Caderno Mazup, de 14.12.12, ed 121

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Ioga:

a descoberta da beleza na simplicidade 14 de dezembro de 2012 - #121

foto Luca Lunardi


Blitz

A blitz Mazup desta semana invadiu Santa Cruz do Sul. Nossa galera esteve presente na Unisc e entregou a edição beta da Revista Mazup. A distribuição da publicação teve um toque a mais com os divertidos Bib’s #delícia. Confira alguns cliques abaixo e a cobertura completa em mazup.com.br.

Mazup

na Unisc Fotos Tiago Bortolotto


+ cliques de entrega da revista Tiago Bortolotto

Tiago Bortolotto

Douglas Kerber

Lucas, do La Confraria, de Venâncio, disponibilizou a revista em seu pub

Tiago Bortolotto

Na Dullius, de Santa Cruz, você também pode pegar seu exemplar da revista

Douglas Kerber

As meninas do Café Iluminura, de Santa Cruz, também receberam a revista

Galera da Dobro Comunicação, de Lajeado, curtiu muito a revista Douglas Kerber

Douglas Kerber

Mario, tatuador da “velha rasgada”

Maico, diretor do Mazup, entregou a revista para os diretores da Rede Vale de Comunicação, Oswaldo e Ivone

Caderno produzido pela empresa Mazup Entretenimento Ltda. e encartado semanalmente no jornal O Informativo.

51 3726-6741 www.mazup.com.br contato@mazup.com.br Av. Benjamin Constant, 2.197, sala 401 Bairro Florestal - Lajeado/RS A empresa Mazup quer produzir seus conteúdos em parceria com você. Faça contato! facebook.com/tonomazup twitter.com/tonomazup youtube.com/tonomazup

A moçada da agência Mero Inventiva, de Lajeado, conferiu o resultado final da revista


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♫ leia ouvindo Porcelain - Moby ♪

Alan Bischoff

Em conexão permanente com a essência da vida


foto Luca Lunardi

Encha o pulmão de ar e respire aliviado na época da correria. A ioga - prática milenar indiana - é um dos métodos para aliviar a tensão, em dezembro, de todos os 365 dias do ano. Alan Bischoff (33) já correu o mundo e ensina aos novatos a técnica de se conectar diretamente com o planeta Terra.

Acredite

, “plugar-se” é difícil. É preciso tempo para entrar em sintonia consigo mesmo. Para quem é inimigo do relógio e corre no sentido anti-horário, a ioga dá uma força. Cinco segundos para fechar os olhos, inflar os pulmões e entrar na filosofia zen de Buda. E ela nasceu há 15 mil anos. “Existem correntes muito fortes que estudam o passado e indicam que a meditação e a yoga (grafia original) são de uma civilização da remota Índia”, diz Bischoff, nosso kivam yoga - professor honorário -, sobre o encontro consigo mesmo. Bischoff, que descobriu a ioga por causa de um joelho quebrado, em 2002, diz que o homem moderno esquece de ver o “agora”. Ele teve que parar, meditar e aceitar a condição de calmaria. Assim, vislumbrou a base do comportamento humano. O homem de hoje planeja o futuro e relembra o passado, mas deixa de viver o agora. A técnica da ioga coloca o ser na mesma sintonia, alinhado com o tempo. Ao estabelecer a conexão, o ser humano se sente aliviado. Daí vem o engano e a sensação de estar desligado da loucura diária. Permanecer em estado de ioga é o desafio. Chama-se consciência direcionada ao ser e ter. “Quando isso acontece, não tem mais essa dualidade - eu e o meu trabalho -, aí não se sofre tanto com o trabalho, se hoje lhe causa esse sentimento”, compartilha Bischoff. Mas ele mesmo reconhece que é difícil chegar a esse estágio. A sociedade na qual o registro mais antigo da ioga foi encontrado era baseada na paz e no espírito matriarcal - oposta ao atual modelo: patriarcal e militar. “A ioga fortalece todas as relações que vêm do coração. Um religioso, por exemplo, sairá mais imune em sua fé. Alguém que ama a natureza, fica mais ligado a ela.” Praticar ioga é colocar o pé no chão. Estabelecer contato direto com a mãe Terra e recarregar as energias. E não existe hora para a prática. Bischoff, por exemplo, planta abacaxi e medita.

