Superação
Ano 2 | Edição n° 11
Conheça histórias de quem soube dar a volta por cima ESPECIAL DE NATAL
Sugestões para sua ceia Dicas de decoração Visita à Casinha de Noel
Entrevista
A atriz Eva Wilma conta histórias de bastidores do teatro, cinema e TV
Ivani Fava Neves Ela criou uma ONG que, em 20 anos, construiu 400 casas
Síndicos em destaque Velhos problemas, novas soluções Os investimentos e planos para 2014
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Estamos comemorando oito anos de nosso MBM Escritório de Ideias e encerrando um ano de grandes relacionamentos e parcerias. A Revista Tutti Condomínios faz parte dessas parcerias. Cresceu, está de cara nova e isso é só o começo, resultado de um ano todo de pesquisas e aproximação com os mais de 120 condomínios que a administradora Brancalion atende. Quero agradecer ao Rodrigo e equipe pela parceria no projeto.
Editorial
Sobre cativar
Aos patrocinadores e anunciantes, que chegam conosco a mais de 7.000 famílias com boa informação e histórias de vida, nossos agradecimentos também. Meu muito obrigado a toda a equipe MBM, que está sempre se reinventando e unida vai mais longe. Nesta última edição do ano, temos histórias de superação e vida. Compartilho a história de minha mãe, que teria completado 60 anos no dia 13 de novembro e que morreu de uma forma linda. E a matéria sobre Ivani Fava Neves, que é um grande presente para a gente se lembrar que a mudança da vida deve começar por nós mesmos. Eu não a conhecia, mas a grande amizade e o amor ao próximo nos uniram imediatamente. E ouvi dela a frase, que está nas páginas do livro O Pequeno Príncipe, que tem me acompanhado nestes últimos tempos de muitos desafios: ‘És responsável por aquilo e por aqueles que cativas’. Ela e responsável por tudo aquilo que cativou em 20 anos de construção de casas e reconstrução de vidas, numa historia emocionante. E você, querido leitor, é o principal motivo dessa história que terá grandes páginas em 2014.
Bruno Chamochumbi Diretor
Um abraço,
Projeto editorial do MBM Escritório de Ideias desenvolvido especialmente para a Brancalion Administradora de Condomínios
Editora Cristiane Sanches (MTb 21.937)
Projeto gráfico e paginação: MBM Escritório de Ideias Allan Felipe Dalla Villa
CNPJ 09461319/0001-99 Rua Regente Feijó, 2387 – Vila Monteiro – Piracicaba – SP – CEP 13418-560 – Fone: 19 3371-5944
Reportagens e textos Ronaldo Victoria ronaldo@mbmideias.com.br Cristiane Bonin crisbonin@mbmideias.com.br Cristiane Sanches cristiane@mbmideias.com.br
Anuncie na Tutti Condomínios (19) 3371.5944 atendimento@mbmideias.com.br
Publicação bimestral Tiragem 7.000 exemplares Distribuição gratuita, exclusiva e dirigida Diretor Bruno Fernandes Chamochumbi bruno@mbmideias.com.br
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Equipe MBM Débora Ferneda Lívia Telles Manu Vergamini Susane Trevizan Teresa Blasco Thais Alves Tatiane Fernandes
@mbmideias
www.mbmideias.com.br
Capa: Ivani Fava Neves Foto: Alessandro Maschio Anúncios e informes publicitários são espaços adquiridos pelos anunciantes e seu conteúdo é de inteira responsabilidade de cada um deles, cabendo à Revista Tutti Condomínios apenas reproduzi-los nos espaços comercializados. A opinião de colaboradores não é necessariamente a opinião da revista. Matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores.
Nesta edição
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8- Piranews na Tutti 10- Tutti repaginada 12- Melhorias para 2014 14- Bicho no apê 16- Tem solução 18- Quinzão nas telas 20- ‘A música é a régua do mundo’ 22- Unidos pelo XV 24- Ela faz a diferença 28- Sampa 30- Meu destino é viver 34- A arte de resistir
Bolly Vieira
37- Leia + 38- Face-me
39- My Center é apresentado em coquetel 40- Ceia leve e saborosa 42- Casinha do Noel 44- Belezas da Casa Cor 48- Mesa especial 50- A vida e a morte de minha mãe 54- Domingo no parque 59- Pequeno dicionário do lar 60- Eva Wilma em 7 cenas 63- Lições de vida na tela
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Antonio Trivellin
64- Que venha o Verão! 65- Entre notas e números 66- Vitrine
Fábio Rontani/GP
PIRACICABA LÊ A GAZETA Notícias do mundo, do país, da região, da nossa cidade. Informação, prestação de serviços, dicas e promoções. Credibilidade conquistada com 10 anos de jornalismo imparcial e o melhor conteúdo. Líder de circulação em Piracicaba e o 2º maior jornal do interior de São Paulo, auditado pelo IVC. Pesquisa MARPLAN confirma a liderança na cidade.
Fone: (19) 3403-1616 www.gazetadepiracicaba.com.br GazetadePiracicaba
na Tutti Concurso de Drinks A partir de agora, os clientes que forem visitar os apartamentos decorados do Trio By Lindenberg, novo empreendimento da Construtora Adolpho Lindenberg, em Piracicaba, experimentarão drinks exclusivos. bidas não-alcólicas e que participaram de um concurso promovido pela construtora e pelo Centro Universitário Senac. Serão servidos os três drinks vencedores do certame. Todos os participantes são estudantes do curso de gastronomia do Senac de Águas de São Pedro. A receita ven-
Foto: Alessandro Maschio
São receitas de coquetéis feitos com be-
Vitória, Juliana e Matheus
cedora, de Vitória Marina Costa, chamada A Moça do Drink, tem como base club soda e utiliza três ingredientes (mel, carambola e pimenta dedo-de-moça). Em segundo lugar ficou Matheus Rodrigues Araújo Bertolini, que criou o Virgin Kel Fresh Drink, que utiliza a gengibirra como base e tem limão siciliano, rapadura e cana-de-açúcar. A terceira colocada foi Juliana Adami, que criou o Tribellini, segundo ela uma releitura do famoso cocktail Bellini. Ela trocou o champagne por sidra não-alcoólica e acrescentou pêssego maduro e polpa de framboesa congelada.
Prêmio merecido O conjunto inovação, tecnologia e posicionamento no mercado, em 2013, conferiu à TSMP Manutenção Preditiva e Thesa Segurança e Automação os primeiro e segundo lugares na categoria pequenas empresas, respectivamente, na premiação Destaque Industrial 2013 do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) Piracicaba. A cerimônia oficial de entrega da premiação aconteceu em novembro no buffet Eventus. A Thesa e a TSMP são empresas que integram o Grupo Quadix, de Piracicaba, composto também pela Techno Supply e Quarcum Technologies.
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Clínica com Lauter Nogueira Sucesso absoluto a Clínica Vecol para Corredores com Lauter Nogueira, que aconteceu nos dias 23 e 24 de novembro. O evento foi promovido em parceria pelo MBM Escritório de Ideias, Editora Luxor e Chelso Marketing Esportivo.
Novidade na área pet Foto Lucas Bueno
Novo espaço de bem-estar animal na cidade, o Vila San Pet abriu as portas em dezembro com serviços diferenciados no cuidado com animais de estimação. O espaço oferece centro de estética com banho, tosa e tratamentos de pelagem, vacinação e uma boutique pet com produtos exclusivos. Os irmãos veterinários Fernanda e Felipe Sansígolo ainda trazem a Piracicaba a especialidade em oncologia animal.
O Piranews é um projeto do MBM Escritório de Ideias e da Rádio Jovem Pan FM. São dicas e informações sobre eventos e acontecimentos sobre Piracicaba e região. Ouça diariamente na Jovem Pan FM 103.1.
A incrível história do imóvel que cansou de car parado. Um belo dia decidiu sair de trás daquela placa que não dava resultado e foi à Frias Neto. Lá, ele encontrou um monte de gente querendo viver embaixo do seu teto.
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Evolução
Tutti repaginada Revista chega com novo formato e mais páginas em sua 11ª. edição Por Ronaldo Victoria Foto: Alessandro Maschio
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Revista Tutti Condomínios que chega às suas mãos vem renovada, com formato diferente, mais fácil de ser manejada e uma linha editorial que privilegia a emoção. Mas a mudança mais significativa é que a publicação entra na era da sustentabilidade. “A revista passa a ter um selo de design sustentável e a marca FSC da gestão florestal reponsável a partir deste número. É uma revista customizada, como é a tendência atual. E o novo formato leva a um aproveitamento melhor do papel. Porque também reduz o tempo de utilização da máquina impressora e, em consequência, reduz o consumo tanto de tinta quanto de energia”, explica Teresa Blasco, consultora do MBM Escritório de Ideias. Além disso, a tinta utilizada é feita a partir da soja, o que a torna ecologicamente correta. “Sem contar que é uma revista pocket, que a pessoa pode levar na bolsa, levar para qualquer lugar. O novo formato, estudado pelo MBM em conjunto com a gráfica, tem as medidas de 17,5cm x 24cm, e com a lombada quadrada. “Além de ser mais econômico, representa uma nova tendência, pela sua praticidade, já adotado por grupos editoriais de grandes centros. É um formato que permite ao leitor manu-
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Rodrigo e Elaine Brancalion com Bruno Chamochumbi: parceria que deu certo sear mais facilmente”, diz o publicitário Bruno Chamochumbi, diretor do MBM Escritório de Ideias, que produz a revista, tendo como parceira a Bracalion Administradora de Imóveis. A revista fica mais moderna e leve. É uma mudança ideal, pois altera para melhor apenas a aparência, sem diminuir o conteúdo, ótimo como sempre. Não perde a essência e ainda ajuda o meio ambiente, o que deixa a todos nós muito felizes”, declara Rodrigo Brancalion, diretor da administradora. A parceria entre o MBM e a Brancalion faz com que a revista seja distribuída para aproximadamente 120 condomínios, tanto verticais quanto horizontais, de Piracicaba. Lançada em abril de 2012, com periodicidade bimestral, a revista chega ao seu 11º número. Neste um ano e meio, com uma aceitação excelente, e para
um público qualificado, a Revista Tutti Condomínios abordou em suas páginas não apenas questões relativas ao viver em comunidade. Também fez perfis reveladores sobre personalidades marcantes de Piracicaba (Márcia Dedini, presidente da Fundação Mário Dedini; a colunista social Meg Tumang, o dirigente esportivo Celso Christofoletti, os artistas plásticos Marcelo Gimenes e Vera Pavanelli, a secretária de turismo Rose Massarutto e o fotógrafo Pauléo) e abordou, durante todo este ano, a história e os desafios do XV de Piracicaba, time de futebol que expressa a alma e a identidade de uma cidade. Com o novo formato, a Tutti passou de 52 para 68 páginas. “A linha editorial ficou mais ampla, abordando mais assuntos, e se aproximando ainda mais de um leitor que exige qualidade de vida. Ao mesmo tempo, fica um produto mais elegante, com verniz reserva na capa e papel certificado. Este é outro dado importante, porque torna o produto ecologicamente correto e traz um selo de sustentabilidade. E essa é uma das preocupações mais importantes da atualidade”, explica Chamochumbi. “A evolução visual e gráfica da revista era necessária e chega no momento certo. Isso vai
equiparar o design e a qualidade gráfica ao nosso elevado padrão editorial e de conteúdo, que nos diferencia neste mercado”, diz a jornalista Cristiane Sanches, editora da revista.
OITO ANOS
A nova fase da revista chega num momento de novos desafios e grandes empreendimentos para o próximo ano. Em 2013, o MBM Escritório de Ideias completou oito anos de atuação. “Queremos compreender os anseios, desejos e necessidades não só do mercado e das pessoas que vivenciam grandes mudanças tecnológicas e de comportamento, mas também das mudanças dos negócios”, afirma Chamochumbi. De acordo com o publicitário, o perfil do mercado está mudando e é preciso estar antenado a essa evolução. A empresa tem marcado presença expressiva no mercado editorial de Piracicaba. Além da Tutti Condomínios, produz revistas corporativas como a Farrawi & Você, do grupo de moda piracicabano. “Tudo isso amplia e dá uma conotação mais interessante para o nosso trabalho. Também temos o programa Piranews, com flashes noticiosos na Jovem Pan, produzidos e editados no MBM, que também contribui para aumentar o nosso público.”
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Investimentos
Melhorias para 2014 Síndicos e presidentes de associações de moradores falam dos planos para os condomínios no próximo ano Por Cristiane Bonin Fotos: Alessandro Maschio
Segurança é o item número um no planejamento dos condomínios para investimentos em 2014. A resposta comum a quase todos os síndicos e presidentes de associações de moradores ouvidos em enquete realizada pela Revista Tutti Condomínios inclui reformulações de portaria, instalações de câmeras e melhores instalações para o trabalho executado pelos porteiros e vigilantes. Áreas de uso comum, como garagens, estão na mira dos gerentes dos condomínios ouvidos pela reportagem. As áreas de lazer também são prioridade desses gestores. De equipamentos para esportes até aquela mesinha para o carteado devem proporcionar diversão nos espaços fechados de convivência. Condomínio Edifício Capuchinhos (Centro) “Vamos reformar a instalação do gás, desativando o sistema antigo, que tem problemas com vazamento. Para 2014 também estamos pensando na instalação de um bicicletário e nova pintura para o piso da garagem. Para melhorar a segurança, o plano é colocar mais um portão para a garagem e uma grade extra. Também pensamos na instalação de um alarme digital com senha para acessar o interior do prédio.” Sérgio Florentino Pascholati, 58
Condomínio Edifício Ouro Preto (Bairro Alto)
Maria Rosângela Todeschini Linero, 52
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Acervo pessoal
“Estamos terminando a obra de fachada, iniciada este ano. Iremos melhorar e modernizar o elevador, o que trará mais economia de energia e conforto, além de estar adaptado para deficientes. Melhoraremos a área do espaço de recreação, incrementado com uma sala de jogos que, a princípio, deverá ter uma mesa para carteado. Está nos planos criar espaço novo para instalação de academia, novo paisagismo, porque o jardim atual foi prejudicado com as obras da reforma da fachada. Quero discutir com os moradores uma atenção especial à garagem, com melhora do piso com acabamento epóxi, e a individualização do fornecimento da água. Em fevereiro, ou até antes, acontecerá a eliminação dos botijões de gás de cozinha, com abastecimento via caminhão.”
