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PÃES E BOLOS

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Indústria de biscoitos, massas alimentícias, pães e bolos industrializados totaliza crescimento de 4,9% em faturamento no 1º quadrimestre de 2020

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Pesquisa realizada pela Nielsen revela cenário atual do setor e tendências pós COVID-19

A ABIMAPI (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados) divulga as informações do desempenho das categorias as quais representa, referentes ao 1º quadrimestre de 2020. Juntos, os segmentos movimentaram R$ 9,6 bilhões, 4,9% acima do valor alcançado no mesmo período do ano anterior (R$ 9,1 bilhões), desempenho impulsionado principalmente por aumento de preços.

O levantamento realizado pela consultoria Nielsen mostra que, apesar das expectativas positivas de recuperação da economia no início do último ano, 2020 aponta um crescimento tímido pelo atual cenário em que estamos vivendo: pandemia da COVD-19, a alta do dólar e instabilidade política. Contudo, apesar da resistência dos juros, a redução de desemprego e o crescimento da renda total impulsionou o consumo das famílias. crescimento de 3% a 5% em média, que já será um ótimo resultado para o setor”, contextualiza Claudio Zanão, presidente-executivo da associação.

Quando separamos os resultados por categorias, as massas alimentícias totalizaram um aumento de 9,5% em valor e 3,9% em volume, representando R﹩ 2,6 bilhões e 331 mil toneladas, com destaque para as instantâneas com um crescimento 12,2% nas vendas e 7,5% em volume (R﹩ 740 milhões e 45 mil toneladas), respectivamente. “A quarentena gerou um efeito colateral benéfico para muitas famílias: as pessoas estão cozinhando mais em casa. Culturalmente, acreditamos que onde se gasta mais com macarrão é dentro do lar, talvez pela aceitação, pela praticidade em prepará-lo ou pela diversidade que o produto pode trazer, em formatos e combinações de molhos para acompanhar”, ressalta Zanão.

A categoria de pães industrializados registrou um aumento de 6,2% em faturamento e 7,1% em volume (R$1,8 bilhão e 143 mil toneladas). “Com crescimento ano a ano, o prazo de validade dos produtos acabou se tornando fator determinante, especialmente em meio a momentos ruins para a

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economia do país, como o que estamos passando agora frente a pandemia”, pontua Zanão.

Os bolos industrializados, totalizaram um crescimento de 18,7% em faturamento e 14,3% em volume (R$340 milhões e 12,2 mil toneladas), resultado impulsionado pelos canais de compra: super e hipermercados, estabelecimentos que se mantiveram abertos. “A categoria ganha espaço no mercado devido à praticidade. Além disso, fatores como qualidade, preço e saudabilidade determinam as constantes novidades dos produtos”, explica Zanão.

A categoria de biscoitos indicou um aumento de 0,6% em faturamento e uma leve retração de 1,3% em volume (R$ 4,7 bilhões e 363 mil toneladas). Os dados mostram que a venda dos produtos cresceu no varejo moderno, principalmente no C&C (Cash and Carry), mas não compensa a retração do pequeno varejo. Entre os drivers de queda estão: a diminuição de frequência de visitas ao PDV; o efeito ampulheta (segmentos mainstream puxam retração dos recheados) e downsizing (iniciativas da indústria para manutenção de preço, que acaba impactando na intensidade de aquisição do shopper).

De acordo com Daniela Toledo, diretora de atendimento da indústria de alimentos da Nielsen, o consumidor tende a mudar de comportamento nas diferentes etapas da COVID-19. “Identificamos seis etapas-chave sobre o comportamento do shopper, diretamente relacionadas às preocupações em torno do surto da pandemia. O Brasil está na fase cinco (vida restrita) caminhando para a próxima etapa nomeada ‘nova normalidade’. Os passos oferecem sinais preliminares de padrões de consumo, particularmente para itens de abastecimento de emergência e suprimentos de saúde”, explica.

Para o futuro, o cenário será de retração, por isso é importante se dedicar a revisão de metas, replanejamento do ano e repriorização de projetos, além disso, é essencial fortalecer os laços com o consumidor e pensar em estratégias de vendas que estimulem o shopper em sua jornada de compra, desde o momento da necessidade do produto até a conversão final da venda.

Sobre a ABIMAPI: Uma das maiores associações alimentícias do País, a ABIMAPI representa 104 empresas que detêm cerca de 80% do setor e geram mais de 100 mil empregos diretos. Só no Brasil, responde por um terço do consumo nacional de farinha de trigo. Como interlocutora junto ao governo, à mídia, a pesquisadores e às demais entidades, sua missão é fortalecer e consolidar as categorias de biscoito, macarrão, pão e bolo industrializados nos cenários nacional e internacional. http://www.abimapi.com.br

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