Projeto de Marketing
ESPECIAL VITÓRIA, ES | TERÇA-FEIRA, 23 DE AGOSTO DE 2016
ESTONIANEXPERIENCE
Cidades inteligentes e humanas Palestra promovida pela Rede Tribuna apresentou o conceito de cidades inteligentes e humanas e como elas estão sendo desenvolvidas no Brasil e no mundo.
HELSINQUE, CAPITAL DA FINLÂNDIA, se destaca na oferta de mobilidade sob demanda, que visa abolir o uso de carros até 2025. Também tem equilíbrio entre arquitetura tradicional e moderna
Inteligente é ser mais do que digital > 3
Mundo caminha para dados abertos > 5
Participação popular garante sucesso > 7
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ATRIBUNA VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 23 DE AGOSTO DE 2016
Especial
Integração para melhorar a qualidade de vida FOTOS: CACÁ LIMA
A tecnologia tem potencial para resolver problemas que afetam moradores, tornando o espaço urbano mais humanizado aúde pública mais eficiente, escolas conectadas, melhoria da mobilidade urbana e acesso da população aos recursos, para que participem dos processos e contribuam para as mudanças das suas cidades. Esses são alguns dos avanços que a implementação de cidades inteligentes e humanas pode promover no ambiente urbano e social. O ponto central é usar a tecnologia de uma forma que a cidade funcione de forma integrada, gerando melhor qualidade de vida para as pessoas. Esse assunto foi apresentado no almoço-palestra do projeto “Em Pratos Limpos”, promovido na última quinta-feira pela Rede Tribuna, para convidados. O palestrante foi o presidente da Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas, André Gomyde, que é especialista em Desenvolvimento Econômico e em Inovação e também preside a Companhia de Desenvolvimento de Vitória. O palestrante alerta que não adianta usar toda tecnologia se não for para incluir as pessoas. “Se não for em benefício do cidadão, não faz sentido existirem cidades
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Se não for em benefício do cidadão, não faz sentido existirem cidades inteligentes e humanas
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André Gomyde, palestrante
Economia brasileira em tempos de transição Os cenários da economia, suas relações com o quadro político e condições para sua recuperação são os assuntos que serão levados à mesa do próximo almoço-palestra do projeto “Em Pratos Limpos”, promovido pela Rede Tribuna, exclusivamente para convidados. O palestrante convidado é o economista e professor associado da Fundação Dom Cabral Paulo de Tarso Almeida Paiva, que já foi ministro do Planejamento e do Trabalho nos anos 90. Em sua abordagem, ele vai avaliar a recessão pela qual atravessa a economia brasileira. “São muitos os desafios para melhorar os resultados da economia e retomar a confiança e o crescimento”, comenta. A palestra acontece no dia 22 de setembro e encerra o ciclo 2016 do projeto “Em Pratos Limpos”, que contempla quatro almoços no ano – nos meses de junho, julho, agosto e setembro.
PROGRAMAÇÃO
Próxima palestra > 22 DE SETEMBRO: neste último en-
ANDRÉ GOMYDE afirma que é preciso atrair os moradores para ajudar a definir o que é melhor para a cidade inteligentes e humanas. É preciso trazer as pessoas para um processo de cocriação na tomada de decisões corretas do que é qualidade de vida para cada um.” Ao dar boas-vindas aos convidados, o diretor de Marketing da Rede Tribuna, Geraldo Schuller, lembrou que o objetivo do evento é proporcionar aos convidados a apresentação de conteúdos novos, que venham agregar informação e integrar empresários, autoridades e profissionais. Na ocasião, Schuller mostrou dados que revelam a força da cobertura combinada dos veículos da Rede Tribuna. Segundo pesquisa Maplan, 980.500 pessoas di-
ferentes são impactadas semanalmente na Grande Vitória por meio dos veículos da Rede Tribuna – jornal, TV, rádio e internet. O evento realizado pela Rede Tribuna teve o patrocínio da ArcelorMittal Tubarão, da Chocolates Garoto, da Fecomércio e do Grupo Águia Branca.
OS NÚMEROS
980.500
pessoas são impactadas semanalmente pelos veículos da Rede Tribuna na Grande Vitória
SAIBA MAIS
contro do ano, o tema será a economia brasileira e o que esperar para o final de 2016 e 2017, diante do cenário atual. O palestrante convidado será o ex-ministro Paulo Paiva, professor de Economia da Fundação Dom Cabral, de Belo Horizonte.
