Tarumã – Uma História de Velocidade

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Corridas de1970/1979

Largada da prova 300Km de Tarum茫, para carros do tipo esporte-prot贸tipos, nacionais e importados, (01/8/1971)

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A

década de 1970 marcou definitivamente a entrada do Brasil no circuito mundial do automobilismo. O Bicampeonato Mundial de Fórmula 1, conquistado em 1972 e 1974 por Emerson Fittipaldi, trouxe prestígio e aqueceu o automobilismo nacional, e o Autódromo de Tarumã passou a fazer parte de uma nova perspectiva para o crescimento desse esporte. Nesse embalo, a imprensa se especializou e abriu novos espaços para o automobilismo nos grandes jornais e revistas. Seguindo o rádio, a televisão também passou a cobrir as principais corridas e a dar destaque às competições nacionais. A divulgação não podia ser melhor e o público sabia disso. No Autódromo de Tarumã, multidões de jovens passaram a conviver com grandes eventos, assistindo a emocionantes festivais de velocidade proporcionados por pilotos vindos de várias partes do mundo e suas incríveis máquinas. O automobilismo passava a ter uma nova fisionomia; era chegado o momento de se conhecer novas categorias como a esporte-protótipos e as fórmulas. Ninguém queria deixar de ver de perto os astros do automobilismo mundial como Graham Hill (bicampeão mundial de Fórmula 1 em 1962 e 1968), Ronnie Peterson, Carlos Reutemann, Jean-Pierre Jarier, Arturo Merzário, Dave Walker, Tim Schenken e Alan Jones. Isso mesmo, já no início de 1971 essas feras estavam correndo por aqui, e Tarumã passava a ser conhecido internacionalmente. Disputas memoráveis aconteceram envolvendo sempre nesses confrontos a elite dos pilotos brasileiros, representada por Emerson Fittipaldi, Luiz Pereira Bueno, José Carlos Pace, Wilson Fittipaldi Jr., Alex Dias Ribeiro, Pedro Victor de Lamare, Tite Catapani, Jan Balder, Antônio Carlos Avallone, José Pedro Chateaubriand, Francisco Lameirão e Clóvis de Moraes, o maior destaque do Estado desse período. O gaúcho iniciou sua carreira no automobilismo em 1962, em uma 12 Horas de Porto Alegre, ao lado de Vitório Andreatta; participou de provas em circuitos de rua; foi tricampeão brasileiro de kart; o primeiro piloto brasileiro a participar do Campeonato Mundial de Kart na Suíça, em 1968; e, nos anos 70, tornouse tricampeão brasileiro de Fórmula Ford, vencendo na categoria em 1972, 1974 e 1975. Sem conhecer os limites de velocidade possíveis do novo autódromo, recordes foram sendo quebrados a cada nova apresentação e, antes do fim da década, o autódromo passou a ser reconhecido como o mais rápido do Brasil, com médias que superavam os 174 km/h.

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Corridas de1970/1979 29/11/1970

GAÚCHO DE DIVISÃO 3 Na inauguração de Tarumã, além da prova principal Governador do Estado, outras provas fizeram parte da programação em que competiram carros da categoria Divisão 3, sendo válidas pela primeira etapa do 1º Campeonato Gaúcho de Divisão 3. Dias depois ocorreu a segunda etapa, e o novo autódromo passou a cumprir seu definitivo papel, o de incentivar e receber competições. O público acompanhava cada vez com maior atenção o surgimento de novos talentos. Pilotos jovens começaram a brilhar e a construir uma nova história. Nesse dia ocorreu a estréia do piloto Paulo Hoerlle, pilotando um DKW com o número 9, que ao longo de sua carreira se tornaria um dos maiores vencedores de corridas da história de Tarumã. Em sua prova de estréia, Hoerlle chegou em 2o lugar na classe A.

Vencedores Classe A/1300cc: Cézar Pegoraro Classe B/1301-1600: Aldo Costa Classe C/1601-3000: Nelson Barro Classe D/3001-6000: Ismael Chaves Barcellos Prova para estreantes Classe A/1300 - Ubirajara Sfoggia Classe B/1301-1600 - Edgar Echel Classe C/1601-3000 - Romeu Franck

Acima, o Volkswagen de Aldo Costa. Abaixo, o Malzoni de Henrique Iwers

Fusca Fusca Simca Opala Corcel Fusca Simca

Abaixo, saída da curva Dois, um lugar de muitas disputas

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Corridas de1970/1979 03/1/1 97 1 03/1/197 971

