Revista Farrawi & Você 2ª edição

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Primavera / Verão 2014

& você

TOP Kids

Farrawi faz promoção inédita e proporciona um dia de modelo aos seus clientes-mirins

Primavera/Verão Confira os hits das coleções feminina e masculina

NOVIDADE Farrawi by Recco será inaugurada em outubro

Obesidade infantil

Exemplos começam em casa

Malhação no circo Saúde e diversão para as crianças

Mulheres de 50

Lindas e poderosas, elas não escondem a idade


Viver entre a beleza, desde pequeno.

www.lojaskacyumara.com.br Em Americana Avenida Afonso Pansan, 635 V. Bertine F. 19 3478.9200 | Rua JosĂŠ BonifĂĄcio, 235 Centro F. 19 3406.2210 Rua Carioba, 33 F. 19 3461.9000 | Rua 30 de Julho, 354 F. 19 3461.9286 Em Limeira Rua Tiradentes, 969 Centro Acima F. 19 3445.1285



A ordem é renovar E

então, a Primavera dá o ar da sua graça e, mais do que uma simples mudança de estação, ela parece trazer mais luminosidade e mais calor para a nossa vida. Renovação vira ‘palavra de ordem’ para tudo. Começamos a pensar nos projetos que queremos abraçar no próximo ano, retomamos a malhação da academia pra entrar em forma, tiramos do closet os casacos e cachecóis para dar lugar às roupas leves e coloridas que combinam mais com essa temporada.

Farrawi para oferecer um serviço exclusivo a suas clientes no segmento de lingerie. A nova loja começa a funcionar em outubro e estamos ansiosos para apresentá-la a você.

Por isso, a edição Primavera/Verão da revista Farrawi & Você chega às suas mãos recheada de dicas e novidades que ajudarão a fazer desta uma estação inesquecível. As boas-novas começam com a inauguração da Farrawi by Recco, que se somará ao Grupo

Aliás, o universo infantil é a grande tônica editorial desta segunda edição da revista, que traz 100 páginas de muita informação e diversão para você.

Ainda falando em novidade, nossa matéria de capa conta como foi a promoção Seu Filho na Revista Farrawi & Você que agitou os clientes-mirins da Farrawi Kids. As crianças selecionadas por votação via Facebook tiveram um dia de ‘top model’ no Zoo de Piracicaba e amaram a experiência.

Editora

Boa leitura e até a edição de festas, que estará nas suas mãos até o fim deste ano!

Capa Em dia de top model, a pequena Gabriella Presotto dá uma paradinha na brincadeira com a gangorra, no Zoo de Piracicaba, e faz pose para o fotógrafo Bolly Vieira.

Expediente

Equipe MBM

A revista Farrawi & Você é uma publicação das lojas Farrawi Moda, Farrawi Íntima e Farrawi Kids, produzida pelo MBM Escritório de Ideias. Rua Gov. Pedro de Toledo, 792 e 802 Centro - 13400-060 - Tel.:3434-6392 CNPJ 03.089.096/0001-02 /farrawi.moda Rua Gov. Pedro de Toledo, 799 Centro - 13400-060 - Tel.:3433-3070 CNPJ 68.370311/0001-86 /farrawi.intima Rua Gov. Pedro de Toledo, 784 Centro - 13400-060 - Tel.:3433-6335 CNPJ 02.910.703/0001-82 /farrawi.kids

Sócios-diretores Valdir Almeida Márcia Maria Maciente Grupo Kacyumara farrawi@farrawi.com.br

Diretor

Bruno Fernandes Chamochumbi bruno@mbmideias.com.br

Editora

Cristiane Sanches (MTb 21.937) cristiane@mbmideias.com.br

Reportagens e textos

Cristiane Bonin crisbonin@mbmideias.com.br Ronaldo Victoria ronaldo@mbmideias.com.br

Colaboram nesta edição

Christian Barbosa Luciano Bruno de Carvalho Silva

Atendimento

Susane Trevizan

Débora Ferneda Fabrício Coral Manu Vergamini Teresa Blasco Thais Alves Tatiane Fernandes Faggionato Anúncios e informes publicitários são espaços adquiridos pelos anunciantes e seu conteúdo é de inteira responsabilidade de cada um deles, cabendo à Revista Farrawi & Você apenas reproduzi-los nos espaços comercializados. A opinião de colaboradores não é necessariamente a opinião da revista. Matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores.

Rua Regente Feijó, 2387 – Vila Monteiro – Piracicaba – SP – CEP 13418-560 Fone: 3371-5944

Tiragem 10.000 exemplares Distribuição gratuita, exclusiva e dirigida

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Projeto gráfico e paginação: MBM Escritório de Ideias Allan Felipe Dalla Villa Lívia Telles

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@mbmideias


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NestaEdição 8- Farrawi by Recco chega em outubro 10- Jeito de sereia

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14- Perfeita e confortável 16- Cuide bem da sua lingerie 18- Simples & Sofisticada 20- Hora de decidir 24- Declare guerra à obesidade infantil

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28- Será que meu filho está se alimentando bem? 30- Bom é no circo! 34- ‘Top kids’ da Farrawi 38- Aventura no deserto 44- Livre, leve e solta 46- Moda inteligente

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48- Quero ser grande? 52- Peça uma ‘mãozinha’ 56- Sobre flores e curvas 58- Primavera em Verso & Prosa 74- Com cara de criança 78- Pequeno manual para mães de primeira viagem 82- Belas e poderosas aos 50 anos 86- Sabor que vem do mar 90- Folia no resort 92- A histórica, retrô e linda Cuba 94- 5 pecados contra sua aparência

& você

98- Em clima de férias

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www.danielatombini.com.br


Empreendimento

Farrawi by Recco chega em outubro Nova loja de lingeries terá conceito diferenciado

Por Ronaldo Victoria Foto: Bolly Vieira

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ma nova loja da rede Farrawi chega para atender ao público feminino em Piracicaba, com produtos de duas grandes grifes. É a Farrawi by Recco, que será inaugurada em outubro. Além da Recco, que consta do nome da loja, serão comercializados produtos da Liz, outra marca importante no mercado.

& você

O empreendimento, a quarta loja da rede (há a Íntima, a Kids e a Moda), é o primeiro fora da rua Governador Pedro de Toledo. Está na rua Gomes Carneiro, 606, esquina com a rua Alferes José Caetano. É uma localização também privilegiada, próxima ao Colégio Dom Bosco Assunção e ao lado de várias casas comerciais de tradição.

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“A nova loja terá um mix mais completo das duas grifes, o que não é possível na loja multimarcas”, conta Valdir de

Almeida, diretor da rede, e sua mulher Cassandra Almeida, que estará à frente do novo empreendimento. Com 150 metros quadrados de área e estacionamento para clientes, Valdir destaca a preocupação de garantir na Farrawi by Recco um atendimento diferenciado aos clientes. Marcelo Recco, diretor comercial da grife parceira da Farrawi, conta que o projeto By Recco é um novo modelo de negócio, que propõe uma verdadeira integração entre indústria e varejo. “A loja By Recco funciona como uma revenda credenciada semiexclusiva. Na prática, a loja mantém seu nome (bandeira) vinculado à fachada da loja com a assinatura ‘by Recco’, sendo que a parceria é regida por um contrato de credenciamento, com objetivo de estabelecer normas básicas para comercialização da loja no


Valdir: nova loja terá mix mais completo de produtos das duas grifes.

(direcionada às jovens), Petjama (com pijamas para o cachorrinho), Day by Day (que alia conforto e praticidade), Relax (com tecidos macios e aveludados), Clássica (para a mulher avessa a modismos na hora de dormir), Bella G (que valoriza as curvas), Maternidade (com modelagens específicas para as mamães). E o público masculino não foi esquecido pela grife, que tem o mix Íntimo Homem. CONSULTORIA Desde 2007, a Liz oferece consultoria gratuita sobre os tamanhos e estilos corretos de sutiãs por meio da Consultoria Liz Fit Sense. O projeto já percorreu cidades de todo o país e também o exterior, oferecendo solução para um problema real entre milhares de mulheres: a dificuldade de encontrar um sutiã confortável e adequado para o seu corpo. “A maior parte das mulheres não é proporcional”, afirma Ligia Bonamici Costa, diretora de marketing e desenvolvimento de produto da Liz e também responsável pela idealização do projeto.

que diz respeito ao mix de produto e padrão arquitetônico”, explica. Criado em 2012, o projeto hoje contabiliza seis lojas credenciadas em funcionamento. “A estimativa é que sejam abertas mais dez unidades até março de 2014”, revela o diretor comercial da grife. Otimista com o potencial de consumo de Piracicaba e a parceria, Marcelo afirma que a By Recco propõe uma nova identidade para a loja Farrawi, com o cuidado de preservar sua tradição e essência. “A farrawi by Recco assume uma nova versão de loja, criando uma atmosfera de desejo, que oferece uma experiência de compra para atender aos anseios que vão muito além da necessidade básica do produto”, conclui. VARIEDADE A marca Recco tem vários mixes dedicados a mulheres de diferentes faixas etárias e estilos. Há a linha Sensual (com meia-arrastão, espartilho e sutiã tomara-que-caia), Noivas (com produtos para a lua-de-mel), Baunillha

A Consultoria Liz Fit Sense surgiu por meio de uma pesquisa realizada no site da empresa com a participação de cerca de 20 mil mulheres. Após o término da pesquisa, foi possível concluir que 80% das consumidoras de lingerie sentiam-se desconfortáveis e insatisfeitas, pois os sutiãs, na maioria das vezes, apertavam os seios ou as costas, e em alguns casos, ficavam folgados demais. Em suas franquias profissionais especializadas oferecem consultoria para as mulheres, indicando o tamanho de sutiã que devem usar – levando em conta o tamanho das costas e o volume dos seios. “Nem sempre os formatos e tamanhos dos seios são proporcionais à medida das costas. E é isso que causa este desconforto”, enfatiza Ligia. A Liz conta com sete diferentes tamanhos de bojo (A, B, C, D, DD, F e G) para cada número de costas (40, 42, 44, 46, 48 e 50). “Os nossos sutiãs com diferentes tamanhos de bojo são pioneiros no Brasil. Nossos negócios são orientados para que as mulheres se sintam cada vez mais confortáveis e bonitas”, declara Ligia. “O resultado é incrível! Gravamos inúmeros depoimentos de mulheres confessando o alívio que sentiram quando receberam a consultoria e passaram a usar o sutiã correto”, completa.

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Lingerie

Jeito de sereia N

& você

ão existe nada mais Verão do que a praia. E foi neste cenário que a Recco decidiu mostrar o que tem de melhor para as mulheres nesta estação.

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& vocĂŞ

Lingerie

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Tecnologia

Perfeita e confortável L

& você

embra-se das lingeries modeladoras que, além de desconfortáveis, eram cheias de costura e marcavam a roupa? Pois é, viraram uma vaga lembrança do passado. A Liz acaba de lançar a linha Invisible Estética, que disfarça medidas, modela, é feita com microfibra extra fine, não deixa marcas sob a roupa e é absolutamente confortável.Que mulher vai querer abrir mão da elegância com essa novidade?

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Dica

Cuide bem da sua lingerie

Confira as dicas de como lavar e manter suas peças sempre novinhas

A

lingerie é uma das peças mais delicadas do vestuário feminino. Para manter sua beleza e a integridade do tecido por mais tempo é necessário conhecer algumas informações. A reportagem da revista Farrawi & Você ouviu fabricantes e lavanderias sobre os cuidados que vão garantir maior durabilidade para sua lingerie. A Liz destaca que é bom lembrar que deixar de molho, lavar, secar ou passar em altas temperaturas, e usar sabão alcalino, são fatores destrutivos das fibras do tecido. Por isso, lavar sempre sua lingerie no chuveiro com água em alta temperatura não é uma boa prática. Mas, se o hábito não será mudado, a empresária Samira Youssef Nader Perrone, proprietária da Laundromat Lavanderia Integral, dá duas dicas para quem não sai do banho sem lavar devidamente a calcinha.

lavanderia tiram essas manchas. E não há receita caseira para retirá-las. O jeito é lavar o quanto antes mesmo”, recomenda Samira. Passar a ferro ou secar na secadora geralmente não são atitudes recomendáveis pelos fabricantes de lingerie. Entretanto, é uma advertência comum da medicina ginecológica ter uma atenção com a peça em relação à higienização por conta da proliferação de microorganismos. Samira aponta que não há problema nenhum em passar o forro da calcinha com o ferro à vapor – tem que ser a vapor. Também é bom lembrar de não deixar a calcinha para secar no ambiente úmido do banheiro, que favorece a multiplicação de bactérias nocivas à saúde.