Condomínio Edifício Porto Seguro (Centro) “Por um ano e meio preparei o caixa do condomínio para, em 2014, instalar um esquema de modernização da segurança. Para implementar novos projetos é necessária toda uma preparação, como as regularizações que fizemos em relação à legislação vigente e corpo de funcionários. Caixa baixo, pendências e falta de participação dos moradores inviabilizam a melhoria de todo condomínio. A minha dica, como síndica por dois anos, para qualquer condomínio, é que o síndico não seja apenas um político e que todos os condôminos arregacem suas mangas.” Vânia Maia, 50
Condomínio Residencial Monte Alegre (Monte Alegre) “Temos um planejamento, em 2014, para incrementar o lazer no condomínio. Devemos incrementar a academia e colocar aquecimento da piscina. Também está em análise a construção de pista de skate.” Erick Gomes, 37
Residencial Gaivotas (Jardim Ipanema) Temos vários projetos para 2014, a começar pela portaria, que entra em obras por questão de segurança e praticidade, pois os porteiros ficam para fora do condomínio. Quero fazer uma nova guarita e uma sala anexa para reuniões, mas ainda há a necessidade de verificar o orçamento. Uma assembleia em fevereiro deverá decidir este assunto, já que será necessário um aumento no valor do condomínio. Como o condomínio está em uma área verde e afastada, a implantação de um sistema de câmeras, mesmo que caro, tem a relação custo-benefício interessante”. Rosângela Aparecida Perez Semmler, 48 Loteamento Terras do Sinhô 1 (Morumbi) “Em 2014, pretendemos derrubar a atual portaria e fazer uma nova. A obra trará mais segurança para a entrada e saída dos moradores, mais espaço para os porteiros e vigilantes. Ainda em segurança é meta para o próximo ano a instalação de câmeras de vigilância e concertina. Também está nos planos a reforma da quadra de esportes, que terá grade e iluminação.” Alexandre Tadeu Nolla, 41
Residencial Jatobás (Unileste) “Para 2014, investiremos em qualidade de vida. Durante o ano vamos construir quadras de tênis e polesportiva, e iremos refazer o jardim 2, localizado no ‘quintal’ do condomínio. Em abril, ficará pronta a pista de caminhada e, antes do Carnaval, concluiremos a construção da nova portaria, que proporcionará mais segurança a todos e conforto aos funcionários.” André Antonio Simioni, 41
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Pet
Bicho no apê É possível ter um animal de estimação em ambientes mais compactos: basta escolher a raça adequada Por Cristiane Bonin Fotos: Bolly Vieira e Alessandro Maschio
Maria Helena escolheu as calopsitas como animais de estimação
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partamentos podem ser, sim, um lar doce lar para animais de estimação. Especialistas em comportamento animal relatam que muitas raças são adaptáveis a espaços limitados de criação, independente do tamanho. O que determina o quão adaptável esse animal será a um apartamento é o seu histórico, treinamento e suas atividades recreativas, informa a veterinária e sócia da empresa Vila San Pet, Fernanda Sansigolo. “O mais importante é o novo proprietário estar atento às particularidades das raças que deseja adquirir, como temperamento, grau de atividade, cuidados com a pela-
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gem e problemas comportamentais”, destaca a profissional. A cartilha sobre animais em condomínios da ProAnima (Associação Protetora dos Animais) – disponível no link material educativo do site proanima.org.br – é categórica na afirmação de que porte e quantidade podem depreciar a vida do animal no apartamento. “Em todos os países do mundo de clima frio, cães grandes são criados dentro de casas e apartamentos, principalmente no Inverno, sem causar problemas a ninguém. Pare para pensar: um cão grande é menor do que a maioria das pessoas que
vivem num apartamento. O que conta é a adequação dos passeios diários do animal e respeito aos limites dos direitos de terceiros, incluindo segurança e sossego das outras pessoas”, informa um trecho da cartilha. Histórica e tradicionalmente, o cão e o gato são os parceiros dos seres humanos. Shitzu, lhasa-apso, spitz alemão, spitz japonês, pastor de shetland, poodle e buldogue francês são as raças caninas mais procuradas pelos que vivem em apartamentos, informa a veterinária Fernanda.
A gata Giselda mora no Atlantis com a família Pedrozo
Entre os felinos, a profissional conta que a procura tende para persa, exotic, siamês e maine coon – este último é famoso pelo seu temperamento muito brincalhão, conta a veterinária.
nos, meus filhos alimentavam-os com papinha no bico com ajuda de uma seringa. Estas aves são muito inteligentes, demonstram certa tristeza quando ficam sozinhas, mas é possível fazer pequenas viagens e deixá-las com alimento suficiente”, conta Maria Helena, que também tem peixes no apartamento.
Cezar Pedrozo, 43, morador do Condomínio Edifício Atlantis, presenteou, há três anos, sua esposa com uma gata da raça persa. “A Giselda é tranquila, não faz bagunça e nem barulho. Os gatos vêm ganhando seu espaço. A adoção de felinos é uma crescente há mais de dez anos e eu recomendo”, afirma Pedrozo, que é editor do Jornal Mundo Animal.
A receita de saúde para os pets que vivem em apartamentos é uma rotina diária de exercícios, brincadeiras e carinho. “É uma forma de mantermos eles saudáveis e sem estresse”, diz a veterinária Fernanda. Independente do tipo de bicho e da raça, a profissional orienta que é muito importante oferecer alimentos apropriados e dosados para esses animais.
Nem cão, nem gato
As calopsitas foram escolhidas pela professora Maria Helena Santini Campos Tavares, 48, como animais de estimação. Ela construiu um grande viveiro, que é móvel, para o casal Charlote e Pretinho, e garante que não há transtornos com os vizinhos. “Dá para controlar bem a sujeira e a questão da higiene é tranquila. Com a proteção da gaiola, o animal fica mais à vontade e não corre o risco de ser pisado ou sair voando. Quando eles eram peque-
“Não podemos esquecer que até pouco tempo atrás eles tinham que caçar para se alimentar e suas atividades eram muito intensas, o que, no decorrer dos anos, acarretou em um aumento de peso preocupante e causador de várias doenças articulares, cardíacas e respiratórias”, destaca Fernanda. Ela alerta também que animais que vivem em apartamentos devem ter uma rotina diária de exercícios, brincadeiras e carinho. “É uma forma de mantê-los saudáveis e sem estresse.” 15
Gestão
Tem solução
Síndicos compartilham sua experiência na solução de problemas que fazem parte do cotidiano dos condomínios Por Ronaldo Victoria Foto: Alessandro Maschio
Lixo que não é recolhido corretamente, briga por causa de vagas de garagem, divergências por causa da instalação de equipamentos, reformas que não são autorizadas e assim por diante. A vida de um síndico quase sempre é bastante agitada, exige paciência e criatividade. A reportagem ouviu cinco síndicos sobre soluções que eles deram a problemas crônicos em seus condomínios. Veja como eles resolveram. 1-Contratação de zelador No caso de Alexandre Ferrato, do Condomínio Ilha Bela, na Vila Monteiro, o problema tinha nome: zelador. Ou melhor, a falta dele. O prédio não contava com um profissional para exercer essa função. “Com isso, era difícil fazer a manutenção e a conservação, já que a portaria também é terceirizada. Mas a contratação de um zelador foi aprovada na última assembleia, já temos um profissional em vista e esperamos que tudo esteja resolvido até o começo do próximo ano”, informa.
2-Pintura do prédio Síndico há dois anos do Tívoli, localizado no São Dimas, Kazuo Ishida conta que está resolvendo aos poucos, o problema da pintura do prédio, que já tem 18 anos de inauguração. Os trabalhos começaram na garagem, durante este ano, mas em 2014 ele pretende pintar a área externa. “A pintura da garagem correu bem, apenas com a reclamação de uma moradora que disse que caiu tinta eu seu carro, mas isso já está sendo resolvido. Agora queremos ver a parte externa pintada”, conta.
3-Como barrar as repúblicas? Em matéria de problemas, Vanice Gonçalves Mariano, síndica do Champs Elysées, no Centro, conta que tem experiência de sobra. Seu condomínio com duas torres com 25 andares cada uma: Saint Paul, com quatro apartamentos por andar, e Saint Patrick, com dois apartamentos por andar, o que soma 150 unidades. “São dois prédios diferentes e duas realidades. O Saint Paul, com apartamentos menores, é mais heterogêneo e até um tempo atrás a gente tinha problemas com repúblicas. Acontecia muita bagunça, eles ficavam mudando de um apartamento para o outro e isso gerava reclamações entre os outros moradores. Agora fazemos um cadastro mais detalhado. Nada impede que dois irmãos morem juntos, sendo estudantes. Mas desde que não fique configurado como república”, detalha. Já o Saint Patrick, com metade de apartamentos, tem um perfil mais homogêneo. “O perfil é bem diferente. E nesse ano o que posso comentar é que consegui deixar a inadimplência em relação às taxas de condomínio, totalmente controlada”, afirma. 16
Vanice Gonçalves Mariano, síndica do Champs Elysées
4-Regular as instalações de segurança Também na região central e um dos mais tradicionais da cidade, o Oswaldo Miori (na esquina das ruas Boa Morte e Rangel Pestana) tem como síndico atual Amadeu Castanho, que já exerceu o cargo por oito vezes. Ele conta que este ano o edifício conseguiu ficar totalmente regularizado em relação a algumas questões de segurança. “Foram algumas pequenas questões, mas que acabam tendo um efeito positivo no dia a dia. Os corrimãos das escadas já estão todos colocados, fizemos a troca da chave da casa de força, num total de 17 pequenos serviços realizados”, enumera Castanho.
5- Coleta de lixo O edifício de Márcia de Lourdes Sechetti, o Residencial Piracicamirim, localizado na rua Gonçalves Dias, é pequeno, com três andares e apenas 18 apartamentos. É tranquilo, ela define, mas isso não significa que os problemas não apareçam. “Para 2014, apesar de algumas opiniões contrárias, vamos voltar a ter lixeira interna, mas com uma moça da faxina fazendo esse recolhimento nos mesmos dias da passagem do lixeiro. O que acontece é que nossos moradores colocam o lixo na esquina, não muito bem fechados, e sempre dá problema. Fora isso, tivemos uma boa diminuição na taxa de inadimplência e eu posso dizer que pelo menos 95% dos nossos moradores já sabem que viver em coletividade exige bom senso”, conclui.
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Audiovisual
Quinzão nas telas Documentário sobre o Nhô Quim está sendo produzido pela Filó Comunicação
Por Ronaldo Victoria Foto: Alessandro Maschio
No primeiro semestre de 2014, deve estar pronto o documentário, ainda sem título definido, que celebra os 100 anos do XV de Piracicaba, time que representa não apenas o futebol, mas o jeito de ser da cidade. A produção é da Filó Comunicação e a ideia é que sejam reproduzidas ao menos 1.000 cópias de DVD, boa parte delas a ser distribuída nas escolas. Com cerca de 50 minutos de duração, o filme será formatado com base em pesquisas em acervos públicos e particulares, além de entrevistas com várias pessoas que viveram a história do time, incluindo ex-jogadores, técnicos e cronistas esportivos. “Por enquanto, estamos na fase de pesquisa de texto, após uma reunião com o jornalista Cecílio Elias Netto, que atua como consultor por ser um estudioso de Piracicaba, e não apenas para esclarecer questões relacionadas a datas”, conta Bruna Epiphanio, diretora da Filó ComuniBruna: ‘A cada cação.
dia ouço uma
De acordo com ela, o filme quer história diferente também mostrar que cidade era Pisobre o XV’ racicaba em 1913, quando surgiu o XV. “Estamos nesse primeiro passo, mais teórico, e a partir daí, vamos estruturar ba. “É impressionante a riqueza de material, a o filme na parte prática mesmo. Definiremos cada dia eu ouço uma história diferente sobre o que pessoas serão entrevistas, que histórias seXV. E todas são interessantes!”, afirma. rão privilegiadas. De antemão, já prevejo que Natural de Rio Claro e radicada na cidade nosso trabalho será muito mais de edição, pois acredito que teremos trabalho em resumir uma há dez anos, Bruna revela que está plenamente adaptada à cidade. “É muito bonito ver a paihistória tão rica em 50 minutos”, analisa. xão que os piracicabanos têm pelo seu time e Bruna revela que começou a sentir isso despor extensão pela própria cidade”, define. de quando começou a montar a exposição do A ideia do documentário é da Comissão de centenário do clube em cartaz no Sesc Piracica-
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Arquivo e Memória do Conselho Deliberativo do XV, que fez a proposta para a Filó. A empresa de comunicação contou com as parcerias da Mariachi Audiovisual, Empório Produções Culturais e MBM Escritório de Ideias. Viabilizado pela Lei de Incentivo ProAC ICMS, conta com patrocínio da Oji Papéis Especiais, Raizen, Rinen Chemical Group, Sanavita e Vollmens Fragrance. A mobilização de recursos teve ainda apoio da Blasco Desenvolvimento Institucional.
YouTube O alvinegro piracicabano também aparece com destaque no YouTube, maior portal de vídeos da internet. Quem quiser conhecer, basta escrever Canal Quinzista na barra de pesquisa do site (www.youtube.com) e conhecer o que anda rolando pelos lados do XV.
