da cruz a justiça de Deus. “Maravilho-me ao pensar que houve um tempo em que eu busquei outros caminhos de salvação. De poder obter com minhas obras, certamente que com todas as minhas forças eu tinha me jogado nisto. Maravilho-me ao pensar que o mundo não compreende, não aceita o único caminho de salvação pela justiça de Cristo” — David Brainerd. Segundo. A graça de Cristo tem tanto esplendor! Que maravilha que toda a justiça de Cristo tão excelsa e Divina, seja oferecida gratuitamente ao pecador! E eu — que fui voluntariamente negligente, menosprezei à Cristo, odiei Sua obra, resisti ao Seu apelo levantando entre mim e Ele verdadeiras montanhas —, havia sido objeto de Seu amor, que apesar de tudo, chegou a mim vencendo tudo isso. “Para que te lembres disso, e te envergonhes, e nunca mais abras a tua boca, por causa da tua vergonha, quando eu te expiar de tudo quanto fizeste, diz o Senhor DEUS” (Ezequiel 16:63). Você tem coração quebrantado e contrito ante a visão da cruz? Não será por olhar para o seu próprio coração, ou para o coração do inferno, mas ao coração de Cristo que quebrantará seu coração. Oh, peçam que Deus lhes dê um coração quebrantado assim! O orgulho e a jactância são excluídos. A Ele seja a glória, digno é o Cordeiro! Todas as batalhas e esforços da alma que busca sua própria justificação devem ser removidos e pisoteados com desprezo. No coração quebrantado foi desfeito seu amor pelo pecado. Quando um homem crê em Cristo, ele, então, se dá conta de que o pecado é repugnante. Primeiro, porque o pecado causa separação de Deus, abre entre Deus e ele uma grande fenda, e arrasta o homem à condenação do inferno. Segundo, por que ele levou Cristo à cruz, o Senhor da glória; porque o pecado foi um grande fardo que pairava sobre Sua alma, que O fez suar, sangrar e morrer. Terceiro, porque é a praga do coração de Cristo agora. Toda minha infelicidade e miséria é que sou um pecador. Agora o crente chora e se lamenta, como uma pomba, por haver pecado contra Quem tanto lhe amou. “Então te lembrarás dos caminhos e todas as coisas que falou vivendo impiamente e aborrecerás a ti mesmo”.

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IV. As vantagens de um coração quebrantado 1. Você será guardado de se ofender por causa da pregação da cruz. O coração natural se ofende quando se prega sobre a cruz. Muitos de vocês estão certos de que a odeiam e a desprezam. Muitos, sem dúvida, se enfurecem frequentemente no mais íntimo do coração ao ouvir a pregação da justiça de outro, que devem aceitar descartando a de vocês, se não querem perecer. Muitos, sem dúvida, abandonaram esta igreja por causa de tal pregação; e muitos mais, sem dúvida, seguiram o mesmo caminho. O escândalo e a ofensa da cruz não terminaram. Por outro lado, amados, o coração quebrantado não pode ofender-se de tal pregação. Os ministros não podem mentir sobre a verdade aos corações quebrantados. Um coração quebrantado sente alegria ao ouvir acerca da justiça sem as obras. Muitos de vocês se ofendem quando falamos claramente do pecado; muitos se ofenderam no domingo passado. Porém, o coração quebrantado e contrito não se ofende porque odeia o pecado mais que os próprios ministros o odeiam. Há muitos como os adoradores de Baal: “Traga seu filho para que morra” diz (Juízes 6:30). Do mesmo modo, aqueles que não têm um coração quebrantado, respiram ameaças contra o pregador que destrói o ídolo de seu orgulho, porém, um coração quebrantado deseja ver o ídolo dilacerado, derrotado e feito em pedaços. 2. O coração quebrantado descansa por fim. O coração natural é como o mar tempestuoso. Quem nos mostrará o bem? E corre perguntando de criatura em criatura buscando seu próprio prazer, “o bem”. O coração despertado não tem paz. Os temores da morte e do inferno o ameaçam, assim descobrem os desesperados, suas almas desde que foram abruptamente retiradas de sua condição de sono e de seu estado de repouso e falsa tranquilidade. Porém, o coração contrito diz: “Volta para tua paz, ó minha alma!”. A justiça de Cristo lança fora o temor, dissipa todos os temores. No entanto, a mesma praga e a corrupção do coração não podem realmente preocupar, porque depositou todas as suas cargas em Cristo. 3. Não pode acontecer nenhum mal ao coração quebrantado. Para os não-convertidos, como é trágico o leito de morte ou da enfermidade, agitado e inquieto como um animal selvagem aprisionado na rede. Em vez disso, o coração quebrantado está satisfeito e sereno em Cristo. Cristo lhe é suficiente, ele não tem mais outras ambições. Ainda que tudo desapareça, Seu amor, o amor de Cristo permanece. É como uma criança de meses no colo de sua mãe, confiante e seguro. Você conhece este descanso seguro?

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne Adoração — A. W. Pink Agonia de Cristo — J. Edwards Batismo, O — John Gill Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo Neotestamentário e Batista — William R. Downing Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a Doutrina da Eleição Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos Cessaram — Peter Masters Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da Eleição — A. W. Pink Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida pelos Arminianos — J. Owen Confissão de Fé Batista de 1689 Conversão — John Gill Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne Eleição Particular — C. H. Spurgeon Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A — J. Owen Evangelismo Moderno — A. W. Pink Excelência de Cristo, A — J. Edwards Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah Spurgeon Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A — Jeremiah Burroughs Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação dos Pecadores, A — A. W. Pink Jesus! – C. H. Spurgeon Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon Livre Graça, A — C. H. Spurgeon Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

 Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a — John Flavel  Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston  Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H. Spurgeon  Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W. Pink  Oração — Thomas Watson  Pacto da Graça, O — Mike Renihan  Paixão de Cristo, A — Thomas Adams  Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards  Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural — Thomas Boston  Plenitude do Mediador, A — John Gill  Porção do Ímpios, A — J. Edwards  Pregação Chocante — Paul Washer  Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon  Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200  Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon  Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon  Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M. M'Cheyne  Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer  Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon  Sangue, O — C. H. Spurgeon  Semper Idem — Thomas Adams  Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill, Owen e Charnock  Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de Deus) — C. H. Spurgeon  Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J. Edwards  Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen  Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J. Owen  Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink  Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R. Downing  Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan  Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de Claraval  Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica no Batismo de Crentes — Fred Malone

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Sola Fide • Sola Scriptura • Sola Gratia • Solus Christus • Soli Deo Gloria


2 Coríntios 4 1

Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, 2

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na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho está 4 encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória 5

de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo 6 Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, 7 para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. 9 10 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus 11 se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na 12 13 nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. E temos portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, 14 por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará 15 também por Jesus, e nos apresentará convosco. Porque tudo isto é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de 16 Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o 17 interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação 18 produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se Issuu.com/oEstandarteDeCristo não veem são eternas.


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