Diagnóstico de Análise São Sebastião, Distrito Federal Área de interesse analisada com o objetivo de leitura do território. Compreensão das pré-existências do território para a concepção do projeto.
Etapa que antecede o projeto preliminar para o parque urbano.
Secretaria de Estado de Gestão do Território e Habitação SEGETH Paulo Victor Borges Ribeiro Gabriela Figueiredo Alves Máwere Portela 2018
Sumário
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Contextualização geral da proposta
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Análise serial: percepção humana no espaço, caráter topoceptivo e apropriação humana
Situação do terreno na metrópole brasiliense e na região administrativa
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Levantamento da morfologia do entorno
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Memória e identide local
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Análise socioeconômica do entorno
Análise da mobilidade Macroacessibilidade
Cronologia histórica de São Sebastião e identidade do sujeito
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Análise sociológica Análise do comportamento ambiental dos usuários individual e coletivamente
Estruturas e Tecidos urbanos da área de interesse Legislação urbanistica aplicada ao local
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Análise visual expressiva e simbólica
Microacessibilidade 9
Dados populacionais, etários, de gênero, de renda e de escolaridade da respectiva regional.
Análise do mobiliário urbano, infraestruturas e da acessibilidade ao pedestre Mobiliário Urbano Infraestrutura
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Análise da sustentabilidade ambiental Sítio físico: caracterização da geomorfologia do entorno e mapeamento das classes de declividade do terreno, tipos de solos, linhas de drenagem das águas pluviais. Bacia Hidrográfica Recursos Florestais Biclimatologia Poluição Ambiental
Acessibilidade ao pedestre
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Mapa síntese com as potencialidades e fragilidades da área Mapa que cristaliza as principais informações críticas e analíticas levantadas e que servirá de base conceitual e formal para a proposta
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Contextualização geral da proposta A cidade de São Sebastião está situada na extremidade sul do Distrito Federal, na bacia hidrográfica do São Bartolomeu. Por extensão, parte de sua área pertence a Área de Preservação Ambiental do Rio São Bartolomeu, criada pelo Decreto Federal n°. 88.940, de 1983 atribuindo uma avaliação de toda a Região Administrativa sob regras e critérios de tal unidade de conservação (F. S. Araújo, Mara, São Sebastião – DF). Anteriormente, a cidade de São Sebastião estava inserida no contexto da Região Administrativa do Paranoá / RA VII, e atualmente, devia a Lei 167, de 25/06/1993, é classificada como Região Administrativa n°. XIV de São Sebastião, oficialmente.
Localização da área de interesse São Sebastião - RA XIV
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Levantamento da morfologia no entorno
Mapa de contraste entre vazio e construído escala de inserção
Mapa de contraste entre vazio e construído escala do terreno
Mapa de ciclovias existentes área de interesse
Mapa de hierarquia viária área de interesse principal coletora local
Diretrizes Urbanisticas Mapa de equipamentos públicos área de interesse educacional segurança saúde
térreo
2 andares
3 andares
4 andares
A altura máxima da edificação, a partir da cota de soleira fornecida pelo órgão competente da Administração Regional é de 9,50 m (nove metros e cinquenta centímetros), e corresponderá à parte mais alta da edificação, excluindo-se caixa d’água e casa de máquinas. É obrigatória a reserva de área verde (arborizada e/ou ajardinada) dentro dos limites do lote, onde será proibida a impermeabilização do solo por edificação ou pavimentação, com a taxa mínima de permeabilidade de 20 %. APLC: PDOT –DF / DIUR 06 – 2017 NGB - 106/98
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Memรณria e identidade local
Cronologia da cidade Enquanto o desenvolvimento do Plano Piloto atingia o apogeu de execução de um sonho, a dispersão do Distrito Federal era a cada vez mais consolidada, devida a apropriação do solo por operários e migrantes do norte do país. As cidades circundantes ao núcleo do território do Distrito Federal eram controladas por decisões governamentais, que exerciam a gestão territorial e controle do grande contingente de população que crescia aceleradamente na nova capital do país. Tendo em vista os problemas de controle de crescimento e ordenação territorial no Distrito Federal, o caráter linear de desenho urbano foi sendo a cada vez mais praticado, em função de um planejamento urbano tecnicista, estruturado nas vias principais, que já articulavam o núcleo e áreas periféricas do Distrito Federal. São Sebastião, assim como todas as cidades satélites que surgiam no território, teve sua origem em consequência da aglomeração espontânea da população, abrigando uma área dispersa do Plano Piloto. A cidade atingia uma particularidade, através da locação de olarias e pontos de fabricação de materiais de construção, para o suprimento de demandas que aconteciam no desenvolvimento do Plano Piloto, estimulando a ocupação de operários nesta área.