A primeira delas é usar um sabão neutro, que pode ficar dentro do box. A segunda dica é: opte pelo tecido de lycra. “Este é mais resistente”, afirma Samira. Depois de lavada, não torça a peça como uma pano de chão. Esprema-a com as mãos para retirar o excesso de água.

Também há uma série de recomendações para os sutiãs. Esta peça não deve ir à máquina de lavar roupas sem que você a coloque em protetores – lojas dos setores de soluções para residências, limpeza e grandes supermercados vendem o produto. “Principalmente as peças com renda, mais delicadas, devem ser lavadas na mão ou nesses sacos de proteção”, informa Samira.

Agora, se a peça estiver manchada por conta ‘daqueles dias’, o recurso indicado pela empresária é a lavagem imediata. “Dependendo de quanto tempo a peça está manchada com sangue, nem produtos específicos de

A marca de lingeries Liz recomenda outros cuidados para as peças com bojos. Na hora de guardar este tipo de sutiã coloque-o numa gaveta, abertos e encaixados, sem apertálos.

O que dizem as etiquetas

Lavagem normal até 30°

Não secar em tambor

Secagem em tambor em temperaturas baixas

Não alvejar

Não passar

Não lavar a seco

Limpeza a úmido

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Lavar à mão

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Fonte: Liz



Lingerie

Sutiã push up com alças versáteis R$ 46,90

Biquíni reto R$ 17,90

Simples & Sofisticada

Sutiã multiformas R$ 52,90

Quando a sofisticação e a simplicidade se somam ao conforto, você descobre o melhor dos mundos. Quem usa lingerie da un.i sabe bem o que é isso.

Sutiã regata com abertura frontal R$ 46,90

Tomara-que-caia taça R$ 61,90

Calça cavada

Biquíni básico

R$ 17,90

& você

R$ 17,90

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Short boxer

Biquíni drapeado

R$ 19,90

R$ 21,90



Profissão

Hora de decidir & você

Apoio da família é fundamental no processo de escolha da profissão

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Por Ronaldo Victoria Fotos: Bolly Vieira


O

tempo passa, as gerações se sucedem, mas a velha pergunta que chega antes do vestibular – ‘o que você vai ser quando

crescer’? – bate à porta de todas as famílias. Para evitar escolhas erradas, a ansiedade deve ficar de fora. Os pais, por mais preocupados que estejam, não devem jamais transmitir essa sensação para os filhos. Muito menos ‘forçar a barra’ para que os jovens sigam a carreira que eles julgam mais prática. Ou aquela com que sonharam. E o que ajuda muito é informação. Coisa da qual ninguém pode reclamar nesses tempos conectados e em que fica fácil descobrir os prós e os contras de cada profissão. E há adolescentes que, mesmo muito antes de encarar o vestibular, não arrancam os cabelos. É o caso de José Vitor Pires, que aos 14 anos não tem a menor dúvida do que deseja ser. Ele quer cursar engenharia naval e ser o prático do navio, aquele que cuida de todos os detalhes técnicos dentro de uma embarcação. “Eu não quero ser comandante de navio, porque não acho legal. Acho que ele não faz muita coisa, só fica desfilando com os passageiros”, afirma. “E, com o tempo, eu quero mesmo é ter uma frota de navios”, sonha. São sonhos grandes, ele reconhece. E que começaram quando começou a fazer cruzeiros com a mãe, a publicitária Joseane Leo Pires. “Já viajei de navio por quatro vezes: fui para Salvador e até Buenos Aires. Gostei de tudo”, conta. Nas viagens, José Vitor conheceu o trabalho dos tripulantes, segundo ele, a maioria italianos e filipinos. É um trabalho interessante, mas também de bastante responsabilidade e, a cada vez que a pessoa cumpre

se formar eu já devo estar aposentada. E como adoro viajar de navio, vou poder ir sempre. É tudo o que eu quero”, conta Joseane. Ao mesmo tempo, ela deixa claro que não o influenciou em nada. “Se influenciei, foi nas viagens que adoro fazer. Acho bom que ele já tenha claro o que quer ser na vida. Eu, quando tinha 12 anos, já sabia que seria publicitária e adoro minha profissão”, conta. NA MODA Já Ana Clara Magalhães, da mesma idade, definiu apenas a área em que pretende atuar. Mas ainda não a função. Explica-se: ela já fez alguns trabalhos como modelo – ‘claro que nada profissional’, como define -, gostou e quer ficar na área de moda. Mas ainda não sabe se à frente ou atrás das câmeras, ou seja, se como modelo ou como fotógrafa. “Eu descobri que esse campo me atrai e desde pequena as pessoas me perguntavam por que eu não pensava em ser modelo quando crescesse”, lembra. A ideia vingou, mas, às vezes ela se descobre um tanto indecisa porque tem vários interesses. “Eu acho que até podia seguir engenharia, porque vou

bem em

matemática. E adoro esporte, jogo futebol até hoje. Podia fazer também educação física”, afirma. Mas ela destaca que no momento está pendendo mais para o lado da fotografia. A mãe, a comerciante Vanderlita Santos, conta que não interfere e deixa que a filha tome a decisão consciente. “Eu só lembro de vez em quando que na João Pedro quer seguir carreira de engenheiro

uma escala, fica oito meses embarcada, longe de casa. “Não quero fazer trabalho dentro do navio. O prático fica no porto. Ele é como se fosse um controlador de voo. Depois de fazer engenharia naval, você faz mais dois cursos e fica fácil arrumar emprego”, conta. A mãe dá todo apoio para a escolha do filho. “Eu achei ótimo, uma profissão diferente. E depois, até ele 21


Profissão

Viagens de navio inspiraram escolha de José Vítor

mecânica ou mecatrônica. O garoto é daqueles que tem curiosidade sobre tudo, uma espécie de alma de inventor. “Eu me lembro que com uns oito anos eu pegava aqueles carrinhos de corda, desmontava e montava de novo”, conta. Mais recentemente, ele acabou construindo um ar-condicionado caseiro. Pegou uma lata de achocolatado, colocou o cooler de um computador Ana Clara adora fotografia e moda

quebrado junto com um pouco de gelo. “Quando o gelo entrava em contato com o ventilador, o ar frio se espalhava e refrescava o ambiente”, ensina. João Pedro conta que já se sente atraído pela área de engenharia desde cedo. “Eu sempre fui bom em matemática, porque eu gosto é de raciocinar, criar, resolver problemas. Em português, às vezes, preciso de aula particular”, conta. A mãe, Marilice Trentini Oliveira, que é diretora do Colégio Piracicabano, acompanha com interesse a definição

carreira de modelo são poucas as que chegam lá, que realmente brilham”, explica.

é seu filho caçula e a primeira, Taís Trentini Oliveira,

equilíbrio. “Eu não interfiro, não digo ‘ah nem pense

de 21 anos, já está encaminhada na área de recursos

em fazer isso!’ Mas também não incentivo para o lado

humanos.

Não sou ansiosa, de ficar pegando no pé. O que me cabe cobrar é que ela estude, que vá bem na escola. Quero que ela se sinta segura. O que ela escolher, eu apoio”, declara.

& você

potencialidades de nossos filhos”, lembra. João Pedro

Vanda diz que nessa questão sempre procura o

que eu gosto. É difícil, mas a mãe tem de ficar no muro.

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do filho. “Creio que, até pela profissão de educadora, a gente acaba observando melhor as

Ao mesmo tempo, ela cuida para não interferir no processo. “Eu já sei bem quais são os gostos dele, mas não preciso interferir. O que faço, ao mesmo tempo como mãe e educadora, é dar condições para que ele entre em contato com atividades ligadas à ciência,

ALMA DE INVENTOR

que é sua área. Assim ele vai se aproximando de uma

João Pedro Trentini Oliveira, 13 anos, também já

diversidade de opções e, desta forma, tendo condições

definiu a área: engenharia, mas ainda não sabe se

de fazer uma escolha consciente”, conclui.



Nutrição

Declare guerra à obesidade infantil Combate começa com os exemplos dentro de casa

Por Cristiane Bonin Fotos: Bolly Vieira

& você

Adriana aceita o morango oferecido por Cristal

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A

educação alimentar tem que começar cedo, em casa. É fundamental o papel educativo e exemplo dos pais na criação de bons hábitos nos seus filhos. E todos sabem que comer bem é necessário. Mas qual é a receita da medida certa? A resposta não é uma novidade da ciência ou de pesquisas internacionais. A empresária Luciana Lorandi, 55, mãe de quatro filhos, já sabia disso tudo há mais de 20 anos. “Refrigerante só em festas. Se eles não comiam verdura refogada, colocava pelo menos o caldo no meio do arroz e do feijão. Sempre comemos fruta, legumes, pães integrais, cereais”, conta Luciana, lembrando que a mágica da boa refeição é comer juntos, em família, para saborear também a companhia e o visual da comida. Outra lição de vida é que não deve haver radicalizações, que podem criar neuroses na criança ou a deixar com vontades. “O que vale é o bom senso”, observa. O resultado de todo o esforço diário que envolve a boa alimentação, desde o serviço da pia e fogão até a persistência necessária ao ensinar a criança a comer, transformou-se na opção da empresária Marina Falda, filha mais velha de Luciana. Para ela, seus bons hábitos alimentares têm tudo a ver com o que viveu em casa. “Aprendi a montar meu prato, com arroz, feijão, legumes e salada, e, geralmente, não troco a refeição por um lanche. Meu pai era bastante incisivo na hora das refeições, insistindo para que eu comesse o que realmente me faria bem. E minha mãe tinha o mesmo discurso. Foi importante esta afinação entre eles, para que meu pai não se tornasse o ‘carrasco’ e, minha mãe, a permissiva”, diz Marina. A união é necessária, principalmente nos dias de hoje. Nos anos 80, Marina foi favorecida por um contexto social e econômico totalmente mudado nos dias de hoje, refletido no galopante aumento dos casos de obesidade infantil. Na sociedade contemporânea, os pais passam pouquíssimo tempo com seus filhos. As ausências prolongadas acabam fazendo com que os país, muitas vezes movidos pelo remorso, tendam a ceder sempre. O refrigerante e o doce tornaram-se uma forma de suprir essa lacuna e de manter a criança entretida, ao invés de se dedicar tempo para educá-la ou escutá-la. Como ‘contribuição’ a estes novos tempos, a indústria alimentícia focada no público infantil ganhou artifícios de mídia e cresceu em tamanho, apoiada em personagens do mundo das crianças, o que cria frequentemente nos pequenos o desejo do consumo. O desenvolvimento da logística da indústria alimentícia atingiu tal sofisiticação e abrangência que a esses alimentos pobres em nutrientes já chegam às casas de palafitas dos destinos mais longínquos e a preços atrativos.

Marina seguiu os conselhos da mãe, Luciana Lorandi

O documentário Muito Além do Peso – disponível na internet pelo YouTube e, para dowload, no site muitoalemdopeso.com.br –, da cineasta Estela Renner, mostra esta realidade e revela um contexto crítico: um pacote de bolacha para uma população ribeirinha custa R$ 1 enquanto que um pé de alface é artigo de luxo. ALTOS ÍNDICES Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), uma em cada três crianças brasileiras está acima do peso. No Estado de São Paulo, a Secretaria de Saúde aponta que 45% das crianças e adolescentes paulistas estão com sobrepeso ou obesidade. Um dos erros comuns que contribui para este índice alarmante é a falta de rotina na alimentação das crianças e jovens. O pediatra Vanderlei Szauter, do Hospital e Maternidade São Cristóvão, de Campos do Jordão, ressalta que comer em horários não programados induz ao consumo maior de alimentos. “Sem a rotina organizada, a criança pode passar muitas horas sem se alimentar, o que não é desejável, pois quando ela vai comer, tende a mastigar muito depressa e em grande quantidade, sem atentar para a qualidade”. No caso da criança resistir a uma maçã ou ao espinafre, o pediatra sugere explicar a importância nutricional e induzir à boa alimentação referenciando-a a um personagem de desenho infantil. “Para crianças menores, os pais podem relacionar determinados alimentos a algum personagem de desenho animado que aprecie algo saudável, como um ratinho que goste de queijo. Já para as crianças maiores, pode-se explicar como um todo, lembrando que o melhor aprendizado é o exemplo dado pelos pais”. Além da obesidade e seus reflexos negativos à saúde,

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Nutrição

a criança, mesmo obesa, pode estar enquadrada no grupo das que apresentam deficiências de vitaminas e minerais. Chamada de fome oculta, o problema atinge até 40% das crianças brasileiras, aponta a UFV (Universidade Federal de Viçosa), em Minas Gerais, refletindo negativamente no seu crescimento físico e cognitivo, assim como no desenvolvimento do sistema imunológico. INICIATIVA Em meio a estatísticas estarrecedoras numa sociedade sem tempo para nada, boas iniciativas surgem para combater a doença crônica que é a obesidade infantil. O Colégio Piracicabano é um exemplo de esforço pela boa alimentação. Zero de fritura, suco feito na hora e legumes cozidos no vapor. São esses os cuidados que tanto o refeitório, destinado aos alunos do período integral, quanto a cantina escolar mantêm com relação à nutrição dos alunos do colégio. Entretanto, os próprios pais dos estudantes, algumas vezes, acabam sendo a origem do problema combatido no ambiente escolar quando enviam guloseimas na lancheira. “Todos os pais devem se preocupar com o que mandam de casa para a alimentação dos seus filhos na escola. Isso porque as crianças costumam compartilhar os lanches. É necessária a conscientização geral para que o bom hábito alimentar se forme coletivamente na escola assim como em casa”, destaca Juliana Bertuluci, nutricionista da cantina do Colégio Piracicabano. Na era em que a informação é disseminada num volume muito maior, outros comportamentos individuais acabam surgindo. Não é difícil hoje em dia ter acesso a alimentos orgânicos e encontrar pessoas com hábito alimentar baseado no veganismo. Este é o caso de Adriana Valverde, 39 anos. Ela é terapeuta ayurvédica, instrutora de yoga, doula e educadora perinatal, e, também, mãe da pequena Cristal Valverde Mira, de quatro anos e meio. Com tanto conhecimento sobre o corpo e artifícios mais naturais para a vida, a receita de Adriana é semelhante à da empresária Luciana.

