Ablac lança aplicativo para treinamento de vendedores
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EDIÇÃO No 29 JULHO | DEZEMBRO 2017
CONFIRA TAMBÉM: # Revolução digital transforma o varejo # Lojas inovadoras obtêm bom desempenho # Couromoda promove congresso digital em novembro # Acesso à moda muda perfil do consumidor masculino # A satisfação do cliente é possível, sim! # Tecnologia RFID ganha mais espaço no calçado
AGÊNCIA BBI | ITAPUÃ
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editorial Foco total na defesa do varejo Setor está mobilizado por melhores condições de operação e aumento de sua representatividade
A
o assumirmos a presidência da Ablac, em janeiro deste ano, anunciamos a disposição de atuar firmemente na defesa econômica e no aumento da representatividade política do varejo de calçados. Desde então, juntamente com os integrantes da diretoria executiva da entidade, agora formada por novas redes de lojas, que trazem consigo uma valorosa experiência, temos desenvolvido diversas atividades com este objetivo. Mantivemos audiências com os ministros do Turismo, Marx Beltrão, e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, além do senador Renan Calheiros, então presidente do Senado Federal, em Brasília/DF, para lhes apresentar a entidade, o perfil do setor e os principais pleitos do varejo calçadista. Com seu apoio, entregamos em diferentes ministérios reivindicações que visam recuperar a competitividade do comércio de calçados, que nos últimos anos sente os efeitos da crise econômica e do aumento de custos, os quais impactam diretamente na viabilidade do negócio. Entre as solicitações, estão a desoneração da folha
de pagamento e a flexibilização do sistema trabalhista, através da implantação do part time, do contrato por hora trabalhada e da regulamentação da lei de cotas (PCD e Menor Aprendiz) pelo mínimo exigido pela Constituição Federal, cujo trâmite estamos acompanhando. RESSARCIMENTO Da mesma forma, estivemos em Brasília para acompanhar a votação do projeto de terceirização irrestrita das atividades das empresas, o que beneficia também o varejo de calçados. Também estamos atuando no sentido de garantir judicialmente o ressarcimento dos valores pagos pelos lojistas após a exclusão do ICMS no cálculo do PIS/Cofins, determinada pelo STF. Ação judicial tramita na 7ª Vara Cível Federal de São Paulo e busca ressarcir aos associados da Ablac os valores pagos indevidamente nos últimos cinco anos. Informações sobre estas e outras atividades da entidade são publicadas no novo site da Ablac, ainda mais moderno e relevante, e nesta edição da Revista do Lojista de Calçados, juntamente com artigos úteis ao dia a dia
dos lojistas. Em uma iniciativa inédita, estamos disponibilizando aos associados o aplicativo Treinalojas Ablac, que auxiliará na qualificação, em tempo real, de seus profissionais para melhor atender aos consumidores. Também estamos constituindo dois grupos de trabalho voltados ao debate de temas relevantes e à proposição de ações que levem ao desenvolvimento do varejo de calçados. Isso indica que a Ablac e seus associados estão mobilizados para garantir melhores condições de condução de seus negócios e assegurar o aumento da sua rentabilidade, tanto política quanto econômica. E assim vamos permanecer. A Ablac reúne lojistas de todos os portes e lugares, e estimula a filiação de outras empresas varejistas para que sua atuação resulte em benefícios ao varejo em geral. Junte-se a nós, compartilhe conosco suas ideias e experiências e, unidos, vamos fazer nosso setor ser ainda mais forte em todos os sentidos. Atenciosamente, Marcone Tavares Presidente da Ablac | 2017-2018
JUL/DEZ 2017 | REVISTA DO LOJISTA DE CALÇADOS
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diretoria Diretoria Executiva 2017-2018 Presidente: Marcone Tavares (Aby’s - Maceió/AL) Vice-presidente: Bruno Constantino (Oscar Calçados - São José dos Campos/SP)
Conselho Superior Vitalício
Antonio Espolador Neto (Planeta Pé/Scarpinni - Curitiba/PR) Marconi Matias dos Santos (Itapuã Calçados - Vila Velha/ES) Carlos Mamoru Ajita (Casas Ajita - Maringá/PR) Antoniel Marrachine Lordelo (Azul Calçados - Itu/SP) Imad Esper (Savan Calçados - Goiânia/GO)
1º Secretário
Ricardo Kalaidjian (Shoebiz - São Paulo/SP)
2º Secretário
Publicação da Associação Brasileira de Lojistas de Artefatos e Calçados (Ablac). Revista de distribuição gratuita, com circulação nacional e periodicidade semestral, dirigida a lojistas de artefatos e calçados. Visite o portal da Ablac (www.ablac. com.br) e associe-se!
Artur Tchilian (Di Santinni - São Paulo/SP)
1º Tesoureiro
Imad Esper (Savan Calçados - Goiânia/GO)
2º Tesoureiro
Antoniel Marrachine Lordelo (Azul Calçados - Itu/SP) Diretor de Marketing: Rafael Sachete Pereira (Arezzo - Campo Bom/RS) Diretor Jurídico: Rocine Milet Moraes Filho (Sapataria Nova - Recife/PE) Diretor de Desenvolvimento Profissional e Cursos: Marcos Vinicius Finokiet (Usaflex Franquias - Igrejinha/RS) Diretor Social Nordeste: Eduardo Smaniotto (Esposende - Recife/PE) Diretor Social Sul e Sudeste: Mario Zanatta (Studio Z - Palhoça/SC)
Conselho Deliberativo
Presidente: Pedro Paulo de Abreu (Carioca Calçados - Florianópolis/SC) 1º Conselheiro: Paulo Roberto Damasceno (Talent Franquia - Salvador/BA) 2º Conselheiro: Eduardo Rodrigues Espolador (Pague Menos - Curitiba/PR) 3º Conselheiro: Leonardo Annicchino (Esporte Total - Capivari/SP)
1º Suplente
Luiz Gustavo Kherlakian (Pontal - São Paulo/SP)
2º Suplente
Raul Viega da Rocha (Lojas Radan - São Leopoldo/RS)
3º Suplente
Claudir José Dullius (Dullius - Cruzeiro do Sul/RS)
Conselho Fiscal
1º Conselheiro: Nelo Ballesteros (Elmo Calçados - Belo Horizonte/MG) 2º Conselheiro: Florêncio H. de Rezende Junior (Flávio´s Calçados - Goiânia/GO) 3º Conselheiro: Vanoil da Rocha Pereira (Passarela - Jundiaí/SP)
Diretor Executivo
Wesley Barbosa
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Sede social/administrativa Av. Paulista, 726, 17o andar Ed. Comercial 5ª avenida São Paulo/SP Fone (11) 4506.3023 CEP 01310-910 Secretaria executiva Fone (62) 99669.0133 Goiânia/GO www.ablac.com.br wesley.barbosa@ablac.com.br Diretor responsável Marcone Tavares Jornalista responsável Milton Grabin - DRT/RS 6520 Planejamento gráfico e execução GBM Comunicação (51) 3593.2669 www.gbmcomunicacao.com.br milton@gbmcomunicacao.com.br
A importância do transporte para o setor O
calçado é um produto perecível e que possui um ciclo de vida cada vez mais curto. A moda sofre mudanças rápidas, fazendo com que a tendência que está em alta hoje se torne ultrapassada amanhã. Com isto, a logística do transporte – da coleta do produto na fábrica até a entrega ao lojista – precisa ter agilidade e informação. A situação política atual se tornou outro desafio para as indústrias. Muitas fábricas também estão migrando para o interior dos estados do Nordeste e abrindo Centros de Distribuição no Espírito Santo, motivadas pelos incentivos fiscais ofertados por estes estados. Como consequência dessa mudança, a distância percorrida até o lojista se torna mais extensa, com todo o estoque das lojas em trânsito dentro de um caminhão, necessitando cada vez Aplicativo Patrus mais de agilidade nas entregas. Outro problema que as transportadoras encontram, ao entregar mercadorias de indústrias calçadistas, são as restrições em alguns pontos de vendaconcentrados em áreas de acesso restrito aos veículos de carga, como as lojas em shoppings centers, que possuem regulamento e horário específicos para entregas. Além disso, os lojistas estão
mudando seu perfil de compra, fazendo pedidos mais fracionados, ocasionando o aumento da quantidade de entregas, mas com menor quantidade de volumes. Diante de todo este cenário, é de extrema importância que as transportadoras que atendem a este segmento busquem a especialização constante. A Patrus Transportes identificou estes desafios do setor e investiu em tecnologia e inovação para atender aos seus clientes com qualidade, agilidade e eficiência, trazendo segurança e confiabilidade na entrega. Alguns dos diferenciais que a empresa oferece são o status online sobre as entregas, EDI (Eletronic Data Interchange), aplicativo mobile para o expedidor/recebedor e equipes de atendimento dedicadas ao cliente. A empresa é a primeira do país a incorporar o Sistema Lean Manufacturing em sua operação, que elimina desperdícios de tempo, mão de obra e recursos, excluindo processos desnecessários e agilizando a transferência da carga. Tudo isso para contribuir com o sucesso de nossos clientes fabricantes e lojistas. Outra mudança é em relação ao consumidor final, que está realizando mais compras pela internet. Com isso, o mercado de e-commerce está em constante crescimento e, para atender a estas entregas, a Patrus Transportes implantou o Serviço ao Cliente Porta a Porta, focado em entregas de até 20Kg para pessoa física. Devido ao perfil da entrega ser diferente do varejo, temos equipes capacitadas,
tanto na entrega como no acompanhamento da coleta até seu destino final nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia.
UNIDADES A Patrus Transportes possui 75 unidades em pontos estratégicos para atender a estas necessidades, proporcionando agilidade, segurança e economia aos seus clientes. Atualmente, o segmento calçadista representa 20% do nosso negócio. Temos filiais captadoras de carga nos principais polos expedidores: Sul do país, interior de São Paulo e Minas Gerais e em estados do Nordeste, como Bahia e Ceará, que direcionam o calçado para ser distribuído em dez estados. Atendemos a mais de 2,9 mil municípios, em todo o Sul, Sudeste e nos estados da Bahia, Sergipe e Ceará, que concentram a maior participação do PIB. Diante de um cenário desafiador para as indústrias de calçados e para as transportadoras especializadas na entrega deste produto, se faz necessário estar em constante evolução para manter a excelência e a satisfação dos clientes que transportam e do consumidor final. Para isto, estamos sempre atentos à nossa infraestrutura, otimização de processos e capacitação de nossos colaboradores, pois temos como valor que as pessoas são nosso maior ativo e valorizamos o relacionamento e a cultura na cadeia logística. Gabriela Albrecht Executiva de Contas da Patrus Transportes em Novo Hamburgo
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São José do Rio Preto Birigui
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Marília Presidente Prudente
PATRUS TRANSPORTES PELO BRASIL: Minas Gerais 23 unidades São Paulo 17 unidades Rio de Janeiro 4 unidades Espírito Santo 3 unidades Bahia 12 unidades Sergipe 1 unidade Ceará 1 unidade Sul 13 unidades As filiais da região Sul são apenas embarcadoras
Ourinhos Bauru
Jaú
São José dos Campos
Campinas São Paulo
Avaré Sorocaba
Santos
Registro
www.patrus.com.br
sumário 20
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03. Foco na defesa do varejo calçadista ablac 12. Pesquisa sobre consumo é utilizada por fabricantes e lojistas