UM ASTRO CHAMADO FITTIPALDI Um mês após a inauguração do Autódromo de Tarumã, nos dias 6, 13, 22 e 27 de dezembro, foram disputadas as quatro etapas da Copa Brasil de Automobilismo Internacional, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Esse festival de velocidade foi promovido pelo empresário e piloto Antônio Carlos Scavone, que trouxe para o Brasil carros famosos e contou com o prestígio de alguns bons pilotos do automobilismo mundial. Como um presente ao público gaúcho e ao novo Autódromo de Tarumã, os organizadores programaram uma etapa extra dessa Copa Brasil, a Prova 100 Milhas de Tarumã. O maior destaque entre os pilotos era Emerson Fittipaldi, a grande revelação brasileira para o automobilismo mundial que, depois de sua primeira temporada na Fórmula 1, voltava ao Brasil como um ídolo e comprovava sua grande fase vencendo esse torneio ao final das quatro etapas. Dois anos antes, em 1968, pilotando um Volkswagem, Emerson Fittipaldi havia vencido, junto com seu irmão Wilson, a última prova disputada em circuito de rua no Estado, a Prova 12 Horas de Porto Alegre no Circuito Vila Nova – Cavalhada, seguindo em 1969 para a Inglaterra, iniciando sua carreira na Europa. Dessa vez, ele estava de volta pilotando um Lola Ford T210 e mesmo com um grid pequeno, de apenas nove carros, a prova foi muito prestigiada pelo público que queria ver de perto o desempenho de Fittipaldi. O piloto paulista não decepcionou, vencendo a prova e dando um show de pilotagem ao superar a maior potência do Porsche 908 do príncipe espanhol Jorge de Bragation, que chegou em segundo lugar, 46 segundos atrás. A terceira colocação ficou Carros de média cilindrada, como o Puma de Angi Munhoz, também participaram da prova extra da Copa Brasil

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Emerson Fittipaldi, à direita, ao lado do jornalista Ayrton Mitczuck com o Porsche 907 do paulista Angi Munhoz. Os Royales de Luiz Pereira Bueno e José Carlos Pace chegaram em quarto e quinto, quase duas voltas atrás de Emerson. A sexta colocação pertenceu ao Porsche 910 do carioca José Moraes, que fazia uma excelente prova e ocupava a terceira colocação quando saiu da pista na curva do Tala Larga e não conseguiu mais recuperar as posições. A prova contou ainda com a participação dos protótipos Puma e do AC Porsche, que não tiveram chance de acompanhar os motores mais potentes. Emerson Fittipaldi correu as 55 voltas em 1h40min17seg, a uma velocidade média de 154.780 km/h. Durante as tomadas de tempo no sábado à tarde, o Lola T210 bateu o recorde da pista com o tempo de 1min07seg400, a uma média de 162.342 km/h.

1º Emerson Fittipaldi 2º Jorge de Bragation 3º Angi Munhoz

Lola T210 Ford Porsche 908 Porsche 907

Brasil Espanha Brasil

O protótipo Lola/Ford, de Fittipaldi, apresentou desempenho superior ao Porsche 908 do espanhol Jorge de Bragation


Duelo entre diferentes máquinas marcou a corrida vencida por Fittipaldi A preliminar foi a prova 300 Milhas de Tarumã, válida pela terceira e última etapa do 1º Campeonato Gaúcho de Divisão 3. Na classificação geral venceu Ismael Chaves Barcellos/Opala-Classe D, Décio Michel/Corcel venceu na Classe A, Fernando Sbróglio/Fusca venceu na Classe B e Raffaele Rosito/JK/FNM venceu na Classe C. Na prova de estreantes/novatos, a vitória ficou com Júlio Tedesco/Opala. Com esse resultado tornaram-se Campeões da Temporada 1970: José Madrid /Corcel na Classe A; Fernando Sbróglio/ Fusca na Classe B; Nelson Barro/Simca na Classe C e Ismael Chaves Barcellos/Opala na Classe D.

Disputas entre carros turismo também foram atrativas

Na preliminar da Copa Brasil, aconteceu a terceira e última etapa do gaúcho de automobilismo

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Corridas de 1980/1989

Na dĂŠcada de 1980, as provas dos campeonatos Marcas & Pilotos eram muito competitivas e cairam no gosto de pilotos e pĂşblico

