‘ZeNU’ DOS SANTOS DeIXOU ONTem A cADeIA De SÃO PAULO O antigo presidente do Fundo Soberano, José Filomeno dos Santos, foi ontem posto em liberdade depois de a Procuradoria-Geral da República ter emitido o respectivo mandado de soltura. Na Sexta-feira, o responsável da Quantum Global, Jean Claude Bastos, teve a mesma sorte depois de ter devolvido ao Fundo Soberano 2 mil e 350 milhões de dólares e um património avaliado em cerca de USD mil milhões, constituído por empreendimentos hoteleiros, minas de ouro, fazendas e resorts, sedeados em Angola e no exterior. P. 2 Director: José Kaliengue
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edição n.º 1423 Segunda-feira, 25/03/2019 Preço: 40 Kz
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OPeRAÇÃO TRANSPARÊNcIA cHeGA HOJe AO mAR em fOcO . esta operação vai durar 180
dias, e a sua continuidade dependerá de uma avaliação a ser feita a 25 de Setembro deste ano. A mesma incidirá sobre as regiões de Cabinda, Soyo e nzeto, compreendendo a zona A, no norte, enquanto na zona B vai abranger luanda, Cabo ledo e o Porto Amboim. na zonaC, vai atingir o Porto Amboim, o lobito, a Baía Farta, e a lucira. na zona D, parte da lucira, passando por Moçâmedes, Tômbwa até à Baia dos Tigres. P. 3
O recomeço em busca da mobilidade nos corredores do Centro ortopédico de viana, em luanda, o oPAiS acompanhou o dia-a-dia de dezenas de pessoas que perderam o movimento do corpo devido a complicações de saúde e traumatismos diversos. os pacientes vêm de todos os lados e lutam por um único objectivo: a mobilidade física.. P. 10
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Bornito de Sousa na África do Sul para a cimeira da SADC
“A FAF deve começar já a preparar o CAN do Egipto”
● o vice-presidente da República, Bornito de
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Sousa, participa hoje e amanhã na cimeira extraordinária da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) em solidariedade à República Árabe Saharaui Democrática (RASD). P. 9
o presidente da Associação provincial de Futebol (APF) do uíge, Agostinho neves António, aconselhou a Federação Angolana da modalidade a começar já a preparar a participação dos Palancas negras no CAn do egipto, a decorrer de 21 de Junho a 19 de Julho.. P. 26
e AINDA NO cARTAZ: Por falta de apoios, Victor Hugo Mendes vira “costas” às Feiras de Livros em Angola
“Duetos N’Avenida”: Don Kikas espera por um bom espectáculo
Governador quer mais apoios para a realização exitosa do FestiCongo
em foco
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O PAÍS Segunda-feira, 25 de Março de 2019
Zenu já em casa com a família Dois depois de a Procuradoria Geral da República(PGR) ter colocado em liberdade o empresário suíço-angolano, Jean Claude Bastos, na Sexta-feira,22, ontem foi solto o seu sócio e antigo PCA do Fundo Soberano de Angola(FSDA), José Filomeno dos Santos(Zenu)
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ma fonte próxima dos seus advogados informou que a ordem de soltura foi emitida no final de Sábado pela Procuradoria Geral da República, mas só chegou ontem aos os Serviços Penitenciários. José Filomeno dos Santos e o seu sócio Jean Claude Bastos de Morais estavam em prisão preventiva desde 24 de Setembro do ano passado, no âmbito da investigação à gestão do Fundo Soberano de Angola. Entretanto, a fonte não avançou se José Filomeno dos Santos foi solto nos mesmos moldes que o seu sócio, ou seja, nos termos de um acordo em que a Quantum Global (empresa de Jean Claude Morais que geria os activos do Fundo Soberano) e o Estado angolano, em que se comprometem em não mais fazer recurso aos tribunais ingleses para acusações mútuas. Refira-se que em comunicado divulgado na Sexta-feira, a PGR garantiu ter recuperados todos os activos financeiros e não financeiros pertencentes ao Fundo Soberano de Angola (FSDEA), que se encontravam sob gerência de Jean-Claude Bastos de Morais, assin como das empresas do grupo Quantum Global. Trata-se de um valor global de dois mil e 350 milhões de dólares domiciliados em bancos no Reino Unido e das Ilhas Maurícias, incluindo o património avaliado em cerca de mil milhões de
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dólares americanos, constituído por empreendimentos hoteleiros, minas de ouro, fazendas e resorts, sedeados em Angola e no exterior. José Filomeno dos Santos foi acusado de associação criminosa, de recebimento indevido de vantagem, corrupção e participação económica em negócios.
José Filomeno dos Santos e o seu sócio Jean Claude Bastos de Morais estavam em prisão preventiva desde 24 de Setembro do ano passado, no âmbito da investigação à gestão do Fundo Soberano de Angola
José Filomeno dos Santos em liberdade desde ontem Domingo, 24 de Março
O PAÍS Segunda-feira, 25 de Março de 2019
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“Operação Transparência” chega hoje ao mar
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comissário António Bernardo anunciou recentemente, em Luanda, que será lançada hoje, 25 de Março, a “Operação Transparência no mar”, com o objectivo de repor a ordem e a tranquilidade ao longo da orla marítima angolana O lançamento ocorre dias depois do anúncio feito pelo porta-voz e comissário António Bernardo. A “Operação Transparência no mar” tem como objectivo de repor a segurança, a ordem e a tranquilidade ao longo da orla marítima angolana, segundo informou o responsável, ressaltando que a decisão resultou de uma análise feita em função dos incidentes que se têm registado na zona jornal O País - 276x177,8.pdf
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marítima angolana. Estes incidentes resultam de situações de ordem política e económica de alguns países que constituem o Golfo da Guiné e têm incidido negativamente na costa angolana, ameaçando os interesses económicos e a segurança nacional. Esta operação vai durar 180 dias, e a sua continuidade dependerá de uma avaliação a ser feita a 25 de Setembro deste ano. A mesma incidirá sobre as regiões de Cabinda, Soyo e Nzeto, compreendendo a zona A, no Norte, enquanto na zona B vai abranger Luanda, Cabo Ledo e o Porto Amboim. Na zona, vai atingir o Porto Amboim, o Lobito, a Baía Farta, e a Lucira. Na zona D, parte da Lucira, passando por Moçâmedes, Tômbwa até à Baia dos 20/03/19
Tigres. Esta operação, segundo a fonte, contará com todos os órgãos de defesa e segurança, tendo em conta a especificidade de cada órgão, e inclui ainda o Instituto Marítimo Portuário de Angola, o Serviço Nacional de Fiscalização de Pesca e de Aquicultura e também o Serviço Nacional de Fiscalização Ambiental. Crimes comuns via marítima Relativamente aos crimes que mais se têm registado na costa angolana, António Bernardo informou que Angola tem sido um roteiro de tráfico de drogas, acrescentando que pela via marítima se vêm cometendo crimes de tráfico de seres humanos. Disse haver uma incidência muito grande de transbordo de combustível em grande escala no mar,
que sai do país de forma ilícita. Apontou igualmente haver um conjunto de inconformidades com alguns operadores marítimos, decorrente da forma como identificam as suas embarcações no dia-a-dia, “como licenciam e como mudam de proprietário”. Enalteceu o esforço desenvolvido pela Polícia de Guarda Fronteira e a Polícia Fiscal contra cidadãos nacionais e estrangeiros que também têm, por essa via, tentado expatriar grandes quantidades de moeda internacional de que o país muito necessita. Para se contornar a situação, o comissário António Bernardo exortou a sociedade a denunciar casos que têm a ver com a violação marítima, para que a economia nacional e a integridade territorial sejam
defendidas. Chamada de atenção à comunidade internacional O porta-voz da Operação Transparência aproveitou a ocasião para advertir a comunidade nacional e internacional que “ninguém deve estar distraído e depois reclamar da acção justa e soberana do Estado angolano”. Alertou que, quem ainda estiver a desenvolver práticas de natureza criminosa deve terminá- las, realçando que as autoridades angolanas serão “determinantes e implacáveis em levar às barras da justiça” todos aqueles que continuarem a ter Angola como o “corpo inerte onde cada um pode tirar o seu pedaço. Nós não vamos continuar a permitir ”, declarou.
