Cartilha técnica de próteses do membro inferior aos idosos do CER IV em Campina Grande - PB

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CartilhaTécnicade

PRÓTESESDO MEMBROINFERIOR

Agradecimentos

Essa cartilha foi desenvolvida pelas integrantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica (PIBIC)daUniversidadeFederaldeCampinaGrande.

Autoras:MônicaEleizianedeBritoLeal(Bolsista)

IrlaMatiasRamos FernandaMariaSilvaGuedes

Orientadora: Profa. Dra. Isis Tatiane de Barros Macêdo Veloso

Colaboraçãoeedição: Msc.MayraKellydaSilvaCalixto

Sumário

2.

3.Análisesincrônicadosmodelosdeprótesesdomembro

3.1Prótesemodulartranstibial

3.2Prótesemodulartransfemural

3.3Prótesemodulardesarticulaçãodojoelho

3.4Prótesemodulardesarticulaçãodoquadril

3.5Prótesemodularhemipelvectomia

3.6Próteseconvencionalparcialdopé/syme

1.Qualoobjetivodacartilha?...............................................................03
O envelhecimento, a amputação, o processo de reabilitaçãoeapróteseparamembroinferior......................
inferior...................................................................................................................
Referências
1 Qualoobjetivodacartilha?

O Centro Especializado em Reabilitação (CER) do tipo IV, antes antiga AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), estabeleceu-se em Campina Grande/Paraíba desde 2016, sendo referência na assistência e reabilitação de pessoas com deficiência física, visual, auditiva e intelectual.

O setor de amputados e mal formados é composto principalmente por adultos e idosos, sendo este último correspondendo ao público com mais da metade dos atendimentos em reabilitação realizados para protetização.

Os modelos de próteses prescritas a adultos e idosos são produzidosemoficinasortopédicaslocalizadasnasAACDs espalhadas por todo o Brasil, cuja fabricação e fornecimento gratuito são financiados por meio de recursos do sistema único de saúde (SUS) e Ministério da Saúde.

Entretanto, não há nenhum material escrito de forma detalhada, organizada e atual que descreva técnica e didaticamente aos idosos, seus familiares,profissionaisda

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saúdedoCERIVesociedadecivilemgeral,osmodelosde próteses para membro inferior e suas respectivas características.

Nesse sentido, essa cartilha técnica visa organizar esse material sobre os modelos de próteses atualmente produzidos nas oficinas ortopédicas do SUS, a fim de propagar conhecimento a futuros usuários, técnicos e pesquisadores da área de Design e profissionais de reabilitação do CER IV em Campina Grande/Paraíba, de modo a permitir conhecê-los e estudá-los melhor, evitando reinvenções e adequando-os às necessidades e expectativas do usuário, pois o abandono desse tipo de produto,quetêmaumentadonosúltimosanos.

2 Oenvelhecimento,a amputação,oprocessode reabilitaçãoeaprótesepara membroinferior

Define se como idoso o indivíduo que apresenta idade igual ou superior a sessentaanos.

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas, estima se que ao nível global a população de idosos crescerá de 901 milhões para 1,4 bilhões entre2015a2030eaté2050essenúmero aumentarápara2bilhões.

PesquisasrealizadaspeloInstitutoBrasileirodeGeografiae Estatística (IBGE, 2018), apontam que o número de brasileirosidososcom60anosoumaisem1950erade2,6 milhões,alcançando29,9milhõesem2020emaisestudos indicam que esse número deve alcançar 72,4 milhões em 2100.

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As pessoas não envelhecem da mesma maneira. As mudanças causadas pelo envelhecimento se desenvolvem de maneiras diferentes em cada ser humano, e envolvem fatores como estilo de vida, condiçõessocioeconômicasedoençascrônicas.

Essas são classificadas como patologias não transmissíveiseatingem,emsuamaioria,osidososdevido ao alto grau de vulnerabilidade desses indivíduos e exposiçãocumulativaafatoresderiscosassociadoscomo tabagismo, alcoolismo e maus hábitos alimentares ao longodavida.

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Uma das principais consequências de complicações provenientes de doenças crônicas como doenças cardiovasculares e diabetes são as amputações de membros.

