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2.1 - O centro de lazer

Os equipamentos culturais são espaços estruturadores do meio urbano, pois possuem a capacidade de promover o desenvolvimento social onde estão inseridos, através de atividades voltadas à cultura e à arte. Estes espaços edificados proporcionam encontros entre artistas, públicos e obras, que além de desenvolverem diferentes atividades artísticas, colaboram para a expressão, podendo ser de caráter identitário pessoal e territorial:

“O equipamento cultural é um ponto de encontro entre artistas, técnicos do espetáculo e gestores; entre artistas e artistas; entre artistas e pensadores; entre artistas e público; entre público e obra e, finalmente, entre todos estes e a cidade em si. [...] Na perspectiva do público, oferecem oportunidades de fruição, aprendizado de práticas artísticas e, em alguns casos, espaço para expressões identitárias, mobilizando sensibilidades e promovendo experiências relacionadas à dimensão simbólica e estética.” (SANTOS; DAVEL, 2017, p. 5) A partir destes encontros e práticas, os equipamentos podem propiciar um espaço gerador de reflexões pessoais e coletivas, que de certo modo, impactam nas relações interpessoais, na comunicação e no convívio na cidade.

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A proposta de intervenção deste trabalho trata-se de um equipamento público que incentive as atividades descritas, mas como articulado pela Lina Bo Bardi para o programa do Sesc Pompeia, na substituição do título de “Centro Cultural e Desportivo” para “Centro de Lazer”, pois o termo cultural implica no peso da produção de cultura por decreto, podendo inibir a expressividade, e enquanto ao termo desportivo, provém de um significado de disputa e competição. (FERRAZ, 2008). Desta forma, a proposta do Centro de Lazer Itaquera é pautada neste embasamento, como modo de promover o desenvolvimento cultural sem predeterminações, mas de uma forma mais leve, divertida e espontânea.

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