Após a fase de execução da capital, a desativação das olarias e usinas de fabricação incentivou o adensamento na área, com a ocupação indevida de grileiros e parcelamentos clandestinos, direcionados às classes médio-baixa e baixa. São Sebastião foi sendo consolidado de forma espraiada e sem o devido ordenamento territorial, capaz de uma apropriação em função do potencial paisagístico e ambiental característico da área. Após parte de sua área ter sido consolidada por ocupações irregulares, foi previsto um planejamento urbano sem nenhuma sensibilidade com a área, atingindo um modelo rígido de desenho urbano pelos órgãos governamentais da época, parcelando o solo em beneficio do automóvel, afirmando uma estrutura urbana totalmente desprovida de qualquer qualificação de espaços públicos e equipamentos.
O sujeito e o território
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Ă nalise socioeconĂ´mica do entorno
Análises socioeconômicas
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Anรกlise da sustentabilidade ambiental
Sítio Físico A cidade de São Sebastião está assentada sobre as rochas da Formação Serra do Landim, do Grupo Canastra que apresenta as lentes de mármores responsáveis pelos poços com vazões anômalas dentro do contexto do Distrito Federal. Essas lentes de mármore encontram-se interdigitadas a filitos cortados por veios de quartzo, conforme relatado em relatórios de perfuração de poços construídos pela CAESB. Assim, de acordo com a descrição desses perfis, os filitos são laminados com presença frequente de veios de quartzo. Apresentam coloração esverdeada que pode variar para tons de marrom e amarelo. Em alguns perfis é descrita a passagem gradacional do filito para os calcários. Fonte: (MOTA SOUZA, Michelle)
Geomorfologia
Solo
Novaes Pinto (1994) propôs dividir o DF em três compartimentos geomorfológicos, quais sejam: Região de Chapadas, Áreas de Dissecação Intermediária e Região Dissecada de Vale. Tal compartimentação se baseou nas características topográficas, altimétricas e de cobertura de solos e de vegetação.
De acordo com o mapeamento realizado por Joko (2002), na região de São Sebastião são encontradas as seguintes classes de solos: latossolo vermelho, latossolo vermelhoamarelo, cambissolo, organossolo e nitossolo.
Martins & Baptista (1998) propuseram uma compartimentação geomorfológica para o Distrito Federal tomando por base, além das feições de relevo, as relações entre os processos morfogenéticos atuantes na paisagem: pedogênese, erosão e deposição. Assim, definiram cinco compartimentos: Chapadas Elevadas, Planos Intermediários, Rebordos, Escarpas e Planícies.
Fonte: (MOTA SOUZA, Michelle)
Planos Elevados: compreende toda a porção oeste da área englobando os condomínios horizontais do Jardim Botânico e o bairro Jardins Mangueiral onde a cota altimétrica é superior a 1100 metros. Trata-se do bloco não abatido (Horst) pela falha normal neotectônica cujo topo apresenta relevo plano e espessa camada de latossolos devido à predominância de processos pedogenéticos nesse ambiente. Vales Dissecados: na área do projeto compreende as porções rebaixadas cuja declividade está entre <2 e 10%. Localmente podem ocorrer declividades maiores. Correspondem, portanto, à área do gráben propriamente dito que abriga a cidade de São Sebastião, os vales dos córregos e ribeirões e suas várzeas. Compreende as áreas com cotas inferiores a 975 metros. Esse compartimento recebeu todo o aporte de sedimentos resultante da erosão da porção mais elevada. Os solos existentes nesse compartimento são bastante espessos, tanto em função dos sedimentos transportados e depositados sobre sua superfície quanto pela favorabilidade ao desenvolvimento de processos pedogenéticos. Rampas Íngremes: perfaz o contato entre os dois compartimentos anteriores, apresentando relevo acidentado com declividades acentuadas, superiores a 10% e até superiores a 20%. É nesse compartimento que se encontram as nascentes das drenagens que cortam a área, sendo comum encontrar fragmentos rochosos na superfície do terreno visto que 17 ali predominam os processos erosivos. É caracterizado por estar situado entre as cotas 975 a 1100 metros.