“Neste fim de ano, a demanda vem aumentando bastante, por conta de tudo o que aconteceu durante as festas de comemoração do centenário”, conta Eduardo Castellari, da assessoria de imprensa do time e responsável por fazer a postagem dos vídeos. Além de vídeos comemorativos, Castellari cuida daqueles que se chamam de motivacionais, que procuram elevar o moral dos jogadores e da torcida. Nos últimos dias, o Canal Quinzista teve como destaque as comemorações do centenário no Estádio Municipal Barão da Serra Negra, o Outubro Rosa, o cronômetro do centenário em frente ao estádio, a cerimônia na Assembléia Legislativa e a apresentação do maestro João Carlos Martins. Além disso, são postados vários vídeos com lances de gol das partidas disputadas.
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Centenário do XV
‘A música é a régua do mundo’ Maestro João Carlos Martins rege orquestra em homenagem ao alvinegro, do qual é torcedor Por Ronaldo Victoria Foto: Alessandro Maschio
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uem disse a frase que dá título a esta matéria é um homem que entende muito de música. E dos altos e baixos do mundo. João Carlos Martins, hoje o maestro mais conhecido do Brasil, conta que o poder da música está presente também no futebol. “Se um time joga mal, o técnico diz que houve uma orquestração contra ele. Agora, se joga bem, o que ele diz? Jogamos por música!”, conta. Martins veio a Piracicaba pelos dois motivos: futebol e música. Futebol para comemorar o centenário do XV de Piracicaba, que ele conta ser seu time do coração. Pelo menos do interior, já que ele não esconde a primeira paixão, a Portuguesa de Desportos, a velha Lusa. “A Portuguesa é meu time de São Paulo, mas o XV de Piracicaba surgiu para mim quando estava com oito, nove anos. Foi quando o clube acabou sendo o primeiro do interior paulista a disputar a Primeira Divisão, o que foi um grande feito. E se não me engano foi no XV que o Pelé fez o seu primeiro gol”, lembra Martins, em entrevista coletiva no Espaço Beira Rio, pouco antes de um concorrido concerto que lotou a sala e contou com um público bem variado. O maestro comenta que a trajetória esportiva do XV, com muitos altos e baixos, mas sempre resistindo, tem muita identificação com a dele mesmo, já que encarou dois acidentes que paralisaram suas mãos (um em Nova York durante um jogo de futebol e outro na Europa em um assalto), a princípio o impediram de ser pianista, mas o fizeram se reinventar como maestro. “O XV tem essa coisa de ser um time brigador, que parece que vai parar mas sempre retorna”, afirma. A ligação com o futebol continua com a amizade que sempre teve com Pelé e por meio de um convite recente de Lionel Messi (o melhor jogador de futebol do mundo eleito pela Fifa) para que coloque música em 14 de seus
maiores gols. “Ele entendeu que o gol sozinho perece, mas com música ganha eternidade”, explica. Martins conta que desde que assumiu a função de maestro tem estudado ainda mais, uma média de dez horas por dia. “Como regente, como não consigo virar as páginas, tenho de decorar centenas de páginas para uma apresentação. É um trabalho muito grande”, conta. Mas altamente recompensador, como revela ao falar dos projetos sociais dos quais participa e da volta a tocar piano em público. Depois do concerto que celebrou o centenário do XV, a convite do presidente do clube, Celso Christofoletti, Martins se apresentou em Nova York, no dia 7 de dezembro, num concerto só com obras de Bach (compositor de quem gravou todas as obras para piano) e, no dia 14, de volta a São Paulo, estrelou um concerto de Natal. “Tenho paixão pelo XV. Sei cantar os dois hinos, o tradicional e o popular, e tenho as duas camisas, a zebrada e a cor-de-rosa”, garante, bem humorado. Do alto de sua intensa ligação com o futebol, que começou aos cinco anos, e teve até o acidente aos 26 anos durante uma partida, Martins vê numa torcida de time de futebol um espetáculo de paixão e fé. “Quando a pessoa torce, ela começa a viver uma grande história de amor. Ela nunca muda de time. A emoção de uma torcida pelo seu time é algo muito forte, é algo que tem de ser entendido, por mais que, às vezes, essa paixão extrapole. E eu estou vendo isso aqui em Piracicaba, o amor dessa cidade pelo seu time, a emoção dessa cidade fantástica onde já tive o prazer de tocar várias vezes. É uma cidade amada pelo Brasil, e que tem muita ligação com a música. Tenho meus amigos Cidinha e Ernst Mahle (maestro) e tenho dois piracicabanos na orquestra, da família Micheletti”, conclui. 21
Entidade
Unidos pelo XV Associação Amigos do XV surgiu na fase mais crítica do alvinegro Por Ronaldo Victoria Foto: Alessandro Maschio
A
Associação Amigos do XV, que surgiu há 12 anos em Piracicaba, tem um grande orgulho e um pequeno dissabor nesse tempo em que se comemora o centenário do time. De acordo com o presidente, o empresário José Carlos Masson, ‘não é bem uma mágoa’, mas o fato é que o trabalho deles não foi mencionado no livro dos 100 anos do XV. “Não fomos sequer mencionados”, afirma. O presidente do time, Celso Christofoletti, procurado pela reportagem, não quis entrar em polêmica sobre o assunto. “Se a revista quer divulgar essa insatisfação do Masson, não temos o que fazer. Aliás, a liberdade de expressão tem que ser respeitada.” Porém, Masson deixa essa questão em segundo plano para destacar o trabalho da entidade, que surgiu num momento em que o time estava até ameaçado de extinção. A associação foi criada no dia 25 de setembro de 2001, nas dependências da Acipi (Associação Comercial e Industrial de Piracicaba), na época presidida por Luis Carlos Furtuoso. A primeira formação teve José Machado (que entrou como cidadão e não como prefeito), o falecido deputado João Herrmann Netto, o deputado estadual Roberto Morais e o secretário municipal de Esportes João Paulo Araújo, que era presidente interino do XV.
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Masson é o atual presidente da associação esse otimismo esteve presente todo o tempo. “Nós, da associação, sempre acreditamos, pois, em 2010, lançamos a campanha XV 100 Anos Rumo à Série A1. E o time estava naquela época na A3. E o XV permaneceu na primeira divisão no ano de seu centenário”, diz.
“Muitos desconhecem que, em 2002, alguns abnegados e apaixonados pelo XV levantaram R$ 80 mil para a inscrição na FPF (Federação Paulista de Futebol), caso contrário o time passaria para o futebol amador, lembra Masson.
A associação, que tem sede própria, é responsável por celebrar convênios e administrar uma verba da prefeitura, que é repassada integralmente para as equipes de base, formadas por 120 jovens, em sua maioria de famílias carentes. Com isso, a entidade visa à formação de atletas para o futuro. A entidade conta com respaldo de lei muniicpal que prevê a contribuição de R$ 1 na conta de água, pelo Semae, a ser repassado para sua manutenção e funcionamento. Promove, ainda, campanhas de vendas de camisetas do time e de coleta de óleo comestível usado. A sede própria fica justamente na rua XV de Novembro.
Ele destaca que a Associação foi criada num momento em que o XV estava justamente no fundo do poço, e que já havia na cidade um pensamento de que nada mais havia a fazer. Na trajetória da associação, Masson revela que
O primeiro presidente da associação foi o empresário Tarcísio Angelo Mascarim. Durante esses 12 anos, passaram pelo cargo Paulo Falanghe, Gregório Marchiori e Antonio Luis Lordello Chaim.
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Imobiliárias credenciadas fale com seu corretor. Projeto aprovado pela Prefeitura Municipal de Piracicaba, conforme Alvará nº 2.119/2012, Registro de Incorporação no R.7 da matrícula 94.315 em 22/07/2013 do 1.º Registro e Imóveis e Anexos de Piracicaba. Todas as imagens e perspectivas são meramente ilustrativas e estão sujeitas a alterações. O empreendimento será entregue nos termos do futuro Memorial Descritivo. Ao incorporador reserva-se o direito de corrigir possíveis erros de digitação. Este anúncio não caracteriza e não deverá ser entendido como uma oferta, promessa de compra ou mesmo obrigação do incorporador em realizar o Empreendimento. Preço médio sujeito a alteração sem aviso prévio.
Tutti do Bem
Ela faz a diferenรงa Ivani Fava Neves criou, hรก 20 anos, uma entidade que jรก construiu 400 casas para pessoas de baixa renda
Por Ronaldo Victoria Foto: Alessandro Maschio
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az 20 anos que Ivani Fava Neves teve uma ideia sensacional, dessas que aparecem de repente e que viram a grande missão de uma vida. Era o tempo em que o sociólogo Betinho contagiava o país com a campanha Brasil Sem Fome. “Eu, como assistente social, pensei o seguinte: pra que apenas cesta básica com alimentos se tem tanta gente precisando de casa? Então, em vez disso, pensamos numa cesta básica com materiais de construção e em facilitar a vida de quem deseja construir a sua casa”, conta. Se deu certo? A Muccap (Associação Pró-Mutirão da Casa Popular de Piracicaba) acaba de completar 20 anos de atuação intensa e contínua, já contribuiu para a construção de mais de 400 moradias em todas as regiões da cidade. “Eu, que já andava pelas periferias e via as famílias bem numerosas, muitas bem fortinhas, morando em barracos miseráveis, percebi que o problema crucial não era a alimentação, mas a moradia. Numa sexta-feira, viajando para Lins, convenci minha família de que meu sonho era substituir barracos por casas de alvenaria”, lembra. Nestas duas décadas, Ivani não parou para realizar o seu sonho. Convenceu o marido, o engenheiro agrônomo Evaristo Marzabal Neves, ex-diretor da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), e os dois filhos, Marcos e Flávia, de que aquele era o único jeito de se sentir realizada. “E precisei do apoio deles, porque nunca tive um escritório. No começo, tudo era feito no quarto do casal, onde o arquivo eram duas grandes gavetas. Depois, com o casamento do meu filho, acabei utilizando o antigo quarto dele como escritório”, explica. Organizada como a maioria das virginianas, Ivani tem em várias pastas
os documentos de todas as famílias que passaram pela Muccap. A procura, conta Ivani, continua sendo grande. Mas todo caso precisa ser estudado. Ela e outros integrantes da Muccap (todos voluntários, como ela faz questão de esclarecer) analisam e determinam quem precisa realmente do benefício. “É preciso que a família já tenha o terreno e deve comprovar que realmente é pobre, e muitas vezes não tem quase nada. Muitas vezes recebemos críticas, mas o que eu noto é que a resposta das famílias quase sempre é muito melhor do que a gente imaginava. Porque a casa nova puxa mesmo para cima”, diz. Por trabalhar nesse nicho de habitação popular, Ivani faz ressalvas a muitos programas que levam as famílias para lugares diferentes de onde já estão estabelecidas, às vezes durante décadas. “Eles fazem o loteamento, tiram as pessoas do bairro em que moravam e levam para um fim de mundo. Aí a pessoa acaba vendendo.”
Mucapianos
Para conseguir levar à frente o trabalho, Ivani conta com o apoio dos ‘mucapianos’, aproximadamente 400 pessoas que fazem doações mensais, em média de R$ 30, e também com as famílias beneficiadas que contribuem com um terço da renda mensal da associação, o que possibilita a construção de quase duas casas por mês. Há também doações significativas de empresas e de eventos beneficentes de vários tipos, como jantares ou bingos. Nessas duas décadas, a vida de Ivani deu uma grande virada, e ela reconhece que o maior acréscimo foi emocional. “Eu me formei em serviço social, mas vivi sempre à sombra do meu marido, do que não me arrependo. Quando ele foi lecionar em Viçosa (MG), eu dava aulas de piano, 25
em São Paulo, vendia cortinas. Mas, com a vida passando, perdi meus pais em pouco tempo, e resolvi fazer um trato com Deus para preencher a minha vida”, revela. Ivani já havia feito trabalho social no Jardim Primavera e com um grupo de idosos na Vila Sônia, mas seu desejo de atuação era bem maior. “Eu queria algo mais efetivo. Eu queria mesmo era reformar o mundo. Se eu vejo que alguém não está bem na minha frente, não consigo deixar passar”, explica. “Ao mesmo tempo, eu sou um pouco intransigente. Quem quiser ser voluntário da Muccap tem de fazer alguma coisa para mudar. Não pode ser pela metade”. Às vezes, ela recebe críticas de gente que insinua que tenha pretensões políticas (o que nega enfaticamente), mas as histórias de superação que acumula nessas duas décadas compensam qualquer dissa-
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bor. Como a vivida por Creuza dos Santos, no Jardim Oriente, que acabou mudando o quarteirão todo. “É cultural. Os pobres dão valor ao puxadinho, porque ele acomoda mais a família”, diz. Creuza, lembra Ivani, já havia deixado o barraco três vezes, “duas por água e uma por fogo”. Hoje está com uma casa de alvenaria e a filha mais velha está cursando administração. Há também a história do rapaz que a encontrou numa fila de banco. Ele veio sorridente lhe contar: “Dona Ivani, eu sou o neto da dona Zefinha, lembra?” Claro que ela nunca se esqueceu daquele barraco que, antes de passar pela reforma, tinha sete crianças dormindo amontoadas no sofá da sala. “Agora vejo aquele moço de camisa branca engomada e descubro que ele é colaborador da Muccap e paga R$ 50. E depois dizem que as pessoas são mal-agradecidas!”
A sensação seria de dever cumprido se ela pensasse em parar, mas ainda pretende continuar na luta por muito tempo. “Sempre valeu a pena. Estou extremamente feliz por tudo que vivi e não quero outra vida. Tudo que consegui foi porque tenho a compulsão de fazer diferença”, explica. É como ela explica num trecho de um de seus livros, O Bau da Vovó (o outro, Construindo Casas e Reconstruindo Vidas, em parceria com a jornalista Beatriz Vicentini, da editora Atlas, está à venda por R$30), em que fala da chegada da Terceira Idade e das lições adquiridas com o tempo. “A velhice é para ter a consciência do dever cumprido. É para olhar ao redor e colher os frutos da semente plantada. É para não ter medo do amanhã, que chega para todos. A velhice é para ensinar que a vida é feita para viver. É para ensinar que viver não é apenas adquirir, comprar, ter, trabalhar, possuir, querer e poder. Viver é isso, mas é muito mais que isso. Viver é sentir, chorar, compartilhar, repartir, entender, amar e perdoar.”
