Informativo 565

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CORREIOS

Nº3908/06 DR/RS

AGERT CORREIOS

Para uso dos Correios

www.agert.org.br Informativo da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão Julho de 2009 - Edição nº 565 TX 30: R$ 23,64 - Variação dos últimos 12 meses de 6,25%

POLÊMICA

REFORMA ELEITORAL: SAIBA O QUE MUDA NO RÁDIO E NA TV

ANVISA não pode restringir publicidade de medicamentos em rádio e TV.

Crédito: SEFOT - Secom / Ronaldo Stuckert

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Crédito: Divulgação

20º CONGRESSO DA AGERT

A Câmara dos Deputados aprovou no início de julho texto básico do Projeto de Lei da Reforma Eleitoral (PL 4598/09). Entre as mudanças, está emenda que garante o direito de ressarcimento fiscal às emissoras de rádio e TV optantes pelo Simples Nacional. A aprovação foi comemorada pelos radiodifusores. A proposta segue agora para a discussão e votação no Senado Federal.

Carlos Júlio, autor de quatro best-sellers na área de negócios, será um dos palestrantes do evento.

Banco de Imagens: www.sxc.hu

TECNOLOGIA

Criatividade e troca de experiências são fundamentais para que as emissoras possam acompanhar a evolução tecnológica. Pág. 07

AGERT FIRMA PARCERIA PARA DIVULGAÇÃO DA RÁDIO ASSEMBLEIA A partir de agora, os radiodifusores de todo o Estado contam com boletins de áudio produzidos pela equipe de jornalismo da Assembleia Legislativa do Estado. O material pode ser baixado gratuitamente direto do portal da Rádio Assembleia www.al.rs. gov.br/radioassembleia. Pág. 03

Crédito: Camejo Comunicação

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EDITORIAL

O Rio Grande em alerta O anúncio do aumento de casos de Gripe A (H1N1) deve servir de estímulo para iniciativas de prevenção. Acredito que associações representativas, como a AGERT, têm a obrigação de apoiar todos os esforços do Governo através de medidas de prevenção e orientação à população. A AGERT, além de estar incentivando seus associados a reproduzirem spots e materiais informativos sobre a doença, optou por transferir a data do Encontro Regional de Marau, que estava programado para o dia 24/07, como medida de precaução. O compromisso das emissoras de rádio e TV com a sociedade precisa ser valorizado. Por isso, em breve, a AGERT estará lançando o Relatório Social 2008, um demonstrativo de todas as ações de responsabilidade social realizadas pelas emissoras associadas. Neste ano, superamos o número de participantes e de valores em mídia doados. Aguardem para conferir. Nesta edição do AGERT Informa, destacamos a vitória na Câmara dos Deputados em Brasília de uma reivindicação das emissoras de pequeno e médio porte. A Reforma Eleitoral irá permitir a compensação fiscal pelo tempo destinado à transmissão do horário eleitoral e propagandas partidárias. Uma grande vitória. Agora, ficamos na expectativa da aprovação da proposta pelo Senado. Roberto Cervo Melão Presidente da AGERT

CURTAS

PADRÃO NIPO-BRASILEIRO O apoio financeiro do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) poderá ser uma estratégia do governo brasileiro para estimular outros países a adotarem o mesmo padrão de TV digital escolhido pelo Brasil, para a aquisição de transmissores e demais equipamentos necessários à digitalização para os países que escolherem o padrão nipobrasileiro. Segundo o ministro das Comunicações, Hélio Costa, Moçambique e Chile podem

ser os primeiros candidatos a usar a linha de financiamento do banco estatal. Uma comitiva brasileira deve ir em breve ao país africano para tratar, entre outros assuntos, da radiodifusão. Um grupo de trabalho está sendo criado no Minicom e terá como chefe o secretário de Telecomunicações, Roberto Pinto Martins. O grupo terá a missão de apresentar um projeto para a digitalização das TVs de Moçambique. A visita deve ser feita na segunda quinzena de agosto.