> A CIDADE INTELIGENTE e humana
proporciona serviços mais eficientes ao cidadão e otimiza a gestão da própria prefeitura. > O ECOSSISTEMA DE INOVAÇÃO será o coração da economia da nova cidade, onde produtos e serviços inovadores vão levar a uma utilização mais eficiente e sustentável, com a generalização da economia partilhada, característica da nova cidade. > O GOVERNO IMPLEMENTA e apoia esse ecossistema, em que as comunidades virtuais são encorajadas a migrar para o espaço físico e se encontrar, identificando interesses.
PAULO PAIVA será o palestrante
O QUE ELES DIZEM Excelente
Oportuno
Desenvolvimento
Estratégico
Conceitos
“Foi uma excelente palestra. O que precisamos é isso, agregar tecnologia para facilitar a vida das comunidades. Por meio da tecnologia, podemos avançar muito, otimizar os recursos que temos e reduzir, por exemplo, os engarrafamentos e a poluição. Parabéns à Rede Tribuna pela iniciativa.”
“Toda cidade, por meio dos seus dirigentes, tem de se preocupar com uma série de fatores que venham a gerar conforto para quem reside nela. A facilidade de se locomover, não perder tempo, essas coisas têm de ser antecipadas. A gente tem de projetar e pensar na cidade. Esse tema é extremamente oportuno.”
“Esse tema é ext re ma me nt e importante e está em voga no Brasil, com iniciativas e cases de sucesso. É o principal tema para o desenvolvimento das cidades no momento. Chegamos a um ponto crítico, especialmente nas grandes capitais, e precisamos repensar as cidades a partir da sociedade. Temos que nos organizar para isso.”
“O tema é muito interessante. Para mim, que sou italiano, ainda mais, porque lá já de senvolve mos esses projetos há algum tempo, por ser um país pequeno, não da dimensão do Brasil, mas com a complexidade das cidades, que é enorme. Planejar as cidades de maneira diferente é algo estratégico.”
“O André Gomyde é uma autoridade nesse assunto. O tema tem muito a ver com o que a gente precisa difundir na sociedade, que é repensar as nossas cidades. São conceitos importantes que devemos colocar no dia a dia das pessoas. A Rede Tribuna mostra, cada vez mais, que está na vanguarda de temas importantes para a sociedade.”
Luiz Wagner Chieppe, diretor de Relações Institucionais do Grupo Águia Branca
José Maria Cola dos Santos, chefe de gabinete da presidência do Crea-ES
Paulo Baraona, presidente do Sinduscon-ES
Alberto Piz, diretor de operações da Milanez & Milaneze
Aristóteles Passos Costa Neto, vice-presidente da Findes
Expediente PROJETO DE MARKETING: Diretoria de Marketing DIRETOR: Geraldo Schuller PRODUÇÃO: Dinâmica de Comunicação CONTATOS: (27) 3232-5945 JORNALISTA RESPONSÁVEL: Fabiana Pizzani EDIÇÃO E REPORTAGEM: Kikina Sessa REVISÃO: Flávia Martins COLABORAÇÃO: Flávia Martins TRATAMENTO DE IMAGENS: Leyson Mattos e Renan Martinelli
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Especial
Inteligente é mais que digital WIKIMEDIA
Exemplos de como a tecnologia pode transformar as cidades e melhorar a qualidade de vida das pessoas foram apresentados uso da tecnologia só faz sentido se for para beneficiar o ser humano. Isso ficou claro na palestra que o presidente da Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas, André Gomyde, fez para convidados da Rede Tribuna na última quinta-feira, em Vitória. Segundo o palestrante, empresas de tecnologia da informação e comunicação perceberam que as grandes cidades eram um nicho de mercado que elas tinham para vender os seus equipamentos, como câmeras de videomonitoramento e sensores para estacionamento rotativo, só que com isso elas começaram a fazer cidades digitais. Hoje, no Brasil, comenta André, temos muitas cidades digitais, como o Rio de Janeiro e Vitória, por exemplo. No entanto, percebeu-se que a cidade digital por si só não basta. “Essa quantidade de tecnologia, aplicativos e softwares gera uma gama de informações que nem sempre são utilizadas. Ou são utilizadas por grandes empresas para
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AMSTERDAM, CAPITAL DA HOLANDA, está entre exemplos de cidades inteligentes que se destacam pela mobilidade urbana, favorecendo o coletivo montar estratégias de produtos com nossos dados, mas nós mesmos não temos isso”, disse. Daí nasceu o conceito de cidades inteligentes e humanas, que busca integrar a tecnologia em um sistema de informação gerencial em que todos, junto com o poder público, possam utilizar as informações e tomar decisões que tornem
a cidade mais eficiente e com mais qualidade de vida para seus moradores. EVOLUÇÃO A evolução da cidade digital passa pela iluminação inteligente. A única infraestrutura possível existente hoje para se fazer a integração dos dados é pelo parque de ilu-
minação pública, com as luminárias inteligentes, que se conectam uma à outra, formando o chamado smart grid, uma rede inteligente de transmissão de dados. Essas informações chegam a uma central de comando e controle, onde é gerado um sistema com dados abertos para consulta, trazendo as pessoas para esse proces-
so. Com isso é possível melhorar o trânsito, a qualidade do ar, o atendimento ao público e a coleta de lixo, entre outros fatores. Além disso, uma cidade inteligente e humana precisa repensar as questões urbanísticas e o cuidado com o meio ambiente para que se possa ter qualidade de vida, bemestar social e sustentabilidade.