& você

Para disciplinar a educação alimentar da filha Cristal, a primeira atitude de Adriana é manter regrada sua própria refeição. “Se eu entro na indisciplina, porque esperar que elas queiram comer brócolis e feijão? Sinto que precisamos ser razoáveis e afetuosos e, ao mesmo tempo, com bom senso, carinho e alegria.”

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Como terapeuta, ela recomenda optar, durante a semana, por legumes, verduras, frutas, cereais integrais, laticínios de qualidade, sementes, castanhas, grãos e algas. Na sexta-feira é dia de bolo de laranja com cobertura de cacau e açúcar mascavo. Sem neuras, durante uma festinha infantil, salgadinhos e brigadeiro

são liberados. Com tanto empenho, Cristal tem uma lista de alimentos prediletos que toda criança deveria ter: morango, milho, banana e leite com cacau e melado. E por que uma criança citaria a fruta e nem se lembraria do pacote de bolachas? “Porque é uma delícia”, responde a pequena de forma simples e objetiva.

Confira as dicas da Juliana Quando se fala em alimentação das crianças, o mais importante a ser lembrado é que elas precisam ser educadas pelos pais e não pelos vícios e tentações de hoje em dia. Ou seja, educação alimentar é necessária dentro de casa. Para os adultos é reeducação alimentar, mas para os pequenos ainda é uma simples educação alimentar, pois estão na fase de aprendizagem e têm a oportunidade de criar bons e saudáveis hábitos. Por isso, a importância da família dar o exemplo com bons hábitos alimentares. Para começar e prosseguir bem nesta missão, a nutricionista Juliana Bertuluci dá as seguintes dicas: • Diga não às guloseimas - Não significa que você deve proibir o consumo, pois este posicionamento leva a criança a procurar determinado produto em outros lugares. O ideal é não oferecer todos os dias. • Evite comprar alimentos industrializados com frequência - Se tiver em casa, disponível, a criança vai pedir. Então, evite comprar em excesso. Opte por embalagens pequenas e em pouca quantidade. Vale lembrar a importância de mostrar para as crianças que o saudável também é gostoso. • Incentive o consumo de frutas e verduras - Para poder incentivar o consumo destes alimentos é preciso tê-los em casa. Coloque sempre à mesa mais de uma opção de saladas e verduras e, de preferência, de diferentes cores. A cor influencia muito na escolha, pois torna o prato mais divertido e atrativo. Em relação às frutas, mantenhaas sempre frescas e limpas na geladeira para facilitar o consumo pela criança. • Façam as refeições à mesa - Evite deixar a criança ou o jovem comer em frente à televisão ou no quarto. • Seja exemplo para a criança - Se a criança não vê os pais, irmãos e avós comendo corretamente, por que ela fará o contrário? Ela ainda não tem opinião formada, imita tudo daqueles que são referência em sua vida: a família. • Incentive a atividade física - Assim como é um momento de aprendizagem em tudo, o mesmo acontece para a prática de exercícios. Os exercícios devem ser em forma de brincadeiras divertidas: natação, pega-pega, futebol, pular corda e correr por todos os lados.


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Artigo

Será que meu filho está se alimentando bem? Luciano Bruno de Carvalho Silva | lucianobrunocs@gmail.com

A

alimentação é vital para que a criança cresça saudável. Em um estudo publicado em 2010, na revista científica Segurança Alimentar e Nutricional, foi avaliada a

influência da mídia no comportamento alimentar de crianças e adolescentes. Os resultados foram preocupantes: 60% dos alimentos anunciados pertenciam ao grupo representado na pirâmide alimentar por gorduras, óleos, açúcares e doces.

A pesquisadora relatou que a falta de maturidade da criança em escolher e controlar suas decisões pode ser determinante da preferência e compra por alimentos como os fast-food ricos em calorias, bebidas carbonatadas (tipo refrigerantes), cereais matinais açucarados e snacks, alimentos que tendem a ser ricos em gorduras, açúcar e sal, pobres em nutrientes e fontes de corantes artificiais. Este comportamento alimentar pode elevar o risco de várias doenças como diabetes, hipertensão e obesidade.

& você

O aumento da obesidade não está relacionado somente ao tempo que as crianças assistem à televisão, mas também à influência negativa do marketing. Estima-se que crianças e adolescentes gastem, em média, de cinco a seis horas por dia assistindo televisão aberta e o número de comerciais

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que estimulam o consumo de alimentos pobres em nutrientes aumentou de 11 para 40 por hora nas últimas duas décadas. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no Brasil, 33,5% das crianças sofrem de sobrepeso ou obesidade. Considerando o aumento da obesidade e de doenças crônicas não transmissíveis, muitos especialistas têm sugerido que a propaganda e a publicidade desses alimentos contribuem para um ambiente favorável à obesidade que torna as escolhas saudáveis mais difíceis, especialmente para a criança. Certamente o público infantil é o mais vulnerável aos apelos promocionais da mídia e suas influências diretas nas práticas alimentares, evidenciadas pela escolha por alimentos industrializados e bebidas prontas, com impactos negativos na alimentação.

deve ser uma das prioridades no lar, no sentido de evitar o sobrepeso. Por vezes, a visão dos pais sobre a alimentação infantil é distorcida. A incapacidade, ou mesmo o desinteresse dos pais em servir refeições nutritivas e saudáveis agrava a suscetibilidade dos seus filhos ao sobrepeso. E então, o que pode ser feito? Substituir e incluir! Veja alguns exemplos:

O desenvolvimento do comportamento consumidor começa cedo, aos dois meses, a fase da observação. Nessa fase, geralmente, a criança faz sua primeira visita a um estabelecimento comercial; aos dois anos, na fase do pedido, a criança pede o produto sendo observado por meio de gestos e palavras; aos três anos e meio, na fase da seleção, a criança remove sozinha os produtos das prateleiras; a partir de cinco anos, a fase da compra assistida, a criança faz a primeira compra de um produto desejado, com assistência dos pais; aos oito anos, na fase de compra independente, a criança realiza o ato de comprar por sua conta, independente da presença dos pais. Até 12 anos, a criança já se familiarizou com todos os aspectos de seu perfil de consumidor.

• Colocar uma colher de azeite de oliva em cima da refeição (almoço) da criança;

Se fossem apontados os principais alimentos que contribuem para a obesidade e diabetes, as primeiras da lista seriam as bebidas açucaradas: refrigerantes e sucos industrializados. Nas crianças, isso significa um acréscimo de 250 kcal por dia, ‘calorias vazias’ que contribuem fortemente para o sobrepeso e obesidade. Como exemplo, uma lata de refrigerante tipo cola apresenta 35g de açúcar, ou seja, sete saquinhos individuais de açúcar. Uma criança que beba uma latinha de refrigerante por dia durante um mês consome 1110g de açúcar, aproximadamente. Dados alarmantes do Departamento de Comunicação Institucional da Unifesp mostram que 56% dos bebês tomam refrigerantes antes do primeiro ano de vida. A alimentação e as crianças obesas são duas das preocupações frequentes dos pais. A alimentação infantil

• Substituir essas misturas de farináceos com alto teor de açúcar por misturas como, por exemplo, de amaranto, quinua, farelo de aveia e linhaça dourada na proporção 30%, 25%, 25% e 20%, respectivamente; • Substituir refrigerantes e sucos prontos por suco natural; • Colocar uma colher de linhaça batida no arroz durante o cozimento;

• Cozinhar com óleo de girassol; • Substituir sorvetes de leite por sorvetes de fruta; • Substituir balas açucaradas por balas de agar-agar com corantes naturais; • Evitar utilizar caldos concentrados (tipo caldo de galinha) nas preparações; • Incluir a atividade de cozinhar em família como momentos de diversão; • Incluir cores, muitas cores nos pratos das crianças; • Incluir nos pratos preferidos das crianças ingredientes saudáveis que isoladamente não seriam consumidos; • Incluir responsabilidade e amor na escolha do alimento que se leva pra casa; • Incentivar a prática de atividade física; • Icentivar e praticar bons hábitos é mais simples que parece. Em algumas fases (ou em muitas), a paciência e a perseverança são o segredo do sucesso e, acreditem, dá certo! Muita saúde a todos! Luciano Bruno de Carvalho Silva é nutricionista, mestre e doutor em alimentos e nutrição pelo Departamento de Alimentos e Nutrição (Depan), da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); pós-doutor em ciência de alimentos pela Cornell University (EUA); professor adjunto da Faculdade de Nutrição da Universidade Federal de Alfenas (Unifal-MG).

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Mexa-se

Bom é no Em meio a piruetas e acrobacias circenses, crianças aprendem a gostar do saudável hábito da prática de exercícios físicos

Heloísa Corrêa

Arthur Mellega

Henrique Zambetta

Enzo Razera

S

ophia Rigitano, aos dez anos de idade, trocou de escola de balé e não se adaptou ao novo ambiente. Rebeca Haddad, 13, aumentou a estatura ao optar pelas aulas de circo. Os irmãos Rafael, de oito anos, e Henrique Zambetta, de cinco, formam uma dupla ‘do barulho’ e juntaram-se a mais um amigo para praticarem juntos as piruetas e acrobacias circenses.

& você

Todo mundo sabe da importância da prática de atividade física durante a vida toda, especialmente na infância e adolescência. Mas o respeito à socialização e a afinidade com a atividade também devem merecer atenção. É o que contam os pais das crianças citadas nesta matéria, todas frequentadoras das aulas na LifeCirco, em Piracicaba.