14. Entidade lança aplicativo para treinamento de vendedores
15. Novo site da Ablac amplia informações ao varejo
empresas 16. Ala terá nova fábrica para atender aos mercados interno e externo
lojas 20. Inovação tecnológica e no layout gera resultados positivos em vendas
moda 28. Acesso a informações de moda muda perfil do consumidor masculino
29. Dicas para surpreender no atendimento ao homem
30. Designer Jeff Machado ensina a fazer uma vitrine de calçados masculinos
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varejo
32. As novidades que estão mudando as lojas na Europa e nos Estados (e também no Brasil!)
mercado
38. Com ampliação da linha de calçados, Colcci cresce na preferência de lojistas e consumidores
gestão
42. Como obter a satisfação dos clientes tecnologia 46. Revolução digital é tema de evento 48. Tecnologias que geram resultados positivos 50. Porque automatizar sua loja é importante 52. Grife de sapatos femininos ganha eficiência com a tecnologia RFID
perfil
56. Vanderlei Kichel, CEO da SetaDigital, conta sua trajetória e diz que empresas com propósito crescem mais rapidamente
contatos 58. Empresas, profissionais e anunciantes citados nesta edição
ablac Informação para lojas e indústrias Pesquisa Consumo de Calçados no Brasil é utilizada para direcionar atividades das empresas
A
pesquisa Consumo de Calçados no Brasil em 2016, que a Ablac apresentou em janeiro, vem sendo utilizada por fabricantes e lojistas para o direcionamento de suas atividades comerciais. Um número significativo de indústrias e lojas adquiriu o direito de acesso e utilização dos resultados do levantamento, que envolveu a coleta de dados junto a 11.300 famílias, representando um universo de 132 milhões de pessoas, de todas as regiões brasileiras. A pesquisa foi realizada pela empresa Kantar Worldpanel, sob encomenda da Ablac, e pode ser adquirida por interessados junto à Secretaria Executiva da Ablac. Em 2017, a terceira edição consecutiva está sendo realizada, e os dados serão apresentados em janeiro de 2018, durante a Couromoda. “A pesquisa é útil para os dois segmentos, que, conhecendo a realidade de consumo de cada região do país, podem, por exemplo, definir as áreas que devem receber maior atenção. Por isso, estamos realizando-a novamente este ano”, explica o presidente da Ablac, Marcone Tavares. 12
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Diretor executivo da Ablac, Wesley Barbosa, fez apresentações diárias na Couromoda 2017
DESEMPENHO De acordo com a pesquisa, a venda de calçados no varejo teve queda significativa em 2016. A redução foi de 16,5% em volume e de 14,5% em valor, ocasionada pela mudança dos hábitos de consumo das famílias brasileiras, que diminuíram a frequência de compra e buscam cada vez mais calçados de menor valor devido à queda da renda e às incertezas em relação à
economia. O tíquete médio teve variação positiva de 1% no ano passado, enquanto o volume médio caiu 14,3% e a frequência média reduziu-se em 14%. “Com o bolso apertado, o consumidor priorizou a compra de alimentos, e calçados e roupas foram muito impactados em 2016”, afirma o diretor executivo da Ablac, Wesley Barbosa, que fez apresentações diárias da pesquisa na Couromoda 2017.
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Aplicativo oficial é lançado na Francal Treinalojas estará disponível para fabricantes parceiros e associados
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Ablac apresenta ao mercado uma ferramenta voltada à disseminação de informações sobre produtos e técnicas de vendas para o varejo brasileiro de calçados. O aplicativo para smartphone Treinalojas Ablac, disponível para as plataformas IOS e Android, tem como objetivo capacitar atendentes e outros profissionais do comércio em relação às novidades de fabricantes e também em conteúdos diversos. Para as indústrias, o aplicativo é um meio para disponibilizar dados sobre coleções, inovações tecnológicas e outras novidades, simultaneamente, a um grande número de vendedores, para que eles as transmitam aos consumidores e os auxiliem na compra em lojas de todas as regiões brasileiras. Os fabricantes terão acesso ao
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aplicativo por meio de espaços patrocinados, em que poderão veicular vídeos e materiais de treinamento. Para os lojistas, inicialmente associados da Ablac, o aplicativo servirá como fonte de consulta a qualquer tempo de seus profissionais, que assim poderão qualificar-se e diferenciar o atendimento aos clientes, gerando em consequência fidelização e maior volume de vendas. CONTEÚDOS VARIADOS A expectativa da Ablac é disponibilizar o aplicativo a todo o seu quadro de associados, que inclui desde pequenas lojas a grandes redes de todo o território nacional. Novos associados também poderão fazer uso da ferramenta, que será atualizada periodicamente com informações postadas por fabricantes parceiros
e com novos conteúdos diversos inseridos pelo Departamento de Comunicação da Ablac. “O Treinalojas Ablac é uma espécie de plataforma de EAD para fabricantes parceiros e associados da Ablac e permitirá a veiculação de conteúdo patrocinado, destinado a treinamento customizado e sobre marcas e produtos, criando engajamento e sinergia entre eles”, explica o presidente da entidade lojista, Marcone Tavares. Conforme o dirigente, a força de vendas de cada loja será estimulada, de formas diversas, a fazer uso do aplicativo e poderá ser avaliada por meio de quizz, programas de incentivo, ranking de visualizações/curtidas e certificações com a chancela da Ablac, que a reconhecerá como “especialista em varejo de calçados”.
ablac
Novo site já está no ar
O
utra novidade da Ablac ao setor calçadista é o seu novo site. Desenvolvido de acordo com os mais modernos conceitos visuais e de navegabilidade, o portal disponibiliza a lojistas e outros profissionais informações sobre a entidade e áreas de interesse do varejo. Notícias, vídeos e artigos técnicos elaborados por especialistas formam o mix editorial à disposição do público varejista, assim como as edições digitais da Revista do Lojista de Calçados. “O conteúdo é atualizado diariamente e auxilia os dirigentes de lojas a obter melhor desempenho na gestão de seus negócios”, explica o presidente da Ablac, Marcone Tavares. Conforme ele, o novo site também inova ao proporcionar a diretores e associados da Ablac um espaço para discussão, em tempo real, de temas relevantes ao setor, como desenvolvimento do varejo e representação política. “As conclusões de ambos os
fóruns poderão servir de base para a definição de ações e projetos estratégicos da entidade”, acrescenta Marcone Tavares. Parceiros da Ablac, como indústrias de calçados, transportadoras, promotores de feiras e empresas desenvolvedoras de sistemas, têm à disposição espaços comerciais para a divulgação de seus produtos e eventos. Os banners comerciais ocupam posições estratégicas e são um excelente canal para a captação de clientes e realização de negócios com o varejo.
Reforma trabalhista é positiva A flexibilização da legislação trabalhista, aprovada pela Câmara dos Deputados e que avança no Senado, é considerada positiva pelo presidente da Ablac. Marcone Tavares – que esteve pessoalmente em Brasília, em contato com parlamentares – enfatiza que as mudanças na CLT atendem às reivindicações do varejo calçadista, que, tal como a indústria, emprega um grande contingente de trabalhadores e passa a ter segurança jurídica no tocante às relações de trabalho. Entre as demandas do comércio de calçados que foram atendidas estão a implantação do trabalho em regime de tempo parcial, do contrato por hora trabalhada (e não mensalista) e da regulamentação da lei de cotas (PCD e Menor Aprendiz) pelo mínimo estabelecido na Constituição Federal. A entidade também defende (e teve atendida) a chamada prevalência do negociado sobre o legislado, o que permite uma adequação dos acordos coletivos de trabalho à realidade econômica de cada empresa, município ou estado. O presidente da Ablac diz também que foram mantidos os direitos dos trabalhadores, como o pagamento de salário mínimo, 13º e férias, além de conferir a flexibilidade necessária às relações entre empregado e empregador.
Ação pede ressarcimento de PIS e Cofins A Ablac, através de seu departamento jurídico, ingressou, em abril, com ação judicial visando obter o ressarcimento aos associados dos valores pagos pela incidência de ICMS e ISS sobre o cálculo do PIS e da Cofins, tanto por empresas da modalidade Lucro Real quanto da de Lucro Presumido. O processo de número 500471348.2017.4.03.6100 tramita na 7ª Vara Cível Federal de São Paulo. A ação foi impetrada após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de 15 de março, determinar
que o governo federal não pode incluir o ICMS na base de cálculo das contribuições para o PIS e a Cofins. A decisão da Suprema Corte tem repercussão geral no Judiciário, ou seja, a partir dela as instâncias inferiores da Justiça também têm de seguir essa orientação. Os associados que quiserem obter mais informações sobre o processo devem entrar com contato com o diretor executivo da Ablac, Wesley Barbosa, pelo e-mail wesley.barbosa@ablac.com.br ou pelo fone 62 99669.0133. JUL/DEZ 2017 | REVISTA DO LOJISTA DE CALÇADOS
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32 anos e o começo de uma nova história Unidade de produção da Calçados Ala no município de Canelinha vai beneficiar diretamente os clientes
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eguindo sua trajetória de crescimento, a Indústria de Calçados Ala, com sede em São João Batista/SC, inaugura neste semestre, no município
Futuras instalações da empresa em Canelinha
vizinho Canelinha, uma nova unidade de produção, que atenderá ao mercado interno e à exportação. “É uma nova etapa que se inicia em nossa história e que vai beneficiar diretamente nossos milhares de clientes no Brasil e em mais de 30 países”, afirma o diretor Alyson dos Santos. O empresário enfatiza que a expansão produtiva cria a possibilidade de atender mais rapidamente à demanda dos lojistas que comercializam as marcas Ala e Zatz e também de iniciar um relacionamento comercial com outros compradores, cujo interesse pelos produtos de ambas as marcas há
muito vem sendo demonstrado. Fundada em 1985, a Ala desfruta de grande conceito no mercado brasileiro e no cenário internacional. A arte de fazer sapatos é fruto da tradição que veio de pai para filho. A empresa é hoje uma das maiores indústrias do setor em São João Batista, empregando mais de 500 pessoas diretamente. A nova fábrica em Canelinha marca a comemoração dos 32 anos de atuação da Ala no mercado calçadista brasileiro e indica a confiança de seus diretores no potencial dos clientes e na retomada do crescimento do consumo. PROJETOS DE EXPANSÃO “Com a força que temos como indústria, vamos seguir buscando conquistar mais países para os nossos produtos. Porém, estamos cientes de que um dos nossos maiores objetivos é a consolidação e o reconhecimento das marcas Ala e Zatz no mercado interno”,
enfatiza o diretor comercial Jonatha dos Santos. Segundo ele, os negócios no mercado brasileiro totalizam 75% da produção. No exterior, que recebe 25% do volume produzido, os maiores mercados são Argentina, Colômbia, Costa Rica, Panamá e República Dominicana, que, como o Brasil, recebem coleções contemporâneas, sempre inspiradas na linguagem comportamental da moda e do consumidor. “São produtos que formam conceitos e revelam a força, as atitudes e os desejos do público feminino”, acrescenta Jonatha dos Santos. A conquista do mercado externo exige muito trabalho, comprometimento e adaptação ao novo. Por este motivo, a empresa sempre apresenta produtos diferenciados e com qualidade, além de participar de feiras internacionais, como Micam e Expo Riva Schuh (Itália), em que cria relacionamento com clientes potenciais e influenciadores.
ALA Calçados, em São João Batista - Santa Catarina
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lojas inovadoras Exemplos práticos e de sucesso no setor Cada vez mais exigente e seletivo, o consumidor reage positivamente às lojas que oferecem inovações, seja no ambiente de compras, na tecnologia empregada, no atendimento ou no mix de produtos, e lhe proporcionam uma experiência diferenciada de compras. Atraído por novidades, ele sente-se estimulado a comprar mais, como indica o desempenho de lojas inovadoras inauguradas em 2016 e 2017 e que vêm obtendo vendas acima do esperado.