AGERT - Entidade fundada em 13 de dezembro de 1962 Coordenação Jornalística: Wanderley Ruivo dos Santos Mtb 8363 Realização: Eliana Camejo Comunicação Empresarial Redação: Aline Victorino - Diagramação: Geanine V. Backes Comercialização: Cláudia Cassol e Diego Alves Conselho Editorial: Myrna Proença, Antônio Donádio, Osébio Borghetti, Jerônimo Fragomeni Impressão: Dolika Afa - 3343.5533 Circulação: 1000 exemplares O Agert Informa é uma publicação mensal da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão Rua Riachuelo, 1098 CJ. 204 - Centro CEP: 90010-272 - Porto Alegre/RS Telefone: (51) 3228.3959 - www.agert.org.br Contato: comunicacao@agert.org.br

Presidente: Roberto Cervo - melao@radiosaoroque.com.br Vice-Presidentes Relações Governamentais / Mercado: Afonso Antunes da Motta - afonso@rbs.com.br Social: Alexandre Alvarez Gadret - agadret@pampa.com.br Jurídico: Cláudio Brito - claudio.brito@rdgaucha.com.br Eventos: Cláudio Zappe - nativafm@via-rs.net Marketing: Geraldo Corrêa - geraldo@gruporbs.com.br Informática e Novas Tecnologias: João Pedro Muller - jpmuller@independente.com.br Capacitação: Myrna Proença - myrnah@terra.com.br Técnico e Normas: Osébio Borghetti borghetti@capuchinhosrs.org.br Administrativo: Pedro Ricardo Germano - prgermano@radiofandango.com.br Finanças: Wanderley Ruivo dos Santos ruivo@pampa.com.br Regional - Metropolitano: Cláudio Toigo Filho toigo@rbs.com.br Regional - Serra: Carlos Piccoli - geral@rscombr.com Regional - Vale do Jacuí: Hilmar Kannenberg kannenberg@pdh.com.br Regional - Litoral Sul: Ildomar Joanol nativa.fm@gmail.com Regional - Planalto: Jerônimo Fragomeni jeronimo@rduirapuru.com.br Regional - Centro: João Vianei Zasso Castro gerencia@radiosobradinho.com.br Regional - Fronteira: Kamal Badra kamal@terra.com.br Regional - Missões: Luciano Hintz Mallmann lulo@viabrazil.com.br Regional - Litoral Norte: Pedro Edir Farias radioosorio@terra.com.br Diretores Jurídico: Ary dos Santos - ary.santos@rbs.com.br Relações Institucionais: Antônio Donádio donadio@rdgaucha.com.br Capacitação: Arizoli de Bem - arizolidebem@terra.com.br Social: Cristiano Casali - cristiano@cidadecancao.com.br Qualidade e Produtividade: Eloy Scheibe eloy@radiosimpatia.com.br Relações Governamentais: Ataídes Miranda ataidesmiranda@radioguaiba.com.br Marketing: José Luís Bonamigo - jlbona@terra.com.br Entidades de Representação: Vanderlei Roberto Uhry vanderlei@asuaradio.com.br Normas Técnicas: Miguel Puretz Neto - mpneto@tupa.am.br Interior: Verdi Ubiratan de Moura - rdlider@terra.com.br Conselho Consultivo Presidente: Gildo Milman Membros do Conselho: Afonso Antunes da Motta, Antônio Abelin, Flávio Alcaraz Gomes, Fernando Ernesto Corrêa, Otávio Gadret, Raimundo Dias, Paulo Sérgio Pinto, Ricardo Ferro Gentilini, René Onzi, Valdir Andrés, Valdir Heck Assessores Assessoria Jurídica: Gildo Milman - advmilman@hotmail.com Assessoria Contábil: Ronaldo Silva de Oliveira ronaldooliveira@via-rs.net Assessoria Técnica: Fernando Sperb Melecchi fernando.melechi@via-rs.net Assessoria Fiscal: Paulo Ledur - afledur.ez@terra.com.br