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Sophia já fazia balé há três anos. Gostava das aulas, mas teve de mudar de escola. Com os laços de amizade anteriores desfeitos, a menina não quis mais as sapatilhas. “Na época, foi aberta uma escola de circo perto de casa e ela foi fazer uma aula teste. Tudo deu certo porque a Sophia

teve a companhia de uma amiga e gostou dos movimentos de contorcionismo. A atividade exige dela dedicação e cria grande expectativa antes da apresentação anual da escola”, diz a mãe Fernanda Cristina Chiquito Rigitano, 35. Os aparelhos típicos do circo também encantam Rebeca. Frequentadora das aulas desde o ano passado, sua mãe Inês Angélica Haddad, 49, relata melhora no comportamento da filha em casa e destaca um ganho de estatura, fato comprovado pelo pediatra de Rebeca – que antes praticava o balé. “As aulas de circo são mais dinâmicas e ela gasta bem mais energia, e chega em casa dando piruetas. O balé era muito parado e o circo contribuiu para o aumento da sua altura. E se ela não vai às aulas por algum motivo, fica ansiosa”, conta Inês. Osmir Zambeta, 47, pai de Rafael e Henrique, revela que os filhos ganharam tônus muscular. “Eles reclamam apenas da hora do aquecimento, quando é exigida disciplina”, conta o pai, lembrando que o momento não muito bem


circo! Por Cristiane Bonin Fotos: Bolly Vieira

Maria Clara Pupin

Rafael Zambetta

Rebeca Haddad e Sophia Rigitano

Nicole Amaral Everaldo

aceito pelos meninos são minutos para o exercício social do respeito e obediência aos professores. Tão fundamental quanto a socialização, a atividade física combate o que é hoje um drama no comportamento da humanidade: o sedentarismo. O cotidiano urbano atual derrubou o gasto calórico diário de uma criança em 600 calorias, num comparativo com a vida levada há 50 anos, relata o pediatra João Guilherme Bezerra Alves. “Uma criança assiste hoje, em média, a 27 horas de televisão por semana, o que corresponde à sua principal atividade, volume de tempo só ultrapassado pelas horas de sono”, relata o médico. O dia a dia da criança e do adolescente de hoje reflete na elevação dos índices de obesidade em todo o mundo. Uma pesquisa do Instituto Dante Pazzanese mostrou que, entre 1978 e 2008, triplicou o índice de obesidade entre jovens paulistas. Entre os motivos para o aumento do peso, o médico

Bezerra Alves aponta o crescente processo de urbanização, a especulação imobiliária, o excesso de automóveis nas ruas, o extraordinário crescimento da violência como aspectos determinantes às restrições à atividade física na infância. Segundo o American College of Sports Medicine (ACMS) e o Center for Disease Control (CDC), todos os indivíduos, a partir dos dois anos de idade, devem desenvolver 30 minutos de atividade física de moderada a intensa, durante cinco dias da semana ou, preferencialmente, todos os dias da semana. “Os indivíduos que não se enquadram dentro desse conceito são considerados sedentários. O melhor exercício é aquele que se pode fazer regularmente. A atividade física para crianças não pode ser punitiva e nem necessariamente competitiva, mas sempre prazerosa. Aderência é fundamental. O hábito da atividade física deve perdurar por toda a vida, pois os estudos também apontam inúmeras vantagens para o idoso”, observa Bezerra Alves.

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Mexa-se

Atividades fase a fase O educador físico Paulo Lacorte destaca que é importante esclarecer que a atividade para o corpo engloba tudo o que interfere na fisiologia do organismo, a começar por uma simples caminhada. Acompanhe, abaixo, as dicas de Lacôrte por faixa etária e etapas do desenvolvimento da criança e do adolescente:

Atividades: Correr, saltar, pular, arremessar e rolar, aliados ao conceito recreativo com maior elaboração e desafios, mas ainda com a supervisão de adultos. Use brinquedos com bola, cordas, bicicletas e triciclos da idade. Ainda é cedo para se pensar em atividades mais específicas, a não ser nos casos especiais, como na faixa etária anterior.

Até 2 anos: Nesta fase é quando ocorre o desenvolvimento do sistema nervoso da criança e é quando deve-se estimulá-la de diversas formas, oferecendo oportunidades de interação dela com o ambiente. De forma geral, toda atividade em que este estímulo ocorre é indicada para esta faixa etária. Um fato interessante quanto a isto, demonstrando a evolução da maneira de entender a criança, é o recém-nascido. Há muitos anos, ao nascer, a criança tinha proteção exagerada, tendo seus movimentos limitados pela forma como era vestida. Hoje se sabe, tomando-se os devidos cuidados, que é importante a criança ter liberdade de movimentos e o máximo de contato com o meio externo. Assim, é importante, falar, estimular, colocá-la em contato com objetos e situações que exijam dela movimento e adaptação.

8 a 11 anos: Inicia-se neste período o desenvolvimento de aptidões mais específicas, ou seja, há espontaneidade e condições físicas para realizar um aprendizado e desenvolver mais habilidades motoras. O aspecto recreativo e lúdico deve ser mantido nesta faixa etária.

Atividades: Ofereça brinquedos sonoros, coloridos, de forma e textura diferentes. Leve a criança para passeios ao ar livre e promova contatos com meios diferentes, como a água, terra e grama.

12 a 15 anos: Nesta fase, a prática dos esportes deve ser mais específica, ou seja, o aprendizado das diversas modalidades deve ser focado para atingir os objetivos propostos por cada uma delas.

3 a 4 anos: Aqui a criança já tem maior autonomia, mas não podemos esquecer que ela ainda não tem um controle motor refinado e nem noção de perigo.

Atividades: É uma importante fase para desenvolvimento das capacidades físicas, como resistência aeróbia e anaeróbia, incluindo força e velocidade, agilidade e coordenação motora fina e flexibilidade das articulações. O aspecto competitivo dos esportes pode ser trabalhado, como os que envolvem lutas e artes marciais.

& você

Atividades: Diversos tipos de brincadeiras supervisionadas, como vencer obstáculos, saltar, rolar e agachar. Para as aulas de dança, natação e futebol deve-se ter muito cuidado e, apenas nos casos em que a criança demonstra capacidade e talento precoces, devem ser indicadas. Caso contrário, corremos o risco de, ao invés de ajudar no seu desenvolvimento motor e social, prejudicá-la impondo situações e desafios para os quais ela ainda não está pronta.

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5 a 7 anos: Esta é uma das fases mais importantes do desenvolvimento motor e social da criança. Agora ela já corre, tem maior domínio de seu corpo, gosta e precisa enfrentar desafios. Respeitando as características individuais de cada criança, ou seja, o princípio da individualidade, podemos oferecer atividades que exijam mais coordenação motora e desenvolvimento de habilidades motoras básicas.

Atividades: Incentive a criança à prática de esportes, artes marciais e dança, sempre sob a orientação adequada, não as tratando como atletas, respeitando o desenvolvimento físico e psicológico inerentes a este período. Apesar de ser um ótimo período para iniciar os esportes, as outras atividades recreativas ainda são importantes e adequadas, como andar de bicicleta e jogos e brincadeiras de diversos tipos que envolvam o desenvolvimento das habilidades motoras.

16 a 18 anos: Esta é a denominada fase de fixação. Neste período, tanto os esportes como as demais atividades físicas podem chegar ao seu ápice de desenvolvimento e se manter por muitos anos. Atividades: As habilidades motoras e capacidades físicas podem ser trabalhadas com intensidade, com objetivos bem definidos dentro de cada modalidade, tanto dos esportes, dança e artes marciais. Além disso, outras atividades físicas podem ser incorporadas à vida adulta, de modo que estas se tornem habituais e façam parte da rotina, como corrida, ginásticas dos mais diversos tipos (body jump, step ou spinning), ciclismo recreativo, natação, hidroginástica e musculação.



Promoção

‘Top kids’ da Farrawi Farrawi faz promoção inédita e proporciona um dia de modelo aos seus clientes-mirins

& você

Pedro Henrique Correa Castilho e Julia Cappelletti Baranzelli

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U

ma campanha inédita de marketing voltada para o público infantil, e que trouxe como característica principal a interatividade. Esta foi a ação da Farrawi Kids, que teve como foco o Mês das Crianças e a segunda edição da revista Farrawi & Você, produto editorial que logo na estreia demonstrou ter uma grande aceitação na cidade e na região. O resultado final da promoção está nesta edição (páginas 34 a 37), com uma produção especial totalmente dedicada aos pequenos. Os participantes, vencedores da promoção Seu Filho na Revista Farrawi, tiveram a oportunidade de participar de uma ‘brincadeira’ muito séria. Em clima lúdico, posaram para fotos com os looks cedidos pela Farrawi, durante toda uma tarde no Zoológico Municipal de Piracicaba. Os pequenos amadores tiveram à disposição toda uma estrutura profissional, com escolha de roupas da loja, maquiagem e cabelos da hair designer Daniela Martins; produção de Marina Torrezan e fotografia de Bolly Vieira. “São filhos de famílias que são clientes da nossa loja, alguns há bastante tempo. É também uma forma bonita de a gente retribuir essa fidelidade”, destaca Marcia Maciente, sócia-proprietária da Farrawi.

A promoção Tudo começou em julho, quando o espaço físico da loja, localizada na rua Governador Pedro de Toledo, no

Centro, sediou durante uma semana o concurso Seu Filho na Revista Farrawi. Durante o período, mais de 300 crianças e adolescentes, da faixa etária de um a 12 anos, se inscreveram. O fotógrafo Cláudio Franchi, do Studio A, instalou na loja um mini-estúdio para as produções. As crianças, auxiliadas pelas mães, eram fotografadas com as roupas da própria loja. “Foi uma promoção muito importante, e que deu o retorno que esperávamos. Para o comerciante, é cada vez mais interessante esse contato direto com o seu público”, conta Valdir Almeida, sócio-proprietário da Farrawi. A democracia também foi a base da promoção. Depois de feitas todas as fotografias, o material foi submetido a um júri especializado, que selecionou 24 concorrentes de quatro faixas etárias. Esses pré-selecionados tiveram as suas fotos publicadas no Facebook da loja (facebook/farrawi.kids) e a escolha final foi feita pelos internautas, sendo contabilizadas as opções ‘curtir’ recebidas pelos candidatos. No final, os vencedores foram Gabriella Presotto e Pedro Maziero (categoria de 1 a 3 anos); Alice Monteiro Albino Passarelli e Luis Felipe Borges da Silva (4 a 6 anos); Julia Capelletti Capello e Pedro Henrique Correa Castilho (7 a 9 anos), e Maria Júlia Passos e Carlos Alberto Rodrigues Neto (10 a 12 anos)

Luis Felipe Borges da Silva e Alice Monteiro Albino Passarelli

Maria Julia Passos e Carlos Alberto Rodrigues Neto 35


Promoção

Além de participarem da produção fotográfica especial, eles também receberam R$ 200 em vale-compras e ganharam a roupa com a qual foram fotografados para a promoção.

Diversão Independente do resultado, a participação no concurso garantiu momentos de diversão para os pequenos. A auxiliar administrativa Bruna Angeleli, 26, foi com o filho Pedro, de um ano e meio. “No fundo, a gente vem para satisfazer o ego de mãe, mas é válido. Porque eu sei que ele gosta também. Aliás, foi ele que escolheu a calça vermelha skinny”, conta.

Mãe de Raika, de três anos, a balconista Josiane Lemes Esteves, 28, também estava animada com a reação da filha. “Ela já gosta muito disso, é bem vaidosa e adora fazer caras e bocas”, afirma. Para os fotógrafos, o trabalho na fase da preparação foi bastante prazeroso. É o que destaca o jovem fotógrafo Rollemberg de Oliveira Junior, que atuou durante quatro dias na promoção. “É legal, é tranquilo trabalhar com eles. Eles ficam soltos e eu tirei em média cinco fotos de cada um. Geralmente a criança é mais espontânea que o adulto”.

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Maria Eduarda Passos e Carlos Alberto Rodrigues Neto

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Texto: Ronaldo Victoria Fotos: Bolly Vieira Styling: Marina Torrezan Cabelos e make: Daniela Martins Locação: Zoológico Municipal de Piracicaba Coordenação geral: Marcia Maciente

Agradecimentos: Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente, Paula C. de Souza Matias, Marianna Ricciardi Curi, Fabiane Torres Vilela, Estela Pateti, Tânia Magda dos Santos

Pedro Maziero e Gabriella Presotto

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Moda infantil

Aventura no deserto U

& você

ma coleção com clima de aventura. Esta é a proposta da Infantilândia para o Verão 2014. Em uma atmosfera desértica, as crianças se divertem em um cenário lúdico, repleto de surpresas. Confira os looks ensolarados que remetem à estação mais divertida do ano.

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& vocĂŞ

Moda infantil

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Moda infantil

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Vitrine

4 a 10 anos R$ 60,90

4 a 10 anos R$ 25,90

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Livre, leve e solta

Brincar, se divertir, passear e ser feliz. É disso que toda criança precisa. E a Brandili entende as crianças como ninguém. Veja os looks que vão fazer o seu pequeno brilhar neste Verão.

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1 a 3 anos R$ 28,90

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1 a 3 anos R$ 25,90

4 a 10 anos R$ 35

1 a 3 anos R$ 46,90



Educação

Moda inteligente Mais do que simplesmente vestir, marca vai além e aposta na aprendizagem Por Cristiane Bonin Fotos: Divulgação

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criança aprende a todo momento. Um olhar. Uma ação. Uma palavra. Pronto! Em um minuto ela já absorveu algo. De olho nesta fase tão fundamental da vida do ser humano, a tradicional malharia Malwee foi pioneira na concepção de peças baseadas num projeto pedagógico infantil. As roupas que ensinam receberam, em 2007, o nome Zig Zig Zaa, para se tornar uma marca de inspiração lúdica da Malwee. Antes da ação, a fabricante investiu, durante dois anos, em pesquisas sobre educação infantil. Pedagogos, psicólogos, e profissionais de marketing pesquisa para desenvolver diferenciados, interativos desenvolvimento infantil.

estilistas, ilustradores formaram a equipe de coleções com detalhes e estimulantes ao

Coordenada pela pedagoga Bernadete Wolff Cisz, a linha da Malwee contribui não só com o desenvolvimento saudável dos pequenos, mas também inclui referências como o Sistema Braille e a linguagem de sinais Libras nas roupas infantis.