Neste ano que termina, nossos agradecimentos por ter tornado pessoas mais felizes e participado de seus grandes momentos. E que em 2014 possamos continuar juntos fazendo tudo de melhor para sua beleza. Porque beleza é essencial!
Para os interessados em contribuir com a Muccap Banco Santander Agência 0041 USP Esalq Conta corrente 13003175-1
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Fôlego
! s a t s Boas fe
Coluna
Por Manu Vergamini manu@mbmideias.com.br
A coluna Sampa, que estreia nesta edição, vai trazer a você, leitor, dicas incríveis de como aproveitar o ‘lado B’ da capital, seja na gastronomia, cultura, entretenimento ou consumo. Confira os lugares diferentes e de gastronomia refinada na Vila Madalena, um dos bairros mais agitados da de São Paulo. Bom apetite!
Julice Boulangère
Em uma casinha deliciosa e arborizada está a simpática boulangerie, comandada por Julice Vaz. A criatividade está presente nos mais variados sabores, cores e aromas dos pães, preparados artesanalmente na própria loja. Receitas tradicionais da panificação francesa recebem também nova roupagem, fazendo parte do menu do café que traz ainda crepes, quiches, saladas, caldos, cremes e bebidas diferentes. O destaque da casa vai para o pão de chocolate meio-amargo. De enlouquecer! Segunda a sábado - das 8h30 às 20h Rua Deputado Lacerda Franco, 536 • (11) 3097-9162 www.juliceboulangere.com.br Divulgação
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Em uma casinha deliciosa e arborizada está a simpática Ideal para quem procura pratos prontos para viagem. A loja conceito gourmet apresenta um menu requintado em monoporções, já preparadas para o cliente levar consigo. Charmosa e descolada, a casa foi pensada para o paulistano jovem, que não tem tempo de cozinhar, mas não abre mão de comer bem. E para o turista, torna-se um passeio literalmente delicioso! Pratos como Manchon (coxa) de Pato ao Vinho Tinto e Fraldinha na Cerveja Preta com Mostarda L’ancienne fazem parte do menu de pratos prontos para a viagem. Há opções orgânicas! Terça a quinta - das 12h às 22h • sexta – das 12h às 23h sábado - das 11h às 20h • domingo - das 11h às 15h Rua Girassol, 223 • (11) 2548-6605 amusefoodstore
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A Queijaria
Localizada numa esquina bem discreta do bairro, a simpática lojinha dedica-se exclusivamente a queijos brasileiros e artesanais, feitos por pequenos produtores. O proprietário Fernando Oliveira é responsável pelo que chama de ‘garimpo gourmet’, visitando os locais de feitio dessas delícias e transformando a loja num paraíso dedicado aos curiosos e amantes do laticínio. São mais de 85 tipos, vindos de todas as partes do país. O mais novo membro da vasta carta da casa é o queijo afilhado de Ariano Suassuna. Produzido na fazenda Carnaúbaem, em Taperoá (PB), o queijo de cabra foi batizado pelo escritor e dramaturgo e já ganhou até prêmio! Segunda a domingo - das 10h às 19h Rua Aspicuelta, 35 • (11) 3812-6449 aqueijaria
Bar Mundial
Visitar a ‘pauliceia’ e não comer pastel é como ir a Roma e não visitar o Vaticano! Depois do Genésio, do Filial e do Genial, é a vez do Mundial cair nas graças dos frequentadores de um dos bairros mais boêmios da capital paulista. O cardápio é assinado por Elenice Altman, e apresenta o prato em variadas versões. Terça a quinta - das 17h às 2h sexta - 17h às 2h30 • sábado - 12h às 2h30 domingo - 12h às 2h Rua Girassol, 354 • (11) 3097-9353
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Especial Superação
Meu destino é viver Três mulheres falam da experiência de sobreviver a um diagnóstico de câncer e de como conseguiram dar a volta por cima
Por Ronaldo Victoria Foto: Alessandro Maschio
Edna, Andréa e Rosane são exemplos de coragem, fé e determinação
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em aviso, elas se viram como protagonistas de um filme que começava como aqueles terrores exagerados, com o chão se abrindo e a sombra da morte passando por perto. Mas conseguiram encontrar forças para mudar esse enredo sombrio e transformar a história em uma lição de resistência, dessas que devem ser compartilhadas numa época como esta, quando o Natal e o fim do ano nos obrigam a pensar no que conquistamos, nas nossas derrotas e nos planos para o futuro. É o que aconteceu com essas três mulheres: a economista Rosane Grisotto, a jornalista Andréa Mesquita e a professora aposentada Edna Gregolin Grisotto. Elas encararam diagnósticos graves (as duas primeiras de câncer de mama e a ou-
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tra de leucemia), mas deram a volta por cima. E contam aos leitores sobre o sabor da vitória.
Parar de engolir sapo
Rosane lembra até hoje muito bem da sua reação ao ouvir do mastologista Sérgio Bruno Barbosa a revelação de que estava com câncer. “Foi horrível, eu perdi o chão, porque a gente nunca imagina que vai ter isso. A mim me pareceu uma sentença de morte. Ele tentou me acalmar, mas eu saí do consultório chorando”, conta. O caso dela foi diferenciado porque o tumor estava mascarado. Os laudos e as imagens eram normais, mas o médico pressentiu e pe-
diu que os exames fossem refeitos. Então, os tumores, dois, com média de dois centímetros, foram descobertos e operados 20 dias depois. “Correu tudo bem porque os linfonodos não estavam comprometidos e eu não tive metástase”, lembra. A partir daí, ela encarou as sessões de quimioterapia, que definiu como muito dolorosa no começo, e atualmente passa pela radioterapia, estando perto do fim das 33 sessões. Conta que teve dois ‘anjos’ que a acompanham: o mastologista e o oncologista André Marques. A grande sorte, revela, é ter contado com o apoio total do marido, o economista Lineu Maffezolli, e da família. “Se antes eu achei uma sentença de morte, hoje acho uma sentença de vida. De vida nova. De recomeço. Fiquei muito mal por dois dias, chorei até cansar, mas depois dei uma respirada e decidi reagir. Isso combina com a minha filosofia de vida, porque sou espiritualista.” Em momentos de desafio, acredita Rosane, a fé do paciente é a principal aliada da ciência dos médicos. “Mas pode ser qualquer crença, isso é o de menos”, ressalta. Na parte pessoal, ela se sente hoje totalmente mudada. “Eu sempre fui muito forte, uma canceriana que não foi mãe, mas que sempre foi o apoio da família toda. O resultado é que não me dava o direito de ser frágil de vez em quando. Mas era porque as pessoas compraram a imagem que eu vendi”, revela. Rosane acredita, sim, que existam fatores emocionais que fazem com que a doença se desenvolva. “Talvez tenha sido um pouco dessa minha dureza. Eu relaxei quanto a isso e me senti no direito de me colocar em primeiro lugar e passei a dar umas respostas que nunca imaginava que daria. Em resumo: parei de engolir tanto sapo!”, define. Se isso lhe deu mais auto-estima, fez também com que algumas pessoas se afastassem. “No começo me doeu, mas penso que é uma peneira que a vida lhe dá. Também não tive problema com a queda de cabelo que veio com a quimioterapia. Nunca fui ligada em ditadura da estética. Não acho que tirei uma lição disso, não penso muito nisso. O que sei é que sou uma pessoa vitoriosa e acho que mudei para melhor”, conclui.
Vida 2 x 0 Doença
Depois de dez anos, Andréa Mesquita recebeu recentemente a notícia de que está clinicamente curada do câncer de mama. A jornalista teve o primeiro diagnóstico em 2003, mas, em 2008, quando pensava ter se livrado, recebeu a notícia de que o tumor havia voltado, e mais agressivo. “Hoje eu estou em alta. E o que significa isso? Vou continuar fazendo exames de seis em seis meses, me prevenindo como sempre fiz. Mas o principal foi tirar o peso de estar doente”, define. O primeiro susto aconteceu quando ela trabalhava num jornal de Araraquara. Eram exames de rotina e a jornalista, que escrevia sobre saúde, nem se preocupou com o resultado. “Peguei os exames na segunda-feira e a consulta de retorno seria na sexta. Deixei na bancada. Na quarta-feira, a secretária do médico me ligou dizendo que ele precisava falar comigo com urgência. Tremi e fui correndo ao consultório”, lembra. Ao receber a notícia, Andréa conta que a primeira frase que lhe veio à cabeça foi: Por que eu? “Ao mesmo tempo não sei por que a gente só pergunta isso quando acontece alguma coisa ruim. Eu sou sempre muito dramática e intensa, tudo comigo é meio over. Ao mesmo tempo sou muito positiva, sem ser uma ‘Poliana’. Minhas relações também mudaram. Dizem que você mede a quantidade de amigos quando dá uma festa. E a qualidade quando fica doente. E isso é verdade”, define. Força ela precisou ter quando, cinco anos de tratamento depois (três cirurgias e 33 sessões de radioterapia), ela encarou o fato de que o câncer tinha retornado, isso às vésperas da viagem de seus sonhos, ao Egito, que teve de adiar. “Eu brinco dizendo que a primeira (vez que teve cáncer) foi um passeio ao zoológico enquanto a segunda foi um safári na África”, define. A situação era bem mais grave, com tumor do nível três (o máximo é cinco) e 50% de cura. Mas ela se agarrou a essa chance e ao positivismo. Fez um projeto de vida com vários sacrifícios, entre eles um ano e meio sem chopinho. E precisou lidar com a vaidade. “Eu perdi o cabelo, mas não a vaidade, e comprei uma peruca de cabelo natural que paguei R$ 850. E ainda mandei cortar Chanel, do jeito que eu queria.” 31
Se existe uma lição depois de tudo isso, resume a jornalista, é mudar os valores. “Eu sei que isso soa clichê, mas é muito bom a gente parar de dar tanto valor a pequenas coisas. Hoje prezo muito mais pelos pequenos momentos que compartilho com as pessoas de quem gosto”, conta. Mas guarda uma grande saudade da amiga Aline Gonçalves, que conheceu na quimioterapia e que se foi muito cedo, aos 33 anos. “Eu penso nela muito e a morte dela me abalou. Engraçado que, outro dia, a irmã dela me contou que foi ao Rock in Rio ver o show do Bon Jovi e esse era o maior sonho dela. A irmã disse: ‘Aline, se você estiver aqui, me dê um sinal”. Logo em seguida uma menina que estava atrás gritou: ‘Aline, venha aqui!’ Como não acreditar?”
Andar com fé
Edna descobriu a doença por acaso, durante uma consulta com o ginecologista que recomendou a ela que fizesse um hemograma. O hematologista realizou um exame chamado mielograma e o resultado apontou uma doença chamada trombocitemia essencial. Maligna, mas com controle feito por quimioterapia oral. Desde que não evoluísse para mielofibrose, que é a necrose da medula óssea. Pois foi justamente o que aconteceu. “Recebi esse diagnóstico ainda fragilizada pela morte repentina do meu marido. A quantidade de plaquetas, células responsáveis pela coagulação do sangue, era muito alta e houve um descontrole total. Foram testados vários medicamentos oferecidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), mas já sabia que a cura só viria pelo transplante de medula. Fiquei apreensiva, mas sem medo de morrer. Ofereci todo meu sacrifício a Deus. Nunca reclamei de nada”, revela Edna. Antes de transplantar, Edna fazia transfusões de sangue a cada oito ou dez dias. Durante este tempo, ficou internada inúmeras vezes no Hospital dos Fornecedores de Cana. Passou por cirurgia de retirada do baço, que cresceu demais, fez uma trepanação (retirada de líquido da caixa craniana), teve infarto, AVC (acidente vascular cerebral). Depois de tudo isso, partiu com apoio do médico André Lourenço, para as possibilidades do transplante. 32
A doadora foi a irmã, Cida Abe, com quem tinha compatibilidade total. O transplante foi realizado no dia 13 de maio (“dia de Nossa Senhora de Fátima”, ela completa) de 2009, em Campinas. “Fiquei mais de 20 dias na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Os apartamentos são refrigerados dia e noite, a 19 ou 20 graus, para evitar proliferação de bactérias. Podia receber visitas, mas que precisavam usar máscaras e podiam ficar pouquíssimo tempo”, conta. Tudo parecia ter corrido bem, mas vieram algumas intercorrências após o transplante e ela precisou ser internada várias vezes. “Olhava pela janela, o cair das tardes de Inverno, vinha uma tristeza. Não via a hora de estar em casa novamente. Meu Deus, quanta vontade de viver! E, por isso, suportei tanto sofrimento.” Mesmo com a compatibilidade de 100% com a irmã, Edna ainda precisa tomar remédios, que são agressivos. “Tenho a doença do enxerto contra o hospedeiro. Isso quer dizer que a medula dela ainda não reconhece plenamente o novo corpo. É engraçado, né? Mas, um dia isso vai acabar, é questão de tempo”, garante. Hoje, Edna acredita que esteja plenamente curada, depois de encarar tantas dificuldades, sem nunca perder a esperança. “Meus médicos do Hemocentro da Unicamp dizem que eu sou ‘a garota-propaganda do transplante’ devido ao sucesso, pois a margem de sucesso é de 25%. E depois do transplante, a gente vira um bebê! Tenho 69 anos de idade e quatro anos e meio de vida nova. Pode? Tenho até carteirinha de vacina cor-de-rosa e tive que receber novamente vacinas de sarampo, catapora, gripe e outras”, conta. Por isso, a principal lição aprendida por ela foi tolerância e generosidade. “Aprendi a amar mais o próximo, agindo e interagindo com seus problemas. O próximo ficou mais próximo. Hoje sou mais generosa e solidária. É comprovado que a dor e o sofrimento nos deixam mais humanos e sensíveis. Nos altos e baixos dessa caminhada dolorosa, aprendi a deixar os pequenos problemas para trás, confiando cada vez mais e sabendo que existem milagres. E eu sou um milagre da vida. Em todos os sentidos”, conclui.