SISTEMAS QUE JÁ SÃO UTILIZADOS
CARROS ELÉTRICOS despontam como realidade. Em
Recife, já há dois funcionando. Uma alternativa é utilizar parceria público-privada para oferecer o compartilhamento desses veículos pela cidade, como é feito com o uso de bicicletas.
SEMÁFOROS com sensores e câmera já funcionam em algumas cidades. Eles conseguem identificar a quantidade de veículos que circulam nas vias e alterar o tempo de abertura dos sinais para facilitar o fluxo e evitar congestionamentos, melhorando a mobilidade.
ESTACIONAMENTO ROTATIVO já com o parque de
iluminação sensorizado é outra possibilidade, dispensando o uso de parquímetro e do PicPay.
CENTRAL INTEGRADA DE Comando e Controle de
Segurança da cidade de Los Angeles, Estados Unidos. Lá, com o parque de iluminação sensorizado, quando há um assalto ou tiroteio, por exemplo, o poste identifica a posição em que está o atirador, quantos tiros deu e até o calibre da arma.
CENTRO DE OPERAÇÕES da cidade do Rio de Janeiro. O sistema recebe informações de cerca de 30 órgãos da prefeitura, de trânsito a serviços básicos, e trabalha com esses dados para tomar decisões corretas, gastando menos recurso.
ILUMINAÇÃO INTELIGENTE com lâmpadas de LED, que são direciona-
das, podendo ampliar a luminância ou apagar. Ela pode funcionar por sensores e só acender quando alguém passa. Além disso, ela tem uma rede de conectores para transmissão de dados.
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Especial
Cidades europeias se destacam Muitas cidades já colhem resultados positivos por utilizar a tecnologia para garantir melhores serviços públicos erlim, Helsinque, Lisboa, Barcelona, Londres e Amsterdam são exemplos de cidades inovadoras que procuram estimular os vários espaços de inovação urbana, como incubadoras, espaços de co-work, fablabs e parques tecnológicos. Elas se destacam por agregar valor através de políticas de inovação que integrem o ecossistema da cidade, tornando-as um living lab urbano permanente. Esse é um dos pilares mais importantes das cidades do futuro que estão sendo construídas hoje. No Brasil, as cidades mais sensibilizadas para implementação da inovação social e tecnológica no conceito de living lab urbano ainda estão numa fase de criar visões, es-
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tratégias e planos de ação, dos quais se destacam projetos pilotos, tendo em vista entender melhor as novas tecnologias e serviços para otimizar as soluções à escala urbana. Por outro lado, algumas cidades se destacam pela implementação de serviços já com visibilidade de impacto na gestão da cidade, como Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Natal. Vitória se destaca pela adoção de um modelo focado mais no componente humano e no entendimento da importância da colaboração entre a prefeitura e a Universidade e o papel fundamental do ecossistema de inovação. “Nesse aspecto, Vitória é uma cidade pioneira na cultura de inovação. Está na linha de frente com a PPP de iluminação pública, infraestrutura de suporte a outros serviços urbanos e o recente lançamento do edital do Parque Tecnológico, que será o elo integrador do ecossistema de inovação local”, comenta o presidente emérito e membro fundador da Rede Europeia de Living Labs, o professor
DIVULGAÇÃO
Eficiência no transporte coletivo A cidade de Curitiba, no Paraná, conta com um sistema viário e de transporte urbano eficiente e abrangente, um centro de monitoramento de segurança pública e um
Álvaro de Oliveira. Na avaliação dele, as cidades europeias estão entre as mais avançadas na implementação do conceito de cidades inteligentes e humanas, pois possuem uma cultura de inovação social e os living labs urbanos, que funcionam como o
EXEMPLOS BEM-SUCEDIDOS
Fujisawa A 50 km de Tóquio, Japão, a cidade foi construída em um antigo complexo da Panasonic. O projeto foi pensado para melhor uso da ventilação e luz natural. Os painéis solares fornecem energia para a casa, o sistema armazena energia em uma bateria para uso posterior. Custa 10% mais caro que as casas convencionais.