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Rádio Assembleia é lançada e ganha apoio da AGERT A Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e TV firmou parceria com a Assembleia Legislativa do Estado para divulgar o novo portal da Rádio Assembleia, lançado no início do mês. O presidente da AGERT, Roberto Cervo Melão, esteve reunido com o presidente da AL, o deputado Ivar Pavan, com o Superintende de Comunicação Social, Celso Schröder, e com o Diretor de Jornalismo, Marcelo Model Nepomuceno, para conhecer o novo serviço, que está disponível gratuitamente. A nova ferramenta permite que radiodifusores e internautas possam ouvir e baixar boletins produzidos pela equipe de jornalistas e radialistas da Rádio Assembleia, destacando as atividades da Casa e o trabalho dos representantes dos gaúchos. Para o presidente da Assembleia, Ivar Pavan, a parceria irá colaborar para ampliar a transparência dos atos do Legislativo gaúcho, principal objetivo do novo portal. "Esse é o nosso desafio: fazer com que todos os fatos e debates que ocorrem aqui sejam de conhecimento público", ressalta Pavan. "Queremos que cada emissora leve ao ar as matérias que mais interessam à sua região. Com isso, o povo do Rio Grande do Sul terá mais informações sobre o trabalho, as metas e conquistas do

Parlamento", explica Melão. O acesso é totalmente gratuito e o cadastro é opcional. A Assembleia recomenda que a emissora se identifique, realizando o cadastro, para que a equipe de Comunicação da Casa possa verificar o perfil das emissoras que estão acessando o boletim e, assim, produzir materiais direcionados, com informações de interesse da região.

de sugestões de pautas e comentários que poderão ser encaminhados diretamente pelo portal. Como ouvir ou baixar boletins? As chamadas estão na página de abertura do Portal. Basta clicar no título e a matéria começará a rodar. Para fazer o download e salvar o arquivo no computador, basta clicar na setinha sinalizada em vermelho e abrir ou salvar o boletim em formato MP3. Tecnologia utilizada Distribuição de áudio na modalidade streaming, em tempo real, utilizando a tecnologia Windows Media Encoder, com distribuição pela internet através do provedor Brasil Telecom.

Como acessar? O novo portal pode ser acessado pelo www.al.rs.gov.br/radioassembleia e está disponível a todos os veículos e internautas interessados durante as 24 horas do dia. Com a nova tecnologia, as emissoras de rádios poderão gravar e veicular gratuitamente as notícias em áudio sobre o trabalho dos parlamentares, das comissões e outras atividades da Assembleia. A interatividade também será garantida por meio

Melão e Schröder

Por decisão da Justiça Federal de Brasília, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) está impedida de punir veículos de comunicação, que segundo seu entendimento, deixam de cumprir resolução que prevê regras para a publicidade de medicamentos no País. Esse é o resultado de ação movida pela ABERT (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão). Na sentença, o juiz José Márcio da Silveira e Silva, da 7ª Vara da Justiça Federal, apoiase no parecer da AGU (Advocacia Geral da União), que se posicionou pela suspensão ou revogação da resolução. Na avaliação da AGU, a norma da ANVISA é inconstitucional, porque a competência para legislar sobre propaganda e publicidade é privativa do Congresso Nacional. Entre outras determinações, a resolução da ANVISA proíbe que artistas façam sugestões sobre o uso de remédios no rádio e na

TV, além de restringir propagandas de remédios em alguns programas de TV. Para o Consultor Jurídico da AGERT, Dr. Gildo Milman, a Resolução nº 96/08 da ANVISA não confere competência para sua intervenção na publicidade de medicamentos, promovida em rádios e televisões. "A pretensão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária afronta disposição expressa da Constituição Federal com o Artigo 220, § 1º, que trata da liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social. Além disso, a Lei nº 9.782/99, que estabelece o alcance da atuação da ANVISA, segue limites impostos pela Lei nº 9.294/96 para normas regulamentadoras", explica Dr. Gildo Milman. A AGERT esclarece que não há, portanto, instrumentos reguladores que autorizem ações da ANVISA no universo da publicidade de medicamentos promovida, legitimamente, pela radiodifu-

Banco de Imagens: www.sxc.hu

ANVISA não pode restringir publicidade de medicamentos em rádio e TV

são. "Enquanto produtos tiverem circulação no mercado produtor e livre acesso de toda população, não há como se falar em restrição de sua publicidade, sob pena de agressão a normas constitucionais e aos demais princípios que protegem a liberdade", conclui Dr. Gildo Milman. Confira artigo completo sobre o assunto no site www.agert.org.br