Paquetá no Shopping Iguatemi - Porto Alegre/RS Quando foi inaugurada,em maiode 2016, a primeira loja conceito da Paquetá, no Shopping Iguatemi, em Porto Alegre/RS, chamou a atenção de todo o Brasil principalmente pelos seus diferenciais tecnológicos, até então desconhecidos no varejo calçadista. Projeto que levou mais de um ano para ser concretizado, a ‘nova’ loja passou de 200 para 320 m² e ganhou uma vitrine de 17m, além de tecnologias inovadoras, como o mobile check-out e o Multimix. Inovadora também em design, a unidade conquistou a preferência de milhares de consumidores gaúchos, o que lhe rendeu um bom volume de negócios.“Como a loja anterior era menor, não conseguimos avaliar de forma coerente o crescimento das
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vendas. Mas, sem dúvida, ela teve um aumento significativo e, hoje, tem o maior tíquete médio da rede”, afirma a gerente de marketing Paulina Bacher Paiva, sem revelar o valor. Conforme ela, outro resultado de destaque é a mudança de percepção da marca e o elogio dos clientes ao fato de a loja ter ficado mais moderna e omnichannel. “Os consumidores elogiam a mudança da loja e o novo visual arquitetônico, que valoriza e destaca os produtos. Citam a facilidade de compra em função do mobile check-out e do Multimix, que possibilita a compra de um estoque virtual, caso a loja não possua o produto que o cliente busca, e de receber em casa ou retirar na loja o produto”, acrescenta. Com a experiência positiva, a rede planeja implantar o mobile check-out nas lojas do Praia de Belas e do Barra ShoppingSul, também em Porto Alegre, mas ainda sem data definida. Para 2017, outra meta é consolidar o Multimix, que já foi
implantado em 82 lojas do Grupo Paquetá no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Neste semestre, o Multimix chegará às 68 unidades da Esposende, bandeira do grupo no Nordeste, o que ampliará para 150 o número total de operações com experiência multicanal. “É um projeto muito importante para nós, pois vai ao encontro da nossa proposta de oferecer a melhor experiência ao cliente”, acrescenta Paulina. Conforme ela, um problema recorrente em lojas de calçados é a ruptura dos estoques. Através do Multimix, a rede conseguiu reduzi-lo e também oferecer mais variedade em lojas que não têm espaço físico para estoques maiores. Também neste ano, a Paquetá planeja quer consolidar e estender a possibilidade de pickupstore, que já está em funcionamento em algumas lojas e permite ao cliente comprar no e-commerce e retirar na loja física. A opção atende a uma tendência de mercado e facilita as coisas para clientes que não tem ninguém em casa para receber o produto durante o dia ou para aqueles que preferem a segurança de retirar na loja física.
lojas inovadoras TECNOLOGIAS: Check-out móvel & multimix > A Paquetá do Iguatemi foi a primeira unidade da rede a contar com o mobile check-out, que opera através de um iPod Touch conectado a um scanner da Honeywell que permite ao vendedor registrar o código de barras do produto e verificar a numeração disponível na loja. Pelo mesmo aparelho, ele comunica o pedido ao estoquista (que localiza o produto e o leva para o cliente) e recebe o pagamento por cartão de crédito com emissão de nota fiscal. O mobile check-out será adotado pelas lojas de forma gradativa. Inicialmente, ele será implementado nas unidades de shopping centers e de maior faturamento. O processo implementado resulta em menos pessoas no caixa e atendimento mais ágil. Tecnologia utilizada quando a loja não tem o produto desejado pelo cliente no estoque. Nesse caso, há um terminal de consulta para a seleção do produto. A compra é realizada na loja, com aprovação na hora, e a entrega é feita em casa. Em Porto Alegre, o prazo é de 48 horas. O sistema Multimixjá está implantado em 82 unidades do grupo no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina e, neste semestre, chegará às 68 lojas da Esposende, bandeira do grupo no Nordest.
Mundial Calçados / Santana - São Paulo/SP A filial da Mundial Calçados em Santana, na capital paulista, foi inaugurada em julho do ano passado. Idealizado pela arquiteta Isis Chaulon, o espaço de 567m² acolhe e aproxima o público dos produtos. Um café e painéis com diversas plantas instalado no centro da loja convidam os clientes a se sentirem em casa e comprarem. O desempenho de vendas, aliás, surpreende positivamente. “Está sendo muito bom, cerca de 15% acima das expectativas”, revela Ricardo Kachvartanian, que divide com o irmão Eduardo a direção da rede de 17 lojas. Conforme ele, na loja de Santana, mais compacta do que as outras, com móveis e materiais diferenciados, foram investidos mais de R$ 1 milhão e nela, hoje, trabalham 26 funcionários. A tecnologia é a mesma das outras
unidades, o que indica que o grande indutor de vendas é mesmo o ambiente diferenciado, que faz o consumidor sentir-se confortável para analisar, calçar e adquirir os produtos à venda. “A renovação faz parte do
nosso DNA. Sempre estamos em busca de novidades aos nossos clientes, que são associadas a bom atendimento, qualidade, aconchego e produtos com as tendências de moda”, explica Eduardo Kachvartanian. SEGUE
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lojas inovadoras Sapati - Sapataria Inteligente - Cascavel/PR Para os lojistas que querem ver em operação uma loja inovadora antes de instalar a sua própria, uma visita à Sapati – Sapataria Inteligente, de Cascavel/PR, é obrigatória. A primeira loja laboratório do Brasil – criada em 2016 para melhorar processos, pessoas, tecnologias e visual merchandising e gerar uma nova experiência de compra para o consumidor e melhores resultados para os lojistas – completou em maio o seu primeiro ano de atividades com novidades. “Houve muito aprendizado e evolução neste período”, afirma o idealizador da Sapati e CEO da SetaDigital Sistemas Gerenciais, Vanderlei Kichel. Conforme ele, o período demonstrou como se comporta o consumidor numa loja com autoatendimento baseado na tecnologia RFID (identificação por radiofrequência) e evidenciou a importância do alinhamento do mix de produtos, do ponto de venda e das estratégias de marketing com o público alvo para que o desempenho de vendas possa ser o melhor possível. “Em abril, após concluirmos o alinhamento destes fatores estratégicos, tivemos o nosso melhor desempenho de vendas”, afirma Kichel. RESULTADOS Mas, conforme Kichel, é no desenvolvimento e na utilização de novas tecnologias que a Sapati obteve os melhores resultados. Um dos destaques é o emprego de um sistema de contagem de fluxo por raios infravermelhos que identifica os consumidores que entram 22
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na loja e faz demonstrações gráficas de indicadores como taxa de conversão (considerando o número de atendentes em cada período), tíquete médio e outros que auxiliam na tomada de decisão. INTERATIVIDADE Outras tecnologias testadas com sucesso são as que têm como base a interatividade, como as de reconhecimento facial e de voz, realidade aumentada e controle
por gestos, as quais proporcionam uma nova experiência de compra aos consumidores. Com a aproximação de um produto, o sistema, utilizando a tecnologia RFID, projeta na tela sugestões de looks com o mesmo. No caso de clientes cadastrados, o sistema, com base no histórico de compras, propõe modelos adequados ao seu perfil. Em ambos os casos, a tecnologia auxilia os clientes – por vezes indecisos - na escolha de um ou mais produtos.
Novidades ajustadas à realidade Atendendo a pedidos de lojistas, a Sapati fez adaptações em diversas tecnologias que utilizam etiquetas RFID para funcionamento com códigos de barras, o que as torna mais acessíveis à maioria das lojas devido ao seu custo menor. As novas opções tornam possível a realização de inventário via celular, a disponibilização de caixa de autoatendimento e a pré-venda mobile, em que os
vendedores utilizam smartphones no atendimento a clientes, fecham a venda e enviam as informações ao estoque, bastando ao cliente ir ao caixa para fazer o pagamento e retirar o produto escolhido. “Trazendo estas tecnologias para a realidade de muitas lojas, possibilitamos que elas façam a implantação dessas novidades por etapas, sem causar rupturas ou transtornos na migração”, explica Kichel.
lojas inovadoras Studio Z / Shopping Estação - Curitiba/PR Uma das últimas lojas abertas para lhe auxiliar”, afirma pela rede, a filial da Studio Z no Alexandro Azambuja, diretor Shopping Estação, em Curitiba/ de operações da Studio Z, PR, é exemplo do modelo de integrante do Grupo Calcenter, inovação adotado pela empresa com sede em Palhoça/SC. – o autosserviço. A fórmula Conforme ele, a área de estilo que alia o conceito fast fashion, e desenvolvimento investimentos em tendências de da empresa tem moda e preços acessíveis permite papel importante na rápido crescimento à rede, que já estratégia de atuação, opera 69 filiais em todo o Brasil. disponibilizando sempre “Nosso conceito de e rapidamente as últimas autoatendimento é inédito no tendências do mercado varejo de calçados. Inovamos ao mundial da moda a abrir nossas lojas com mais de preços acessíveis. Os 35 mil pares de calçados e sem planos de expansão vendedores. Todos os produtos da empresa incluem a ficam expostos em gôndolas, e o abertura de 10 lojas no cliente pode escolher o produto, país em 2017, entre elas a numeração, provar e ir ao a de Curitiba. Além da 03_anuncio_20_5x13_2cm_300dpi_CMYK.pdf 1 19/05/2017 16:17:08 caixa, sem precisar de ninguém região sul, a empresa
realiza investimentos no norte. “São duas regiões estratégicas para a consolidação da marca. Com essas novas lojas, a Studio Z espera um crescimento de 23% até o final de 2017”, afirma o diretor. SEGUE
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lojas inovadoras Talent Franquia - Salvador/BA Desde novembro de 2016, as marcas Use Shoes, Pizy e U Express, ligadas à Talent Franquia, dispõem de uma loja modelo no edifício Mundo Plaza, na Avenida Tancredo Neves, em Salvador/BA. É no local, com showroom e área de atendimento amplos, que a equipe da Talent recebe diariamente
franqueados e interessados em adquirir franquias das três marcas. Inovador, o local permite ver em tempo real a exposição de produtos, o layout das lojas, o sistema de gestão e outras características importantes. A Talent possui oito lojas franqueadas em operação em
Salvador e pretende, ainda este ano, instalar outras unidades na capital baiana. “Pretendemos abrir dez lojas, inclusive em outras capitais nordestinas”, afirma o diretor Paulo Roberto Damasceno, que destaca os dez anos de atividades da Talent Franquia. A Use Shoes é inspirada nas redes de descontos americanas, tem perfil popfashion, ou seja, popular, mas seguindo as tendências da moda atual, opera com autosserviço e é direcionada para as classes B e C. A Pizy segue o estilo europeu de comercializar calçados e bolsas de alto padrão, nacionais e importados, na sua maioria em couro, voltados para o público A/B. Já a U Express tem sapatos com faixa de preços de R$ 19,00 a R$ 29,90 para atingir a classe E/D.
Passarela Concept Store - Sorocaba/SP Outra rede que aposta na inovação tecnológica para diferenciar-se no mercado é a Passarela, que inaugurou em maio, em Sorocaba/SP, uma loja com conceito 100% digital. A concept store no Shopping Iguatemi Esplanada inova ao levar uma experiência de compra para o espaço físico e proporcionar um contato off e online aos consumidores da cidade e região. “Em sintonia com a tendência omnichannel, oferecemos aos clientes o melhor da moda com praticidade e conforto, tornando o ato de comprar muito mais divertido e tecnológico”, afirma o diretor Vanoil Pereira. No novo espaço, o público pode experimentar os produtos, tirar 24
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dúvidas, finalizar o pedido online na própria loja, com ajuda de um consultor de moda, se quiser, retirar a compra na hora ou solicitar que a entrega seja realizada em endereço de sua escolha. Além de integrar e-commerce e loja, o objetivo da rede é tornar a compra ainda mais prática. O espaço físico das lojas, que sempre limitou o aumento de estoque, deixa de ser um empecilho e permite ao consumidor levar o produto na cor e numeração desejadas. Todas as mais de 40 lojas da Passarela
no interior de São Paulo já possuem integração com o e-commerce, e mais novidades vêm aí. “A partir desta nova loja, todos os demais pontos de venda se adaptarão inteiramente ao conceito omnichannel”, acrescenta Pereira.
BEM-VINDO À FRANCAL 2017. BEM-VINDO À FEIRA DO VERÃO BRASILEIRO. Julho é o nosso mês, o mês da Francal. E você é nosso convidado para visitar e conhecer, em primeira mão, todas as novidades da Feira que agita o mundo da moda brasileira. A FRANCAL 2017 será uma grande experiência, fruto de uma proposta ousada, inovadora, diferente e reflexo de um trabalho contínuo em busca de modernização para acompanhar o dinamismo da moda, das tendências e de consumidores cada vez mais exigentes. Serão quatro dias intensos de informação, conteúdo, networking e negócios com as marcas mais conceituadas do mercado mostrando lançamentos que só estarão aqui. Aproveite esta experiência única que é a FRANCAL 2017. Feita e pensada para você!
Abdala Jamil Abdala Presidente Francal Feiras
UM GUIA PARA APROVEITAR SÃO PAULO A DOIS PELO PREÇO DE UM
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Preparamos uma surpresa para você: O Clube de Vantagens FRANCAL em parceria com o Guia Dois Por Um. Durante todo o mês de julho você poderá desfrutar do melhor da gastronomia paulistana e conhecer alguns dos mais descolados bares, restaurantes, hamburguerias, pizzarias e cantinas de São Paulo com uma supervantagem, você aproveita de todas as atrações junto com seu acompanhante e só um paga. OS PRIMEIROS 500 LOJISTAS SÃO VIP. RETIRE SEU GUIA NO BALCÃO EXCLUSIVO CLUBE DE VANTAGENS NA FEIRA
49ª FEIRA INTERNACIONAL DA MODA EM CALÇADOS E ACESSÓRIOS
PROGRAMAÇÃO
SÃO PAULO
COS
PAL SSOL GIRAE A TULIP
02 JULHO 12H
Domingo
Empresários e lideranças do setor discutem o cenário atual do mercado com mediação da jornalista da TV Globo, Carla Vilhena.
