VCP - Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

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2008

Primeiro lote de celulose úmida produzida em Três Lagoas

Presente responsável, futuro sustentado Relatório Anual de Sustentabilidade

Leidiane Nunes da Silva Operadora na linha de fibras


conteúdo

02

Mensagem da Administração

04

Mensagem do Presidente

06

Perfil da Empresa

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Estratégia

22

Gestão

68

Desempenho

104

Balanço Social

106

Sumário GRI

108

Indicadores de Desempenho

113

Informações Corporativas


Sobre o Relatório Este relatório reúne as principais informações sobre os resultados da Votorantim Celulose e Papel (VCP) e inclui dados de suas unidades fabris, florestais e administrativas relativos ao ano fiscal de 2008. Os dados não abrangem a participação no consórcio Conpacel e na empresa Aracruz Celulose S.A. De ciclo anual, o relatório anterior foi publicado em abril de 2008, sendo referente ao ano fiscal de 2007. (GRI 3.6, 3.2, 3.3) Para o relato do desempenho econômico e financeiro, foram obedecidas as normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – com adaptação à Lei nº 11.638/07, que atualiza as regras contábeis brasileiras e aprofunda a harmonização dessas normas aos princípios internacionais de contabilidade. Também são seguidos os Princípios de Comunicação Transparente da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) e as recomendações da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca). Para os aspectos de responsabilidade corporativa e sustentabilidade, utilizou-se o modelo da Global Reporting Initiative (GRI) e, para o Balanço Social, o Guia para Elaboração do Balanço Social do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) e o modelo preconizado pelo Instituto Ethos. (GRI 3.1, 3.9) Alguns dados referentes a anos anteriores diferem de números publicados em relatórios passados, como decorrência de alterações introduzidas pela Lei nº 11.638/07 ou por aperfeiçoamento de processos de mensuração. Essas mudanças são indicadas nos locais pertinentes. (GRI 3.10, 3.11) O critério de seleção das informações para a elaboração do documento baseou-se na análise de materialidade, na qual foram priorizadas as relevâncias dos temas com relação às opções estratégicas da VCP, buscando retratar com fidelidade o seu desempenho. Foi utilizada técnica de benchmarking, com modelos de referência nacionais e internacionais de relatórios, contando com o apoio da consultoria KEYASSOCIADOS tanto na adaptação da estrutura do relatório como na organização de seu conteúdo. Todos os indicadores foram auditados pela PricewaterhouseCoopers. (GRI 3.5, 3.13) Este é o primeiro ano em que a Companhia publica o Relatório de Sustentabilidade com o nível A+, na metodologia GRI. A adoção desse novo modelo reflete a motivação em aprimorar os relacionamentos com as diversas partes envolvidas, os processos de gestão e a prestação de contas para analistas, investidores, sociedade e clientes. Este relatório aponta o interesse da Organização e seus esforços no sentido de integrar a sustentabilidade à sua gestão. (GRI 3.7) Seu processo de elaboração procurou primar pela participação interna. Foram formados grupos de trabalho com finalidades específicas e de acordo com o foco do relatório: Atividades Anuais e Desempenho Operacional e Financeiro, Responsabilidade Social e Responsabilidade Ambiental. Várias reuniões de interação foram realizadas com pessoas-chave, nos vários processos abordados pelo relatório, sendo definidos coordenadores responsáveis pelos blocos formados por assuntos relevantes selecionados. O processo envolveu ainda entrevistas individuais e específicas destinadas a esclarecer a importância do equilíbrio, da comparabilidade, da exatidão e da clareza das informações. O relatório está dividido em três grandes capítulos: Estratégia, Gestão e Desempenho. Ao longo desses capítulos, o leitor poderá obter informações sobre governança, estratégia, gestão e desempenho dos respectivos temas materiais identificados pela VCP. Procura-se, com isso, permitir que a busca por informações seja mais objetiva e selecionar a leitura de acordo com as preferências de cada leitor. A versão on-line desse relatório, incluindo as Demonstrações Financeiras, pode ser encontrada no site: www.vcp.com.br/Investidores Solicitações de informações adicionais ou sugestões a respeito deste relatório podem ser enviadas para a área de Relações com Investidores (e-mail: ir@vcp.com.br). (GRI 3.4)


01. Mensagem da Administração (GRI 1.1)


O exercício de 2008 foi um momento de transição para a VCP. Além de marcar nossos 20 anos de existência, demonstrou a consistência estratégica de uma empresa que tem se preparado ao longo de sua história para assumir posição de relevância no mercado mundial. A maneira como enfrentamos os efeitos da crise econômica, deflagrada no segundo semestre, demonstra claramente o engajamento em torno de um objetivo comum: crescer de forma sustentável, sendo referência no setor de celulose e papel. Demonstramos agilidade na análise, na tomada de decisão e em sua execução. Rapidamente, revisamos todos os projetos de investimento, adequando os desembolsos a um cenário de liquidez mais restrita. A prioridade foi a conclusão das obras de uma nova fábrica de celulose, o Projeto Horizonte, no Mato Grosso do Sul, que entrou em operação no final de março de 2009. Essa mesma razão nos levou a suspender temporariamente os estudos de uma nova fábrica no Rio Grande do Sul, como parte do Projeto Losango.

Com a partida do Projeto Horizonte e a integração com a Aracruz, passaremos a vivenciar as oportunidades e os desafios representados por nosso novo porte global, especialmente por acumularmos a liderança em volume de produção e em competitividade de custos. Essa conjugação de forças representa uma nova dimensão de criação de valor em toda cadeia de produção, que se traduz em maior confiança dos clientes, flexibilidade para atuar com diversificação de produtos e alternativas logísticas, rede global de relacionamentos e disponibilidade de recursos humanos e tecnológicos para o desenvolvimento. A qualidade dos talentos das duas empresas combinadas e a potencialidade das sinergias a serem capturadas nos permitem olhar o futuro ainda com mais confiança. Mais um fato emblemático em relação ao futuro é a decisão de migrarmos, oportunamente, para o Novo Mercado da BM&FBovespa, como avanço nas práticas de governança. Este é um cenário que torna mais próximo o alcance da Visão VCP 2020, de dobrar o valor da empresa. Claramente também é um momento de cautela, de repensar investimentos e estratégias. Mas nosso objetivo é ousado e para alcançá-lo vamos precisar fazer ainda mais em 2009. Temos a convicção de que contaremos novamente com o apoio de nossos acionistas, clientes, profissionais e parceiros na busca da superação de resultados. Nossa visão é de longo prazo, combinando desempenhos econômico, social e ambiental com o compromisso de criação de valor para todos os nossos públicos.

josé Roberto Ermírio de Moraes _ Presidente do Conselho de Administração

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Nesse meio tempo, nos preparávamos para ganhar muito mais musculatura. Essa condição foi dada com a aquisição da Aracruz Celulose, operação anunciada em agosto e concluída em janeiro de 2009. É a sequência de um movimento iniciado em 2001, quando passamos a deter 28% do capital votante da empresa, e com o negócio, a VCP se transforma na maior produtora mundial de celulose, com capacidade de 5,8 milhões de toneladas anuais.

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02. Mensagem da presidĂŞncia (GRI 1.1)


Agilidade, austeridade e busca de eficiência foram palavras-chaves no desempenho da VCP em 2008. Avançamos rapidamente em nosso projeto de crescimento em celulose e foco em papéis de maior valor agregado, mesmo em meio a um cenário de retração internacional de preços de commodities e da grave crise financeira global. O que parecia desafiador no primeiro semestre, mesmo com a economia mundial a pleno vapor e as operações realizadas com sucesso garantido, tornou-se uma tarefa ainda mais complexa após a crise que surgiu no centro financeiro do mundo – os Estados Unidos – e abalou a economia global. A lição de casa foi exaustiva, mas imbuídos de um espírito de cooperação mútua pudemos alcançar as metas traçadas para o ano. Vendemos 1,2 milhão de toneladas de celulose, exatamente o volume projetado, e aumentamos a participação de papéis especiais no mix total de receita, seguindo a estratégia de presença seletiva em papéis de alto valor agregado. Isso só foi possível graças à uma gestão prudente, aliada à coerência de governança. Com disciplina e de acordo com a demanda, revisamos nosso portfólio de investimentos, a partir da avaliação de que a crise financeira continuaria representando impactos importantes no preço da celulose a curto prazo. Concentramos recursos na conclusão da Unidade Três Lagoas, que agrega uma capacidade anual de 1,3 milhão de toneladas – volume já negociado com nossos clientes para 2009.

No campo da sustentabilidade três reconhecimentos, em especial, nos honraram em 2008, como indicativos do nosso compromisso com a criação de valor sustentável. O primeiro foi a inclusão no Dow Jones Sustainability Index, índice que reúne empresas socialmente responsáveis listadas na Bolsa de Nova York. O segundo foi a confirmação de nossa permanência no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa, pelo quarto ano consecutivo. O terceiro é representado pela menção do Projeto Poupança Florestal em relatório do Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento (PNUD) como exemplo de ação do setor privado para reduzir a pobreza e estimular o desenvolvimento humano. Acreditamos que uma empresa sustentável é construída a partir da adoção de valores éticos e morais. Por isso, o respeito para com todos os públicos vem em primeiro lugar e permeia nossas atividades. Em 20 anos de história, possibilitamos o desenvolvimento de milhares de pessoas, por meio de programas de capacitação humana e geração de renda, tanto entre os profissionais como das comunidades com as quais nos relacionamos. No cenário incerto de 2009, atuaremos com importantes vantagens competitivas representadas pela aquisição da Aracruz, concretizada nos primeiros dias do ano. A combinação das duas empresas permitirá captarmos sinergias avaliadas em R$ 4,5 bilhões a valor presente, com a formação de uma líder mundial que adota um modelo diferenciado de governança e sustentabilidade.

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Desde 2002, o setor brasileiro de celulose e papel vinha obtendo desempenhos extraordinários, graças ao aumento da demanda por fibra. Nesse ambiente, aproveitamos bem nosso potencial competitivo, com base em tecnologia e produtividade florestal, firmando-nos como produtor de baixo custo e alta eficiência. Essas vantagens se mantêm, especialmente com a expectativa de manutenção de crescimento em tissue (papéis sanitários), produtos em que a fibra do eucalipto apresenta melhor desempenho.

11 5 José Luciano Penido _ Diretor-presidente


03. Ao adquirir o controle da Aracruz, concretizado no primeiro trimestre de 2009, VCP criou a maior produtora de celulose do mundo, com capacidade de 5,8 milhões de toneladas anuais e participação de 12% no mercado global de celulose. Atuação ecoeficiente levou ações da empresa a integrarem o Dow Jones Sustainability Index e o ISE, da Bovespa.


No final de 2008, operava duas unidades industriais em São Paulo: Jacareí (celulose de mercado) e Piracicaba (papéis especiais); uma fábrica em construção (em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, com entrada em operação no final de março de 2009); um consórcio de produção

de papel (Conpacel, em Americana, São Paulo); três áreas florestais (São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul); um terminal portuário em Santos (SP); um escritório corporativo em São Paulo (SP); três escritórios de venda de celulose no exterior – Zug (Suíça), Baltimore (EUA) e Shangai (China); um Centro de Distribuição em Campinas (SP), que começou a operar no segundo semestre de 2008 e 19 filiais KSR (distribuidora de papel). (GRI 2.3, 2.5) A base florestal é representada por 596 mil hectares, sendo 344 mil plantados, ou seja, com área preservada acima do mínimo legal. Das 1.592 mil toneladas (1.201 mil toneladas de celulose e 391 mil toneladas de papéis) negociadas em 2008, 60% do total foi destinado às exportações para clientes nos cinco continentes.

A preocupação e o respeito pelo meio ambiente estão implícitos em todas as atividades da Companhia, do plantio à colheita do eucalipto, passando pelos processos de produção de celulose e papel. Além da celulose branqueada de eucalipto (celulose de mercado), destinada especialmente a produtores de papel no Brasil, nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia, a VCP produz papéis couchés, offset, cut size, autocopiativos e térmicos, comercializados com as marcas Image e Starmax , Top Print e Printmax, Copimax e Maxcote, Easycopy, Extracopy e Slipcopy, Termocopy, Termolabel, Termoticket, Termoloto, Termoscript e Termobank, tendo como clientes principalmente gráficas promocionais, editores e distribuidores. (GRI 2.2, 2.7)

Perfil da Empresa

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Ao comemorar 20 anos de existência em 2008, a Votorantim Celulose e Papel S.A. (VCP) preparou-se para assumir a posição de maior produtora de celulose do mundo, objetivo concretizado no primeiro trimestre de 2009 ao adquirir o controle da Aracruz Celulose S.A., empresa da qual já detinha 28% da participação acionária votante. Com isso, a capacidade de produção combinada das duas companhias chega a 5,8 milhões de toneladas anuais, com participação de 12% no mercado global de celulose. (GRI 2.1)

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<< Juliana – Viveiro de Capão Bonito – SP


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Controlada pelo Grupo Votorantim – um dos maiores conglomerados empresariais da América Latina –, a VCP registrou, em 2008, receita líquida de R$ 2.487 milhões, ativos totais de R$ 11.464 milhões e prejuízo líquido de R$ 1.312 milhões. (GRI 2.8) Única empresa de capital aberto do Grupo, a VCP negocia suas ações nas Bolsas de Valores de São Paulo (BM&FBovespa) e de Nova Iorque (NYSE). Seus papéis estão

listados no nível 1 de Governança Corporativa na bolsa paulista e integram o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) desde seu lançamento, em 2005. Além disso, em 2008, pela primeira vez, foi listada no Dow Jones Sustainability Index, que seleciona as empresas que apresentam melhor desempenho em sustentabilidade em cada setor da indústria no mundo. (GRI 2.6)

Com relação a mudanças significativas ocorridas no período, dois fatos merecem destaque: o cancelamento, em julho, de 2.784.091 ações preferenciais adquiridas dos ex-controladores da Ripasa e a venda, em agosto, do total de sua participação na joint venture Ahlstrom VCP Indústria de Papéis Especiais S.A. para a empresa finlandesa Ahlstrom Corporation, conforme estratégia definida de reposicionamento do negócio e foco na expansão em celulose. (GRI 2.9)

Capacidade de produção (31/12/2008) (GRI 2.8)

Florestal Área total: 596 mil ha Área plantada: 345 mil ha

Celulose de mercado Capacidade total: 1.260 mil t (dez/08) 2.700 mil t (2009) – com Horizonte

Papel Capacidade total: 358 mil t Papel mercado: 328 mil t

Jacareí (SP) Área total: 167 mil ha Área plantada: 97 mil ha

Jacareí (SP) 1.100 mil toneladas

Conpacel (SP) – 50% Papéis revestidos: 50 mil t Papéis não revestidos: 145 mil t (+- 30 mil t para consumo próprio)

Conpacel (SP) – 50% Área total: 76 mil ha Área plantada: 53 mil ha

Conpacel (SP) – 50% Total: 325 mil t Celulose de mercado: 160 mil t

Piracicaba (SP) Térmicos/autocopiativos: 91 mil t Papéis revestidos: 72 mil t

Três Lagoas (MS) Área total: 227 mil ha Área plantada: 138 mil ha

Três Lagoas (MS) Celulose de mercado: 1.300 mil t (início em 2009)

Rio Grande do Sul Área total: 126 mil ha Área plantada: 57 mil ha


VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Localização

Mato Grosso do Sul

São Paulo

Piracicaba Conpacel

Três Lagoas São Paulo

Jacareí Porto de Santos

Rio Grande do Sul

Santa Maria

Bagé

Porto Alegre

Pinheiro Machado Pelotas Rio Grande

Grupo Votorantim Controlador da VCP, o Grupo Votorantim completou 90 anos em 2008, mantendo-se em constante evolução para se tornar um dos maiores conglomerados empresariais da América Latina. É o quarto maior grupo privado do Brasil, de acordo com a revista Valor Grandes Grupos-2008, do jornal Valor Econômico, uma das mais importantes publicações brasileiras diárias de economia e finanças. Concentra sua atuação em setores de base da economia que demandam capital intensivo, alta escala de produção e tecnologia de ponta, como: cimento, mineração e metalurgia (alumínio, níquel e zinco), siderurgia, celulose e papel, suco concentrado de laranja e

especialidades químicas. Atua também no mercado financeiro, por meio do Banco Votorantim, e em Novos Negócios, com investimentos em empresas e projetos de biotecnologia e tecnologia da informação. Mantém operações próprias em cerca de 100 municípios brasileiros e em mais oito países (Estados Unidos, Canadá, Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Bolívia e China), além de unidades comerciais e de logística na América do Norte, Europa, Ásia e Oceania, totalizando sua presença em 17 países. Em 2008, registrou receita líquida de R$ 35,0 bilhões, com geração de caixa (EBITDA) de R$ 7,3 bilhões e investimentos Capex de R$ 7,7 bilhões.

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COMPROMISSOS VOLUNTÁRIOS (GRI 4.12) A busca pela eficiência e melhoria contínua da gestão socioambiental é expressa pelos compromissos assumidos pela VCP com iniciativas sustentáveis e pelas práticas alinhadas às certificações internacionais de qualidade de gestão. Pacto Global – Iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) que convida empresas de todo o mundo à promoção do crescimento dos negócios em harmonia com o meio ambiente e a sociedade, de acordo com dez princípios relacionados a Direitos Humanos, Direito do Trabalho, Meio Ambiente e Combate à Corrupção. O Pacto Global é uma forma de as empresas contribuírem na busca de uma economia global mais sustentável e inclusiva, para que os Oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio possam ser atingidos até 2015. Mais informações: www.pactoglobal.org.br/ Pacto Empresarial pela Integridade e contra a Corrupção – Estabelece um conjunto de diretrizes e procedimentos que devem ser adotados no relacionamento com os poderes públicos. Tem como base a Convenção da ONU contra a Corrupção, o 10º princípio do Pacto Global e as diretrizes da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Mais informações: www.empresalimpa.org.br/ oprojeto.aspx

Pacto pela Erradicação do Trabalho Escravo – Articulado pelo Instituto Ethos, Organização Internacional do Trabalho (OIT) e ONG Repórter Brasil, mantém ferramentas para que o setor empresarial e a sociedade brasileira não comercializem produtos de fornecedores que usam trabalho escravo. Mais informações: http://www1.ethos.org. br/EthosWeb/pt/399/o_instituto_ethos/o_ internethos/o_que_fazemos/politicas_ publicas/pacto_pelo_trabalho_decente/ pacto_nacional_pela_erradicacao_do_ trabalho_escravo.aspx Declaração Internacional sobre Produção Mais Limpa – Formaliza o compromisso com os seis princípios do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), agência responsável por catalisar as ações globais no contexto do desenvolvimento sustentável: Liderança; Conscientização, Educação e Formação; Integração; Pesquisa e Desenvolvimento; Transparência e Implementação. Mais informações: http://www.unido.org/index. php?id=o5133 Selo Empresa Amiga da Criança – Concedido pela Fundação Abrinq, reconhece empresas que realizam ações sociais para público interno e comunidade e promovem e divulgam os direitos da criança e do adolescente no Brasil. Mais informações: http://www.fundabrinq.org.br/portal/ alias__abrinq/lang__en-US/tabID__112/ DesktopDefault.aspx

Certificação FSC – O Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal) é uma organização não governamental que certifica práticas sustentáveis de manejo florestal. É hoje o selo verde mais reconhecido em todo o mundo e seu objetivo é difundir o uso racional da floresta, garantindo sua existência a longo prazo. O FSC desenvolve os princípios e critérios universais para certificação; credencia organizações certificadoras especializadas e independentes e apoia o desenvolvimento de padrões nacionais e regionais de manejo florestal. Mais informações: www.fsc.org.br/ Lei Sarbanes-Oxley – Criada nos Estados Unidos em 2002 para assegurar a confiabilidade das demonstrações contábeis e financeiras das companhias listadas nas bolsas de valores daquele país. A certificação abrange todos os processos críticos envolvidos na apuração e divulgação de resultados econômico-financeiros da empresa. Mais informações: http://www.soxlaw.com/ ISO 9.001, ISO 14.001, OHSAS 18.001 – As certificações ISO 9.001 de gestão da qualidade, ISO 14.001 de gestão ambiental e OHSAS 18.001 de saúde e segurança no trabalho são padrões internacionalmente reconhecidos por estruturar os sistemas de gestão e gerenciamento do desempenho de uma organização a partir do estabelecimento de padrões. Mais informações: www.iso.org


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Compromissos • Pacto Global – 2007 • Pacto Empresarial pela Integridade e Contra a

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Corrupção – 2006

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• Pacto pela Erradicação do Trabalho Escravo – 2005 • Declaração Internacional sobre Produção Mais Limpa do PNUMA – 2005

!

!

• Selo Empresa Amiga da Criança – 1999 Certificações

!

• Forest Stewardship

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Council – 2005 • Lei Sarbanes-Oxley – 2006 • ISO 9.001; ISO 14.001; OHSAS 18.001

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RECONHECIMENTOS, CERTIFICAÇÕES E PREMIAÇÕES (GRI 2.10) Índices de Sustentabilidade A VCP passou a integrar em 2008 o Dow Jones Sustainability Index World (DJSI), no setor de papel e florestas, sendo reconhecida como uma das oito empresas brasileiras em excelência em gestão econômica, ambiental e social. Pelo quarto ano consecutivo integra também o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da BM&FBovespa. O Dow Jones Sustainability Index World foi lançado em 1999 como o primeiro indicador de desempenho do mercado acionário que reúne as principais empresas do mundo com gestão orientada para a sustentabilidade. Relaciona as companhias que, em cada setor de atividade, apresentam melhor

desempenho nas questões ligadas à sustentabilidade. A seleção tem por base mais de 2,5 mil empresas, de 51 países e 57 setores de atividade, e considera, além dos indicadores financeiros, aspectos como transparência, relações com os investidores, responsabilidade socioambiental e qualidade da gestão. Revisto anualmente, o DJSI de 2008 é integrado por 320 empresas selecionadas por uma consultoria suíça independente e especializada em mercado de capitais (SAM Group). Elas são classificadas como as mais capazes de criar valor para os acionistas a longo prazo, por meio de uma gestão dos riscos associados a fatores econômicos, ambientais e sociais.

Digestor – Cozimento de cavaco a vapor – Unidade Jacareí – SP

Já o ISE é um referencial para os investimentos socialmente responsáveis no mercado brasileiro. Em sua quarta revisão, a carteira reúne 38 ações de 30 das 394 empresas com ações negociadas na Bolsa, totalizando um valor de mercado de R$ 372 bilhões (ou 30,7% da capitalização total em dezembro de 2008). O índice vigora de 1º de dezembro de 2008 até 30 de novembro de 2009. O processo de seleção é realizado em parceria com o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que avalia aspectos econômico-financeiros, sociais, ambientais, governança corporativa, gerais básicos e natureza do produto. A VCP integra o ISE desde a sua primeira carteira, lançada em 2005.


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Principais reconhecimentos em 2008

Prêmio

Motivo

Cedente

Menção do Projeto Poupança Florestal como um dos destaques de ações empresariais que possibilitam a inclusão dos menos favorecidos em seus processos produtivos.

Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento (PNUD) – Organização das Nações Unidas (ONU)

Destaque do setor nos fatores: ética, qualidade de gestão, compromisso com RH e comprometimento com o desenvolvimento sustentável.

Revista Carta Capital

DCI 2008 – As Empresas Mais Admiradas

Eleita por empresários, executivos e economistas como a mais admirada do setor de papel e celulose.

Jornal Diário do Comércio e Indústria

As Empresas de Maior Prestígio do Brasil

Escolhida pelos consumidores como a marca de maior prestígio no setor de papel e celulose.

Revista Época Negócios

Prêmio Apex-Brasil de Excelência em Exportação

Grande Empresa Exportadora, como destaque entre as companhias que mais elevaram as suas exportações nos últimos anos.

APEX – BR Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos

CEO do Ano

José Luciano Penido, diretor-presidente da VCP, recebeu o Prêmio Latin American CEO Of The Year.

RISI

Troféu Zélio

Apoio da empresa, pelo oitavo ano consecutivo, ao Salão Internacional do Humor de Piracicaba. O troféu é uma criação do artista plástico e cartunista Zélio Alves Pinto.

Secretaria Municipal de Ação Cultural de Piracicaba

Unidade Jacareí recebeu o prêmio na categoria Ações Ambientais na Humanidade, com o Projeto NEA (Núcleo de Educação Ambiental).

Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) – Jacareí

Reconhecimento por fomentar e incentivar a agricultura familiar do Rio Grande do Sul por meio do plantio consorciado.

Sindicato Rural de Bagé

Reconhecimento nas categorias Fabricante de Papéis Gráficos, Manejo Florestal Sustentável e Responsabilidade Social.

Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP)

Empresa mais lembrada por leitores e população das cidades de Jacareí, São José dos Campos e Taubaté (região do Vale do Paraíba), nas categorias Meio Ambiente e Responsabilidade Social.

Jornal Vale Paraibano

Selo Criança e Adolescente – Qualidade e Trabalho com Responsabilidade Social

Reconhecimento pelo atendimento prestado à criança e adolescente de Piracicaba através do “Programa Adolescente em Ação”

OABSP - Piracicaba

Empresa Cidadã

Eleita pelo 6º ano consecutivo empresa cidadã do município de Jacareí

Câmara Municipal de Jacareí

Criação de valor ao acionista em 2007. Categoria: Papel e Celulose.

Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca)

Inclusão no relatório Creating Value for All: Strategies for Doing Business With the Poor (Criando Valor para Todos: Estratégias para Fazer Negócios Com os Pobres)

As Empresas Mais Admiradas da Carta Capital

4ª Mostra de Ações Ambientais Ciesp Jacareí

Destaque da Rural

Destaque da ABTCP

Prêmio Top Vale 2008

Prêmio Abrasca de Criação de Valor


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VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

04. Alinhada aos dez princípios do Pacto Global, a atuação da VCP reflete o compromisso com a sustentabilidade e tem por base o conceito de ecoeficiência e os valores ética e respeito. Busca harmonizar a criação de valor econômico, ambiental e social, em ações que aprofundem o relacionamento com seus diversos públicos e promovam melhorias no meio ambiente.


VISÃO ESTRATÉGICA DA SUSTENTABILIDADE (GRI 4.9)

Dentre os valores que permeiam a VCP estão a ética e o respeito. A Empresa acredita que para alcançar o desenvolvimento sustentável é necessário ir além da qualidade no que produz. O engajamento e o compromisso com as questões socioambientais são valores imprescindíveis numa história de sucesso.

Por isso, investe em ações que visam aprofundar o relacionamento com seus diversos públicos e promover melhorias no meio ambiente. O conceito de ecoeficiência – produzir mais com menos insumos e uso de tecnologias mais limpas – é seguido à risca por toda a Companhia, tendo como objetivo comum a produção com base em fontes renováveis. Por essa razão, foi a primeira empresa brasileira a tornarse signatária em 2005 da Declaração Internacional sobre a Produção Mais Limpa, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Estratégia

Na área florestal, além da certificação internacional do Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal), a VCP iniciou em 2008 um projeto de certificação pelo Cerflor, que atesta, no Brasil, a gestão sustentável dos recursos florestais. As atitudes da VCP alinham-se aos dez princípios do Pacto Global, iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) para mobilizar empresas de todo o mundo a adotarem, em suas práticas de negócios, valores fundamentais nas áreas de Direitos Humanos, Relações de Trabalho, Meio Ambiente e Combate à Corrupção. No final de 2008, contava com a adesão de 5.200 organizações.

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

A aspiração da VCP em sustentabilidade é ser percebida como empresa que harmoniza a criação de valor econômico, ambiental e social. Essa aspiração está baseada na busca constante pelo comprometimento e envolvimento dos públicos de relacionamento, reduzindo assim o risco do negócio e ampliando as oportunidades em responsabilidade corporativa.

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<< Sr. Antônio e Dona Edna – Projeto Colméias


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VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

ESTRATÉGIA DE NEGÓCIOS A estratégia de crescimento da VCP reflete a visão de futuro sobre o mercado mundial de celulose e papel. A Companhia reposicionou seus ativos a partir do final de 2006, concentrando a atuação em celulose, para melhorar suas vantagens competitivas, consolidando-se como uma das maiores e mais rentáveis empresas do mundo, e em 2009 ganhou ainda maior relevância com a aquisição do controle da Aracruz Celulose. Na definição estratégica, foram identificadas cinco macrotendências: 1. Transferência da indústria de celulose e papel do Hemisfério Norte para novas geografias, com destaque para América Latina (especialmente Brasil), Indonésia e Rússia, pela disponibilidade de matéria-prima de baixo custo; 2. Custos em ascensão; 3. Adição de novas capacidades dos líderes de celulose aumenta a concentração e a força relativa desse elo; 4. Impacto da mídia eletrônica na demanda de papel. Apesar do declínio nos países desenvolvidos, a demanda de papel deve continuar crescendo nos países emergentes; 5. Uso alternativo de fibras. Essas macrotendências, aliadas à evolução favorável do custo operacional da indústria, impactam positivamente sobre os preços de celulose, o que indica um futuro promissor para o setor de celulose. Adicionalmente, estima-se que as maiores taxas de crescimento de consumo de papel devem se concentrar, nos próximos anos, nos segmentos de embalagens e papéis sanitários (tissue).