COPENHAGUE é exemplo de redução na emissão de carbono. A capital dinamarquesa reduziu 21% das emissões e pretende até 2025 reduzir ainda mais. Metade da população usa bicicleta para chegar ao trabalho.
centro de informações estratégicas. Possui extensa rede de fibras óticas que conectam diferentes equipamentos públicos, principalmente a rede pública de saúde e o sistemas
coração da dinâmica de inovação dessas cidades. No entanto, ele ressalta que cada cidade tem a sua cultura própria e, portanto, os modelos e as prioridades de implementação são diferentes e deverão ser ajustados à realidade local.
de monitoramento em tempo real da frota de ônibus. A prefeitura ainda disponibiliza acesso gratuito à internet nas chamadas ruas da Cidadania e acesso sem fio em áreas públicas.
O QUE É
Living lab É um conceito de pesquisa definido como laboratório vivo, que integra processos de pesquisa dentro de uma parceria público-privada.
Capital capixaba tem prédio sustentável A construção civil tem uma participação importante na implementação das cidades inteligentes e humanas. Novas edificações devem considerar padrões sustentáveis, promovendo o melhor uso dos recursos naturais, criando uma relação equilibrada com o meio ambiente. A primeira construção em solo capixaba a conquistar o selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), uma titulação internacional que atesta projetos sustentáveis em todo o mundo, é a
sede da Lorenge, na Enseada do Suá, em Vitória. A obra seguiu rigorosos padrões internacionais de sustentabilidade, o que lhe confere eficiência energética e economia no consumo de água, além de conforto e bem-estar aos usuários. A utilização da fachada com vidros é um exemplo do que foi feito para favorecer o uso da luz natural e atuar como barreira para o calor externo. Outro destaque da obra é o reaproveitamento da água de chuva. LORENGE
SANTANDER, na Espanha, tem uma rede com 12 mil
sensores ligados a computadores que ajudam a poupar energia e água e a reduzir congestionamentos. Os sensores ficam escondidos em cavidades no chão ou presos a luminárias, ônibus e lixeiras.
CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL: primeira obra no Estado com selo LEED
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Especial ANDRÉ GOMYDE PRESIDENTE DA REDE BRASILEIRA DE CIDADES INTELIGENTES E HUMANAS
QUEM É
Mundo caminha para política de dados abertos
André Gomyde > É ESPECIALISTA em Desen-
CACÁ LIMA
Transparência nas informações com livre, fácil e rápido acesso por qualquer cidadão é característica das cidades inteligentes ais de 84% da população brasileira vive em área urbana. Gerir esse espaço é um desafio constante para o poder público. Nesta entrevista, o especialista em Desenvolvimento Econômico e Inovação André Gomyde, que preside a Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas, fala da importância da participação da sociedade na gestão das cidades. Ele afirma ainda que o mundo está caminhando para uma política de dados abertos, que significa transparência nas informações, com livre, fácil e rápido acesso por qualquer cidadão. A TRIBUNA - Por onde as cidades devem começar a promover mudanças para alcançar esse patamar de inteligente e humana? ANDRÉ GOMYDE - São duas mudanças estruturais importantes. A primeira é uma mudança na maneira de olhar a gestão pública. O mundo está cada vez mais caminhando para uma política de dados abertos, que significa total transparência nas informações, com livre, fácil e rápido acesso por qualquer cidadão. O objetivo é que toda a sociedade possa participar da gestão das cidades, contribuindo e decidindo seus rumos junto com a administração pública. Chamamos isso de processo cocriativo. Ter acesso às informações é fundamental para esse processo. A segunda mudança é na infraestrutura tecnológica da cidade. Não se consegue fazer uma cidade inteligente sem um parque de iluminação pública inteligente. Você troca as luminárias da cidade por luminárias inteligentes, sensorizadas, que se conectam e criam uma grande rede de transmissão de da-
volvimento Econômico e em Inovação > PRESIDE a Companhia de Desenvolvimento de Vitória > PRESIDENTE da Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas, onde firmou sua capacidade de liderança de equipes complexas, em nível nacional > É CONSELHEIRO de diversos conselhos de organismos públicos e privados, destacando-se o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia da Presidência da República