4 DIAS DE PALESTRAS COM INFLUENCERS, PROFISSIONAIS DA MODA E DO VAREJO E MUITO MAIS
02 JULHO
03 JULHO
15H
11H30 e 15H
Domingo
com WALTER RODRIGUES
CONEXÃO VAREJO + VERÃO 2018
ENCONTRO ESSENCIAL PARA QUEM QUER FAZER BONS NEGÓCIOS DURANTE A FEIRA
O VERÃO 2018 SOBE À PASSARELA DA FRANCAL EM CLIMA QUENTE E EFERVESCENTE
DESFILE DE ABERTURA COM PAINEL DA REVISTA VOGUE
04 JULHO 11H30 e 15H
05 JULHO 13H
Evento gratuito. Vagas limitadas.
03 JULHO
02 JULHO
20H30
18H
Domingo FESTA DE PREMIAÇÃO
O MAIOR PRÊMIO DO DESIGN DE BOLSAS E CALÇADOS DO PAÍS
PALESTRA ABLAC O melhor da gastronomia de São Paulo para você viver uma experiência gostosa e incrível.
Promoção / Organização
03 JULHO 16H
“REFORMA TRABALHISTA: IMPACTOS NO VAREJO E NA INDÚSTRIA”
BAIXE O APP
www.francal.com.br #FRANCAL2017
FEIRA FRANCAL
moda
Informado e exigente Atendimento ao homem contemporâneo exige maior qualificação dos vendedores das lojas
O
acesso a informações de moda na internet torna o homem contemporâneo um consumidor bem-informado e exigente na hora de comprar roupas e calçados. O novo perfil do público masculino obriga os profissionais de vendas do comércio a serem cada vez mais consultores de clientes do que vendedores propriamente. Há quatro anos orientando 28
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a equipe de 16 vendedores e os milhares de clientes da filial da Lojas Pompéia em Novo Hamburgo/RS, o designer de vitrines e consultor de moda Guilherme Lisboa diz que a transformação deixou para trás os tempos em que a praticidade era o principal critério de escolha do homem em relação a um produto. “Hoje, o homem pesquisa sobre moda tanto
quanto a mulher e chega à loja sabendo o que quer comprar. Conhece as tendências, por isso é decidido e direto, seja em relação à roupa ou ao calçado”, afirma. Nesta nova realidade, o papel do vendedor-consultor é cada vez mais relevante, e ele precisa manter-se sempre informado sobre moda para poder orientar os clientes, inclusive os do sexo masculino, cuja vaidade os faz
moda ter cuidados com todas as partes do corpo. MODA DEMOCRATIZADA Conforme Guilherme, a multiplicação de blogs, sites e outros meios democratizou o acesso à moda e tornou o homem em geral mais antenado com o que veste, calça e usa no cabelo e na barba. Mas nem todos são ‘modernos’. Há os que ainda agem de maneira tradicional
e definem na loja o que vão comprar. Assim, os vendedores de confecções e calçados precisam estar preparados para atender a ambos os perfis de clientes. Para alguns, basta ‘apresentar’os produtos. Para os mais informados, porém, é preciso ir além, esclarecer dúvidas, orientar e, por vezes, até mesmo influenciar na escolha de um produto, um procedimento cada vez mais natural e frequente no varejo.
Guilherme destaca “democratização” da moda
Dicas assertivas > Observe discretamente o estilo do cliente logo que ele entra na loja.
impressão. Seja suave e atencioso na medida certa.
> Peça ao cliente que diga o que deseja e onde pretender usar.
> Sapatos são mais do que produtos para proteger os pés. São elementos essenciais ao visual, ao estilo, à aparência, à confiança, ao bem-estar, ao conforto e à personalidade do usuário, ‘coisas’ que nenhum valor paga e que o cliente, se satisfeito, sempre as relacionará à loja onde fez a compra.
> O homem, em geral, é mais objetivo. O atendente, por isso, não precisa apresentar mais do que ele indicou, pois a oferta de muitas opções pode confundi-lo. > Evite ser insistente, ficar ao lado dele, querer vender algo que ele não pediu ou querer definir logo a venda. Ter calma é essencial. > Muitas vezes, o cliente espera por um comentário do atendente em relação ao produto que ficou melhor em seu pé. O vendedor, neste caso, deve ser honesto e objetivo, procurando auxiliar na escolha.
> Sapatos complementam o vestuário e fazem o homem sentir-se elegante, confortável e preparado para todas as ocasiões. Por isso, procure conhecer o que está na moda para saber propor, quando for o caso, os sapatos adequados.
> Dê atenção ao cliente, mas não exagere. Ficar muito próximo ou falar o tempo todo pode passar má
> Não julgue o consumidor pela aparência. Na dúvida, deixe que ele faça indicações do modelo que quer
comprar e onde vai usar. > Por fim, após a venda, se a sua loja permitir (se ela não permitir, proponha que todos passem a fazer isso), leve a sacola do cliente até a
saída, agradeça-o e diga que o espera outras vezes. Gestos dessa natureza surpreendem positivamente o cliente, que fica com boa imagem de você e da sua loja. Em outras palavras, você deixa o caminho aberto para mais vendas a ele.
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moda
Pegadas na areia, só na praia Especialista dá dicas para desenvolver vitrines vendedoras de produtos masculinas para o verão
S
im, a moda unissex é tendência. Peças agênero chegam para incentivar a transformação nos hábitos e costumes. Então quer dizer que, seguindo a tendência da moda, as palavras masculino e feminino estão com os dias contatos? Será que sairemos das caixinhas para sempre, pois uma grande revolução se aproxima para satisfazer ainda mais os desejos dos consumidores? Independentemente de que, apesar das resistências, o processo de quebra de padrões e estereótipos alcance resultados admiráveis, existem formas e estéticas que conquistaram as pessoas que se identificam, gostam ou admiram os chamados produtos masculinos. E essas fórmulas de sucesso de estilo e elegância consagradas pelos figurinos de cinema e televisão, editoriais de moda de revistas e sites ou looks de blogueiros, influenciadores digitais ou celebridades devem ser reconhecidas e absorvidas por qualquer mudança gradual, normal ou brusca. Bem, mas o que é ser normal mesmo? Viva o fora do comum, a fase democrática do sou mais eu e a conscientização para a Moda Sustentável. Coisa de macho já era! ELEMENTOS > Madeira crua e clara, seja em cubos, pedestais, suportes, decks ou mobiliário > Cordas > Palhas e fibras naturais > Bases de pedra, mármore ou granito claros trazem requinte > Vidros e acrílicos transparentes tornam-se quase invisíveis e direcionam a atenção para as mercadorias > Espelho pode, porém muito cuidado para não confundir em vez de atrair > Proibido colocar areia na vitrine 30
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CORES > Siga a Pantone para identificar as cores da estação antes de começar seu processo de criação e confecção da vitrine > Escolha uma cor que destaque os produtos de sua coleção que serão expostos nessa vitrine ou no máximo três cores, pois quanto menos melhor > Cores escuras no verão nunca > Cargo e tons de bege são excelentes, não têm erro, sem contar que servem de base para vários cenários > Azul clarinho acinzentado e verde soda são chiquérrimos > Banana e tangerina (não é alaranjado) vão acender o ambiente com sutileza > Metalizados são versáteis e combinam com diferentes estilos > Cor de rosa apagado trará leveza e distinção às peças
moda MANEQUINS > Manequins nas cores branco, gelo, areia, bege, cinza claro, prata ou ouro > Manequins, bustos de madeira ou metal suspensos > Se tiver cabeça e for usar peruca, o penteado e o corte podem colocar tudo a perder > Cabeças dos manequins com folhas verdes artificiais substituindo perucas > Chapéu, bandanas ou cocar (tipo índio) na cabeça dos manequins MOBILES > Cintos são sua principal matéria-prima. Use e abuse deles com criatividade. Nesse caso, é permitido repetir a mesma referência, aliás, talvez o efeito desejado só se consiga com a repetição e grande quantidade > Bolas transparentes ou coloridas todas iguais ou de tamanhos variados > Estrelas > Balões diferenciados e em grande quantidade > Regadores > Folhas verdes e folhagens que não pareçam fake > Linhas e fios grossos esticados de cima para baixo TECIDOS
OBJETOS > Conchas e estrelas do mar > Barco grande de madeira ou miniatura de barquinhos > Âncoras e tudo que remeta ao mar > Esculturas de barro, madeira ou ferro > Vasos > Almofadas de tecidos frescos > Bicicletas > Pranchas de surf > Guarda-sóis em cores lisas ou estampas coerentes com a coleção > Cubos forrados de tecido > Pincéis, telas, latas de tinta e cavaletes: faça de sua vitrine um atelier de pintura > Lembre-se que calçados no alto evidenciam a sola, coloque-os só se tiver algum diferencial mesmo
> Jeans em lavagens claras ou desgastados (nunca sujos na estação da água) podem forrar chão, cubos e painéis; > Lona de caminhão > Linho > Renas e trabalhos manuais mais rústicos > Cuidado com estampas listradas ILUMINAÇÃO > Nada de cor fria, aquela luz branca quase verde > Lustres de cristal são finos > Tochas e luminárias rústicas > A luz perfeita é a do pôr do sol > Jeff Machado Costa # Especialista em Visual Merchandising # Jornalista 50015/SP, diretor artístico, produtor e vitrinista # 21 2410-2059 e 21 98282-8987 # jeffmachadocosta@gmail.com
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especial A face do novo varejo Confira as sete principais tendências da NRF 2017, maior evento do segmento em nível mundial
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A
CDL Porto Alegre organiza, todos os anos, uma missão para a NRF Big Show, o maior evento de varejo do mundo, realizada em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Organizada pela National Retail Federation, a convenção reúne 30 mil visitantes em três dias repletos de novidades e tendências. A feira aborda temas de grande interesse para o varejo, como gestão financeira, recursos humanos, tecnologia da informação, merchandising, design de lojas, marketing e e-commerce. Paralelamente, a convenção conta com uma exposição de cerca de 550 fornecedores de produtos e serviços para o varejo, demonstrando produtos e tecnologias mais recentes e eficientes no segmento. Nas próximas páginas, você pode conferir os principais destaques trazidos diretamente da NRF Big Show, conferidos de perto pela delegação liderada pela CDL Porto Alegre. Os insights também foram apresentados no evento ZOOM Pós-NRF, realizado no dia 26 de janeiro. Inspire e atualize o seu negócio com o que há de mais avançado no varejo mundial.
especial 01. VENDA EXPERIÊNCIA > Experiência foi uma das palavras mais citadas durante os três dias de NRF Big Show. Em meio a uma concorrência cada vez mais forte de produtos, é a experiência da compra
que acaba se sobressaindo. Grandes marcas reconhecidas mundialmente estão apostando em lojas onde os produtos são coadjuvantes do espetáculo apresentado. O que conta é
o que o produto pode fazer pelo consumidor, como ele irá se sentir participando da marca e o mais importante: a loja não é apenas um ponto de venda, é onde a marca pode ser vivida.
CASE NIKE | A loja permite tudo, inclusive comprar A superloja da marca esportiva localizada no Soho, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, não apenas oferece os produtos ao cliente: ela o ajuda a escolhê-los. Através de óculos de realidade virtual, é possível simular uma corrida no Central Park, enquanto outros aparelhos monitoram o desempenho do atleta para depois oferecer o melhor acessório para o esporte. Além disso, uma quadra de basquete permite que os clientes façam uma pequena partida enquanto uma câmera Kinect analisa todos os movimentos do jogador e, depois, mostra o seu desempenho. São cinco andares voltados para a experiência em sua forma mais avançada.