Esse movimento foi aprofundado em 2008, com reforço ao foco de crescimento em celulose e atuação concentrada em papéis de alto valor agregado. Foi nessa direção que a empresa priorizou 80% dos investimentos de R$ 1,2 bilhão realizados durante o ano. O maior volume foi absorvido pelo Projeto Horizonte, em Três Lagoas (MS), com expansão de área florestal e construção de uma fábrica, com capacidade de 1,3 milhão de toneladas. Projeto Horizonte – No final de março de 2009, entrou em operação a Unidade Três Lagoas, um investimento total de aproximadamente R$ 3,9 bilhões, iniciado em fevereiro de 2007. Será a maior fábrica de celulose do País com uma única linha de produção. Instalada em terreno com mais de 2 milhões de metros quadrados, a unidade será autossuficiente em geração de energia, com o uso de licor negro e biomassa proveniente de resíduos florestais, além de manter baixo consumo de água. A construção mobilizou um contingente de 10 mil pessoas em seu pico e envolveu modernos sistemas de segurança e saúde. O empreendimento elevará em 300% o Produto Interno Bruto (PIB) do município de Três Lagoas e em 13,5% o PIB do Mato Grosso do Sul. Deverá criar cerca de 30 mil postos de trabalho diretos e indiretos na região. Em virtude da crise econômica deflagrada no final de 2008, a VCP suspendeu iniciativas em fase de desenvolvimento. A de maior amplitude era o Projeto Losango, no Rio Grande do Sul. O plantio da safra de 2008 foi concluído, porém não será feito o cultivo de 2009. Foi também adiada a decisão sobre a construção de uma fábrica de celulose, que estava em fase de licenciamento ambiental e teria sua execução discutida em 2009 pelo Conselho de Administração da Companhia. O projeto original previa a entrada em operação em 2011.

Informações sobre: Gestão – página 34 e Desempenho – página 69

Investimentos (r$ milhões)

1.189

639

593

542

2004

2005

2006

674

2007

investimentos em 2008 (R$ milhões)

54%

2% 33% 6% 5%

Florestas Manutenção, T.I., outras Conpacel Projetos de Expansão Modernização

2008


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ESTRATÉGIA CLIMÁTICA O tema mudanças climáticas é considerado estratégico para a VCP, que investe em uma matriz energética sustentável, com recursos naturais renováveis (80% originada da queima de biomassa e licor negro), e vê vantagens competitivas para negociação de créditos de carbono (Protocolo de Quioto). (EC2 e EN6)

oportunidades de desenvolvimento futuro de projetos de captura de carbono, com retornos significativos para a Empresa e para o meio ambiente. A participação no Carbon Disclosure Project (CDP), desde 2005, impulsionou a avaliação da possibilidade de configuração de projetos de carbono de acordo com os critérios da Bolsa de Chicago (Chicago Climate Exchange – CCX).

As emissões de gases de efeito estufa (GEE) são inventariadas desde 1998, abrangendo todas as operações industriais e florestais, e integram o Sistema de Gestão Ambiental (SGA). O objetivo é identificar

A VCP identifica que a geração de créditos de carbono poderá trazer oportunidades de comercialização no âmbito do próprio Grupo Votorantim e/ou através de câmaras de comércio de emissões.

Unidade Florestal Extremo Sul

Instituições de pesquisa apoiam as ações da VCP para obtenção de créditos de carbono. Entre as parcerias para o estudo de alternativas tecnológicas destaca-se um projeto para quantificar os ciclos de carbono em florestas naturais e plantadas de reflorestamento (eucalipto), realizado pela Universidade de São Paulo (USP). Envolve especialistas de diversas áreas, como biólogos, hidrólogos, engenheiros florestais e meteorologistas.

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ESTRATÉGIA SOCIAL Em cenários adversos, como eventos climáticos extremos e mudanças de uso da terra com manejo inadequado, os impactos podem ser previstos e os riscos, calculados. Com isso, os estudos buscam apontar quais métodos podem ser empregados para que sejam atingidos conceitos como integridade e sustentabilidade do ecossistema. Com o comprometimento de produzir produtos com menores teores de gases de efeito estufa a VCP, de forma pioneira no setor de celulose e papel, calculou sua “pegada de carbono” ou “carbon footprint”, confirmando por auditoria independente o fornecimento de celulose de mercado com a remoção de 3,69 t CO2eq/ tsa.

Informações sobre: Gestão Ambiental – página 36 e Desempenho Ambiental – página 81

Alinhada às demandas da estratégia do negócio, a estratégia social da VCP estabelece direcionamentos claros no relacionamento da empresa com colaboradores, comunidades das regiões onde está presente e sociedade. Com o apoio do Sistema de Desenvolvimento Votorantim (SDV), busca promover a constante disseminação dos valores Votorantim; desenvolver uma cultura direcionada à gestão de pessoas, aliada à excelência das operações e ao foco nos resultados e permitir o melhor uso do capital humano. No relacionamento com as comunidades, procura compreender a realidade e a demanda dos municípios, definindo as prioridades de investimento social com base em indicadores como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Índice de Exclusão Social (IES), o Índice de Desenvolvimento Infantil (IDI), entre outros. A aplicação de recursos é orientada para potencializar os resultados das ações socioambientais, valorizando a cultura, as necessidades locais e a sustentabilidade dessas comunidades.

Informações sobre: Gestão Social– página 44 e Desempenho Social – página 88


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a VCP Princípios, Valores e Missão (GRI 4.8)

objetivo A VCP estabeleceu um grande objetivo para o ano de 2020: atingir faturamento equivalente a US$ 4 bilhões, com retorno de investimentos superior ao seu custo de capital. Para amparar a realização dessa meta, definiu uma Missão e uma Aspiração.

missão Ser referência como empresa de celulose e papel, criando oportunidades e diferenciais competitivos, gerando valor sustentado para os acionistas, alinhada ao Sistema de Gestão Votorantim.

Aspiração Alcançar posição de relevância mundial em celulose de fibra curta, sustentar a liderança regional de papéis revestidos e especiais e participar do mercado de papéis reprográficos.

Valores A VCP está alinhada aos Valores do Grupo Votorantim, expressos na sigla SEREU: Solidez, Ética, Respeito, Empreendedorismo e União. A Solidez representa a busca pelo crescimento sustentável com a geração de valor, mesmo em ambientes com constantes e aceleradas mudanças. A Ética aparece na atuação responsável e transparente nas ações, para que os resultados sejam sempre percebidos como contribuições para o bem comum. O Respeito está na relação com os diversos públicos com os quais interage em seus produtos e serviços e na disposição para aprender com as pessoas. O Empreendedorismo surge na ousadia de realizar, na competência de manter o que foi alcançado e na determinação de buscar novas oportunidades. A União é expressa na percepção de uma identidade comum que integra pessoas, ações, relações, interesses e resultados, na qual o todo é mais forte.

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POLÍTICAS E PRÁTICAS O Sistema Integrado de Gestão VCP segue os critérios de excelência do Prêmio Nacional de Qualidade (PNQ) e é alinhado ao Sistema de Gestão Votorantim (SGV), que permeia todas as empresas do Grupo. O modelo conjuga as melhores práticas de todas as unidades, com foco na qualidade e na redução de custos. Os objetivos são: • Gerar resultados – Estabelecer, atingir e manter as metas empresariais e estratégicas, por meio da captura de sinergias, multiplicação e busca contínua das melhores práticas;

•M odelo integrado – Tomada de ações interligadas e ordenadas visando atender às necessidades de mercado (stakeholders); • I dentidade única – Pela uniformização da linguagem e da padronização de ações; • P erenização do conhecimento – Comprometimento dos profissionais no desenvolvimento de uma cultura direcionada à retenção do conhecimento dos processos, gestão da inovação e promoção da excelência empresarial. O sistema de Gerenciamento Pelas Diretrizes permite estabelecer e acompanhar metas de desempenho em

Emerson - profissional do Acabamento da VCP Piracicaba em trabalho na Rebobinadeira Cameron / Beazer 5

diferentes frentes. O GPD é definido pela diretoria e permeia todas as ações da Empresa. Com base nele, são abertos Planos de Ação ou Projetos PDCA (Plan, Do, Check and Act, ou Planejar, Executar, Checar e Agir), executados com o apoio de metodologias como Seis Sigma (uso de modelos estatísticos para atingir metas desafiadoras); Balanced Scorecard (BSC), com avaliação contínua de indicadores de desempenho nas perspectivas financeira, de mercado, interna e de aprendizado e crescimento; GVA (Geração de Valor Adicionado), que mede a capacidade de agregação de riqueza para o acionista; Business Intelligence, para a radiografia completa dos negócios, Manutenção Preventiva Total (TPM) e 5S, entre outras.


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OBJETIVOS E METAS (GRI 1.2)

Metas ambientais

A VCP reposicionou seu portfólio nos últimos anos. Seu foco, até 2020, é ser uma empresa com 95% do seu negócio em celulose e 5% em papel, com ênfase em papéis especiais.

• Resíduos sólidos: zero de resíduos sólidos para disposição em aterro industrial, a partir de 2012, em todas as unidades fabris da VCP;

Metas econômicas As metas econômicas permanecem inalteradas, como parte da Visão VCP 2020:

• Ecoeficiência: Estender o Programa de Ecoeficiência, já em andamento com quatro clientes gráficos, para os segmentos promocional e educacional, atingindo 40 clientes até 2014. Metas sociais

• Atingir vendas de US$ 4 bilhões; • Produzir 6 milhões de toneladas de celulose total (mercado e integrada); • Comprometimento com disciplina de investimento: retorno mínimo de WACC+3% (Weighted Average Cost Of Capital, ou custo médio ponderado do capital).

Com o objetivo de potencializar os resultados sociais, obtendo maior sinergia entre as diversas práticas desenvolvidas para seus públicos de relacionamento, a VCP atua orientada pela visão de futuro e por políticas pautadas no compromisso de desenvolvimento do País. Com base nesses conceitos a VCP estabeleceu seus principais desafios sociais em 2009: • Estimular o debate e o reconhecimento à prática da Responsabilidade Social na comunidade ; • Atuar com responsabilidade na geração de emprego, capacitação e renda; • Respeitar o compromisso com a empregabilidade regional; • Desenvolver o capital humano da empresa.

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05. A gestão é profissionalizada e diferencia responsabilidades dos gestores pelo desempenho dos negócios e atuação dos acionistas, representados no Conselho de Administração. O desempenho é direcionado por objetivos e metas estabelecidos em reunião anual de planejamento estratégico, que incluem aspectos econômicos, sociais e ambientais.


O modelo de governança corporativa da VCP segue rigorosos princípios de transparência e equidade. Desde 2001, é listada no Nível 1 de Governança Corporativa da BM&FBovespa e, em 2006, foi certificada pela adequação às normas da Lei Sarbanes-Oxley, aplicável a companhias que negociam ações na NYSE. A certificação é mantida até hoje. A comunicação aberta e a divulgação ampla de informações fazem parte de sua cultura e estão presentes em todas as unidades de negócio. Periodicamente, os gestores da VCP reúnem-se para avaliações de desempenho e discussões de metas e estratégias, sendo os resultados do ano apresentados por meio do Relatório Anual de Sustentabilidade, em versão impressa e eletrônica.

As boas práticas de governança, aliadas a um modelo sólido de desenvolvimento sustentável, levaram a VCP a ser listada pela primeira vez no Dow Jones Sustainability Index World (DJSI) pelo quarto ano consecutivo no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE BM&FBovespa). Algumas práticas de governança corporativa incluem mecanismos para acionistas e empregados fazerem recomendações ou orientações ao Conselho de Administração e à Diretoria, assim como demais públicos de relacionamento. Um canal é a Ouvidoria, com acesso pela página da Companhia na internet. Para acionistas e investidores, é mantido um Manual para participação em Assembleia, também disponível para consulta pela internet. Outro canal é o ombudsman de investidores, que recebe

Gestão

reclamações, sugestões e opiniões, além de apurar ou encaminhar para apuração as manifestações recebidas para que sejam resolvidas e certificar-se que as demandas cheguem aos responsáveis. Mais uma prática relevante é a realização de encontros periódicos dos funcionários com a Diretoria e o presidente da Empresa, nos quais são discutidos resultados e desafios. (GRI 4.4) A Companhia mantém políticas de divulgação de fatos relevantes e de negociação de ações, aplicáveis a todos os profissionais com acesso a informações que possam ser consideradas privilegiadas. Elas estabelecem os processos de comunicação com o mercado e as restrições para as negociações com papéis da VCP em determinados períodos.

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GOVERNANÇA CORPORATIVA

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<< Juliane – Área Administrativa – Unidade Florestal Capão Bonito – SP


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ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO A VCP é uma sociedade anônima, de controle acionário familiar, que mantém como principais órgãos de governança o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal. São adotadas normas nacionais e internacionais de registros contábeis e de manutenção de registro de empresa aberta, tanto na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) quanto na Security Exchange Commission (SEC), nos Estados Unidos. (GRI 4.1)

Conselho de Administração – Responsável pela determinação das estratégias da Organização, o Conselho de Administração é integrado por cinco membros, sendo quatro representantes da família Ermírio de Moraes, que controla 100% das ações ordinárias da Companhia, e o presidente da Diretoria Executiva (CEO). Não há conselheiros independentes. Os conselheiros são eleitos por voto direto na Assembleia Geral dos Acionistas, para mandatos de dois anos, com possibilidade

Aderbal e Marcos – CAT Engenharia de Manutencao – Unidade Piracicaba – SP

de reeleição, e não são remunerados pela função. O presidente do Conselho não ocupa função executiva. Em abril/2009 houve uma eleição de novos membros para o Conselho de Administração. (GRI 4.2, 4.3, 4.7) Conheça o perfil dos integrantes do Conselho de Administração no site: http://www.vcp.com.br/Investidores/ GovernancaCorporativa/Pages/ ConselhoseComites.aspx


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Diretoria Executiva – A gestão é profissionalizada, diferenciando a atuação dos acionistas (representados no Conselho de Administração) e as responsabilidades dos gestores pelo desempenho dos negócios. Composta por um presidente (CEO) e seis diretores (Comercial Celulose; Negócio Papel; Supply Chain e Estratégia; Técnica e Industrial; Engenharia; Finanças e Relações com Investidores e Desenvolvimento Humano e Organizacional). São eleitos pelo Conselho de Administração com mandato de um ano, que pode ser renovado. Conheça o perfil dos integrantes da Diretoria Executiva no site: http:// www.vcp.com.br/Investidores/ GovernancaCorporativa/Pages/ ConselhoseComites.aspx Conselho Fiscal/Comitê de Auditoria – O Conselho Fiscal reúne-se mensalmente e desempenha também as atribuições de um Comitê de Auditoria, para assegurar que todos os controles sejam executados adequadamente. É integrado por três membros, sendo um representante de acionistas minoritários, o segundo com notórios conhecimentos de contabilidade nos padrões brasileiros (BRGAAP) e o terceiro especialista em contabilidade norte-americana (USGAAP). Reúne-se mensalmente, e o mandato é de um ano, com possibilidade de reeleição pela Assembleia Geral, que também fixa sua remuneração. (GRI 4.7) Conheça o perfil dos integrantes do Conselho Fiscal no site: http:// www.vcp.com.br/Investidores/ GovernancaCorporativa/Pages/ ConselhoseComites.aspx

Comitê de Divulgação – Responsável pelo processo de divulgação de informações, atos e fatos relevantes da Companhia, assegurando a ampla disseminação e a qualidade das informações colocadas à disposição do mercado, assim como pela prática dos processos e controles de divulgação. É integrado por representantes das áreas de Relações com Investidores, Controladoria, Jurídica, Tesouraria, Comunicação e Planejamento Estratégico.

Comitê de Inovação – Coordena o programa de inovação, que contempla projetos com foco no crescimento sustentável do negócio, desenvolvimento de produtos e soluções, aplicação no dia a dia de ideias que contribuam para o crescimento e ganho de eficiência das operações. É coordenado pelo diretor de Desenvolvimento Humano e Organizacional e integrado por gestores de áreas de negócio. As unidades operacionais também mantêm comitês.

Comitê de Investimentos – É encarregado de avaliar a cada seis meses o portfolio de projetos da Empresa, organizados nas categorias Expansão, Modernização, Pesquisa e Desenvolvimento, Tecnologia da Informação, Manutenção e Higiene, Segurança, Meio Ambiente e Social. O objetivo fundamental é racionalizar as decisões de alocação de capital para assegurar o cumprimento de metas no que se refere a posicionamento estratégico, competitividade, redução de riscos, crescimento e retorno. É integrado pela Diretoria, gerentes-gerais e área de Gestão de Ativos e Riscos.

Conduta – A Companhia mantém uma política de divulgação de fatos relevantes e um Código de Conduta a ser seguido por todos os profissionais com acesso a informações que possam ser consideradas privilegiadas, além de estabelecer restrições para as negociações com papéis da VCP em determinados períodos. Todos os negócios que envolvam relações comerciais entre acionistas e seus familiares e empresas do Grupo devem respeitar, rigorosamente, os princípios de isenção e transparência, da ética, da competitividade e da inexistência de conflitos de interesse, razão pela qual os acionistas e seus familiares não devem desenvolver negócios ou atividades cuja viabilização dependa exclusivamente do Grupo, ou de suas empresas. As empresas do Grupo devem adotar para com os membros da família as mesmas regras (divulgação, preço, forma de pagamento, prazos contratuais, qualidade etc.) estabelecidas no tratamento com terceiros. (GRI 4.6, 4.8)

Comitê de Sustentabilidade – Responsável por assegurar que a sustentabilidade integre a estratégia empresarial e todos os seus processos gerenciais. O Comitê é formado por diretores e gerentes de diferentes áreas da Empresa e representantes de públicos estratégicos, compondo uma equipe multidisciplinar de três a nove membros efetivos, além de dois membros permanentes (o diretor-presidente da VCP e o gerente-geral de Sustentabilidade).

Auditoria Independente – O relacionamento da VCP com os auditores segue os princípios de independência, para eliminar o risco de conflito de interesses. A auditoria externa é escolhida pelo Conselho de Administração, com consulta ao Conselho Fiscal/Comitê de Auditoria. Em 2008, esse trabalho foi executado pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, para demonstrações financeiras em moeda estrangeira, e pela Terco GrantThornton Auditores Independentes, para as demonstrações financeiras de acordo com a legislação societária brasileira.

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Avaliação de desempenho O desempenho da Diretoria Executiva é avaliado periodicamente em uma reunião entre o dirigente e o Conselho de Administração, que tem como objetivo analisar e alinhar os resultados da Empresa, bem como a atuação pessoal do CEO. Essa avaliação é feita de acordo com os objetivos e as metas estabelecidos com base no EBITDA Day – reunião anual de orçamento e planejamento estratégico em que são estabelecidas metas quantitativas e qualitativas direcionadoras da Companhia para o ano seguinte, que compõem o chamado Painel de Metas. Além de aspectos econômicos, as metas incluem desempenho ambiental e social. O CEO debate o Painel com os Conselheiros, dos quais recebe retorno sobre seu desempenho, permitindo ajustes e adequações em sua conduta e nas diretrizes da Empresa. Ao final do ano, o desempenho retratado no Painel de Metas é a base para a remuneração variável do CEO e dos demais executivos da Empresa. Além disso, permite ao Conselho de Administração acompanhar e avaliar as diretrizes propostas por seus membros para a Companhia. (GRI 4.5, 4.9) A VCP ainda não conta com um processo formal de autoavaliação do Conselho de Administração. (GRI 4.10) ESTRUTURA ORGANIZACIONAL A VCP introduziu em dezembro de 2008 uma nova estrutura organizacional. Foram criadas as diretorias de Negócio Papel, Supply Chain e Estratégia e Técnica e Industrial, que absorveram as antigas Diretorias Florestal e Logística Integrada e Operações Florestais. A reestruturação teve o objetivo de proporcionar mais sinergia ao negócio, por ocasião da partida do Projeto Horizonte em 2009.

Conselho de Administração Comitê de Auditoria Presidência

Jurídico

Desenvolvimento Humando e Organizacional

Finanças e Relações com Investidores

Auditoria

Comercial Celulose

Negócio Papel, Supply Chain e Estratégia

Técnica e Industrial

Engenharia


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Negócio Papel, Supply Chain e Estratégia – Engloba Negócio Papel (responsável pelos setores de Papéis Gráficos e KSR, Papéis Especiais, Logística Papel, Operações Piracicaba, Sistema de Informação, Performance e Conpacel); Supply Chain (Suprimentos e Logística); Operações Florestais; Planejamento Estratégico e Sistemas de Gestão. Técnica e Industrial – Engloba Engenharia e Projeto Horizonte; Pesquisa e Desenvolvimento; Operações Jacareí e Três Lagoas; Desenvolvimento e Qualidade Florestal, Meio Ambiente Industrial. Engenharia – Responsável por coordenar todos os trabalhos de engenharia nas etapas de desenho, contratação, construção, comissionamento e partida de projetos. Comercial Celulose – Responsável por todo o processo de venda do produto. Desde 2007, fica sediada em Zug, na Suíça, e tem o apoio de escritórios em São Paulo (Brasil), Baltimore (Estados Unidos) e Shanghai (China). Finanças e Relações com Investidores – Suas atribuições incluem as áreas de Controladoria, Controladoria Internacional, Relações com Investidores, Análise de Negócios, Contabilidade e Planejamento Tributário, Tesouraria, Gestão de Ativos e Riscos e Custos e Competitividade. Desenvolvimento Humano e Organizacional – Tem a responsabilidade de atrair, desenvolver e motivar profissionais, prover lideranças atuais e futuras com as competências requeridas para a efetividade operacional, promover a segurança e saúde no trabalho e a qualidade de vida. Gerencia as áreas de comunicação interna e externa, coordena todos os programas de melhoria de estrutura e da dinâmica organizacional e lidera os processos de gestão do conhecimento, bem como os programas de fomento à inovação (processos, produtos e linhas de negócio).

GERENCIAMENTO DE RISCOS (GRI 1.2) Para a VCP, risco é todo e qualquer evento que a impeça de atingir seus objetivos. Apesar de manter uma gerência responsável pela gestão de riscos e ativos, essa cultura está disseminada por toda a Empresa. Cada funcionário, independentemente do setor de atuação, é responsável por identificar, modelar, influenciar e disseminar a questão. Essa consciência é criada a partir de reuniões e apresentações sobre conceitos, de forma a permitir que cada área possa capacitar seus gestores de risco. Todo o processo é supervisionado pela gerência de Ativos e Riscos, que atua para auxiliar na elaboração e validação dos planos de mitigação/contingência. Além disso, procura antecipar eventos que afetem os objetivos estratégicos e operacionais da Empresa e apoia as demais áreas aportando conhecimento e tecnologia. O modelo de gestão de riscos da Companhia foi considerado benchmark no processo de análise para a seleção das empresas que integram o Dow Jones Sustainability Index, um reconhecimento especial a todos os envolvidos no processo de gerenciamento de riscos da empresa. Um dos desafios da VCP é aprimorar constantemente a eficiência dos processos de gestão de riscos. Para isso, entende que será preciso criar um modelo para antecipação de eventos de risco e melhor encadeamento das iniciativas de gestão nessa área, de modo a sustentar essa cultura e garantir sua perenidade.

Riscos financeiros – Uma gestão de caixa conservadora minimiza a exposição a riscos financeiros. São contratados instrumentos de proteção para reduzir o impacto da desvalorização cambial sobre passivos financeiros denominados em moedas estrangeiras. Além do hedge natural proporcionado pelas exportações, podem ser realizadas operações de swap ou adquiridos títulos indexados à variação do dólar norte-americano, com determinação de limites de posições e exposição, além de monitoramento dos riscos envolvidos. As aplicações financeiras ou contratos de swap são efetuadas com instituições de primeira linha para limitar o risco de crédito, e a maioria das exportações é segurada por seguros de crédito. Para todos os processos com prováveis desfechos desfavoráveis são constituídas provisões, além de mantidas apólices de seguro de equipamentos, instalações e cobertura de responsabilidade civil. Riscos operacionais – A manutenção preventiva e preditiva dos equipamentos minimiza o risco de paradas não-programadas nas atividades industriais e florestais. O processo inclui inspeções periódicas, testes e avaliações, para assegurar a eficiência e qualidade das operações. Na área florestal, são plantadas diferentes espécies de clones de eucalipto para reduzir a possibilidade de perda de áreas em decorrência de alguma praga ou doença. Adicionalmente, um sistema de alerta e brigadas são mantidos para prevenir e controlar os riscos de incêndio.

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Riscos ambientais – Todos os processos de produção florestal e industrial da VCP são pautados por dois princípios, ecoeficiência – produzir mais, com menos – e precaução – a ausência de certeza científica não deve ser utilizada como razão para postergar medidas eficazes e economicamente viáveis para prevenir a ameaça de danos sérios ou irreversíveis de degradação ambiental ou danos à saúde humana. A Empresa gerencia todos os aspectos ambientais envolvidos em seus processos de produção industrial e florestal, com o uso racional dos recursos naturais, atividades de conscientização, educação e treinamento; investimento em infraestrutura e equipamentos, manutenção, planos de emergência, procedimentos documentados, rotinas operacionais e exigências contratuais. Além disso, a gestão sustentável é atestada pelas certificações FSC (Forest Stewardship Council) e ISO 14001. (GRI 4.11) Riscos de mercado – A Companhia não tem qualquer poder de ingerência sobre preços de commodities e insumos ou sobre as oscilações de demanda. O acompanhamento de tendências dos mercados nacionais e internacionais de papel e celulose permite monitorar esses riscos para amparar decisões sobre redirecionamentos da produção. Adicionalmente, são mantidos contratos de longo prazo com clientes e fornecedores estratégicos.

Riscos tecnológicos – A adoção das mais modernas tecnologias do setor confere ganhos de eficiência e segurança nas operações, minimizando riscos operacionais e de impacto ao meio ambiente. São mantidos sistemas redundantes em tecnologia de informação e um plano de contingência de TI, para assegurar a execução dos negócios em qualquer ambiente. Riscos de imagem/reputação – A VCP adota a política para gestão de crises e comunicação elaborada pelo Grupo Votorantim, que prevê planos de contingência para diferentes situações que possam representar impacto sobre a imagem ou a reputação das empresas. Além disso, a busca de diálogo e relacionamento transparente com todas as suas partes interessadas tem como objetivo inserir as expectativas de diferentes públicos em sua estratégia empresarial.


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Combate à corrupção

CONDUTA A VCP segue um Código de Conduta comum a todas as empresas do Grupo Votorantim. Os negócios que envolvem relações comerciais entre acionistas e seus familiares e empresas do Grupo, seja na qualidade de pessoas físicas ou por meio de empresas das quais façam parte direta ou indiretamente, devem respeitar rigorosamente os princípios de isenção e transparência, ética, competitividade e inexistência de conflitos de interesse. Por essa razão, os acionistas e seus familiares não devem desenvolver negócios ou atividades cuja viabilização dependa exclusivamente do Grupo ou de suas empresas. (GRI 4.6, 4.8)

O Código é um conjunto de normas mediadoras entre o jeito de ser e o jeito de agir. Nele estão descritos os princípios que orientam o relacionamento do Grupo com os principais públicos envolvidos em sua atuação: empregados, clientes, fornecedores, comunidades e governo, entre outros. As empresas do Grupo devem adotar para com os membros da família as mesmas regras (divulgação, preço, forma de pagamento, prazos contratuais, qualidade etc.) fixadas no tratamento com terceiros. Cabe às pessoas ou empresas interessadas em desenvolver relacionamentos de ordem comercial com o Grupo, informar eventual ocorrência de vínculos familiares, pois as transações revistas nesse contexto necessitarão da aprovação prévia do Conselho Executivo do Grupo.