Esta pode ser definida como perda total ou parcial de um membro do corpo, como o objetivo ampliar as possibilidades de recuperação da região acometida e proverumamelhoranaqualidadedevidadospacientes.

Dentre os tipos de amputações realizadas no Brasil, cerca de85%sãonosmembrosinferiores,sendoquedestes,80% atingempacientescomdoençavascularoudiabetes.

Associada a amputação dos membros inferiorestem-seamudançassignificativas no estilo de vida do indivíduo, trazendo perda de autonomia e independência na mobilidadeparaatividadescotidianas.

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O processo de reabilitação do paciente é o responsável pela restauração desses aspectos, podendo ser classificado em duas fases: a pré-protetização, onde o coto passa por avaliações gerais (forma, localização, infecção) e específicas (medidas, radiografias em dois planosortogonais).

E a fase de pós-protetização cujo objetivo é alcançar a independênciadospacientespormeiodosucessonouso daprótese.

As próteses são dispositivos de tecnologia assistiva utilizados para substituir total ou parcialmente partes de segmentos corporais perdidos por amputações, participando da melhoria na qualidade de vida das pessoas amputadas, ao proporcionar a restauração da autonomia, inclusão social e independência nas atividadesdiárias.

Dessa forma, é de suma importância que, não apenas os profissionais da saúde responsáveis pela prescrição da prótese conheçam o produto, mas também os idosos amputados, seus familiares e os profissionais envolvidos nasuafabricação.

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Poisotipodepróteseindicadadependeránãoapenasdo tipodeamputação,mastambémdefatorespsicossociais e financeiros que envolvem a concepção e fabricação destetipodedispositivo.

As próteses de membro inferior pertencemaogrupodasexternas(ounão implantadas) que, por sua vez, subdividem-se em dois subgrupos: convencionais (ou exoesqueléticas) e modulares(ouendoesqueléticas).

As modulares correspondem aos modelos fornecidos gratuitamente pelo SUS e fabricados atualmente pelas oficinas ortopédicas localizadas nas AACDs espalhadas portodooBrasil,sendocompostasportrêscomponentes básicos:oencaixe,ocorpoeopé.

As próteses modulares são aquelas em que o corpo é composto por componentes em aço, titânio, revestidos ou não, cosmeticamente, por espuma e meia ortopédica, enquanto que o encaixe é sob medida, a partir de um molde gessado obtido especificamente para cada paciente.

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Sendoformadoportrêscamadascompostaspor:Etileno AcetatodeVinila(E.V.A),fibradevidroeresinapoliéster. Sãoclassificadasem:hemipelvectomia;desarticulaçãodo quadril;transfemural;desarticulaçãodojoelhoetranstibial que correspondem a região acometida e nível em que ocorreuaremoçãonomembroinferior. 10
3 Análisesincrônicados modelosdeprótesesdo membroinferior.

Aanálisesincrônica,trata sedeumadescriçãoemforma de análise dos componentes relevantes de um ou vários modelosdeumacategoriaespecíficadeumprodutoque, atualmente,encontra-sedisponívelnomercado.

Buscando descrever e analisar os componentes de um modelodeproduto,comparando oscomoutrosmodelos, a fim de verificar semelhanças e diferenças e, por conseguinte, prevenir que aquele componente seja fabricadocomaquelacaracterísticaespecíficaemfuturos modelosdaqueletipodeproduto.

Para a realização dessa análise foram selecionados apenas os modelos de próteses de membro inferior produzidaspelaoficinaortopédicadoSUSnaAACD/Recife. São eles: Transtibial, desarticulação do joelho, transfemural, desarticulação do quadril, hemipelvectomia e parcialdopé/syme.

A partir do registro fotográfico desses modelos, realizados in loco na oficina ortopédica da AACD/Recife pela mestranda participante deste estudo, iniciou se uma análise sincrônica desses modelos de próteses do membro inferior visando prevenir que características consideradas não ergonômicas e que não atendem as necessidades e expectativas dos usuários propaguem se emoutrosmodelosdestanatureza.