Os latossolos estão associados à regiões de relevo plano à suave ondulado, comumente em áreas de chapada onde a declividade é, no geral, igual ou inferior a 5%. Assim, nessas áreas ocorre o desenvolvimento de espessas camadas desses solos (da ordem de dezenas de metros), pois é favorecida a infiltração da água de precipitação pluviométrica em detrimento do escoamento superficial, de tal modo que a exposição prolongada das rochas à percolação da água promove intemperismo químico intenso e profundo nas rochas. No que concerne a área do projeto, os latossolos vermelhos e vermelhos-amarelos ocorrem nas porções oeste e sul do seu polígono, associados às áreas de topo de Planos Elevados, bem como às áreas de Vales Dissecados.
Bacia Hidrográfica A cidade de São Sebastiao está localizada ao Sul do Distrito Federal, na bacia hidrográfica do Ribeirão Santo Antônio da Papuda, um dos afluentes do rio São Bartolomeu. Parte de sua área está na Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio São Bartolomeu. Bacia do Bartolomeu
Topografia - 5m
Contraste dos maciços vegetais existentes
Resíduos sólidos existentes no local
Característica da vegetação existente
Recursos Florestais O Distrito Federal tem 100% do seu território na área nuclear da região do Cerrado, o segundo maior bioma do Brasil em área, que ocupa aproximadamente 203 milhões de hectares na porção central do território brasileiro. A composição florística dos diferentes tipos de vegetação do Cerrado é apenas parcialmente conhecida. As famílias Leguminosae, Compositae, Orchidaceae e Gramineae são as mais ricas do Cerrado. O número de taxa por formação existente no bioma Cerrado corresponde a 2.055 nos campos, 2.540 nas florestas e 2.880 nas savanas. As plantas invasoras/ruderais para o bioma Cerrado são de 456 espécies. Em sentido fisionômico, floresta representa áreas com predominância de espécies arbóreas, onde há a formação de dossel, contínuo ou descontínuo. No Cerrado, existem as seguintes formações florestais: Mata de Galeria, Mata Ciliar, Mata Seca e Cerradão.
Biclimatologia De acordo com a classificação de Köppen (apud Campos, 2010), o Distrito Federal tem clima do tipo tropical úmido cuja sigla, Aw, remete a um clima tropical com inverno seco. Assim, a marcante sazonalidade climática é sua principal característica: o inverno, compreendido entre os meses de maio e setembro, é frio e seco, e o verão, no período que vai de outubro a abril, é quente e úmido. As chuvas no DF se concentram no período correspondente ao verão do hemisfério sul, sendo as médias mensais entre os meses de novembro e fevereiro superiores a 200 mm. Entre os meses de maio e setembro, compreendendo o período seco, a média de precipitação é inferior a 50 mm (Figura 2.7). A média anual no DF pode variar de 709 a 1890 mm (Campos, 2010). A temperatura do ar também sofre importante influência da variação altimétrica de uma área. No DF observam-se valores de médias mais elevadas nas regiões correspondentes ao compartimento de Vales Dissecados (depressões) e, mais baixas nos compartimentos de Planos Elevados (chapadas). No período seco a insolação no DF é maior que no período chuvoso devido à escassez de nebulosidade, acarretando numa maior evaporação da água. O resultado disso é um déficit de água no solo entre os meses de maio e outubro e um superávit entre novembro e abril (Campos, 2010).
Percurso solar
Mapa de poluição sonora intensidade de som
Microclima local
Poluição ambiental
Atualmente, maior parte de sua área recebe incidência solar durante todo dia. Existe concentrada a noroeste, uma densidade arbórea significativa, que contém boa parte desta incidência solar.
No caso de mapeamentos urbanos, tem sido comprovado que o tráfego rodoviário é um dos maiores poluidores ambientais (NUNES, DORNELLES e SOARES, 2000).
