Este trabalho sugere uma abordagem para a compreensão de uma obra referencial, relacionada à capacidade de gerar emergências para o pensamento e o fazer arquitetônico. Para tanto, assume a importância do discurso como elemento de análise, sob a ótica das partes fundamentais que compõem os processos arquitetônicos ligados à produção crítica. Tendo a Casa da Música do Porto como enfoque, a investigação segue um percurso de três etapas: a ideia, ponto de partida para a encomenda do equipamento cultural de grande valor simbólico agregado; o discurso incorporado ao processo de projeto, buscando compreender os raciocínios conceituais presentes na proposta do OMA – escritório liderado pelo arquiteto holandês Rem Koolhaas; e, por último, o fato arquitetônico, materialidade contemplada por meio de recensões críticas. As relações estabelecidas por essas etapas procuram sugerir as novas questões suscitadas pelo edifício.