A respiração

Porta de entrada para a meditação, o ato de inflar os pulmões e expelir o gás carbônico é o que denuncia os sentimentos. Alan explica que a primeira alteração do estado de espírito do ser humano é mostrado na forma como se respira. E quando o indivíduo percebe essa mudança, já está em um processo evolutivo dentro da descoberta interior proporcionada pela ioga. “A raiva, por exemplo, é só um sentimento. Se eu percebo na respiração que estou com raiva, eu consigo controlar essa sensação e mudar minha atitude.” A ioga transforma vidas. A de Bischoff foi tocada e modificada.

A ioga une o corpo, a mente e o espírito. Faz com que a matéria se ligue com o transcendente. Isso está no radical da palavra: união. Essa fusão de matéria, espírito e sentimentos altera vidas. Dez anos depois de ser apresentado à ioga, Bischoff diz ser mais tranquilo, contrariando a sociedade atual, que tende a se mostrar por meio do ímpeto. “Comigo não foi diferente. A pessoa que mais consegue crescer no caminho é a que mais sofre. Eu senti isso.” Para quem é zen, a vida toda não passa por essa provação, por essa transformação que deixa Bischoff não melhor, mas consciente e tranquilo de tudo aquilo que faz, o que todo mundo busca nesta época de comprometimento e corre-corre.

Simples, mas belo

A ioga traz consciência, sobretudo mostra que na vida não existem sentimentos eternos como a felicidade. A prática mostra que a vida não necessita de luxo, conforto e requinte para a felicidade. “É enxergar na sua frente uma flor, a textura dela, o padrão, como aquilo é lindo. É a beleza da simplicidade. Saber que uma planta é um universo, assim como eu e esses seres podem estar unidos.” A ioga ajuda a descortinar a vida por trás do véu colocado sobre o cotidiano. A Lei do Carma e do Darma, tudo que se gera no universo fica registrado. É como o dito popular: “Deus está vendo”. “Esse pensamento produzido agora (entrevista) é um registro que vai permanecer na minha vida, ajudando a escrever a minha história.” O carma é o reflexo dos atos feitos no hoje e que refletem no futuro.

A ioga ajuda a desacelerar

“Tem gente que acredita que ao praticar a ioga, o homem se desconecta. E é justamente o contrário. Quanto mais envolvido com essa filosofia, mais enraizado com o mundo se está.”

Quem está lendo esta matéria, provavelmente já pensou no que vai fazer para recuperar os cinco, dez minutos em que acionou o “pause” das atividades diárias para ler. A ioga ajuda a reduzir o ritmo, pensar no hoje e fazer com que a rotina não pareça corrida demais. “Isso é na prática constante. É preciso criar raízes com a técnica.” Então, é bom praticar ioga agora, mas o importante é continuar. O estresse de fim de ano é gerado pelas ações consumistas. Por que os humanos precisam comparar presentes, se endividar e ter que dobrar a jornada de trabalho, quando se pode confraternizar de outras formas? Não há uma resposta. A questão é mais profunda e tem relação com a maneira com que a sociedade se organizou a partir do que o pensador norte-americano Alvin Toffler chamava de “segunda onda”, a passagem da sociedade agrícola para a sociedade do vapor - a revolução industrial. Texto Rodrigo Nascimento conteudo@mazup.com.br