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cIclo anual de confeRêncIas do bna
TecnologIas de InfoRmação paRa o SIstema FInanceIRo Angolano 27 de Março às 8h30 Local: Auditório do Museu da Moeda - Luanda A Conferência será dividida em 2 painéis temáticos: A Autonomia Tecnológica do Sistema Financeiro Angolano Desenvolvimento de competências - acções e factores críticos de sucesso Participantes: Abanc, Bancos Comerciais, Cloud Stream, Sistec, SINFILDS, TIS TECH, BP, Boston Consulting Group, UCAN, Menshan, Acelera Angola, Banco Millennium Atlântico e BPM Consulting. OBS.: Excepcionalmente, no dia supracitado, o acesso ao Museu da Moeda, bem como à Conferência sobre Tecnologias de Informação para o Sistema Financeiro Angolano, será restrito a convidados.
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DeSTAQUeS
POLÍTIcA PÁG. 08 Militantes da FnlA retomam manifestações pacíficas contra lucas ngonda
SOcIeDADe. PÁG.10 o recomeço
o editorial
O PAÍS Segunda-feira, 25 de Março de 2019
HOJe:
em busca da mobilidade
os números do dia
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mar de problemas
cARTAZ. PÁG. 14Por falta de apoios victor Hugo Mendes vira “costas” às Feiras de livros em Angola
ecONOmIA. PÁG. 18Província do namibe em busca do desenvolvimento
O
nosso mar, o nosso imenso mar, é um oceano de problemas, não adianta tentar esconder. É demasiado grande para ser escondido. Boa parte da imigração ilegal em Angola entra pelo mar, assim como as drogas e outros produtos de contrabando. Mas, tal como entram, também sai dinheiro e tudo o resto. No entanto, o nosso mar não é apenas isso, é o suporte da nossa economia pelo petroleque nos dá, é promessa pó turismo, pela energia, pela exploração de algas e de outros recursos. O nosso mar está aa saque, saiba-se. Por isso é positiva a extensão da Operação Transparência ao mar, porque o mar é, efectivamente, o nosso sustento.
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Grupo de mulheres, entre jornalistas, religiosas, militares e líderes de partidos políticos marcharam, ontem, por algumas artérias da cidade do lubango, Huíla, em uma manifestação de repúdio violência doméstica.
É o número de lanchas de marca Honda, com sete metros e meio cada uma, que foram entregues no município do Tômbwa, Sábado, pela ministra das Pescas e Ciências do Mar, Maria Antonieta Baptista. É o número de salas de aula de mais uma escola primária, que está a construída na cidade do Cuito, Bié, com capacidade para albergar mais de 1050 alunos.
Filmes estão seleccionados para as 18ª mostra - Festival de Animação de lisboa, Portugal, aberta, com a longametragem “Cai na Real, Corgi”, do belga Ben Stassen, que esteve, na sessão de abertura.
o que foi dito
mUNDO . PÁG. 22idai já fez 446 mortos em Moçambique
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O executivo vai dedicar maior prioridade aos projectos que visam aumentar o acesso e melhorar os serviços de abastecimento de água e tratamento de águas residuais” João Lourenço
Presidente da República
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Estão a ser criadas A organização regioestratégias para nal vai continuar a ce- combater a ocupalebrar o 23 de março e ção ilegal de terrea promover o seu sig- nos, que decorre de nificado histórico, bem forma acentuada na como honrar os bravos sede capital e no combatentes” meio rural” Hage Geingob Presidente em exercício da SADC e Chefe de estado da namíbia
Norberto dos Santos Governador provincial de Malanje
O PAÍS Segunda-feira, 25 de Março de 2019
5 e assim... José Kaliengue Director
comunicação da corrupção
Hoje no online de O PAÍS leia a entrevista com o sociólogo Paulo de Carvalho e saiba mais sobre o ensino superior em Angola
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www.opais.co.ao Noroega ( Baía de Hustadvika): Cinco helicópteros resgataram os passageiros evacuados do navio de Cruzeiro viking Sky, em um processo meticuloso que continuou durante a noite. Cerca de 17 pessoas foram hospitalizadas com ferimentos, segundo a polícia. (DR)
o que vai acontecer Girabola Zap o 1º de Agosto, campeão, nacional, retoma hoje, às 8:30, aos trabalhos de preparação, tendo em vista o jogo diante do Progresso do Sambizanga, referente à 21ª jornada do campeonato, onde os rubro e negros pretendem manterse na senda das vitórias, de acordo com o técnico adjunto agostino, ivo Traça. ”A equipa vem de duas vitórias seguidas e queremos manter a sequência de triunfos, já que o campeonato registou uma pausa. estamos a trabalhar com essa finalidade”, disse ivo Traça.
eleições o presidente da Comissão nacional de eleições da Guiné-Bissau, José Pedro Sambu, disse que a tomada de posse do novo Parlamento foi marcada para 18 de Abril. “É a Cne que marca a data para a tomada de posse dos deputados, mas, antes de marcar a data, viemos aqui para fazer uma concertação junto do presidente da Assembleia nacional Popular e ficou retido o dia 18 de Abril”, afirmou José Pedro Sambu, que falava após um encontro no Parlamento, na capital Bissau.