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ANDRÉ GOMYDE: “As cidades inteligentes e humanas proporcionam uma integração de todas as tecnologias, como hardwares, softwares e aplicativos” dos, como internet de alta velocidade disponível para todos e por toda a cidade. O caminho para isso está na parceria público-privada de iluminação pública, que na prática significa que todo o investimento será feito pelo setor privado. Uma central integrada de comando e controle da cidade, parecida com a que temos no Rio de Janeiro, mas co-
Com a política de dados abertos, a sociedade consegue interferir diretamente na gestão, fiscalizando e contribuindo
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nectada com o parque de iluminação, complementa a infraestrutura inicial, porque é ali que a cidade começa a ser gerenciada com inteligência tecnológica e humana. > O que as cidades inteligentes e humanas têm de melhor? As cidades inteligentes e humanas proporcionam uma integração de todas as tecnologias, como hardwares, softwares e aplicativos que a cidade pode utilizar, como câmeras de videomonitoramento, estacionamentos rotativos sensorizados, semáforos inteligentes e aplicativos de orçamento participativo, para colher informações e dados e integrá-los de forma dinâmica e eficiente. Isso faz com que a gestão pública tenha condições de tomar decisões mais assertivas e
Rede oferece apoio aos municípios Discutir o desafio das pequenas e médias cidades para a implantação de cidades inteligentes pode ser o grande ponto para a sustentabilidade nesta década. Para ajudar os municípios menores a trilhar esse caminho, a Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas elaborou, com apoio de instituições e especialistas de todo o País, um documento que traz diretrizes e projeta a perspectiva de que tenhamos cidades inteligentes e humanas a partir de 2030. “É um plano para 15 anos de
muitas ações que devem começar a ser executadas desde já. Muitas dessas ações já estamos trabalhando, como a criação de uma Frente Parlamentar Mista, no Congresso Nacional, para mudanças importantes na legislação. Estamos estabelecendo uma parceria com o Instituto Campus Party, que é o maior evento de tecnologia do mundo, para levar nas próximas edições o tema e seus desafios aos desenvolvedores de soluções tecnológicas”, informou o presidente da Rede, André Gomyde.
DIVULGAÇÃO
PARCERIA com a Campus Party
Existe um mercado ávido por parcerias com o setor público, especialmente para projetos tecnológicos
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com economia de recursos. Por outro lado, com a política de dados abertos, a sociedade consegue interferir diretamente na gestão, fiscalizando e contribuindo para que a cidade seja efetivamente sua. Isso é democrático, inovador e fará das cidades cada vez mais lugares colaborativos, inclusivos e excelentes para se viver. > Olhando para o Espírito Santo, que possui apenas 78 municípios, onde você enxerga as maiores oportunidades de começar a caminhar nesse sentido? Vitória está caminhando para ser uma das primeiras cidades do País a se tornar inteligente. Sua PPP de iluminação pública está em fase de licitação e uma nova PPP para a central integrada de comando e controle está em andamento. Serra, Cariacica e Vila Velha têm grande potencial. Cachoeiro do Itapemirim, através da Dataci, já vem se preparando para esse trabalho. Colatina, Linhares e São Mateus também podem iniciar esse processo. As cidades menores levarão mais tempo, porque talvez preci-
sem se consorciar para viabilizar suas parcerias público-privadas de iluminação, mas já podem começar a trabalhar os conceitos de laboratórios vivos, que são ferramentas para a inclusão digital e a participação em rede da sociedade e podem trabalhar projetos de incentivo aos novos negócios tecnológicos, com apoio do Sebrae. Em Pernambuco, o Sebrae já está iniciando um projeto para cidades pequenas, em parceria com a Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas. > No momento, as administrações públicas passam por uma fase econômica ruim. Isso afeta esse desenvolvimento? Ao contrário, é na crise que se devem estruturar as bases para o pós-crise. Toda crise acaba. Quando isso acontece, quem se preparou sai em vantagem. Existe um mercado ávido por parcerias com o setor público, especialmente para projetos tecnológicos que vão estruturar as cidades para se tornarem inteligentes e humanas. Esse mercado gira no mundo um volume de negócios da ordem de 1,5 trilhão de dólares. Qual cidade, qual empresa, qual gestor não desejaria se conectar com esse mercado? É preciso olhar à frente. Definitivamente, o Brasil precisa aprender a planejar e a executar seus planejamentos. Grandes transformações e avanços significativos não podem ser feitos com improviso.