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Base para a conceituação dos modelos de próteses transfemoral,desarticulaçãodojoelhoetranstibial

PARTESGERAIS

Encaixe

CRITÉRIOA

Fibradevidrocomresina poliéster

CRITÉRIOB CRITÉRIOC

Fibradecarbono Polímeros

Corpo Aço Titânio

Joelho Aço Titânio

Preço

Plásticocomnúcleode madeira Plásticocomnúcleode nylon Plásticocomnúcleode fibradevidro

EntreR$2.280,00eR$ 2.608,00

Classificação Convencional Modular

Base para a conceituação dos modelos de próteses, hemipelvectomiaedesarticulaçãodoquadril

PARTESGERAIS

CRITÉRIOA CRITÉRIOB CRITÉRIOC

Cintopélvico Courosintético

Encaixe Fibradevidrocomresina poliéster Fibradecarbono Polímeros

Articulaçãodo quadril Aço Titânio

Corpo Aço Titânio

Joelho Aço Titânio

Pé Plásticocomnúcleode madeira Plásticocomnúcleode nylon Plásticocomnúcleode fibradevidro

Preço*** EntreR$2280,00eR$ 2608,00 EntreR$3555,00e 5550,00

Classificação Convencional Modular

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Base para a conceituação do modelo de prótese parcialdopé/syme:

PARTESGERAIS

CRITÉRIOA CRITÉRIOB CRITÉRIOC

Encaixe Siliconeortopédico Pé Siliconeortopédico

Preço*** EntreR$1.500,00e 2.000,00

Classificação Convencional Modular

Base para a conceituação dos fatores que se relacionam comosmodelosmodulares

PARTESGERAIS

CRITÉRIOA CRITÉRIOB CRITÉRIOC

Ergonomia Total Parcial Nula Funcionalidade Grande Média Pequena

Custo Baixo Médio Alto

Estética Total Média Parcial

Manutenção Fácil Média Difícil

Materiais Bom Médio Ruim Fabricação Fácil Média Difícil

As características de cada um dos modelos citados, resultantes da análise, encontram-se especificadas nas ilustraçõesaseguir:

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15 Prótesemodulartranstibial Prótesemodulartranstibialsem preenchimentocosmético Encaixe Corpo Pé ENCAIXE CORPO JOELHO PÉ PREÇO CLASSIFICAÇÃO Transtibial A (Fibradevidro comresina poliéster) A (Aço) A (Aço) B (Plástico comnúcleo demadeira) A (EntreR$ 2.280,00eR$ 2.608,00) B (Modular) ERGONIMIA FUNCIONALI DADE CUSTO ESTÉTICA MANUTENÇÃ O MATERIAIS FABRICAÇÃO Transtibial B (Parcial) A (Grande) B (Médio) B (Média) B (Média) B (Médio) B (Média)
16 Prótesemodulartranstibial Prótesemodulartranstibial compreenchimentocosmético Encaixe Corpo Pé ENCAIXE CORPO JOELHO PÉ PREÇO CLASSIFICAÇÃO Transtibial A (Fibradevidro comresina poliéster) A (Aço) A (Aço) B (Plástico comnúcleo demadeira) A (EntreR$ 2.280,00eR$ 2.608,00) B (Modular) ERGONIMIA FUNCIONALI DADE CUSTO ESTÉTICA MANUTENÇÃ O MATERIAIS FABRICAÇÃO Transtibial B (Parcial) A (Grande) B (Médio) B (Média) B (Média) B (Médio) B (Média)
Pé ENCAIXE CORPO JOELHO PÉ PREÇO CLASSIFICAÇÃO Transtibial A (Fibradevidro comresina poliéster) A (Aço) A (Aço) B (Plástico comnúcleo demadeira) A (EntreR$ 2.280,00eR$ 2.608,00) B (Modular) ERGONIMIA FUNCIONALI DADE CUSTO ESTÉTICA MANUTENÇÃ O MATERIAIS FABRICAÇÃO Transtibial B (Parcial) A (Grande) B (Médio) B (Média) B (Média) B (Médio) B (Média) 17 Prótesemodulartranstibial Prótesemodulartranstibial personalizada Encaixe Corpo
ENCAIXE CORPO JOELHO PÉ PREÇO CLASSIFICAÇÃO Transfemoral A (Fibradevidro comresina poliéster) A (Aço) A (Aço) B (Plásticocom núcleode nylon) A (EntreR$ 2280,00eR$ 2608,00) B (Modular) ERGONIMIA FUNCIONALI DADE CUSTO ESTÉTICA MANUTENÇÃ O MATERIAIS FABRICAÇÃO Transfemor al B (Parcial) A (Grande) B (Médio) B (Média) B (Média) B (Médio) B (Média) 18 Prótesemodulartransfemural Prótesemodulartransfemural sempreenchimentocosmético Encaixe Corpo Pé
Prótesemodulartransfemural 19 Prótesemodulartransfemoral compreenchimentocosmético Encaixe Corpo Pé ENCAIXE CORPO JOELHO PÉ PREÇO CLASSIFICAÇÃO Transfemoral A (Fibradevidro comresina poliéster) A (Aço) A (Aço) B (Plásticocom núcleode nylon) A (EntreR$ 2280,00eR$ 2608,00) B (Modular) ERGONIMIA FUNCIONALI DADE CUSTO ESTÉTICA MANUTENÇÃ O MATERIAIS FABRICAÇÃO Transfemor al B (Parcial) A (Grande) B (Médio) B (Média) B (Média) B (Médio) B (Média)