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O automobilismo brasileiro ingressou, na década de 1980, em uma era na qual as fábricas nacionais passariam a atuar diretamente nas pistas, organizando e apoiando principalmente os campeonatos monomarca. No cenário internacional, viveu-se o melhor período da história do nosso automobilismo. Em dez anos, de 1981 a 1991, dois campeões brasileiros conquistaram seis campeonatos mundiais de Fórmula 1: Nelson Piquet, 1981, 1983 e 1987, e Ayrton Senna, 1988, 1990 e 1991. Enquanto isto, Emerson Fittipaldi abriu novos caminhos no cenário norte-americano, conquistando seu primeiro campeonato na Fórmula Indy, em 1987, e tornou-se o primeiro estrangeiro a vencer nesta categoria. Tarumã recebia os mais importantes campeonatos de carros de turismo e uma centena de pilotos, que fariam história no automobilismo nacional e internacional. Foi uma década de provas espetaculares, em que o vencedor da competição era conhecido nos milésimos de segundo, através de um detalhe técnico guardado dentro dos boxes ou, ainda, na estratégia perfeita que fazia a diferença na volta final. Os anos 1980 iniciaram com competições memoráveis promovidas por duas das maiores fábricas brasileiras. A Volkswagen levou a Tarumã o profissionalismo das fórmulas equipadas com motores 1300 e 1600, enquanto a Fiat organizou provas sensacionais com o modelo recém-lançado ao público, o 147. Na década dos monopostos, também foi destaque a Fórmula Ford e o nascimento do Sul-Americano de Fórmula 2, trazendo de volta a eterna rivalidade entre brasileiros e argentinos. Logo em seu primeiro ano, em 1981, a categoria foi marcada por um incidente trágico. O piloto Antônio Castro Prado morreu durante a realização de treinos particulares para a sexta etapa do Campeonato Brasileiro, no circuito de Guaporé/RS, após bater num tronco de árvore que servia como cancela de fechamento de box. No mesmo ano, a Volkswagem anunciou a retirada do patrocínio oficial da Fórmula VW 1600. No Estado, o fortalecimento do automobilismo veio através de dois grandes eventos, o Campeonato Regional de Turismo - que reunia os melhores pilotos gaúchos, e o Racing Day, competições disputadas nos finais de semana reunindo diversas categorias em sua programação. Surgiu a Speed 1600 e os fuscas começaram a encantar o público com provas emocionantes. Era tempo de retornar às provas de longa duração com os campeonatos de Marcas e Pilotos e ver a vitória dos motores turbos. A gasolina deu lugar ao álcool e os carros foram submetidos a novas preparações. Criou-se uma indústria de competição instalada em pequenas e médias oficinas mecânicas que passaram a ser referência e sinônimo de vitórias – Clóvis de Moraes, MC Competições, Hoerlle, Mottin Racing, Metal Moro, Mecânica Martinewski, Guaraci Costa. O motociclismo nacional ganhou destaque em campeonatos com modelos recém-lançados, como a Copa Yamaha RD 350. Tarumã tornou-se o palco desafiador de novos talentos e de novas categorias.

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Corridas de 1980/1989

25/5/1 980 25/5/1980

BRASILEIRO DE FÓRMULA VW 1600 A temporada dos campeonatos nacionais iniciou-se com as etapas do Brasileiro de Fórmulas Volkswagem e o Torneio Passat. Bastou anunciar que teria Fórmula VW em Tarumã e as arquibancadas foram tomadas por um público que se espalhava por todos os pontos. Havia filas de carros no pórtico de entrada, passando o mais rápido possível para não

Vitória levou Jefferson Elias para a conquista do título brasileiro da F-VW 1300, em 1980

perder um minuto do espetáculo. Assim era o panorama na terceira Etapa do Brasileiro de F-VW 1600 e 1300, que tinha ainda como atrativo o Torneio Nacional de Passat. Na mesma rodada, os pilotos “locais” foram festejados pelo público. Na Fórmula 1600, a atenção estava nos números 71 de Ronaldo Ely e 12 de Chico Feoli. No Torneio Passat havia uma legião de gaúchos. Raffaele Rosito com o 18, Aroldo Bauermann no 76 e Leonel Friedrich no 43, seu irmão Anor no 44, Sérgio Pegoraro no 17, Délcio Dornelles no 3, Flávio Pilau no 62, Baguncinha no 34 e Paulinho Hoerlle no 99, uma festa para a torcida. Antes da corrida, a discussão sobre o futuro da Fórmula Volkswagem foi a tônica nos boxes. Enquanto alguns pilotos afirmavam que a categoria estava caminhando para a extinção por falta de patrocinadores para manter os elevados custos de manutenção – 300 mil cruzeiros mensais por equipe –, José Pedro Chateaubriand defendia a continuidade afirmando: “Nunca a categoria esteve tão competitiva quanto agora, e os custos não são tão elevados assim como se propaga por aí. Tivemos só 12 carros nesta etapa porque muita gente teve problemas de transporte e locomoção até Porto Alegre” . Certo ou errado, a considerada Fórmula 1 brasileira era o que havia de melhor no automobilismo nacional naquele início de década. Alheio a tudo isso, o público queria ver corrida, e as Fórmulas VW eram pura velocidade na pista. Castro Prado deixou sua marca naquela tarde de sol em Tarumã. Não deu chances a ninguém, venceu a etapa de ponta a ponta após 32 voltas feitas em 38min18seg, depois de registrar a pole com o tempo de 1min08seg270. Ronaldo Ely chegou em segundo e Artur Bragantini, em terceiro. Na Fórmula 1300, um grave acidente na quarta volta da primeira bateria assustou todos que estavam no autódromo. O piloto Victor Marrese bateu muito forte na curva um, desmaiou e foi socorrido ainda na pista. No acidente ainda foram envolvidos mais três carros. Atendido no ambulatório, foi constatado um ferimento no tornozelo esquerdo do piloto. A vitória na 1300 foi de Jeferson Elias com o tempo de