& você

“Essas linguagens são estratégias necessárias para uma sociedade inclusiva, facilitando a acessibilidade e interação entre as pessoas. Todas as crianças hoje convivem no mesmo espaço escolar e na sociedade. Por isso, temos de oferecer às crianças, com ou sem deficiência, o conhecimento de outras formas de comunicação que possibilitem a interação com todos”, diz a pedagoga Bernadete.

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Para estimular todo universo de aprendizagem e suas possibilidades propostas pela linha Zig Zig Zaa, a especialista em pedagogia da Malwee lembra que os adultos são atores fundamentais. “Os pais devem reconhecer que também são responsáveis pelo processo de apoiar, estimular e educar seus filhos.” A iniciativa de misturar educação e consumo infantis, para a pedagoga Bernadete, é uma tendência dos negócios que envolvem este público. Para ela, as empresas de hoje estão, sim, mais preocupadas com a etapa do aprendizado e desenvolvimento do seu pequeno consumidor. Guilherme Weege, administrador da malharia Malwee, defende que “o crescimento das empresas tem de ser focado na educação”. As roupas não são o único produto desenvolvido para a Zig Zig Zaa. O setor pedagógico da malharia também disponibiliza na web artigos e dicas sobre a infância, em zigzigzaa.com. br/espaco-da-pedagoga/. A marca infantil também tem um canal próprio na Editora Abril, pelo site Educar para Crescer. Acessando educarparacrescer.abril.com.br/zigzigzaa, há conteúdos especializados sobre educação e, também, sobre as novidades das coleções. Agora no site da linha, o link zigzigzaa.com.br/ criancada.php oferece passatempo qualificado para seus filhos. As peças da Zig Zig Zaa estão disponíveis no varejo de Piracicaba na Farrawi Kids (rua Governador Pedro de Toledo, 784, Centro).

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Comportamento

Quero ser grande? Excesso de responsabilidade e erotização precoces podem comprometer saúde mental no futuro

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riança tem de aproveitar a infância. O problema é que há alguns anos essa fase infantil vem ficando cada vez menor. Crianças ‘pulam’ esse período e começam a se vestir como adultos, a ter vocabulário de gente grande e, pior ainda, a assumir responsabilidades que não fazem (ou não deveriam fazer) parte de seu cotidiano. E isso incomoda não apenas aos pais. A psicóloga Margarete Zenero revela que a questão está preocupante, estimulada pela mídia e por modismos. “A adultização impede o amadurecimento natural e gradual da criança, atropelando e queimando etapas das fases do seu desenvolvimento. E essas fases são fundamentais para a saúde emocional e psicológica. Isso nos preocupa muito, pois para que a criança seja um adulto saudável, ela necessita viver a sua infância”, afirma Margarete. A psicóloga lembra que é essa criança que garantirá a existência de um adulto bem-resolvido. “Se essa criança interna, por algum motivo, sofrer agressões, abusos, impedimentos, isso no futuro virá à tona. E vai se transformar num adulto mal resolvido, doente”, explica. E também haverá um mecanismo de inversão, pois é comum que esse adulto queira ‘recuperar’ um tempo que não volta, com, passe a se comportar como eterno menino, sem assumir a vida adulta.

& você

A erotização precoce é outro perigo. E que, aliás, aumentou, de acordo com Margarete. “Essa erotização, que vem crescendo, faz com que a criança fique muito exposta e passe a ter atitudes que não correspondem à sua faixa etária. Assim, ela se torna uma criança caricata

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Adriana, mãe de Yuri, se preocupa com a possibilidade da criança agir como adulto.

Por Ronaldo Victoria Fotos: Bolly Vieira


Ana Luiza e Nicolas: ‘criança tem que ser criança’.

ou um adolescente amadurecido demais, envelhecido antes da hora. Pode até apresentar distúrbios emocionais que a levem a ser um adulto superficial, vazio, inseguro, com baixa auto-estima. Ou mesmo desenvolver um quadro grave de depressão”, lembra.

fazer com que isso não se torne uma brincadeira levada a sério. “Não é necessário proibir, mas sim limitar e mostrar que ser adulto só cabe na vida de uma criança se for uma brincadeira. Assim como jogamos qualquer jogo, que tem o momento certo de começar e de acabar”, explica.

A culpa é toda dos pais que estimulam esse comportamento nos filhos, certo? Errado. Margarete Zenero acha esse diagnóstico muito fácil. E injusto. “Os pais não são os únicos culpados, pois existe todo um mercado consumista fomentado por uma mídia agressiva. É natural e saudável que a menina se enfeite como a mãe, mas a dosagem deve se limitar ao lúdico, à brincadeira, ao faz de conta. Logo, a criança deve retornar à sua realidade, ou seja, ao seu mundo infantil”, explica.

Embora não tenha dados estatísticos a respeito, Margarete lembra que a adultização precoce é um perigo igual para meninos e meninas. “Claro que a mais perigosa é a adultização interna, mas o processo externo, com o passar do tempo se interioriza. E iguala os prejuízos”, diz. “Digamos que a interna mata a criança e sua vida infantil com um tiro certeiro, no caso os meninos que assumem responsabilidade antes da hora. Mas a externa, no caso das meninas, seria um veneno que vai matando lentamente. Mas não vejo tanta diferença assim: ambas matam a criança e suas possibilidades de uma vida adulta sadia”, define.

Traduzindo: colocar limites, deixar claro o momento em que a brincadeira acabou. Segundo Margarete, ‘imitar os adultos’ faz parte do repertório de qualquer criança, e de qualquer geração. Mas cabe aos pais

Margarete lembra que os pais devem se analisar antes de tudo e ver até que ponto projetaram suas frustrações nos filhos. Por outro lado, nos primeiros anos de vida, as

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Comportamento

crianças querem seguir o modelo dos pais para serem aceitas. “A fusão dessas duas características, pais imaturos e filhos ansiosos, é fatal para que aconteça a adultização. Oriento os pais a estabelecerem rotina desde cedo, facilitando aos filhos o conhecimento e percepção das etapas de seu desenvolvimento”, conclui. PALAVRA DE MÃE A pedagoga Ana Luiza dos Santos é taxativa em relação a essa questão. “Criança tem de ser criança, aproveitar ao máximo essa fase que é linda”, afirma. Por isso, cuida para que o filho Nicolas, de sete anos, não pule essa etapa. “Eu fico preocupada sim, pois tudo tem o seu devido tempo. A infância é um tempo bom e que não volta. Se ele não aproveita, tem mais chance de ser um adulto complicado”, acredita. Para ela, o lado externo (usar roupas de adulto) nem é o mais grave. Virar adulto por dentro e antes da hora é que é um perigo. “Penso que é mais preocupante a adoção de responsabilidades antes da hora. Às vezes, elas deixam de ser criança por pura necessidade, para ajudar a família, isso é algo que se perde. Criança tem que se divertir. Meu filho vive a infância e quero que ele seja criança até a hora certa.” Já a professora Adriana Petrica Mello conta que é mais liberal em relação à questão externa, ou seja, se as roupas do filho Yuri, de 10 anos, são adequadas para a idade dele. “Eu não fico me preocupando com isso, desde que a roupa que ele use seja confortável para suas brincadeiras”, conta.

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Para ela, o que preocupa é a possibilidade de a criança passar a agir como adulto. “Acho pior quando assume responsabilidades antes da hora. Criança tem de brincar e aproveitar a vida”, destaca.

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Moda Praia Infantil

mbmideias

Primavera/Ver達o 2013


Tarefas domésticas

Peça uma ‘mãozinha’ Crianças podem e devem ajudar nas atividades de limpeza e organização do lar

Por Cristiane Bonin Fotos: Bolly Vieira

& você

July, Manuela, Júlia e Leandro: família unida nas execuação das tarefas domésticas

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ilhos independentes, responsáveis e participativos são o objetivo de toda família. A distribuição das tarefas domésticas pode contribuir e muito para a evolução desejada das crianças e adolescentes, aponta a especialista em neurolinguística, Roselake Leiros.

esmalte, faz as coisinhas dela, como pagar por um convite para uma ‘baladinha’. Acho muito importante que ela venha aos sábados ao salão. O dia de trabalho também é ótimo para aprender que tudo tem um custo, conhecimento muito importante nos dias de hoje”, conta July.

Na mesma direção, a educadora infantil Anabela Marisa de Sousa Monteiro também confirma que “atribuir tarefas às crianças é uma das melhores técnicas de educação infantil e uma excelente maneira de criar um sentimento de competência e cooperação, construindo uma unidade familiar mais forte”.

Duas experiências surpreenderam o casal em relação ao desempenho e comprometimento de suas filhas. Na primeira, as férias recentes da ajudante Luciana mostraram para a família a importância de todos se auxiliarem na rotina do lar e, principalmente para as meninas, a valorização do serviço executado por um empregado doméstico. “Sempre digo que não temos empregada. Acho feio nomear a função assim. Deixo claro que temos uma pessoa que dispõe do tempo dela para nos ajudar, um trabalho como qualquer outro, que deve ser respeitado, e que sem ela seria bem mais difícil trabalhar e estudar”, comenta July.

Segundo Anabela, as tarefas domésticas estabelecem hábitos úteis e ensinam lealdade e compromisso com o trabalho. “Crianças que crescem vendo tarefas como uma parte normal do cotidiano, encontram muito mais facilmente o fluxo para a vida adulta do que aquelas sem essa responsabilidade”, diz a educadora. O casal de empresários do ramo de estética July Madeira, 38, e Leandro La Riva, 38, são pais de Julia Madeira Galdino, 14 anos, e Manuela Madeira Vicente, sete anos. As meninas têm uma lista de compromissos com a casa, auxiliando na organização do lar e nos cuidados com os animais, observa o pai Leandro. “Inclusive, Julia - a mais velha -, ajuda muito a cuidar da irmã, incluindo pegá-la na escola para nós”, conta o empresário. “Depois do colégio, elas podem ir ao estúdio ou para casa. No caso da segunda opção, elas se viram com o lanche e a louça. Não preciso deixar nada pronto”, conta a mãe. E, apesar da família Madeira La Riva contar com uma secretária do lar, as filhas organizam suas próprias coisas. “Temos um combinado: a Luciana só limpa o quarto delas se o cômodo estiver organizado. Caso contrário, a faxina fica para quem não colaborou. Se a Julia, por exemplo, deixou o armário ou escrivaninha desorganizados ou a roupa jogada, a Luciana não limpa seu quarto. A Manu tem que deixar, principalmente, os brinquedos nas caixas”, conta July Madeira. Julia, desde os 11 anos, sabe lavar sua própria roupa. “Na mão, não na máquina”, observa a mãe. “A Manu logo vai aprender”, relata July. A filha adolescente do casal está em outra fase do aprendizado. Aos sábados, Julia trabalha no estúdio de beleza dos pais e recebe um valor combinado. “Com este dinheiro, ela coloca crédito no celular, compra

Com as férias da ajudante, um esquema para dar conta da rotina de casa foi montado e executado com sucesso com a cooperação de todos. “Durante a ausência da Luciana, o nosso combinado era: eu cuidava do almoço e das roupas. Manuela montava a mesa, a salada, ligava e desligava a máquina de lavar, arrumava a cama e deixava o uniforme e material de escola separados. Julia varria o chão e passava pano. O Leandro ficou responsável pelos banheiros. Foi muito legal porque fizemos mais do que o combinado e a casa não virou uma bagunça. Além disto, elas começaram a valorizar mais o trabalho da Luciana”, conta a mãe. Outro episódio feliz aconteceu no ano passado, durante uma ação social promovida pela empresa do casal, que contou com a contribuição de Julia e Manu. A Julia ajudou muito no lavatório, recepção e organização, conta a mãe. A Manu, por ser mais nova, fez as tarefas com um grau de dificuldade menor. Porém, foi bem competente, afirma a mãe, retirando o lixo, repondo os copos, pendurando as toalhas para secar, lavando a louça, servindo os lanches, varrendo o chão e separando os recicláveis do jeito dela, é claro, observa July. “Parece pouco, mas tenho certeza que foi importante para a formação delas. No final do dia fizemos uma foto superlegal com a turma toda e, nos agradecimentos, coloquei o nome das duas como voluntárias. Se você visse a carinha delas na hora que viram seu nome lá... Acho importante incentivar toda ajuda, por menor que ela seja”, destaca July.