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ATRIBUNA VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 23 DE AGOSTO DE 2016
Especial Penso que a empresa que não estiver inserida em um ambiente que utiliza tecnologia vai desaparecer do mercado. O principal beneficiado desse processo somos nós mesmos
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JOSÉ LINO SEPULCRI, presidente da Federação
do Comércio
As empresas também buscam a melhoria contínua de seus processos, tecnologias e pessoal. Seguimos essa premissa e estamos em harmonia com o que o palestrante mostrou
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DANIELLA SILVA, Gerente de Recursos Humanos da Chocolates Garoto
A integração entre instituições de pesquisas, poder público e universidades é essencial para o planejamento e implantação de novos projetos
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VERA LÚCIA BERNABÉ, especialista em Responsabilidade Social da ArcelorMittal
Estamos passando por uma transformação e isso interfere nas cidades e no comportamento dos consumidores. Pensávamos em ter e hoje pensamos em usar
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JANC LAGE, diretor de Tecnologia e Inovação do Grupo Águia Branca
Caminho para inovação é irreversível Empresários e profissionais destacaram a importância do tema apresentado no evento, devido à forte presença da tecnologia no dia a dia mpresários e profissionais que participaram do almoço-palestra promovido pela Rede Tribuna, que abordou o tema “Cidades Inteligentes e Humanas”, afirmaram que aliar tecnologia e inovação para o bem-estar do indivíduo é um caminho irreversível, seja pelas administrações públicas, visando à redução de custos
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e melhor oferta de serviços, seja pela iniciativa privada, levando comodidade e agilidade aos clientes. “Infeliz o comerciante que não se adaptar à realidade da tecnologia. Há segmentos em que chegaremos ao ponto de não mais frequentar uma loja para adquirir aquele produto. Será tudo em um ambiente virtual. Sabemos que no-
vas ideias contribuem para inovarmos”, disse o presidente da Fecomércio, José Lino Sepulcri. Na avaliação da gerente de Recursos Humanos da Chocolates Garoto, Daniella Silva, hoje, com a aplicação de novos recursos, os processos estão cada vez mais automatizados, exigindo mão de obra especializada e oferecendo mais segurança aos colaboradores, à empresa e à sociedade. Ela ressalta que a tecnologia bem empregada reduz também os impactos ao meio ambiente.
“Acho que as cidades precisam mesmo ser inteligentes e humanas para falar com esta nova geração. Acho que esse caminho é irreversível”, declara o diretor de Tecnologia e Inovação do Grupo Águia Branca, Janc Lage. Segundo ele, esse impacto também é percebido no consumo. “O cliente não quer entrar em um ônibus apenas para ser transportado. Ele quer estar entretido, conectado, quer interagir. Hoje a interação ocorre o tempo todo.” A empresa oferece serviços digi-
tais em que o cliente consegue, pelo smartphone, comprar passagens, por exemplo. Além disso, grande parte da frota é conectada. “Em termos de inovação, podemos ficar idosos, mas velhos jamais”, afirma. A especialista em Responsabilidade Social da ArcelorMittal Tubarão, Vera Lúcia Bernabé, disse ter achado o tema do evento muito interessante pois nos incentiva a pensarmos em soluções mais sustentáveis e inteligentes para tornar nossas cidades mais compatíveis com os avanços tecnológicos.
O QUE ELES DIZEM Inovador
Pertinente
Debate
Planejamento
Atualização
“O conceito de cidades inteligentes é inovador e propõe uma cidade toda interligada, por meio da tecnologia. Além de interligar os serviços, facilita o acesso a todas as informações. Esse é o único caminho para as cidades e é preciso difundir mais esse tema, que vai ficar cada vez mais presente no dia a dia das pessoas.”
“Esse tema é muito pertinente, porque qualquer melhoria que se faz em uma cidade beneficia diretamente os cidadãos. Então, qualquer tema que traga melhora de vida para as pessoas é muito relevante, ainda mais neste período. Isso tem que entrar na pauta dos candidatos, para que a população sinta o benefício dessas escolhas.”
“Esse é um debate cada vez mais em dia com a realidade que a gente vive. É um tema oportuno, que nos leva a refletir sobre o que podemos fazer para melhorar a nossa qualidade de vida, a vida nas nossas cidades e o futuro que vamos ter. Temos hoje as questões hídricas e da gestão do lixo, por exemplo, para um futuro sustentável.”
“O tema é de extrema relevância para ser debatido pelos municípios e vai ao encontro do que está sendo tratado na Serra. Trata-se do futuro que queremos e nos exige planejamento e ações imediatas para obtermos resultados que garantam às cidades, a médio e longo prazos, o essencial: mais qualidade nos serviços prestados.”
“Vejo sempre nesse evento promovido pela Rede Tr i b u n a u m a atualização dos pr oc ed ime nt os que a população gostaria que acontecessem na sociedade. Infelizmente, o poder público não tem olhado por esse lado. É muito oportuno que se realize esse debate neste momento.”