Fernando, Renan, Benedito e Cecília em reunião na Unidade Jacareí – SP

Um dos itens do Código de Conduta diz respeito ao combate à corrupção. As medidas anticorrupção são aplicáveis a 100% das unidades e todos os profissionais, no ato da integração, recebem cópia do Código. O protocolo de recebimento, assinado, fica arquivado no prontuário de cada empregado. No ano, todos os profissionais receberam treinamento sobre o tema. (GRI SO2, GRI SO3) Desde 2006, com a certificação SOX, esse item é avaliado por uma auditoria independente (PricewaterhouseCoopers), na matriz de Entity Level Control. Além disso, todos os meses são realizadas reuniões nas unidades fabris com lista de presença, ata e participação de pelo menos um diretor, nas quais um tema do Código de Conduta é apresentado pelo responsável da unidade. Não há registros na Ouvidoria de casos de corrupção durante o ano. Não há ações judiciais relativas a corrupção. (GRI SO4)

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Políticas públicas A VCP participa de diferentes fóruns, associações e outros grupos que envolvem entidades de diversos setores. O objetivo é tomar parte na elaboração de políticas públicas para a preservação e restauração do meio ambiente e criação de condições de desenvolvimento das comunidades das localidades em que atua. (GRI 4.13) No fórum da Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP), por exemplo, participa como membro da Comissão de Meio Ambiente, que tem como objetivo a discussão de temas sobre mudanças climáticas, projetos de carbono, conservação de energia, resíduos sólidos, recursos hídricos e produção mais limpa, entre outros. Na Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), integra o Comitê de Sustentabilidade e o Comitê de Comunicação, com destaque para discussões sobre o papel das empresas e sua responsabilidade social corporativa, proteção ambiental e posicionamento quanto às reduções de Gases Efeito Estufa. Outra participação importante ocorre no Comitês de Bacias Hidrográficas, cuja idéia central é o de estimular projetos que tragam benefícios e melhorias da qualidade ambiental da própria Bacia. Os resultados deste trabalho vêem trazando ganhos importantes para áreas de interesse público como saneamento básico, prevenção da poluição e educação ambiental. Desde o início da legislação aplicável nossa empresa vem cumprindo seu papel de usuária e pagadora pelo uso da água, participando ativamente dos Comitês e contribuindo para melhor divulgar os benefícios de aderir ao pagamento com a responsabilidade de ver os recursos aplicados na Bacia. Esses comitês também fiscalizam a aplicação dos recursos financeiros arrecadados pela Agência Nacional de Águas, com destaque aos projetos de saneamento básico, recuperação de matas ciliares, biodiversidade e conservação de energia. (GRI SO5)

Entidades do setor •A ssociação Brasileira dos Produtores de Celulose e Papel (Bracelpa) •A ssociação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP) • F undo de Desenvolvimento Florestal de São Paulo • I nstituto de Pesquisa e Estudos Florestais (Ipef) • S ociedade de Investigações Florestais (SIF) •A ssociação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf) •A ssociação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor) •A ssociação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore) •A ssociação Brasileira da Indústria de Formulários (Abraform) •A ssociação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) •A ssociação Brasileira de Tecnologia Gráfica (ABTG) •A ssociação Nacional dos Distribuidores de Papel (Andipa) •A ssociação Nacional dos Profissionais de Venda em Celulose, Papel e Derivados (Anave) •A ssociação Brasileira das Indústrias de Etiquetas Adesivas (Abiea) •A ssociação Brasileira de Automação Comercial (Afrac) • F ederação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) • F ederação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) • CEBDS

Entidades sociais e ambientais • Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social • Grupo Referencial de Empresas Sustentáveis (GRES/Ethos) • Instituto Akatu pelo Consumo Consciente • Conselho Brasileiro de Manejo Florestal (Brasil) • Forest Stewardship Council (FSC) • Global Report Initiative (GRI) • The Forest Dialog/ WBCSD World Business Council for Sustainable Development • Carbon Development Program (CDP) • PNUMA/ONU • Conselho do Núcleo Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar • Conselho da Floresta Nacional de Lorena • Conselho da Floresta Nacional de Capão Bonito • Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) – Câmara Técnica Comitês de bacias hidrográficas • Ceivap – Comitê Federal da Bacia do Paraíba do Sul • Comitê para Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul • Comitê Estadual do Paraíba do Sul (CBH-PS) • Comitê da Bacia Hidrográfica dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) Universidades • Núcleo de Extensão da Esalq – Nace/ Esalq – USP – parceira em projeto sobre agrossilvicultura e gestão participativa da área rural em Joanópolis • UNESP – Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá • UNESP – BOTUCATU • Núcleo de Arqueologia da Universidade Braz Cubas • FAENQUIL – USP • UNITAU • UFV (Viçosa)


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POLÍTICA E PRÁTICAS COM FORNECEDORES A VCP desenvolve uma série de ações que visam ao fortalecimento das relações com fornecedores. Uma delas é o Projeto Aliança, criado para aproximar ainda mais os parceiros de negócios. Os fornecedores são convidados a participar do processo de produção, dos projetos de expansão e da resolução de problemas do cotidiano da Companhia, de forma a estreitar os laços de confiança entre as partes e permitir o desenvolvimento de soluções de sucesso. Fornecedores locais representaram 78,5% do total de compras e contratações realizadas pela Empresa em 2008, considerados como tais aqueles localizados no mesmo estado em que está instalada uma unidade fabril (SP e MS). (GRI EC6) Os contratos são estabelecidos por meio de processo de homologação, que consiste na avaliação de diversos aspectos: saúde e segurança no trabalho, jurídico, comercial, técnico, responsabilidade ambiental, responsabilidade social corporativa e financeiro. O fornecedor é reprovado caso não obtenha nota mínima em alguma das avaliações ou não atinja 70% no cálculo ponderado. O indicador de homologação (em %) é calculado sobre a base de fornecedores estratégicos, que são aqueles de quem a VCP efetua compras acima de R$ 1 milhão/ano, fornecedores de serviços, de listas técnicas (que interferem no produto final) e de logística internacional, além de receptores de resíduos. O processo é válido por dois anos, acompanhado de uma avaliação periódica a cada três meses, o que permite propor um novo plano de ação caso o desempenho não esteja satisfatório.

origem dos fornecedores (% do total das compras)

21,5% 4,7%

73,8%

São paulo mato grosso do sul outros estados

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A base de fornecedores é variável ao longo dos anos (777, 1.272 e 1.006 respectivamente em 2006, 2007 e 2008). Em 2008, o critério adotado considerou a média e não somente o valor pontual. Ao longo dos anos, o processo evolui com critérios mais rígidos. A homologação é auditada com base nas normas ISO 9000 e ISO 14001. Com a aplicação do programa de desenvolvimento de fornecedores, realizado com o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), as compras no Mato Grosso do Sul, que em 2007 representavam 0,17% do total da VCP, passaram a equivaler a 4,7% em 2008. No estado, há um projeto de qualificação de fornecedores locais conduzido pela VCP em conjunto com o Serviço Nacional da Indústria (Senai).

GASTOS COM FORNECEDORES – R$ mil (GRI EC6)

Valor total Fornecedores de São Paulo % fornecedores São Paulo Fornecedores de Mato Grosso do Sul % fornecedores de Mato Grosso do Sul Fornecedores de outros estados % fornecedores de outros estados

2006

2007

2008

1.896.289 1.581.282 83,0 não apurado não apurado 315.007 17

2.071.083 1.817.164 88,0 3.467 0,2 250.452 12

2.275.286 1.678.769 73,8 106.762 4,7 489.755 22

2006

2007

2008

87.101 1.896

45.709 2.071

60.819 2.275

85%

83%

91%

2%

4%

17%

GASTOS COM FORNECEDORES – R$ milhões (GRI EC6)

Número de contratos Volume financeiro (R$ milhões) Contratos que incluíram critérios ou avaliação de direitos humanos Contratos recusados, que exigiram condições de desempenho ou submetidos a avaliações referentes a direitos humanos


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Contratos com parceiros de negócios são acompanhados pelo Código de Ética da VCP, que rechaça práticas discriminatórias e trabalho escravo ou infantil. Em 2008, foram recusados 17% de 61 mil contratos avaliados, por não atenderem aos requisitos de direitos humanos, fiscais e trabalhistas.

Trabalho infantil ou forçado A VCP adota diversas medidas para mitigar o risco de contratação de trabalho infantil ou de manutenção de trabalho forçado nas atividades industriais e florestais, como Minuta Contratual e Avaliação de Responsabilidade Social. Todos os contratos firmados com fornecedores e demais parceiros de negócios são acompanhados do Código de Ética da Empresa, que rechaça qualquer prática discriminatória ou em desacordo com a legislação vigente. O documento traz ainda cláusula específica sobre a proteção ao trabalho, rejeitando o trabalho escravo

e exigindo que sejam cumpridas as legislações trabalhista e previdenciária, além de observações aos diretos humanos. Além disso, a Empresa é signatária do Pacto de Erradicação do Trabalho Escravo. (GRI HR1, HR6, HR7) Em 2008, foram avaliados 60.819 contratos de fornecedores, perfazendo um montante financeiro de R$ 2,3 bilhões. Desse total, 91% incluíram critérios de avaliação de direitos humanos, sendo que 17% foram recusados por não atenderem aos requisitos. (GRI HR2)

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GESTÃO ECONÔMICA Na gestão do caixa e dos riscos financeiros, a VCP utiliza instrumentos derivativos para proteger o fluxo de caixa futuro de oscilações cambiais através de política que permite realizar contratos dessa natureza até o valor nocional (capital de referência em contratos de permuta) de 80% do fluxo de caixa livre operacional em dólares (geração de caixa em moeda estrangeira após o pagamento dos custos e despesas na mesma moeda). Em momentos de significativa desvalorização do real, esses contratos permitem manter um fluxo de recebimentos suficiente para cobrir obrigações. Um eventual efeito positivo da variação do câmbio compensa as despesas decorrentes dos derivativos, não existindo caráter especulativo nessas operações. Os derivativos têm seus vencimentos distribuídos ao longo do tempo. As regras contábeis, entretanto, determinam que seus valores sejam marcados a mercado no fechamento do período, refletindo assim, o valor (positivo ou negativo) do instrumento naquela data, muito embora não haja necessidade de liquidação imediata (recebimento ou desembolso de caixa).

Os derivativos contratados pela VCP não sofrem chamada de margem e o ajuste de caixa só é observado no vencimento do contrato. De forma alinhada à política, no final de 2008, esses intrumentos representavam volume nocional líquido equivalente a 17% do fluxo de caixa operacional em dólar. No acumulado do ano, a despesa líquida da marcação a mercado acumulou R$ 335 milhões. O efeito caixa foi negativo em R$ 121 milhões. A contrapartida dessas operações foi observada no aumento da receita decorrente da desvalorização cambial, em razão dos melhores preços de celulose e dos papéis exportados. Por sua característica exportadora (aproximadamente 60% das receitas indexadas ao dólar), a Companhia também mantém a maior parte do seu endividamento bancário indexado ao dólar americano. Dessa forma, assegurar uma proteção natural (hedge) à exposição da dívida, com recebimentos e obrigações na mesma moeda. Adicionalmente, como parte da estratégia de proteção, no final de 2008, também possuía cerca de US$ 92 milhões em aplicações indexadas ao dólar.


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VCP + ARACRUZ No mês de janeiro de 2009, a VCP anunciou a conclusão da compra do controle acionário da Aracruz Celulose S/A, configurando a criação da maior empresa de celulose do mundo. As famílias Lorentzen, Almeida Braga e Moreira Salles venderam sua participação de aproximadamente 28% no capital votante da Aracruz, assim como o Grupo Safra, detentor de outros 28% de ações com direito a voto da empresa, e cada um dos grupos receberá R$ 2,7 bilhões, em valor nominal, pagos em seis parcelas até julho de 2011. Com a negociação, o Grupo Votorantim e o BNDES, passam a formar o novo bloco de controle da companhia. A operação envolve uma reestruturação societária que contará com diversas etapas até a sua conclusão, culminando com a incorporação de Aracruz por VCP em uma nova companhia que terá capacidade produtiva de 5,8 milhões de toneladas/ ano, mais de 1 milhão de hectares em áreas manejadas, sendo 40% de preservação, cerca

Unidade Florestal do Vale do Paraíba – SP

de 15 mil funcionários (diretos e terceirizados) e aproximadamente R$ 7 bilhões em receita líquida anual. Do ponto de vista de ganhos de eficiência, e de mercado, dentre outros, estudos preliminares indicam que a operação deve gerar uma captura de sinergias da ordem de R$ 4,5 bilhões. Pilar da VCP desde a sua criação, em abril de 1988, a sustentabilidade também continuará como eixo central do negócio. A VCP é integrante do Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa, signatária do Pacto Global da ONU e também integrante do Índice de Sustentabilidade Dow Jones. Tanto Aracruz como VCP também se destacam pelo manejo certificado de suas florestas. Com a fusão entre as empresas, essas práticas ganharão relevância e contribuirão para a formação de uma nova companhia, referência também em sustentabilidade e ecoeficiência, garantindo processos mais limpos e melhorando a qualidade de vida das comunidades onde atua.

Para os dois sócios que farão parte do bloco de controle da nova empresa, a operação é a maturação de um projeto de longo prazo, pois desde o fim dos anos 1980, quando criou a VCP, o Grupo Votorantim tem o setor de celulose como foco e parte de seu core business, sendo natural a sua busca pela consolidação no setor em uma grande operação global. O BNDES, por sua vez, participou da criação e desenvolvimento das principais empresas de celulose e papel do país. É acionista da Aracruz desde a criação da empresa, em 1967, e da VCP, desde 1988, contribuindo para a inserção do País num mercado altamente competitivo e no qual o Brasil sempre teve potencial de figurar como referência.

Informações sobre: Estratégia de Negócios – página 16 e Desempenho Econômico – página 69

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GESTÃO AMBIENTAL Em sua gestão ambiental, a VCP desenvolve iniciativas que buscam o equilíbrio dos impactos provocados por suas atividades no meio ambiente. Para isso, adota programas que visam à conservação da biodiversidade e a ecoeficiência, desenvolvendo políticas e práticas ambientais aplicadas ao seu processo produtivo. ECOEFICIÊNCIA

de ecoeficiência, alinhadas aos princípios da sustentabilidade. O uso consciente dos recursos naturais e o respeito às comunidades de seu entorno sempre fizeram parte da história da Empresa em seus 20 anos de existência e são fatores primordiais para executar o programa P+L (Produção Mais Limpa) nas unidades industriais. Toda madeira utilizada nos processos produtivos é oriunda de florestas plantadas exclusivamente para esse fim. Além disso, grande parte das florestas próprias são certificadas pelo Forest Stewardship Council (FSC – Conselho de Manejo Florestal), que garante o correto manejo, contribuindo para o desenvolvimento sustentável.

Política e práticas ambientais As atividades industriais e florestais são realizadas sob os mais rigorosos critérios

Para incentivar as boas práticas ambientais, os melhores projetos de cada unidade recebem o reconhecimento da

ecoeficiência Compromisso Votorantim com o equilíbrio dos cinco elementos fundamentais para a vida: • Água: consumo menor que 30m³/tsa; • Ar: redução das emissões que causam o aquecimento global e o efeito estufa; • Energia: utilização de recursos naturais renováveis; • Terra: 38% da área preservada e gerenciamento integrado de resíduos sólidos; • Pessoas: desenvolvimento de profissionais considerando principalmente os aspectos dos direitos humanos e a promoção da diversidade.

VCP. Em 2008, foi premiado um projeto de Jacareí, que tem como objetivo o aumento da densidade básica da madeira e a redução do consumo específico com maior produtividade. Como parte da política ambiental, a Companhia procura planejar suas operações visando à melhoria de seus processos atrelada à redução de impactos ambientais negativos e à ampliação dos efeitos positivos. (GRI EN14) A VCP desenvolve várias iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e serviços em suas unidades, englobando ações para otimização do consumo de insumos, redução do descarte de resíduos industriais e melhoria da eficiência energética. (GRI EN6)


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INICIATIVAS DE MITIGAÇÃO DE IMPACTO (GRI EN6, EN10 e EN26)

Água

Energia

Materiais

• Trabalhos de melhoria de eficiência energética na Unidade, conforme indicador EN5; • Reuniões frequentes da Comissão Interna de Consumo de Energia (Cice).

• Trabalhos para redução do consumo de matérias-primas; • Desenvolvimento de matérias-primas com menor impacto ambiental.

Efluentes da ETE.

Perdas energéticas.

Refugo, resíduo efluente com matéria-prima.

• Controle de vazão; • Meta de redução de consumo nos pontos mais críticos (viveiros) – GPD viveiro; • Conceito de reúso integral de água do viveiro RS.

• Utilização preferencialmente de lâmpadas fluorescentes

• Monitoramento da qualidade dos plantios; • Recomendações da P&D.

• Efluentes das quadras e estufas dos viveiros; • Efluentes dos lavadores.

• Lâmpadas fluorescentes e comuns.

• Embalagens de adubos, agrotóxicos e lubrificantes.

• Homologação e avaliação • Monitoramento físico-químico do ambiental do receptor de resíduos; efluente (laudos nos escritórios de • Orientação aos usuários meio ambiente e viveiros); sobre o correto armazenamento • Manutenção preventiva (treinamentos de integração e dos equipamentos (conforme reciclagem, conforme lista de programação da área); presença com DHO, gestores e • Conceito de reúso integral escritório de meio ambiente); de água do viveiro RS; • Segregação dos resíduos; • Palestras informativas e • Palestras informativas e projetos específicos de projetos específicos de conscientização e sensibilização. conscientização e sensibilização.

• Homologação e avaliação ambiental do receptor de resíduos; • Orientação aos usuários sobre o correto armazenamento (treinamentos de integração e reciclagem, conforme lista de presença com DHO, gestores e escritório de meio ambiente); • Segregação dos resíduos; • Substituição de caixas plásticas por caixas de papelão para o envio de mudas ao campo (RS); • Palestras informativas e projetos específicos de conscientização e sensibilização.

Área industrial

Ações para otimizar o consumo e reduzir os impactos do descarte

Descartes

• Segregação de água para reutilização na fábrica (índice de 48% em Piracicaba e 81% em Jacareí); • Exposições e palestras de conscientização para o uso racional da água; • Participação nas Câmaras Técnicas de uso e conservação da água na indústria do Comitê da Bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), em Piracicaba, e do Comitê da Bacia do Rio Paraíba do Sul (CBH-PS/Ceivap), em Jacareí.

Área florestal

Ações para otimizar o consumo

Descartes

Ações para reduzir os impactos do descarte

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IMPACTOS DIRETOS E INDIRETOS (GRI EN12)

Iniciativa

Impacto

Construção ou uso de fábricas, minas e infraestrutura de transporte

Poluição

Não houve Fumaça preta do transporte de madeira; contaminação do solo por vazamento/derramamento de óleos; ruído do transporte de madeira (comunidade do entorno) e lançamento de efluentes dos separadores e viveiros.

Introdução de espécies invasoras, organismos nocivos e agentes patogênicos Conversão de habitat Mudanças em processos ecológicos fora do nível natural de variação Espécies afetadas

Extensão das áreas impactadas

Duração dos impactos Reversibilidade ou irreversibilidade dos impactos

Não houve. Impacto positivo: pastagem em eucaliptocultura e/ou área de conservação. Evolução na estrutura sucessional das florestas nativas, restauração das APPs e retirada das espécies exóticas (pinus) em Capão Bonito. Na fauna pelo aumento durante a vida dos plantios florestais (positivo) e redução parcial no pós-corte (negativo). O impacto em relação à fauna e à paisagem pode ser positivo ou negativo, dependendo da área que será colhida durante o ano, de acordo com o Plano Anual de Colheita (PAC). São positivas as fases de crescimento e manutenção do plantio (estrutura florestal), enquanto o pós-colheita (área aberta) pode representar impacto negativo. Em 2008, foram colhidos 11.989 hectares de florestas e plantados 50.713 hectares. Positivo – aproximadamente durante 7 anos; negativo – aproximadamente 1,5 ano. Reversíveis em razão das etapas de reforma florestal (plantio pós-colheita) e condução florestal (regeneração da cepa do eucalipto). A reforma do plantio possibilita ações de manejo da paisagem, criando mosaicos e conexões entre áreas florestadas.

Ecoeficiência operacional A VCP desenvolve várias iniciativas para ampliar a eficiência de suas operações, reduzir o consumo de materiais e insumos e mitigar os impactos ambientais de produtos e serviços em suas unidades industriais e florestais. O Grupo de Trabalho de Energia, por exemplo, analisa todas as ações e os procedimentos adotados durante um determinado período. A partir dessa avaliação, traça estratégias, metas e planos de ação para todas as unidades fabris. Anualmente, a VCP vem reduzindo o consumo de água bruta em seus processos industriais. Tal resultado é consequência

de um esforço conjunto das unidades, o que permitiu índices de reciclagem e reutilização que chegam a 45% em Piracicaba e 81% em Jacareí.

Periodicamente, são feitas inspeções nos veículos e adotados programas para conscientização dos motoristas e das transportadoras contratadas. (GRI EN29)

Desde 1999, a VCP mede suas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). Ao longo desse tempo, vem investindo em uma matriz energética baseada em combustíveis renováveis, como o licor negro e a casca ou cavaco de madeira, para uso industrial em suas caldeiras. (GRI EN18)

No ano, foram investidos R$ 57,4 milhões em projetos ambientais, sendo R$ 28,4 milhões em investimentos e R$ 23,5 milhões em custeio. O valor consolidado foi 48,6% superior aos recursos destinados em 2007.

O Sistema de Gestão Ambiental monitora os aspectos do transporte de produtos, identificando os impactos provocados por emissões atmosféricas e poluição sonora.


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CONSUMO DE MATERIAIS, ENERGIA E ÁGUA

Melhorias obtidas na Unidade Piracicaba em 2008:

Materiais

• Projeto de melhoria continua para redução em 2,6% na geração de resíduos industriais em 2008;

Como parte do conceito 4R (Repensar, Reduzir, Reutilizar e Reciclar), a VCP desenvolve ações para otimizar a utilização de insumos, em especial para reduzir o consumo de produtos químicos. Na Unidade Jacareí foi possível diminuir, em 14%, o uso de ácido sulfúrico; em 13%, dióxido de cloro; em 7%, soda cáustica e, em 3%, o peróxido de hidrogênio durante o ano de 2008. A Unidade Piracicaba consumiu mais aparas de papel de 2006 a 2008, a partir da utilização das mantas de refugo couché do processo. Em 2008, houve aumento no consumo de celulose, cargas minerais e químicos, devido a uma mudança no mix de produção, por meio de: pequeno aumento no volume de papéis couché; ampliação significativa do papel base para térmicos (baixa gramatura) e início da operação da máquina de revestimento PC3 (novo coater).

Maquina P2 em produção na Unidade Piracicaba – SP

• Otimização da malha de controle do sistema de aplicação de tinta (supply system), minimizando o descarte de formulações em interrupções do processo, com ganho de 104 toneladas de formulação – Projeto P+L; • Redução de 453 toneladas de consumo de celulose no processo, devido a otimizações no processo de depuração da máquina P2; • Redução de 108 toneladas/ano de fibra e formulação devido à reutilização de perdas após quebra de folha no processo de revestimento; • Reaproveitamento de sobra das formulações. (GRI EN26)

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Energia Anualmente, a VCP investe em projetos de eficiência energética através do Grupo de Trabalho de Energia, responsável pelo planejamento das ações no âmbito energético em todas as unidades fabris, onde o sistema de gestão de energia é fortalecido pela Comissão Interna de Conservação de Energia (Cice), que tem por objetivo: • Realização de auditoria energética, com mapeamento de todos os pontos de consumo por área e quantidades; • Elaboração conjunta do cronograma de reuniões, para determinação de atividades a serem desenvolvidas e meta de redução de consumo de energia; • Divulgação mensal dos resultados alcançados; • Envolvimento dos funcionários no programa; • Estudos de reduções energéticas.

As unidades industriais têm dedicado grande esforço para reduzir a participação dos combustíveis de fontes não renováveis na matriz energética, focando a utilização de licor negro e biomassa. Em Jacareí foi elevada significativamente a autoprodução de energia elétrica, em uma usina de cogeração que combina ciclo de gás e ciclo de vapor, modelo de geração mais eficiente do que o convencional (somente ciclo vapor). A Unidade é a única produtora de celulose que utiliza o ciclo combinado. Em 2008, foi alterado o conceito de utilização de vapor no processo de branqueamento, passando de troca térmica por contato direto para troca por contato indireto, recuperando o condensado no tratamento de água das caldeiras. A economia energética no ano foi de 164.007.000 KJ, resultando em aumento de eficiência de 0,69%.(GRI EN7) Em Piracicaba, a eficiência no consumo de gás natural melhorou a partir de 2007, quando a operação começou a trabalhar com uma única caldeira, e não com duas. Nessa fábrica, o consumo de gás está

José Adenílson, módulo de tora, Unidade Florestal Capão Bonito – SP

diretamente relacionado ao tipo de papel produzido e ao mix de produção. (GRI EN7) Em 2008, foram introduzidas várias iniciativas para reduzir o consumo de energia indireta, como parte de um conjunto de ações para redução de despesas que impactaram em ganhos ambientais, como um programa de transporte para otimizar o número de viagens e necessidades de deslocamento de pessoas de Jacareí (SP) para Três Lagoas (MS), em virtude do Projeto Horizonte. Foi instalado um itinerário de ônibus, com saídas semanais, para transporte dos colaboradores entre as unidades. Para a otimização do transporte de profissionais entre Jacareí e São Paulo, foi introduzido um sistema único entre as unidades, o Expressinho. Além disso, os carros da frota podem utilizar combustíveis de fontes renováveis – etanol. Também houve melhora na utilização de recursos, com a ampliação do uso de áudio e videoconferências. (GRI EN7)


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Água Anualmente, a VCP vem reduzindo o consumo de água bruta. Em 2008, o consumo absoluto foi de 34.493.597 m³, o que representa queda de 8,5% em Jacareí e 3% em Piracicaba em comparação a 2007. Na Unidade Piracicaba, a diminuição no consumo reflete maior reaproveitamento de água do processo de fabricação de papel e reúso de água de refrigeração. Através do sistema de captação, bombeamento e refrigeração de água industrial não contaminada no processo. O volume total do recursos retirado da fonte, em 2008, foi de 3.900.112 m³, que representa redução de 2,96% ante o ano anterior. Mais de 45% dessa água é reciclada e reutilizada, percentual que vem crescendo nos últimos três anos. A preocupação em reduzir o consumo de água bruta também faz parte da rotina diária em Jacareí. A Unidade busca continuamente a melhoria de seus processos para identificar oportunidades

Estação de tratamento de esgoto – Unidade Jacareí – SP

de redução. A adoção de reúso de condensado da evaporação e filtrado alcalino das máquinas extratoras de celulose na linha de branqueamento de polpa, permitiu reduzir 295 m³/h de captação de água e lançamento de efluentes. O percentual de água reciclada e reutilizada no ano foi de 81%. O consumo das duas unidades industriais não afeta os rios Piracicaba e Paraíba do Sul. No primeiro caso, a vazão de capacitação de água bruta é em média de 0,17 m³/s e a vazão mínima do rio é de 8,2 m³/s. Em Jacareí, a vazão média de captação de água é de 0,7 m³/s, ante vazão mínima do Rio Paraíba do Sul de 40 m³/s, ou seja, o equivalente a 1,7%. Mesmo não causando impacto, as unidades realizam controles on-line de parâmetros de efluentes, além de um plano de monitoramento hídrico. Também participam do Comitê de Bacias PCJ (Piracicaba, Capivari e Jundiaí) e do Rio Paraíba do Sul. (GRI EN9)

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EMISSÕES, EFLUENTES E RESIDUOS Emissões Atmosféricas Em 2008, o total de emissões diretas de CO2 na Unidade Jacareí totalizou 292.306 toneladas. Na Unidade Piracicaba ocorreu uma regulagem do sistema de combustão da caldeira que permitiu melhoria no aproveitamento energético e, consequentemente, redução de emissão de gases. Considerando as duas fábricas, o total de emissões de CO2 no ano foi de 344.765 toneladas. A Unidade Piracicaba registrou um pequeno aumento nas emissões de GEE no segundo semestre de 2008, em razão da maior geração de vapor para o processo produtivo e aumento do consumo em um novo equipamento de produção (coater na máquina PC3). A Unidade Jacareí também vem reduzindo as emissões de SOx e NOx (óxidos de enxofre e nitrogênio). Para isso, foram instalados queimadores para baixa emissão de NOX, dentro das melhores práticas de controle ambiental disponíveis.. Também houve a conversão da caldeira CBC-80, com base de combustível óleo, para utilização também de gás natural. O consumo de gás R22 (gás freon, ou diclorodifluormetano) foi reduzido em decorrência da utilização de outros gases menos agressivos, como R141B e R134A (gases HFC – Hidroflúor Carbono). Efluentes Hídricos A Produção Mais Limpa e o uso de metodologias Seis Sigma vêm permitindo uma melhoria contínua no lançamento de efluentes e redução do uso de água. Um desses projetos é o reúso de condensado da evaporação e filtrado alcalino das máquinas extratoras de celulose na linha de branqueamento de polpa, na Unidade Jacareí. Com a iniciativa, houve redução de 7.080 m3/dia de captação de água e lançamento de efluentes no Rio Paraíba do Sul. Em Piracicaba, as metas de tratamento de efluentes procuram manter a concentração de DBO e sólidos sedimentáveis em valores 30% abaixo do limite legal. O alcance dessa meta – assim como de outras ambientais – é fundamental para os funcionários terem direito ao Programa de Participação de Resultados (PPR). Resíduos Sólidos Nas unidades fabris, a gestão de resíduos é realizada com base no princípio dos 4Rs (Reduzir, Repensar, Reutilizar e Reciclar). Anualmente, são fixadas metas de redução para as unidades, que, se alcançadas, elevam o Indicador de Desempenho Ambiental (IDA), que é atrelado ao Programa de Participações no Resultado (PPR). Para por em prática esse conceito, a Empresa mantém parceria com o Instituto Akatu. O objetivo é equacionar a eficiência operacional, com relativa diminuição do consumo de ativos ambientais, em uma proposta para que a sociedade também participe dessa discussão e faça a sua parte. Além disso, a VCP desenvolve um amplo trabalho de treinamento interno, para que os funcionários absorvam esses conceitos de ecoeficiência. A Unidade Piracicaba possui 35 monitores ambientais de diversas áreas, que atuam na conscientização e no direcionamento dos profissionais próprios e terceiros, para que separem os resíduos perigosos e trabalhem de acordo com o padrão operacional, definido com a área de meio ambiente da VCP.


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BIODIVERSIDADE O Programa de Conservação de Biodiversidade tem por objetivo conhecer, identificar, monitorar e manejar a biodiversidade contida nas áreas da VCP, observando as particularidades da região em alinhamento com as diretrizes e operações da Empresa. Atualmente, do total de área que a VCP ocupa ou arrenda, aproximadamente 1.700 km2 constituem-se de áreas de conservação, destes 230,8 km² estão localizados dentro ou adjacentes a áreas protegidas ou com alto índice de biodiversidade e em 2008 foram restaurados e preservados 23,37 km² de terras. (GRI EN11, EN13) A estratégia de conservação ambiental fundamenta-se em dois fatores principais: conhecimento do meio no qual a VCP atua e definição das atividades operacionais que são desenvolvidas nestes ambientes. Constantemente são realizados diagnósticos para verificação da quantidade e qualidade das populações, espécies ameaçadas e habitats, além

de monitoramento de emissões e ações corretivas para desvios. A partir dos levantamentos, é feito um planejamento socioambiental das operações para melhoria dos processos, visando reduzir os impactos negativos e ampliar os positivos e restaurar áreas para melhoria das condições ambientais das reservas nativas, incrementando recursos para a fauna e flora. (GRI EN14) Dentre as ações implantadas para viabilizar o Programa de Conservação da Biodiversidade, destacam-se: o Projeto Conserv-Ação que envolve o levantamento de espécies da fauna e flora de todas as áreas de conservação da VCP nas três unidades florestais SP, MS e RS, bem como monitorar os indicadores do estado ambientais de cada uma. Um dos itens analisados é a presença de espécies ameaçadas de extinção, para tanto a VCP mantém o Programa de Proteção de Espécies Raras e Ameaçadas de Extinção, que inclui projetos específicos nas unidades florestais com algumas dessas espécies. Estes projetos são definidos com base nos levantamentos

Agricultor, Sr. José Ferreira – Projeto Sementes do Futuro – Unidade Florestal Capão Bonito – SP

anteriores. Espécies ameaçadas estudadas atualmente são o Pequi na Unidade Florestal Três Lagoas, o Muriqui (primata) estudado na Unidade Florestal de São Paulo na região do Vale do Paraíba e o papagaio-verdadeiro em Itapeva na região de Capão Bonito. O Projeto de Conservação do PapagaioVerdadeiro (Amazona aestiva) inclui, além do monitoramento dos grupos e censos periódicos, a instalação de 50 ninhos artificiais – tanto em áreas da VCP como em propriedades vizinhas, pois a proximidade destes ninhos das residências diminui o número de saques causados por aqueles que praticam o trafico de animais. Em adição a isto os ninhos naturais são monitorados e os filhotes anilhados. Paralelamente ao estudo ecológico é feito um trabalho de Educação Ambiental para conscientização e sensibilização das comunidades que vivem próximas às áreas de ocorrência da espécie.