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especial 02. INTERNET DAS COISAS CADA VEZ MAIS PRESENTE > Internet das Coisas é quando o mundo virtual encontra o mundo físico. Ou seja: as funcionalidades já tão conhecidas virtualmente foram agregadas a fim de facilitar tarefas do cotidiano. Assim como em 2016, a Internet das Coisas
foi abordada com muita ênfase na NRF Big Show deste ano. Cada vez mais, as empresas estão investindo em ferramentas tecnológicas que facilitem e melhorem a experiência de compra de seus clientes. No Brasil, alguns varejistas já têm investido
CASE AMAZON GO. | Just Walk Out Lançada em dezembro do ano passado, a Amazon Go é um dos grandes trunfos da gigante do e-commerce. As lojas Amazon Go, que são físicas e se parecem com um tradicional supermercado, funcionam da seguinte forma: o consumidor entra no local, aproxima o smartphone de um sensor para se identificar, recebe notificações com ofertas personalizadas, escolhe os produtos que deseja comprar, coloca-os em um carrinho e sai da loja. Simples assim. Sem filas, sem caixa. A fatura chega minutos depois em sua conta. Uma atividade comum como ir às compras foi facilitada com a Internet das Coisas, oferecendo praticidade na escolha dos produtos e sem perder tempo com filas.
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forte em tecnologias de Internet das Coisas como forma de aproximar o offline do online. O conceito veio para delimitar uma nova fase na era digital, em que dispositivos e objetos inteligentes são interligados entre si e com as pessoas.
especial 03. PERMITA QUE O CONSUMIDOR CRIE COM VOCÊ > Cada vez mais o consumidor deseja se sentir especial e diferente. Objetos únicos e peculiares recebem atenção, ao mesmo tempo em que os consumidores buscam o objeto perfeito. Grandes marcas já estão proporcionando a experiência da personalização, permitindo que o cliente escolha exatamente o que quer comprar. Por que o consumidor deveria comprar uma camiseta com um detalhe ou um material que não gosta? O objetivo, com a personalização dos produtos, é que seja possível comprar um produto que atenda a 100% das expectativas.
CASE ADIDAS | O acessório perfeito para cada tipo de atleta A loja da Adidas na 5ª Avenida, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, foi inaugurada em dezembro de 2016 e já é referência em novidades. Resgatando a ideia de um estádio, o local oferece ao consumidor a possibilidade de customizar o seu produto. É possível criar camisas e tênis, por exemplo, e escolher o melhor material, forma, cor e design, tudo para que a experiência e o desempenho com o produto sejam os melhores.
04. VALORIZE OS RECURSOS HUMANOS > A NRF 2017 iniciou-se com o discurso de Kip Tindell, presidente da National Retail Federation (NRF). Em sua fala, ele abordou a importância de valorizar os recursos humanos
e de incentivar talentos. Seu pronunciamento ganhou força com o anúncio da criação da fundação Rise Up, que busca o aprimoramento e a educação de profissionais no
varejo. O programa conta com educação básica de varejo, treinamento profissional e prático, além de mentorias. Cerca de 30 grandes varejistas já fazem parte do projeto.
CASE MACY´S | O aprendizado deve ser constante Segundo Terry Lundgren, CEO da Macy’s, é fundamental manter o colaborador motivado. Em painel na NRF, ele argumentou que grande parte dos funcionários que contrata é da geração millenials, conhecida pela necessidade de acumular experiências o tempo todo. A saída? Programas de treinamento que nunca acabam. A cada novo módulo, vendedores aprendem diferentes habilidades que permitem não apenas conhecimento como também possibilidades SEGUE de crescimento dentro da empresa.
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especial CASE GAMESTOP | Dados orientam o negócios 05. DADOS SÃO O NOVO PETRÓLEO > Durante a NRF Big Show 2017, praticamente todas as palestras mencionavam o poder da utilização dos dados. Grandes varejistas compartilharam sobre como a análise das informações permite conhecer melhor o seu negócio e apostar em novas estratégias. Equipes com cientistas de dados já são uma realidade e auxiliam não apenas na captação de dados como também na sua análise e na conclusão dos principais insights que eles oferecem.
A varejista de games, a partir do uso inteligente dos dados dos mais de 50 milhões de membros do seu programa de fidelidade, entrou no ramo de artigos colecionáveis e criou um negócio que alcançou a margem de US$ 300 milhões em apenas dois anos. A projeção é dobrar o valor até 2019. A partir destas informações, a GameStop criou eventos que buscam a aproximação com o seu público e novos produtos voltados a nichos específicos.
06. ROBÔS JÁ ESTÃO PRESENTES > Engana-se quem pensa que a utilização de robôs é algo muito distante. No varejo, eles já estão sendo aproveitados para facilitar tarefas em menos tempo e
de forma mais efetiva. Há robôs que caminham pelas lojas para verificar, em tempo real, quais produtos estão fora do lugar, os que estão faltando e erros na
precificação. Em alguns casos, as máquinas inclusive fazem atendimento ao consumidor, direcionando o público aos atendentes e fazendo as vezes de hostess.
CASE SHELFIE | A prateleira perfeita Criado pela Microsoft, o robô monitora o ambiente das prateleiras e avisa os funcionários sobre qualquer classificação que esteja faltando. Ele é programado para saber como deve ser a prateleira ideal e ajuda varejistas a resolver com facilidade as questões de estoque, além de planejar tendências de consumo dentro do estabelecimento. O Shelfie pode ser aplicado através de um robô que caminhe entre as prateleiras ou através de um drone. 36
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especial 07. REALIDADE VIRTUAL E AUMENTADA > Estas são, sem dúvida, carro-chefe quando o assunto é tecnologia para o varejo. Potencializada no último ano através do jogo Pokémon GO, a realidade aumentada foi abordada através de grandes cases na NRF Big Show. As duas ferramentas estão revolucionando a forma de fazer varejo e facilitando cada vez mais a relação com o consumidor. Os destaques foram os varejistas que estão proporcionando compras em casa como se o cliente estivesse na loja, tudo graças aos óculos de realidade virtual, e a visualização dos produtos no ambiente desejado, aplicando modelos digitais.
CASE SHELFZONE | Visite uma loja onde quiser. Mesmo. A empresa ShelfZone simula um ambiente de loja através de óculos de realidade virtual. Independentemente de onde o usuário está, com o óculos e com conexão ele visita o local e, através de equipamentos específicos, ele pode “pegar” produtos disponíveis na prateleira, ler rótulos, adicionar e retirar produtos do carrinho
e caminhar pela loja. O case da ShelfZone é mais um exemplo de uso de omnichannel (multicanal), sendo a prova da conexão entre loja física, online, aplicativo e realidade virtual. Todas as plataformas estão conectadas e alinhadas para a melhor experiência do consumidor.
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mercado
Uma marca com milhões de fãs De roupa a calçados, Colcci tem uma legião de lojistas satisfeitos e consumidores finais apaixonados
M
arca de referência no segmento de moda jovem, a Colcci é uma unanimidade entre lojistas e consumidores e – por isso mesmo – dona de uma trajetória de sucesso que ultrapassa as fronteiras do País. No Brasil, possui 102 franquias e 1,5 mil lojas multimarcas e, a cada coleção, entre roupas, acessórios e calçados, disponibiliza cerca de 1,8 mil itens, variedade que agrada a comerciantes e usuários. No exterior, está presente em 10 países. Ligada ao catarinense Grupo AMC Têxtil, considerado o maior gestor de marcas de moda da América do Sul, a Colcci possui uma verdadeira legião de fãs e parceiros comerciais satisfeitos, cuja sinergia 38
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se renova por meio de produtos sintonizados com as tendências internacionais de moda, preços competitivos, ações de marketing diferenciadas e identificação de valores, entre outros fatores. “Queremos ir ainda mais longe. Temos um projeto de expansão para atender às melhores lojas de calçados do País, que poderão participar da estrutura montada ao longo dos anos e beneficiar a milhares de fãs que estão na expectativa de comprar seu modelo Colcci”, diz a gerente de licenciados da marca, Elis Regina Vaneli. Conforme ela, no segmento de calçados, os destaques da marca são a linha de tênis femininos, masculinos e infantis lançada em 2016 e os novos
modelos de calçados montados e vulcanizados apresentados no Salão Internacional do Couro e Calçado (SICC), em maio. Na Francal 2017, outras novidades são apresentadas. Desenvolvida por uma equipe de estilo própria, a linha de calçados é produzida por indústrias conceituadas do Rio Grande do Sul e de São Paulo com materiais de qualidade e certificada por instituições especializadas, o que assegura o seu alto padrão de durabilidade, conforto e bemestar. A combinação destes fatores confere aos produtos Colcci um desempenho de vendas crescente de norte a sul do Brasil, como destacam lojistas de vários estados brasileiros nesta reportagem.
mercado Colcci conquistou os cariocas
Elogios à marca Maior cliente multimarcas da Colcci no Paraná, Silvana Tonelli é só elogios à grife, com quem trabalha há cerca de 15 anos e que é responsável por cerca de 50% do faturamento de suas seis lojas – com as bandeiras Trama de Panos, Pé na Lua e Diferenza – em Pato Branco, Palmas e Francisco Beltrão, no sudoeste paranaense; e São Lourenço do Oeste, em Santa Catarina. Silvana afirma que a Colcci é sempre a primeira a trazer para o Brasil as tendências das vitrines internacionais e por isso sinônimo de marca lançadora de moda. “O mix de produtos é muito bom e a marca possui um apelo muito grande junto ao público consumidor, que se identifica com ela por seu estilo descolado e por sua jovialidade”, explica, acrescentando que a coleção de roupas, calçados e acessórios é ‘uma só’, isto é, os produtos
combinam e permitem montar os mais diversos looks. Conforme ela, a coleção é sempre nova, criativa e diferente, exatamente como crianças, adolescentes, jovens e outros públicos querem, o que os mantêm fiéis, admiradores e consumidores da marca. Outra característica é a combinação de qualidade, preço e estilo em suas linhas de produtos, o que, juntamente com as estratégias de marketing assertivas, faz as vendas crescerem cerca de 20% a cada coleção. “A marca nos dá todas as condições de vender. Tem bom posicionamento no mercado, um marketing agressivo, um mix de produtos muito bom, clientes que a admiram e uma margem de ganho adequada. Tudo isso, junto com o esforço de nossas equipes nas lojas, faz o desempenho ser sempre positivo”, esclarece a lojista.
“Estou muito feliz com a Colcci, cujos produtos são muito bons e vendem muito bem”, afirma Heloísa Bassani Marchandt, diretora do Grupo Syndicate, que opera quatro lojas multimarcas na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Conforme ela, a Colcci é a primeira marca em vendas no segmento jeanswear feminino e vem aumentando significativamente sua participação no masculino, superando diversos concorrentes. Isso ocorre, segundo ela, pelo ‘design maravilhoso e pelo preço muito bom’ dos produtos, que conquistam os consumidores nos bairros Campo Grande, Recreio dos Bandeirantes e Barra da Tijuca, onde as lojas estão localizadas. “O pessoal daqui usa muito tudo o que tem a marca Colcci”, destaca. Além disso, enfatiza Heloísa, a coleção é completa. O cliente Colcci tem opções para ir ao shopping, à praia, à festa e à academia. Tem também ampla variedade de calçados e bolsas à disposição para o dia a dia. Com o lançamento da linha de tênis, em 2016, a venda cresceu bastante e deve manter a trajetória positiva nos próximos anos. “A linha de tênis está muito bacana. Tem boa aceitação e certamente vai crescer mais por conciliar características que as pessoas valorizam muito atualmente, o preço e o design”, explica Heloisa. A lojista carioca trabalha com a Colcci há mais de 15 anos e diz que o relacionamento com a marca é de alto nível, tal como os produtos. Vislumbrando novas oportunidades de negócios, ela planeja implantar uma nova loja no Bangu Shopping, no bairro de mesmo nome, em 2018. SEGUE JUL/DEZ 2017 | REVISTA DO LOJISTA DE CALÇADOS
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mercado
Parceria que já dura 20 anos A parceria de Angela Maria Custódia Amarante – diretora da Banana´s Modas, de Lavras/MG – com a Colcci já dura mais de 20 anos e, como ela mesma define, melhora a cada dia. “Mais do que cliente, eu sou fã da Colcci”, afirma a lojista mineira. Em boa parte desse período, a butique conhecida na cidade vendeu basicamente confecções da marca, mas o lançamento da linha de tênis deu um grande impulso aos negócios, que cresceram cerca
de 20% tendo em vista fatores determinantes como conforto, design, moda, estilo e preço dos produtos. “A aceitação tem sido ótima tanto por parte do consumidor feminino quanto do masculino porque os modelos são lindos e combinam com as roupas, que também são lindas”, explica Angela. Conforme ela, a Colcci é a menina dos olhos da loja e representa de 60 a 70% do faturamento mensal. A variedade de
modelos, o conceito da marca e as ações de marketing desenvolvidas atraem clientes de todas as classes sociais e geram negócios crescentes. Além disso, as ações de divulgação feitas pela loja e o sorteio de brindes também ajudam a vender. Em abril, por exemplo, o volume de vendas aumentou 50% em relação ao mesmo período de 2016. “Normalmente crescemos de 15 a 20%, mas neste mês o desempenho foi excepcional”, explica.