A posição do terreno é beneficiada pela predominância dos ventos do leste, permitindo um microclima agradável durante o dia, apesar da baixa concentração arbórea nesta área em especifico. Outro fator considerável para o microclima do território é a característica topográfica, cujo o terreno posiciona-se em uma cota superior que recebe grande potencial de ventilação, além da incidência de sol.
O transporte veicular, seja por automóveis, motocicletas, ônibus, vans ou caminhões, beneficia a população, mas a sua concentração em pontos específicos produz a contaminação sonora do ambiente e prejudica o bem estar local da população (GAVINOWICH e RUFFA, 2000). A área de interesse está situada a margem da principal via de fluxo de automóveis de São Sebastião, garantindo grande poluição sonora pelo trafego excessivo de veículos.
O sombreamento da área é percebido no perímetro do terreno, na extremidade norte e oeste, com a presença de massa vegetativa de espécies variadas, típicas do cerrado. Como diretriz de projeto, é necessário rever o posicionamento dessas massas vegetativas, de acordo com a integração dos fluxos e zoneamento do programa.
O tráfego de veículos tem sido a principal fonte de ruído ambiental devido ao aumento no número de veículos em circulação, aos fluxos de veículos e ao percentual de veículos pesados (TEIXEIRA e TENENBAUM, 2000b), característica presente no território de análise.
6
Anรกlise visual
expressiva e simbรณlica
Tipologias edilícias
Casas térreas traçado regulador efêmero
Edifícios de até dois pavimentos traçado regulador rígido
Sobrados herança de fachadas bandeirantes
Equipamentos públicos caráter imponente
Percepção do território O território abrange tudo o que suporta a arquitetura, desde sua concepção até sua construção, tornando-se envolvente no lugar. São Sebastião possui uma história marcada pelo pioneirismo do operário, em busca de pertencimento no território, construindo a identidade desta área e deste povo que hoje lhe habita. O terreno está inserido em um território já consolidado, através da construção. É perceptível a falta de envolvência entre construção e natureza, mesmo com o grande potencial paisagístico da área, através dos vales e chapadas que contornam o território construído. A área de intervenção é precária em ambientes de permanência capazes de envolver as atividades humanas, com o potencial da área e a natureza existente.
Escalas A cidade de São Sebastiao está localizada ao Sul do Distrito Federal, na bacia hidrográfica do Ribeirão Santo Antônio da Papuda, um dos afluentes do rio São Bartolomeu. Parte de sua área está na Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio São Bartolomeu.
Arquitetura Existe uma variedade tipológica edilícia, que conforma as áreas construídas de São Sebastião, afirmando uma arquitetura efêmera, que nasce das necessidades do ser humano perante sua permanência e consolidação no espaço urbano. É perceptível que esta variedade tipológica segue em função das diferentes classes econômicas e sociais que abarcam a região, definindo o meio com pluralidades de identidade, que unidas configuram a cidade. Irregularidades ainda são vistas, através de ocupações informais que marcam o território na busca por moradia. A materialidade é típica das técnicas de construção convencionais, como vedações em alvenaria e aberturas acrescentadas conforme as necessidades individuais.
Percepção no terreno
Primeira percepção
Compreensão da inserção no tecido urbano transição
Amplitude e sensação expansiva no lugar
Linearidade do terreno em função do limite da via
Topocepção Tendo em vista o conceito de topocepção como o potencial humano de leitura e compreensão do espaço circundante, foram observadas as qualidades edilícias e experiências do indivíduo que supostamente irá reconhecer o espaço e ali se afirma-lo. O deslocamento visto acima reconhece as sensações do indivíduo no terreno, identificando o grande potencial da área quanto à leitura territorial, pela amplitude em função de grandes espaços abertos, atribuindo o caráter de mirante para a topografia acentuada. A inserção no tecido urbano garante ao ser humano a afirmação de pertencimento e sensação de acolhimento, tornando a área acumulada de sensações quanto à análise topoceptiva.