Política A falta de dinheiro pode condicionar a realização, de 5 a 9 de Julho deste ano, da primeira edição do Festival internacional de Mbanza Kongo, denominado “Festi-Kongo”, um evento que visa assinalar o 8 de Julho, data da elevação desta cidade histórica a Património Mundial da Humanidade pela uneSCo. A preocupação foi manifestada pelo presidente do Comité de Gestão Participativa do Centro Histórico de Mbanza Kongo, Pedro Makita, num encontro com deputados da 7ª Comissão da Assembleia nacional.
ciclismo A Jair Transporte de Benguela disputa o Tour do egipto ao lado de 20 equipas em representação de 18 países. A vice-campeã nacional de ciclismo espalha o perfume da bandeira de Angola até ao dia 26 do corrente com igor Silva como o ”chefe” do pelotão. Para fazer companhia ao ”chefe”, estão motivados os ciclistas lucas Camilo, Adilson Ferraz, Fabio Andrade, lizandro Tchicondombolo e eugénio Pina. na delegação chefiada por Jair Carapinha consta também o técnico olegário Correia e o mecânico luís Carapinha.
PGR fez muito bem ao comunicar a soltura de Jean-Claude Bastos Morais, apesar de o comunicado ter deixado zonas cinzentas para o cidadão pouco entendido em leis. Fez bem porque também tinha comunicado a sua detenção. O que faltou, embora sejam pessoas diferentes, foi uma referência a Zenu dos Santos, já que para a generalidade dos cidadãos eles estavam detidos no mesmo processo. Logo, saindo um, levantou-se a questão sobre o outro. Entretanto, mais do que saber se alguém foi solto ou não, para estes casos a PGR deveria ter destacado especialistas que falassem aos órgãos de comunicação social para fazer alguma pedagógica, educação jurídica, explicando muito bem tudo o que se passa com base na lei. É vital que o poço perceba que a luta contra a corrupção é feita cumprindo a lei. Ou isso, ou vem o descrédito e a bagunça. Por outro lado, uma má comunicação pode levar à perda de valor de todo o processo e continuação do saque, e também à descredibilização do Estado. O assunto é sério, está em causa a nossa democracia, além da economia. Quer as detenções quer a abertura de processos e o seu desenvolvimento ou desfecho devem merecer o cuidado de serem devidamente comunicados ao povo. Senão, o boato e a especulação ganham força e razão, e aí, depois, fica tudo muito mais difícil.
e também... Dia do especialista de Aeronáutica brasileiro - 25 de março
Basquetebol As equipas do 1º de Agosto e do Petro de luanda preparam hoje o jogo amanhã, Terça-feira, 26, em luanda, no Pavilhão do Kilamba, a final da Taça de Angola em basquetebol, às 18:30.
Esta data é uma homenagem aos profissionais altamente qualificados que incorporam a Força Aérea Brasileira (FAB), executando as mais diversas actividades na área da aviação. O Dia do Especialista de Aeronáutica é uma homenagem a data de criação da Escola de Especialistas de Aeronáutica, fundada em 25 de Março de 1941, apenas dois meses após o nascimento do Ministério da Aeronáutica, a 20 de Janeiro de 1941.
6 Media Nova, S.A Presidente do conselho de Administração Filipe Correia de Sá Administradores executivos luís Gomes Paulo Kénia Camotim Propriedade : Socijornal Depósito Legal: nº 244/2008 Contribuinte: 5417015059 Nº registo estatístico: 48058
O PAÍS Segunda-feira, 25 de Março de 2019
NO TemPO DO KAPARANDANDA
Director Geral de Publicações: José Kaliengue jose.kaliengue@opais.co.ao
OPAÍS
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Assistentes de Redacção: Antónia Correia, Rosa Gaspar, inês Monteiro e Sílvia Henriques Impressão e acabamento: DAMeR, S. A. luanda Sul, edifício Damer Distribuição: Media nova Distribuição Tel: +244 943028039 Distribuidora@medianova.co.ao pontodevenda@medianova.co.ao Assinaturas: Bruno Pedro Tel: +244 945 501 040 Bruno.Pedro@medianova.co.ao Online: Venâncio Rodrigues (Editor)isabel Dalla e Ana Gomes Sítio Online: www.opais.co.ao Contactos: info@opais.co.ao Tel: 914 718 634 -222 003 268 Fax: 222 007 754 Sede: Condomínio AlPHA, Talatona- luanda. Tel: 222 009 444 República de Angola
Comercial e Marketing: Senda Costa 922682440 vladimir Teixeira email: comercial@medianova.co.ao Tiragem: 15 000 exemplares
1983
1807
- o Parlamento inglês 25 março de -iniciam-se aprova a abolição do comércio de escravos e permite em lisboa os trabalhos da Conferência o lançamento de uma campanha internacional internacional de Solidariedade com os contra o tráfico de pessoas, apoiada pela Armada estados da linha da Frente. britânica. A lei é promulgada pela Coroa e entraria
25 março de
25 março de.
1991
- Morre o arcebispo Marcel lefebvre, 85 anos, fundador e líder do movimento católico integrista e excomungado pelo Papa João Paulo ii em 1985.
em vigor a 1 de Maio.
cARTA DO LeITOR
A passagem de nível do Golfe Há algum tempo que me tenho perguntado sobre a obra em curso na Avenida Comandante loy, propriamente depois do nosso Super no Golfe 2, na estrada que vai dar ao cemitério da Camama. quem por lá passar verá uma imponente estrutura de betão, que às manhãs provoca enormes engarrafamentos, dando lugar a uma imponente ponte que desvia em direcção à zona do cemitério. Durante alguns dias, depois de ter passado por aquela área, perguntei-me sobre a necessidade de se construir aquela ponte, com aquele desvio, quando, a meu ver, se poderia construir uma semelhante às passagens de níveis do Camama e a outra feita na unidade operativa. não sou versado em construção civil, mas era preferível o modelo anterior, entrando a estrada que viesse do Camama para o interior do Golfe numa via nova que pudesse interligar com uma no Bairro Popular
DR
para se atingir a estrada de Catete. Acredito que os milhões de dólares que estão a ser gastos naquele pequeno viaduto (é assim que prefiro identificá-lo, por não ter a mesma dimensão que as outras construídas noutros pontos da capital) teriam uma melhor utilidade num outro projecto. não sou pessimista, como se calhar alguns dos leitores poderão sentenciar, mas aquela ‘Curva do
Tamborelo’, mostrando ser mais um projecto para desanuviar o trânsito num único ponto de cidade, isto é, no sentido que vai dar para o Camama, zonas do Talatona, em direcção do Kilamba e outras insfraestruturas erguidas naquele perímetro a sul de luanda, denota algum favorecimento apenas para os moradores destas áreas, esquecendo-se os decisores que a maioria deles funciona no centro da
Cidade. Mesmo que estes consigam ultrapassar a zona do Golfe 2 naquele ponteco, será na já concorrida e muitas vezes engarrafada estrada da Avenida Comandante loy que se irão confrontar com o mesmo sofrimento de hoje.
