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MEGAFONE
DAN POSICIONA-SE NO MERCADO DIGITAL EM MOÇAMBIQUE
“Desenhar estratégias que permitam o crescimento do mercado publicitário e de marketing e concorrem para o incremento da lucratividade e dos investimentos”. É assim que se apresenta a multinacional japonesa Dentsu Aegis Network (DAN) em Moçambique. Tendo inaugurado recentemente o seu escritório em Maputo, a DAN pretende revolucionar o mercado das agências de comunicação, segundo Dawn Rowlands, Directora-executiva para a África Subsaariana, para quem a expansão da multinacional tem o objectivo de “melhorar a criatividade de produção de conteúdos na área da comunicação digital”. Para Cátia de Sousa, Directora-geral da empresa no país, este é “apenas o início de uma nova era na comunicação e marketing nacional, uma vez que irá certamente trazer uma nova abordagem ao mercado”, diz a responsável. A multinacional opera actualmente em 145 países. Em Moçambique, colabora com o grupo The Number Seven, que congrega várias agências de publicidade, com destaque para a Ogilvy Moçambique.
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145
É o número de mercados em que a Dan opera
MARKETEERS EM ACÇÃO EM MAPUTO
A capital do país foi palco da terceira edição do Marketeers em Acção (MEA). O objectivo do evento foi o de reunir empresários, estudantes universitários e líderes de opinião para a reflexão em torno de várias campanhas de comunicação, bem como das novas estratégias para a transformação económica do mercado nacional. O evento juntou ainda representantes das marcas participantes na quinta edição da SuperBrands Moçambique.
BAÍA MALL ATRAI MARCAS INTERNACIONAIS
Seaside, Ocean Basket e Piel de Toro chegaram recentemente ao mercado
marcas como a portuguesa Seaside, a sul-africana Ocean Basket ou a espanhola Piel de Toro, anunciaram a sua entrada no mercado moçambicano, depois de confirmada a inauguração do Baía Mall, em Maputo. A marca de calçado Seaside inaugurou mesmo a sua primeira loja em Moçambique, no mês passado. Com mais de 1200 colaboradores, a empresa conta com uma rede de 100 lojas espalhadas por Portugal (e com outras 30 em mercados como Espanha, França, Luxemburgo ou Angola) e pretende inaugurar, até ao final do ano, mais três espaços na capital moçambicana. De resto, também a cadeia de restauração sul-africana de seafood Ocean Basket vai inaugurar o seu espaço, estando o seu início de actividade marcado para o princípio de segundo trimestre do ano. À imagem, de resto, da loja de vestuário espanhola Piel de Toro que também decidiu aproveitar o maior shopping de Maputo para investir no mercado nacional.
TEXTO REDACÇÃO FOTOGRAFIA JAY GARRIDO
INAUGURADO EM DEZEMBRO PASSADO, O BAÍA MALL REPRESENTOU UM INVESTIMENTO DE 96 MILHÕES DE DÓLARES, SENDO HOJE, O MAIOR SHOPPING EM MOÇAMBIQUE. COM MAIS DE 100 LOJAS, E UMA ÁREA TOTAL DE 30 000 METROS QUADRADOS, DISPÕE DE UM HOTEL DA CADEIA SOUTHERN SUN, E MAIS DE 900 LUGARES DE ESTACIONAMENTO.
PHC ANUNCIA “MELHOR ANO” DA SUA HISTÓRIA
A multinacional de capital português (presente no mercado nacional) anunciou a superação do seu recorde de vendas pelo terceiro ano consecutivo, registando um “forte crescimento (26%) nos mercados internacionais”, lê-se no relatório e contas da empresa. A multinacional assinalou ainda “um valor recorde” de volume de negócios de 10,8 milhões de euros. Para Ricardo Parreira, CEO da empresa, os resultados atingidos ao longo dos últimos anos devem-se “ao papel preponderante que a tecnologia desempenha hoje na gestão das organizações”. A empresa tem presença em cinco mercados: Lisboa e Porto, Portugal; Madrid, Espanha; Luanda, Angola; Maputo, Moçambique; e Lima, Peru.
1 227
Número de novos clientes nos cinco mercados onde está presente
DSTV VAI AUMENTAR PREÇOS EM ABRIL
De acordo com a TV Cabo Moçambique (que disponibiliza o serviço para todo o território nacional), o reajustamento vai incidir sobre os preços dos principais pacotes de canais DSTV, básicos e premium.