Primeiro contato com a superfície vista
Maciço arbóreo existente natureza
Espaços transitórios entre as vias de tráfego
Segundo contato com a transição entre natureza e construção
Percepção no sentido oposto
Marco simbólico – andaime como ponto
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Anรกlise sociolรณgica
Mapas
Fluxos existentes - efĂŞmeros
Pontos geradores de atividades
Pontos geradores de conflitos sociais
Indícios de apropriação estímulo de permanência
Atividades locais e comportamento As variadas atividades comerciais que ocorrem nas áreas adjacentes ao terreno pertencem à construção civil e oficinas de automóveis, gerando um público alvo masculino e com interesses homogêneos. A intensidade destas atividades diariamente intensifica a dinâmica na área, sendo perceptível pelos usuários que frequentam o local. Existe uma precarização de espaços atrativos no terreno, pela falta de mobiliários urbanos e equipamentos públicos que gerem intensidades de usos na área. Atualmente, a inserção dos indivíduos no espaço é inexistente, logo, a área é vazia de atividades e não garante expectativas de uso para quem convive nas proximidades do lugar. O terreno está inserido em um tecido urbano já consolidado, vasto de tipologias edilícias e indivíduos de interesses diversos, pela heterogeneidade social e econômica presente. Apesar da intensidade de sombreamento dos maciços vegetais dispersos no local, o vazio existente na área é o principal influenciador da falta de usos no local, gerando uma área sem caráter comportamental.
Fluxos existentes A marcação dos fluxos existentes é percebida pelo desgaste do solo em comparação com as gramíneas existentes na área, articulando de maneira efêmera o terreno com o tecido urbano, além das atividades que acontecem nos limites da via. Os percursos acontecem transversalmente ao terreno e longitudinalmente ao mesmo, acompanhando o traçado linear que configura a área.
Geradores de atividades Os principais pontos de geração de atividades pertencem ao comércio local que abarca o limite da via, garantindo fluxos diários entre usuários pertencentes a São Sebastião e as demais proximidades. As habitações que abrangem a parte posterior do terreno intensificam o movimento na área. Não existem pontos de ônibus no limite do terreno, os que existem, são dispersas e afastadas da área de interesse.
Eventos itinerantes Não foram identificados pontos com o caráter de envolvimento em eventos socioculturais no território de análise, havendo uma precariedade de estímulos para atividades culturais e de lazer, que gerem atratividades para o local e para a população da área.
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Anรกlise da mobilidade
Principais linhas de ônibus e seus corredores de circulação Principais linhas de ônibus: São Sebastião / Lago Norte São Sebastião / Rodoviária do Plano Piloto São Sebastião / L2 Sul – Norte São Sebastião / W3 Sul - Norte Corredores de circulação: Via principal / articulação – sentidos opostos DF 463
Movimentos pendulares sentido Plano Piloto
Mobilidade atual A maior parte dos pontos de ônibus concentram-se na via principal (DF 463), dificultando o acesso de transporte público para quem frequenta e habita as zonas mais periféricas de São Sebastião. Foram identificados pontos de ônibus isolados nas vias coletoras que se articulam com a via principal, atingindo uma baixa circulação de ônibus nestes corredores viários em especifico.
Ciclistas em percurssos diários
Bacia do Bartolomeu
Mapa de hierarquia viรกria รกrea de interesse principal coletora local
Mapa de ciclovias existentes
Ciclovias do entorno
Apropriação de acesso no perímetro da pista
Mobilidade urbana Com o processo de regularização da área, novas vias devem levar em consideração a classificação apresentada pelo PDOT/09 (Anexo V, p. 92) e as vias e deificações construídas. Sendo assim, as vias na cidade são classificadas em vias principais, vias secundário-coletoras, vias locais e vias compartilhadas. As vias que ligam São Sebastião ao Plano Piloto já não suportam mais a demanda de moradores que se locomovem por ela diariamente. Somando isso com o relevo sinuoso, a implantação de novas vias é um tanto quanto delicada. As linhas de ônibus não atende com qualidade toda a comunidade. Em alguns pontos, os usuários tem que andar até 1,2km para chegar a uma parada de ônibus. A única ciclovia existente na área localiza-se na DF – 423, mas só chega até a primeira rotatória da cidade (entrada oeste). Com base em informações coletadas pelo GeoPortal há previsão de implantação de novas trechos de ciclovias na cidade.