Informações sobre: Estratégia Climática – página 17 e Desempenho Ambiental – página 81

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GESTÃO SOCIAL A Gestão Social da VCP é direcionada para o relacionamento com seus públicos de interesse – profissionais, governo e sociedade e clientes – no que se refere à excelência das iniciativas e respeito aos direitos humanos. PÚBLICO INTERNO Desenvolvimento do capital humano Em 2008, profissionais da VCP participaram de atividades da Academia de Excelência, criada para promover o desenvolvimento das pessoas de forma a sustentar a perenidade e a geração de valor do Grupo Votorantim. Ela está estruturada em três grandes centros de capacitação: a Escola Introdutória, focada na formação dos trainees e dos profissionais do Grupo; o Centro de Liderança, para desenvolvimento do Perfil do Líder Votorantim; e os Centros Técnicos, direcionados à formação e preparação dos profissionais do Grupo nas competências técnicas críticas para os desafios dos negócios. Com o objetivo de capacitar os novos profissionais para atuação na fábrica de celulose de Três Lagoas, houve crescimento da média de horas de treinamento por funcionário em relação aos anos anteriores e maior concentração para o público operacional.

Desde 2001, é mantido um Programa de Especialização em Celulose e Papel (nível de pós-graduação), criado com o objetivo de proporcionar habilitação técnico-científica aos profissionais, desenvolvendo a capacidade de pesquisa e criação nas áreas de conhecimento da tecnologia de celulose e papel. Desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), o programa tem carga horária de 390 horas. Outra iniciativa é o Programa de Formação em Técnico de Celulose e Papel, para capacitar profissionais de nível operacional. A primeira turma habilitou 72 profissionais, entre os anos de 2005 e 2007, com carga horária total de 3.270 horas e investimento de R$ 310.650,00. A segunda turma, iniciada no ano de 2007 e com previsão para conclusão em 2009, também está capacitando 72 profissionais. Em 2008, foram aplicados R$ 4,6 milhões em programas de treinamento, valor 12% acima do ano anterior. O número de participações foi de 22.155, perfazendo um total geral de aproximadamente 563.190 horas de treinamento. Empregabilidade – Dois programas visam ao desenvolvimento contínuo dos profissionais, apoiando sua empregabilidade: concessão de bolsas de estudos e de bolsas de idiomas. Eles foram criados para possibilitar o crescimento individual e o aprendizado organizacional, além de amparar a atuação da Empresa em âmbito global.

O programa de bolsa de estudos prevê subsídio para cursos técnicos, de graduação e pós-graduação. O programa de idiomas concede bolsas principalmente para o aprendizado de inglês. Em 2008, foram contemplados 284 profissionais e o valor investido foi de R$ 552.474,00 para o Programa de Bolsa de Estudos. Para o Programa de Idiomas, foram contemplados 89 profissionais, com o total investido de R$125.149,96. Desde agosto de 2007, a VCP investe também em um projeto de Educação de Jovens e Adultos (EJA), no Mato Grosso do Sul, com o objetivo de capacitar os profissionais que não concluíram os ensinos Fundamental e Médio. A Empresa cobre 100% do custo com as mensalidades, além de ajuda para transporte e lanche. É mantida ainda uma política que prevê o serviço de recolocação (outplacement) para os profissionais desligados de cargos de gerência e diretoria, que varia de nove meses a um ano. Em agosto de 2008, o benefício foi concedido a profissionais desligados em funções de coordenação, após a reestruturação da área de Papel. Em dezembro de 2008, foi promovido um workshop de apoio à recolocação para profissionais desligados nesses níveis hierárquicos, em decorrência de reestruturação de várias áreas. (GRI LA11)


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Crescimento individual e aprendizado sobre a organização são os objetivos dos programas de desenvolvimento contínuo, que buscam ainda amparar a atuação internacional da companhia. Em 2008, as atividades de treinamento somaram 563,2 mil horas, com média de 194 horas de participação por profissional.

Avaliação de desempenho – O Sistema de avaliação SDV foi adotado de forma coorporativa a partir de 2005, quando começaram a ser avaliados os diretorespresidentes das Unidades de Negócio do Grupo. Desde então, passou a ser disseminado para os demais níveis hierárquicos, contemplando, até o final de 2008, todos os gerentes, coordenadores e consultores. No ano, 40,67% dos profissionais da VCP receberam análise de desempenho e de desenvolvimento de carreira. (GRI LA12)

Em 2008, foi realizado o 2º Ciclo de Avaliações de Líderes, que constou de autoavaliação, avaliação do gestor e de subordinados. Para compor os resultados, foram incluídas avaliações de potencial, conduzidas pela consultoria Korn Ferry, que permitiram elaborar uma matriz Nine Box, (nove quadros) que relaciona o potencial de crescimento e o desempenho desses profissionais. Foi realizado ainda o mapeamento de sucessores para as posições críticas, com a definição do Plano de Desenvolvimento Individual (PDI).

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Comunicação A VCP preza pela transparência na comunicação com seus públicos de interesse e em especial com seus empregados. Para isso, mantém vários canais para prestar informações sobre suas atividades e assuntos relevantes que impactem a vida dos colaboradores. Entre eles estão duas publicações: a revista ÉVocê, publicada como encarte do jornal do Grupo Votorantim Nosso Grupo, e o jornal Entre Nós, com conteúdo específico para cada uma das unidades da VCP.

A internet também tem sido utilizada para comunicação rápida, por meio das ferramentas de e-mail (Informe Executivo, boletim Já, newsletter Votorantim Global e Comunicado Departamento Informa) e do Portal VCP Net. Além desses canais, são realizados eventos presenciais periódicos – como o Encontro com o Presidente, Encontro com a Diretoria e o Espaço Aberto – e é mantida uma Ouvidoria, aberta a todos os profissionais e demais stakeholders da VCP.

O Encontro com o Presidente, realizado uma vez por ano em cada unidade, promove o diálogo direto entre os profissionais e o diretor-presidente da Empresa, em que são discutidos resultados e desafios e abertas sessões de perguntas e respostas. Já o Espaço Aberto reúne mensalmente líderes informais e formadores de opinião. Críticas, sugestões, dúvidas e comentários gerais são feitos abertamente e registrados em ata distribuída aos gestores das Unidades e à Diretoria da Empresa, que asseguram um retorno a respeito de todas as questões registradas.

Diferentes canais promovem o diálogo entre a VCP e seus profissionais, em um processo que busca ampla transparência na comunicação. Informações sobre as atividades da empresa e fatos relevantes dos negócios são temas de reuniões com diferentes instâncias, de publicações impressas, da internet e intranet.

Sr. João – Fardo de Papel – Unidade Piracicaba – SP


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Contratação local

Saúde e segurança ocupacional

O Encontro com a Diretoria foi retomado em 2008. Na ocasião, os profissionais puderam conhecer melhor os desafios de cada área de atuação através do diálogo com o líder responsável pela operação e ainda foram apresentadas as atividades de DHO.

Em todos os recrutamentos, a VCP prioriza a busca de candidatos da cidade e/ou região, sobretudo no Mato Grosso do Sul e no Rio Grande do Sul. Apenas quando não consegue preencher os pré-requisitos da vaga, seleciona candidatos de outras localidades.

Com o objetivo de manter o contato e atendimento aos funcionários que atuam na atividade florestal, a VCP criou, em 2008 o DHO Móvel, uma equipe dedicada que realiza visitas regulares aos colaboradores que desempenham atividades na área florestal, circulando nas fazendas das 4h às 24h.

Para a parte operacional busca recrutamento interno, com treinamento específico para adequação à função. No caso de Três Lagoas (MS), o treinamento foi ministrado na Unidade Jacareí, que mantém a mesma natureza da fábrica então em construção. Quando a Empresa não tem estrutura interna, busca no mercado profissionais com o perfil desejado.

Promover a saúde e a segurança dos profissionais contratados é uma das prioridades da VCP, que desenvolve eficazes programas de treinamento e prevenção de acidentes de trabalho. O sistema de gestão de segurança e saúde no trabalho prevê uma série de ferramentas de prevenção de acidentes e de doenças ocupacionais. Exemplos são a Comunicação de Condições e Práticas Abaixo do Padrão (Pockets), os Formulários de Observação de Tarefa (ORT) do Módulo de Comportamento Seguro, as inspeções regulares e aleatórias de segurança, o 5S Total – que inclui aspectos relacionados ao cumprimento das Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho – e as reuniões de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e Comissão Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural (Cipa TR).

Os atendimentos visam suprir as necessidades e esclarecer dúvidas dos colaboradores em todas as funções de Recursos Humanos, tais como Folha de Pagamento, Benefícios, Remuneração, Treinamento e Desenvolvimento, Segurança do Trabalho, Comunicação e Inovação. No ano, foram realizados 2.169 atendimentos para mais de mil profissionais.

A Companhia desenvolve também programas de qualificação dos possíveis candidatos. Em Três Lagoas (MS), foram formadas 250 pessoas da comunidade local em cursos técnicos de celulose, química, mecânica, instrumentação e eletrônica, pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), para o quadro de operações e manutenção da fábrica de celulose. Para atender à demanda, o Senai do Mato Grosso do Sul fez parceria com outros do Rio de Janeiro e de São Paulo. A Companhia construiu/financiou dez salas no Senai, que foram transferidas à entidade no final do projeto. Esse trabalho foi iniciado em abril de 2007 e finalizado em fevereiro de 2008. A fábrica absorveu, em 2008, 107 pessoas das 250 treinadas. O contingente não aproveitado pelas áreas de operação e manutenção tem sido absorvido por prestadores de serviços, além de ser avaliado para demais áreas, como DHO, Logística e Colheita. (GRI EC7)

Um Comitê Central de Segurança e Saúde no Trabalho reúne-se mensalmente para avaliar as condições de trabalho, identificar pontos de melhoria e encaminhar soluções. Ele é coordenado pelo gerente corporativo de Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho e tem a participação dos responsáveis técnicos pelas unidades industriais e florestais (engenheiros de segurança, técnicos de segurança, médicos e enfermeiros do trabalho).

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Os Comitês de Segurança de Células reúnem-se mensalmente, com a participação de representantes de segurança, de meio ambiente e de ergonomia das células de produção. Cada unidade também mantém um Comitê de Gerenciamento de Segurança, cujas reuniões têm periodicidade bimensal. É conduzido pelo gerente-geral da unidade, com a participação de todos os gestores e do time de Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho. Em todas as reuniões dos comitês são lavradas atas, enviadas para todos os participantes e disponibilizadas em rede. Há também um Comitê de Segurança de Terceiros, com o objetivo de avaliar as condições de trabalho dos empregados terceirizados. O percentual de empregados representados em comitês formais de segurança e saúde – compostos por gestores e trabalhadores – que ajudam no monitoramento e aconselhamento sobre programas de segurança e saúde ocupacional é superior a 75%. Desde 2004 com a adoção do Sistema de Gestão de Saúde, Segurança e Meio Ambiente do Sistema de Gestão Votorantim (SGV), 100% dos profissionais estão representados pelos vários comitês da área de HSMT: comitês de células, comitês de ergonomia, comitês de qualidade de vida, comitê de gerenciamento, Cipa e Cipa TR. (GRI LA6) Os acordos sindicais preveem que a empresa forneça gratuitamente Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), treinamentos em caso de Incêndio e direito de recusa ao trabalho por risco grave ou iminente à integridade física do profissional. (GRI LA9) Em 2008, foram registrados 30 acidentes com afastamento, com um óbito de terceiro atingido por descarga elétrica durante uma tempestade. Nos últimos três anos houve uma queda de 40% no número de afastamentos e de 28,6% na taxa de lesões.

Todos os acidentes ou incidentes ocorridos são tratados de acordo com sistemática prevista pelo Sistema de Gestão de SSMA, que inclui Notificação Preliminar de Acidente/Incidente, formulário em que todos os acidentes e incidentes são notificados para os profissionais de segurança da VCP e para as lideranças de 2 a 24 horas após a ocorrência, de acordo com sua gravidade. Em um segundo momento, todos os acidentes e incidentes são analisados e investigados por meio da metodologia de Árvore de Causas, com auxílio da Técnica de Análise Sistemática de Causas (TASC-DNV®). A partir dessa avaliação, planos de ação são estabelecidos para evitar a recorrência, conforme padrão fixado pela Política Corporativa de Segurança e pelo Sistema de Gestão de SSMA do Sistema de Gestão Votorantim. As condições de segurança são medidas pelo Índice de Desempenho em Segurança, que tem quatro variáveis com pesos diferenciados. As variáveis proativas (taxa de aplicação de ações de segurança e índice obtido no programa de Comportamento Seguro) recebem peso maior que as variáveis reativas (Taxa de Frequência de acidentes com e sem afastamento e Taxa de Gravidade de acidentes). Com o suporte dessas ferramentas, a Empresa busca diminuir o número de acidentes e a Taxa de Frequência. A meta é reduzir esse indicador para menos de um acidente por 1 milhão de homens/horas trabalhadas até 2010.


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Regras de Ouro de Segurança – Procedimentos definidos com a participação dos profissionais da Empresa (próprios e terceiros) e que têm como foco as atividades com risco de acidentes graves. São definidas de sete a dez Regras de Ouro em cada unidade ou processo. O descumprimento das diretrizes inicia um processo de gestão de consequências que pode acarretar advertência e até mesmo demissão. O objetivo é garantir que todo e qualquer trabalho seja realizado sob padrões absolutamente rígidos de segurança, visando à preservação da saúde e à qualidade de vida do profissional. Movimento Alerta – Outra iniciativa direcionada à conscientização dos profissionais para a valorização da vida é o Movimento Alerta. Uma iniciativa do Grupo Votorantim, ele visa padronizar a comunicação em segurança para todas as unidades do Grupo. A mensagem principal está focada no slogan “Acidentes só acontecem para quem passa dos limites”. Trata-se de uma comunicação visual bastante simples e objetiva que aborda normas e procedimentos de segurança, evitando a exposição desnecessária ao risco e, portanto, zelando pela segurança, saúde e pelo bem-estar individual e dos colegas de trabalho. Programa Estrada Segura – Desde 2004, quando a VCP incluiu em seu Sistema de Gestão de Saúde e Segurança os terceiros fixos, tem registrado melhorias no desempenho de segurança desse público, verificadas também na forma de crescimento do número de profissionais de segurança locados nessas atividades.

Uma das iniciativas de destaque nesse processo é o Programa Estrada Segura. Lançado em 2005, tem como objetivo ampliar a segurança dos trabalhadores das empresas prestadoras de serviços de transporte, que percorrem juntas mais de 200 mil quilômetros por dia, com cargas delicadas e muitas vezes perigosas, e inclui a distribuição do jornal VCP na Estrada com Segurança. Os resultados alcançados são positivos. Em 2006, o índice era de 1,58 acidente por milhão de quilômetros rodados – padrão mundial. Em 2007, caiu para 1,21 e, em julho de 2008, baixou para 0,91. Prevenção e controle de risco de doenças (GRI LA8) O Programa + Vida, lançado em junho de 2003, visa favorecer uma atitude proativa de todos os profissionais e seus familiares, por meio de ações de promoção da saúde, atividade física, lazer e cultura, buscando a melhoria da qualidade de vida. A iniciativa, pioneira, foi baseada no levantamento dos hábitos de vida e de saúde dos funcionários da VCP, por meio de exames laboratoriais e questionário sobre estilo de vida. O programa também possui métodos para avaliar e acompanhar os resultados, e em 2008, 8.347 profissionais e familiares tiveram acesso a alguma atividade do Programa. Conduzido em quatro frentes (+Família, +Saúde, +Movimento e +Cultura), o programa conta com a participação dos comitês instalados nas unidades, constituídos por aproximadamente 40 profissionais que atuam de forma voluntária. O +Saúde inclui ações como:

Orientação nutricional – Atendimento individualizado com nutricionistas. Até o final de 2008, a iniciativa havia atingido 2.675 profissionais, que juntos perderam 5.741,4 kg. Programa para Gestantes – Em sete módulos, o programa aborda assuntos como gestação, sinais e sintomas do trabalho de parto, tipos de parto e anestesia, nascimento, puerpério, amamentação, cuidados com o bebê e interação mãe e bebê. O treinamento é ministrado pelos profissionais de enfermagem da empresa e aberto as profissionais gestantes, esposas de profissionais, provedoras gestantes e esposas de provedores. Saúde da Mulher – Ação de sensibilização que, por meio de palestras e bate-papos, aborda temas relevantes, como câncer de mama e útero, TPM e direitos da mulher. Saúde do Homem – A versão Saúde do Homem engloba assuntos como exames preventivos e controle do estresse. Aids – A Empresa realiza anualmente um evento de conscientização no Dia Mundial de Luta contra a Aids (1º de dezembro). Há também a abordagem do tema por ocasião das Semanas Internas de Prevenção de Acidentes, seja no âmbito industrial, administrativo ou rural. Todos os preceitos éticos pertinentes aos eventuais portadores do vírus HIV ou da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida são seguidos pelo serviço médico da VCP. A Empresa garante o trabalho desses profissionais, enquanto apresentam condições clínicas e psicológicas compatíveis com sua atividade profissional, sem qualquer tipo de discriminação e prestando todo o acompanhamento necessário.

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PRÁTICAS TRABALHISTAS Tratamento para dependência química – É mantido convênio com clínica especializada para tratamento de dependência química, tanto em regime de internação como ambulatorial, que abrange todos os profissionais próprios e seus respectivos familiares. Ergonomia – O processo ergonômico da VCP foi pensado com o objetivo de promover a melhoria gradativa e consistente das condições de trabalho, acompanhando sistematicamente as mudanças tecnológicas, organizacionais e processuais. Há comitês de ergonomia compostos por profissionais das diferentes áreas, que atuam voluntariamente no desenvolvimento do mapa ergonômico da Empresa, identificando pontos críticos passíveis de melhorias, fazendo o estudo do impacto financeiro das possíveis mudanças e acompanhando as queixas dos profissionais, identificando nelas a existência de possíveis fatores ergonômicos. A abordagem feita pelo Processo Ergonomia permite controlar o risco pela introdução de mecanismos de intensificação das tarefas ou instalação de pausas compensatórias, além da ginástica laboral, realizada em todos os setores da Empresa duas vezes ao dia. Paralelamente, é mantido em Jacareí um serviço interno de fisioterapia, reabilitação e condicionamento físico, para promover melhor tratamento e pronta recuperação dos profissionais acometidos por doenças osteomusculares das mais diversas etiologias, bem como propiciar um melhor condicionamento físico.

Programa de Apoio ao Empregado (PAE) – Introduzido em 2008, oferece assistência profissional e confidencial a qualquer tipo de problema que possa comprometer a saúde e o bem-estar dos profissionais VCP e de seus familiares. Inclui assistência a problemas conjugais, familiares, emocionais, financeiros, legais, dependência de álcool/drogas e outros.

No final de 2008, a VCP mantinha 7.742 profissionais, entre próprios, terceiros permanentes e temporários, além de 6.836 atuando em projetos, a exemplo da construção da fábrica de celulose em Três Lagoas (MS). Em relação ao ano anterior, houve crescimento de 1,15% do quadro geral e foram abertos 162 novos postos de trabalho próprios.

+Movimento – Ação de incentivo à atividade física. A ginástica laboral está implantada em 100% das unidades VCP. Anualmente, a empresa realiza uma semana dedicada à conscientização sobre a importância da atividade física, até mesmo através de mudanças simples de hábito, como usar as escadas e percorrer pequenas distâncias a pé.

O número de contratos de terceiros permanentes diminuiu 1,5% em relação a 2007, totalizando 4.838 profissionais. Contudo, o número de contratos de terceiros para projetos cresceu 56%, grande parte em razão do avanço nas obras do Projeto Horizonte. (GRI LA1)

+Família – Envolve ações educativas com filhos de profissionais. Divididos em duas faixas etárias – de 5 a 11 e de 12 a 17 anos –, o evento tem como objetivo conscientizá-los sobre temas relacionados à qualidade de vida, como alimentação saudável, drogas e orientação sexual. +Cultura – Promove ações de incentivo à leitura, ao teatro e ao cinema.

Em 2008, 45% do quadro de pessoal próprio da VCP era composto por funcionários com até três anos de casa. Do total, 83% eram homens e 17% eram mulheres, sendo 37% deles com idades entre 31 e 40 anos. A taxa de empregados com nível de escolaridade superior era de 34%; a maioria, 51%, possuía nível médio. Durante o ano, 824 profissionais deixaram a Companhia e o quadro médio de empregados manteve-se em 2.823 pessoas, representando um turnover de 29,19%.


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Perfil do profissional próprio VCP Gênero

Tempo de serviço (anos)

17% 9% 83%

45%

22% 24%

Homens

até 3

mulheres

de 4 a 10 de 11 a 20 acima de 20

Escolaridade

Idade (anos)

15% 34%

22%

6%

51%

35% 37%

fundamental

de 18 a 30

médio

de 31 a 40

superior

de 41 a 50 acima de 50

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Remuneração A política salarial da VCP se baseia nos acordos coletivos e em pesquisas de mercado realizadas anualmente pelo Grupo de Recursos Humanos das empresas do segmento papeleiro e de celulose. Além de remuneração fixa, mantém programas de incentivo, como participação nos resultados (PPR), oferecido aos funcionários em virtude da superação de metas estabelecidas e de remuneração variável (PRV), que contempla profissionais em cargos executivos. (GRI LA3) Benefícios Para agregar mais qualidade de vida aos profissionais contratados, com prazo determinado (temporário) ou indeterminado, a VCP oferece um pacote de benefícios adicionais: (GRI LA3) • Assistência odontológica; • Kit escolar; • Auxílio-creche; • Auxílio por filho especial; • Seguro de vida; • Auxílio-funeral; • Convênio farmácia (unidades fabris e florestais); • Brinquedos de Natal; • Assistência médica; • Vale-refeição (somente no escritório central); • Alimentação em restaurante próprios (unidades fabris e florestais); • Cartão-alimentação; • Transporte fretado (unidades fabris e florestais); • Vale-transporte.

Outro benefício é o plano de previdência privada VotorantimPrev, mantido pela Fundação Senador José Ermírio de Moraes (Funsejem), entidade fechada sem fins lucrativos, auditada por auditor independente e regularmente pelo Conselho Fiscal. Os participantes optam por um percentual de contribuição que varia de 0,5% a 6% do salário e a patrocinadora efetua contrapartida das contribuições, que são limitadas a 1,5% para quem ganha até 15 Unidades de Referência do Plano. Aos que estão acima dessa faixa, a Empresa contribui até o limite de 6%. O custo da patrocinadora pode variar de acordo com as alterações do percentual de contribuição dos participantes. Relações com a Empresa Todos os funcionários próprios da VCP são contratados em regime de Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e abrangidos pelos Acordos ou Convenções Coletivas, independentemente de sua condição de associado ou não a sindicatos de trabalhadores ou de tempo de empresa. (GRI LA4) A VCP procura manter o prazo de 11 semanas para notificação referente a mudanças operacionais, apesar de esse aspecto não estar especificado em acordo coletivo. As mudanças operacionais são avaliadas sob duas dimensões: construção da mudança e operacionalização após a mudança. (GRI LA5) Em nenhuma atividade desenvolvida na VCP há risco de os empregados não exercerem sua liberdade de opção para se associar ou não a qualquer entidade reconhecida legalmente. As negociações coletivas acontecem sempre com a representação do sindicato de trabalhadores da categoria, o que dá legitimidade aos acordos ou convenções firmadas. O Código de Conduta garante esses direitos e respeita essa liberdade. (GRI HR5)

total de colaboradores sindicalizados

1.171 757

2006

2007

677

2008


VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Diversidade e igualdade de oportunidades (GRI LA13 e LA14) Em 2008, a VCP deu sequência ao programa iniciado em 2006 para contratação de pessoas portadoras de deficiência, seguindo a legislação que prevê destinar de 2% a 5% dos postos de trabalho a profissionais com esse perfil, de acordo com o número total de funcionários da unidade. No fim do exercício, 102 pessoas com deficiência integravam o grupo de profissionais próprios da VCP. Segundo o último censo de profissionais, realizado em 2008, que coletou dados sobre o perfil de cor com base na autodeclaração, 84,4% das pessoas empregadas diretamente pela VCP são brancas, 14,5% negras (pretas ou pardas) e 0,9% amarelas.

Direitos humanos O respeito aos direitos humanos guia o relacionamento da VCP com seus diversos públicos, é um de seus valores e considerado tema fundamental no desenvolvimento de suas atividades. As diretrizes éticas e de garantias de respeito à vida estão reunidas no Código de Conduta, que dissemina o posicionamento da VCP e de todas as empresas do Grupo Votorantim contra quaisquer tipos de constrangimento. No acompanhamento dessas questões atua a Ouvidoria, responsável por orientar os profissionais e as partes interessadas na busca de esclarecimentos e soluções para assuntos de caráter ético, comportamental ou em desacordo com o Código de Conduta. Em 2008, a Ouvidoria recebeu a denúncia de um caso de discriminação

racial na Unidade Três Lagoas. A ação foi presenciada por vários profissionais do local e resultou na dispensa do autor da infração, um exemplo prático do funcionamento da política, gestão e mecanismos de controle. (GRI HR4) Também é promovida a capacitação dos profissionais em direitos humanos – atividade em que o número de horas praticamente triplicou de um ano para o outro. Adicionalmente, 100% do pessoal de segurança é submetido a treinamento nas políticas ou procedimentos da Organização relativos a aspectos de direitos humanos relevantes para as operações, anualmente. (GRI HR8)

Alexandre, José Antônio, Devair, Felipe, Edson Carlos, Julio e André Mauricio em treinamento da Brigada de emergência na Unidade Piracicaba – SP

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GOVERNO E SOCIEDADE Políticas e práticas sociais

Gestão de impactos (GRI SO1)

O relacionamento da VCP com seus diferentes públicos é pautado por diretrizes que prezam pela ética e pela transparência. Atuando de forma responsável e sempre aberta ao diálogo, busca atender às necessidades e expectativas de todas as partes envolvidas em seus negócios.

Em 2008, a VCP colocou em prática programas para avaliar os impactos diretos e indiretos de seu manejo florestal em comunidades locais. O processo considera os aspectos antes, durante e depois das operações.

O cumprimento de leis, normas e compromissos assumidos está baseado no Código de Conduta, que assegura a integridade, qualificação e valorização dos profissionais. Esses princípios também se aplicam às práticas trabalhistas e de trabalho decente, na busca de garantia aos direitos humanos, na gestão da cadeia produtiva e nos relacionamentos com governos, sociedade e comunidades com as quais interage. Da mesma forma que põe em prática essa filosofia, a VCP também a exige de seus pares de negócio. Os contratos com fornecedores e demais parceiros são rigorosamente fiscalizados, a fim de que todas as obrigações sociais sejam cumpridas. Para se aproximar ainda mais do público externo, a Companhia criou a Ouvidoria que, entre outras funções, atua como canal de denúncias relacionadas à atuação da VCP e à conduta de seus profissionais. Além da Ouvidoria, a VCP disponibiliza a Linha Verde, em Jacareí e linhas “0800”, canais de contato para partes interessadas situadas em localidades onde VCP atua que permitem o registro de informações, demandas ou sugestões das comunidades às equipes de meio ambiente florestal e industrial.

Uma das medidas adotadas no ano foi a comunicação prévia com as comunidades sobre a passagem dos caminhões de carga. Agentes da VCP vão até essas localidades e discutem a melhor maneira de executar a tarefa, causando o menor impacto possível no dia a dia da população local. Em Jacareí, as principais ocorrências são reclamações quanto ao odor e ruídos no entorno. Em relação aos ruídos, a Unidade minimizou as ocorrências por meio de investimentos em sistemas abafadores. Quanto ao odor, o nível tem-se mantido constante, sem grandes variações. Não há registro de reclamação sobre a produção de papel em Piracicaba. Cronogramas e ações preventivas e corretivas, resultantes do processo de facilitação do diálogo, são registrados no sistema de gestão on-line da VCP. Da mesma forma, todas as reuniões e ações realizadas nas comunidades são documentadas em atas e planilhas que ficam arquivadas no Departamento Florestal, em São Paulo.


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Cidadania e filantropia corporativa

Relações com a comunidade

A VCP possui uma política corporativa que estabelece critérios para doações, inclusive de caráter político-partidário. O documento está disponível na intranet da Companhia e deve ser seguido por todos os funcionários. O processo baseia-se no manual A responsabilidade social das empresas no processo eleitoral, publicado pelo Instituto Ethos e pela Transparency International. Em 2008 a VCP doou R$ 255.128 a projetos sociais.

No processo de comunicação aberta adotado pela VCP, o diálogo com as comunidades das regiões nas quais está presente é parte importante das tomadas de decisão. A Companhia busca participar ativamente da discussão de problemas locais e do encaminhamento de soluções, assim como contribuir com melhorias na infraestrutura que favoreçam o desenvolvimento local.