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Reforma eleitoral beneficia emissoras de rádio e TV A aprovação na Câmara dos Deputados em Brasília do texto básico do Projeto de Lei da Reforma Eleitoral (PL 4598/09) conta com emenda que garante o direito de ressarcimento fiscal às emissoras de rádio e TV cadastradas como micro e pequenas empresas, optantes pelo Simples Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições. Atualmente, essas emissoras não podem requerer a compensação pelo tempo destinado à transmissão do horário eleitoral e de propagandas partidárias. A proposta atende a uma reivindicação de mais de 3.400 emissoras de rádio e televisão do País. A medida inclui também o tempo destinado à trans-

missão de plebiscitos e referendos. "O ressarcimento fiscal nada mais é do que a legitimidade da verdade. Mostramos à Câmara dos Deputados a necessidade dessa medida. Agora, vamos ao Senado para garantir o tratamento isonômico para todas as emissoras do País. É importante reconhecer o trabalho do deputado Mendes Ribeiro Filho, que teve atuação vigorosa na aprovação do projeto, lutando e defendendo o interesse principalmente das emissoras do Rio Grande do Sul", afirma Roberto Cervo Melão. A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (ABERT) considera essa questão uma das mais importantes reivindicações do segmento.

"Apesar da forte resistência da Receita Federal, conseguimos concretizar na Câmara. A emenda corrige uma grave injustiça que, como sabemos, penaliza as emissoras optantes pelo Simples", afirmou em nota o presidente da ABERT, Daniel Pimentel Slaviero. Para o vice-presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), as mudanças são de extrema importância para contribuir no processo eleitoral, estimulando campanhas mais propositivas e de menos acusações. O projeto segue agora para análise no Senado e, caso seja aprovado sem alterações, para sanção presidencial.

Imagem ou voz Uma outra restrição sobre o uso de imagem ou voz foi retirada do texto com a aprovação de um destaque do PSDB. Assim, poderão ser usadas, nas propagandas de rádio e TV, imagem e voz de candidatos de outros partidos que não fazem parte da coligação em uma mesma circunscrição eleitoral. Isso inclui o uso de imagens de candidatos adversários para criticar suas propostas. Distribuição do horário Com o objetivo de tornar mais justa a distribuição do tempo total destinado à propaganda no rádio e na TV, o projeto prevê mais espaço para

os candidatos a senador nos anos em que a renovação do Senado for de dois terços de seus integrantes (quando cada estado elege dois senadores, em vez de apenas um). O tempo total continua a ser de 100 minutos no rádio (50 pela manhã e 50 ao meio dia) e 100 minutos na TV (50 à tarde e 50 à noite). Nas eleições em que ocorrer a renovação de 2/3 do Senado, os candidatos a essa Casa terão cinco minutos a mais (dois cedidos do tempo para os governadores e três do destinado a deputados estaduais e distritais). Debates Para a realização de debates em primeiro turno, o projeto estabelece que as regras acertadas de comum acordo entre os partidos e a emissora interessada serão consideradas aprovadas se tiverem a concordância de, pelo menos, 2/3 dos candidatos aptos no caso de eleição majoritária. "Isso acabará com a possibilidade de apenas um candidato inviabilizar o debate ao recusar as regras - o que não está na legislação, mas é admitido por alguns juízes", argumentou o deputado Flávio Dino (PCdoB-MA). Se o debate for entre candidatos às eleições proporcionais, a concordância terá que ser de 2/3 dos partidos ou coligações.

Crédito: SEFOT - Secom / Diogo Xavier

Regras para campanhas no rádio e na TV também mudam O Projeto de Lei 5498/09 permite o uso de depoimentos de candidatos majoritários no horário destinado às candidaturas proporcionais (deputados e vereadores) e vice-versa, contanto que seja apenas para pedir votos ao candidato que cedeu o tempo. Isso vale para candidatos majoritários a cargos diferentes (presidente da República e governador, por exemplo). Por outro lado, o texto proíbe o uso de propaganda de candidaturas majoritárias no horário reservado aos candidatos de eleições proporcionais e vice-versa.

Crédito: SEFOT - Secom / Luiz Xavier

Outras mudanças da reforma eleitoral

Mendes Ribeiro

Marco Maia

Plebiscito e referendo A compensação fiscal a que as emissoras de rádio e TV têm direito por cederem o espaço à propaganda eleitoral é estendida, pelo projeto, para os casos de veiculação de propaganda gratuita relacionada a plebiscitos e referendos.