Especial Superação
A arte de resistir Com apoio e dedicação total dos pais, estudante tetraplégico luta diariamente para alcançar a independência
Por Ronaldo Victoria Foto: Alessandro Maschio
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ranklin Hegudusch, 28 anos, tem sonhos. Ele está no 6º semestre de ciências da computação na Faculdade Anhanguera e já consegue fazer alguns pequenos trabalhos na área. Quando dorme, os sonhos de Franklin também são movimentados. “Eu sonho que estou nadando, andando de bicicleta. Porque meu sonho mesmo é ser independente. E vou conseguir”, afirma, na casa em que divide com os pais, Domingos e Ariadne, em Santa Teresinha.
Franklin entre os O detalhe é que Franklin sofreu pais Domingos e um grave acidente há sete anos, Ariadne quando voltava de Limeira, onde estudava TI (Tecnologia da Informafalta de resposta, comentava com o Domingos, ção) e fazia um estágio numa empresa da cidade. Terminadas as aulas, voltava mas ele falava ‘ah, ele deve ter saído com algupara Piracicaba. A última coisa da qual se lem- ma garota’. Mas coração de mãe não se engabra foi o pedágio. “Ele me contou que foi abrir na. Fiquei a noite inteira acordada esperando a o porta-luvas para pegar o dinheiro e, com isso, notícia”, conta. esqueceu de colocar o cinto de volta”, lembra Quando a notícia chegou, parecia desesDomingos. peradora. Primeiro porque o rapaz ficou muito Logo depois veio o baque. O carro bateu tempo sem atendimento médico, jogado no no guard-rail e, pelo que se concluiu pela aná- acostamento, e estava com sinais de hipoterlise da perícia, capotou, e Franklin, que deve mia. E não apresentava movimentos do pescoter cochilado na direção, foi arremessado pela ço para baixo. “O médico não chegou a dizer porta dianteira e caiu num barranco logo após que eu nunca mais iria andar, mas eu passei por o acostamento. O arremesso provocou o que uma fase em que só ficava perguntando para se chama de ‘chicote’, movimento que esmaga Deus: por que eu?”, conta a rapaz. as vértebras cervicais (parte posterior do pesA sorte, ele reconhece, é que pulou a fase coço). da depressão e nunca se entregou. Ele acrediPrimeiro, Franklin precisou de força e pacita que essa postura fez com que os pais nunca ência, pois ficou no barranco das 23h30 de um desistissem de acreditar em sua recuperação. dia (era 11 de agosto de 2006 ) até as 6h30 do dia seguinte, quando finalmente foi localizado “Desde a primeira cirurgia, no Hospital dos às 7h30 por um funcionário da Intervias. Foram Fornecedores de Cana, o médico nos disse que sete horas de angústia. “Eu fiquei deitado no era de altíssimo risco, mas ele reagiu bem. A mato e logo percebi que não conseguia me partir daí nos apegamos a Deus, à nossa força mexer do pescoço para baixo. Demorou um interior e ao desejo de ver o nosso menino de pouco até eu notar o que tinha acontecido pé de novo”, destaca Domingos. comigo. Tentava chamar por socorro, mas ninCom o tempo, eles foram tentando vários guém ouvia”, lembra. tratamentos, mas uma escara (a necrose que O único som mais forte que ouvia era o toque de seu celular, mas ele não conseguia alcançá-lo. Foram muitas chamadas. Era a mãe, claro. “Eu comecei a ficar preocupada com a
surge por causa do longo tempo imóvel na cama) chegou a prejudicar durante algum tempo. A situação durou 14 meses, mas aos poucos ele foi vencendo a situação. 35
A resistência do filho fez com que os pais começassem a procurar todo tipo de alternativa. Ariadne mostra que na casa, até móveis (a mesa da sala foi trocada por banquinhos) e eletrodomésticos (o fogão hoje é um compacto, de duas bocas) foram vendidos, mas o filho tem computador, notebook e iPad no quarto. Passaram por peregrinações em busca de tratamento em várias instituições (AACD, Instituto Luci Montoro e até o Hospital Sarah Kubitscheck, em Brasília). Promoveram bingos e ganharam um grande jantar, no dia 28 de dezembro de 2007, de um restaurante da Vila Rezende. E tiveram a maior alegria quando uma pessoa (que não quis se identificar) fez a doação de uma cadeira de rodas elétrica, avaliada em R$ 13 mil, o que facilitou o seu progresso. Hoje Franklin faz fisioterapia diariamente, além de aulas de natação e de equoterapia na Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz). A vértebra se refez, os movimentos da mão estão retornando lentamente e ele já fica em pé parado, com andador.
De volta aos estudos
Há três anos, Ariadne contou uma novidade para o marido. “O menino quer voltar a estudar, o que vamos fazer?” Claro que terminaram por dar todo apoio à decisão. Domingos, que trabalha com vidro jateado numa pequena oficina em casa, aproveita o horário das aulas de Franklin, na Faculdade Anhanguera, no período noturno, para trabalhar. “Nós saímos daqui de Santa Teresinha por volta das 19h, deixamos o garoto na aula e ficamos até as 23h, dentro do carro estacionado, trabalhando. Isso porque dedicamos a ele as manhãs e as tarde. É o tempo que nos sobra”, explica Domingos. Franklin conta que no começo os colegas de classe parecem ter estranhado um pouco, afinal ele é o único cadeirante. Aos poucos, porém, foram se acostumando, porque ele se define como bem-humorado. Nem reclama também da ‘peneira’ que acontecimentos 36
como esse promove nas amizades. “Ah, tinha algumas pessoas que não saíam de casa e de repente sumiram. Mas eu não me magoo. Sei que tem gente que não sabe lidar com uma situação como essa, nem é por mal que fazem isso”, revela. Ele parece estar lidando muito bem com a situação. Tanto que, apesar do acidente automobilístico, pensa sim em voltar a dirigir. E termina lembrando mais um sonho que teve recentemente. “Eu me vi dirigindo, indo para a praia sozinho. Eu sei que vou voltar a ter uma vida como a que era antes”, garante. Alguém
BRIGET JONES: LOUCA PELO GAROTO Helen Fielding Companhia das Letras Depois do enorme sucesso de O Diário de Bridget Jones, a heroína inglesa que foi referência para muitas mulheres da fase dos 30 anos, a autora Helen Fielding chega ao terceiro volume da série. Hoje, Bridget está preocupada com questões como seus relacionamentos nas redes sociais, o número de seguidores no Twitter e não trocar nenhuma mensagem após duas doses de vinho. Sem contar a paixão por um rapaz bem mais novo.
KARDEC: A BIOGRAFIA Marcel Souto Maior Record Marcel Souto Maior, biógrafo de Chico Xavier, agora investe na história do fundador da doutrina espírita. O escritor fez uma intensa pesquisa e tem várias perguntas para responder. O que transformou um médico cético em referência fundamental de uma religião? O que o convenceu a acreditar que os mortos estavam vivos e se comunicavam por meio de médiuns? O que o fez enfrentar adversários ferrenhos para divulgar a sobrevivência do espírito?
NOVEMBRO DE 63 Stephen King Suma de Letras O mestre do suspense Stephen King usa a imaginação para contar a história real do assassinato de John Kennedy. Na trama, o professor de inglês Jake Epping volta ao ano de 1958 com a missão de impedir a morte do presidente norte-americano. King recria o ambiente da época e brinca com as possibilidades de mudar o passado. King lembra o fato de que até os anos 70 era comum a pergunta: onde você estava quando JFK foi assassinado?
ROBERT GALBRAITH Rocco O nome do autor é Robert Galbraith, mas logo a imprensa britânica descobriu que esse era o pseudônimo de J. K. Rowling, a autora da saga Harry Potter. A história começa quando uma modelo cai para a morte de uma varanda coberta de neve. Todo mundo que conhecia sua vida intensa presume que tenha sido suicídio. Mas o irmão da moça não acredita nisso e chama o detetive Cormoran Strike para investigar. É o começo de uma nova série.
O SÍMBOLO PERDIDO, de Dan Brown “Apesar de ter gostado mais de O Código Da Vinci, do mesmo autor, li com muito prazer esse livro. Como sempre, Dan Brown gosta de falar de assuntos polêmicos e desta vez aborda não apenas a maçonaria, mas também fala até das pirâmides do Egito. Ele tem de escrever de forma interessante, prende a atenção da gente em cada página. Mas eu senti que alguma coisa precisava ser mais explicada, não sei se por que a gente cria muita expectativa.”
Luisa Libardi, artista plástica
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Nãna
I. Eu acho que o ser humano chegou no seu LIMITE... Limite de velocidade; Limite de conhecimento; Limite tecnológico; Limite do estresse; Limite da solidão... A grande barreira a ser quebrada, o ‘grande recorde’ a ser ultrapassado é o do AFETO... Pois neste quesito, meu amigo, acho que a gente está como Bolt, demorando duas horas para completar 100 metros rasos...
III. Uma das coisas boas de ser adulta é poder almoçar biscoito de chocolate ao invés de ‘proteína rica em aminoácidos’ + ‘carboidratos complexos’...
II. Às vezes a vida arranca a nossa pele... pele que nos dá forma e contorno... Tudo que nos define, supostamente, não define mais, e isso dói demais... é uma quase loucura; essa dor do nada, do vazio... Pois bem: se dor pior que essa não há e se o que define também me limita, a carne viva que fica me permite e me prepara para ser infinita onde quer que esteja, e isso é alucinantemente libertador... Dor por dor, a gente fica livre pra ser e ir o que e onde quiser... Até porque, na dor também há mágica e beleza...
1) “Nossa, mas que rosto lindo você tem” (aaaaaaaaaaaah! E o resto? Jogo no lixo por acaso?)
IV. Não sei o que é pior: ignorância ou arrogância... De qualquer forma, repara que a coisa sempre termina ÂNSIA... V. Aqui ó, três coisas que você jamais deve dizer pra mim, sob pena de levar um tapa na cara (detalhe: minha mão tem 23 cm de ‘envergadura’):
2) “Mas você tem um potencial imenso” (vixe, e então eu sou o quê? Um rascunho? Uma promessa eterna?) 3) “Você não devia levar a vida tão a sério” (ah é? Você não acha que é por isso que o mundo tá essa loucura?) E agora dá licença qu’eutenhomaizoquefazê! Nãna Toledo é um ser humano em busca da sua identidade. facebook.com/nãna • iamnana1@hotmail.com
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Social
My Center:
novo guia de moda
Beatriz Vitti Dorizotto, Rui Torrezan e Juliano Dorizotto
Fernando Vitti e Leticia Negri
Luciana e dro Ferronato e Rita SenaPe tori
Fashionistas, comerciantes do mercado de moda, empresários, jornalistas e convidados estiveram na Società Italiana, em novembro, para conhecer de perto o mais novo guia de moda on-line da cidade: www.mycenter. com.br. A proposta inovadora leva assinatura dos empresários Beatriz Vitti Dorizotto, Juliano Dorizotto e Fernando Vitti. Confira que esteve por lá nas fotos de Pauléo. Equipe MyCenter - Demétrius Dentini, Gabriel Couto, Juliano Dorizotto e Fernando Vitti
Junior Pompermayer e Luciana Daniel
Vivian Sanches, Silvia Paulino e Newton Olivera
Gustavo e Marina Figueiredo, Fátima Pachani e Juliano Dorizotto
Marina Torrezan e Ricardo Brunelli
Rafael Zandona, Aline Belardin, Marina Rodrigues e Paulo Spadotto
Juliano Dorizotto, Rubens Maluf e Mathias Vitti
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Sabor
Ceia leve e saborosa Salada tropical e rolê de frango são as dicas que a chef Lia Ferraz, do Lia Ferraz Buffet, dá para as festas do fim do ano Fotos: Alessandro Maschio
Salada tropical Ingredientes 1 lata de abacaxi em calda, cortado em cubos pequenos 400 g de presunto fatiado, cortado em cubos pequenos 1 lata de milho 1 lata de creme de leite 4 colheres de sopa cheias de maionese Hellmann’s (a marca diferencia o sabor final do prato)
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1 dente de alho amassado 100 gramas de uvas-passas 3 maçãs sem casca cortadas em cubos 1 pitada de sal
Preparo Em uma tigela misture todos os ingredientes e leve ao refrigerador por duas horas antes de servir. A receita é de família, fácil, prática, diferente e muito saborosa.
Rolê de frango recheado com farofa de castanhas à brasileira Ingredientes 1 frango inteiro desossado 1 cebola em cubos pequenos 5 dentes de alho amassados 300 g de bacon em cubos 2 cenouras raladas 2 colheres de sopa de manteiga/margarina 100 ml de azeite 150 g de castanha-do-pará 100 g de amêndoas em lâminas 100 g de nozes 500 g de farinha de mandioca torrada sal e pimenta a gosto Palitos para churrasco ou barbante para uso culinário
Preparo Frango Tempere bem, deixando na geladeira por algumas horas para absorver o sabor. Reserve.
Farofa de castanhas Em uma panela de fundo grosso, coloque o azeite e a manteiga, acrescente o bacon e deixe fritar bem. Acrescente a cebola e o alho, mexendo sempre até ficarem dourados. Coloque a cenoura e deixe murchar um
pouquinho. Acrescente as castanhas e, por último, a farinha de mandioca, mexendo sempre para todos os ingredientes ficarem bem mesclados. Reserve.