ENCAIXE

Desarticulação dojoelho A (Fibrade vidrocom resina poliéster) A (Aço) A (Aço) (Plásticocom núcleode nylon) (EntreR$ 2.280,00eR$ 2.608,00) B (Modular)

Desarticula çãodo joelho B (Parcial) A (Grande) B (Médio) B (Média) B (Média) B (Médio) B (Média)

Prótesemodular desarticulaçãodojoelho Prótesemodular desarticulaçãod
LASSIFICAÇÃO
ERGONIMIA FUNCIONALI DADE CUSTO ESTÉTICA MANUTENÇÃ O MATERIAIS FABRICAÇÃO
20 Encaixe Corpo Pé

Desarticulação

Prótesemodulardes dojoelhoper ENCAIXE C
dojoelho A (Fibradevidro comresina poliéster) ERGONIMIA FUNCIONALI DADE CUSTO ESTÉTICA MANUTENÇÃ O MATERIAIS FABRICAÇÃO Desarticulaç ãodojoelho B (Parcial) A (Grande) B (Médio) B (Média) B (Média) B (Médio) B (Média) 21 Prótesemodular desarticulaçãodojoelho Encaixe Corpo Pé

Prót d l desa

Desarti çãod

Desarticula çãodo

PÉ PREÇO CLASSIFICAÇ ÃO
quadril poliéster) ) B ástico mnúcleo demadeira) A (EntreR$ 2280,00e R$2608,00) B (Modular) ERGONIMIA FUNCIONALI DADE CUSTO ESTÉTICA MANUTENÇÃ O MATERIAIS FABRICAÇÃO
quadril B (Parcial) B (Média) B (Médio) C (Parcial) B (Média) B (Médio) B (Média) 22 Encaixe Corpo Pé Prótesemodular desarticulaçãodoquadril
Prótesemodular mia ENCAIXE CINTO PÉLVICO AR Q FICAÇ O Hemipelvec tomia C (Polímero s) A (Couro sintético) vidro) ular) ERGONIMIA FUNCIONALI DADE CUSTO ESTÉTICA MANUTENÇÃ O MATERIAIS FABRICAÇÃO Hemipelvect omia B (Parcial) B (Média) C (Alto) B (Média) B (Média) A (Bom) B (Média) Prótesemodula hemipelvectomia 23 Encaixe Corpo Pé
Próteseconvencional parcialdopé/sy Parcialdopé/syme (S p ) ( p ) e 2.000,00) ERGONIMIA FUNCIONALI DADE CUSTO ESTÉTICA MANUTENÇÃ O MATERIAIS FABRICAÇÃO Parcialdo pé/syme A (Total) C (Pequena) B (Médio) A (Total) A (Fácil) B (Médio) B (Média) 24 Próteseconvencional parcialdopé/syme

Referências

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