Margô Devos, secretária de Comunicação de Vitória
Cintia Dias, gerente de Marketing e Comun. da Findes
Vagner Bissoli, gerente de Marketing do Banestes
Desiery Marchini, secretária de Comunicação da Serra
Helcio Rezende Dias, presidente da CDL de Vila Velha
VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 23 DE AGOSTO DE 2016 ATRIBUNA
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Especial
Participação popular é vital para a cidade do futuro DIVULGAÇÃO
A opinião dos moradores é essencial para a elaboração do plano de ação que vai construir uma cidade melhor para todos maior desafio na criação das cidades inteligentes e humanas é o engajamento dos cidadãos e das comunidades. É um processo de transformação que exige um ambiente de inovação social e tecnológica em sintonia com a visão que se pretende implementar. “É fundamental que o plano de ação seja realmente participativo, levando ao empoderamento e à colaboração de toda a população”, aconselha o presidente emérito e membro fundador da Rede Europeia de Living Labs, o professor Álvaro de Oliveira. Segundo ele, a colaboração dos cidadãos conduz à inovação social e às transformações comportamentais necessárias para enfrentar com êxito os grandes desafios da sustentabilidade da cidade. Em consequência, a relevância dos centros de serviços das cidades aumenta, e eles devem estar preparados para dar respostas rápidas e eficientes a todo tipo de demanda. Tudo isso exige um ambiente favorável para que as organizações, empresas e prefeitura participem e colaborem com confiança. Convidado do almoço-palestra
ÁGUEDA, PORTUGAL
Decisões O município português de Águeda se destaca pela participação popular. Os moradores encontram canais abertos para sugerir mudanças e participar das decisões. Um dos exemplos de ação que partiu da comunidade e deu certo é a instalação das sombrinhas coloridas nas ruas da cidade, que atrai turistas de várias partes do mundo, fortalecendo a economia.
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ÁGUEDA, CIDADE DE PORTUGAL, se destaca como inteligente e humana pela participação dos moradores nas decisões administrativas promovido pela Rede Tribuna, o arquiteto e urbanista Gregório Repsold acredita que, para que essas mudanças ocorram nas cidades brasileiras, o País precisa mudar. “Não temos como avançar com um governo como o que existe. Precisamos de seriedade e de transparência”, disse.
Já o presidente do Centro Capixaba de Desenvolvimento Metalmecânico, Durval Vieira, é preciso começar investindo em educação e em infraestrutura. “Só como exemplo, no nosso Estado ainda temos regiões que não têm acesso à internet. Precisamos ter uma política de governo que
permita a participação da iniciativa privada, o governo precisa acelerar esse processo.” Segundo ele, o setor produtivo gostaria que o governo desse segurança jurídica, fiscal, tributária e política para que esses investimentos venham e tornem esse sonho de cidades inteligentes e hu-
manas uma realidade no Brasil. “Percebemos que o melhor da nossa inteligência acaba sendo perdido por conta, justamente, das falsas promessas. Muitos profissionais formados vão para outros países”, comenta o professor e coordenador das Engenharias da Faesa, Getúlio Loureiro.
ANÁLISE
O QUE ELES DIZEM
Sérgio Bueno, gerente da PwC Brasil
Estratégias para fazer acontecer
Tecnologia
Solução
Sonho
Modelo
“A tecnologia só tem sentido se ela vier para atender o homem. Quando cria essa harmonia do homem com o espaço físico é muito bem-vinda. Ter uma cidade acompanhada on-line facilita a resolução dos problemas.”
“Acho que Vitória precisa de soluções que podem ser colhidas com a participação de empresas locais, de parcerias e com a academia. Entendo que qualquer gestor precisa buscar a solução onde ela estiver. Precisamos nos planejar e chamar a atenção para as parcerias necessárias.”
“É necessário colocarmos as tecnologias a serviço do homem. Precisamos transformar isso na prática. O que nos foi apresentado parece sonho. Como vivemos em um País sem uma política pública definida, isso fica difícil.”
“Vejo que o modelo de parque tecnológico de Vitória gera oportunidade de negócios, construindo uma ambiência favorável para desenvolver projetos e pesquisas. Aqui ainda temos um problema sério de mão de obra. A qualificação disponível e a capacidade de reter talento não são as desejáveis.”
Gregório Repsold, arquiteto e urbanista
Getúlio Loureiro, professor e coord. das Engenharias da Faesa
Durval Vieira, presidente do Cdmec
Rafael Lontra, diretor de produtos da MitoGames
"As crescentes demandas da sociedade encontram obstáculo nas restrições orçamentárias e na necessidade de fazer cada vez mais com menos. Isso aumenta a importância de executar e implementar estratégias de maneira eficaz e de fazer as coisas acontecerem. Desenvolver uma cidade sustentável e competitiva no futuro exige uma abordagem estratégica integrada. E, mais do que nunca, o crescimento que as cidades podem alcançar está fortemente relacionado com seu poder para tratar de questões sociais, ambientais e econômicas de uma maneira holística, aproveitando ao máximo as oportunidades futuras. Saber manter o crescimento de uma cidade sem pôr em risco seus alicerces é um dos desafios de desenvolvimento urbano mais relevantes.”