Preparo da receita Em uma mesa ou bancada, abra bem o frango e vá colocando no centro, em linha horizontal, a farofa, distribuindo uniformemente sobre a carne. Pegue os palitos ou o barbante e vá fechando e dando forma ao frango, lembrando que ele precisa ficar como se fosse um rocambole. A princípio parece não ser muito fácil, mas, com carinho e paciência, qualquer pessoa consegue. Feito isso, coloque o rocambole em uma assadeira com a parte dos palitos ou barbante para baixo. Tente preservar a pele inteira na parte de cima que vai ao forno. Leve ao forno a temperatura de 160ºC a 180ºC, em média, por 40 minutos. O frango precisa estar bem dourado na parte superior, onde pode-se colocar umas fatias de bacon. Depois de assado, fatie cuidadosamente. Numa travessa para servir, disponha as fatias no meio, coloque uma farofa de sua preferência, podendo ser a mesma do recheio do frango. Pode-se optar por uma farofa doce, fazendo uma cama em volta do frango e, por cima, finalize com as frutas in natura (à brasileira) ou com frutas em conserva (à California), como sugerido na foto.
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Exposição
Casinha de Noel
Fotos: Alessandro Maschio
Papai e Mamãe Noel têm um espaço especial este ano, decorado por meio do talento de profissionais piracicabanas de arquitetura e design. É a Casinha de Noel, que fica em exposição até o dia 23 de dezembro no Casarão do Turismo. O espaço pode ser visitado de terça a sexta-feira, das 13h às 20h, e aos sábados e domingos, das 13h às 20h. O Casarão do Turismo fica na avenida Alidor Pecorari, s/nº. A entrada é franca.
Sala de Visitas, alunos de design de interiores do Senac, sob supervisão da docente Larissa Fonseca
Cozinha do Papai Noel, projeto da designer e artesã Rita Gozetto
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Fábrica de brinquedos dos Duendes, projeto das arquitetas Carolina Laudissi e CarolinaGiacomin
Quarto dos Sonhos, projeto Instituto RUMO - Espaço Artesão
Banho do Papai Noel Cantor, projeto da arquiteta Thalita Malosso
facebook.com/casadenoel
21/dez, às 20h Informações: 19 3371.5944 / 3434.8045 | casadenoel.com.br Apoio Cultural
Realização
Condomínios
Arquitetura
Um Luxo Só Em cartaz até 15 de dezembro, a Casa Cor Interior SP, que aconteceu em Piracicaba, mostrou o grande talento dos profissionais da cidade, que abusaram da criatividade, do requinte e do bom gosto para criar 33 ambientes incríveis. A Revista Tutti Condomínios escolheu seis ambientes que se destacaram pela proposta inovadora e modernidade para mostrar aos seus leitores. Veja nas fotos de Jefferson Ataliba.
Espaço Erótico do Casal, de Chico e Syl Stefanovitz Inédito na história da mostra, que existe desde 1987, o ambiente estreou em Piracicaba, trazendo uma proposta do erotismo sofisticado para o casal. A entrada do espaço apresenta a Menor Galeria do Mundo de Arte Erótica. O quarto reserva uma decoração com tons em vermelho, muitas curiosidades e detalhes decorativos como o papel de parede, vindo de Paris, com ilustrações do Kama Sutra.
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Loft, de Celso Laetano Multiuso, todo modulado com móveis planejados, cozinha gourmet e uma curadoria de objetos de coleção, o espaço enche os olhos com móveis ícones, como a cadeira Red & Blue, do arquiteto Rietveld, e a cadeira LC, de Le Corbusier, desenhadas nos anos 30. Destaque para a escada com lateral em pedra italiana iluminada e para a geladeira rosa retrô, que remete aos anos 60.
Home Theater, de Cristiane Furlan A automação é sinônimo do ambiente, sendo possível controlar vídeo, som e iluminação por meio do tablet ou smartphone. Materiais nobres como o couro, a laca e o mármore Nero Marquina fazem contraponto com as chapas de aço perfuradas, e as paredes e pisos remetem ao concreto e reforçam a ideia do luxo despretensioso. 45
Suíte da Noiva, de Jaina Masciarelli, Gabriela Chaddad, Manoela Serafini e Carol Rodrigues O projeto apresenta novidades do mercado como o piso vinílico madeirado e o revestimento irregular da parede da sala de descanso. A cabeceira da cama e o lustre de cristais são valorizados pelo estilo e pela imponência de seu design. Já o sofá de linho e o tapete bouclê, em tom sobre tom, fazem composição com a madeira das mesinhas laterais.
Sala do Colecionador, de Mónica Alexandra Gonçalves e Marcela Rossi Num espaço reservado para um acervo pessoal, o projeto tem enfoque nos meios de transporte, além de prestar uma reverência ao ano de despedida da Kombi no mercado automotivo, após 56 anos de história. Numa pegada retrô, o ambiente dá destaque à cômoda antiga restaurada com laca na cor amarela. Uma estante, com nichos e prateleiras em gesso acartonado e iluminação em LED, foi projetada especialmente para abrigar e valorizar os itens da coleção. 46
Espaço Gourmet, de Daniela Beuclair O ambiente concilia a modernidade e a rusticidade com harmonia e equilíbrio. O rústico está nas misturas das fibras naturais, nas madeiras de demolição presentes na bancada e no forro. A modernidade está nos eletrodomésticos, automação da iluminação e som.
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Decoração
l a i c e p s Me sa e Seja para um casal ou
para toda a família, a
pecial
ia merece atenção es
de será servida a ce decoração da mesa on
Mari Casaque e Mara Manarim, da Le Noblesse, sugerem uma mesa em que predominam os tons branco e o dourado. O requinte está nas toalhas em organza bordada, sousplats em tecido, castiçais de resina e madrepérola, e guirlanda de laços e pérolas.
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rios Erika e Eduardo Santili, da Para uma família maior, os empresá mesa. Para fugir das combinações SaSarikandu, sugerem inovações à ou vermelho e verde-escuro, a básicas, como vermelho e branco nais com rosa e dourado ou até dica é misturar as cores tradicio bolas de Natal da árvore para os azul-claro. Para decorar, traga as e eza de detalhes e brilhos que dev pratos à mesa. Elas têm uma riqu em pod s bolo sím inho, outros ser valorizada. Além do Bom Velh , caixas de presentes, renas, elas estr o representar o Natal, com ndes. pinheiros, bonecos de neve ou due
Para acertar 1) Cores: Não é porque é Natal que o tema tem
mesa. Então, faça o cálculo a partir da largura da sua mesa para chegar ao número ideal de pessoas. Para decorá-las, as cadeiras podem ser encapadas, o que mudará totalmente a cara da sua sala de jantar de uma maneira muito rápida.
2) Toalhas e disposição: Se preocupe, primeiramente, com a organização da mesa, nada de deixar os enfeites espalhados por ai. Respeite a disposição convencional de pratos, talheres, taças e disponha os enfeites no centro da mesa. Vale até colocar uma passadeira central combinando com a toalha para delimitar a área dos enfeites, artifício que fica superlegal. Mas, se você não tem uma passadeira ou se ela não combina com a sua toalha, que tal usar um jogo americano diferente acima da toalha? Esta é outra ótima maneira de delimitar os espaços na mesa.
4) Enfeites: Quando se trata de enfeites, o
que ser bico-de-papagaio, Papai Noel ou flocos de neve. Aposte nocomposê entre estampas com cores fortes, florais ou até listras. Para não errar, use um item liso, um item estampado, mais enfeites do mesmo tom.
3) Cadeiras: Quando recebemos convidados
em casa, eles têm que se sentir à vontade, certo? Portanto, não tente colocar mais cadeiras do que comporta a sua mesa de seis lugares. Uma pessoa ocupa, mais ou menos, 70 cm na
que vale é a criatividade. Adoro bolas de Natal espalhadas pela mesa, velas, fitas, porta-guardanapo incrementado, flores e miniaturas. Tudo pode desde que nada obstrua a visão do integrante à sua frente na mesa. Não fica legal aqueles enfeites tipo ‘prédio’, que faz com que você tenha que se inclinar para o lado enquanto conversa com a pessoa da frente.
5) Do bom e do melhor - Sabe aquele faqueiro de prata que você tem que secar à mão, senão mancha? Ou aquele jogo de pratos que você nunca usou? E aquela toalha branca bordada do enxoval da sua avó? Então, chegou a hora de usar tudo isso, sem dó e nem medo! Fonte: arquiteta Roberta Ruschel (www.betadecora.com.br).
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Artigo
A vida e a morte de minha mãe
A
morte é para mim um dos grandes enigmas humanos. Está no mesmo patamar do avião: como pode exis-
tir?
Por muito tempo venho tentando escrever estas palavras. Quero dividir com você as reflexões sobre a morte de minha mãe. Ou melhor, sobre a vida, afinal hoje entendo claramente que morte é vida. Falar de morte já é difícil, imagine falar da morte de sua mãe, de seu pai. Afinal, eles são imortais para a gente, são vivos demais em nossas melhores (e piores) lembranças desde a infância. A morte de minha mãe foi como sua vida: intensa e rápida. Ela sempre foi uma pessoa à frente de seu tempo, espontânea e divertida... Pense numa pessoa sem filtro, que às vezes até incomoda porque fala tudo o que lhe vem à cabeça, sem qualquer preocupação. Da mesma forma, ela se tornava adorada exatamente por isso. 50
Era muito carinhosa com as pessoas e tinha amigos de todas as idades e classes sociais, cores, tribos. Era engraçado vê-la falando da mesma forma com os figurões dentro de supercarros, ‘das antigas’ como ela falava, até as margaridas que varriam a rua de nossa casa. Minha mãe não era fácil. Era cheia de histórias, tristezas e traumas. Talvez um deles, e também de seus filhos, foi a morte do marido, aos 27 anos. Peruano formado pela Esalq, meu pai levou um tiro por acidente na esquina da casa no bairro onde tinha sido criado, em Lima. Minha mãe era cheia de vícios. Viveu os anos 60 da ditadura, os 70 das cores hippies e os 80 da liberação. Nos anos 90, tinha dois filhos pequenos e uma filha adolescente, e muita história para viver. Viúva e ainda experimentando a vida em toda a sua intensidade, a mulher caçula de oito filhos contou com o apoio
de seus pais, meus avós, que colocaram toda a sua energia dos últimos anos em nossa criação. Minha mãe era talentosa. Sabia escrever poesia, cantar, dançar e desenhar. Foi dela o estímulo para que eu me tornasse publicitário. Minha mãe cozinhava bem e um de seus maiores prazeres era nos ver comer e ouvir várias vezes que estava gostoso. Minha mãe era geniosa, era notívaga, adorava uísque e música alta. Nossas canções de ninar eram em alto e bom volume de MPB: Milton, Chico, Zizi, Tim, Gal, Jane e tantos outros. Minha mãe era eclética. Já cantou no programa Raul Gil, foi backing vocal num show do Tom Jobim, e levou o Cazuza para dançar no The Wall. E ia pras festas dos artistas no Rio, uma dessas histórias que virou clássico para os amigos, entre eles a Samira Kraide. Minha mãe era temperamental e emotiva. Chorava fácil e fazia chorar fácil. E não deixava ninguém mexer com seus filhos a ponto de fazer verdadeiros escândalos se fosse preciso (ou entrar na sala de aula para falar ao meu amigo que ele estava errado por ter brigado comigo). Minha mãe não tinha vergonha e não tinha vergonha de nos fazer pagar mico. Ela falava de sexo com a mesma tranquilidade de quem dá uma receita de bolo. Pois esta pessoa que tinha mil historias para contar, que foi criada numa família enorme e viveu a vida intensamente, recebeu em janeiro de 2010 a pior notícia de sua vida: ela estava com um câncer do tipo mais agressivo e não teria muitos dias de vida. Sua primeira reação foi lamentar-se, nada mais natural. Afinal, nas suas palavras ela poderia ter morrido com um tiro,
overdose, desgosto, solidão. Mas, não! Iria morrer com aquela ‘merda’ dentro dela! Hoje até rio ao me lembrar desta reflexão. Rio por achar um pouco de verdade nela. Minha mãe foi uma verdadeira fênix. Sofreu muitas coisas, criou outras dezenas de problemas para a própria vida, mas sobreviveu. Viu seus filhos se casarem, conheceu alguns netos e esteve os últimos anos de sua vida muito bem. Naquele janeiro, eu tinha acabado de me casar e chegar das férias e, alguns dias depois, ela foi internada com fortes dores e a suspeita de cálculos na bexiga, problema que sempre a acompanhou desde um grave acidente de moto aos 16 anos. Depois de alguns dias, aquilo se apresentou como um carcinoma infiltrativo indiferenciado na bexiga, ou seja, praticamente uma sentença de morte. Quando o resultado chegou, uma das enfermeiras me levou a conhecer o quadro de outros pacientes com o mesmo problema e a impressão foi rápida: estava chegando a hora de minha mãe partir. Mas, como?! Aí a gente se lembra que podemos até ficar abismados, mas morte e avião existem e fazem parte de nossas vidas. Decidi então que a melhor forma de despedir-me de minha mãe seria vendo-a feliz. Chamamos os amigos e familiares e, a partir daquele momento, o hospital virou uma festa. O dia inteiro tinha gente querendo visitar minha mãe, amigos de todos os lados, familiares e gente querendo levar uma palavra amistosa, um presente ou um beijo que poderia ser o de despedida. Eu acredito em milagres, mas sentia no fundo do coração que ela não queria mais ficar nesse mundão de meu Deus. Afinal, de forma mais que surpreendente, estava tudo bem, como ela sonhou a vida toda. 51
A certeza de que aquela despedida estava chegando aumentava a cada dia de internação. Os sinais eram constantes. Entre eles, a informação de que ela não faria mais o exame de tomografia, pois o contraste poderia matá-la. Os dias foram passando e as vontades dela sendo atendidas. Mas ela, justo ela que teve tantas vontades, não pedia quase nada, a não ser algumas poucas coisas para comer. Coca-Cola, melancia em cubos e algumas músicas da Bethânia. Quase tudo foi atendido, menos pintar o cabelo de azul. Mais uma vez, mesmo na cama, ela provocava aquele sentimento de quebrar paradigmas que tanto acompanhou seus filhos e hoje não incomoda mais, pelo contrário, faz a diferença para encontrarmos tantas diferenças e conviver com elas no mundo e nas pessoas. Até pediu um carro pra um amigo, para que, quando saísse de lá, pudesse resolver algumas coisas. Mas, no fundo, ela sabia que não sairia mais daquele hospital. A ponto de consolar alguns amigos e familiares que choravam por ela. “Eu vou ficar bem”. Ela realmente não era convencional, nada convencional. Mas tinha sua dose de tradicional, suas reservas, e não admitia falsidade, maldade e caretice. Mas qual é o limite? Entre tantas histórias em sua vida, ela jamais pensou que sua morte seria uma grade história. Nem eu. A despedida foi regada a misericórdia. Somente naquele dia ela teve dores mais intensas e perdeu a fala poucos minutos antes da partida. A pressão baixou, ela gemeu fundo e começou a se desligar deste mundo, do seu corpo e de toda sua história. Mas faltava meu irmão, que esta52
va chegando. Minha irmã já tinha voltado para Santos, onde mora. Quando Pedro chegou, cantamos, lembramos as boas passagens de nossa vida juntos em Piracicaba, Santos e Ilhabela, rezamos, rezamos muito. Não havia tempo para a ida de um padre ao hospital, afinal eram 3h da manhã. E nós dois percebemos que aquele seria o momento da extrema unção, o sacramento da vida eterna e a hora de nossa mãe encontrar o colo do Pai, rever suas origens e prosseguir a caminhada. A oração foi se tornando um transe para nós, que dizíamos “vai com Deus mãe”, “aqui vai ficar tudo bem”. E no “amém” fomos abençoados por uma bela morte para uma bela vida. As luzes apagadas, a janela aberta, um céu limpo e um vento suave vêm à minha memória como uma poesia. Mas como uma morte pode ser bonita? Ou boa? Pois te conto, leitor, tive a sorte de presenciar uma morte tranquila para uma vida nada tranquila. Foi esta benção que mudou minha vida. Foi esta morte que mudou minha vida. E, principalmente, colocou minha mãe na vida eterna de forma gloriosa. Seu grande sonho e sua grande fé alcançaram o que todos queremos: viver e morrer em paz. O fim pode ser bonito, independente do começo e do meio. Foi o que ela quis: morrer bem. E depois dessa experiência tão diferente e única, ficou a certeza de que tudo vem depois do amém! Tudo fica bem depois do amém. Amém! Bruno Fernandes Chamochumbi é publicitário, diretor do MBM Escritório de Ideias e da revista Tutti Condomínios.