Nova loja no Rio Grande do Sul em 2018 Dono de franquias da Colcci em Santa Maria e Caxias do Sul e uma Store in Store em Canoas, no Rio Grande do Sul, o lojista Claudir Dullius projeta para 2018 a abertura de uma nova loja franqueada da marca. A cidade escolhida é Passo Fundo, que ganhará um novo shopping center no próximo ano. O investimento
tem como base o elevado poder econômico da cidade e, principalmente, o conceito da marca Colcci junto aos consumidores, o que se traduz em boas perspectivas de venda para a nova loja. “Trata-se de uma marca reconhecida pelo público, tanto no segmento de confecções quanto no
de calçados. Tem um excelente mix de produtos, um estilo que agrada às diversas faixas etárias e uma perfeita relação marca x qualidade x preço. Por isso, vende muito bem em nossas lojas e é uma das principais marcas com que trabalhamos”, afirma o lojista, que comanda uma rede de 22 lojas, incluindo as franquias Colcci.
“É muito bom trabalhar com a marca”, dizem lojistas de SC O perfil dos parceiros de negócios da Colcci inclui também lojistas que comandam apenas uma loja e – tal como os demais – comemoram o desempenho positivo de seus negócios. É o caso de Uillyan e Franciele Vargas, diretores da GlamWear, de Fraiburgo/SC. “É muito bom trabalhar com a marca, que é o nosso carro-chefe na linha de vestuário”, afirma Uillyan. Ele mesmo explica as razões do sucesso. “A coleção segue as tendências internacionais, se reinventa a cada temporada e está sempre ao par do que há de novo no mundo da moda. Dessa 40
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forma, atende às exigências dos consumidores, que veem na marca uma aliada para vestir-se e calçar em diferentes situações”, revela. Na linha jeans, não há concorrentes para a marca, garante Vargas. Para quem gosta de uma calça com corte reto ou mais justa, a marca supre todas as necessidades. Por essa versatilidade, representa 40% das vendas da loja. A linha de calçados também tem participação de destaque nos negócios. Botas, sapatênis e tênis permitem combinações perfeitas com as peças de vestuário e também têm admiradores fiéis.
mercado
Presença em feiras A participação em feiras é uma das estratégias da Colcci para apresentar sua linha de calçados aos lojistas brasileiros. A marca está presente à Francal 2017, onde exibe seus novos modelos montados, vulcanizados e injetados, como tênis, botas, sapatênis, sandálias e chinelos,
entre outros, para os públicos feminino e masculino (adulto e infantil). Em maio, os visitantes do Salão Internacional do Couro e do Calçado (SICC) 2017, que ocorreu em Gramado/RS, tiveram a oportunidade de conhecer os lançamentos.
COLCCI NA FRANCAL 2017: Rua 7 esquina com Rua 10
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gestão
RAFAEL PERES LINDEMEYER Diretor da Ipsos Loayalty & Mystery
Satisfação do cliente, sim! Confira aspectos que realmente encantam o consumidor e o fazem preferir comprar na sua loja
M
uito provavelmente você já comprou em algum lugar por mais de uma vez. Voltou àquele restaurante em que já comeu anteriormente e do qual conhece o cardápio. Retornou a uma loja para comprar um par de sapatos ou uma roupa nova, mesmo tendo outras opções de restaurantes e lojas de que também gosta, mas no momento da compra escolheu especificamente aquele local novamente. Em outros momentos, desbravou novos lugares, lojas recomendadas por amigos que disseram que valia a pena, por ter visto uma propaganda e por buscar informações que levaram ao interesse sobre o local. São duas situações que a empresa que fornece o serviço, comercializa o produto e que busca o cliente precisa trabalhar com estratégias de retenção e atração de clientes, ambas já muito difundidas em marketing de relacionamento. É claro que, antes de reter o cliente, é necessário atraí-lo, fazer com que ele sinta-se motivado a 42
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provar, experimentar e vivenciar uma experiência de compra. Alguns podem dizer que reter é mais fácil, outros não, porém a tarefa de reter, com certeza, é cada vez mais difícil. Hoje a concorrência é mais acirrada e muitas variáveis podem fazer com que o cliente não escolha o seu ponto de venda, mas sim o do concorrente. O preço ou a imagem de preço percebida, a localização ou conveniência do PDV, o atendimento, o ambiente... Vamos falar em retenção de clientes especificamente. Diante disto, questiono: satisfação do cliente é suficiente? O que você acha? PESQUISAS Dentro dos 20 anos trabalhando com pesquisa, boa parte deles foi do lado do varejo, junto à área de inteligência de mercado. O programa de avaliação de satisfação de clientes, que era conduzido pela área de pesquisa em que eu trabalhava, trazia alguns questionamentos por parte da área de operações, que é a área
que está na ponta, responsável por montar a loja, colocar o produto na gôndola, atender ao cliente e produzir uma experiência de compra agradável. Por muitas vezes, algumas lojas tinham ótimos índices de satisfação, porém baixo índice de faturamento, número menor de clientes, problemas com rentabilidade e outras variáveis que colocavam em risco a continuidade da operação da loja. Mas, por que isso acontecia se o cliente que passava na loja estava satisfeito? Novamente o tema de competitividade vem à tona.
gestão
CONCORRÊNCIA Este mesmo cliente satisfeito acessava outros pontos de venda, dividia seus gastos mensais entre esses locais que costumava frequentar. Por muitas vezes, nem estava mais satisfeito com outro ponto de venda, mas, por questões de conveniência, por ter acesso a produtos ou mix de produtos que lhe atraía ou por ter um acesso mais fácil, acabava comprando em outros locais que não eram as lojas da rede. Chegamos em um novo momento que vai além da mensuração da satisfação de clientes, que agrega a esta variável o olhar sobre o mercado competitivo, em que, além de identificar se o cliente que passa pela experiência de compra está satisfeito, avalia quais os competidores que ele acessa, quanto do seu orçamento ele divide entre diferentes players, quais drivers impactam na satisfação e qual o impacto destes drivers nessa divisão de gastos. Isto significa que é possível mensurar o impacto da variável na satisfação de clientes e qual o retorno monetário se investirmos em cada uma destas variáveis e o quanto podemos “abocanhar” da concorrência se esse investimento for feito.
Retenção & otimização As duas palavras que resumem esta história são retenção e otimização. Reter o cliente é um caminho mais curto para otimizar a lucratividade do negócio, por isso é sempre importante pensar em quais são os programas que você desenvolve para as empresas. O que você quer fazer ou qual tipo de programa você desenvolve em sua empresa? Programas estratégicos de mensuração de relacionamento – em que experiências acumuladas dos clientes permitem entender a
lealdade, a recomendação e o share of wallet; ou programas táticos transacionais – onde você avalia a experiência atual, mais recente, identifica incidentes críticos, a performance e a satisfação dos clientes e atua rapidamente para minimizar impactos que podem ficar maiores ao médio e longo prazos. Os dois programas são muito importantes e devem estar dentro do seu planejamento. Olhe a sua relação com o cliente de forma estratégica, identifique onde você
deve se diferenciar da concorrência e atue taticamente, não deixe que um pequeno incidente vire uma bola de neve e haja rapidamente. E então, seu cliente está satisfeito? Tomara que sim, porém não se esqueça de que o competidor está ali do lado, avalie quais são as principais variáveis que farão você se diferenciar cada vez mais e que permitem otimizar o investimento para trazer um melhor retorno financeiro para o seu negócio!
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tecnologia
AIRTON MANOEL DIAS Administrator, consultor e palestrante adsmark.airton@gmail.com
E-COMMERCE – VAREJO VIRTUAL – LOJA FÍSICA E DIGITAL PLATAFORMA DIGITAL – ONLINE – OFFLINE - OMNICHANNEL APPS - ANALYTICS – BI - MOBILE – MILLENNIALS – GERAÇÃO Z
V
Socorro!
ocê, amigo lojista, e você, caro industrial, já devem ter ouvido e lido muita coisa a respeito de tudo o que colocamos no título deste artigo, e olhe que faltou muita, mas muita coisa mesmo! Imagino que a palavra “socorro” deve ter sido falada ou pensada por você algumas vezes nestes últimos tempos, nos quais o varejo vem passando por uma revolução mundial, com grandes alterações nos procedimentos de vendas e de
conquista do consumidor. Revolução que está afetando as próprias relações comerciais entre lojas e fornecedores. Quer aceitemos ou não, o varejo está realmente em estado de revolução, com alguns especialistas afirmando que estamos vivendo a 4ª Revolução Industrial. Ops! Ou seria revolução digital? Mas, não se assuste: o bicho exige atenção e cuidado, mas não é tão feio assim! Afinal, há muita
gente trabalhando para facilitar a sua vida e a vida de sua empresa, e também para que, através das conquistas digitais, você possa ter seu tempo mais dedicado aos negócios, o que, na prática, significa ter mais tempo para comprar bem para vender melhor. Por falar em bicho, sempre que ocorrem períodos de grandes transformações, como o que agora estamos vivendo no varejo, surge sempre o temido “efeito avestruz”.
“ENFIAR A CABEÇA NUM BURACO E ESPERAR A TEMPESTADE PASSAR PARA DEPOIS VOLTAR À VIDA NORMAL E CONTINUAR A FAZER AS MESMAS COISAS DE SEMPRE!” Esqueça, amigo! Não faça isso, pois o que você pode estar chamando de “vida normal” está com seus dias contados e sem a mínima chance de voltar. Entretanto, a notícia boa é que ainda há tempo para se adequar,
perguntar e informar-se, tirar dúvidas, buscar conhecimento e decidir que futuro você quer para sua loja ou seu negócio, em qualquer área. Só não vale ficar parado, pois desta vez isso pode significar
PARA ONDE IR? COM QUEM E COMO IR? POR QUE IR POR AQUI E NÃO POR ALI? A QUEM OUVIR? O QUE FAZER E COMO FAZER? 46
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exclusão do mercado. Por isso, caso você esteja numa situação parecida com a do nosso amigo da gravura abaixo, parabéns, pois isso é um ótimo sinal. Um sinal de que você está reagindo e não paralisado.