Toninho da Matta enfrentou adversários competentes na prova dos Passats 41min27seg na soma dos tempos das duas baterias, em um total de 32 voltas. No Torneio Passat, ocorreu uma verdadeira guerra durante as duas baterias de 12 voltas cada. Toninho da Matta, que largava na pole, não se intimidou e segurou no braço a pressão de Rosito, Bauermann e Leonel, vencendo a etapa em 34min10seg. Rafaelle Rosito estabeleceu a volta mais rápida da corrida, em 1min24seg570, quebrando o recorde anterior de Átila Sipos, de 1min26seg350.

Fórmula VW 1600 1º Antônio Castro Prado 2º Ronaldo Ely 3º Artur Bragantini Pole: Antônio Castro Prado, 1min08seg270 Melhor volta da corrida: Ronaldo Ely, 1min09seg800 Fórmula VW 1300 1º Jefferson Elias 2º Olício Santos 3º A. Pinho Pole: O. Santos, 1min14seg690 Melhor volta da prova: Élcio Pellegrini, 1min15seg410 Torneio Nacional Passat 1º Toninho da Matta 2º Rafaelle Rosito 3º Aroldo Bauermann Pole: Toninho da Matta, com 1min24seg480 Melhor volta da prova: Raffaele Rosito, com 1min24seg570

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Corridas de 1980/1989 08/6/1980

BRASILEIRO FIAT 147 O Brasileiro de Fiat 147 desembarcou em Tarumã com várias equipes dispostas a levar o título de 1980. Cada corrida era disputada metro a metro, com os carros andando quase sempre enfileirados. Na terceira etapa, disputada em Tarumã, o piloto Aroldo Bauermann foi o centro das atenções. Concentrado há algum tempo na categoria Passat, Aroldo resolveu experimentar os Fiat. Estreou numa prova do campeonato regional gaúcho, uma semana antes. Quinze dias depois venceria as duas etapas do Brasileiro em Tarumã (3ª) e em Guaporé (4ª). Com isso, as equipes Jardim Itália e Milano passaram a ter novos personagens nos seus espelhos retrovisores. Soldan era outro nome forte, dominou amplamente a temporada de 79 e retornava ao circuito caseiro com chances reais de vitória. Átila Sipos foi um dos primeiros a chegar, e já foi avisando: “Aqui o motor não vale muito. O que importa é estar com a suspensão acertada para as curvas um, dois e nove, de alta, de onde saem os bons tempos”. Átila considerava Tarumã sua pista predileta: Curvas rápidas com o guard-rail passando, raspando no carro, repletas de emoção”, dizia o piloto da Equipe Milano aos jornalistas, comemorando a pole position com o tempo de 1min27seg570. Ao seu lado, Luis Paternostro, com Janjão em terceiro, Bauermann, Murilo Pilotto, Conill e Luis Castro, que fazia estréia na categoria. Na primeira bateria, Átila, Pater e Janjão pularam na frente sem tomar conhecimento do que se passava atrás. A bateria foi emocionante com os três enfileirados o tempo inteiro. Átila controlou a corrida até ter um pneu estourado na última volta. Com a desaceleração, Paternostro encheu a traseira de Átila, que foi caindo várias posições. Pater assumiu a ponta com o capô traseiro aberto, seguido de