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Proibição de anúncios de produtos e serviços em radiodifusão pública A lei nº 11.652, de 7 de abril de 2008, trata dos princípios e objetivos de radiodifusão pública, explorados pelo Poder Executivo ou outorgados a entidades de sua administração indireta. Do conjunto de disposições da Lei, colhemos o Art.11, determinando que os recursos destinados ao custeio das mencionadas instituições serão obtidos, entre outros, "de publicidade institucional de entidades de direito público e de direito privado, VEDADA A VEICULAÇÃO DE ANÚNCIOS DE PRODUTOS OU SERVIÇOS". O parágrafo primeiro do mesmo artigo indica claramente: "para fins do disposto nesta Lei, entende-se apoio cultural como pagamento de custos relativos à produção de programação ou de um programa específico, sendo permitida a citação da entidade apoiadora, bem como de sua ação

institucional, SEM QUALQUER TRATAMENTO PUBLICITÁRIO". Tais disposições legais confirmam vedações de veiculação de anúncios de produtos e serviços, permitida somente a informação de "apoio publicitário" definidos para emissoras comunitárias (Lei nº 9.612, de 19/02/98) e todas as demais que não sejam detentoras de outorgas reveladoras de sua condição de emissoras legais(Lei nº 4.117, de 27/08/62). A Lei nº 11.652, aqui tratada, dispõe, em seu Art. 32, outra disposição de interesse da radiodifusão: "Fica instituída a Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública, com o objetivo de propiciar meios para melhorias dos serviços de radiodifusão pública e para a ampliação de sua penetração mediante a utilização de serviços de teleco-

Gildo Milman

municações. Se outras razões não existirem, basta esta do artigo 32 supra, para justificar a exclusão destas emissoras do mercado publicitário, já que beneficiadas com isenções, favores e agora mais, com a contribuição ora cobrada das prestadoras de serviço de telecomunicações. Gildo Milman Consultor Jurídico da AGERT

AGERT incentiva emissoras a abraçarem campanha da pastoral da criança "Dormir de barriga para cima é mais seguro". Esse é o tema da Campanha da Pastoral da Criança, que a AGERT está apoiando. Só o simples fato de colocar o bebê para dormir de barriga para cima pode reduzir em mais de 70% o risco de morte súbita, revelam os pesquisadores do Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e campanhas recentes divulgadas nos Estados Unidos e na Inglaterra. Pesquisa realizada na cidade de Pelotas (RS), coordenada pelo Dr. Cesar Victora, mostra que apenas 21% dos bebês menores de 3 meses de idade dormem de barriga para cima e que essa posição é pouco utilizada pelas mães brasileiras. Segundo Victora, a informação de que ao dormir de barriga para cima o bebê vai aspirar o vômito e se afogar não passa de uma crença popular incorreta. Ao deitar de lado ou com a barriga para baixo, o bebê respira um ar viciado, ou seja, o ar que ele próprio expira. Os riscos de dormir de barriga para baixo são semelhantes a dormir de lado. Se uma criança está deitada de barriga para cima e se afoga, sua tendência, por instinto, é tossir e com isso chamar a atenção dos pais. No caso da morte súbita, essa reação não acontece e a morte se dá de forma "silenciosa".

Participe dessa iniciativa, divulgando as informações em sua programação No site da Pastoral http://www.pastoraldacrianca.org.br/hotsite/ materiais.htm é possível baixar spots, jingles e dicas de especialistas.


6 ACONTECEU

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RÁDIOS ANIVERSARIANTES

PROGRAME-SE

CRÉDITO: Divulgação

MÊS DE JULHO / AGOSTO

CRÉDITO: Marco Couto

Dias 07 e 08/07, Melão também esteve em Brasília participando da Reunião da ABERT e da votação da Reforma Eleitoral na Câmara dos Deputados.