escreva para o Jornal OPAÍS através do e-mail info@opais.co.ao ou ligue para estes contactos Tel: 222 003 268 Fax: 222 007 754
Luís Santos camama-Luanda
POLÍTICA
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O PAÍS Segunda-feira, 25 de Março de 2019
daniel miguel/arquivo
Historiador defende maior divulgação do Batalha do Cuito Cuanavale
A
Militantes da FNLA retomam manifestações pacíficas contra Lucas Ngonda Interrompidas há mais de um mês, as mesmas voltam à sede nacional do partido neste Sábado, 30, por tempo indeterminado Maria Custódia
A
informação foi prestada a O PAÍS pelo membro do Comité Central(CC) deste partido e coordenador das mesmas, Joveth de Sousa, tendo acrescentado que elas terão o cariz anterior. Justificou que a retomada destas manifestações decorre do silêncio do presidente do partido, Lucas Ngonda, que continua indiferente aos clamores dos militantes que exigem a realização de um congresso ordinário, cujo mandato do actual elenco terminou a 16 de Fevereiro deste ano. Joveth de Sousa, antigo secretário nacional da JFNLA, organização juvenil, explicou que um ano antes de terminar o mandato deste elenco, saído do congresso ordinário de 2015, com base nos estatutos, o presidente do partido devia convocar o conclave. Após
a convocação do congresso, seguir-se-ia a criação de condições para se realizar as assembleias municipais e as conferências provinciais a fim de se apurar quem serão os delegados ao próximo congresso. Disse que Lucas Ngonda não o fez, sob a alegação de que o congresso extraordinário realizado por si, em Junho do ano passado, na província do Huambo, deu-lhe uma prorrogativa de dois anos, “coisa que não existe no estatuto do nosso partido”. Joveth de Sousa recordou que o aludido congresso foi anulado pelo Tribunal Constitucional(TC), mas ele continua a desafiar este órgão jurisdicional, para continuar a manter-se na liderança do partido. Deplorou o facto de ser o próprio presidente que é o garante da unidade e respeito, “violar sistematicamente os estatutos”. “Suspendemos as mani-
festações por algum tempo no sentido de dar uma moratória ao partido para dialogarmos, mas sem sucesso”, afirmou. Garantiu que, a partir desta Segunda-feira, será dirigida uma carta ao Governo da Província de Luanda para dar a conhecer a realização desta actividade com pendor pacífico. Regionalismo e nepotismo Por outro lado, Joveth de Sousa minimizou as declarações de Lucas Ngonda à TV Zimbo, em alusão ao 63º aniversário do partido, assinalado a 15 de Março, que denunciou a existência de militantes que defendem a liderança do partido por um membro da família do presidente-fundador, Holden Roberto. “É um falso argumento para enganar a opinião pública nacional e internacional”, disse Joveth, para quem o que está em causa é a observância rigorosa dos estatutos do partido por parte dele, ao invés de violá-los.
nova geração desconhece os factos em torno da Batalha do Cuito Cuanavale, bem como a sua importância na libertação da África Austral, havendo, por isso, necessidade de maior divulgação desta façanha, visando a sua perpetuação. A advertência veio do historiador e representante do Fórum dos Combatentes da Batalha do Cuito-Cuanavele na província do Huambo, António Cahiti, que dissertava sobre o tema “A importância da Batalha do Cuito Cuanavale para a região da África Austral” durante o acto provincial alusivo ao 23 de Março, Dia da Libertação da África Austral. No entender do palestrante, a data que é comemorada pela primeira vez no país e na região da África Austral, 31 anos depois, ainda é pouco conhecida, daí a necessidade na sua maior divulgação para que possa ser do domínio da maioria. Para si, a juventude precisa de saber mais sobre os reais acontecimentos da efeméride, para que a verdadeira história do país e da região austral de África se transmita às gerações actuais e futuras. Na sua dissertação, falou da necessidade da nova geração conhecer os princípios da Batalha do Cuito-Cuanavale e a bravura dos nacionalistas que se entregaram com abnegação
à conquista da paz e da estabilidade do continente, na perspectiva de se ter mais conhecimentos sobre a gesta heroica. António Cahiti destacou a iniciativa do governo angolano em considerar a data como um feriado a nível da África Austral, tendo, no entanto, aconselhado aos estados da região a valorizar mais a efeméride. Por sua vez, a governadora da província do Huambo, Joana Lina, disse esperar que a data inspire as gerações actuais a investigar o passado histórico do país e do contente, de modo a elevar a sua consciência enquanto cidadãos e patriotas. Lembrou que Batalha do Cuito-Cuanavale foi decisiva para a paz e estabilidade na região austral de África e acelerou a independência da Namíbia e o fim do regime do apartheid na África do Sul, que veio a propiciar o nascimento de uma nova nação, longe da discriminação e segregação racial que vigorava naquele país. O dia 23 de Março, tem na base o fim da Batalha do Cuito Cuanavale, uma das mais duras guerra que o país enfrentou no período pós-independência. O Fórum dos Combatentes da Batalha do Cuito Cuanavale controla na província do Huambo mais de 800 intervenientes na operação. dr
O PAÍS Segunda-feira, 25 de Março de 2019
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Bornito de Sousa na África do Sul para a cimeira da SADC O Vice-presidente da República, Bornito de Sousa, desembarcou ao início da tarde deste Domingo (24), no aeroporto Internacional Oliver Tambo, em Johannesburg (África do Sul), para participar na cimeira extraordinária da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), em solidariedade com a República Árabe Saharaui Democrática (RASD)
O
vice-presidente participa no encontro que terá lugar de 25 a 26 do corrente, na cidade sulafricana de Pretória, em representação do Chefe de Estado angolano, João Lourenço. Espera-se que a conferência de solidariedade termine com a adopção de uma estratégia regional da SADC e uma declaração, que irão, entre outros, estabelecer mecanismos para engajar intervenientes e parceiros, incluindo Marrocos, para observar o espírito das decisões da União Africana e das Nações Unidas para que se possa acelerar a resolução do problema do Sahara Ocidental. O encontro visa também apoiar o direito da República Árabe Saharaui Democrática à auto-determinação, com base no princípio da descolonização, multi-lateralismo e legalidade internacio-
DR
nal, por via da realização de um referendo. Situação da RASD por dentro A RASD é um estado parcialmente reconhecido internacionalmente que reivindica a soberania sobre todo o território do Sahara Ocidental. É uma ex-colónia espanhola ocupada em 1975 pelo Reino de Marrocos, após a celebração dos
A RASD é um estado parcialmente reconhecido internacionalmente que reivindica a soberania sobre todo o território do Sahara Ocidental
Vice-presidente da República representa o Chefe de Estado nesta cimeira
acordos tripartidos de Madrid, firmados entre os representantes da Espanha, Marrocos e Mauritânia. Embora se encontre numa disputa entre a auto-proclamada República Saharaui e o governo central do Marrocos, o território do Sahara Ocidental, à luz do direito internacional, tem até hoje a Espanha como administrador, e o território está na lista da Organização das Nações Unidas (ONU) de países ainda não descolonizados. A RASD foi proclamada pela Frente Polisário em 27 de Fevereiro de 1976, e controla cerca de 25 porcento do território. O Marrocos controla e administra o resto e chama estas terras de províncias do Sul. Não existe nenhum país no mundo que reconheça como legal a ocupação por Marrocos.