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Tarefas domésticas

COMEÇANDO Para obter a ajuda do seu filho nas tarefas, Anabela recomenda paciência no ensinamento. “Transmita ao seu filho, ainda em tenra idade, que todos os membros da família devem trabalhar juntos para fazer funcionar o lar e que cada pessoa deve fazer a sua parte, incluindo ele.” Comece ensinando uma tarefa de cada vez. “As crianças podem ficar confusas quando são obrigadas a aprender várias tarefas de uma única vez”, afirma Anabela. Também fracione a atividade proposta, ou seja, não diga ‘limpe o quarto’, seja específico: tire o pó, troque os lençóis e assim por diante. Se a criança é desorganizada, espalha os brinquedos, não os guarda no local certo, penalize-o suspendendo a diversão. Esta iniciativa é a chamada consequência lógica e denota a autoridade dos pais. O mesmo vale para a recusa ou esquecimento na execução de uma tarefa a fazer.

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“Não faça a tarefa do seu filho. Se isso acontecer, ele entenderá duas coisas: a primeira é que você não tem autoridade e, a segunda, porque ele cumpriria tal tarefa se tem alguém que faça por ele?”, destaca a educadora.

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TAREFAS X IDADE A educadora infantil Anabela Monteiro montou a lista abaixo para orientar os pais no que há mais afinidade entre as tarefas domésticas e o desenvolvimento da criança ou adolescente. Crianças de 2 a 3 anos de idade: Guardar brinquedos, colocar roupas sujas no cesto, limpar o pó das estantes mais baixas. Crianças de 4 a 5 anos de idade: Arrumar cama, esvaziar lixeiras, arrancar ervas daninhas, varrer migalhas, regar flores, lavar louças de plástico. Crianças de 6 a 7 anos de idade: Aspirar o quarto, tirar o pó, ajudar a preparar o almoço, manter o quarto sempre arrumado, preparar seu lanche, atender ao telefone. Crianças de 8 a 9 anos de idade: Lavar louça, guardar mantimentos, ajudar a fazer o jantar, preparar a mesa, dobrar e guardar roupa, descascar legumes, passar pano no chão. Crianças a partir ou acima dos 10 anos de idade: Lavar, secar e guardar louça, dobrar roupas, limpar banheiros, lavar o carro, preparar refeições simples com a supervisão de um adulto, passar roupa, cuidar da roupa suja, cortar grama, trocar a roupa de cama.



Coleção

Sobre flores e curvas

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lorença, uma das mais belas cidades do mundo, foi por muito tempo considerada a capital da moda. Tão rico em detalhes quanto romântico, o berço do Renascimento inspira a coleção Floral da Valfrance Plus Size.

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Moda Farrawi

Primavera em verso & prosa E

Por Marina Torrezan

stá aberta a temporada de luz e calor.

Nesse passeio não falta cor. Do doce rosê ao intenso azul, uma imensidão de misturas de Norte a Sul.

Flores belas, flores mil, todas elas estampam peças de maneira sutil. Folhagens não ficam de fora e potencializam o poder da flora. Pra refrescar o visual, shortinho e sainha não vão nada mal. O blazer acompanha e torna elegante a produção. Não se esqueça do vestido longo, pra garantir toda a sofisticação.

Eles adoram e acompanham as tendências. De camiseta e camisa sobreposta, provam que têm consistência. O mix de cor aqui também é permitido e faz um jogo divertido. Aposte na bermuda estampada pra acompanhar essa jornada.

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Se quiser mais beleza, é só embarcar. Garantia de felicidade é o que temos pra dar!

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Moda Farrawi

Fotos: Bolly Vieira Edição e styling: Marina Torrezan Hair: Luís Garcia Make: Wilson Castilho Modelos: Tamires Bizarro e Rafael Brieda Marafon Locação: Rua do Porto - Piracicaba Agradecimentos: Confraria do Sapato e Marina Rodrigues Acessórios Tratamento de imagens: Cristiano Prata Coordenação geral: Marcia Maciente

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Todas as peças podem ser encontradas nas lojas Farrawi.

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Coleção Bubble 831.092 / 839.093

Sabe aquela metade da laranja? Virou suco.

Você não imagina do que uma Duloren é capaz.


Maquiagem

Com cara de criança A maquiagem entra cada vez mais cedo na lista de desejos das meninas. Você é contra ou a favor?

Por Ronaldo Victoria Fotos: Bolly Vieira

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Manuely ainda é um bebê, mas Lucimara já pensa no assunto

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eninas de até três anos que já aparecem maquiadas. E tem mãe que acha isso bonito! Não é o caso da dermatologista Márcia Motta Maia de Oliveira, que nem fala como mãe (se bem que de um rapaz), mas como médica. “O que eu alerto é que, nessa idade, a criança que tem interesse por maquiagem deveria, ao menos, ser maquiada por um adulto. Porque existe uma imaturidade natural e, ao lidar com pincéis, ela pode até a chegar a machucar o olho, por exemplo”, explica. A idade mínima, portanto, seria a partir dos cinco anos. Mas a doutora Márcia frisa duas coisas: tem de ser algo muito leve e apenas com a supervisão dos pais. “Daí em diante, tudo tem de ser feito seguindo as orientações básicas, sobre como limpar bem a pele, antes e depois da maquiagem”, explica. A dermatologista, porém, esclarece que essas orientações são feitas para os pais que aprovam a utilização da maquiagem. Porque, se dependesse dela, esse uso só poderia ser feito bem mais tarde. E confessa, nesse aspecto, ter uma certa nostalgia. “Se eu pudesse estabelecer um limite, gostaria que fosse aos 15 anos. Seria como a debutante de antigamente”, lembra.

o uso precoce e contínuo de maquiagem por meninas muito novas. “A pele da criança, após o uso da maquiagem, pode vir a apresentar precocemente acne, eczema, irritação e alergias graves”, alerta. Se os pais querem correr o risco (ou não conseguem falar ‘não’ para as filhas), ao menos que tenham preocupação redobrada na escolha dos produtos. E não se importem em pagar mais, comprando produtos especiais e sempre procurando a orientação de um dermatologista. A médica esclarece que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) adverte em relação aos produtos que podem ser utilizados. Ela orienta os pais para o fato de que os produtos devem sair na água com facilidade, apenas com água, e sem o uso de demaquilantes. E acrescenta que esses produtos já estão disponíveis no mercado. “Para mães cuidadosas, colocar um batom próprio para crianças na bolsa seria uma boa pedida”, recomenda. Mesmo assim, Márcia acha que a coisa mais bonita ainda é cada criança viver plenamente a sua fase de vida. “Cada idade deve ser curtida em sua adequação ideal. Pular etapas formará um adulto com falhas, ‘buracos’ que eles

Márcia ressalta que, como médica, fica preocupada ao ver como a utilização de maquiagem, quanto mais o tempo passa, vem chegando a faixas etárias menores. “Estamos vendo que as crianças vêm perdendo cada vez mais cedo a capacidade de brincar. Isso compromete a inocência infantil muito cedo. Sem contar que elas ficam cada vez mais presas em casa.” Se esses são sintomas psicológicos, a médica destaca que existem, sim, perigos importantes ligados à área dermatológica com

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Maquiagem

preencherão com outras coisas. Ficando sem novidades e sem alegrias, eles procurarão por coisas novas e podem chegar a coisas perigosas como drogas, para completar esse vazio”, conclui.

PALAVRA DE MÃE A pedagoga Juliane Fuentes, mãe de Geovana, de oito anos, concorda totalmente com a dermatologista. Até mesmo em número. A idade que ela acha ideal para a utilização da maquiagem é a mesma citada pela dermatologista. “Eu sempre falo para a minha filha que, no meu conceito, a maquiagem poderá ser usada a partir dos 15 anos, e com moderação.” Juliane conta que o problema é que Geovana já se sente atraída pela maquiagem, até porque a menina sofre a influência das amiguinhas e da mídia. “Está cada vez mais difícil lidar com essa questão. As meninas de hoje estão muito precoces”, reclama. Às vezes ela cede, mas com condições. “Eu só deixo se for como brincadeira, ou numa festa com as amigas. Ela gosta muito de usar, mas eu explico que a pele da criança é muito sensível. E, se ela usar desde cedo, mais cedo ou mais tarde vai ter problema de pele”, diz, ao mesmo tempo como mãe e professora. Quanto aos produtos, Juliane revela que também não relaxa. Ela lê atentamente o rótulo para ver se possui indicação de faixa etária, a sua composição e se foi testado dermatologicamente. A questão, para a professora Lucimara Christal, por enquanto, é apenas teórica, já que a filha Manuely é muito pequena, com apenas um ano. Mas ela acha que nunca é cedo para começar a pensar nesse assunto. “Eu acho que o uso de maquiagem na infância é inadequado, pois tira da criança o seu jeitinho. Eu já procuro falar para ela que é coisa de adulto e ela aceita”, revela.

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A única coisa que ela permite é que a filha passe uma manteiga de cacau nos lábios para dar um “brilho”. “Isso eu acho que não faz mal algum e parece um batom de brincadeira.”

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Juliane e a filha Geovana: questão difícil de lidar



Orientação

Pequeno manual para mães de primeira viagem Veja como cuidar do seu bebê recém-nascido nos primeiros dias em casa

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Por Cristiane Bonin Fotos: Bolly Vieira e www.sxc.hu

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nfim o seu pequeno nasceu e está em seus braços. E agora é hora de ir para casa. No caminho do hospital para casa, aquela sensação de frio na barriga misturada com uma nuvem de dúvidas. Mesmo que os pais se preparem para a chegada da criança com leituras, conselhos de amigos e parentes, ou até participando de cursos pré-natais, na hora H dá aquele branco. Deixar um pequeno manual ao alcance das mãos irá conferir certo alívio à responsabilidade e alento à memória. Acompanhe esse check list com informações especialmente selecionadas para a mamãe que acabou de sair do hospital. As dicas são do grupo de Medicina Preventiva da Unimed Piracicaba e de Rosana de Fátima Possobon, coordenadora do Centro de Pesquisa e Atendimento Odontológico para Pacientes Especiais (Cepae) da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP/Unicamp). Diarréia Um bebê alimentado exclusivamente com leite materno praticamente não corre risco de apresentar diarreia aguda infecciosa. Mas no caso de haver alguma dúvida, além de procurar o médico, a mamãe deve abreviar os intervalos das mamadas. Entretanto, atenção: não confundir as fezes semilíquidas e frequentes do bebê que mama no peito com diarreia. A criança alimentada com mamadeira tem risco de vir a ter diarreia 14 a 25 vezes mais que uma criança amamentada exclusivamente ao peito.

delicadamente um supositório de glicerina. É bom lembrar que, geralmente, o caso é de pseudoconstipação e não se trata de uma verdadeira constipação. É um erro indicar alimentos laxantes como mel, suco ou ameixa preta ao recém-nascido. Higiene Para começar, lave sempre bem as mãos antes de qualquer interferência com o bebê, seja a amamentação ou um simples carinho. Sobre o tema higiene, talvez o momento mais tenso seja o banho do pequeno. Comece checando a temperatura da água, que deve estar entre 36,5°C e 37°C. Lembre-se: o ambiente deve estar fechado, sem vento. O primeiro passo é lavar o rosto e a cabeça e depois o corpo. Tire a roupa do bebê, deixando a fralda, e enrole-o numa toalha. Proteja os ouvidos com a ponta dos dedos. Lembre-se de que olhos e boca não podem ter contato com sabonete. Lave o rosto do bebê somente com água. Use um chumaço de algodão como esponja se desejar. Despeje um pouco de sabonete líquido no algodão e lave os cabelos da criança. Enxágue jogando a água para trás. Volte o bebê para o trocador e seque bem seu rosto e cabeça. Com um cotonete, enxugue a borda das orelhas e nariz. Agora tire a fralda. Se o bebê estiver sujo, limpe as partes íntimas com o óleo vegetal antes de levá-lo à água. De volta à banheira, com a palma da mão na cabeça

Pseudoconstipação intestinal Nos primeiros dias de vida, o bebê evacua após cada mamada. Nas semanas seguintes, o intervalo das evacuações vai progressivamente aumentando. Alguns bebês têm dificuldade em evacuar, fazem força, ficam vermelhos e choram. Trata-se de uma incoordenação reto-anal por imaturidade do esfíncter (músculo) do ânus: o bebê faz força para evacuar, mas o esfíncter não se abre. Para ajudar, a mamãe pode fazer massagens no abdome do bebê. Também auxilia um exercício simples: flexionar e esticar firmemente as pernas, levando as coxas sobre a barriga. Outro recurso é usar

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Orientação

e no tronco do recém-nascido, molhe seu corpo, do pescoço para baixo. Aproveite para lavar bem o cordão umbilical. Vire o bebê de costas e lave as partes íntimas. Hora de sair da água. Seque bem o bebê, principalmente nas dobrinhas. Passe o álcool a 70º num cotonete ou numa gaze e limpe as duas partes do cordão umbilical, a superior e a inferior em movimentos circulares. Vista primeiro as roupas do tronco, depois a fralda e as demais peças. Higiene bucal Na fase de recém-nascido não é o momento de se instituir uma rotina de higiene oral para o bebê, pois além de desnecessário por ora, seria mais uma obrigação para a mãe, que está sobrecarregada com tarefas relacionadas aos cuidados com o novo membro da família. O mais importante nesta fase é a atenção total ao aleitamento materno para que esta prática ocorra de forma exclusiva, sem uso de bicos artificiais como chupeta ou mamadeira.