FUTURO LANÇAMENTO
66m 2dorms.
2
1ou2 VagasQuem pensa
mora bem.
(1 suíte)
2 vagas / Terraço Grill
66m 2dorms.
2
(1 suíte)
2 vagas / Terraço Grill
imagem ilustrativa
51m
2
1 2 Vagas 11 vaga dorm. / Terraço Grill ou
51m 1dorm.
lazer que completa
+
Área de
2
Reaproveitamento de água da chuva
Infraestrutura para ar condicionado
Sensor de presença (escadas, corredores internos e hall dos aptos.)
Torneiras automáticas e temporizadas no térreo
1 vaga / Terraço Grill
Perspectiva artística da Piscina Adulto com Raia de 20m
Perspectiva artística do Salão de Festas
Informações: www.quempensamorabem.com.br Realização e Incorporação:
Infraestrutura para TV a cabo e antena coletiva
wpcriativa.com
Áreas comuns entregues equipadas
Infraestrutura para aquecedor de passagem (chuveiros)
Construção:
Perspectiva artística do Deck Relax
Rua Dr. Alvim x Rua Napoleão Laureano (próximo à ESALQ)
Futuras Vendas: Material preliminar sujeito à alteração. O empreendimento só será comercializado após o Registro de Incorporação. Todas as perspectivas e imagens são meramente ilustrativas e possuem apenas sugestão de decoração. Futuras Vendas: Link Negócios Imobiliários - CRECI 20.932-J. H&H 0 CRECI 18.664-J.
Férias
Domingo no parque Veja onde levar as crianças para se divertir nessas férias de Verão Por Cristiane Bonin Fotos: Alessandro Maschio
E
u me lembro, e muito bem, do parque infantil que existia bem na frente da minha escola. Sentia-me como o cão que vê os frangos assando naqueles fornos de rotisserie colocados, estrategicamente, bem na calçada. Eu olhava aquele parque enorme todos os dias – do tamanho de quase um quarteirão – e ia embora para casa. Era triste, mas quando chegava o fim de semana, e eu podia ir ao parque, o dia se tornava uma glória. Hoje, eu tenho dois filhos. O mais velho, Raul, de cinco anos, vibra quando pas-
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sa na rua e vê um parque. Unindo o desejo de criança – meu e do meu filho – e a disponibilidade destas áreas de lazer em Piracicaba, a reportagem da revista Tutti Condomínios sugere dez grandes parques para a garotada se divertir nesses dias quentes de Verão (veja nesta matéria). Com o sol a pino, protetor se faz mais que necessário e a dica é fazer o passeio pela manhã ou no final da tarde. A convite da reportagem, a trupe formada por Gabrielle (12 anos), Gabriel (sete anos), Raul e Sofia (5 anos), Nicolas e Rita (3 anos) e
Enrico (um ano e meio) se divertiu numa tarde de sol num domingo de outubro.
Impressões
A advogada Natália Leite Do Canto, 34, costuma levar sua filha, Sofia, ao parque da Rua do Porto. “Acho importante, em primeiro lugar, escolher um local que tenha muita sombra, além de um horário em que o sol esteja mais suave. É importante, também, não se esquecer de levar água, suco, frutas e carboidratos pra criançada manter a energia e aproveitar bastante. E uma toalha grandona pra gente relaxar e curtir com eles”, recomenda Natália. O professor e mestre em história Adriano Sgrignero, 41, pai de Nicolas e Enrico, comenta que, no parque, ele pode “perceber, durante as brincadeiras, o mundo imaginário que as crianças criam. Ou ainda, quando no balanço ou no gira, testam seus limites, pedindo pra balançar mais forte.”
Guloseimas nutritivas
Marcela Mello, nutricionista especialista em alimentos funcionais, indica levar, prioritariamente, frutas para o consumo durante o momento de lazer. A sugestão inclui maçã, pera, salada de frutas ou banana. Ela também recomenda um lanche feito com pão integral que passe longe dos embutidos, como presunto. Para recheio, a especialista propõe pasta de ervas finas orgânicas ou requeijão de soja ou muçarela de búfala. “Para doces, prefira um bolo integral com frutas ou chocolate acima de 70%. Quanto às bebidas, é fundamental ter foco na hidratação. Sugiro muita água mineral ou de coco natural, que não seja industria-
lizada. Quanto aos sucos de frutas naturais, dê preferência aos mais refrescantes e hidratantes, como são os de abacaxi, melão, melancia e laranja. Existem alguns sucos de caixinha individuais que são orgânicos e 100% naturais”, informa a nutricionista.
Centros de lazer Além dos grandes parques instalados em Piracicaba, a assessoria de imprensa da Sedema (Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente) lembra que implantou, ao longo das gestões do PSDB, 123 centros de lazer em diversos os bairros. “Os equipamentos instalados são padronizados e os espaços oferecem parque infantil, pista de caminhada, campos de futebol de areia e, em alguns, academia ao ar livre”, comenta o secretário municipal da Pasta, Rogério Vidal. 55
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PERIGOS & CUIDADOS Solo contaminado ou brinquedos quebrados são fatores que, muitas vezes, deixam os pais receosos de frequentar este tipo de local com a família. Um aspecto positivo e simples a se destacar em prol do bom uso do espaço está afixado nos portões do parque da Paulista. Em todos eles têm afixados avisos para manter o portão fechado (e, na maioria das vezes, funciona!) – a advertência auxilia na higiene, pois evita a entrada de animais, como os cachorros, e consequente contaminação da areia pelos dejetos.
A Sedema tem um caminhão com jato d’água de alta pressão para fazer a limpeza da sujeira dos pombos e demais higienizações nas áreas de lazer – se o parque, perto da sua casa ou que você e sua família frequentam, tem este tipo de problema, ligue ou acesse o 156 da prefeitura. Outra sábia atitude é dar uma boa checada nas condições dos brinquedos, incluindo verificar se há rachaduras, farpas ou pregos aparentes nas madeiras, cordas rompidas e lascas nas partes metálicas. Esta é uma forma de garantir a segurança do passeio.
ROTEIRO Parque Paraíso das Crianças
Para todas as idades.
Av. Marechal Castelo Branco, 426, Vila Rezende – 3421-3425.
Funcionamento: todos os dias das 6h às 22h.
Parque infantil com labirinto, castelinho, espelho mágico, museu de animais taxidermizados (empalhados).
Parque Estação da Paulista
Academia ao ar livre em instalação. Para famílias, escolas, crianças. Funcionamento: de terça a domingo das 9h às 17h.
Parque da Rua do Porto João Herrmann Neto Av. Alidor Pecorari, s/n, Rua do Porto – 34031270. Parque urbano instalado em área verde de 141 mil metros quadrados. O local possui lago com aspersor de água, área disponibilizada para canoagem e passeio de pedalinho; pista de caminhada; academia ao ar livre, inclusive para cadeirantes; quiosques; parque infantil em ampla sombra e banheiros. Há uma trilha no parque com árvores catalogadas em cartilha e mapa explicativo – a visita pode ser autoguiada ou monitorada pela equipe do Núcleo de Educação Ambiental (NEA), mediante agendamento (telefone 3417-9494).
Av. Doutor Paulo de Moraes, s/n°, bairro Paulista – 3422-3547. O Centro Cultural Estação da Paulista abriga campo de vôlei, parque infantil, academia ao ar livre, pista de caminhada, ciclovia, jardim japonês, centro cultural, equipamentos de exercício físico para a Terceira Idade e banheiros. Para todas as idades. Funcionamento: todos os dias das 6h às 22h.
Parque Piracicamirim Amantino Correia de Menezes Rua Jorge Zohler, s/n°, bairro Piracicamirim (há uma segunda entrada pela avenida Alberto Vollet Sachs) – 3411-5869. A área dispõe de parque infantil, pistas de caminhada e de skate, academia ao ar livre, campo de areia, quadras abertas poliesportivas (basquete, futebol e vôlei) e banheiros. Para todas as idades. Funcionamento: Todos os dias das 6h às 22h.
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Parque do Mirante Francisco Salgot Castillon Av. Maurice Allain, s/n°, bairro Vila Rezende – 3421-1566 (telefone do aquário municipal). Área aberta, com 19 mil metros quadrados, de grande concentração de árvores. Além dos mirantes para o rio Piracicaba em diferentes níveis de altura e do aquário municipal, possui uma trilha com árvores catalogadas em cartilha e mapa explicativo – a visita pode ser autoguiada ou monitorada pela equipe do Núcleo de Educação Ambiental (NEA), mediante agendamento (telefone 3417-9494). Há parque infantil e banheiros no local. Para famílias, jovens, crianças.
Parque Histórico Quilombo Corumbataí (Parque Natural de Santa Teresinha) Rua Adelmo Cavagioni, s/n°, bairro Santa Teresinha – 3411-5869. Com 38 mil metros quadrados de área aberta, o parque de Santa Teresinha possui playground, campo de areia, pista de caminhada e banheiros. No local existiu um quilombo e levantamentos históricos apontam que a casa que ainda existe lá seria a sede da antiga Leiteria Corumbataí. Para todas as idades e famílias.
Parque Vila Sônia Rua Nilo Peçanha, s/n°, bairro Jardim São Luis. Área aberta de 10 mil metros quadrados, possui playground (escorregador, gangorra, gira-gira e balanço), campo de areia, quiosque e bancos, mesa de pingue-pongue, bebedouro, lixeiras, campo de areia cercado por alambrado, cancha de malha e pista de caminhada. Não possui banheiro.
Parque Cecap-Eldorado
Av. Abel Francisco Pereira, s/n°, bairro Jaraguá. Área aberta, com 17 mil metros quadrados, possui playground, campo de areia, vôlei, pista de caminhada de 600 metros, rampas de acesso a deficientes físicos, bancos e quiosques, bebedouros com torneiras antivandalismo, bicicletário, muro de escalada e arvorismo, aparelhos de alongamento e mesas de jogos em concreto pré-moldado. Para todas as idades.
Parque Jequitibás No bairro Reserva Jequitibá (rodovia Deputado Laércio Corte, na saída para Limeira, a 2 km do Shopping Piracicaba).
Área aberta, de 38 mil metros quadrados, possui playground, campos de areia e grama, vestiários, academia ao ar livre e banheiros. Também há bancos e mesas de jogos e quatro pergolados de madeira, que proporcionam sombra.
Em área aberta, o parque Jequitibás tem 81 mil metros quadrados e projeto paisagístico. No local há pista de caminhada e de corrida (1.800 metros), área de ginástica (alongflex, remador, legpress, jogo de barras e bicicleta horizontal), parque infantil (casa do Tarzan, corda bamba e balanços), área de descanso e espaço para ações de educação ambiental.
Para todas as idades
Famílias e todas as idades.
Av. Eurico Gaspar Dutra, s/n°, Residencial Eldorado.