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EM FOCO
TOPRAK, UMA EMPRESA A CRESCER COM O PAÍS
Como uma empresa com décadas de história, líder de segmento da construção civil na Turquia, a Toprack quer tornar-se cada vez mais uma referência no mercado nacional.
chegou, viu e… cresceu. Em dimensão e altura, claro. Ou não estivéssemos a falar de uma empresa de construção de edifícios de luxo. Com apenas três anos no mercado moçambicano (começou a operar em 2015), mas com uma história de várias décadas no mercado turco, a Toprak baseia a sua lógica de investimento na economia nacional, devido ao “enorme potencial” de Moçambique que, como outras economias em desenvolvimento, apresenta desafios importantes ao nível da construção e do ramo imobiliário. Desde a sua entrada no mercado nacional, a Toprak tem procurado assegurar o seu lugar de forma cada vez mais sustentada, através de um portfólio diversificado, que vai da oferta de escavação geotécnica, construção civil, grandes fundações, estradas e pontes, à escavação de túneis e demolição de edifícios. Ao longo de um percurso que se iniciou na Turquia, há 42 anos, o grupo empresarial Toprak adquiriu uma vasta experiência em vários destes segmentos do mercado da construção civil, garantindo serviços rápidos e flexíveis aos seus clientes. Em Moçambique, conta com uma equipa de 80 trabalhadores (podem ir até aos 400, na sua grande maioria moçambicanos). Um dos pontos fortes da Toprak é a estruturação da sua oferta de serviços, em que são utilizadas as mais recentes tecnologias, de acordo com um padrão de qualidade internacional em que eficácia se conjuga com qualidade, e preocupação com as legislações e práticas ambientalmente seguras, condições de saúde e segurança, além de uma forte ética no trabalho. O Grupo Toprak Geotécnica continua a crescer internacionalmente e tem hoje projectos em fase de construção em diversos mercados: na Turquia, Iraque, África do Sul e claro, Moçambique, pretendendo, através da sua experiência, tornar-se numa marca de referência em todos os segmentos em que tem know how e experiência. Perspectivando o futuro, e olhando para o potencial de expansão do mercado africano, a Toprak apresenta-se ao mercado com uma lógica de expansão de serviços e portfólio de projectos de construção civil com uma lógica direccionada para os empreendimentos como centros de negócios, residências e escritórios. E tudo com uma única meta: aumentar a produtividade da empresa e engrandecer a marca Toprak, referenciando-a como um parceiro de crescimento que oferece soluções num sector fundamental para a economia nacional.
EM FOCO
Hasan Toprak aborda a estratégia de crescimento delineada pela empresa com um longo historial de sucesso e crescimento no ramo da construção civil e imobiliário e explica porque decidiu a multinacional turca investir na economia moçambicana, “um mercado com grande potencial”, assume sem receios.
na perspectiva do conselho de administração da
Toprak, uma empresa estabelecida no mercado turco há mais de 40 anos, são inúmeras as oportunidades de investimento que o mercado nacional oferece, nomeadamente em “segmentos como o da construção civil e imobiliário, que apresentam um enorme potencial de crescimento e desenvolvimento”. Hasan Toprak, do conselho de administração da empresa em Moçambique, fala dos objectivos da construtora e de como pretende a empresa evoluir em Moçambique.
Como é que a Toprak chega a Moçambique?
A Toprak é uma empresa baseada na Turquia e que tem investimentos externos no Iraque e, neste momento, também em África, concretamente em Moçambique e na África do Sul. Estamos comprometidos com a implementação da nossa visão e experiência de acordo com a lógica de crescimento que existe em Moçambique. Para o grupo Toprak é importante esta visão além-fronteiras. Esforçamo-nos para ser um dos concorrentes mais fortes e competir num mercado muito competitivo, que se encontra em constante mudança e desenvolvimento.
B
EMPRESA Toprak
ENTRADA NO MERCADO 2015
NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS 80
Porque decidiram avançar para Moçambique?
Pensamos sempre dessa forma: investir em mercados emergentes. Pelas pesquisas que fizemos, chegámos à conclusão que Moçambique, sendo um país democrático e com um potencial económico tremendo, era o lugar ideal para investir. Há um enquadramento fiscal favorável ao investimento externo, que nos leva a perceber que Moçambique é próspero e vai prosperar ainda mais.
Tendo entrado no mercado em 2015, sabemos que têm um plano de desenvolvimento de negócios a cinco anos. O que está previsto nesse plano?
Perspectivamos fazer investimentos em três áreas aqui em Moçambique: habitação e infra-estruturas, na área do retalho e, claro, uma empresa como a nossa nunca pode esquecer-se de que tem de contribuir para a sociedade, que tão bem nos recebe, e é por isso que temos algumas campanhas de responsabilidade social. Construímos escolas no distrito de Marracuene e temos uma acção alimentar, com a qual contribuímos com uma cesta alimentar, para várias famílias dessa região.
Qual foi a primeira grande obra da Toprak em Moçambique?
O primeiro projecto foi a Toprak Residence. É esta a nossa primeira grande aposta neste mercado.
O que diferencia a Toprak das outras empresas de construção presentes no mercado nacional?