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Amamentação O retorno para casa é um dos momentos críticos para o aleitamento, quando dúvidas e inseguranças, muito comuns nessa fase, podem levar ao desmame precoce. Assim, além de procurar por aconselhamento sobre lactação ainda durante a gestação, a fim de se preparar para enfrentar as dificuldades

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inerentes a esses primeiros dias, a mamãe deve ter um profissional de saúde capacitado em manejo da lactação como referência para sanar suas dúvidas e ajudá-la a exercer plenamente o seu papel de nutriz. A Unimed Piracicaba, por exemplo, mantém o programa Aconchego, disponibilizando uma rede de profissionais para auxiliar a amamentação. Pediatra A visita ao pediatra pode acontecer antes mesmo do bebê nascer. A consulta pré-natal possibilita a formação de um vínculo entre o pediatra e a família. Após o nascimento, o papel do médico é de fundamental importância para a saúde da criança. É ele quem tem condições de prever os mais diferentes distúrbios das áreas do crescimento estrutural, da nutrição e do desenvolvimento neuropsicomotor. Várias doenças graves que se apresentam com poucos sintomas preocupantes para os pais podem ser detectadas e tratadas pelo pediatra antes que cheguem a causar prejuízos irreversíveis para a criança, tais como a anemia ferropriva, raquitismo, verminoses, deficiências vitamínicas, erros nutricionais e inúmeras outras doenças próprias da infância. Também é esse especialista quem supervisiona a administração da vacinação básica contra as doenças comuns da infância como a poliomielite, rotavirose, tétano, difteria, coqueluche, hepatites A e B, entre outras.



Estilo

Belas e poderosas aos 50 anos Lindas e bem-sucedidas, mulheres mostram as delícias de ser uma cinquentenária

Por Ronaldo Victoria Fotos: Bolly Vieira

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s 50 são a idade de ouro da mulher. Por mais que a publicidade insista no culto à juventude, as mulheres continuam vivenciando essa fase com toda intensidade. E a experiência acumulada ainda conta muitos pontos no mercado de trabalho, área em que muita ‘moça de 50’ esbanja competência. E na família elas ainda continuam rainhas do lar, com o núcleo girando em torno delas. Do alto da experiência de quem viveu 96 anos, a poetisa goiana Cora Coralina, que começou a escrever na maturidade, garantia ser essa a melhor fase da vida. “Nessa fase da vida a mulher tem uma beleza quieta e impõe respeito sem qualquer esforço, apenas por ser sábia, por exercer eficazmente seu papel de cuidadora, por sentir-se capacitada para ser feliz e promover felicidade”, disse. E quem duvida de Cora Coralina? Por isso, algumas mulheres piracicabanas que chegaram aos 50 anos contam ter alcançado essa faixa etária sem sentir o que se chama de ‘peso’ da idade. Ao contrário. Renovação, para elas, é a palavra.

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SEM RÓTULOS “Quando a gente chega os 50, já tem um acúmulo de coisas e experiências. A gente já tem a sensação de ter um ganho de conhecimento, mas ao mesmo tempo a impressão de que ainda tem muito o que descobrir”, define a publicitária e doutora em comunicação Rosana Zaccaria, professora e coordenadora na Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba).

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Rosana conta que não seguiu exatamente o padrão. Foi mãe aos 16 anos e teve três filhos, voltou a estudar com as crianças já crescidas, separou-se aos 28 anos, mudou-se de Limeira para Piracicaba, onde começou nova vida. “É claro que não incentivo ninguém a fazer o que fiz, principalmente a ser mãe tão jovem. Mas o importante é saber que não existem rótulos”, destaca.

Rosana: ‘A mistura entre tristeza e alegria é que dá equilíbrio à vida’


Ela conta isso apesar da profissão, que lida com rótulos. “Eu trabalho com comunicação, mas ligada à qualidade de vida. Se eu fosse escolher uma frase é que a mistura entre tristeza e alegria é que dá equilíbrio à vida”. Assuma tudo o que se sente, ensina Rosana, porque, aos 50 anos, ela explica, não há mais tempo nem disposição para as coisas pequenas. “O brilho é outro, tudo pode ser diferente. Há altos e baixos, indecisões, dores. Se eu passei por crise dos 50 anos? O que é crise? São coisas que não se apresentam para mim da maneira que eu quero? Então não tenho medo”, afirma. Com três filhos (Thifany, 34, Polinny, 32, e Daniel, 31), Rosana já tem quatro netos (Luiza, 12, Enrico, 10, Matteo, 7, e Joaquim, 2), o que lhe acrescenta mais uma precocidade: ter sido avó aos 39 anos. “Essa é a minha história. Eu gosto muito de um brinquedo que é uma boneca em que você vai mudando as expressões. Hoje temos de ser assim, nos reconhecer a cada momento desempenhando um dos nossos papéis”, afirma. Rosana cuida da saúde com mais afinco desde que, há dez anos, teve hérnia de disco. Há sete anos faz pilates cotidianamente e conta que redescobriu o próprio corpo. “Eu não pus botox, ainda. Se eu ficar com vontade, eu coloco. Por que não?” Como ela diz, não há regras. PODER DA MÚSICA A professora de música do colégio CLQ, Gisele Viccino Berto, garante que internamente nem sentiu a chegada dos 50. “Nossa, tem horas que ainda sou uma criança!” Para Gisele, a união desses dois pontos, o contato com a criança e a música, traz um efeito renovador mais potente que qualquer cirurgia plástica. Que ela não fez nem pretende fazer. Tampouco frequenta academia.

Neste ano ela precisou de força para enfrentar o susto que veio com a necessidade de fazer uma biópsia no pâncreas para se certificar de que não havia um tumor, o que não aconteceu. Dias de incerteza que tiveram uma poderosa recompensa. “Olhe só a enorme quantidade de mensagens carinhosas que eu recebi dos alunos e dos pais”, diz, mostrando orgulhosa um quadro em sua sala de aula. “Acredito sempre em melhora e acho que isso foi um belo de um recado que recebi. E que estou sabendo responder”, afirma. Casada há 29 anos com o comerciante Mário, Gisele tem dois filhos, Mariane e Matheus. “A maternidade é a paixão. E no casamento o que vale é companheirismo. Porque há momentos difíceis e ficar junto é uma escolha.” CICLO DA VIDA A designer de interiores Ana Braga conta que recebeu bem os 50, porque tem uma interessante definição sobre o correr da vida. “Aos 30 você começa a definir do que não gosta. Nos 40 você solidifica o que quer ser. E nos 50 você já se conhece e compreende que a vida é mesmo esse contínuo processo de aprendizagem.” Ana garante que a melhor coisa da idade pode ser definida em poucas palavras. “É eu olhar para trás e descobrir que não quero mudar nada. É isso que me dá uma paz muito grande”, revela. Porque, segundo a designer, não adianta os outros lhe acharem bem-sucedida se você, no fundo, não concorda com a opinião alheia.

“Eu tenho essa vantagem de trabalhar com criança, que é um ser sincero. Eu não me sinto com a minha idade e, às vezes, eles me dão todas as idades, por isso a questão da idade não importa. Há um descompasso entre o que sinto dentro de mim e o que o cronológico mostra”, define. Gisele concorda que os 50 são a idade de ouro para a mulher. “Porque você já não tem mais ilusões, faz as coisas com mais tranquilidade e não precisa mais provar nada para ninguém”, detalha. Há 21 anos como professora do colégio, Gisele estimula os alunos a construir instrumentos com reaproveitamento de materiais, desde garrafas plásticas de iogurte a chaveiros. Começou com 12 anos na Escola de Música de Piracicaba e teve Sérgio Belucco como o seu maior mestre no violão.

Gisele: ‘Tem horas que ainda sou uma criança!

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Estilo

“O problema é também essa comparação. Fisicamente, se eu for me comparar com uma adolescente, claro que me sentirei mal. Mas o que eu faço das minhas rugas? Hoje tudo é comprável. Mas será que adianta eu me encher de botox e as pessoas não saberem se estou alegre ou triste?”, questiona. Ela conta que sua área, o design de interiores, lhe dá uma importante ajuda. Porque é um campo onde não se pode ficar parado. “Se você se acomoda, para de se informar, não fica aberto para o novo, vai sim ficar pra trás. E isso é claro que tem seu lado bom”, define.

em Baila Comigo (1981), foi sua mãe, a inesquecível Lilian Lemmertz. E não se pode deixar de falar em Xuxa Meneghel, cujo cinquentenário, em 27 de março, foi dos mais badalados. A apresentadora pode ser polêmica, mas a forma física que aparenta é invejável.

Quanto à postura de vida, Ana diz que existem duas opções. “Ou você imita uma adolescente ou vira uma vozinha porreta, que deita no chão para brincar com os netos e acha isso a coisa mais linda do mundo”, conta a avó coruja de três netos, filhos de Camila, 30, e Gustavo, 29.

BEM-VINDAS AOS 50 Várias estrelas brasileiras estão aí para comprovar que os 50 anos podem mesmo ser o auge da mulher. Todas em excelente forma física, e sem exagero de plásticas ou botox, elas ao mesmo tempo atravessam ótima fase na carreira. É o caso de Glória Pires, que fez aniversário em 23 de agosto, e que há pouco teve lançado o filme Flores Raras, em que interpreta a arquiteta Lota de Macedo Soares, namorada da escritora americana Elizabeth Bishop (Miranda Otto). Glória é o tipo de atriz que, mesmo quando o filme em que trabalha não é elogiado, como esse, assim como a novela, o remake de Guerra dos Sexos, não tem sua atuação contestada por ninguém. Débora Bloch, outra recém-cinquentona (29 de maio), mostra excelente forma como a fogosa Risoleta de Saramandaia, a amante do lobisomem. Hoje está solteira, depois de um comentado namoro com o ator Sérgio Marone, 15 anos mais jovem. Andréa Beltrão (50 em 16 de setembro) é outro exemplo de talento cômico como a Sueli de Tapas e Beijos. Tem três filhos, é casada há 20 anos com o diretor Maurício Farias e, além de atriz, é dona de um teatro junto com a comadre Marieta Severo. E ainda está em cartaz em São Paulo com a peça Jacinta. Marisa Orth, que vai fazer 50 no dia 21 de outubro, arranca risadas como a maluca Damaris da novela Sangue Bom. Ela também encara a volta da Magda do Sai de Baixo, além de viver a Mortícia do musical A Família Addams e fazer o show solo Romance. Cinquetinha com pique de 20!

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Outra estrela de 1963, Cláudia Ohana também está em cartaz no Rio de Janeiro com a peça Enlace – A Loja do Ourives e entra na próxima novela das seis, Jóia Rara. Júlia Lemmertz (50 em 18 de março) continua casada com Alexandre Borges e, em breve, enfrenta o desafio de ser a próxima Helena de Manoel Carlos. Para quem não se lembra, a primeira Helena,

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Ana: ‘Olhar para trás e descobrir que não quero mudar nada. É isso que me dá uma paz muito grande’


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Gastronomia

Sabor que vem do mar O

calor já está dando o ar da sua graça e a estação mais quente do ano pede leveza, não só naquilo que vestimos, mas também no que comemos. E tem coisa que seja mais a cara do Verão do que peixes e frutos do mar? Selecionamos algumas receitas rápidas, práticas e deliciosas pra você. Aproveite e bom apetite!