Deputado quer conclusão de barragens para mitigar seca DR
O deputado José Miúdo Ndambuka defendeu neste Domingo, no Lubango, a conclusão das obras de construção das barragens hídricas dos Gambos, Chibia e Lubango, para mitigar os feitos da seca que, periodicamente, afecta alguns municípios da Huíla
E
m declarações à imprensa à margem de uma visita de constatação que os deputados o circulo provincial iniciam nesta Segunda-feira nos municípios dos Gambos e Chibia para avaliar a situação da seca, José Miúdo Ndambuka, que interina a coordenação do ciclo provincial da bancada parlamentar do MPLA, considerou essencial a retoma das obras das barragens Gambos, Chibia e Lubango paralisadas, há cinco anos. Na ocasição, disse que a in-
tenção é aferir o nível de execução das obras das três barragens, para que, junto do poder central, se possa fazer advocacia no sentido de se dar continuidade aos projectos. As três barragens estão localizadas nos municípios dos Gambos, Chibia e Lubango sob o rio Caculuvale. As obras iniciaram em 2014 e foram interrompidas menos de um ano depois, por indisponibilidade financeira. Orçadas, cada uma, em 25 mi-
lhões de dólares, seriam executadas em quatro fases, correspondendo a 36 meses, e até ao momento, apenas foram feitos estudos do subsolo, correspondente à primeira fase. A mini-hídrica do Lubango, uma vez concluída, terá uma represa com 16 metros de altura, com a capacidade de reter 150 milhões de metros cúbicos de água, para irrigar áreas agrícolas e ainda abastecer vários pontos, como as novas centralidades. Nos Gambos, a barragem te-
Deputado acredita que a conclusão das barragens vai mitigar a seca
rá 19 metros de altura, para 400 milhões de metros cúbicos, com um canal de irrigação de 25 quilómetros, enquanto a da Chibia
terá uma albufeira capaz de reter mais de 300 milhões de metros cúbicos para irrigar mais de 15 mil hectares.
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sociedade
O PAÍS Segunda-feira,25 de Março de 2019
O recomeço em busca da mobilidade
Nos corredores do Centro Ortopédico de Viana, em Luanda, o OPAIS acompanhou o dia-a-dia de dezenas de pessoas que perderam o movimento do corpo devido a complicações de saúde e traumatismos diversos. Os pacientes vêm de todos os lados e lutam por um único objectivo: a mobilidade física DR
Domingos Bento
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m ov i m e nto no Centro Ortopédico de Viana começa cedo. A todo instante, pelos corredores, chegam pacientes aos gritos, pessoas com dificuldades para se locomover, adultos e crianças com
lesões diversas a serem transportadas em cadeiras de rodas. Na vaga de pacientes também há pessoas amputadas e outras com os membros imobilizados ou fracturados que, diariamente, lotam aquele espaço público. “Essa é a nossa ginástica diária, levar pessoas de um lado para outro. Elas não conseguem andar e nós precisamos de ajudá-las”, desabafa uma enfermeira agitada no corre-corre. Pelos fundos do corredor, sob uma cadeira de rodas, chega-
va Paulino Martins, de 44 anos de idade. Apesar da doença, o rosto ainda preserva a jovialidade de uma pessoa que poderia fazer todos os movimentos que quisesse. Mas, a paralisação dos dois membros inferiores e um superior, causada por um acidente vascular cerebral (vulgarmente conhecido por trombose) impede Paulino de se movimentar de um lado para o outro. O homem, com uma altura de aproximamente dois metros e
um peso acima dos 100 quilos, é transportado, todos os dias, numa cadeira de rodas pelo filho Nucho, de apenas 18 anos. Em mais um dia de fisioterapia, pelo corredor do hospital, pai e filho seguem juntos. A caminhada é lenta e volta e meia Nucho afrouxa os passos para ajustar as pernas do pai que, devido à falta de sensibilidade, sai da cadeira e vai se arrastando pelo chão. Porém, enquanto ajusta os membros, os dois conversam, mas as palavras de Paulino não
têm força, saem com muitas dificuldades e quase que não se percebe nada porque a boca perdeu a mobilidade. “Foi a trombose”, responde o filho à nossa equipa de reportagem quando questionado sobre as razões que levaram aquele homem, que muito ainda poderia fazer, a estar dependente de uma cadeira de rodas e de empurrão de terceiros para sair de um lado para o outro. O semblante do filho denota tristeza, preocupação e, a to-
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do instante, com auxílio de um lenço, ele trava as lágrimas que teimam em cair. Diz que não gosta de ver o pai sem mobilidade e jogado à inutilidade por não poder mais desempenhar nenhuma função. O sonho do filho, como contou, é poder ver o pai com a mobilidade de antigamente. Poder trabalhar, correr, andar pela casa e jogar basquete, desporto favorito desde o seu tempo de menino. Para a realização deste desiderato, Nucho sabe que o pai ainda terá de enfrentar, pela frente, as fortes sessões de fisioterapia que, em média, duram uma hora por sessão. A rotina é cansativa e requer força, foco e muita paciência para ter a mobilidade de volta. “Somos muitos no centro. Não é fácil ter que vir todos os dias. Mas pelo pai a pessoa faz tudo. Ele é que era o suporte de casa. Agora nessas condições, sem poder andar, estamos a depender de outras pessoas para sobreviver. É muito difícil”, lamentou. Paulino Martins faz parte do universo de pessoas registadas no Centro Ortopédico de Viana, no sector de fisioterapia. Ao todo, é um grosso de 200 pessoas que a unidade hospitalar atende diariamente com as mais diversas lesões desde acidentes cardio-vasculares, traumatismos diversos, lombalgias, má formação congénita e acidentes. Pelo corredor do centro, os pacientes vêm de todos os lados do país. Cada um com o seu percurso de vida. Mas todos lutam por um único objectivo: a procura da mobilidade física em função das sequelas de doenças ou acidentes de que foram vítimas. São jovens, crianças e velhos que estão a aprender a dar passos lentos em busca da funcio-
Lourenço José, director de enfermagem do centro.
nalidade dos membros paralisados. Rosa Bravo, 20 anos, é uma dessas pessoas que teve de abandonar tudo para ir em busca da mobilidade perdida por conta da paralisia facial que é a perda de movimentos da face causado por problemas nervosos, que levaram os músculos faciais a se tornarem fracos e flácidos.