via principal
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Anรกlise do mobiliรกrio urbano, infraestruturas e da acessibilidade ao pedestre
Assentamentos sem pavimentação
Baixa acessibilidade existente
Rede de esgoto existente - sistema de drenagem
Mobiliário Urbano O terreno em estudo está localizado em uma área que não apresenta nenhum mobiliário urbano, considerando um raio de 500m, partindo do eixo do terreno. As praças imediatas ao local possuem mobiliários urbanos padrões, sem nenhuma identidade com a cidade e genérico quanto às particularidades existentes. Segundo o MDE 114/09 a Secretaria de Estado de Cultura “encaminhou, via SEDHAB, a criação de duas áreas destinadas à construção de uma biblioteca inclusiva e cinema público”. Apresenta-se também a necessidade de implantar novas paradas de ônibus a sul do terreno. Postes de iluminação segue a lógica do automóvel nas vias, concentrados em função do veículo, ignorando o pedestre e seus fluxos diários. No terreno concentram-se postes com desenho típico, direcionados para a via principal que percorre a lateral do terreno.
Infraestrura No que rege a RA de São Sebastião, a iluminação pública atende a demanda. Observa-se ao sul do terreno que não há iluminação pública eficaz para os pedestres, por isso, é necessário melhorar a iluminação neste trecho. A rede de abastecimento de água atende 95,99% da população, ou seja, o abastecimento de água na região é eficaz. Entretanto, ainda existem áreas sem nenhum acesso a rede de saneamento básico, como esgoto, pavimentação e iluminação pública. Tendo em vista tais problemas, o PDOT/2009 pretende atribuir estas áreas como regularizadas e assim garantir o direito de infraestrura intrínseca ao ser humano e suas condições de vida.
Acessibilidade do pedestre Mobiliário urbano existente
Mapa de iluminação pública intensidade de luz
No que abrange a acessibilidade, o entorno do terreno é precário. As calçadas não possuem a devida fluidez contínua e nem dimensão correta, além da falta de proteção para os pedestres, tendo em vista usuários com mobilidade reduzida, que necessitam de adaptações de acesso para a qualidade de locomoção. A disposição das calçadas é insegura, pela variação de níveis e nenhuma articulação entre as mesmas. Não existem rampas de acesso à indivíduos de mobilidade reduzida ou portadores de deficiência, além da falta de pisos táteis em possíveis calçadas que indiquem faixas de pedestre. Na área circundante ao terreno, não existem faixas de pedestre que conectem as diferentes partes, segregando o local quanto acessibilidade. Como diretriz projetual, é crucial a implantação de um sistema de acesso articulado com as imediações, tendo em vista a qualidade de acesso para quem frequenta o local.
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Mapa SĂntese
Mapa Síntese Potencialidades Apropriação dos maciços vegetais existentes na área de intervenção. Ponto estratégico para atividades socioculturais que potencialize a área. Localização previlegiada, com potencial de marco referencial (recepção). Área inserida em um tecido urbano já consolidado, atribuindo o caráter de intervenção projetual. Topografia acentuada, garantindo uma leitura do território amplamente (mirante).
Fragilidades Nascentes internas ao terreno, fragilizando a área em relação a ocupação. Escassez de iluminação pública internamente ao terreno, dificultando a permanência no local. Falta de qualidade nos fluxos já pré-existentes, que marcam transversalmente o terreno. Deficiência de conexão com as áreas adjacentes, segregando o local. Inexistência de acessibilidade para os indivíduos que frequentam o espaço.
Resposta ao lugar Por extensão, o terreno abarca uma grande área com potencial de tornar-se um espaço convidativo, capaz do indivíduo reconhecer-se no local e integrar-se a paisagem que lhe circunda. As pré-existências permitem a reflexão do modelo de ocupação que aconteceu no passado, pela leitura das diferentes morfologias urbanas pertencentes ao lugar. Cabe decifrar a identidade do sujeito que vive em São Sebastião, carregado de memórias e lembranças de um passado, além de permitir que as gerações futuras usufruam do espaço de maneira consciente, em função do reconhecimento do legado deixado por seus pioneiros, através de um projeto comprometido com as pessoas que ali habitam.
Potencial de mirante na área