- Carlos Júlio Professor, palestrante, escritor e executivo, preside atualmente a Tecnisa S/A, uma das maiores e mais inovadoras construtoras e incorporadoras do País. Dirigiu por quase oito anos a HSM Carlos Júlio do Brasil, empresa líder em educação executiva, focada em alta gestão. É autor de quatro best-sellers na área de negócios: Reinventando Você, A Magia dos Grandes Negociadores, A Arte da Estratégia e Superdicas para Vender e Negociar Bem, seu mais recente sucesso. Administrador de Empresas, estudou na Harvard Business School, na London Business School e no IMD de Lausanne, na Suíça.

Crédito: Divulgação

O vice-presidente da Câmara dos Deputados Federais, o deputado Marco Maia, recebeu dia 17/06, em seu gabinete em Brasília, o presidente da AGERT, Roberto Cervo Melão, e o vice-presidente regional do Vale do Jacuí, Hilmar Kannenberg, para tratar da destinação de verbas das Estatais às emissoras do interior do Estado. Marco Maia integra a Frente Parlamentar de Fortalecimento da Mídia Regional. Na foto: Kannenberg, Melão, Marco Maia e Alberto Rosa (Betico).

A AGERT promoverá nos dias 20, 21 e 22 de outubro em Canela o 20º Congresso Gaúcho de Rádio e TV, o maior evento do segmento no Estado. O Congresso contará com a participação de palestrantes de prestígio nacional. As inscrições podem ser feitas pelo site www.agert.org.br. Confira o perfil de alguns nomes confirmados:

No dia 08/07, o vice-presidente de Finanças da AGERT, Wanderley Ruivo, juntamente com o Ary dos Santos, diretor jurídico da AGERT, participou da cerimônia de lançamento da Portal Rádio Assembleia em solenidade realizada no Gabinete da Presidência da Casa.

- Rogério Tsukamoto Professor e coordenador do curso de "Gestão da Empresa Familiar" na FGV-SP. É renomado palestrante e consultor para empresas de diversos portes e Rogerio setores de atuação. Trabalha atendendo a esse segmento há mais de 27 anos, tendo acumulado ampla experiência como sucessor, tutor, profissional contratado e diretor consultivo no Brasil e no exterior.

Crédito: Divulgação

- Charles Bezerra Ph.D em Design pelo Instituto de Tecnologia Illinois, Charles Bezerra. O executivo já passou por empresas como Steelcase e Motorola. Atualmente é Diretor-Executivo da Gad'Innovation. No Congresso da AGERT, falará sobre o tema Inovação.

Rádio Tropical FM Lajeado 1/ 7/1982 RBS TV Cruz Alta Cruz Alta 1/ 7/1989 Rádio Popular FM Teutônia 1/ 7/1989 Rádio Erechim AM Erechim 2/ 7/1947 Rádio Viva FM Farroupilha 2/ 7/2003 Rádio Cultura de Bagé AM Bagé 4/ 7/1946 Rádio Band News FM Porto Alegre 4/ 7/1977 RBS TV Pelotas Pelotas 5/ 7/1972 Rádio Encanto FM Encantado 6/ 7/1989 Rádio Verdes Pampas FM Santiago 7/ 7/1988 Rádio Clube AM Canela 7/ 7/2007 Rádio Luz e Alegria AM Frederico Westphalen 7/ 7/2007 Rádio Continental FM Porto Alegre 9/ 7/1990 Rádio Alto Taquari AM Estrela 10/7/1948 Rádio Agudo AM Agudo 14/7/1949 TV Pampa Porto Alegre 14/7/1980 Rádio Antena 1 FM Santa Maria 14/7/1980 Rádio Gazeta FM Sobradinho Sobradinho 15/7/1989 Rádio Planalto FM Passo Fundo 16/7/1982 Rádio Província FM Tenente Portela 17/7/1989 Rádio Unijuí 106,9 FM Ijuí 20/7/2001 Rádio Farroupilha AM Porto Alegre 24/7/1935 Rádio Universidade AM Pelotas 25/7/1967 Rádio Iguatemi FM Ijuí 25/7/1983 Rádio Cerro Azul AM Cerro Largo 25/7/2007 Rádio Cristal AM Soledade 27/7/1990 Rádio Band FM Fronteira Santana do Livramento 30/7/1983 Rádio Santiago AM Santiago 31/7/1951 Rádio Medianeira FM Santa Maria 5/ 8/1989 Rádio Medianeira AM Santa Maria 13/ 8/1960 Rádio Santo Ângelo AM Santo Ângelo 15/ 8/1947 Rádio Blau Nunes AM Santa Bárbara do Sul 15/ 8/1984 Rádio Bento Gonçalves AM Bento Gonçalves 15/ 8/1986 Rádio Difusora Caxiense AM Caxias do Sul 16/ 8/1958 Rádio Cultura 1.470 AM Cacequi 20/ 8/1957 Rádio Clube FM Canela-RS 21/ 7/1993 Rádio Itapuí AM Santo Antônio da Patrulha 22/ 8/1949 Rádio Fandango AM Cachoeira do Sul 25/ 8/1978 Rádio Fandango FM Cachoeira do Sul 25/ 8/1978 SBT Canal 5 Porto Alegre 26/ 8/1981 Rádio Odisséia FM Serafina Correa 26/ 8/1986 Rádio Querência FM Dom Pedrito 27/ 8/1990 Rádio Osório AM Osório 28/ 8/1957 RBS TV Santa Rosa Santa Rosa 28/ 8/1992 Rádio Ibirubá AM Ibirubá 29/ 8/1986 Rádio Clube Um FM Tupaciretã 30/ 8/1990