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s a c i n ô t i p

ilustração Joana Heck

por Andréia Rabaiolli conteudo@mazup.com.br

Tanta raiva e tão pouca avareza O mundo vai acabar e eu termino a série

dos sete pecados capitais com os dois últimos: raiva e avareza. Dois pecados antagônicos em mim. Um eu tenho em excesso, outro eu tenho de menos, porque eu não tenho como ter. Os jornalistas gaúchos do interior recebem um piso de R$ 1.425. Eles nem têm como ser pão-duro. Desse pecado, eles estão livres. Sempre digo que meu sonho é declarar Imposto de Renda. Quando chegar a isso, me sentirei gente que faz. Portanto, falarei o mínimo possível da minha avareza. Abordarei o pecado que me faz explodir: a raiva. A psicologia diz que a raiva é o produto dos desejos e vontades não realizados. Ela surge quando algo acontece contra a nossa vontade. Durante todo o tempo das crônicas dos pecados, usei o filósofo Arthur Schopenhauer para explicar de modo bem-humorado os nossos pecaditos. A raiva é a emoção básica que mais gera problema porque é uma emoção quente e desme-

dida. Eu fiz um teste on-line e descobri que tenho um temperamento disfórico que tem como marca a alta raiva. Bem coisa de gente bipolar. São pessoas tipo tudo ou nada, com baixa tolerância à frustração: 15% da população é assim. São pessoas que têm uma visão particular das coisas e defendem com fervor o seu ponto de vista. Novamente surge aí a vontade. Seja feita a minha vontade, se não for feita, eu vou ter raiva. É o que Schopenhauer diz. Tudo tem que ser da forma como a gente quer. Schopenhauer reitera que tudo é feito da vontade. Somos movido a desejo, e no momento em que realizamos o desejo, ingressamos em um estado tedioso para dar vazão a um novo desejo e, assim, tudo se sucede nessa eterna insatisfação cheia de vontades. A vida é assim mesmo: a gente vive pra se satisfazer. Se a gente não se satisfaz, a gente fica com raiva. Se a gente se satisfaz, o desejo cessa por um momento até que venha o tédio, porque tudo o que é novo, só é novo por algum tempo. “Do desejo satisfeito já nas-

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MATRÍCULAS ABERTAS

ce um novo desejo, e uma vez alcançado um estado de saciedade, surge o tédio, tortura igual à do desejo. Assim a vida é como um pêndulo que oscila entre o sofrimento e o tédio, e a nossa existência é “um negócio que não cobre as despesas...”. O pessoal acha que ele era um pessimista, mas quem o adora entende a verdadeira teoria do “Tio Schop”. Talvez bebendo um chope, o filósofo seja mais compreensível. Como eu sou raivosa, eu vejo que as pessoas não gostam da minha raiva, sei que ela é desmedida e não consigo controlá-la. Às vezes, eu penso que a raiva me deixa alerta, como ela fez com Clarice Lispector. “Há dias em que vivo da raiva de viver, a raiva me envivece toda.” Nossa, isso me arrepia toda. Agora que o mundo vai acabar, eu queria que muitas pessoas tivessem vivido com mais raiva, para protestar mais, e eu, tivesse tentando viver com menos, para deixar passar muitas coisas. Vejo vocês no quinto dos infernos ou na sexta-feira. Leia esta crônica ao som de Natasha, de Capital Inicial.

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curtimos

fotos divulgação

Tendências de moda em Londres Há algumas semanas, Josi Richter, de Lajeado, voltou de Londres após participar de uma missão promovida pelo Sebrae. A moça percorreu as ruas e grifes da terra da rainha atrás de tendências para sua marca, Zeiten. Josi ficou cerca de dez dias na Inglaterra e andou de um lado para o outro com o pessoal do Sebrae - promotores da missão -, e visitou feiras, museus e escolas de design.

Inovação em fita K7 O lajeadense Renan Queiroz e sua Banda DrHank participaram recentemente de um projeto mais que interessante e inovador. Eles gravaram de forma analógica, em fita k7, suas novas músicas próprias, com estilo surf-music, com reggae/rock/funk. As gravações ocorreram em Canela, na casa de um dos mais renomados escritores gaúchos, Josué Guimarães. Os caras estão estourando pelo país, fazendo apresentações em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Acesse mazup.com.br e veja como foi o processo de gravação.