tecnologia A chamada “revolução no varejo” que pode superar, hoje, a casa passa por algo assustador e de que dos 130 milhões de pessoas muitos ainda não se deram conta: os envolvidas diretamente nativos digitais. São chamados assim com os recursos digitais no os consumidores nascidos entre momento de consumir. 1995 e 2000, hoje na faixa de 17 a 22 A tendência da união da anos de idade e, portanto, realmente loja física com o digital é uma nativos digitais, porque desde sua realidade analisada e debatida primeira infância viveram, formaram- por experts mundiais, que se e estão se formando num mundo projetam sérias ameaças totalmente digital, virtual, online ou às lojas físicas que não como queiramos chamá-lo. agirem digitalmente ou que Esses consumidores “digitais”, ignorarem esse novo mundo de todo o mundo que debatem que nasceram com celular na mão e do varejo. acontecimentos e tendências com brincaram na sua infância com seus Alguns relatórios de análise base nessa revolução que está tablets, simplesmente não sabem, indicam que em torno de 30% mudando o varejo mundial. ou não conseguem (ou não querem) das vendas realizadas pelas lojas Entre outros, caso o leitor tenha viver fora de seu mundo, que físicas em 2016 foram influenciadas interesse em conhecê-los melhor, dominam e no qual cresceram. de alguma forma por pesquisas cito o Shoptalk realizado em Las Para quem nasceu em gerações feitas pela internet ou até mesmo Vegas, o World Retail Congress em anteriores, realmente é difícil decididas antes na internet. Dubai, o Euroshop em Düsseldorf e decodificar esse pessoal. a NRF-National Retail Federation, em Só que é fundamental se NOVAS TECNOLOGIAS Nova Iorque. ajustar à realidade deles, nem Novas tecnologias nascem Uma excelente notícia é que, em sempre clara, principalmente rapidamente e aplicativos diversos breve, teremos pela primeira vez um no mundo dos negócios e do surgem da noite para o dia numa importante evento, de amplitude varejo. Aliás, a loja física é de velocidade espantosa, gerando internacional, em São Paulo, apoiado longe o setor que mais sente a gratuitamente informações sobre pela Ablac e pela Abicalçados e radical transformação do consumo tudo o que se possa imaginar e realizado pela Couromoda. Trata-se provocada pelas conquistas digitais com o consumidor absorvendo do Congresso Couromoda Digital, e pelos “nativos digitais”. vorazmente. Ficar fora dessa que será realizado nos dias 9, 10 e Se considerarmos a faixa realidade é dar um passo gigantesco 11 de novembro, no Expo Center etária dos 15 aos 24 anos, estamos para ficar fora do mercado. Norte. Durante três dias, várias falando de quase 40 milhões de Simples assim! palestras e seminários realizados consumidores brasileiros! Quantos Eventos mundiais com foco por importantes profissionais da serão daqui a cinco anos? área digital apresentarão temas Cá entre nós: dá para ficar CONGRESSO COUROMODA DIGITAL do maior interesse para o varejo alheio a tudo isso? e a indústria. 9, 10 E 11 DE NOVEMBRO Esse enorme O objetivo é abrir horizontes, contingente de EXPO CENTER NORTE - SP esclarecer e oferecer caminhos. consumidores é que está Espero que você aproveite e não exigindo novas relações com perca essa oportunidade rara, afinal as empresas e vem influenciando no varejo realizados em vários a revolução do varejo não vai parar e de forma decisiva as gerações mais países nos últimos cinco anos têm nem vai ficar esperando você reagir velhas, formadas por seus pais, tios e dirigido suas palestras e debates por muito mais tempo! avós, alterando o comportamento do para a realidade atual e procurado Grande abraço a todos, bons consumo e envolvendo outras faixas projetar o futuro. Reúnem líderes, negócios e até lá! etárias em todas as classes sociais, o consultores, experts e empresários
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tecnologia
Tecnologias que geram resultados Softwares de gestão, controladores de fluxo, RFID e mídias sociais são aliados dos lojistas
C
onsumidores cada vez mais exigentes, tecnológicos e digitais e concorrência de outros canais obrigam o varejo físico a fazer uso de novas tecnologias para qualificar sua gestão e tornar a experiência de compra dos clientes cada vez mais positiva. Esta necessidade, porém, causa dúvidas na cabeça de muitos
lojistas quanto ao que e como fazer efetivamente. “A implementação tecnológica ou de inovações deve ser feita por camadas, isto é, de forma gradativa, conforme a disponibilidade de recursos e o entendimento dos dirigentes”, esclarece o diretor comercial da Data System Softwares Inteligentes, de Limeira/ SP, Alex Marques.
De acordo com ele, antes de realizar a implementação propriamente dita, o dono da loja precisa estar convicto dos benefícios que terá, o que, em muitos casos, somente é alcançado com uma mudança de cultura. Mas, quando isso ocorre, evitam-se frustrações e asseguram-se melhores resultados no dia a dia.
Softwares de gestão Há uma variedade de softwares de gestão no mercado, alguns dos quais específicos para lojas de calçados e confecções. Eles auxiliam a fazer com que o contato do consumidor com o produto no varejo físico seja o melhor possível e dele se originem relacionamento e afetividade. “O consumidor busca novas experiências nas lojas físicas, que precisam se transformar para atender a esta realidade, algo que torna-se mais fácil com as informações disponibilizadas pelos softwares em tempo real”, acrescenta Marques. O Use, da Data System, é um
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sistema específico para lojas de calçados e confecções. Integra os setores operacionais e gerenciais da loja, desde a entrada no estoque (compras) até a finalização das vendas, eliminando qualquer ineficiência operacional, reduzindo custos, otimizando o tempo dos procedimentos e aumentando a produtividade. Tudo através de uma interface clara e intuitiva, integrada com suporte técnico especializado. Um dos benefícios do sistema édisponibilizar informações sobre todos os consumidores que fazem compras na loja. Quando a venda é por crediário, as informações
costumam ser consistentes, ao contrário de quando é a dinheiro ou cartão de crédito. “Nestes casos, as informações, embora úteis, inexistem, mas é possível tê-las à disposição mediante um cadastro rápido”, explica. O Use também atende a outras necessidades do varejo, como as questões fiscais: NFe, NFCe e SAT Fiscal. “Em cada estado, há uma legislação específica que deve ser observada. Há uma espécie de Big Brother fiscal e, em breve, o varejo será 100% fiscal. Nosso software está preparado para atender a todas as necessidades e exigências fiscais”, ressalta Marques.
tecnologia Controladores de fluxo Tecnologia com uso crescente no varejo físico, os controladores de fluxo, como o desenvolvido pela empresa paulista Virtual Gate, são conjuntos de câmera (fixada na entrada) e softwares que contam os clientes que entram na loja a cada hora. O sistema reconhece a imagem e a transforma em número. Esta informação possibilita ao lojista uma série de análises, como a determinação da chamada taxa de conversão por hora,
isto é, o percentual de pessoas que efetivamente compraram entre todas as que entraram na loja. Outra possibilidade é a determinação da taxa de atratividade, o número de pessoas que entraram na loja entre as que passaram em frente a ela. A partir dessas informações, o lojista pode adotar estratégias e ações para melhorar seu desempenho de vendas, como redefinir os horários de troca de turno e o investimento em
publicidade. “Tem, enfim, uma série de oportunidades de crescimento a partir da melhoria da taxa de conversão e da taxa de atratividade”, explica Marques.
Para atrair clientes, as lojas precisam estar presentes nas redes sociais e, mais do que isso, têm que contar histórias relevantes, isto é, postar conteúdo que interesse aos consumidores. Não apenas
produtos, mas informações que atendam ao que as pessoas buscam em sua vida diária. As plataformas mais utilizadas atualmente são Instagram, Facebook e Twitter, e o varejo precisa fazer uso delas de forma correta, isto é, constante, mas sem exceder os limites.
porém, ainda existem dúvidas em relação ao local em que a etiqueta deve ser colocada, se embaixo da palmilha ou em outra posição, mas os benefícios já são comprovados por lojas que utilizam a tecnologia. A significativa redução do tempo para leitura dos produtos em estoque, por exemplo, é uma das vantagens oferecidas pela tecnologia RFID, cujas informações são integradas por meio de um software, como o Use, da Data System. “A tecnologia RFID
proporciona eficiência ao varejo”, resume Marques. Conforme ele, a necessidade de comprar calçados não vai terminar, mas vai mudar cada vez mais rapidamente a forma de se atender a ela. O desafio do varejo é entender o que está acontecendo e adotar estratégias – leia-se tecnologia e ações nas redes sociais – relevantes para as pessoas, observando, logicamente, todas as exigências fiscais.
Redes sociais
Tecnologia RFID Outra tecnologia essencial ao varejo na atualidade é a chamada Identificação por radiofrequência (RFID). São etiquetas, antenas e coletores que permitem ler à distância as informações sobre os produtos no interior da loja, agilizando as operações de venda e baixa no estoque, por exemplo. A tecnologia tem custo cada vez mais acessível com a redução do valor das etiquetas, em que as informações sobre os produtos são gravadas. No caso do calçado,
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tecnologia
RODRIGO ROLAND CEO da Data System
A importância de automatizar o seu negócio
O
Brasil destaca-se como o quarto melhor desempenho econômico do varejo de moda, de acordo com o Sebrae, movimentando R$ 200 bilhões ao ano. De fato, esse setor apresenta índices mais animadores que os do varejo geral. Em 2016, por exemplo, enquanto o setor de maior peso no índice total do varejo (hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo) não apresentou crescimento, as vendas de tecidos, vestuário e calçados tiveram melhora de 1,5%, segundo dados do IBGE. Investir nesse mercado de grande visibilidade nos impõe diversos desafios. Pudemos notar uma mudança gigantesca nas relações de oferta e consumo nos últimos anos, assim como o aumento e a diversificação da concorrência, com a entrada de várias empresas internacionais no território brasileiro. Outra mudança crucial é a evolução do comportamento do consumidor, que tornou-se mais dinâmico, questionador e infiel, pois compara, pesquisa e compra de onde estiver, através do seu computador ou smartphone. Para empreender com sucesso, é preciso estar atento às tendências do mercado e às mudanças nas relações de produção e consumo. Só dessa forma é possível oferecer uma experiência de compra satisfatória, alinhada às expectativas do cliente. Mas o que é preciso para 50
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conquistar o cliente e consolidar-se no mercado? A combinação de ambiente agradável, atendimento de qualidade, disponibilidade de produtos e tamanhos, rápido atendimento no caixa e pós-venda humanizado são os fatores que garantem a satisfação do cliente. Quem trabalha no varejo sabe que, para tudo isso aconteça de forma organizada, são necessários vários procedimentos e, para que cada uma dessas etapas se realize, é necessário centralizar todas as informações referentes aos processos operacionais, administrativos e gerenciais em uma mesma plataforma, oferecendo uma visão ampla do negócio e do desempenho da empresa, obtendo maior eficiência e dinamismo no gerenciamento do estoque, das vendas, do financeiro e da equipe. EFICIÊNCIA Para atender a essa necessidade, podemos contar com a ajuda de softwares de gestão, especialmente desenvolvidos para o varejo. Quanto mais específico para o ramo de atuação das lojas, melhor é a escolha, pois, além de centralizar o operacional padrão ao varejo, ainda oferecem soluções direcionadas para os desafios cotidianos de cada segmento. O USE (software de gestão completo e direcionado para lojas de calçados e confecções) da Data
System, por exemplo, integra os setores operacionais e gerenciais da loja, desde a entrada no estoque (compras) até a finalização das vendas, eliminando qualquer ineficiência operacional, reduzindo custos, otimizando o tempo dos procedimentos e aumentando a produtividade. Tudo através de uma interface clara e intuitiva, integrado com o suporte técnico especializado no ramo. PROCEDIMENTOS Com o operacional automatizado e integrado, o lojista e a equipe têm as condições ideais para que os procedimentos de loja ocorram de forma simples e dinâmica, podendo investir o tempo e a energia economizados pelo software no relacionamento com o cliente, impactando diretamente no desempenho das vendas. Cliente satisfeito com a experiência de compra é cliente fidelizado. Dessa forma, a escolha de um bom software de gestão, que atenda às necessidades específicas do seu negócio, pode ser decisiva para automatizar todos os procedimentos burocráticos, além de auxiliar na tomada de decisões estratégicas baseadas em números financeiros e gerenciais, de forma que o trabalho de cada funcionário seja mais eficaz, sendo bom para a loja e melhor ainda para o cliente, que encontra um ambiente de compras dinâmico e agradável.