- Adriana Scalabrin Diretora de Marketing da Rede Globo, foi gerentegeral de uma das unidades da Starcom nos Estados Unidos. Atuou também na McCann-Erickson, em Nova York, como vice-presidente internacional de mídia. No Congresso da AGERT, Adriana irá falar sobre inovação na comercialização, diferentes formas de abordagem junto às agências e anunciantes.


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O ouvinte não percebe, será? Quando acontece um erro na programação provocado pelo comunicador, operador ou pelo equipamento, prontamente dizemos que "deu gato". Então, sempre tem um veterano que consola com o velho chavão: "O ouvinte não percebe...". Nos tempos atuais de mundo globalizado e cidadão tecnológico, podemos ficar nos iludindo, imaginando que o ouvinte não tem percepção das falhas em nossas emissoras de rádio? Desafiado a escrever sobre tecnologias para radiodifusão, atrevo-me a relembrar de fatos que poderiam ser classificados como aventuras nestes quase 25 anos de carreira em rádio. Aventura que pode ficar cara se mal planejada. Por isso, é bom não esquecer que "quem não arrisca, não petisca", mas sempre com muita prudência. Minha carreira em rádio começou muito antes de 1985 - quando entrei oficialmente na Rádio Progresso de Ijuí. Trabalhava em banco de segunda a sexta e, no final de semana, me transformava em disc jockey. Animava festas e comandava um programa jovem na rádio. Música e equipamento de som eram minha predileção. De forma autodidata, fui buscando conhecimento de acústica, eletrônica e equipamentos. Desde criança, sempre tive fascínio pelo rádio. Não pensava em ser comunicador. Passava horas escutando a Rádio Mundial AM 860 e JB 940 KHZ do Rio, que chegavam em Ijuí, com som local à noite e com um peso impressionante. Outras emissoras AM que me deixam perplexo são as emissoras da Argentina, de Buenos Aires - um sonido espectacular. Já atuando no rádio, não conseguia aceitar a péssima qualidade de áudio das emissoras AM e, no intui-

to de buscar alternativas, às vezes quebrava a cara. Um exemplo disso: o investimento realizado na propalada câmara reverberadora da Gradiente, não lembro o modelo, tinha uma placa verde iluminada na frente do equipamento. Talvez algum outro companheiro também tenha embarcado nesta canoa furada. Que coisa! O som do AM ficava ainda mais enlatado... horrível! Mas entre tantas aventuras, houve acertos magníficos, como o encoder para transmissão de externas, que dava um belo grave nas transmissões pelo telefone, o equipamento chamado COMREX. Lembro-me que as cartucheiras estavam em fim de carreira. Tínhamos que ou investir em Mini-Disc ou continuar "com elas". Fui vítima de gozação dos colaboradores, quando tiro da caixa um computador chamado CP 500 os caras não sabiam nem o que era computador e largaram de pronto: "videogame do Bonamigo", seguido de risos. Mas que fantástica solução mostrou ser, um casamento perfeito da informática com a radiodifusão, a verdadeira mão na roda. Entristece-me o fato de muitos comunicadores ainda estarem vivendo uma espécie de analfabetismo digital, lendo notícias vencidas de jornais ao invés de "domesticar" o bicho da internet. A melhor maneira para não errar é participar de seminários, encontros, trocar informações. Até hoje, não tenho informação de algum radiodifusor que não tenha compartilhado algum conhecimento, o que é benéfico ao setor. Todos têm a mesma paixão e não poupam palavras para contar suas experiências.