Deserto do Saara Recentemente, Jonas Battisti fez uma trip para a Europa e deu uma esticada até o deserto do Saara, no Marrocos. Num calor de 45°C, ele se hospedou em um hotel e seguiu em caravana para o deserto mais quente do mundo. Após dez horas de deslocamento de ônibus, ele andou um pedaço de camelo. Lá ele se inteirou mais da cultura dos beduínos, descobrindo como são suas manifestações artísticas. Jonas nos conta que o mais desconfortável é dormir em um calor misturado com areia e vento.

Estudando e se divertindo muito Rodrigo Gheno Leonhard está na Europa e, neste momento, encontra-se em Bayreuth, na Alemanha, estudando Engenharia. Quando ele tem uma brecha dos horários de aula e dos estágios, ele aproveita para viajar e conhecer as maravilhas do Velho Continente. Na foto, por exemplo, Rodrigo está em Lindau, sul da Alemanha, no Estado da Bavária. Uma cidade pequena que faz fronteira com a Áustria, onde metade fica no continente e metade em uma ilha dentro de um lago, o Bodensee. Bem legal, não?


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Evite o“cabelo de verão” por Kátia Eckert

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Renato Panitz

01. Vinda do Oriente, a bata já foi sucesso nos anos 1970, e hoje em dia, os homens vêm usando a peça cada vez mais. A maioria é feita com tecidos naturais, como o algodão e o linho, por isso são tão confortáveis. Ela combina com looks mais despojados; use com bermudas, calça jeans ou sarja, chinelos ou tênis. Ela só não fica de acordo com calças e sapatos sociais. Outra dica importante: as batas de cores claras podem ser um pouco transparentes, isto é normal, mas tem caras que não gostam, portanto, cuidado na hora da compra.

Sabrina Sontag

Já estamos na metade de dezembro, portanto, o look de réveillon começa a chamar nossa atenção nas vitrinas. A maioria gosta de usar branco e passar a virada na praia. Eu também gosto do branco, além disso, este ano, a moda evidenciou muito esta cor, não só no vestuário, mas em aparelhos eletrônicos e nos carros, pois passamos por uma grande crise mundial e queremos renovar, e nenhuma cor representa isto melhor do que o branco. 1. Porém, para quem gosta de uma corzinha, a dica é fazer como a Sabrina, que apostou no azul no maxicolar e no sapato.

Basta a temperatura subir, e a temporada de praia e piscina começar, que os cabelos já começam a reclamar! É no verão que a radiação solar incide de forma mais intensa sobre os fios, representando risco à saúde capilar. E para que os fios continuem lindos e saudáveis até o final do verão é preciso tomar alguns cuidados. Quando sair do mar ou da piscina, lembre-se de lavar os fios com água doce e aplicar um creme para pentear, de preferência com proteção solar. Para desembaraçar os fios, use um pente de madeira, assim, eles não se quebram, e depois que secarem bem, coloque um chapéu/boné, algo que proteja ainda mais. Tire férias também do secador e da chapinha. Não precisa esquecer os dois durante todo o verão, mas diminua a frequência de uso desses apare-

lhos, pois deixam os fios mais fragilizados. E quando for usar, aplique um produto com efeito termoprotetor. A alimentação também reflete na saúde do seu cabelo. Os aminoácidos do tipo cistina e arginina, presentes na gelatina, são responsáveis pelo substrato do fio capilar, por exemplo. Aposte em produtos hidratantes e use uma máscara potente uma ou duas vezes por semana. Além, claro, do leave-in, sempre após a lavagem. Já vai ajudar! Se possível, faça uma hidratação no salão uma vez por mês ou busque produtos de linhas profissionais que você possa utilizar em casa. Eles costumam ter propriedades mais emolientes. Se o cabelo estiver úmido, nada de dormir ou prendê-lo, viu? Isso pode enfraquecê-lo. E claro, evite água quente ao lavar os fios.


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