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FILÉ DE PESCADA EMPANADO AO MOLHO DE CAMARÃO Ingredientes Empanado • 2 filés de pescada temperados com sal e pimenta-do-reino branca • 1 ovo inteiro • 100g de farinha de trigo (3/4 de xícara de chá) • 1 xícara (chá) de óleo

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Molho • 250g de camarão limpo • 3 tomates maduros picados • 1 cebola picada • 2 dentes de alho picados • 50ml de azeite • 1 pimenta dedo-de-moça picada

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Preparo Passe os filés temperados na farinha de trigo, no ovo (levemente batido) e novamente na farinha de trigo. Frite em óleo quente e reserve. Refogue o alho e a cebola até dourar, junte o tomate, a pimenta dedo-de-moça e ferva em fogo baixo por 10 minutos, sal a gosto. Monte o prato com o filé de pescada já frito, o molho por cima, salpique salsinha picada. Sirva com branco. Crédito: Cozinha Nutrimar


MEDALHÃO DE ATUM GRELHADO

COM BATATINHA CONFITADA AMASSADA COM AZEITONA PRETA E VINAGRETE FRESCA Ingredientes • 2 fatias grossas de atum • 400g de batatas pequenas • 1 cabeça de alho • 1 cebola roxa • 1 tomate italiano • ½ pimentão amarelo • 3 limões Taiti • 6 ramos de tomilho • ½ maço de manjericão • 0,5 litro de azeite extra-virgem • 0,5 litro de vinagre Terez • 200g de azeitonas pretas • 100g de castanha-de-caju • Sal e pimenta

••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• Preparo Descasque a batata, coloque em uma panela e deixe confitar em fogo baixo com o azeite, alho e o tomilho. Processe as azeitonas sem caroço. Corte em cubinhos a cebola, o pimentão, o tomate, o miolo do limão e a castanha-de-caju. Acrescente o vinagre Terez, o azeite, sal e pimenta. Tempere o atum com sal e pimenta e grelhe dos dois lados. Amasse as batatas com o garfo, acrescente o purê de azeitonas e as folhas de tomilho. Crédito: Esquinica Cozinha Ibérica

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Gastronomia

MIGNON DE PEIXE COM CAFÉ

••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• Ingredientes

Preparo Misture o suco de abacaxi adoçado, o café, o vinho branco

• 1 kg de filé de peixe de carne firme

e ferva por aproximadamente 5 minutos e reserve. Misture a

• 1 xícara de suco de abacaxi adoçado com 1 colher (sopa) de

manteiga com o azeite, o sal e a pimenta para temperar o

açúcar ou mel

peixe. Aplique este tempero em todo o peixe com a ajuda de

• ½ xícara de café 3 Corações Extra Forte preparado

um pincel de cozinha (feito de silicone). Feito isso, coloque-o

• ¼ de xícara de vinho branco

para selar numa frigideira de fundo grosso, com um fio de

• 1 lata de abacaxi em caldas escorrido

azeite. Após selado de ambos os lados, acrescente a mistura

• 1 colher (sopa) de manteiga (temperatura ambiente)

de café preparada previamente e deixe cozinhar por cerca de

• 1/2 colher (sopa) de azeite

5 minutos. O peixe pode perder seus sabores e aromas se

• Coentro a gosto

cozido por muito tempo. Por isso, depois de alguns minutos,

• Sal e pimenta a gosto

retire-o da frigideira e reserve. No caldo que ficou na frigideira, adicione abacaxi picado e deixe em fogo médio por mais 2 minutos. Depois disso, é só despejar esta mistura deliciosa

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sobre o peixe. Para finalizar, salpique coentro e sirva com arroz

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branco e salada. Foto e receira desenvolvidas por Stela Morato


mbmideias

girrah.com.br


Turismo

Folia no resort

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Hotel Transamérica Ilha de Comandatuba tem programação especial para as crianças

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Hotel Transamérica Comandatuba preparou um programa de viagem especial para famílias na semana das crianças, em outubro: uma semana de diversão em uma ilha exclusiva, com 21 quilômetros de praias ensolaradas, piscinas em meio aos jardins, passeios ecológicos, gastronomia assinada e muita brincadeira com monitores especializados. O programa de viagem com sete noites, com saída em 5 de outubro, passagem aérea em voos fretados TAM que desembarcam no aeroporto da ilha, café da manhã e jantar tem valores a partir de 10 vezes de R$ 590 (por pessoa) em apartamento superior duplo.

Comandatuba by Clarins. Essas são apenas algumas das 80 atividades diárias oferecidas pelo resort.

Um diferencial importante é a cortesia de hospedagem para crianças de até 11 anos na mesma acomodação que os pais (até duas crianças por quarto) e almoço incluso no restaurante infantil, pagando apenas o valor correspondente a passagem aérea e transfer entre o aeroporto e o hotel.

O projeto de paisagismo e arquitetura do hotel integra-se à paisagem natural com uma piscina que serpenteia os jardins com cascatas e profundidades diferenciadas.

Durante a semana, a Picadeira Circo Escola leva ao resort o mundo artístico do circo, com diversão e entretenimento. Além das atrações, a garotada irá aprender um pouco das técnicas circenses por meio de aulas de palhaço, trapézio, lira, camaelástica, dentre outras. O resort oferece ainda outras atividades para a criançada a partir dos quatro anos de. Monitores acompanham os grupos divididos por idades. Passeios, jogos, teatro, gincanas, torneios e aulas esportivas fazem parte da programação. Para as crianças menores de quatro anos, o hotel disponibiliza o serviço de baby-sitter que pode ser solicitado à recepção. Para os pais, opções de esporte como tênis, pesca, futebol e golfe, passeios náuticos e academia. Para os momentos de descontração e relaxamento, tratamento de beleza no Spa

LUXO O Hotel Transamérica Ilha de Comandatuba é o primeiro e mais luxuoso resort do Brasil. Localizado no município de Una (BA), no litoral sul da Bahia, ele oferece uma infraestrutura de grandes dimensões. Conforto, requinte e privacidade se reúnem em uma paisagem preservada da Mata Atlântica. São 363 unidades entre apartamentos, suítes e bangalôs. Um diferencial é o aeroporto a 10 minutos do hotel, com capacidade para receber aviões de grande porte e com estrutura de apoio para voos privados e comerciais.

A área de gastronomia apresenta cinco bares e quatro restaurantes que oferecem desde a cozinha típica baiana a exemplares da culinária internacional em dias temáticos.

GOLFE Com área total ocupada de 780 mil m2, dos quais 222 mil são de grama, o campo de golfe passou a agregar o Transamérica Comandatuba a partir de 2000. Batizado de Comandatuba Ocean Course, o campo conta com 18 buracos, com 6.928 vds. Eleito pela revista Golf Digest como um dos melhores campos de golfe do Brasil. Todos os anos o resort é procurado por organizações de golfe para parcerias com campeonatos. Entre os eventos de golfe que já foram sediados no resort estão Circuito Conheça o Brasil Jogando Golfe, Caras One Day Golfe, Copa Rei da Espanha, Open de Golfe e Golfe Senior.

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Turismo

Capitólio é sede da Academia Cubana de

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Ciências

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A histórica, retrô e linda Cuba

A ilha caribenha tem lindas praias e programas incríveis para encantar qualquer turista

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maior ilha do Caribe desperta muito interesse nos mais diversos tipos de turistas, desde os que querem aproveitar as belíssimas praias como Varadero e

Castelo de San Pedro de la Roca

Cayo Largo com noites regadas a dança e diversão, até aqueles que preferem curtir o saudosismo da paisagem de Havana com seus carros antigos e sua bela arquitetura, que remetem à década de 50. O lugar é cheio de história e cultura e deixa qualquer turista encantado com um cenário tão diferente, pois é impossível ir a Cuba e não visitar a cidade antiga de Havana e suas fortificações (declaradas Patrimônio

Praia de Cayo Largo

Mundial em 1982), o Capitólio de Havana (antiga sede do governo cubano após a Revolução, em 1959, e atualmente sede da Academia Cubana de Ciências), o Granma (iate que levou Fidel Castro e mais 81 revolucionários para o desembarque nas praias de Cuba, a fim de levar adiante a revolução), o Castelo de San Pedro de la Roca (construído para proteger o importante porto de Santiago de Cuba), entre outros tantos pontos históricos. As praias e agitação noturna são um capítulo à parte, que deixam qualquer casal ou grupo de amigos entusiasmado. Cayo Santa Maria, por exemplo, pequena

A colorida Trinidad

ilha ao norte de Cuba, é considerada uma das melhores praias do mundo, por seu belo sol e água azul cristalina. Já Varadero, além de ter uma incrível paisagem (com grutas, lagoas interiores, enseadas e recifes para nadar), é um lugar de grande animação com ótimos restaurantes e grandes festas organizadas nos hotéis existentes em seus 20 quilômetros de costa. Os pacotes para Cuba, em outubro, estão com preços convidativos. Pela Flytour Viagens, por exemplo, oito dias em Havana com Varadero custam pouco mais de R$ 3.800 por pessoa em apartamento duplo, com entrada e mais nove parcelas. 93


Beleza

5 pecados contra sua aparência

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Cirurgião plástico fala dos maus hábitos que comprometem o visual de qualquer pessoa

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studos comprovam que ter boa aparência é um importante diferencial no mercado de trabalho, nos relacionamentos amorosos e nas relações sociais. Por conta disso, e de toda valorização da beleza nos meios de comunicação, as pessoas estão cada vez mais vaidosas. Até quem pouco faz pela aparência está habituado ao ritual diário de limpar, tonificar e hidratar a pele. Mas, de acordo com o cirurgião plástico Vitorio Maddarena Junior, de São Paulo, se você realmente quer ter uma pele mais bonita, deve começar evitando cinco erros muito comuns: 1. Descuidar da alimentação “A pressa ao fazer as refeições pode induzir a pessoa ao erro de não pensar no que está comendo e no quanto isso influencia não só sua beleza, mas sua saúde como um todo. Incluir grãos integrais, peixes, vegetais verdes e vermelhos, castanhas e frutas cítricas ao cardápio diário pode fazer um bem enorme à aparência. Afinal, enquanto as vitaminas do tipo B previnem as manchas e contribuem para a hidratação da pele, o ômega-3 reduz inflamações e vermelhidões, os betacarotenos são convertidos em vitamina A – que é um poderoso antioxidante –, a vitamina E contribui fortemente no combate aos radicais livres, e a vitamina C coopera com a produção de colágeno, tornando a pele mais firme”. 2. Ignorar os óculos de sol “Um descuido ainda muito comum é sair de casa sem os óculos de sol. Esse acessório não é apenas um elemento de moda ou algo a ser usado na praia ou no clube. Tem de estar incorporado aos hábitos diários. Cada vez que alguém se expõe à claridade, automaticamente franze as pálpebras. Com a repetição diária, mesmo sem perceber, a pessoa está contribuindo para a formação dos ‘pés de galinha’ e vincos entre as sobrancelhas”. 3. Usar protetor solar no lugar do hidratante “Que o sol envelhece a pele, todos sabemos e hoje em dia há uma infinidade de protetores solares para cada tipo de pele,

para diferentes idades e, inclusive, fazendo parte de formulações cosméticas – para serem usados como base antes da maquiagem. Mas, nem por isso o protetor solar deve substituir o hidratante. Apesar de terem praticamente a mesma consistência, eles não têm a mesma composição e nem todo bloqueador solar hidrata a pele. Em alguns casos, pode até mesmo deixá-la mais oleosa ou seca. A melhor dica é continuar usando um bom hidratante antes de aplicar o protetor solar da cor da pele. Ou, no mínimo, comparar a composição de um e de outro antes de efetuar a compra”. 4. Menosprezar a luz da tarde “Entre 10h e 15h, os efeitos nocivos do sol são mais fortes e os efeitos dos raios ultravioleta mais intensos. Mas isso não quer dizer que você pode sair ‘desprotegida’ antes ou depois desse horário. Vale ressaltar que muita queimadura de sol acontece fora do horário de pico e, inclusive, quando há nuvens no céu. O mormaço queima e também envelhece a pele. Sendo assim, quem não quer envelhecer antes da hora, deve usar protetor solar desde logo cedo, pela manhã, aplicando novamente à tarde quando necessário. Outro detalhe importante: ingerir pelo menos entre seis e oito copos de água por dia. A pele hidratada é macia, brilhante e transparece saúde, adiando os peelings em alguns anos.” 5. Dormir com o rosto no travesseiro “Quando se tem 20 anos, quase tudo tem jeito. Ou seja, a jovem pode passar a noite em claro ou dormir com o rosto afundado no travesseiro e ainda assim sua aparência estará reluzente no dia seguinte. Mas essa é uma característica que se perde rapidamente com o tempo. Isso quer dizer que tem muita gente que continua dormindo em posições que prejudicam sua aparência, pressionando o rosto, formando marcas na face, enfatizando os vincos ao redor da boca e as rugas ao redor dos olhos. Dormir de barriga para baixo, além de fazer muito mal à coluna, também favorece uma projeção abdominal. Sendo assim, a dica é dormir sempre de barriga para cima, deixando o rosto livre a noite toda.”

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