Quem puder se apropriar dessas informações, estará dando um grande passo para investir com economia e ter excelentes resultados. Tecnologias associadas à criatividade podem render bons frutos e bom faturamento. A internet surge como alternativa que será muito usada no momento que tiver mais banda e menos tráfego aqui no Brasil. Imagino a fortuna que as grandes redes investiram em satélite para transmitir os jogos da Copa do Mundo da Alemanha. Aí, um cara sozinho, carregando uma mala, pega um notebook, um mixer shure, um microfone sem fio, acessa uma rede pública de internet disponibilizada pelos alemães e faz seis horas de programa da Alemanha a praticamente custo zero, com qualidade de áudio espetacular e sem retardo. É um milagre? Não, é a tecnologia oferecendo novas alternativas à radiodifusão. E a coisa evolui de tal forma, que hoje tem maleta de transmissão de externas, com telefone celular embutido, que, com um bom plano corporativo, você cansa de falar na jornada esportiva, anda por todo o estádio e não paga nada. Isto soa como música. Então, não tem desculpas: é possível uma emissora pequena "bombar" como uma grande. Existem alternativas bem econômicas. O radiodifusor deve planejar o seu orçamento, dispor de verba para novas tecnologias e esquecer de vez que "o ouvinte não percebe". Chega de ilusão: com o perdão da redundância necessária, ouvinte, ouve, sim! José Luiz Bonamigo Diretor de Marketing AGERT


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O dia 17 de junho de 2009 vai ficar marcado na história dos meios de comunicação como o dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela não obrigatoriedade do diploma do Curso de Jornalismo para as pessoas poderem escrever para empresas de jornal, rádio e televisão (artigo 4º, inciso V, Decreto Lei 972, de 17 de outubro de 1969). A decisão, irrecorrível do STF, que elimina do Decreto Lei um ato remanescente da Junta Governamental Militar que governava o País na época, foi vitoriosa por decisão de oito dos ministros presentes à sessão, e, assim, derrubada a obrigatoriedade de diploma de Jornalismo. Ainda temos de aguardar a publicação do acórdão final no Diário Oficial da União, para que o mérito transite em julgado e passe a ter, de fato, efeito legal. Mas o que devemos ter em mente é que, na prática, no dia a dia das redações de jornais, rádios e televisões, tal decisão represen-

ta que podemos, sim, contratar profissionais de outras profissões para exercerem funções de comentaristas esportivos, políticos, econômicos, ou consultores médicos, e, de repórteres para que transmitam aos nossos ouvintes ou telespectadores suas opiniões abalizadas. Jamais podemos esquecer que nosso dever, enquanto radiodifusores, é o de transmitir às nossas comunidades cultura, qualidade de informação e entretenimento. Relembro que o Decreto Lei 972/69 continua em vigor, com exceção apenas do artigo 4º, inciso V. Logo, a atividade de jornalista continua a existir, com as devidas normas de carga horária e afins. As entidades representativas nacionalmente de nosso setor, ABERT e FENAERT, bem como as estaduais AGERT e o SINDIRÁDIO se manifestarão oficialmente sobre a decisão do STF assim que for publicado o acórdão, mas estão desde já ao dispor de seus associados para dirimir dúvidas que por ventura apareçam. Entendo que devemos ter cautela neste perío-

d o d e a d a p t ação, de transição do tema após tal julgamento, mas não podemos deixar de reconhecer que obtivemos do STF o aval da nossa tese de que todos têm direito à livre expressão e que nossos veículos, rádios e televisões são os meios mais democráticos para exercer a comunicação com nosso povo.

Ary Cauduro dos Santos Diretor Jurídico da AGERT

Crédito: Divulgação / Sindirádio

Direito à livre expressão


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