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ATRIBUNA VITÓRIA, ES, TERÇA-FEIRA, 23 DE AGOSTO DE 2016
Especial TECNOLOGIA
Primeiro prédio Estão em fase de licitação as obras do prédio que vai abrigar o Centro de Inovação do Parque Tecnológico de Vitória. A previsão é de que as obras fiquem prontas até o final do próximo ano. O local vai abrigar uma incubadora, escritórios de negócios, escritórios de propriedade intelectual, espaços de convivência e “co-working ”, entre muitos outros.
Vitória ganha Centro de Inovação Pensado em 1990 o Parque Tecnológico de Vitória começa a sair do papel e ganhar formas com a licitação do primeiro prédio cidade de Vitória não tem espaços disponíveis para novas indústrias e nem para a agropecuária. Sua vocação econômica está baseada na prestação de serviços. Por outro lado, os municípios vizinhos investem para fortalecer seus parques industriais, pois ainda têm grandes áreas livres. Atendendo essa vocação, surge o Parque Tecnológico de Vitória, com a missão de ser o grande centro articulador da inovação da cidade e do Estado. Na região de Goiabeiras, perto do aeroporto, há uma área reservada de 330 mil metros quadrados para o parque, dividida em três áreas menores, sendo uma para a implantação do Centro de Inovação, outra para a construção de laboratórios de pesquisa compartilhada e uma para a instalação de empresas e indústrias de base tecnológica. O processo licitatório para a construção do primeiro prédio do Centro de Inovação já está em curso, com investimento total de R$ 10 milhões, sendo R$ 1 milhão da Prefeitura de Vitória e R$ 9 milhões de convênio com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações. A expectativa é que o primeiro prédio esteja pronto até o final de 2017. A Companhia de Desenvolvimento de Vitória está iniciando a
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segunda etapa do convênio com o Ministério, que é a contratação de uma consultoria especializada para a definição do modelo de negócios do Parque Tecnológico, bem como a realização de um “roadshow” internacional, para a venda do parque no mercado mundial de inovação e para o estabelecimento de parcerias com instituições internacionais. HISTÓRIA A idealização desse parque teve início há 26 anos, quando foi criado um fundo municipal de ciência e tecnologia para estimular as atividades nessas áreas. “Na sequência, para promover a inovação e o empreendedorismo, propus a criação da TecVitória e a destinação de uma grande área em Goiabeiras para abrigar, no futuro, empresas de base tecnológica, que expressavam a opção por um desenvolvimento centrado na oferta de produtos e serviços densos em conhecimento técnico e inteligência. Entendo que essa opção ainda hoje é a mais oportuna por reforçar a centralidade de Vitória e contornar as suas limitações naturais”, lembra o engenheiro Álvaro Abreu, diretor da Tecmaran.
PARQUE TECNOLÓGICO ÁREA 3
ÁREA 2
ÁREA 1
ÁREA 1
ÁREA 2
Laboratórios Compartilhados
Centro de Inovação
> SERÃO INSTALADOS laboratórios
radora e gestora de projetos TecVitoria > EMPRESAS de Tecnologia da Informação > ESCRITÓRIOS de negócios > AGÊNCIAS DE FOMENTO e escritórios de propriedade intelectual; espaço das “startups”
de pesquisa da Universidade Federal do Espírito Santo e do Instituto Federal no Espírito Santo. > ESTÁ SENDO PROGRAMADA a implantação de um laboratório para cidades inteligentes, chamado “City Lab”.
> VAI ABRIGAR a incubadora, acele-
ÁREA 3
Indústrias e Empresas de Base Tecnológica > SERÃO INSTALADOS empresas e
indústrias do setor metalmecânico, chips e robótica > TERÃO ESPAÇO ainda empresas de drones, nanotecnologia e de atividades afins
OS NÚMEROS
10 milhões Projeto estimula competências de reais é o valor do investimento
2017
ano em que o primeiro prédio ficará pronto
A reportagem de A Tribuna perguntou ao idealizador do embrião do Parque Tecnológico, nos anos 90, Álvaro Abreu, como ele imagina Vitória com todo o projeto funcionando. “Vitória terá encontrado alternativas que lhe assegurem uma si-
tuação mais favorável nas suas relações econômicas com o resto do mundo, aproveitando a sua localização estratégica e a sua condição de capital, valorizando suas belezas e respeitando a sua escala natural em favor do bem-estar da sua gente e de quem a frequente. A ci-
dade estará finalmente livre das dependências econômica e psicológica dos chamados grandes projetos e com maior autonomia para decidir sobre o seu próprio futuro. Imagino uma cidade onde seus habitantes se sintam estimulados a desenvolver competências.”