Depois de uma lesão, fadiga ou disfuncionalidade de algum membro ou parte do corpo, o paciente tem muitas probabilidades de recuperar a sua mobilidade desde que as sequelas não sejam graves
Numa das salas do centro, Rosa desabafa do “fardo” que tem sido a sua vida, há sete meses, desde que foi descoberta a doença. Deixou de trabalhar e, por vergonha do rosto deformado, evita sair com receio de vir a ser insultada por pessoas que nem conhece o esforço que faz para ter o rosto em forma, como antes. Com o lenço branco fino, que usa como véu, consegue disfarçar o rosto. Mas, no primeiro contacto com a nossa equipa, percebe-se o vazio que sente e o medo de vir a perder a pouca mobilidade que sobrou do lado esquerdo. Por esse motivo, todos os dias, entre as 10 às 11horas, faz sessões de fisioterapia para conseguir ter de volta a mobilidade e a sensibilidade facial. Deitada numa cama, Rosa Bravo é massajada no rosto pelo profissional de Saúde. Faz diversos movimentos para ganhar sensibilidade. “Sinto que aos poucos vou tendo de volta os movimentos do rosto. É muito difícil, mas é possível sempre termos esperança, afinal, é o que nos resta. Mas tenho fé que vou melhorar, já estive pior”. Mais de duzentas pessoas na lista de espera Para além das actuais duzentas pessoas que o centro atende diariamente, outros 250 pacientes aguardam por vaga. Lourenço José é o director de enfermagem do centro. Para ele, o aumento de pessoas na lista de espera é um assunto que tem a ver com a carência de técnicos. Tal como explicou, apesar da grande avalanche, o centro tem apenas 16 fisioterapeutas, número bastante insignificante para a atender a tamanha procura que tem vindo a aumentar todos os dias.
De acordo com Lourenço Jose, para os adultos, a fisioterapia pode-se estender entre os três a seis meses de sessões. Já as crianças podem evoluir durante dois anos caso o problema seja complexo. “Há vezes em que o paciente se recupera mais rápido. Mas existem outros que levam muito mais tempo e isso acaba por abarrotar a nossa lista de espera e é complicado porque as pessoas vão pensando que é nossa má vontade não as atender”, explicou. Recuperação depende da sequela O director de enfermagem do centro fez saber ainda que depois de uma lesão, fadiga ou disfuncionalidade de algum membro ou parte do corpo, o paciente tem muitas probabilidades de recuperar a sua mobilidade desde que as sequelas não sejam graves. Por isso, frisou, é que as sessões de fisioterapia devem co-
meçar nos primeiros dias depois de detectado o problema, de maneira a se devolver a sensibilidade à parte afectada. “Caso o paciente tenha um longo período de massagem e não mostre melhoria, o ideal é que se pare, por algum tempo e retomar depois com outros métodos e procedimentos. Há sequelas que dificilmente saram. Acabam por marcar a vida do paciente. E para que isso não ocorra, o recomendável é que a fisioterapia comece precocemente”, esclareceu. Por outro lado, para os casos mais complexos, depois de conhecer um interregno na produção, actualmente o centro está a produzir cerca de 45 próteses por mês do tipo tibiais. que servem para adultos e crianças. Construído há mais de vinte anos, recentemente, o espaço abriu os seus serviços para atender doentes nas especialidades de clínica geral, medicina interna, neurologia, psicologia clínica, estomatologia e imagiologia.
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sociedade
O PAÍS
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jacinto figueiredo
Os organizadores queixam-se da dificuldade de apoiopara a organização de eventos
Falta de seminários de empreendedorismo preocupa engenheiros De acordo com os académicos, a sociedade perde a solução de alguns problemas concretos, enquanto os académicos deixam de ter paixão, motivação e gosto de estudar situações de incómodos locais Alberto Bambi
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s engenheiros Angelino Quissonde e Adérito Costa manifestaram o seu descontentamento pelo facto de, nos últimos tempos, estarem a notar que, dificilmente, se realizam seminários ou workshops de empreendedorismo. Segundo ele, são eventos desta natureza que projectam os jovens formados ou instruídos em qualquer área académica e téc-
nico-profissional, dando a oportunidade de os mesmos exporem as suas valências e habilidades ao público, de modo a atrair para si a credibilidade requerida da sociedade. “A melhor maneira de se combater o desemprego é motivar os jovens a usar a sua inteligência para cobrir as oportunidades que resultam dos problemas concretos da sociedade. E nada mais do que essas actividades com exactamente duas funções objectivas”, disse o engenheiro de construção, Angelino Quissonde, tendo adiantado que a intervenção de empresários jovens, que lutaram para se impor no mercado, é um
“A melhor maneira de se combater o desemprego, é motivar os jovens a usar a sua inteligência para cobrir as oportunidades que resultam dos problemas concretos da sociedade. E nada mais do que essas actividades com exactamente duas funções objectivas”, disse Angelino Quissonde”
tónico que deve acontecer nesse certame. Detalhando as duas funções objectivas dos workshops de empreendedorismo, referiu que, em primeiro lugar, contribuem para tirar os projectos e as valências da academia para a sociedade e dá oportunidade de os jovens se proporem para a resolução de projectos concretos da sua comunidade e não só. O engenheiro Quissonde adiantou ainda que, com a falta de seminários do género, a sociedade perde meios de solução de alguns problemas, enquanto os académicos deixam de ter paixão, motivação e gosto de estudar os problemas locais. “Porque, quando se tiver de fazer uma investigação, é bom que seja já a nível da comunidade, onde o formando ou instruendo vive, para que ele se torne numa engenhoca com visão concreta”, defendeu Angelino Quissonde. O surgimento de micro e pequenas empresas é outro assunto sobre o qual se debruçou o entrevistado, ao ponto de considerar que tais organizações depreendem, na maioria das vezes, dos workshops de empreendedorismo. Para o agrónomo Adérito Costa é necessário que as actividades que concorrem para a motivação das pessoas se mantenham, sobretudo quando se tratar de um pú-
blico-alvo com capacidade para transformar ou produzir. Adérito Costa realçou que, quando há frequência destes workshops, dificilmente se pensa no trabalho dos camponeses, mesmo sabendo que estes constituem a classe que garante alimentação para as famílias. Quanto à tão propalada diversificação da economia, tanto Adérito Costa quanto Angelino Quissonde, defendem que Angola só vai alcançar a efectivação dessa política, quando se promover e apoiar o empreendedorismo, a criatividade e a inovação. Espaço, a dor-de-cabeça dos organizadores Contactados por O PAÍS, alguns organizadores queixaram-se da dificuldade de se conseguir um local para organizar seminários ou workshps de empreendedorismo e outros eventos, tendo realçado também sobre a falta de apoio. “As dificuldades maiores são referentes à disponibilidade dos locais para os eventos. Muitas instituições e empresas não dão grande valor a estas iniciativas, também devido à onda que se instaurou na cidade para a organização “anárquica” de eventos, isto, às vezes, dificulta mesmo os apoios institucionais”, contou Inácia Filipe da Intelligence Work(IW-Ideias) A líder da IW-Ideias referiu que existia pouco interesse em apoiar tais iniciativas, porque os empresários e responsáveis de instituições pensam mais no retorno financeiro do que no pano de fundo dos eventos que realizam, que tem a ver com a responsabilidade social e mudança de consciência. O excesso de burocracia é, no entender de Inácia Filipe, uma grande barreira, que, muitas vezes, resulta na cobrança de preços exorbitantes pelo aluguer de salas, auditorias ou anfi-teatros, mesmo sabendo que o fim dos eventos recaí para a promoção académicoprofissional. “Há situações em que pedimos para fazer cobertura de 50 por cento do valor do aluguer para cobrirmos a outra parte depois do evento, mas não encontramos compreensão”, informou Inácia Filipe, tendo revelado que alguns dos poucos patrocinadores que costumam apoiar preferem fazêlo depois de lhes agradar o impacto do certame. Finalmente, a organizadora aconselhou os responsáveis do país a apostarem nos jovens “sonhadores” e nas organizações que os promovem.