Janjão. Mais atrás terminaram Conill, Fornari, Troncon e Bauermann. A segunda bateria foi um replay da primeira, todo mundo em fila indiana, ninguém oferecendo espaço e a ultrapassagem sendo forçada. Na 12ª volta, Átila retomou a liderança e subiu a reta separado por centímetros de Paternostro e Janjão. O gaúcho queria a vitória e colocou o carro para o lado de dentro da pista, ficando lado a lado com Pater na tomada da curva Um. Bastou um leve toque para “Janjão” desgovernar, bater no guard-rail e decolar, passando por cima da proteção e indo cair na saída do túnel de acesso ao autódromo. Ainda tonto, mas sem ferimentos, Janjão criticou a falta de um muro no local do acidente: “Todo mundo fala dos muros de concreto, que dão má aparência ...., mas num caso destes, somente eles são capazes de suportar e amortecer a batida. Estas lâminas de metal são uma piada”. Livre de Janjão, Átila comandou as três últimas voltas das 50 realizadas na etapa ao longo de 1h14min28seg, sempre escoltado pelo companheiro da Equipe Milano, Luis Otávio Paternostro. Aroldo Bauermann fez uma corrida pensando na vitória através da soma dos tempos, teve paciência e ficou assistindo a tudo de perto para cruzar em terceiro e vencer a etapa. Troncon foi o quarto e Antônio Miguel Fornari conquistou a quinta posição. Conill não terminou a bateria, envolvido em um acidente com o retardatário Hugo Fioravante, na curva do Laço, na sétima volta. Castrinho fez excelente estréia e finalizou em quinto na classificação final.

1º Aroldo Bauermann 2º Átila Sipos 3º Murillo Pilotto Pole: Átila Sipos, com 1min27seg570 Melhor volta da prova: Átila Sipos, com 1min27seg480 Recorde existente: Janjão Freire, com 1min27seg280

As corridas de Fiat 147 sempre tiveram muitas disputas, principalmente na largada

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17/5/1981

PROVA 10 ANOS DE TARUMÃ

Primeira apresentação da categoria Corcel II

03/8/1980

BRASILEIRO F-FORD Artur Bragantini conquistou o tricampeonato Brasileiro de Fórmula Ford de 1980 em Tarumã, mantendo a invencibilidade nas provas ocorridas no circuito. Marcou a pole em 1min13seg020, e venceu a corrida disputada em 30 voltas, com o tempo total de 37min39seg. Dois pilotos gaúchos, Walter Soldan e Egon Herzfeldt, deram espetáculo. Soldan quebrou o recorde da categoria com a volta mais rápida da prova, em 1min13seg770. Egon andou sempre forte e se envolveu em várias disputas em busca de posições, finalizando na sétima colocação. Mas o dia foi de Bragantini, que ao lado do preparador Clóvis de Moraes comemorou novamente o título da Fórmula Ford. No Torneio Philco Ford Corcel II, a pole position da etapa foi conquistada por Aloysio Andrade com o tempo de 1min26seg650. Olício dos Santos foi o vencedor, percorrendo 30 voltas em 45min17seg, em duas baterias. O piloto também fez a volta mais rápida da corrida com o tempo de

No ano em que o Autódromo de Tarumã comemorava seu décimo aniversário, os dirigentes do ACRGS instituíram uma loteria comemorativa intitulada Roda da Fortuna. Em 17 de maio, o grande prêmio que levou o nome do carnê marcou também o início do Campeonato Regional de Opala Stock Car, que durou apenas um ano, mas foi retomado com grande sucesso em 1986 com o nome Gaúcho de Opalas. Também em 1981, a Turismo Especial Gaúcho, até então conhecida como TEG, ganhou nova denominação, sendo chamada de Divisão 3 (Hot Car), uma categoria que apresentava carros de turismo com preparação importada. Aquele domingo de maio de 1981 teve uma programação intensa com cinco provas. Além da Opala Stock Car e da Divisão 3, correram ainda os Fiat 147 em etapa extracampeonato. Outra atração foi a segunda etapa do Torneio Carro do Povo. A prova principal, 10 Anos de Tarumã, encerrou as festividades, reunindo carros de todas as categorias. Roda da Fortuna, uma loteria comemorativa aos dez anos do autódromo

1min29seg060. Essa foi a primeira apresentação dos carros modelo Corcel II em Tarumã.

Fórmula Ford 1º Artur Bragantini 2º Walter Soldan 3º Amedeo Ferri I Torneio Philco Ford Corcel II 1º Olício dos Santos 2º José Nogueira 3º Aloysio Andrade

Divisão 3 Cláudio Ely Opala Stock Car João Campos Fiat 147 Evaldo Quadrado Torneio Carro Povo Cézar Pegoraro Prova 10 Anos de Tarumã Cláudio Ely

Fusca Opala 147 Passat Fusca

Arthur Bragantini venceu a prova da Fórmula Ford

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