tecnologia
Sapatos feitos à mão e com RFID Grife Sarah Chofakian adota etiquetas inteligentes iTAG para garantir peças únicas às clientes
A
ssim como em outros setores, a tecnologia RFID – Identificação por radiofrequência – conquista espaço no setor calçadista devido aos benefícios que oportuniza, tais como redução de desperdícios, gestão de inventários, simplificação logística e aumento da produtividade. A grife paulista Sarah Chofakian, com mais de 18 anos de história no segmento de moda, adota a solução em tecnologia RFID desenvolvida pela iTAG em suas peças. Com ela, os sapatos feitos de maneira artesanal têm números serializados que tornam cada peça única e trazem ainda mais comodidade para a cliente no pós-venda. Estes números estão gravados em uma etiqueta inteligente, composta por antena e chip, que contém e ‘repassa’ as informações de cada exemplar. Com a nova tecnologia, todos os componentes de fabricação já vêm identificados com etiquetas inteligentes, o que facilita o processo de produção e aumenta a produtividade, além de evitar desperdícios e oferecer controle preciso do estoque de matériasprimas. 52
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Com uma produção média de 1,6 mil pares de sapatos por mês e uma linha feminina feita à mão, a grife Sarah Chofakian, que está presente nos principais shoppings e endereços da moda de São Paulo, adotou a tecnologia RFID da iTag também para rastrear o processo de distribuição de seus produtos. CONTROLE Com sede na capital paulista e outras cinco filiais de venda direta ao público, a Sarah Chofakian precisava dar um número individual, um RG, para cada sapato que fabrica. “Não havia até então controle de identificação dos itens com o mesmo SKU ou unidade de manutenção de estoque”, diz Luiz Benine, diretor administrativo e financeiro da companhia. A principal mudança com a implantação da tecnologia é que a marca conseguiu proporcionar um serviço de garantia e reparos mais eficiente e controlar processos internos de movimentação de produtos entre lojas, rastreando a origem de cada item. O sistema utiliza o padrão RFID passivo EPC UHF, da GS1, com
o intuito de facilitar a distribuição dos produtos, comercializados inclusive no exterior. Cada loja foi equipada com um RPad e um leitor RFID de mesa ou balcão, utilizado para o controle de entrada e transferência de sapatos da loja matriz para os outros pontos de vendas. A adoção da tecnologia não alterou o layout original dos estabelecimentos. No Centro de Distribuição, a companhia
instalou um portal para finalizar as ordens de produção de calçados que chegam das oficinas, otimizando o processo de transferência para as lojas. Para isto, foram utilizados no portal antenas e leitores Edge50. SEGUE
>>
tecnologia Desafios na implantação do sistema A Sarah Chofakian utiliza mensalmente uma média de 4 mil tags adesivas iTag RFID, com chip EM 4124, e enfrentou dois desafios principais de implantação. O primeiro foi identificar a melhor maneira de inserir as tags no interior dos sapatos, já que a etiqueta colada na palmilha do produto possui elementos metálicos, o que poderia dificultar a leitura por RFID. Outra dificuldade foi achar a melhor maneira de trabalhar com leituras em lojas de pequenas dimensões, evitando
a captura de informações de um item qualquer – armazenado em uma prateleira, por exemplo - no momento da venda de outro produto. Os desafios, no entanto, foram compensados pelas conquistas. Até agora, a informação adicional – por contar com o número de série de cada produto – permitiu melhorar o rastreamento de cada item, inclusive nos processos fabris. “Quanto à automação, ainda não consideramos um benefício
concreto, pois precisamos redesenhar algumas etapas junto com a iTag”, afirma Benine. Sobre os próximos passos, o dirigente afirma que a empresa está criando uma política de troca e garantias com benefícios no pós-venda além dos que a lei a obriga. A ideia surgiu como resultado da integração do sistema RFID com o sistema de gestão empresarial ERP, fornecido pela empresa Verup, além do uso do banco de dados sobre a identificação dos produtos em cloud computing.
Emissão de tags Com a RFID, ao inserir um pedido de compra no ERP, as tags são emitidas e enviadas junto com o pedido ao fornecedor. Daí em diante, cada item recebe internamente a tag que leva a sua identificação. Estes itens são entregues no CD, onde são feitos o controle de qualidade e a distribuição dos calçados para os canais de venda: lojas, atacado, e-commerce e exportação. O controle de estoque e informações gerenciais para a política de garantia ao consumidor teve benefícios com esta nova operação envolvendo a identificação por radiofrequência.
As tarefas do middleware da iTAG são voltadas para a gestão de impressão e serialização de etiquetas RFID no padrão EPC Gen2. Além disso, o sistema realiza todas as leituras de entrada e saída das etiquetas RFID, em todos os processos, cruzando as informações com o ERP. Assim, o principal papel exercido pela iTAG, além de realizar toda a implantação do sistema RFID, foi desenvolver o projeto e os novos processos de negócios, realizando ainda a manutenção e o suporte necessários ao bom funcionamento
da solução. “A implantação foi mais longa do que esperávamos”, explica Benine, “por dificuldades específicas dos nossos produtos”.
Depois de solucionar os desafios, afirma, a empresa vai pontuar as próximas etapas para obter o máximo da tecnologia RFID.
Facilidades no pós-venda A nova solução facilita o pós-venda com a cliente, já que qualquer reparo ou serviço de garantia pode ser realizado
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com muito mais agilidade. Além disso, a tecnologia também facilita controle de processos internos, como, por exemplo, a
movimentação de produtos entre as lojas, rastreio da origem e do destino de cada item, agilizando e finalizando as vendas diretas.
faça negócios no polo que calça o país
FEIRA DE CALÇADOS DE NOVA SERRANA
15 A 17 | AGOSTO | 2017 10 ÀS 19H centro de convenções de nova serrana
fenova.com.br
perfil
MAYARA ALYNE DA SILVA Jornalista
Você tem um sonho?
A
paixão de Vanderlei Kichel – CEO da SetaDigital, desenvolvedora de sistemas voltada exclusivamente ao varejo de calçados - surgiu muito cedo. Aos 14 anos, fez um curso de informática, no qual teve seu primeiro contato com o computador - um PC XT, um dos primeiros computadores pessoais, novidade da época. “Eu chegava a sonhar com o computador. Sempre que tinha oportunidade, estava mexendo, testando coisas, programando, aquilo me fascinava”, conta. Nascido na pequena cidade de Itapejara d’Oeste, no interior do Paraná, ele decidiu ‘criar asas e voar’. Primeiro, para Ponta Grossa, onde formou-se em contabilidade e teve sua primeira empresa com um colega, e, depois, para Cascavel, onde conheceria o amor de sua vida. Vanderlei já fez quase de tudo. Foi office-boy, encarregado do departamento pessoal em uma mina de talco, programador e outras atividades. Trabalhou em várias empresas, mas sempre com os olhos no futuro, alimentando o desejo de ser empreendedor. “Sempre fui
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Ele tinha tudo para desistir de ser um empreendedor, mas nunca deixou de acreditar de usar a tecnologia para fazer a diferença na vida das pessoas
atraído pela tecnologia. Percebi que eu poderia ajudar as pessoas através dela e comecei a desenvolver sistemas. Passavamse horas e eu ficava ali envolvido, mexendo no computador. Não era um trabalho, mas sim uma diversão que eu fazia com o maior prazer”, conta empolgado. Foi no Mirc (antiga rede social) que ele conheceu Rosimar Busse Kichel, sua esposa. Casaram-se, e desse casamento nasceu a SetaDigital. SETADIGITAL E A CRIAÇÃO DE UM PROPÓSITO Chamado de ‘louco’ por muitos, Vanderlei já teve duas empresas e há mais de dez anos criou a SetaDigital – Sistemas para Lojas de Calçados. Pode-se dizer que ele é sim um louco sonhador, mas com os pés no chão. Na busca por fazer diferente com conhecimento e inovação, ele conheceu um livro muito especial – Organizações Exponenciais, dos autores Salim Ismail, Michael S. Malone e Yuri Van Geest. O livro conta sobre como organizações exponenciais crescem dez vezes mais que seus concorrentes através da criação
de um propósito transformador massivo, que impacte positivamente o maior número de pessoas possíveis. Foi em uma reunião de planejamento estratégico com os líderes de equipe que nasceu o propósito da SetaDigital: fazer a diferença na vida das pessoas. E tinha mais. Também queriam realizar o sonho de ajudar um bilhão de pessoas a serem mais felizes com seu calçado novo até 2030. “Quando a empresa tem um propósito, ela passa a funcionar como um centro de gravidade, atraindo pessoas que acreditam que esse propósito é verdadeiro e importante. As primeiras pessoas a serem impactadas são os colaboradores da equipe, que ficam mais motivados e conseguem perceber que o seu trabalho tem um sentido e que pode impactar milhares de vidas”, contextualiza. EU PRATICO, TU PRATICAS Com o propósito claro, agora era preciso engajar os funcionários a serem os disseminadores da ideia. “Muitas vezes, a tecnologia existe, mas ela
Foto: Bruno Vanzela
perfil
Vanderlei e Rosimar Kichel na Sapati
está distante das pessoas. Nosso papel é entender o mercado, o que as pessoas precisam e fazer com que a tecnologia chegue até elas de uma forma simples, rápida e confiável”, ressalta. Movido por desafios, o CEO queria sentir na pele o que seus clientes viviam. Foi então que surgiu a Sapati. “Criamos uma loja de calçados de verdade dentro da empresa, assim conseguimos sentir as dores dos clientes e pensar em soluções mais assertivas. Eu costumo chamar a Sapati de loja laboratório, é lá que nós
testamos as novas tecnologias antes de colocá-las no mercado”, conta. A ideia do propósito impactou pessoas logo de cara. Os colaboradores passaram a acreditar ainda mais na empresa, no seu trabalho e no seu potencial. É realmente como se fosse um centro de gravidade, atrai pessoas com crenças iguais ou semelhantes aos da empresa. “Sempre lembro os colaboradores da importância que tem o trabalho deles e impacto que vai causar”, diz o CEO da SetaDigital.
DESCOBRIR A ESSÊNCIA DA EMPRESA O propósito não precisa ser bonito, mas ele tem que ser verdadeiro e focar nas pessoas. No futuro, as empresas vão ser confundidas com o seu propósito, ou seja, o seu cliente vai comprar na sua empresa porque acredita no seu propósito. “Acredito que empresas com um propósito verdadeiro vão ajudar a construir uma sociedade melhor e a tornar as pessoas mais felizes. Então, mãos à obra. Vale a pena”, finaliza.
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contatos Anunciantes, empresas, feiras, profissionais e entidades citados nesta edição
ABLAC • 62 99669.0133 e 11 4506.3023 www.ablac.com.br Páginas 3, 4, 6, 10, 12 e 14 ADIDAS www.adidas.com Página 34 ALA • 48 3939.3000 www.calcadosala.com.br Páginas 16 e 17 ALEX MARQUES • 19 3701.6600 www.datasystemnet.com.br Páginas 48 e 49 AMAZON www.amazon.com Página 34 BANANA´S • 35 3821.3716 Página 40 BEIRA RIO • 51 3582.2200 www.beirario.com.br Página 7 BOTTERO • 51 3543.5400 www.bottero.net Página 23 CDL PORTO ALEGRE • 51 3017.8000 www.cdlpoa.com.br Página 32 COLCCI • 47 3247.3150 www.colcci.com.br Páginas 38 a 41
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GLAM WEAR • 49 3246.3820 Página 40 IPSOS LOYALTY • 45 3222.7511 www.ipsos.com.br Páginas 42 e 43 ITAG TECNOLOGIA • 11 2886.3615 www.itagtecnologia.com.br Páginas 52, 53 e 54 ITAPUÃ • 27 2124.7785 www.itapua.com Página 02 JEFF MACHADO COSTA • 21 2410.2059 Páginas 30 e 31 KANTAR WORLDPANEL • 11 4133.9700 www.kantarworldpanel.com.br Página 10 KIDY • 18 3643.2500 www.kidy.com.br Páginas 18 e 19 KLIN • 18 3643.7000 www.klin.com.br Página 13 LOJAS PAQUETÁ • 51 3342.6788 www.lojaspaqueta.com.br Página 20 LOJAS POMPEIA • 51 3328.7700 www.lojaspompeia.com.br Páginas 28 e 29
ORTOPÉ • 51 3599.8050 www.ortope.com.br Página 60 PASSARELA • 11 4585.4100 www.passarela.com.br Página 24 PATRUS • 31 2191.1000 www.patrus.com.br Página 9 PEGADA • 51 3393.2700 www.pegada.com.br Página 11 RAMARIM • 51 3565.8100 www.ramarim.com.br Páginas 4 e 5 RODRIGO ROLAND • 19 3701.6600 www.datasystemnet.com.br Página 50 SAPATI • 45 3222.7511 www.setadigital.com.br Página 22 SETADIGITAL • 45 3222.7511 www.setadigital.com.br Páginas 56, 57 e 59 SHELFIE • www.shelfie.com Página 37
COUROMODA • 11 3897.6100 www.couromoda.com Páginas 44, 45, 46 e 47
MARCONE TAVARES • 82 2121.0824 www.abys.com.br www.ablac.com.br Páginas 3, 4, 6, 10, 12 e 14
DATA SYSTEM • 19 3701.6600 www.datasystemnet.com.br Páginas 48, 49, 50 e 51
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