Moda
Cabingano Manuel e Salú Gonçalves entre os galardoados da 22ª edição dos Trofeus Moda Luanda.
Diversão
Xyami Shopping promove saltos em família em simultâneo nas cidades de Benguela, Lubango, Huambo e Luanda.
Série
Emilia Clarke revelou que sofreu dois aneurismas cerebrais, o primeiro após a gravação da primeira temporada da série.
Cinema
O realizador de “Foge” regressa com o inquietante “Nós”, uma parábola de muitos medos e incertezas.
cartaz seu suplemento diário de lazer e cultura
Por falta de apoios, Victor Hugo Mendes vira “costas” às Feiras de Livros em Angola dr
A revelação é do
próprio jornalista e autor, Victor Hugo Mendes, que preferiu desistir dos projectos ligados ao fomento e promoção do livro e da leitura no país, partindo para a Europa, ao encontro das comunidades angolanas espalhadas pelo continente “velho” Jorge Fernandes
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jornalista, autor e palestrante falava a este jornal em função do périplo que tem agendado pela Escócia, Itália e Finlândia nos próximos dias, embora tenha fixado residência em Portugal, onde está desde Setembro do ano passado. Durante a conversa, Victor Hugo Mendes deixou claro que não tenciona estar presente em nenhuma feira de livros em Angola, porque foi traído pelos parceiros que aproveitaram da sua vontade em promover livros. Diziam, refere, -que iriam ajudar, mas, muitos quiseram apenas notabilidade por cima das ideias de quem realmente se compromete com as questões de educação e promo-
ção de hábitos de leitura. “Fizeram-me promessas de todo o tipo. Usaram-me para atingir objectivos. Fiz um tremendo investimento por cima de promessas e hoje nem aos e-mails me respondem. Triste. Sentia que me eram vedadas as ideias”, desabafa o autor do livro Tchiwkinha-O Menino Vencedor. Vic tor Hu go Mende s revelou,por outro lado, que alguns profissionais ligados à esfera literária, tudo fazem para o descredibilizar e tentar enterrar
o que andou a fazer em prol do livro e da leitura pelo país. Por isso, também enfrentou “guerras ocultas”, sendo que, recentemente, tentaram levantar a mesma questão nas redes sociais. Face aos constrangimentos que teve de enfrentar no país, foi forçado a encerrar a livraria que tinha em Luanda, no município de Vianda, e concomitantemente despedir cinco funcionários, que daí tiravam sustento para o suporte das suas famílias. “Eu tinha muita vontade, dei
o meu melhor. Estava a entrar numa fase de grande amargura pela tristeza de ver gente que só tem jeito de travar quem aposta no conhecimento. Vou continuar a fazer o meu trabalho sim, mas prefiro dar-me algum tempo”, volta a desabafar num semblante bastante melancólico. Mais adiante acrescenta: “Alguns querem manter a juventude na escuridão, por isso, quando alguém como eu se torna promotor de hábitos de leitura, isso é perigoso para eles, mas estamos atentos e a juven-
tude não está a dormir”. Europa A sua ausência de Angola deveu-se a questões de saúde e tratamento de alguns documentos. Porém, as perseguições e as portas que se fecharam devido, infelizmente, às boas intenções do seu trabalho, que, de tão imparcial que é, causam dores a muita gente. Inicialmente, a pretensão da sua estadia tinha apenas os objectivos supracitados, como também a frequência em cursos profissionais intensivos e contactos na esfera profissional, mas decidiu voltar-se para as comunidades angolanas espalhadas pela Europa. Victor Hugo Mendes contou que há uma vida muito dinâmica levada a cabo por angolanos em vários pontos do mundo que merecem mais do que um acompanhamento das autoridades, num apoio reforçado à divulgação por via dos meios de comunicação social. Por isso, através do seu programa “Conversas com V” emitido aos Domingos, na Rádio MFM das 16 às 17 horas de Angola, muitas são as novidades e os feitos de cidadãos que orgulham não apenas as suas famílias. São casos de superação e de desenvolvimento corporativo. “As comunidades são vastas e temos estudantes, empresários, médicos, artistas e outros que foram capazes de se reinventarem para granjear novos patamares nas suas vidas, num ambiente totalmente diferente aos hábitos e costumes do nosso povo”, apontou. Depois de já ter estado em In-
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O autor Victor Hugo André Mendes nasceu na cidade de Malanje em Novembro de 1982. Iniciou-se no jornalismo na sua terra natal, na radio provincial local. Mais tarde deslocou-se à cidade capital onde deu continuidade aos seus estudos no INME e posteriormente na Universidade Privada de Angola, no curso de Comunicação Social, tendo concluído o 3º ano, naquela instituição de ensino superior. Paralelamente aos estudos, trabalhou na Rádio Ecclésia emissora Católica de Angola, Rádio Luanda do grupo Rádio Nacional de Angola, Televisão Pública de Angola, nos dois canais e actualmente na Rádio MFM. Com seus próprios recursos viajou pelo país participando em várias Feiras do Livro e da Leitura, com fito de fomentar o hábito e o gosto pela leitura a toda população em particular aos jovens. Tem publicado os livros “Face 69”, “Meu Livro de Pensamentos” e “TchiwekinhaO menino vencedor”.
glaterra, Victor Hugo Mendes, procura por apoios para mostrar ainda mais estórias de sucesso de angolanos. Por essa razão, dia 26 parte para Escócia, onde irá entrevistar estudantes angolanos. No dia 28 vai estar em Roma para conversar com o jogador Bastos Quissanga. Já no dia 30, desloca-se à Finlândia onde, para além de apresentar um Festival Anual de Kizomba, que reúne mais de 150 pessoas de várias nacionalidades, organizado por um angolano (Carlos Camba), será orador de uma palestra sobre o desenvolvimento cultural e os povos, para além de apresentar à comunidade angolana os seus livros. Durante todos os eventos que também já realizou nas cidades do Porto, Covilhâ e Lisboa, a recepção ultrapassa as expectativas do público e diz que em Portugal vive novos desafios. No dia 5 de Abril vai lançar mais uma edição da sua primeira obra, para sua alegria.