A Toprak tem na sua identidade a construção de apartamentos de luxo para as clas-
EM FOCO
PROJECTO
Toprak Residence
Localizado numa das melhores zonas de Maputo (Julius Nyerere com vista sobre a Baía de Maputo), o edifício sobressai pelo seu design inovador, bem como pela harmonia das cores e aplicações. Com conclusão prevista para o final deste ano, o Toprak Residence terá um total de 20 andares. Os primeiros 10 pisos, serão ocupados por uma unidade hoteleira, sendo que os restantes 10 serão dedicados a habitação de luxo, com tipologia T2 e T3. Terá ainda parqueamento subterrâneo. A empresa considera este projecto como o seu “cartão de visita”.
T4
AS ÁREAS DA SALA, DOS QUARTOS E O CONFORTO DOS ESPAÇOS TORNAM ESTE EDIFÍCIO ÍMPAR EM MAPUTO
T2 e T3
A VISTA SOBRE A MARGINAL É UM DOS TRUNFOS DA LOCALIZAÇÃO DO TOPRAK RESIDENCE
Park Moza
É um luxuoso edifício de 18 andares, aquele que irá nascer na Avenida Marginal, em meados do próximo ano. Com uma arquitectura espaçosa e acabamentos de luxo, a quase totalidade dos espaços será para habitação, contemplando ainda uma pequena parcela reservada para escritórios.
... em 2018
ses média e alta. E por isso, a qualidade das nossas obras é o que acreditamos ser o nosso elemento diferenciador.
O mercado moçambicano é diferenciado em relação aos outros mercados onde estão presentes? De que forma?
Este é um mercado com a localização certa e muito atractivo, porque tem uma classe média e média alta em ascensão, ao nível do poder de compra. Depois, e olhando para o quadro geral, na minha opinião, Moçambique está de mãos abertas para a construção de apartamentos de luxo, e ainda há uma enorme margem para crescer, o que representa um potencial de oportunidades a que estaremos atentos.
O mercado imobiliário tem abrandado ao longo dos últimos dois anos, nomeadamente ao nível da procura, devido ao panorama económico do país, apesar da ofeta até ter aumentado, pelo que se nota na cidade. Esta tendência é algo que preocupe a empresa ou mesmo assim vão continuar com os investimentos?
Na nossa ideia, é tudo uma questão de confiança. Temos capital próprio e objectivos bem definidos. Vamos continuar a investir em Moçambique, isso é certo. Acreditamos neste país.
E a venda de apartamentos está a correr dentro das previsões?
Está a correr bem, sim. Estamos muitos satisfeitos com o mercado moçambicano. A Toprak é um grupo forte e reconhecido, não estamos em Moçambique só para ganhar dinheiro e ir embora. Estamos para ficar! O nosso primeiro objectivo é ajudar a fazer crescer este intercâmbio entre Moçambique e a Turquia. E com os investimentos que temos feito, aliados à nossa forma de estar no mercado, e à preocupação social que temos, creio que temos tudo para que a operação seja um sucesso.
Além do edifício na Julius Nyerere, em que outras localizações vê potencial de construção na cidade de Maputo?
Trabalhamos com uma planificação de projectos a lon-
S AN TOPRAK H A
IDADE 40 anos FUNÇÃO Membro do Conselho de Administração e responsável pela área de vendas e construção.
K I N BAYHAN AS
Z I M PENEZ N A
go prazo e, de facto, temos a noção de que os locais com maior potencial são aqui mesmo, na Avenida Julius Nyerere, mas também na zona da Avenida Marginal, principalmente a Costa do Sol que, daqui a uns anos estará irreconhecível por ser um lugar com um enorme potencial para os investimentos na área imobiliária. Será ali, se dúvida, o lugar mais atractivo da cidade de Maputo na próxima década.
Olhando para lá da capital, a Toprak tem previsão de investir nas províncias?
Para já não temos nenhuma projecção definitiva a esse respeito, mas estamos a pensar em investir no norte do país, em Cabo Delgado, uma região incontornável para quem pretende investir na área da construção em Moçambique.
Que mensagem pretende a Toprak deixar para os seus actuais clientes, e também aos potenciais interessados? A mensagem que gostaríamos de deixar tem a ver com o estado de espírito das pessoas. Acreditamos que é preciso esquecermos todos um pouco este ambiente de alguma desconfiança generalizada, que vai dos cidadãos aos empresários nacionais e internacionais, para que, todos juntos, possamos pensar e agir em torno de um necessário aumento do investimento na economia nacional. Temos de confiar na economia de Moçambique, pois sabemos o potencial que existe aqui. O país tem tudo para ser cada vez mais desenvolvido. É para isso que trabalhamos.
TEXTO ECONOMIA & MERCADO FOTOGRAFIA VASCO CÉLIO E JAY GARRIDO