A legislação vigente sobre financiamento de campanhas eleitorais e de partidos políticos indica que doações de empresas para comitês financeiros são limitadas a 2% do faturamento bruto do ano anterior à eleição. No caso da VCP, em 2008 o percentual de doações para partidos políticos representou 0,023%. No site do Tribunal Superior Eleitoral são divulgados os nomes de todos os candidatos que receberam doações da Empresa, com o respectivo valor doado e informações sobre o número da Nota Fiscal. Além disso, para o público interno envolvido no processo foram divulgados os nomes dos candidatos que receberam a aprovação da Diretoria. A doação é basicamente em forma de papéis. Em 2008, três candidatos também receberam doações em dinheiro. (GRI SO6)

Nesse sentido, o controle dos impactos é passo fundamental nos negócios. Em 1998, a Empresa criou o Programa de Educação Ambiental e Relacionamento com a Comunidade, que funciona por meio de Núcleos de Educação Ambiental (NEAs). Além de serem centros disseminadores de informações ambientais, os NEAs também funcionam como ponto de apoio para esclarecer dúvidas das comunidades em relação aos processos produtivos e à atuação da Empresa. Contam ainda com bibliotecas e realizam diversas atividades educacionais e culturais. No final de 2008, a VCP mantinha sete núcleos, localizados em Santa Branca (SP), dois em Capão Bonito (SP) – sendo um na fazenda e outro na cidade –, em Jacareí (SP), Piracicaba (SP), Três Lagoas (MS) e Capão do Leão (RS), além de uma unidade móvel, criada para percorrer os municípios de atuação no Vale do Paraíba, no interior de São Paulo. Com foco em educação ambiental, a VCP desenvolveu o Jornaleco, um informativo mensal voltado para escolas da rede pública de ensino, onde a VCP possui fábricas e bases florestais (formato impresso). O público do informativo é formado por alunos e professores da rede pública de ensino (estaduais e municipais) e filhos de profissionais próprios e provedores.

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Direitos humanos

Direitos indígenas Pela primeira vez em 20 anos, a VCP está próxima a uma comunidade indígena. Trata-se da Tribo Ofaié, ou Povo do Mel, localizada no município de Três Lagoas. A VCP abraçou a causa e iniciou um projeto de regularização da escola existente na tribo e resgate da línguamãe. O projeto, executado em parceria com a ONG Instituto Cisalpina, conta com a participação de antropólogos das Universidades de Campo Grande e Brasília. Seus objetivos são: • Regularização da escola; • Introdução do Ensino Fundamental completo, para as crianças em idade regular de ensino-aprendizagem (6 a 14 anos);

• Introdução da Educação de Jovens e Adultos (EJA), para adolescentes, jovens e adultos (maiores de 15 anos); • Execução de cursos instrumentais; • Execução de oficinas de prevenção de DST/Aids. O projeto é de longo prazo. As primeiras reuniões com a tribo foram realizadas em 2008, para levantar as necessidades e expectativas de seus integrantes. Não há informação de casos de violação de direitos dos povos indígenas. (GRI HR9)

A VCP está ciente dos riscos de contratação de mão de obra infantil e de trabalho forçado nas atividades industriais e florestais e adota diversas medidas para mitigá-los, como Minuta Contratual e Avaliação de Responsabilidade Social. Todos os contratos firmados com fornecedores locais e demais parceiros de negócios são acompanhados do Código de Ética, que rechaça qualquer prática discriminatória ou em desacordo com a legislação vigente. Os fornecedores internacionais também são convidados a responder o documento de avaliação. O contrato traz ainda cláusula específica sobre a proteção ao trabalho, rejeitando o trabalho escravo e exigindo que sejam cumpridas as legislações trabalhista e previdenciária, além de observações aos diretos humanos. A Empresa também é signatária do Pacto de Erradicação do Trabalho Escravo. (GRI HR1, HR6, HR7)

Ana Paula e Fabíola Andresa, alunas de uma escola local, em atividades no Núcleo de Educação Ambiental (NEA) da Unidade Jacareí – SP


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INSTITUTO VOTORANTIM

Investimento Social Externo

A VCP atua alinhada às diretrizes do Instituto Votorantim, criado em 2002 com o objetivo de qualificar o investimento social do Grupo Votorantim. A decisão de constituí-lo veio fortalecer sinergias entre as empresas e identificar e aproveitar oportunidades de gerar valor para a sociedade, promovendo esforços em torno de uma causa comum: a juventude. Atualmente, atua no campo da Responsabilidade Social Corporativa (RSC), estimulando internamente princípios e boas práticas de sustentabilidade.

Anualmente, a VCP destina parte de seus recursos para projetos sociais, ambientais e culturais de interesse público. O repasse segue os parâmetros do Investimento Social Privado ou Externo (ISE) e está em consonância com as estratégias e diretrizes definidas pelo Instituto Votorantim, que orienta as ações de todas as empresas do Grupo.

Os programas direcionados à juventude são definidos como “rotas”. Criando rotas para o futuro, o Instituto sugere caminhos, oferecendo aos jovens oportunidades nos campos da educação, do trabalho, da cultura e do esporte, bem como no fortalecimento de direitos e no incentivo aos jovens talentos que se destacam em seus diversos projetos pelo Brasil. Na atuação em educação, o objetivo é elevar a escolaridade do jovem para o seu desenvolvimento continuado, por meio de um ensino de qualidade.

O foco de atuação do Instituto é o desenvolvimento de jovens, entre 15 e 29 anos, nas áreas específicas de educação, trabalho, cultura e esporte. O objetivo é fornecer educação complementar (arte, cidadania, inclusão digital e reforço escolar, entre outros), visando à qualificação profissional e inserção no mercado. Em 2008, a VCP destinou às iniciativas de ação social R$ 1,6 milhão. O foco está em ações relacionadas à geração de trabalho e renda, em projetos da Empresa e de parceiros, e o restante a doações para ações específicas selecionadas. Seguindo essa política, os principais projetos desenvolvidos no ano foram:

PROGRAMAS APOIADOS (GRI EC8)

Programa Área industrial

Objetivos

Beneficiários

Resultados esperados

Geração (Capão Bonito/ SP) Investimento: R$ 293,2 mil

Consolidar o Projeto Geração como ação no ambiente escolar e com recursos da Secretaria de Educação do município de Capão Bonito (SP).

30 jovens e dois educadores por grupo; 120 jovens, de 15 a 17 anos (cursando a partir da 7ª série).

Criar capacidade instalada na Secretaria para que o projeto se transforme em política pública; adaptar e aprimorar o projeto-piloto desenvolvido em parte das escolas de Capão Bonito para todo o município.

Inclusão Digital (Capão Bonito/ SP) Investimento: R$ 45 mil

Proporcionar a apropriação de tecnologias da informação, promovendo a capacitação para o mercado de trabalho; colaborar para o desenvolvimento pessoal e profissional de adolescentes.

400 alunos, de 13 a 18 anos.

400 alunos formados em Capão Bonito (SP).

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Centro de Educação Profissionalizante (CEP) (Piracicaba, Saltinho e Rio das Pedras/ SP) Investimento: R$ 122,4 mil

Adolescente Aprendiz (Três Lagoas/ MS) Investimento: R$ 104,5 mil

Teen Barulho (Salesópolis/ SP) Investimento: R$ 62,8 mil

Fatec – Tecnólogo em Silvicultura (Capão Bonito/ SP) Investimento: R$ 1.000 mil

Capacitar o menor aprendiz assistido pela Guarda Mirim de Piracicaba como assistente administrativo, possibilitando sua inserção no mercado de trabalho por meio de programa socioeducativo profissionalizante; desenvolver senso crítico, incentivando a associação entre o conteúdo teórico e a prática de aprendizagem; proporcionar melhor desempenho escolar no ensino regular.

270 jovens, de 16 a 18 anos, cujas famílias têm renda de até quatro salários mínimos.

Atingir 100% dos jovens inseridos na Associação da Guarda Mirim de Piracicaba (SP); obter 40% de contratação pela empresa na qual o menor aprendiz realizou sua prática de aprendizagem.

Capacitar jovens de Três Lagoas com apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai); promover sua inserção no mercado de trabalho; diminuir a evasão escolar; atenuar os riscos a que os jovens estão expostos.

150 jovens, de 18 a 23 anos.

Inserção de 150 jovens (aprendiz do projeto no mercado de trabalho).

Promover as inclusões social e ambiental de adolescentes, proporcionando-lhes, por meio de oficinas de teatro, canto, música e artesanato, oportunidades de exteriorizarem seus sentimentos; atuar efetivamente na prevenção dos problemas de gravidez precoce, drogas, DST e Aids, exploração sexual infantil e juvenil e outros decorrentes da ociosidade, como baixo autoconceito e falta de perspectiva e projeto de vida.

50 jovens, de 15 a 17 anos.

Despertar o interesse dos jovens por questões sociais e ambientais do município.

60 jovens, de 18 a 21 anos (quatro turmas por ano, com vestibulares semestrais).

Valorização das atividades florestais por meio dos usos múltiplos da madeira; oportunidade de capacitação dos funcionários da VCP e de terceiros; investimento social externo com potencial transformador regional com alcance florestal.

Viabilizar o curso de nível superior – Tecnólogo em Silvicultura, no Centro Paula Souza; atuar efetivamente em parceria com o poder público e outras empresas na expansão da educação profissional gratuita de nível tecnológico e na diversificação das atividades florestais na região de Capão Bonito, que apresenta alta vocação florestal; participar da construção do laboratório, aquisição dos equipamentos e da compra de livros para a biblioteca.


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VIA Votorantim (GRI EC8) Uma das maneiras de investir na juventude é destinar recursos aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente (FIA). O mecanismo, instituído pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), estimula os contribuintes a direcionar parte do Imposto de Renda devido aos programas e projetos de atenção aos direitos desse público. Desde 2004, as empresas do Grupo Votorantim adotam a prática e, a partir de 2006, foi estruturado o Via Votorantim, um programa que integra e alinha todas as destinações ao FIA, assegurando o encaminhamento de recursos a programas de qualidade. O grande diferencial do programa é o acompanhamento dos projetos apoiados, com oficinas de capacitação para profissionais das entidades responsáveis por sua execução e membros dos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), fortalecendo a rede de proteção à criança e ao adolescente dos municípios atendidos. Além disso, o programa envolve diretamente funcionários da Votorantim no acompanhamento dos projetos apoiados, por meio de visitas e

relatórios de monitoramento. Em 2008, foram desenvolvidos os seguintes projetos: Projeto Vida – Seu objetivo é recuperar a autoestima de crianças e adolescentes que apresentam desinteresse pela escola, falta de motivação e de perspectiva e que estão expostos ao mundo das drogas. Desenvolvido em Arroio Grande (RS), visa alcançar crianças e adolescentes dos bairros mais críticos do município. As atividades incluem: • Práticas esportivas (futebol, vôlei, basquete e capoeira);

Unidade Acolhedora da Criança e do Adolescente – O Conselho Tutelar do município de Brasilândia (MS) tem aplicado medidas de proteção às crianças e adolescentes que sofrem negligência, violência e maus tratos no ambiente familiar, são abandonadas ou precisam ser afastadas da família de origem. Nesse contexto, o projeto tem como objetivo oferecer abrigo qualificado, com proteção, cuidados e acompanhamentos psicológico e social que atendam às necessidades básicas das crianças e dos adolescentes. As atividades incluem: • Abrigamento;

• Oficina de dança, teatro, música, serigrafia e confecção de brinquedos;

• Cursos e atividades de artes, recreação e lazer;

• Oficinas de saúde e higiene; • Oficinas de leitura e informática; • Dinâmicas de grupo e palestras sobre autoestima, socialização, sexualidade, prevenção do uso de drogas e Doenças Sexualmente Transmissíveis; • Oficinas direcionadas aos familiares.

Marcus Vinicius, estudante, em visita à Biblioteca do NEA da Unidade Jacareí – SP

• Reforço escolar e apoio à frequência e assiduidade escolar; • Palestras, reuniões e atendimentos dirigidos aos familiares; • Ações direcionadas à restituição dos vínculos familiares.

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Jovem Aprendiz – Em Cerrito (RS), muitas famílias estão na linha de extrema pobreza por falta de trabalho. Nesse contexto, muitos jovens são impedidos de continuar os estudos, não têm acesso a vestuário e material didático e incidem em problemas como gravidez precoce, uso abusivo de álcool e drogas, isolamento e depressão. Alguns cometem delitos e são recolhidos em unidades de internação. Para enfrentar essa situação, o projeto promove a inclusão de adolescentes no mercado de trabalho, proporcionando-lhes novos conhecimentos, motivação e resgate da autoestima, cidadania e dignidade. As atividades incluem: • Apoio aos adolescentes para regularização de documentação; • Cursos de informática e relações humanas; • Acompanhamento dos jovens nos locais de trabalho e avaliações com os contratantes; • Encontros mensais para troca de experiência; • Palestras sobre sexualidade e prevenção ao uso de drogas.

Formando Jovens para o Futuro – O município de Monteiro Lobato (SP) abriga muitas famílias pobres e com dificuldade de acesso à profissionalização. Esse quadro se estende aos jovens, que se encontram desmotivados e expostos a problemas como alcoolismo, dependência química, gravidez precoce e envolvimento em infrações. O projeto pretende proporcionar aos adolescentes e a seus familiares atividades de qualificação profissional e oportunidade de inserção no mercado de trabalho.

Centro de Informática Educativa – Taquarivaí, na região de Capão Bonito (SP) apresenta altos índices de vulnerabilidade e pobreza. Nesse contexto crescem as ameaças aos adolescentes, expressas no contato com as drogas, abuso sexual e falta de oportunidades de qualificação profissional. Assim, o projeto busca fornecer aos adolescentes mais vulneráveis suporte psicossocial e iniciativas de qualificação profissional.

As atividades incluem:

• Construção de um espaço físico de atendimento em terreno cedido pela Prefeitura Municipal;

• Cursos profissionalizantes nas áreas de mecânica e elétrica, incluindo temas como meio ambiente e saúde, qualidade total, matemática aplicada, informática, empreendedorismo, ética e cidadania.

As atividades incluem:

• Curso de informática; • Atividades de reforço escolar;

• Cursos profissionalizantes para familiares na área da construção civil.

• Palestras sobre sexualidade, DST e dependência química;

Abrigo Municipal – O projeto, executado em Santa Branca (SP) tem por objetivo abrigar provisoriamente crianças e adolescentes vítimas de maus tratos ou abuso sexual, órfãos e abandonados, enquanto seus pais ou responsáveis se estruturam para recebê-los novamente. Inclui a oferta de atendimento qualificado, infraestrutura adequada e apoio lúdico-pedagógico que promovam o desenvolvimento desse público. As atividades incluem:

• Atendimento psicossocial aos adolescentes e a seus familiares.

• Abrigamento; • Aulas de dança, música e informática; • Atividades de reforço escolar; • Encaminhamento para outras atividades socioeducativas da rede pública de atendimento.


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Democratização Cultural (GRI EC8) A VCP também investe em projetos que tornem o jovem participante da cultura, possibilitando seu acesso a experiências artísticas. Por meio do Programa para Democratização Cultural, desenvolve uma série de atividades direcionadas à população de baixa renda, especialmente jovens, em regiões com poucas opções e aparelhos culturais. PROJETOS CULTURAIS

Ação

Descrição

Biblioteca Pública Pelotense

Restauração, recuperação e modernização do edifício histórico da biblioteca, caracterizada por um rico acervo documental, de grande importância para a história do Brasil.

Caravana do Cinema Brasileiro

Realização de mostra gratuita de cinema, com a produção nacional recente, em escolas, centros comunitários, praças e ruas, seguidas de debate com o público acerca dos temas retratados nos filmes. Acontece em 32 municípios do Vale do Paraíba, Litoral Norte e Serra da Mantiqueira, todos no Estado de São Paulo, que não possuem sala de cinema.

Circuito Estradafora

Caravana inflável itinerante que compreende exibições de filmes nacionais, apresentações teatrais, realização de palestras para educadores da rede pública de ensino, além de atividades com artistas locais, como saraus e apresentações musicais.

Concertos pelo Brasil

Realização de 84 concertos de músicas erudita e instrumental em 43 cidades de 12 estados. O projeto visa oferecer à sociedade apresentações gratuitas das Orquestras Bachiana Jovem, Orquestra de Câmara do Estado de Mato Grosso, além de outros grupos nacionais e internacionais. As apresentações serão realizadas em locais públicos como forma de comemorar os 90 anos do Grupo Votorantim.

III Festival de Cinema de Guararema

Realização de um festival de cinema com projeções gratuitas de filmes de curta e longa metragens. O evento conta com oficinas de produção audiovisual, exibições diurnas e noturnas (praça pública e Teatro Municipal), debates com cineastas e personalidades, seminários sobre meio ambiente, além de passeios ecológicos.

Kinema: Linguagem Audiovisual e Educação

Quadra – Pessoas e Ideias

Som Maior

Formação em audiovisual para estudantes e professores da rede pública da região do Vale do Paraíba. Compreende também formação de acervo audiovisual e exibição de filmes. Formação e desenvolvimento artístico de jovens na área de dança contemporânea, além de intercâmbios nacional e internacional de ideias para o desenvolvimento humano (eventos, discussões, debates) envolvendo instituições, pesquisadores, estudantes e a comunidade no aprimoramento da Pesquisa de Tecnologia do Convívio. Realização do Festival de Música Estudantil, além de oito workshops de música, teatro e literatura e um show cultural no Teatro Municipal de Piracicaba.

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POUPANÇA FLORESTAL O Poupança Florestal é um programa de inclusão social e distribuição de renda que consiste em financiar toda a cadeia de produção do eucalipto, desde o preparo do solo até o fornecimento de mudas de última geração e assistência técnica pela Emater/RS-Ascar. A agrossilvicultura (plantio consorciado de outras culturas nas lavouras de eucalipto) é incentivada por meio da doação de sementes, estimulando a fixação do homem no campo. No ano passado, mais de 56 toneladas de sementes foram doadas a partir do projetosatélite Floresta à Mesa, beneficiando 162 produtores. Desde 2006, 485 produtores já foram beneficiados com a doação de 176 toneladas de sementes, em uma área de 9.365 hectares. A VCP garante a compra da madeira a preço predeterminado e corrigido pelo mesmo índice aplicado no financiamento. Convênio firmado com o Banco Real assegura taxas de juros competitivas para os produtores, não exige a propriedade como garantia e permite a utilização de mão de obra familiar remunerada. Os mais de 700 participantes do programa passaram por treinamento no Centro Regional de Qualificação de Produtores Rurais de Canguçu (Cetac), da Emater/RS-Ascar, onde receberam aulas práticas e teóricas sobre manejo e legislação ambiental. Ao todo, o Poupança Florestal abrange 28 municípios da metade Sul do Estado.

O programa valeu à VCP a inclusão no relatório Creating Value for All: Strategies for Doing Business With the Poor (Criando Valores para Todos: Estratégias para Fazer Negócios Com os Pobres), produzido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A Companhia foi uma das três empresas brasileiras relacionadas no estudo inédito que apresenta diferentes exemplos de como o setor privado está trabalhando para reduzir a pobreza e contribuindo para o desenvolvimento humano. O estudo concentrou-se nas ações que podem ser adotadas para incluir as pessoas de baixa renda no mercado global, como consumidores, trabalhadores e produtores. O relatório demonstra ainda os desafios de fazer negócio em mercados caracterizados pela falta de infraestrutura e de informação e relata como as empresas lidam com essas dificuldades.


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IMPACTOS INDIRETOS (GRI EC9) Várias iniciativas foram adotadas pela VCP na gestão dos impactos econômicos indiretos decorrentes de sua atividade. As ações concentraram-se em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, mas envolveram também operações realizadas no estado de São Paulo. Os impactos econômicos indiretos são causados basicamente por ações e programas de capacitação para as comunidades do entorno das fábricas e florestas. As iniciativas compreendem projetos de caráter socioambiental, na busca do desenvolvimento sustentável do negócio. Programa IEL (Instituto Euvaldo Lodi) – Tem como objetivo qualificar empresas fornecedoras para adequação às exigências do mercado em atendimento e qualificação técnica. Iniciado em junho de 2008, beneficiou 19 empresários do município

de Três Lagoas que atuam em diversos segmentos (construtoras, floricultura, empresas de informática, gráficas, bebidas, agência de publicidade, vidro e decoração, mecânica, restaurantes, florestal, iluminação e financeira). Com investimento R$ 54 mil, a expectativa é desenvolver fornecedores locais, estimulando melhoria e modernização na gestão das empresas, incremento da competitividade, novos negócios, novos mercados, transparência dos critérios técnicos exigidos pelo mercado para fornecimento e qualificação da prestação de serviço. Projetos Colmeias e Apicultura Integrada e Sustentável – Colocam as florestas de eucaliptos da VCP à disposição para a produção de mel. Incluem programas de formação de apicultores, de capacitação em gestão do negócio e rastreabilidade da produção;

construção de infraestrutura para colheita e beneficiamento dos produtos apícolas; criação de indicadores da produtividade de mel; e fortalecimento da atividade apícola. Desenvolvido em Capão Bonito (SP), desde 2005, pela Associação de Produtores Rurais do Bairro dos Moreiras (Aprubam), com o apoio da VCP, o Colmeias foi estendido para Itapeva e Itapetininga. Em 2008, contava com 42 apicultores diretamente envolvidos no projeto, que utilizam 17 mil hectares de florestas de eucalipto (pasto apícola). Entre 2005 e 2007, foi administrado pela ONG Ecoar Florestal, tarefa assumida no decorrer do ano pela Arkhé Assessoria e Consultoria Socioambiental. No ano, a Empresa destinou R$ 95 mil para o projeto. No Mato Grosso do Sul ele foi iniciado em 2008, com o compromisso da VCP de auxílio técnico. A gestão será executada pelo SEBRAE-MS.

Foto Aérea – Unidade VCP – MS

Impostos e investimentos no MS No Mato Grosso do Sul, a construção da nova fábrica de celulose – Projeto Horizonte – significa um acréscimo importante de recolhimento de impostos para Estado e município. Do total de investimentos, cerca de 20% correspondem a equipamentos importados; cerca de 35% foram utilizados para a compra de equipamentos da indústria nacional; e aproximadamente 15% custearam as obras civis. Para sustentar este investimento, a Companhia atuou em 16 programas ambientais na região. Entre os principais projetos desenvolvidos estão: qualificação da mão-de-obra regional; recuperação da vegetação natural; adequação de infra-estrutura e saúde; educação ambiental e relacionamento com a comunidade. As parcerias e incentivos realizadas com o Estado e municípios da região também foram fatores decisivos para que a nova fábrica fosse construída com indicadores econômicos e sociais de desenvolvimento.

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Curso de Tecnólogo de Silvicultura – Realizado pela Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec), forma profissionais para as atividades de planejamento, execução e controle de manejo e produção florestal. O projeto, com o apoio do Instituto Votorantim, teve início em 2008, em Capão Bonito (SP), beneficiando 80 jovens. Projeto Sementes do Futuro – Apoia o desenvolvimento do sistema de produção de sementes florestais nativas no município de Ribeirão Grande (SP), visando à conservação ambiental e geração de renda para as comunidades rurais envolvidas. Iniciado em 2005, por meio de parceria com a Associação Ecoar Florestal, conta com a participação de 42 coletores, que obtiveram em 2008 um retorno de R$ 53 mil com a venda de sementes. Projeto de Desenvolvimento do Polo Madeireiro – Criado a partir de um convênio com a Associação da Indústria Madeireira de Capão Bonito (ASSIM), prevê a venda de uma quantidade predeterminada de madeira, a preço de custo, pela VCP às madeireiras associadas por um período de 10 anos. O objetivo principal do projeto é o fomento à indústria madeireira local, gerando emprego e renda para o município. Em 2008 foram fornecidos 29.436,25m3.

CLIENTES Responsabilidade sobre o produto A preocupação com a qualidade, a saúde e a segurança dos produtos está presente em todas as etapas de produção, da concepção de um projeto ao resultado final. Anualmente, são realizadas pesquisas para identificar as necessidades de planos de ação sobre aspectos relevantes, que direcionam ações preventivas ou corretivas. Para a Companhia, a satisfação e a segurança de seus parceiros comerciais vêm em primeiro lugar. (GRI PR1) A celulose e os papéis fabricados pela VCP são produtos estáveis sob condições normais de manuseio e estocagem, não oferecendo riscos à saúde e à segurança do cliente. Vários papéis possuem aprovação para utilização em contato com alimentos, atendendo à Portaria 177 da Anvisa, como para os casos dos papéis couché e térmicos. O papel autocopiativo

já foi analisado pelo Instituto Adolpho Lutz, que considerou não existir problema toxicológico para a saúde dos usuários. O papel apergaminhado formulário contínuo faz parte da composição dos papéis couché, atendendo também à Portaria 177. Todo e qualquer problema que cause complicações de utilização, danos ao produto do cliente, ou cuja especificação esteja em desacordo com o estabelecido pelo cliente (aspectos técnicos, logísticos, embalagem etc.) ou ainda que provoque segregação e/ou separação pelo cliente, é registrado formalmente no Formulário de Atendimento a Reclamação Cliente Celulose. Conforme o procedimento interno de atendimento de reclamações – mercados interno e externo –, é realizada uma análise técnica da queixa, que dará origem ao Relatório Técnico ao Cliente. Esse material é documentado e fica armazenado no Departamento de Suporte e Soluções Técnicas a Clientes.

IMPACTOS NA SAÚDE E SEGURANÇA (GRI PR1) Avaliação na fase de ciclo de vida do produto

Celulose (1)

Papel

Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim NA

NA NA NA NA NA NA NA NA

Desenvolvimento do conceito do produto Pesquisa e desenvolvimento Certificação Fabricação e produção Marketing e promoção Armazenamento, distribuição e fornecimento Uso e serviço Disposição, reutilização ou reciclagem (1) Celulose Kraft Branqueada de Eucalipto processos ECF (Elemental Chlorine Free) e VCF (Votorantim Chlorine Free), isentos de cloro elementar NA - Não se aplica


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Rotulagem Há procedimentos internos na VCP que garantem a identificação e rastreabilidade dos fados de celulose, através da impressão, nos dois lados opostos dos fardos de toda celulose produzida de informações sobre o tipo de produto (ECF ou VCF), data e linha de produção, nº de lote/unidade e código do produto e código de barras. Além disso, de acordo com o produto a ser produzido é utilizada a cor de tinta: ECF – Impressão na cor verde. VCF – Impressão na cor preta. (GRI PR3) Os papéis das marcas Copimax e Maxcote, destinados ao consumidor final, levam em sua embalagem informações sobre as características do produto e o descarte preferencial através da reciclagem, visando mitigar impactos ambientais e sociais. Cerca de 93% das embalagens dos produtos VCP são recicláveis, como as dos produtos IMAGE, PRINTMAX, TOPPRINT, TERMOSCRIPT, TERMOTICKET, TERMOLABEL, TERMOLOT, EXTRACOPY, MAXCOTE, STARMAX, e TERMOCOPY são recicláveis, sendo a embalagem do produto COPIMAX a única exceção por conter BOPP (polipropileno biorientado) em sua composição. Os materiais das bobinas são 100% recicláveis.

INFORMAÇÕES NA ROTULAGEM (GRI PR3) Avaliação na fase de ciclo de vida do produto

Celulose (1)

Papel

Terceirização de componentes do produto ou serviço

NA

NA

Conteúdo, principalmente com respeito a substâncias que possam provocar impacto ambiental ou social

De acordo com políticas e procedimentos internos

De acordo com políticas e procedimentos internos

Uso seguro do produto ou serviço

Disposição do produto e impactos ambientais/sociais

De acordo com políticas e Nos produtos Copimax e procedimentos internos são Maxcote está ilustrado o impressos, nos dois lados do modo correto que o usuário fardo, informações sobre o deve manusear as caixas, a fim produto como tipo (ECF ou de que não ocorram acidentes. VCF), data, linha de produção, Para os demais produtos este nº de lote, unidade, código do indicador não é aplicável. produto e código de barras. Todo material é reciclável e pode ser reutilizado.

Indicação da reciclagem como método preferencial de descarte para os produtos destinados ao consumidor final.

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Satisfação de clientes Ao longo dos últimos anos, a VCP tem desenvolvido vários projetos estratégicos com seus principais clientes, no intuito de fortalecer ainda mais a cadeia de produção. Com o objetivo de obter aperfeiçoamento de processos, melhor aproveitamento de celulose, assim como conferir características específicas aos produtos dos clientes, são estabelecidos acordos de cooperação, pelos quais a VCP transfere conhecimento técnico na produção de vários tipos de papéis e divide os ganhos advindos dessas iniciativas. Desde 2002, a Companhia possui uma sistemática anual de avaliação de satisfação de clientes, de acordo com a norma ISO 9000-2000. O objetivo é alcançar no mínimo 80% de satisfação. Caso esse índice não seja obtido, são

Bobinas de Papel – Unidade Piracicaba – SP

estabelecidos planos de ações para elevar o coeficiente. O levantamento da impressão é feito por meio de contatos telefônicos diários, visitas comerciais e técnicas, feiras e eventos do setor, assim como durante visitas de clientes às instalações da Companhia. A pesquisa realizada em 2008 apontou um índice de satisfação superior a 80% e indicou pontos de melhoria. Como planos de ação, estão previstos: realizar um road show com clientes na Europa e Ásia, em 2009; e colocar em prática os acordos de cooperação estabelecidos com UPM e GP-USA. Além disso, em 2008 a VCP contratou a consultoria Roland Berger para realizar uma pesquisa mais aprofundada das necessidades dos seus clientes e identificar pontos fortes e fracos, de forma a oferecer

serviços e produtos mais adequados e, assim, ampliar sua participação no mercado de celulose. No primeiro estágio, que deverá levar dois anos, esse trabalho será desenvolvido no continente europeu, que representa cerca de 60% das exportações de celulose da VCP e 40% do consumo mundial de celulose. (GRI PR5) Vários programas e iniciativas marcam o relacionamento com os clientes, destacando-se: Foco do cliente – A VCP entende que trabalhar “no foco do cliente” não significa meramente tomar parte em um projeto, mas sim absorver e praticar uma filosofia de trabalho. Diversas ações vêm sendo criadas, visando sempre a uma maior compreensão de cada segmento.


VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Programa VCP Olho na Qualidade – Criado para esclarecer dúvidas e desenvolver uma rede de convertedores que utilizam os papéis autocopiativos da VCP, garantindo o uso correto do produto e a qualidade na confecção de bobinas para PDV/ECF e formulários multivias. Quem participa ganha um selo comprovando a autenticidade dos papéis, oferecendo maior confiabilidade aos clientes. Programa Garantia VCP Performance Total – Desenvolvido com o objetivo de criar um diferencial competitivo para os convertedores que compram papéis térmicos VCP, atuam corretamente no mercado, utilizam o papel correto para a aplicação correta e, constantemente, encontram-se diante de concorrentes que utilizam papéis inadequados para determinada aplicação. O programa abrange a qualidade em toda a cadeia, desde a compra da matéria-prima, manuseio e conversão, buscando a garantia da imagem adequada para o produto final. Certificação para gráficas – Programa VCP de EcoEficiência na Gráfica – De maneira pioneira, e em parceria com a Escola Senai Theobaldo De Nigris, foi lançado, em maio de 2008, o Programa VCP de Ecoeficiência na Gráfica implantado inicialmente em quatro gráficas do segmento promocional, todas em São Paulo. Para 2009, a previsão é certificar mais 8 gráficas, incluindo empresas fora do estado. O objetivo é disseminar os conceitos de ecoeficiência e produção ambientalmente responsável. Foram avaliados quesitos como gestão de resíduos e de tintas, desperdício, tratamento de seus efluentes etc.

Gerenciamento de relações com o cliente A VCP é signatária do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, que condena a propaganda enganosa. Todas as iniciativas de marketing adotadas para seus produtos respeitam a legislação vigente, a ética e as normas de referências locais e internacionais. A Companhia não vende produtos proibidos em certos mercados ou que sejam objetos de questionamento por parte de seus stakeholders. (GRI PR6) Conformidade Na esfera judicial, a VCP não sofreu ação judicial de grande relevância no que se refere à infração a normas e regulamentos nos últimos três anos. Ao longo de 2008, a Companhia esteve envolvida, como autora ou requerida, em 50 processos administrativos e ações judiciais cíveis, criminais e trabalhistas, que foram pagos ou aguardaram decisão no decorrer dos anos de 2006 a 2008. (GRI SO8)

Em 2008, a VCP sofreu seis processos administrativos relacionados a questões ambientais, sendo: dois Termos de Ajuste de Conduta (TACs) firmados, ambos herdados dos respectivos ex-proprietários das fazendas Limoeiro, em Resende (RJ) – Procedimento Administrativo 1.30.008.000134/2006-60 – e São Miguel, em Natividade da Serra (SP) – Procedimento Investigatório 02/1999; Inquéritos Civis do Ministério Público do Estado de São Paulo – Promotoria de Justiça Cível – nº 18/2008 (Jacareí), nº 02/2008 (São Luiz do Paraitinga), nº 02/2008 (Salesópolis), nº 03/2008 e nº 11/2008 (Promotoria de Justiça Regional do Meio Ambiente do Vale do Paraíba). Também foram computadas duas advertências imputadas pela Polícia Militar Ambiental do Estado de São Paulo, referentes à supressão de vegetação nativa em estágio secundário inicial em área de 0,04 ha e corte de duas árvores nativas sem autorização do órgão ambiental competente, na Fazenda Santa Terezinha 5 (Jacareí/SP). Por ter sido enquadrado na Resolução Estadual SMA 37/2005, o auto de infração ambiental não foi valorado, pelo fato de a Empresa não ser reincidente. Recebeu ainda multa no valor de R$ 5.100, em favor do Fundo Nacional Antidrogas (Funad), por venda de produtos químicos por CNPJ não habilitado para tanto. (GRI EN28)

Informações sobre: Estratégia Social – página 18 e Desempenho Social – página 88

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VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

06. A VCP comercializou 1,2 milhão de toneladas de celulose e 391 mil de papel, alcançando a meta de volumes estabelecida para 2008. A receita líquida somou R$ 2,5 bilhões, sendo 47% em exportações e 56% representada por celulose. No ano, destacou-se o crescimento de 13% na demanda mundial por celulose de eucalipto, foco de atuação da companhia.


DESEMPENHO ECONÔMICO O Setor de Celulose e Papel A área plantada soma 6,0 milhões de hectares no País, sendo 1,7 milhão cultivado para fins industriais. De acordo com a Bracelpa, 2,7 milhões de hectares são de florestas preservadas. O setor detém certificações internacionais para 2,2 milhões de hectares de florestas, com atestado de

que executam manejo correto e cumprem normas de proteção do meio ambiente e da biodiversidade. Adicionalmente, a indústria mantém acordos para produção de madeira com aproximadamente 16,5 mil pequenos e médios produtores rurais, que cultivam 344 mil hectares no País.

produção brasileira de celulose e papel 14 12 10 Milhões t

As indústrias do setor recolheram cerca de R$ 2,2 bilhões em impostos e suas exportações somaram US$ 5,8 bilhões (FOB), o equivalente a 16% do saldo da balança comercial brasileira.

8 6

Crescimento Médio Anual Celulose 7,6% Papel 5,7%

4 2 0

1970

1980

1990

2005

2006

2007

2008

celulose

0,8

3,1

4,4

10,4

11,2

12,0

12,8

papel

1,1

3,4

4,7

8,6

8,7

9,0

9,2

desempenho

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Em 2008, a produção brasileira de celulose cresceu 6,7% para 12,8 milhões de toneladas, posicionando o País como quarto maior produtor mundial e líder na produção de celulose de eucalipto. A projeção da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa) destaca a competitividade da Indústria Brasileira em um cenário de queda de preço do produto que provocou fechamento de capacidades de indústrias norte-americanas e europeias. A produção de papel atingiu 9,2 milhões de toneladas, aumento de 1,6% em relação ao ano anterior, com o 12º maior volume no ranking mundial.

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<< Bobina de papel Starmax – Unidade Piracicaba – SP


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VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

DESEMPENHO DOS NEGÓCIOS

Composição do volume – 2007

Apesar da crise econômica mundial, a VCP encerrou o exercício de 2008 com 1,6 milhão de toneladas vendidas – 1,2 milhão de celulose e 391 mil toneladas de papel. O volume total manteve-se inalterado em relação a 2007, mas individualmente houve crescimento de 9% em celulose (1,1 milhão de toneladas no ano anterior), alcançando a meta estabelecida para o ano. Mesmo com o recuo de 22% no volume vendido de papel (499 mil toneladas em 2007), o volume superou em 3%, ou 11 mil toneladas, a meta de 2008.

Composição do volume – 2008

75%

69%

25%

31%

Papel

Papel

celulose

celulose

Volume de vendas

destino das vendas – 2007

destino das vendas – 2008

(mil toneladas)

(volume, em mil toneladas)

(volume, em mil toneladas)

papel celulose de mercado

61%

1.459 844 615

1.493 867 626

1.612 942 670

1.597 1.098 499

1.592 1.201 391

2004

2005

2006

2007

2008

60% 39%

40%

mercado interno

mercado interno

mercado externo

mercado externo


VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Celulose O bom desempenho industrial permitiu elevar em 9% o volume de vendas de celulose, que alcançou 1.201 mil toneladas em 2008. O mercado externo respondeu por 76% do volume (79% em 2007) e 78% da receita líquida do produto (82% no ano anterior). No acumulado do ano, o preço médio manteve-se praticamente estável em reais, com variação positiva de 0,5% e comportamento inverso nos dois semestres. Nos primeiros seis meses, a elevação dos preços compensou a valorização do câmbio, enquanto no segundo semestre houve queda dos preços em dólares, que foi compensada pela rápida desvalorização do real a partir de setembro.

A demanda por celulose de eucalipto se destacou no mercado de fibras totais, encerrando o ano com crescimento próximo de 12%, fundamentada pela atuação em um mercado com comportamento mais inelástico (tissue – papéis sanitários), competitividade em custos e por substituição de outras fibras.

Celulose – composição de vendas mercado interno mercado externo

79% 21%

82% 18%

78% 22%

O custo caixa de produção elevou-se 13% em comparação a 2007, encerrando o ano a R$ 533. Esse comportamento foi influenciado pela alta nos produtos químicos e energia elétrica e aumento do custo com madeira, devido principalmente ao maior raio médio da madeira transportada. 2007

Os estoques mundiais dos produtores de celulose de fibra curta encerraram o ano com 53 dias equivalentes de consumo, acima dos 32 dias observados em dezembro de 2007, mas abaixo dos 59 e 60 dias de outubro e novembro de 2008, respectivamente.

76% 24%

2008

2007

Volume

Destino das exportações – celulose

2008

Receita Líquida

custo caixa de celulose (R$/t) *

30% 60%

457

469

464

470

2004

2005

2006

2007

533

10%

Ásia América do norte europa

* Inclui Conpacel

2008

71


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VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Papel

Com presença seletiva em produtos de

No acumulado do ano, foram comercializadas 391 mil toneladas de papel, superando em 3% a previsão para o período. A redução de 22% no volume, quando comparado a 2007, reflete o reposicionamento estratégico de presença seletiva em papéis, com desinvestimentos e exercício do direito de venda da participação de 40% na joint venture com a Ahlstrom, em Jacareí, e pela troca de ativos (Unidade Luiz Antonio pelo Projeto Horizonte) com a International Paper.

maior valor agregado, a VCP manteve importante fatia do mercado de papéis revestidos e não revestidos e aumentou sua participação em especiais (térmicos e autocopiativos). A instalação de um novo coater em Piracicaba permitirá

Dessa forma, os volumes de papéis de imprimir e escrever, couché e cut-size não são comparáveis. No caso dos autocopiativos e térmicos, o aumento no volume vendido foi de 6%, havendo perspectivas de novo crescimento em 2009, quando o novo coater de Piracicaba já estiver operando a plena capacidade.

ampliar esses volumes em 2009.

papéis – mix de produtos

papéis – composição das vendas

especiais/outros

revestidos e especiais mercado interno

revestidos

não revestidos mercado interno

não revestidos

mercado externo

48%

42%

38%

32%

49%

54%

60%

68%

29% 23%

26% 32%

26% 36%

22% 46%

32% 20%

31% 12%

27% 13%

25% 7%

2008

2007

2007

2008

2007

2008

Volume

2007

Receita Líquida

2008

Volume

Receita Líquida


VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Em 2008, a companhia manteve importante fatia do mercado de papéis revestidos e não revestidos e aumentou sua participação no segmento de papéis especiais (térmicos e autocopiativos). No que se refere ao mix de vendas da VCP, papéis não revestidos reduziram sua participação no portfólio total, passando de 48% em 2007 para 42%, conforme estratégia definida de participação seletiva em papéis e alto valor agregado.

Fardo de Celulose

O mercado interno ganhou mais relevância, passando a representar 88% do volume de vendas de papel, somando-se às contribuições das unidades de Piracicaba e Conpacel, e pela distribuidora KSR. A VCP continua sua parceria com a Ahlstrom por meio do fornecimento de celulose para continuidade das operações da empresa finlandesa em Jacareí, além de atuar como representante de vendas de papéis dos mercados gráfico e de distribuição.

Papel ecoeficiente – A VCP fez, em 2008, uma ampla abordagem sobre o uso de papel ecoeficiente que produz. Por meio de uma Análise de Ciclo de Vida (ACV), mostrou a grandes players do segmento a importância do ciclo natural do papel com as marcas VCP. Esse trabalho foi realizado em parceria com institutos independentes, como a Fundação Espaço Eco – uma das maiores referências em sustentabilidade no Brasil.

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VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

DESEMPENHO FINANCEIRO

Composição da receita – 2007

Receita líquida – A receita líquida totalizou R$ 2,5 bilhões, 5% inferior à de 2007. O desempenho reflete a redução de 5% do preço médio, principalmente pela queda dos preços médios de papéis revestidos e não revestidos – efeito da competição no mercado local – e pela maior participação de celulose na composição da receita, que representou 56% do faturamento. O mercado interno respondeu por 53% da receita líquida (54% em 2007).

receita líquida (R$ milhões) papel

44%

51% 49%

56%

Papel

Papel

celulose

celulose

distribuição da receita – 2007

distribuição da receita – 2008

54%

celulose

Composição da receita – 2008

53% 46%

2.982 1.127 1.855

2004

2.772 1.067 1.705

2005

2.892 1.130 1.762

2006

2.614 1.271 1.343

2007

47%

2.487 1.393 1.094

2008

mercado interno

mercado interno

mercado externo

mercado externo


VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Custo dos produtos vendidos – A margem bruta foi reduzida de 34% em 2007 para 32% em 2008, variação explicada principalmente pela inflação sobre insumos químicos observada ao longo do ano. As reduções de custos e os ganhos de produtividade industrial compensaram apenas parcialmente esses efeitos em 2008, e se consolidarão no resultado de 2009. Despesas com vendas – As despesas com vendas alcançaram R$ 259 milhões, 4% inferior a 2007. Essa queda reflete o menor volume de vendas de papel e o impacto positivo das renegociações de contratos de frete internacional em parceria com o Grupo Votorantim. Em relação à receita líquida, as despesas com vendas mantiveram a participação de t10% em 2008. Despesas gerais e administrativas – As despesas gerais e administrativas, de cerca de R$ 132 milhões, cresceram 7% devido às despesas não recorrentes com reestruturação corporativa e aquisição da Aracruz, além do dissídio anual que incidiu sobre o custo da mão de obra. O programa de redução de despesas fixas compensou parcialmente este efeito.

EBITDA – A geração de caixa, expressa pelo EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 782 milhões, com margem de 32%, dois pontos percentuais abaixo do ano anterior. O resultado deve-se à inflação observada nos principais insumos no decorrer do ano. Resultado financeiro – O resultado financeiro representou despesa líquida de R$ 1.515 milhões em 2008, em comparação à receita de R$ 572 milhões em 2007. Essa variação foi consequência, principalmente, do efeito negativo da desvalorização de 46% do real em relação ao dólar, iniciada a partir do terceiro trimestre de 2008, com impacto sobre os empréstimos em moeda estrangeira. O aumento no endividamento causado pela correção cambial não gera necessidade de desembolso imediato. A VCP controla sua exposição financeira à moeda estrangeira adequando seu fluxo de recebimentos ao perfil de amortização da dívida. A amortização da dívida segue o período estabelecido em cada contrato e o prazo médio de 3,5 anos com base em 31 de dezembro de 2008. Imposto de Renda e Contribuição Social – A taxa efetiva de Imposto de Renda e Contribuição Social foi de 37% em 2008 ante 14% em 2007, em decorrência principalmente do resultado financeiro negativo no período. Equivalência patrimonial – A VCP contabilizou em 2008, via equivalência patrimonial, valor negativo de R$ 493 milhões, inferior ao valor positivo de R$ 42 milhões registrados em 2007. A variação reflete as perdas com derivativos da Aracruz, que tiveram impacto sobre o resultado da empresa.

ebitda e margem * ebitda (r$ milhões) margem ebitda

1.269

959

1.113

880

782

43%

35%

38%

34%

32%

2004

2005

2006

2007

2008

* inclui participação pro forma de 50% no Conpacel, a partir de 2007

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VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Lucro líquido – Como consequência, o prejuízo líquido do exercício de 2008 foi de R$ 1.312 milhões, inferior ao lucro líquido de R$ 838 milhões registrado em 2007. Endividamento – Em 31 de dezembro de 2008, a dívida financeira líquida da VCP era de R$ 4,2 bilhões, o que representou aumento de R$ 2,8 bilhões sobre o endividamento líquido em 31 de dezembro de 2007. Esse acréscimo decorre da necessidade de recursos para conclusão do Projeto Horizonte, que teve sua capacidade inicial ampliada de 900 mil para 1,3 milhão de toneladas, e ao efeito do câmbio no endividamento em dólares. O crescimento da alavancagem era previsto, respeitando o cronograma de investimentos e expansão, e início da geração de caixa do Projeto Horizonte no segundo trimestre de 2009.

Endividamento (em 31 de dezembro)

Dívida bruta total R$ USD Custo médio a.a Prazo médio (anos) % parcela de curto prazo Caixa total (*) R$ US$ % parcela de curto prazo Dívida líquida (+) 50% dívida líquida Conpacel Dívida líquida consolidada

Perfil de amortização da dívida bruta* – R$ milhões

2.033

909

2009

458

420

2010

2011

526

2012

395

2013

* não considera o fluxo de amortização de derivativos

2014 em diante

2007

2008

2.662 334 2.328 6,3% 5,0 20% 1.308 820 488 100% 1.354 201 1.555

4.741 556 4.185 6,1% 3,5 44% 529 314 215 99% 4.212 4.212


VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Geração e distribuição de riqueza (GRI EC1)

Ações como investimento

O valor adicionado em 2008 foi de R$ 2.198 milhões, distribuído entre terceiros (R$ 3.271 milhões, ou 149% do total, como pagamento de juros a financiadores), profissionais (R$ 332 milhões, ou 15% do valor adicionado, na forma de salários e encargos sociais), governo e sociedade (menos R$ 94 milhões) e acionistas (menos R$ 1.310 milhões).

As ações preferenciais da VCP negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo encerraram 2008 cotadas a R$ 17,93, ou menos 66% em relação ao ano anterior, enquanto o Ibovespa, que reúne os papéis de maior liquidez, registrou desvalorização de 41%. Os papéis da VCP foram negociados em 100% dos pregões da Bovespa, com crescimento de 24% no número de negócios, com 128 milhões de títulos, e de 2% no volume financeiro, que totalizou R$ 4,8 bilhões.

A DVA atualmente apresentada como parte integrante das Demonstrações Contábeis, atende aos critérios de elaboração e apresentação exigido pelo CPC-09 (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) e pela Deliberação CVM nº 557.

Viveiro de mudas – Florestal Extremo Sul

Na Bolsa de Valores de Nova Iorque, a última cotação dos ADRs nível III foi de US$ 7,93, recuo de 73% em dólares, enquanto o índice Dow Jones registrou queda de 34%. O Bloomberg Paper & Forest Index Europe (BEUFRST) perdeu 52% e o Bloomberg Paper & Forest Index US (BUSFRST) desvalorizou-se 67%.

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VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

PRINCIPAIS INDICADORES (GRI 2.8) 2004

2005

2006

2007

2008

1.459 515 944

1.493 506 987

1.611 591 1.020

1.597 630 967

1.591 635 956

3.295 1.843 1.452 2.982 1.472 995 1.269 790

3.167 1.795 1.372 2.772 1.199 667 959 549

3.316 1.942 1.373 2.892 1.172 719 1.113 658

3.007 1.792 1.215 2.614 899 817 880 838

2.909 1.742 1.167 2.487 799 (1.785) 782 (1.312)

49% 43% 26%

43% 35% 20%

41% 38% 23%

34% 34% 32%

32% 32% -53%

191.613 191.456 4,13 8.297 288

191.613 190.532 2,88 5.557 280

204.146 204.114 3,22 8.486 320

204.146 204.117 4,1 11.065 318

201.361 201.361 (6,51) 2.263 -

6.989 3.917 639 0,9 23% 2.300 1.077 27%

8.462 4.162 593 2,5 14% 3.277 1.874 45%

9.264 5.116 542 1,7 16% 3.080 1.647 32%

11.002 5.632 674 1,7 16% 2.876 1.555 28%

11.464 4.132 1.189 0,7 -23% 4.741 4.212 102%

3.580 44

3.497 123

3.313 174

3.624 3.998 841

3.620 4.130 884

3.487 4.039 713

4.839 8.463 823 403 597 1.347

5.014 8.634 765 412 602 1.372

4.752 8.239 829 462 611 1.444

2.111 215 416 2.742 2.965 928 1.013 4.906 7.648 953 582 424 1.394

2127 137 640 2.904 3.199 741 898 4.838 7.742 855 547 318 1.263

Vendas (mil toneladas) Totais - Mercado interno - Mercado externo

Resultados (R$ milhões) Receita bruta - Mercado interno - Mercado externo Receita líquida Lucro bruto Lucro operacional EBITDA Lucro líquido

Margens Margem bruta Margem EBITDA Margem líquida

Ações Nº de ações (mil) Nº de ações ex-tesouraria (mil) (1) Lucro (prejuízo) por ação (R$ mil) (1) Valor de mercado (R$ milhões) Montante de dividendos (R$ milhões)

Financeiro (R$ milhões) Ativo total Patrimônio líquido Investimentos (2) Liquidez corrente (ativo/passivo circulante) Retorno sobre patrimônio líquido (3) Dívida bruta (4) Dívida líquida (4) Dívida líquida/patrimônio líquido

Operacionais Nº de empregados próprios – São Paulo Nº de empregados próprios – Rio Grande do Sul Nº de empregados próprios – Mato Grosso do Sul Nº de empregados próprios – total Nº de empregados de terceiros – São Paulo Nº de empregados de terceiros – Rio Grande do Sul Nº de empregados de terceiros – Mato Grosso do Sul Nº de empregados de terceiros – total Nº de empregados total (5) Produtividade (R$ mil/funcionário) Produtividade (t/funcionário) Produção papel (mil t) (6) Produção celulose (mil t)

* Informações correspondem à VCP e às suas subsidiárias e controladas, com exceção da Aracruz Celulose S.A. (12,4%), exceto quando indicado de outra forma. Os indicadores diferem das demonstrações financeiras auditadas, as quais incluem a consolidação proporcional na Aracruz. Da mesma forma, os resultados da participação na Ahlstrom VCP Indústria de Papéis S.A. (“JV”), até o momento anterior à venda da participação da VCP em Agosto 2008 e da e da Ripasa S.A. Celulose e Papel (50%) até a formação do consórcio, também são reconhecidos pela equivalência patrimonial. (1) Grupamento das ações em 2004, na proporção 200 para 1. Os anos anteriores foram ajustados para manter a compatibilidade; (2) Não inclui as aquisições das participações na Aracruz e na Ripasa (2005); (3) Patrimônio líquido inicial; (4) Consolidado 50% da dívida da Ripasa a partir de janeiro de 2007; (5) Não considera os temporários; (6) Exclui papel base para a produção de papel revestido.


VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

receita líquida – R$ milhões

resultado líquido – r$ milhões

2.982

2.772

2.892

2.614

2004

2005

2006

2007

2.487

2008

ebitda e margem *

790

2004

549

658

2005

2006

838 -1.312

2007

2008

resultado operacional – r$ milhões

ebitda (r$ milhões) margem ebitda

1.269

959

1.113

880

782

43%

35%

38%

34%

32%

2004

2005

2006

2007

2008

* inclui participação pro forma de 50% no conpacel a partir de 2007

995

2004

667

719

2005

2006

817 -1.785

2007

2008

79


80

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

valor de mercado – R$ milhões

dívida líquida – r$ milhões

11.065 8.297

4.212

8.486 5.557

2004

2005

1.874

2006

2.263

1.077

2008

2004

2007

produtividade – R$ mil/funcionário

823

2004

765

2005

829

2006

953

2007

2005

1.647

1.555

2006

2007

2008

Investimentos (r$ milhões)

1.189

855

2008

639

593

542

2004

2005

2006

674

2007

Informações sobre: Estratégia de Negócios – página 16 e Gestão Econômica – página 34

2008


81

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

DESEMPENHO AMBIENTAL Investimentos e gastos em proteção ambiental (GRI EN30) Consolidado (R$ mil) Investimentos Resíduos Emissões Recursos hídricos Revegetação de áreas degradadas e proteção de áreas Remediação de áreas contaminadas Gestão ambiental Outros investimentos ambientais

Custeio Resíduos Emissões Recursos hídricos Revegetação de áreas degradadas e proteção de áreas Remediação de áreas contaminadas Gestão ambiental Outros custeios ambientais

Programas básicos (Mato Grosso do Sul) Total

2006

2007

2008

16.531 14.392 0 1.744 0 0 0 395 17.678 2.117 136 12.366 376 0 2.339 344

7.200 5.443 0 845 0 0 856 56 23.862 2.623 15 15.527 1.185 0 4.124 388

34.209

31.062

28.450 11.175 4.807 5.498 8 0 247 915 23.496 4.795 776 10.710 2.804 0 3.775 636 5.436 57.382

Ecoeficiência Energia economizada (GRI EN5) Consolidado (R$ mil) Total de energia economizada (GJ) Aumento na eficiência

2006 Jacareí Piracicaba 391.119,78 13%

0 0%

2007 Jacareí Piracicaba 1.131.748,00 5%

2008 Jacareí Piracicaba

67.790,09 5%

164.007,00 0,69%

0 0%

2006

2007

2008

163.668.857 79%

163.970.735 80%

163.987.200 81%

3.491.124 43%

3.559.610 45%

3.601.215 48%

Água reciclada e reutilizada (GRI EN10)

Jacareí (*) Volume (m3) % Piracicaba Volume (m3) % (*) Considerada apenas a água que recircula nas torres de resfriamento.


82

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Consumo de materiais, energia e água Materiais usados (GRI EN1) 2006

2007

2008

3.657.135 59.704.545

3.442.595 164.208.423

3.542.005 216.206.428

109.630.449 33.309.776

85.012.800 26.023.732

81.796.554 63.974.172

Materiais diretos Peso total (toneladas) Volume total (litros)

Não-renováveis Peso total (toneladas) Volume total (litros)

Consumo de energia indireta (*) (GRI EN4) 2006

2007

2008

Óleo Combustível 7A + 3A + Diesel (Forno de Cal) – kg

34.363.676

34.025.670

30.251.211

Óleo Combustível 3A + Diesel (Vapor) – kg Gás Natural (Nm3)

10.665.698 64.594.115

5.377.546 45.530.755

5.419.120 45.905.259

6.241.742

5.862.076

5.192.916

Fontes não-renováveis

Fontes renováveis Licor negro + biomassa (t) (*) Unidade Jacareí

Autossuficiência na matriz energética – Unidade Três Lagoas – MS


83

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Consumo de energia elétrica – GJ (GRI EN4)

Jacareí Piracicaba Florestal (*)

2006

2007

2008

2.978.061,7 432.099,3 3.275,6

3.129.150,3 412.793,1 13.878,0

2.625.181,6 415.263,8 17.594,2

(*) Dados referem-se a São Paulo e Rio Grande do Sul, em 2006, e incluem Mato Grosso do Sul em 2007 e 2008

Energia direta comprada – GJ (GRI EN3) 2006 Jacareí Piracicaba Não-renováveis Carvão Gás Natural Óleo Óleo combustível Diesel GLP Renováveis Biodiesel

2007 Jacareí Piracicaba

2008 Jacareí Piracicaba

0 2.755.994 1.708.748 0 3.457 0

0 1.039.957 0 0 397 93.176

0 3.092.538 1.556.338 0 12.970 0

0 983.061 0 0 398 106.575

0 3.106.973 1.596.117 0 12.720 0

0 1057145 1064787 0 397 112.810

NA

NA

NA

NA

NA

NA

2006

2007

2008

35.643.155 4.306.695

33.444.915 3.976.371

30.593.485 3.858.013

39.514

42.600

42.099

35.643.155 4.346.209

33.444.915 4.018.971

30.593.485 3.900.112

Total de retirada de água por fonte – (GRI EN8) Fonte Captação superficial (m3) Jacareí Piracicaba Captação subterrânea (m3) Piracicaba Consolidado (m3) Jacareí Piracicaba Valores médios de captação subterrânea para 2006 e 2007, em Piracicaba, devido a problemas com hidrômetro.


84

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Emissões, efluentes e resíduos Emissões de Gases de Efeito Estufa (GRI EN16) Toneladas equivalentes de CO2 Jacareí Emissões diretas Quantidade de CO2 reaproveitada na planta de PCC (Carbonato de Cálcio Precipitado) Emissões diretas (descontada a quantidade de CO2 reaproveitada) Emissões indiretas (eletricidade importada) Piracicaba* Emissões diretas Emissões indiretas (eletricidade importada)

2006

2007

2008

Variação

281.528

288.491

292.306

3.815

11.001

10.257

8.196

-2.061

270.527 3.494

278.234 1.772

284.110 3.174

5.876 -359

49.187 3.876

47.958 3.359

52.459 5.582

2.212 -2.223

*As emissões de CO2 provenientes de automóveis não foram contabilizadas.

Outras emissões relevantes de Gases de Efeito Estufa (GRI EN17) – Uso indireto de energia (t equivalentes de CO2) Fonte Transporte ferroviário Transporte marítimo Total

2006

2007

2008

2.336 114.033 116.368

2.336 114.033 116.368

2.336 114.033 116.368

* Este controle está implantado na unidade Jacareí e a unidade Piracicaba deve replicá-lo a partir de 2009.

Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozônio (GRI EN19) Fonte Toneladas de CO2e kg de NOx (NO e NO2) kg de SOx (SO2 e SO3) Consolidado Substâncias (kg) Gás 141 B – Jacareí Gás 134 A – Jacareí Gás R-22 – Jacareí Gás-R22 – Piracicaba Soma

2006

2007

2008

270.527 1.117 822 272.466

278.234 1.081 631 279.946

284.110 1.128 516 285.754

69 6 1.768 362 2.205

176 6 1.394 721 2.297

125 4 1.443 673 2.245


VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

NOx, SOx, e outras emissões atmosféricas significativas (GRI EN20)

Emissões (kg) NOx (emissões diretas) NOx (emissões indiretas) NOx (outras emissões indiretas) SOx (emissões diretas) SOx (emissões indiretas) Poluentes orgânicos persistentes (POP) Compostos orgânicos voláteis (VOC) Poluentes atmosféricos perigosos (HAP) Emissões de chaminé e fugitivas Material particulado (MP) Outras (TRS)

2006

Jacareí 2007

2008

1.117.115 ND ND 822.946 ND ND ND ND ND 1.585.070 74.365

1.080.833 ND ND 630.760 ND ND ND ND ND 695.358 30.740

1.128.617 ND ND 515.919 ND ND ND ND ND 1.029.942 30.739

Piracicaba 2006 2007 ND ND ND NA NA NA ND ND ND NA ND

72.358 ND ND NA NA NA ND ND ND NA ND

2008 54.900 ND ND NA NA NA ND ND ND NA ND

ND - Não disponível; NA - Não aplicável

Descarte total de água, por qualidade e destinação (Volume (m³/ano) (GRI EN21)

Jacareí Piracicaba

2006

2007

2008

Destinação

Método

30.088.655 4.304.395

30.215.074 4.098.630

22.111.414 4.525.238

Rio Paraíba do Sul Rio Piracicaba

Lodo ativado duplo estágio Físico-químico e lodo ativado

Viveiro de mudas - Unidade Florestal Capão Bonito – SP

85


86

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Gestão de resíduos (t) (GRI EN22)

Resíduos perigosos Reúso Re-refino Reprocessamento/reciclagem Compostagem Co-processamento Tratamento biológico Incineração Aterro sanitário interno Aterro sanitário externo Total

2006 Piracicaba

Jacareí

2007 Piracicaba

Jacareí

2008 Piracicaba

Jacareí

6,51 0,478 48,82 0,045 55,86

-

2,69 0,356 60,04 0,467 63,13

-

2,59 0,540 62,64 0,035 65,90

72 32 0,23 105,23

37,84 576,16 6.788,95 NA 947,41 8.350,36 8.406,21

184.837

51,89 433,73 643,27 6.246,11 NA 740,66 2.245,60 10.361,26 10.424,40

188.271

88,84 9.856,65 3.623,43 4.855,50 NA 779,63 19.204,05 19.269,95

3.390 131.042 419 134.851 134.956,23

Resíduos não perigosos Reúso Re-refino Reprocessamento/reciclagem Compostagem Co-processamento Tratamento biológico Incineração Aterro sanitário interno Aterro sanitário externo Total Total geral

* As informações disponibilizadas para os anos de 2006 e 2007 para a unidade Jacareí foram estimadas (% correspondente a geração de resíduos industriais = 99% base 2008) e foram contabilizadas de maneira macro. A apuração detalhada, por tipo de resíduo, iniciou-se no ano de 2008.

Biodiversidade Propriedades em áreas protegidas e/ou alto índice de biodiversidade (GRI EN11)

Total – dentro ou adjacente a áreas (km2) Dentro de áreas (km2) (1) Em áreas adjacentes (km2) (2) (1) Refere-se a SP e RS. MS não tem áreas nessa situação; (2) Refere-se a RS. SP e MS não têm áreas nessa situação.

2006

2007

2008

230,82 192,68 38,14

230,82 192,68 38,14

230,82 192,68 38,14


87

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Habitats protegidos ou restaurados (km2) – 2008 (GRI EN13)

Floresta Atlântica Cerrado Pampa Total

Habitats protegidos

Habitats em revegetação permanente

Habitats em revegetação provisória

Habitats suprimidos

Localização (Estado)

519,97 586,93 608,11 1.715,01

21,94 0 1,43 23,37

0 0 0 0

0 0 0 0

São Paulo Mato Grosso do Sul Rio Grande do Sul

Espécies em risco de extinção – lista iucn* (GRI EN15)

Criticamente ameaçadas Ameaçadas Vulneráveis Quase ameaçadas Mínimo de preocupação Total de espécies afetadas

2006

2007

2008

0 6 12 0 0 18

0 7 15 0 0 22

0 7 15 0 0 22

* Não considera Unidade Florestal Rio Grande do Sul

Projeto Papagaio verdadeiro – Monitoramento de ninhos artificiais (50 ninhos) Espécie Amazona aestiva Otus atricapillus Falco sparverius Xiphocolaptes albicollis Myiarchus ferox

Nome comum

Quantidade

papagaio-verdadeiro coruja-sapo quiri-quiri arapaçu maria-cavaleira

8 (16%) 5 (10%) 4 (8%) 3 (6%) 1 (2%) 3 (6%)

Passeriformes não identificados

Conformidade Multas e sanções ambientais (GRI EN28)

Nº de processos • Administrativos • Judiciais • Arbitragem Valor monetário relativo a multas (R$) • Pagas • Pendentes por decisão N° total de sanções não monetárias

Informações sobre: Estratégia Climática – página 17 e Gestão Ambiental – página 36

2006

2007

2008

3 3 0 0 0 0 0 0

7 5 2 0 0 0 0 0

6 6 0 0 5.100 5.100 0 1


88

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

DESEMPENHO SOCIAL Treinamento (horas) (GRI LA10)

Categoria Diretoria Gerência Administrativo Operacional Supervisão Técnicos Total

2006

2007

2008

16,00 1.743,28 20.697,96 29.168,71 23.559,99 43.598,90 118.784,84

208,00 7.407,49 44.751,63 79.713,19 14.762,79 80.769,04 227.612,14

48,00 5.049,51 67.634,74 410.958,96 22.839,93 56.658,38 563.189,52

Recursos investidos em treinamento (R$ milhões) (GRI LA10)

4.585 4.105 3.705

2006

2007

2008

Tipo de atividades de treinamento 2006 Participações Presenciais Treinamento (on-line) Videotreinamento e cartilhas Total

7.744 82 0 7.826

Horas 118.220,42 564,42 0 118.784,84

2007 Participações 17.109 77 0 17.186

Horas 227.205,12 407,02 0 227.612,14

2008 Participações 22.005 150 0 22.155

Horas 562.694,95 494,57 0 563.189,52


VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

avaliação de desempenho

Total de cursos disponíveis

Capacitação Técnica Formação Saúde e Segurança Idiomas Comportamental Ambiental Total

2006

2007

2008

206 50 160 10 26 8 460

434 139 79 55 39 17 763

393 178 70 59 25 19 744

análise de desempenho – % de profissionais (GRI LA12)

40,67% 35,30% 27,65%

Treinamento

Investimento por empregado (R$) Horas de treinamento por empregado

2006 *

2007 *

2008

1062,89

1497,21

1579,06

34,07

83,01

193,94

* Dados de 2006 e 2007 revistos.

Roberta, Nelson, Paulo e José Renato no Módulo de Cavaco da Unidade Florestal Capão Bonito – SP

2006

2007

2008

89


90

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Contratação local (GRI EC7) Membros da alta gerência contratados no local Região (*)

2006

2007

2008

0 164 3 167

0 121 3 124

0 109 2 111

Centro-Oeste Sudeste Sul Total VCP não mantém operações nas Regiões Norte e Nordeste.

% empregados próprios provenientes da comunidade local Região (*)

2006

2007

2008

Centro-Oeste Sudeste Sul Total

0,0% 90,3% 90,8% 90,3%

48,6% 86,4% 92,6% 81,1%

33,0% 86,7% 91,2% 86,7%

VCP não mantém operações nas Regiões Norte e Nordeste.

% membros de alta gerência provenientes da comunidade local Região (*)

2006

2007

2008

Centro-Oeste Sudeste Sul Total

0,0% 89,6% 37,5% 87,4%

0,0% 84,6% 37,5% 80,5%

0,0% 85,2% 25,0% 69,4%

VCP não mantém operações nas Regiões Norte e Nordeste.

Contratação local (% do total) empregados alta gerência

90,3

2006

87,4

81,1

2007

80,5

86,7 69,4

2008


VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Saúde e segurança (GRI LA7)

N° de lesões Taxa de lesões (TL) N° de doenças ocupacionais Taxa de doenças ocupacionais (TDO) N° de dias perdidos Taxa de dias perdidos (TDP) N° de dias com faltas Taxa de absenteísmo (TA) N° absoluto de óbitos

2006

2007

2008

50 0,42 5 0,042 22.983 195,34 4.210,84 0,20 3

37 0,36 4 0,039 7.646 74,32 5.583,38 0,29 1

30 0,30 3 0,029 6.964 68,6 5.703,69 0,27 1

Profissionais reunidos na entrada da VCP-MS

La adipsustrud mod essit augait ad min henim velis nonsenim nostincipit laorer susci ea facipisi. Henim veliquat vulputem ero dolortiscin elissit luptat praese min utet iril dunt dit digniam iriustrud el in essi eriustin volore dolestrud duipit ute consequi blaortio eugue mincipi scilla consequis augait, con velestrud duisl eugiam dit la core tat. Duis

91


92

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Afastados do trabalho (GRI LA7) 2006

2007

2008

Acidentes Tratamento Acidentes Tratamento Acidentes Tratamento de trabalho Maternidade de Saúde de trabalho Maternidade de Saúde de trabalho Maternidade de Saúde

Total de licenciados

50

17

128

37

21

142

30

17

143

Licenças iniciadas

50

12

88

37

14

80

30

17

64

22.983

1.744

9.345

7.646

2.100

12.559

6.964

1.580

20.602

2004

2005

2006

2007**

2008

124 6,0

66 2,75

50 2,12

37 1,80

30 1,48

Total de dias perdidos

Acidentes na Empresa (*)

Índice de absenteísmo *

0,47%

0,21% 0,20%

0,29% 0,27%

Total de ocorrências Taxa de frequência * Com afastamento. ** Dado de 2007 revisto.

2004

2005

2006

2007

2008

* Total de dias perdidos por faltas em relação ao total de dias/homem previstos para trabalho. Considera faltas justificadas e injustificadas e 250 dias de trabalho no ano. ** Dados de 2006 e 2007 revistos.

Claudio – Operador na sala de controle das extratoras de celulose – Unidade Jacareí – SP


93

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Prevenção e controle de riscos e doenças Programas de assistência (GRI LA8) Tipo de assistência

Abrangência

Aconselhamento Prevenção e controle de risco Tratamento Educação e treinamento

Profissionais VCP e Terceiros Profissionais VCP e Terceiros Ambulatórios Médicos VCP e Rede Credenciada Profissionais VCP e Terceiros

Práticas trabalhistas Trabalhadores por tipo de emprego e contrato (GRI LA1) Profissionais em tempo integral Região Centro-Oeste Sudeste Sul Total

Contratos por prazo indeterminado ou permanente 2006 2007 2008 0 3.314 173 3.487

416 2.111 215 2.742

640 2.127 137 2.904

Contratos por prazo determinado ou temporário 2006 2007 2008 0

0

1 0 0 1

Considerados empregados ativos e diretores (não considerados afastados e expatriados).

Contratados em tempo integral Região

Contrato de terceiro permanente 2006 2007 2008

Centro-Oeste Sudeste Sul Total

0 4.037 713 4.750

1.013 2.971 928 4.912

898 3.199 741 4.838

2006 0 0 0 0

Contrato de terceiro projeto 2007 2008 4.379 0 0 4.379

6.836 0 0 6.836

Total de trabalhadores (*)

Norte Nordeste Centro-Oeste Sudeste Sul No exterior Total (*) Próprios e terceiros, exceto projeto.

2006

2007

2008

0 0 0 7.351 886 0 8.237

0 0 1.429 5.082 1.143 0 7.654

0 0 1.538 5.326 878 0 7.742


94

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Total de profissionais próprios

Diretoria Gerência Administrativo Operacional Supervisão Técnicos Total

2006

2007

2008

9 182 403 1777 126 990 3.487

8 158 446 1420 71 639 2.742

6 154 427 1432 63 822 2.904

Rotatividade (GRI LA2) 2006 Taxa de rotatividade – total

%

14,33%

2007

%

10,44%

2008

%

29,19%

Rotatividade por gênero (Nº de demitidos) Homens Mulheres

426 82

12% 2%

231 94

8% 3%

559 265

19% 9%

221 247 40

6% 7% 3%

134 160 31

5% 6% 1%

391 399 34

13% 14% 1%

157 351 -

5% 10%

52 273 -

2% 10%

307 289 228

11% 10% 8%

Rotatividade por faixa etária (Nº de demitidos) Até 30 anos De 30 a 50 anos Mais de 50 anos

Rotatividade por região (Nº de demitidos) Centro-Oeste Sudeste Sul


95

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Remuneração Proporção salarial (GRI EC5)

2006

Mensal 2007

2008

Por hora (220 h mensais) 2006 2007 2008

Salário mínimo nacional – R$

350

380

415

1,5909

1,7273

1,8864

São Paulo - Menor salário pago (escriturário) – R$

410

517

549

1,8366

2,3500

2,4955

Proporção em relação ao salário mínimo (%)

117

136

132

117

-

-

Florestal Sul – Menor salário pago (escriturário) – R$

406

431

528

1,8455

1,9591

2,64

Proporção em relação ao salário mínimo (%)

116

113

110

-

-

-

Mato Grosso do Sul – Menor salário pago (escriturário) – R$

-

404

415

-

1,8364

1,8864

Proporção em relação ao salário mínimo (%)

-

106

100

-

-

-

Folha de pagamento R$ milhões Salários PPR + PRV Encargos sociais compulsórios Total de benefícios

2004

2005

2006

2007

2008

157 14 41 34

171 18 69 39

168 21 64 45

119 21 52 36

149 23 62 49


96

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Benefícios

Relação com a empresa

Plano de pensão (GRI EC3)

Total de colaboradores sindicalizados (HR5)

2008 CD (1) Nº participantes ativos

1.171

2,136

Valor das obrigações da Empresa (US$ milhões)

757

55.204.992

Índice de cobertura do passivo

100%

Salário-base contribuição – empregado

4,65%

Salário-base contribuição – empresa

3,64%

% empregados participantes

2006

94%

677

2007

2008

(1) CD: Contribuição Definida (Plano VotorantimPrev); CDV: Contribuição Definida Variável (Plano VCNE – fechado para novas adesões).

Diversidade e igualdade Diversidade* (GRI LA13)

Gênero Homens Mulheres Diretoria Gerência Administrativo Operacional Supervisão /técnicos Total * Profissionais próprios.

6 69 237 1.351 752 2.415

0 9 190 81 209 489

Pessoas com Faixa etária (anos) Raça/cor deficiência Até 30 30 a 50 Mais de 50 Brancos Negros Amarelos 3 185 541 294 1.923

62 223 833 605 1.723

13 19 58 62 152

6 75 380 1.139 855 2.455

40 290 93 423

3 7 3 13 26

54 33 15 102


97

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Composição de grupos minoritários

Mulheres Negros Profissionais acima de 45 anos Pessoas com deficiência Mulheres em cargo de chefia Negros em cargo de chefia

2006

2007

2008

494 122 631 30 12 2

506 118 454 114 19 3

489 116 479 102 20 3

proporção de salário de homens e mulheres (R$ médio mensal) (GRI LA14)

Cargo Diretoria Gerência Supervisão/Técnicos Administrativo Operacional

2006 Homens Mulheres NA 17.159,21 4.526,96 3.183,87 1.543,56

NA 14.183,00 3.169,31 3.197,72 601,20

Homens

2007 Mulheres

NA 83% 16.917,39 70% 4.839,17 100% 3.311,49 39% 1.270,24

NA 16.079,00 3.460,57 3.185,87 512,14

%

2008 % Homens Mulheres 95% 72% 96% 40%

NA 18.049,96 4.767,88 3.673,76 1.713,03

NA 16.272,33 3.315,14 2.891,22 869,00

% 90% 70% 79% 51%

Obs.: Salário-base em 31 de dezembro. NA – Não Aplicável – na VCP há apenas diretores homens.

Direitos humanos Treinamento em direitos humanos (GRI HR3)

Tipos de Atividade Presenciais TreiNet (On-line) Videotreinamentos e cartilhas Total

Participações

Horas

Participações

Horas

Participações

Horas

1.241 0 0 1.241

5.632 0 0 5.632

2.972 0 0 2.972

12.630 0 0 12.630

3.590 0 0 3.590

36.421 0 0 36.421


98

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Cidadania e filantropia corporativa/ Investimento social privado

Contribuiçoes políticas * (valor R$ mil)

689.500 Investimento em infraestrutura e serviços em benefício público – (GRI EC8) 1.641 Recursos financeiros investidos (R$ mil)

2007

2008

Programa de apoio a unidades de conservação Programa de educação ambiental Programa de monitoramento da qualidade das águas superficiais Programa comunicação e relacionamento Programa fomento desenvolvimento empresarial Programa monitoramento e controle operação transporte Plano ambiental de construção Programa adequação infraestrutura Programa saúde pública Total

3.964 43 -

3.730 122 151 184 201 85 84 853 518 5.928

2 6 135 24 4.173

Contribuições políticas* (GRI SO6)

Valor (R$ mil)

2006

2007

2008

1.641

Não houve

689,5

2006

2007

2008

1,78 9,58 51,36 16,41 186,98 44,04 34,07

26,00 46,88 100,34 56,14 207,93 126,40 83,01

8,00 32,76 157,78 286,95 362,50 68,71 193,77

* Doações 100% no Brasil

Desenvolvimento do capital humano média de horas de treinamento (GRI hr3)

Diretoria Gerência Administrativo Operacional Supervisão Técnicos Total

Saúde e segurança ocupacional Treinamento de pessoal de segurança (GRI HR8)

Próprios Terceiros Total

2006

Número Total 2007

2008

% treinado

25 59 84

25 75 100

25 81 106

100% 100% 100%

não houve

2006

2007

(*) 100% doado no Brasil.

2008


99

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Conformidade Processos 2006

2007

2008

4 0 0 4

6 1 0 7

4 1 0 5

25 0 0 25

27 1 0 28

43 7 0 50

2007

2008

Nº de processos pagos Administrativos Judiciais Arbitragem Total Nº de processos pendentes por decisão Administrativos Judiciais Arbitragem Total

Multas – (GRI SO8) 2006 Pagas Pendentes por decisão Total

259.149,11 88.052,00 347.201,11

441.887,57 154.553,90 88.416,00 51.815.558,75 530.303,57 51.970.112,65

Sanções não monetárias (GRI SO8) 2006

2007

2008

Trabalhista Tributária Regulação contábil

SR SR SR

SR SR SR

SR SR SR

Corrupção

SR

SR

SR

Discriminação

SR

SR

Procedimento Preparatório nº 149/2008 do Ministério Público do Trabalho da 4ª Região. Trata-se de termo de ajustamento de conduta.

Violação à legislação Total

SR 0

SR 0

SR 0

SR – sem registro.

Informações sobre: Estratégia Social – página 18 e Gestão Social – página 44


100

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

RELATO DA SUSTENTABILIDADE Para a divulgação de seu desempenho, das perspectivas e de seus modelos de gestão em 2008, a VCP adotou pelo quarto ano consecutivo as diretrizes internacionais da Global Reporting Initiative (GRI), na versão G-3. A GRI é uma rede de ação global que colabora no desenvolvimento de normas de elaboração de relatórios de sustentabilidade, o que envolve as dimensões econômica, social e ambiental das empresas. (GRI 3.1) A VCP apresenta documento com a divulgação de seus resultados desde 1999, sendo que o último Relatório Anual foi publicado em abril de 2007. Essa estratégia visa estreitar o relacionamento com os stakeholders – acionistas, colaboradores, comunidades, fornecedores, governo e clientes – além de servir como ferramenta para aprimorar ainda mais seus modelos de gestão. (GRI 3.2, 3.3) O levantamento das informações deste Relatório abrange o período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2008. Os indicadores contemplam a área administrativa, as unidades industriais e florestais localizadas nos Estados de São Paulo (Jacareí, Capão Bonito e Piracicaba) e Mato Grosso do Sul (Três Lagoas). Os dados não abrangem a participação de 50% da VCP no Consórcio Conpacel, a participação em Aracruz, bem como as terras e florestas localizadas no Estado do Rio Grande do Sul, salvo quando expresso o contrário. (GRI 3.6, 3.7, 3.8)

Para o levantamento dos indicadores GRI e a elaboração da matriz de materialidade, foi contratada a consultoria Key Associados. A compilação dos dados envolveu as principais áreas da Companhia. A organização das informações e dos capítulos priorizou a transparência, com resultados divididos por segmentos de negócios e as perspectivas para 2009. Todos os dados, tanto de natureza econômico-financeira como ambientais e sociais, foram verificados pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes. Alguns desses indicadores foram revistos em relação aos dados publicados no relatório anterior, como consequência de ajustes, adequadção da metodologia de cálculo e revisão. Os indicadores financeiros seguiram as disposições da Lei nº 11.638/07, que alterou critérios para contabilização de itens como ativos no exterior e investimentos. (GRI 3.9, 3.10; 3.11, 3.13) Mais informações sobre este relatório podem ser obtidas com a área de Relações com Investidores – Alameda Santos, 1357, 9º andar, São Paulo, SP, 01419-908 – e-mail: ir@vcp.com.br, telefone: 55 11 2138 4261/4361/4168/4287. (GRI 3.4)


VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

RELACIONAMENTO COM PARTES INTERESSADAS O conteúdo do Relatório Anual de Sustentabilidade 2008 foi definido em um processo de identificação da materialidade, baseado em vetores internacionais e nacionais e no diálogo com partes interessadas, para a identificação e o refinamento de temas relevantes para a organização e os interesses dos públicos internos e externos. Como parte desse processo, destacam-se duas atividades de engajamento de stakeholders: o Projeto do Pensamento Sistêmico e o 1º Ciclo de Diálogo entre as Partes Interessadas.(GRI 3.5, 4.14; 4.15; 4.16) A primeira envolveu profissionais de diferentes áreas (Sustentabilidade, Relações com Investidores, Comercial, Desenvolvimento Humano e Organizacional, Suprimentos, entre outras), em dois dias de debates e exercícios de Pensamento Sistêmico. Na ocasião, foram coletadas informações e opiniões, para identificar a percepção interna a respeito das partes interessadas sobre as quais a Empresa detém ou sofre influência significativa. A segunda atividade, o Ciclo de Diálogo, contou com a participação de clientes, fornecedores, representantes de governo, comunidades e ONGs. Realizado na sede da VCP, em São Paulo, reuniu

representantes dos seguintes públicos: ONGs (Guarda Mirim de Piracicaba, Som Maior, Ecoar Florestal, Centro Comunitário Monte Alegre e Projeto Muriqui, Casa da Floresta); governo (Secretaria do Meio Ambiente de Jacareí); fornecedores (Fertécnica); clientes (Papirus); investidores (analista do Banco Real / Grupo Santander) e público interno (representado por profissionais das áreas de Sustentabilidade, Relações com Investidores e Comercial Celulose). Essas práticas contribuíram significativamente para a identificação dos temas materiais, possibilitando que o processo de engajamento amadureça ao seu tempo, de forma estruturada e consistente. Nessa definição foram ainda ponderados os compromissos assumidos pela VCP com iniciativas externas (a exemplo de Pacto Global, certificações de qualidade e outras) e nos índices de sustentabilidade em que está presente (ISE, da Bovespa e Dow Jones Sustainability Index, da NYSE). No eixo interno, levouse em conta as estratégias e políticas da Companhia e os compromissos relatados no Relatório de Sustentabilidade de 2007. O processo permitiu identificar os principais temas e preocupações dos públicos de relacionamento da VCP (GRI 4.17):

• Compromissos Econômicos, Ambientais e Sociais; • Desempenho Econômico; • Operações Florestais e Industriais; • Políticas / Sistema de Gestão do Meio Ambiente; • Emissões, Efluentes e Resíduos; • Investimento Social Privado; • Indicadores de Práticas Trabalhistas; • Atração e Retenção de Talento; • Cidadania / Filantropia Corporativa. Foram considerados 40 temas, dos quais 37 reconhecidos como materiais. De acordo com o grau de relevância, foram situados em quatro quadrantes da matriz de materialidade, de forma a identificar os aspectos que devem ser considerados na versão eletrônica e no relatório impresso, assim como os temas que não foram considerados de relevância significativa para o relato de 2008. Foram considerados os temas que detiveram índices externo e interno superior a 50%, a partir de critérios de ponderação e definição dos parâmetros construídos e determinados pela consultoria externa. Esses temas foram validados pela Diretoria da VCP, considerados na elaboração deste relatório e serão avaliados e trabalhados como parte do planejamento estratégico da organização.

101


VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

MATRIZ DE MATERIALIDADE – METODOLOGIA ETHOS

C kZa YZ ^bedgi}cX^V eVgV eVgiZh ^ciZgZhhVYVh

102

C kZa YZ ^bedgi}cX^V eVgV ZbegZhV

IZbVh BViZg^V^h Ä AZ\ZcYV %& Ä :higVi \^Vh Z DW_Zi^kdh eVgV HjhiZciVW^a^YVYZ %' Ä 8dbegdb^hhdh ZXdc b^Xdh! VbW^ZciV^h Z hdX^V^h %( Ä BVig^o YZ bViZg^Va^YVYZ Z gZaVX^dcVbZcid Xdb eVgiZh ^ciZgZhhVYVh %) Ä 8dbegdb^hhdh kdajci{g^dh Zm# EVXid <adWVa! 8Zgi^[^XV d ;H8! ZiX %* Ä <Zhi d YZ G^hXdh/ >ckZhi^bZcidh! CZ\ X^dh Z HZ\jgdh %+ Ä B^hh d! K^h d Z KVadgZh YV K8E %, Ä HVi^h[V d YZ 8a^ZciZh %- Ä 8 Y^\dh YZ 8dcYjiV $ 8dbea^VcXZ $ 8dggje d Z HjWdgcd %. Ä Eda i^XVh $ H^hiZbV YZ <Zhi d Yd BZ^d 6bW^ZciZ &% Ä 8dchjbd YZ Û\jV &&Ä :b^hh Zh! Z[ajZciZh Z gZh Yjdh &' Ä <ZgZcX^VbZcid HjhiZci{kZa YVh ;adgZhiVh &( Ä ;dgcZXZYdgZh H X^d"6bW^ZciV^h XdggZidh &) Ä >cY^XVYdgZh YZ Eg{i^XVh IgVWVa]^hiVh &* Ä :c\V_VbZcid YZ HiV`Z]daYZg Y^{ad\d &+ Ä GZaV Zh Xdb V Xdbjc^YVYZ &, Ä HZ\jgVc V Z HV YZ DXjeVX^dcVa &- Ä 9^gZ^idh =jbVcdh &. Ä V CZ\ X^d ;adgZhiVa '% Ä 9ZhZbeZc]d ZXdc b^Xd

'& Ä >ckZhi^bZcid YZ XVe^iVa '' Ä <ZgZcX^VbZcid YZ G^hXd Z 8g^hZ <dkZgcVc V 8dgedgVi^kV '( Ä :Xd Ä :[^X^ cX^V DeZgVX^dcVa ') Ä ;^WgV HjhiZci{kZa Z Dg^\Zb YV 8ZajadhZ '* Ä <Zhi d GZhedch{kZa Yd EgdYjid '+ Ä >ckZhi^bZcid HdX^Va Eg^kVYd ', Ä 6igV d Z GZiZc d YZ IVaZcid '- Ä 8^YVYVc^V $ ;^aVcigde^V 8dgedgVi^kV '. Ä 8g^i g^dh eVgV V HZaZ d YZ ;dgcZXZYdgZh (% Ä DeZgV Zh [adgZhiV^h Z ^cYjhig^V^h (& Ä 8GB Ä <ZgZcX^VbZcid YZ GZaV Zh Xdb d 8a^ZciZ (' Ä :higVi \^V 8a^b{i^XV (( Ä 9ZhZckdak^bZcid Yd 8Ve^iVa =jbVcd () Ä :higVi \^V YZ cZ\ X^dh/ (* Ä X CZ\ X^d 8ZajadhZ (+ Ä GZXaVbV Zh ZmiZgcVh eZgi^cZciZh (, Ä 8dc[dgb^YVYZ aZ\Va! bjaiVh Z hVc Zh (- Ä HZ\jgdh 6bW^ZciV^h (. Ä W CZ\ X^d EVeZa )% Ä <ZgZcX^VbZcid YZ Dg\Vc^hbdh BdY^[^XVYdh <ZcZi^XVbZciZ


VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Temas para o Relatório Impresso • Compromissos econômicos, ambientais e sociais • Desempenho econômico • Operações florestais e industriais • Políticas / Sistema de Gestão do Meio Ambiente • Emissões, efluentes e resíduos • Investimento social privado • Indicadores de práticas trabalhistas • Atração e retenção de talento • Cidadania / filantropia corporativa • Compromissos voluntários (ex. Pacto Global, certificação FSC, etc.) • Códigos de Conduta / compliance / corrupção e suborno • Conformidade legal, multas e sanções. • Reclamações externas pertinentes

Indicadores GRI 4.10, 4.11, 4.12. 4.13, EN14, EN26, EN30 EC1, EN30 EN11, EN12, EN13, EN15 EN6, EN18, EN26, EN30 EN16, EN17, EN19, EN20, EN21, EN22, EN23, EN24, EN25, EN29 EC6, EC8 4.5, EC3, EC5, LA1, LA2, LA3, LA4, LA5, LA6, LA13, HR5 EC3 SO6 4.2, LA4, LA5, PR2, PR4, PR6 SO3, SO4 LA7, LA9, PR2, PR3, PR4, PR6, PR7, PR9, EN15, EN24, EN28 1.2, 4.4, 4.12, 4.14, 4.15, 4.16, 4.17, EC8, LA4, HR2, HR5, HR6, HR7, HR9, SO5, SO6, SO7, SO8, PR2, PR4, PR5, PR7, PR8, EN9, EN11, EN12, EN13, EN14, EN15, EN23, EN24, EN29

Temas para o Relatório On-line – Completo • Estratégias e objetivos para sustentabilidade • Matriz de materialidade e relacionamento com partes interessadas • Gestão de riscos: investimentos, negócios e seguros • Estratégias de negócios • Investimento de capital • Missão, Visão e Valores da VCP • Satisfação de clientes • Gerenciamento de risco e crise, governança corporativa • Gerenciamento de relações com o cliente • Seguros ambientais • Fornecedores socioambientais (corretos)

Ciclo de diálogo com partes interessadas

EN14, EN26; 4.7, 4.9 3.5, 4.14, 4.15, 4.17 EC2, HR5, HR6, SO2, SO4 EC4 4.6, 4.8 PR5, PR8 1.2, SO3, SO4 PR6 HR2, HR6, HR7

103


104

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Balanço Social 1 – Base de Cálculo

2008 Valor (mil reais)

2007 Valor (mil reais)

Receita líquida (RL) Resultado operacional (RO) Folha de pagamento bruta (FPB)