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Parque Jaraguá
Alvejar – Salvando os tecidos de cor branca e tirando manchas. Manchas de líquidos como suco e café 1º passo: no tecido ainda seco, aplicar um tira-manchas na parte atingida e esfregar. Enxague bem. 2º passo: com um sabão em pedra neutro, volte a esfregar a peça com as mãos ou com uma escova. 3º passo: em uma bacia de alumínio, coloque a peça manchada de molho em uma solução com alta concentração de sabão em pó de boa qualidade. Deixe a bacia ao sol entre uma e duas horas. Manchas de gordura 1º passo: no tecido ainda seco, coloque detergente líquido (de pia) e deixe de molho por dez minutos. Esfregue e enxágue, prosseguindo com a lavagem da peça normalmente. Roupas brancas Dica 1: Nunca lave as peças brancas com outras coloridas. Outras cores interferem e encardem o branco. Então, comece o serviço separando as brancas das demais. Dica 2: Se as peças estiverem muito sujas, deixe tudo de molho. Dica 3: Exceto os tecidos em lã, coloque tudo para secar ao sol. Este procedimento deixará suas peças ainda mais brancas. Panos de prato e de chão Dica 1: Opte pelos panos brancos para que possam ir ao molho com alvejantes. Dica 2: Troque, sempre que possível, os panos de pratos. O ideal é trocá-los todos os dias. Fazendo isso, você evita o encardimento.
Dica 3: Para lavar, molhe o pano na água e esfregue-o com sabão em pedra neutro. Enxágue. Num balde, ou na própria máquina de lavar, deixe os panos de molho, em sabão e meio copo de água sanitária, de um dia para o outro. Lave-os normalmente e aproveite o sol pra intensificar o branco. Dica 4: Para que seus panos de prato não encardam nunca, ferva-os com sabão em pó e três colhes (sopa) de água sanitária (esta solução é suficiente para meia dúzia de guarnapos). Dicas gerais Para esfregar: use as duas mãos, esfregando o tecido no meio delas. Opte por uma escova para fazer menos força e ter mais resultado. Diferente dos tanques antigos em pedra, o em inox não contribui no quesito fricção. Tecidos: os sintéticos são os que seguram menos sujeira e limpam mais fácil. Os tecidos de algodão, ao mesmo tempo que precisam de mais delicadeza, necessitam de mais empenho na limpeza. O que usar? Sabão em pó OMO Sabão em pedra neutro Ipê Tira manchas Resolv (Produtos que podem ser encontrados no supermercado e que auxiliam no alvejar) As dicas são de Cecília de Castro Nascimento, 74, e Dirce Firmino da Silva, 41. Dona Cecília é ex-professora e conhece, como ninguém, sobre administração do lar. Dirce, pupila de dona Cecília, é daquelas pessoas raras que, além de ser exímia gerente do lar, é parte da família dos Castro Nascimento.
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Entrevista
Eva Wilma em 7 cenas Uma dama do teatro como Eva Wilma marca presença logo ao chegar, como aconteceu assim que entrou no estande de vendas do Trio By Lindenberg, em Piracicaba, no final de semana em que apresentou, em Piracicaba, a peça Azul Resplendor, dirigida por Élcio Nogueira Seixas. Uma estrela conversa calmamente, lembra histórias de vida e de carreira, espalha simpatia. Foi o que ela ofereceu, nesses vários dedos de prosa em que se mostrou sem nenhuma afetação. Acompanhe os melhores momentos. Por Ronaldo Victoria Fotos: Antonio Trivelin/Gazeta de Piracicaba
Cena 1 – O caminhão perdido “A gente sempre faz de tudo para oferecer o melhor, para levar o espetáculo onde o público está, plagiando um pouco o Milton Nascimento. Adoro estar no interior de São Paulo porque as pessoas vêm nos ver porque gostam do teatro. Em outros lugares, como no Rio de Janeiro, elas querem se divertir apenas. Mas temos de respeitar isso também. Eu só fico chateada ao ver que no meio da tarde, não sabemos onde está o caminhão com figurinos e cenários (da peça que ela iria apresentar). A transportadora responsável, se é que se pode chamar assim, não dá mais explicação. Vamos ter de cancelar a sessão de sexta. Coisas da vida de artista!”
Cena 2 – O convite “Eu não estava pensando neste espetáculo, tinha outro projeto. Mas todo mundo me dizia que eu tinha de comemorar os 80 anos de idade e 60 de carreira. Aí chega 60
o Elcio, que eu chamo de um enlouquecido pelo teatro, com essa peça nas mãos, Azul Resplendor. A personagem principal é uma atriz famosa que há muitos anos está longe dos palcos. E o espetáculo inteiro fala do teatro, do nosso mundo, de gente que vive de atuar. Pensei: não posso recusar!”
Cena 3 – Alô Doçura “Eu comecei, em 1953, fazendo uma peça de teatro, Uma Mulher e Três Palhaços, dirigida pelo Zé Renato. Fiz três filmes, um atrás do outro: Uma Pulga na Balança, o Craque e O Homem dos Papagaios. E logo comecei na TV Tupi. Sempre brinco que comecei com tudo de uma vez. Mas o que me marcou foi o seriado Alô, Doçura, que no começo eu fiz com Mário Sérgio, e depois com Johnny Herbert, meu primeiro marido. O texto, do Cassiano Gabus Mendes, que sabia tudo de televisão, era muito leve, mas com o tempo eu comecei com
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uma coisa que se chama ansiedade de atriz. A gente quer fazer coisas mais densas, sabe?”
Cena 4 – O mestre do suspense “Eu fiz um teste com o diretor Alfred Hitchcock para um filme dele, Topázio. Aconteceu por causa da minha atuação na peça Black Out, que tinha sido um filme com a Audrey Hepburn, e fez muito sucesso no Brasil. Chegando lá, nos estúdios da Universal, eu nervosa, começaram a me colocar tudo postiço, seios, cabelos, e eu achei esquisito. Mas o maquiador me disse: ‘Meu bem, a Audrey Hepburn só teve direito de usar o próprio peito depois de dois anos!’. Então, tudo bem. Então, eu lá esperando e, de repente, ele aparece. No ato, todo mundo começou a aplaudir. Até eu. Ele começou a me perguntar da minha vida, até que isso me cansou. Não é fácil você falar de sua vida em outra língua. Então ele me disse: ‘Fale na sua língua!’. Não sei, esperei um tempo, a resposta que não veio. Depois soube que a personagem, uma cubana chamada Juanita de Córdoba, ficou com uma alemã, Karin Dor. E o filme foi um dos maiores fracassos de Hitchcock.”
Cena 5 – Laranja-lima ao vivo “Na minha fase da Tupi, fiz muitas novelas de Ivani Ribeiro, que era uma mestra e uma escritora totalmente sem afetação. A primeira foi Meu Pé de Laranja Lima, baseada no livro de José Mauro de Vasconcellos, em que eu fazia a irmã mais velha 62
do menino, o Zezé. Naquele tempo, não havia esse conceito de rede. Então, em Belo Horizonte, o capítulo passava um dia depois de São Paulo e Rio de Janeiro. O prefeito de BH, na época, nos contratou para encenar o último capítulo ao vivo, num teatro. Foi emocionante, a primeira vez que fiz novela no teatro.” Cena 6 – Nossa Senhora de Lourdes “A novela que me marcou mesmo foi Mulheres de Areia. Ruth e Raquel são lembradas até hoje. Foi uma ousadia a gente fazer o encontro das gêmeas com tão poucos recursos técnicos, mas a gente se arriscava. As gravações eram uma delícia, em Itanhaém. A casa de Ruth e Raquel, na praia, virou atração turística. Lembro que uma vez, eu estava numa gravação com o Guarnieri (Gianfrancesco), que fazia o Tonho da Lua, e veio tanta gente falar comigo que ele disparou: ‘Tenho a impressão de que estou com a Nossa Senhora de Lourdes!” Cena 7 – No sofá com Mário Fofoca “Quando vim para a Globo, nos anos 80, após a falência da Tupi, trabalhava muito com o Cassiano. O talento do Cassiano era de tirar o chapéu. Em Elas por Elas, eu contracenava com o Luiz Gustavo, que fazia o Mário Fofoca, um personagem inesquecível. A minha personagem, Dona Márcia, dava em cima dele o tempo todo, até que um dia ela dá um agarrão nele. Caímos os dois do sofá. E foi ao ar assim mesmo.”
Por Ronaldo Victoria ronaldo@mbmideias.com.br
Lições de vida na tela Também no cinema, existe gente que não se entrega facilmente e consegue encontrar forças quando encara um grande desafio. Essa lista de filmes inspira quem precisa encontrar forças para se superar. E vamos à luta! Antes de Partir (EUA, 2007) – Morgan Freeman e Jack Nicholson estão ótimos como os parceiros de quarto que fazem tratamento contra o câncer. O primeiro é mecânico e o outro um milionário, dono do hospital. Juntos, criam uma lista com as coisas que não querem deixar de fazer antes de morrer.
Intocáveis (França, 2011) – Philippe (François Cluzet) é um aristocrata rico que fica tetraplégico após sofrer um acidente de esqui. Contrata para cuidar dele o jovem migrante africano Riss (Omar Sy). Mas a convivência do executivo com o rapaz rende um novo olhar perante a vida e muito mais energia para prosseguir. O Filho da Noiva (Argentina, 2001) – Rafael (Ricardo Darin) está com vários problemas: o restaurante que herdou da família vai mal, ele se separou e não sabe como lidar com a filha. Até que seu pai (Hector Alterio) conta que quer se casar com a mãe dele (Norma Aleandro), mesmo ela tendo Alzheimer.
Hanami – Cerejeiras em Flor (Alemanha, 2007) – Quando Trudi descobre que o marido, Rudi, tem uma doença grave, ela decide ir a Berlim contar tudo aos filhos. Porém, acontece o contrário do que se esperava e quem morre é Trudi. E o viúvo acaba encontrando um novo motivo para viver no Japão.
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Dicas
QuevenhaoVerão!
Fotos: Divulgação
O calor chegou e agora é hora de ‘ganhar’ os espaços externos da casa, para reunir os amigos ou a família, para um petisco, um jogo de cartas ou apenas para desfrutar a paisagem. Acompanhe as dicas de Eneida Sebrian, da Villa Sebrian, que ensina como aproveitar cada metro quadrado da sua área externa, seja em condomínio vertical ou horizontal. CONFORTO
Neste quesito, os sofás em estrutura de alumínio e fibra sintética, com estofados em tecido náutico, ganham disparados. Apropriados para as áreas externas, estes móveis não degradam e não enferrujam. As opções de mesas, desde aquelas redondas até as de estilo bistrô, compõem o ambiente e oferecem espaço para atividades e apoio.
DESIGN
As lanternas para acondicionar velas no estilo indiano estão com tudo e proporcionam um clima aconchegante. Os cachepôs sincronizam um toque de natureza com o recurso do vaso decorativo, que podem ser em porcelana, metal ou cestaria.
FUNCIONALIDADE
Tanto quanto sofás e mesas, a sombra é um quesito que não deve ser deixado de lado com o calor tropical característico de Piracicaba. Os umbrelones, além de estilosos, encaixam-se perfeitamente nesta finalidade. Os grandes guarda-sóis fabricados atualmente têm lonas apropriadas, proteção UVA e função térmica.
AMBIENTES PEQUENOS
Os lançamentos imobiliários têm prestigiado, e muito, empreendimentos com pequenas áreas gourmet instaladas nas varandas. Para estes ambientes, encaixam-se perfeitamente uma mesa bistrô ou lateral, poltronas com pufe e cadeiras.
TENDÊNCIA
O grande destaque hoje é o uso de madeira tanto em piscinas como nas varandas. As variedades teca e cumaru são perfeitas contra as intempéries, pois não racham e nem soltam farpas. As cores marrom, café e preto para o mobiliário também vêm com tudo nas novas tendências, contribuindo para um clima chique e para manter a sujeira longe de uma estética impecável. 64
Perfil
Entre notas e números Piracicabano se divide entre o mercado de capitais e a paixão pela música
Por Ronaldo Victoria Foto: Alessandro Maschio
I
magine trabalhar o dia inteiro com mercado de capitais, conferindo números e oscilações de ações. Estressante? Sempre. Mas tudo pode melhorar se você acrescentar música para relaxar, baixar a tensão e diminuir a adrenalina. Essa é a receita seguida há um ano por Oswaldo Luiz Rosante, o DJ Boca. “Posso dizer que a música é minha válvula de escape. Se não me sinto bem, ligo o som e já vem um bem-estar, fico feliz. A boa música mexe com a alma”, afirma. E isso já puderam conferir os que o viram tocar em eventos como os 15 anos do Navegantes Restaurante, o talk show com Danuza Leão realizado pela coluna Perfil, da Gazeta de Piracicaba, e revista Trifatto, entre outras apresentações. Quando decidiu ser DJ, Boca fez um curso profissional. “A música sempre esteve presente em minha vida. Quando criança, sofri um acidente doméstico e fiquei um tempo acamado. Naquele período, ela (a música) foi uma das minhas principais companhias”, lembra. Se a música relaxa, ao mesmo tempo exige muita pesquisa e informação de quem pretende seguir a carreira de DJ. Boca conta que
procura manter-se atualizado, mas essa tarefa envolve muito mais prazer do que obrigação. “Tudo que eu ouço e gosto, procuro saber o que é. E, graças à internet, temos a facilidade do acesso às músicas. Ouço rádios web, leio matérias sobre música, amigos também me dão ótimas dicas. Essa troca de informação é muito importante na minha profissão”, avalia. No mercado de capitais, Boca atua desde 2008. E entende que os altos e baixos já se tornaram parte indissociável do ofício. “O ponto alto é que é um trabalho desafiador, exige dedicação e pode trazer bons lucros. A desvantagem é que é muito estressante. Você tem que ter controle emocional e de risco muito grande, pois caso contrário pode perder dinheiro muito rápido.” Durante o dia, ele exerce esse trabalho desafiante e arriscado. Como ele tem flexibilidade para fazer seus horários, consegue conciliar sem problemas com as atividades de DJ, já que a maioria das festas acontece à noite ou num happy hour. Boca conta que não segue diretamente o estilo de nenhum DJ, mas gosta muito do trabalho de Parov Stelar e Thievery Corporation. 65
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Camiseta Fractal ‘Blues Man’ R$ 34,90 Bata estonada R$ 79,90 Tênis ÖUS Major Cinza R$ 208,90
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