2 – Indicadores Sociais Internos Alimentação Encargos sociais compulsórios Previdência privada Saúde Segurança e saúde no trabalho Educação Cultura Capacitação e desenvolvimento profissional Creches ou auxílio-creche Participação nos lucros ou resultados Outros Total – Indicadores sociais internos

3 – Indicadores Sociais Externos

2.487.099

2.614.364

(1.787.079)

817.018

282.704

191.435

Valor (R$ mil)

% sobre FPB

% sobre RL

Valor (R$ mil)

% sobre FPB

% sobre RL

9.326

3,30%

0,37%

7.031

3,67%

0,27%

62.328

22,05%

2,51%

51.685

27,00%

1,98%

4.554

1,61%

0,18%

4.839

2,53%

0,19%

12.814

4,53%

0,52%

9.773

5,11%

0,37%

4.836

1,71%

0,19%

2.538

1,33%

0,10%

0,40

0,00%

0,0%

80

0,04%

0,00%

0

-

-

0

-

-

4.598

1,63%

0,18%

3.181

1,66%

0,12%

223

0,08%

0,01%

160

0,08%

0,01%

23.109

8,17%

0,93%

20.621

10,77%

0,79%

17.248

6,10%

0,69%

11.319

5,91%

0,43%

139.036

49,18%

5,59%

111.226

58,10%

4,25%

Valor (R$ mil)

% sobre RO

% sobre RL

Valor (R$ mil)

% sobre RO

% sobre RL

3.112

-0,17%

0,13%

736

0,09%

0,03%

Cultura

0

0,00%

0,00%

0

0,00%

0,00%

Esporte

103

-0,01%

0,00%

2,42

0,00%

0,00%

Outros

1.238

-0,07%

0,05%

2484

0,30%

0,10%

Total das contribuições para a sociedade

4.453

-0,25%

0,18%

3.222

0,39%

0,12%

Tributos (excluídos encargos sociais)

93.301

-5,22%

3,75%

163.797

20,05%

6,27%

Total – Indicadores sociais externos

97.754

-5,47%

3,93%

167.019

20,44%

6,39%

Valor (R$ mil)

% sobre RO

% sobre RL

Valor (R$ mil)

% sobre RO

% sobre RL

Educação

4 – Indicadores Ambientais Investimentos relacionados com a produção/operação da Empresa Investimentos em programas e/ou projetos externos Total dos investimentos em meio ambiente Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar resíduos, ao consumo em geral na produção/ operação e ao aumento da eficácia na utilização de recursos naturais, a Empresa

56.467

-3,16%

2,27%

31.006

3,80%

1,19%

915

-0,05%

0,04%

R$56

0,01%

0,00%

57.382

-3,21%

2,31%

31.062

3,80%

1,19%

( ) não possui metas ( ) cumpre de 51% a 75%

( ) não possui metas ( ) cumpre de 51% a 75%

( ) cumpre de 0% a 50% (X) cumpre de 76% a 100%

( ) cumpre de 0% a 50% (X) cumpre de 76% a 100%


105

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

5 – Indicadores do Corpo Funcional

2008

2007

Nº de empregados(as) ao final do período

2.904

2.742

Nº de admissões durante o período Nº de empregados(as) terceirizados(as)

977

477

4.838

4.912

Nº de estagiários(as)

32

0

Nº de empregados(as) acima de 45 anos

479

454

Nº de mulheres que trabalham na Empresa

489

506

8,93%

7,98%

% de cargos de chefia ocupados por mulheres Nº de negros(as) que trabalham na Empresa

116

118

1,34%

1,26%

Nº de portadores(as) de deficiência ou necessidades especiais

102

114

6 – Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial

2008

Meta 2009

Relação entre a maior e a menor remuneração na Empresa

77,53

ND

30

ND

% de cargos de chefia ocupados por negros(as)

Número total de acidentes de trabalho Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela Empresa foram definidos por: Os padrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram definidos por: Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a Empresa:

( ) direção (X) direção e gerências

( ) não se envolve

(X) direção e gerências

( ) todos(as) empregados(as)

( ) direção

( ) todos(as) empregados(as) ( ) todos(as) + Cipa

(X) direção e gerências

(X) direção e gerências

( ) todos(as) empregados(as)

( ) todos(as) ( ) todos(as) + Cipa empregados(as)

( ) segue as normas (X) incentiva e segue ( ) seguirá as normas da OIT a OIT ( ) não se envolverá da OIT

(X) incentivará e seguirá a OIT

A previdência privada contempla:

( ) direção

( ) direção e gerências

(X) todos(as) empregados(as)

( ) direção

( ) direção e gerências

(X) todos(as) empregados(as)

A participação nos lucros ou resultados contempla:

( ) direção

( ) direção e gerências

(X) todos(as) empregados(as)

( ) direção

( ) direção e gerências

(X) todos(as) empregados(as)

( ) não são considerados

( ) são sugeridos

(X) são exigidos

( ) não serão considerados

( ) serão sugeridos

(X) serão exigidos

( ) não se envolve

(X) apoia

( ) organiza e incentiva ( ) não se envolverá

(X) apoirá

( ) organizará e incentivará

na Empresa

no Procon

na Justiça

na Empresa

no Procon

na Justiça

ND

ND

ND

ND

ND

ND

na Empresa

no Procon

na Justiça

na Empresa

no Procon

na Justiça

ND

ND

ND

ND

ND

ND

Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pela Empresa: Quanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho voluntário, a Empresa: Número total de reclamações e críticas de consumidores(as): % de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas: Valor adicionado total a distribuir (em mil R$): Distribuição do Valor Adicionado (DVA): (GRI EC1)

Em 2008: 2.198.396

Em 2007: 3.350.095

84% governo 15% colaboradores (as)

14% governo 11% colaboradores (as) 9% acionistas 50% terceiros 16% retido

0% acionistas 149% terceiros 60% retido

7 – Outras Informações Para esclarecimento sobre as informações declaradas: Relações com Investidores – tel.: (11) 2138-4361 – e-mail: ir@vcp.com.br Esta empresa não utiliza mão de obra infantil, trabalho degradante e análogo à escravidão, não tem envolvimento com prostituição ou exploração sexual de criança ou adolescente e não está envolvida com corrupção. Nossa empresa valoriza e respeita a diversidade interna e externamente.


106

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Sumário gri (gri 3.12) Correlação com o Pacto Global Princípio do Pacto Global

Página / Comentário

1. ESTRATÉGIA E ANÁLISE 1.1. Declaração do detentor do cargo com maior poder de decisão na organização (como diretor-presidente, presidente do conselho de administração ou cargo equivalente) sobre a relevância da sustentabilidade para a organização e sua estratégia. 1.2. Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades. 2. PERFIL ORGANIZACIONAL 2.1. Nome da organização. 2.2. Principais marcas, produtos e/ou serviços. 2.3. Estrutura operacional da organização, incluindo principais divisões, unidades operacionais, subsidiárias e joint ventures. 2.4. Localização da sede da organização.

3, 5 21, 27

7 7 7 112

2.5. Número de países em que a organização opera e nome dos países em que suas principais operações estão localizadas ou são especialmente relevantes para as questões de sustentabilidade cobertas pelo relatório.

7

2.6. Tipo e natureza jurídica da propriedade.

8

2.7. Mercados atendidos (incluindo discriminação geográfica, setores atendidos e tipos de clientes/ beneficiários).

7

2.8. Porte da organização. 2.9. Principais mudanças durante o período coberto pelo relatório referentes a porte, estrutura ou participação acionária. 2.10. Prêmios recebidos no período coberto pelo relatório.

8, 78 8 12, 13

3. PARÂMETROS PARA O RELATÓRIO Perfil do relatório 3.1. Período coberto pelo relatório (como ano contábil/ civil) para as informações apresentadas. 3.2. Data do relatório anterior mais recente (se houver). 3.3. Ciclo de emissão de relatórios (anual, bienal etc.). 3.4. Dados para contato em caso de perguntas relativas ao relatório ou seu conteúdo. Escopo e limite do relatório 3.5. Processo para a definição do conteúdo do relatório.

100 100 100 100

3.6. Limite do relatório (como países, divisões, subsidiárias, instalações arrendadas, joint ventures, fornecedores).

100

3.7. Declaração sobre quaisquer limitações específicas quanto ao escopo ou ao limite do relatório.

100

3.8. Base para a elaboração do relatório no que se refere a joint ventures, subsidiárias, instalações arrendadas, operações terceirizadas e outras organizações que possam afetar significativamente a comparabilidade entre períodos e/ou entre organizações.

100

3.9. T écnicas de medição de dados e as bases de cálculos, incluindo hipóteses e técnicas, que sustentam estimativas aplicadas à compilação dos indicadores e outras informações do relatório.

100

101


107

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

3.10. Explicação das consequências de quaisquer reformulações de informações fornecidas em relatórios anteriores e as razões para tais reformulações (como fusões ou aquisições, mudança no período ou ano-base, na natureza do negócio, em métodos de medição).

100

3.11. Mudanças significativas em comparação com anos anteriores no que se refere a escopo, limite ou métodos de medição aplicados no relatório.

100

Sumário de conteúdo GRI 3.12. Tabela que identifica a localização das informações no relatório. Verificação

105

3.13. Política e prática atual relativa à busca de verificação externa para o relatório. Se a verificação não for incluída no relatório de sustentabilidade, é preciso explicar o escopo e a base de qualquer verificação externa fornecida, bem como a relação entre a organização relatora e o (s) auditor (es).

100

4. GOVERNANÇA, COMPROMISSOS E ENGAJAMENTO Governança 4.1. Estrutura de governança da organização, incluindo comitês sob o mais alto órgão de governança responsável por tarefas específicas, tais como estabelecimento de estratégia ou supervisão da organização

1 a 10

24

4.2. Indicação caso o presidente do mais alto órgão de governança também seja um diretor executivo (e, se for o caso, suas funções dentro da administração da organização e as razões para tal composição).

1 a 10

24

4.3. Declaração do número de membros independentes ou não executivos do mais alto órgão de governança.

1 a 10

24

4.4. M ecanismos para que acionistas e empregados façam recomendações ou deem orientações ao mais alto órgão de governança.

1 a 10

23

4.5. Relação entre remuneração para membros do mais alto órgão de governança, diretoria executiva e demais executivos e o desempenho da organização (incluindo desempenho social e ambiental).

1 a 10

26

4.6. Processos em vigor no mais alto órgão de governança para assegurar que conflitos de interesse sejam evitados.

1 a 10

25, 29

4.7. Processo para determinação das qualificações e conhecimento dos membros do mais alto órgão de governança para definir a estratégia da organização para questões relacionadas a temas econômicos, ambientais e sociais.

1 a 10

24, 25

4.8. Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios internos relevantes para o desempenho econômico, ambiental e social, assim como o estágio de sua implementação.

1 a 10

19, 25, 29

4.9. Procedimentos do mais alto órgão de governança para supervisionar a identificação e gestão por parte da organização do desempenho econômico, ambiental e social, incluindo riscos e oportunidades relevantes, assim como a adesão ou conformidade com normas acordadas internacionalmente, códigos de conduta e princípios.

1 a 10

15, 26

4.10. Processos para a autoavaliação do desempenho do mais alto órgão de governança, especialmente com respeito ao desempenho econômico, ambiental e social.

1 a 10

26

7

28

Compromissos com iniciativas externas 4.11. Explicação de se e como a organização aplica o princípio da precaução. 4.12. Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de caráter econômico, ambiental e social que a organização subscreve ou endossa. 4.13. Participação em associações (como federações de indústrias) e/ou organismos nacionais/ internacionais. Engajamento dos stakeholders 4.14. Relação de grupos de stakeholders engajados pela organização. 4.15. Base para a identificação e seleção de stakeholders com os quais se engajar.

10 30 101 101

4.16. Abordagens para o engajamento dos stakeholders, incluindo a frequência do engajamento por tipo e por grupos de stakeholders.

101

4.17. Principais temas e preocupações que foram levantados por meio do engajamento dos stakeholders e que medidas a organização tem adotado para tratá-los.

101


108

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

indicadores de desempenho Correlação com o Pacto Global Princípio do Pacto Global

Página / Comentário

1, 4, 6 e 7

11, 15, 16, 20, 23, 26, 27, 31, 34

INDICADORES DE DESEMPENHO ECONÔMICO Forma de gestão Desempenho econômico EC1 Valor econômico direto gerado e distribuído, incluindo receitas, custos operacionais, remuneração de empregados, doações e outros investimentos na comunidade, lucros acumulados e pagamentos para provedores de capital e governos. EC2 Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as atividades da organização devido a mudanças climáticas.

77

7

EC3 Cobertura das obrigações do plano de pensão de benefício definido que a organização oferece.

17 96 Indicador não é apresentado por sensibilidade das informações.

EC4 Ajuda financeira significativa recebida do governo.

Presença no mercado EC5 Variação da proporção do salário mais baixo comparado ao salário mínimo local em unidades operacionais importantes.

1

EC6 Políticas, práticas e proporção de gastos com fornecedores locais em unidades operacionais importantes. EC7 Procedimentos para contratação local e proporção de membros de alta gerência recrutados na comunidade local em unidades operacionais importantes.

95 31, 32

6

47, 90

Impactos econômicos indiretos EC8 Desenvolvimento e impacto de investimentos em infraestrutura e serviços oferecidos, principalmente para benefício público, por meio de engajamento comercial, em espécie ou atividades pro bono.

57 a 62, 98

EC9 Identificação e descrição de impactos econômicos indiretos significativos, incluindo a extensão dos impactos. INDICADORES DE DESEMPENHO AMBIENTAL Forma de gestão Materiais EN1 Materiais usados por peso ou volume.

EN2 Percentual dos materiais usados provenientes de reciclagem.

Energia EN3 Consumo de energia direta discriminado por fonte de energia primária. EN4 Consumo de energia indireta discriminado por fonte primária. EN5 Energia economizada devido a melhorias em conservação e eficiência.

63, 64

7, 8 e 9

17, 18, 36

8

83

A VCP não utiliza materiais recicláveis 8, 9 em seu processo produtivo. 8 8 8, 9

83 81, 82 81

EN6 Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia, ou que usem energia gerada por recursos renováveis, e a redução na necessidade de energia resultante dessas iniciativas.

8, 9

-

EN7 Iniciativas para reduzir o consumo de energia indireta e as reduções obtidas.

8, 9

40


109

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Água EN8 Total de retirada de água por fonte. ADIC. EN9 Fontes hídricas significativamente afetadas por retirada de água. EN10 Percentual e volume total de água reciclada e reutilizada. Biodiversidade

8 8 8, 9

83 41 81

EN11 Localização e tamanho da área possuída, arrendada ou administrada dentro de áreas protegidas, ou adjacente a elas, e áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas.

8

43, 86

EN12 Descrição de impactos significativos na biodiversidade de atividades, produtos e serviços em áreas protegidas e em áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas.

8

38

EN13 Habitats protegidos ou restaurados. EN14 Estratégias, medidas em vigor e planos futuros para a gestão de impactos na biodiversidade.

8 8

43, 87 36, 43

EN15 Número de espécies na Lista Vermelha da IUCN e em listas nacionais de conservação com habitats em áreas afetadas por operações, discriminadas pelo nível de risco de extinção.

8

87

8 8 7, 8, 9 8 8 8 8

84 84 38 84 85 85 86

8

Não foram registrados

Emissões, efluentes e resíduos EN16 Total de emissões diretas e indiretas de gases de efeito estufa, por peso. EN17 Outras emissões indiretas relevantes de gases de efeito estufa, por peso. EN18 Iniciativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e as reduções obtidas. EN19 Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozônio, por peso. EN20 NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo e peso. EN21 Descarte total de água, por qualidade e destinação. EN22 Peso total de resíduos, por tipo e método de disposição. EN23 Número e volume total de derramamentos significativos.

EN24 Peso de resíduos transportados, importados, exportados ou tratados considerados perigosos nos termos da Convenção da Basileia13 – Anexos I, II, III e VIII, e percentual de carregamentos de resíduos transportados internacionalmente.

EN25 Identificação, tamanho, status de proteção e índice de biodiversidade de corpos d’água e habitats relacionados significativamente afetados por descartes de água e drenagem realizados pela organização relatora. Produtos e serviços EN26 Iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e serviços e a extensão da redução desses impactos. EN27 Percentual de produtos e suas embalagens recuperados em relação ao total de produtos vendidos, por categoria de produto.

Não se aplica aos resíduos gerenciados, 8 que não foram transportados internacionalmente O descarte não é significativo (0,9% da vazão do Rio 8 Paraíba do Sul e 0,2% do Rio Piracicaba) 7, 8, 9

37, 38

8, 9

Não há recuperação de produtos e embalagens

8

67, 68

8

38

7, 8, 9

81

Conformidade EN28 Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não monetárias resultantes da não conformidade com leis e regulamentos ambientais. Transporte EN29 Impactos ambientais significativos do transporte de produtos e outros bens e materiais utilizados nas operações da organização, bem como do transporte de trabalhadores. Geral EN30 Total de investimentos e gastos em proteção ambiental, por tipo.


110

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

INDICADORES DE DESEMPENHO SOCIAL PRÁTICAS TRABALHISTAS E TRABALHO DECENTE Forma de gestão Emprego LA1 Total de trabalhadores, por tipo de emprego, contrato de trabalho e região. LA2 Número total e taxa de rotatividade de empregados, por faixa etária, gênero e região.

1, 3 e 6

17, 44

6

51, 93 94

LA3 Benefícios oferecidos a empregados de tempo integral que não são oferecidos a empregados temporários ou em regime de meio período, discriminados pelas principais operações. Relações entre os trabalhadores e a governança LA4 Percentual de empregados abrangidos por acordos de negociação coletiva.

52

1, 3

52

3

52

LA6 Percentual dos empregados representados em comitês formais de segurança e saúde, compostos por gestores e por trabalhadores, que ajudam no monitoramento e aconselhamento sobre programas de segurança e saúde ocupacional.

1

48

LA7 Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo e óbitos relacionados ao trabalho, por região.

1

91, 92

LA8 Programas de educação, treinamento, aconselhamento, prevenção e controle de risco em andamento para dar assistência a empregados, seus familiares ou membros da comunidade com relação a doenças graves.

1

49, 50, 93

1

48

LA5 Prazo mínimo para notificação com antecedência referente a mudanças operacionais, incluindo se esse procedimento está especificado em acordos de negociação coletiva. Saúde e segurança no trabalho

LA9 Temas relativos a segurança e saúde cobertos por acordos formais com sindicatos. Treinamento e educação LA10 Média de horas de treinamento por ano, por funcionário, discriminadas por categoria funcional.

88

LA11 P rogramas para gestão de competências e aprendizagem contínua que apoiam a continuidade da empregabilidade dos funcionários e para gerenciar o fim da carreira.

44

LA12 Percentual de empregados que recebem regularmente análises de desempenho e de desenvolvimento de carreira.

45, 89

Diversidade e igualdade de oportunidades LA13 C omposição dos grupos responsáveis pela governança corporativa e discriminação de empregados por categoria, de acordo com gênero, faixa etária, minorias e outros indicadores de diversidade.

1, 6

96

LA14 Proporção de salário base entre homens e mulheres, por categoria funcional.

1, 6

97

DIREITOS HUMANOS Forma de gestão Práticas de investimento e de processos de compra

1, 2, 3, 4, 5 e 6

56

HR1 Percentual e número total de contratos de investimentos significativos que incluam cláusulas referentes a direitos humanos ou que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos.

1, 2, 3, 4, 5 e 6

33, 56

HR2 Percentual de empresas contratadas e fornecedores críticos que foram submetidos a avaliações referentes a direitos humanos e as medidas tomadas.

1, 2, 3, 4, 5 e 6

33

HR3 Total de horas de treinamento para empregados em políticas e procedimentos relativos a aspectos de direitos humanos relevantes para as operações, incluindo o percentual de empregados que recebeu treinamento.

1, 2, 3, 4, 5 e 6

98


111

VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Não discriminação HR4 Número total de casos de discriminação e as medidas tomadas. Liberdade de associação e negociação coletiva

1,2 e 6

53

HR5 Operações identificadas em que o direito de exercer a liberdade de associação e a negociação coletiva pode estar correndo risco significativo e as medidas tomadas para apoiar esse direito.

1, 2 e 3

52

1, 2 e 5

33, 56

1, 2 e 4

33, 56

1e2

53, 98

1e2

56

10

18, 54, 55

Trabalho infantil HR6 Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho infantil e as medidas tomadas para contribuir para a abolição do trabalho infantil. Trabalho forçado ou análogo ao escravo HR7 Operações identificadas como de risco significativo de ocorrência de trabalho forçado ou análogo ao escravo e as medidas tomadas para contribuir para a erradicação do trabalho forçado ou análogo ao escravo. Práticas de segurança HR8 Percentual do pessoal de segurança submetido a treinamento nas políticas ou procedimentos da organização relativos a aspectos de direitos humanos que sejam relevantes às operações. Direitos indígenas HR9 Número total de casos de violação de direitos dos povos indígenas e medidas tomadas. SOCIEDADE Forma de gestão Comunidade SO1 Natureza, escopo e eficácia de quaisquer programas e práticas para avaliar e gerir os impactos das operações nas comunidades, incluindo a entrada, operação e saída. Corrupção SO2 Percentual e número total de unidades de negócios submetidas a avaliações de riscos relacionados a corrupção. SO3 Percentual de empregados treinados nas políticas e procedimentos anticorrupção da organização. SO4 Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção. Políticas públicas SO5 Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração de políticas públicas e lobbies. SO6 Valor total de contribuições financeiras e em espécie para partidos políticos, políticos ou instituições relacionadas, discriminadas por país.

54, 55

10 10 10 10 1 a 10

29 29 29 30

10

55

Concorrência desleal SO7 Número total de ações judiciais por concorrência desleal, práticas de truste e monopólio e seus resultados.

Não foram registradas

Conformidade SO8 Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não monetárias resultantes da não conformidade com leis e regulamentos.

99


VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO Forma de gestão Saúde e segurança do cliente

1e8

64

PR1 Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que os impactos na saúde e segurança são avaliados visando melhoria, e o percentual de produtos e serviços sujeitos a esses procedimentos.

1

64

PR2 Número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relacionados aos impactos causados por produtos e serviços na saúde e segurança durante o ciclo de vida, discriminados por tipo de resultado.

1

Não foram registrados

PR3 Tipo de informação sobre produtos e serviços exigida por procedimentos de rotulagem, e o percentual de produtos e serviços sujeitos a tais exigências.

8

65

PR4 Número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relacionados a informações e rotulagem de produtos e serviços, discriminados por tipo de resultado.

8

Não foram registrados

Rotulagem de produtos e serviços

PR5 Práticas relacionadas à satisfação do cliente, incluindo resultados de pesquisas que medem essa satisfação. Comunicações de marketing

66

PR6 Programas de adesão às leis, normas e códigos voluntários relacionados a comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio.

66

PR7 Número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relativos a comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio, discriminados por tipo de resultado.

Não foram registrados

PR8 Número total de reclamações comprovadas relativas à violação de privacidade e perda de dados de clientes.

1

Não foram registradas

Compliance PR9 Valor monetário de multas (significativas) por não conformidade com leis e regulamentos relativos ao fornecimento e uso de produtos e serviços.

Não foram registradas

NÍVEL DE APLICAÇÃO GRI A VCP declara ter atingido nível A+ de aplicação do GRI/G3, com dados econômicofinanceiros, sociais e ambientais auditados e nível de aderência verificado pela PricewaterhouseCoopers.

2002

“de acordo com”

Obrigatório

112

Auto declarado

C

C+

B

B+

A

A+


VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

INFORMAÇÕES CORPORATIVAS CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Paulo Henrique de Oliveira Santos – Presidente João Carvalho de Miranda José Luciano Penido CONSELHO FISCAL/COMITÊ DE AUDITORIA Samuel de Paulo Matos João Carlos Hopp Haroldo do Rosário Vieira

DIRETORIA EXECUTIVA José Luciano Penido – Diretor-presidente Ari Borg – Diretor Comercial Celulose Carlos Roberto Paiva Monteiro – Diretor de Engenharia Francisco Fernandes Campos Valério – Diretor Técnico e Industrial Marcelo Strufaldi Castelli – Diretor de Negócio Papel, Supply Chain e Estratégia Miguel Caldas – Diretor de Desenvolvimento Humano e Organizacional Paulo Prignolato – Diretor de Finanças e Relações com Investidores

ENDEREÇO VCP – Votorantim Celulose e Papel Alameda Santos, 1.357 – 6º andar 01419-908 – São Paulo – SP – Brasil (GRI 2.4) www.vcp.com.br CNPJ: 60.643.228/0001-21 IE: 100.550.127.115

Especialista em ADSs na Bolsa de Valores de Nova York – NYSE LaBranche & Co Tel.: 1 212 820-0411 55 Broadway, 25th Floor New York, NY 10006 - USA e-mail: newlin@labranche.com

SERVIÇOS AOS INVESTIDORES / DEPARTAMENTO DE ACIONISTAS Serviço de Ações Escriturais Assessoria de Investfone Banco Itaú Tel.: 55 11 5029-7780 Fax: 55 11 3247-3120 Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 707 - 10º andar Bairro: Jabaquara – São Paulo 04344-902 – São Paulo – SP investfoneinvestimentos@itau.com.br

Códigos de Negociação nas Bolsas Nível I – Bovespa: VCPA4 ADR nível III – NYSE: VCP Uma ADR equivale a uma ação preferencial

Banco Depositário dos ADSs nível III The Bank of New York Shareholder Relations P.O. Box 11258 Church Street Station New York, NY 10286-1258 Tel.: 1 610 382-7836 e-mail: shareowners@bankofny.com www.stockbny.com

Relações com Investidores Paulo Prignolato – Diretor Gustavo C. Barreira – Gerente Mara B. Dias Anna Laura F. Linkewitsch Alameda Santos, 1.357 – 9º andar 01419-908 – São Paulo – SP – Brasil Tel.: 55 11 2138-4261 Fax: 55 11 2138-4066 e-mail: ir@vcp.com.br

Auditores Independentes Terco Grant Thornton Auditores Independentes Av. das Nações Unidas, 12.995, 13º, 14º e 15º andares Brooklin Novo, São Paulo - SP Brasil - CEP 04578.000 Tel.: 55 11 3054-0000 Fax: 55 11 3054-0077

113


114

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CRÉDITOS Coordenação: Gerência de Relações com Investidores Consultoria GRI: KeyAssociados Ltda. Redação: Editora Contadino Design Gráfico: theMediagroup Fotos: tico utiyama acervo vcp


VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Relatório de asseguração limitada dos auditores independentes sobre o Relatório Anual de Sustentabilidade de 2008 da Votorantim Celulose e Papel S.A. Aos Srs. Administradores Votorantim Celulose e Papel S.A. Introdução Fomos contratados com objetivo de realizarmos um trabalho de asseguração limitada do Relatório Anual de Sustentabilidade da Votorantim Celulose e Papel S.A., do exercício social de 2008, preparado sob a responsabilidade da administração da Votorantim Celulose e Papel S.A.. Esta responsabilidade inclui o desenho, a implementação e a manutenção de controles internos para a adequada elaboração e apresentação do Relatório Anual de Sustentabilidade. Nossa responsabilidade é emitir um relatório de asseguração limitada das informações divulgadas no Relatório Anual de Sustentabilidade da Votorantim Celulose e Papel S.A. do exercício social de 2008. Procedimentos Aplicados O trabalho de asseguração limitada foi realizado de acordo com as Normas e Procedimentos da Asseguração - NPO-01 emitidas pelo IBRACON, Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, e compreendeu: (i) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância e o volume das informações apresentadas no Relatório Anual de Sustentabilidade de 2008 da Votorantim Celulose e Papel S.A.; (ii) a obtenção do entendimento dos controles internos; (iii) a constatação, com base em testes, das evidências que dão suporte aos dados quantitativos e qualitativos do Relatório Anual de Sustentabilidade; (iv) entrevistas com os gestores responsáveis pelas informações; e (v) confronto das informações de natureza financeira com os registros contábeis. Dessa forma, os procedimentos aplicados acima foram considerados suficientes para permitir um nível de segurança limitada e, por conseguinte, não contemplam aqueles requeridos para emissão de um relatório de asseguração mais ampla, como conceituado nas Normas e Procedimentos de Asseguração – NPO-01. Escopo e Limitações Nosso trabalho teve como objetivo verificar e avaliar se os dados incluídos no Relatório Anual de Sustentabilidade de 2008 da Votorantim Celulose e Papel S.A., no que tange à obtenção de informações qualitativas, à medição e aos cálculos de informações quantitativas, se apresentam em conformidade com os seguintes critérios: (i) a Norma Brasileira de Contabilidade NBC T 15 – Informações de Natureza Social e Ambiental; e (ii) as diretrizes para relatórios de sustentabilidade do Global Reporting Initiative (GRI G3). As opiniões, informações históricas e informações descritivas e sujeitas a avaliações subjetivas não estão no escopo dos trabalhos desenvolvidos. Nível de Aplicação GRI G3 Seguindo as diretrizes e critérios do GRI G3, a Votorantim Celulose e Papel S.A. declara um Nível de Aplicação A+ em seu Relatório Anual de Sustentabilidade de 2008. Os procedimentos aplicados foram suficientes para nos assegurarmos de que o nível de aplicação declarado pela Votorantim Celulose e Papel S.A. está de acordo com as diretrizes e critérios estabelecidos pelo GRI G3.

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VCP Relatório Anual de Sustentabilidade 2008

Conclusão Baseados em nossa revisão, não temos conhecimento de qualquer modificação relevante que deva ser procedida nas informações contidas no Relatório Anual de Sustentabilidade da Votorantim Celulose e Papel S.A. relativas ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2008, para que essas informações estejam apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes, em relação aos critérios utilizados , definidos pela Norma Brasileira de Contabilidade NBC T 15 e as diretrizes e critérios do GRI G3.

São Paulo, 29 de maio de 2009. PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5 Carlos Eduardo Guaraná Mendonça Contador CRC 1SP196994/O-2


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