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“Duetos N’Avenida”: Don Kikas optimista por bom espectáculo O artista já trabalha em Luanda para o concerto que o colocará em palco com o
também músico Walter Ananaz, no quadro da II temporada do projecto “Duetos N’Avenida, uma iniciativa da Zona Jovem Produções dr
Só boas memórias. É uma casa que conheço há cerca de 20 anos, onde já cantei algumas vezes e nunca me decepcionou em nada. Com que regularidade vem ao país? Caso sejam entradas raras, como pensa que será esse reencontro com o público local? A última vez foi há menos de um ano e também aqui em Luanda. Com duas noites esgotadas e um público fantástico. Por isso, o que espero do show para o show do Duetos é que seja uma grande festa.
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l o dia 29 de Março está agendado mais um concerto “Duetos N’Avenida”, que traz, desta vez, dois jovens talentos da música angolana: Walter Ananaz e Don Kikas. Este último, radicado em Portugal, regressa à terra mãe para mais uma apresentação, relembrando vários hits do seu repertório, marcadamente registados na década de 90. Em breve entrevista Don Kikas mostra-se bastante optimista pela realização de mais um concerto “Regressa à base” desta vez para o projecto Duetos N’Avenida. Como reagiu quando recebeu a proposta de fazer um dueto com Walter Ananaz? Acho o projecto muito interessante por ser inovador no mercado nacional. Fazê-lo com o Walter deixa tudo mais fácil, porque somos amigos e conhecemos bem os trabalhos um do outro. O que tem em comum com Wal-
ter Ananáz? Para si, o que seria indispensável para tornar esse Dueto inesquecível? Somos da mesma geração e temos muito em comum no que toca às influências musicais. Acredito que temos inclusive os mesmos ídolos na música. Indispensável será cantarmos os grandes sucessos que marcaram uma geração. Qual a vossa expectativa para esse show? Que tenhamos uma casa cheia de gente e boa energia. O resto vai fluir. Num momento em que o mercado musical está cada vez mais competitivo, o que traz de novidade para este espectáculo? Da minha parte, levo dois temas do meu próximo álbum. Um dos quais chama-se “Basta” e foi lançado há menos de um mês. Além disso, só o facto de cantarmos as músicas um do outro já é inédito. Vive em Portugal, tem conseguido acompanhar o desenvolvimen-
to da música angolana? Como tem sido a adesão do público ao seu trabalho? Sim, mesmo vivendo fora, estou sempre ligado a tudo o que se passa em Angola. Com gratidão, observo que há um público ainda fiel ao meu trabalho, sinto-o pelo constante feedback que recebo através das redes sociais e pessoalmente quando me desloco aos vários mercados onde tenho trabalhado. A Casa 70 traz-lhe algum tipo de memória?
“Somos da mesma geração e temos muito em comum no que toca às influências musicais”.
Quais as músicas do Walter que faz questão de as interpretar? Conheço bem o trabalho do Walter, dos “N’sex Love” até os dias de hoje. São vários os temas que gosto e terei muito prazer em cantá-los. “Mais um Domingo” é o meu preferido. Gosto muito do Walter e, principalmente, da sua musicalidade. Temos praticamente os mesmos gostos e influências. Sendo assim, é garantida total sintonia no show do Duetos N’Avenida. Decorrem os ensaios, como está a ser o entrosamento? Num espírito de muita entrega, amizade, irmandade e descontração. Por isso, eu tenho a certeza de que o show será uma festa no palco da Casa 70. Acompanhamos a vossa alegria, durante o ensaio, ao ter reencontrado Cândido Ananaz. O que significou para si? Foi uma enorme alegria encontrar esse grande músico que, para mim, tem um relevante significado para a história da Cultura angolana. Ele estar no ensaio trouxe-me a certeza da importância do trabalho que estamos a preparar, além da felicidade do reencontro. É o mentor e mais velho do Walter e, por isso, esse próximo show em formato de dueto não estaria a acontecer não tivesse o Cândido Ananáz feito o que fez ao iniciar nos palcos esse grande músico e meu amigo Walter Ananaz.
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festival
Governador quer mais apoios para a realização exitosa do Festi-Congo adamente RDC, Gabão e Congo Brazzaville. Neste momento, explicou aos deputados, decorrem trabalhos de requalificação e reabilitação de alguns empreendimentos socioculturais, com realce para o cine clube local, espaço que poderá ser palco de conferências e workshops durante o evento. Para o também coordenador do Comité de Gestão Participativa do Centro Histórico de Mbanza Kongo, a alocação de mais verbas (não especificadas) torna-se imperioso nesta fase que antecede o festival, visando cumprir cabalmente com as acções gizadas para este certame internacional. “ Tudo está a ser feito para uma realização exitosa da primeira
edição do Festi-Congo. Estamos a reabilitar o cine clube local, que tem a capacidade de acolher 1.250 pessoas”, exprimiu. Falou também das acções em curso que visam honrar as recomendações da Unesco sobre o centro histórico e cultural de Mbanza Kongo, designadamente a remoção das antenas das operadoras das telecomunicação do casco urbano para zonas periféricas, a construção de um novo aeroporto (o actual localiza-se no centro da cidade), bem como a reabilitação das doze fontes de água que circundam a cidade. “Das nove recomendações da Unesco sobre Mbanza Kongo, já estão em curso três, nomeadamente a desmontagem das antenas, a regulamentação urbana do centro histórico e a construção de um novo aeroporto fora da cidade”, explicou. A cidade de Mbanza Kongo foi elevada a património mundial a 8 de Julho de 2017, na cidade de Cracóvia, República da Polónia.
O governador provincial do Zaire, Pedro Makita Armando Júlia, pediu na última Sextafeira, em Mbanza Kongo (Zaire), o envolvimento de toda a sociedade nos preparativos da realização da primeira edição do Festival internacional da Cultura (Festi-Congo), a realizar-se no próximo mês de Julho deste ano
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governante fez esse pedido num encontro que juntou os deputados da 7ª comissão da Assembleia Nacional, que trata de aspectos de Cultura, assuntos religiosos, comunicação social, juventude e desporto com os membros do Comité de Gestão Participativa do Centro Histórico de Mbanza Kongo. De acordo com o governador, esforços continuam a ser empreendidos para uma realização exitosa da primeira edição do Festi-Congo, que poderá também juntar os países que integravam o antigo Reino do Kongo, nome-
EXIBIÇÃO
mODA
DIVeRSÃO
SÉRIe
cINemA
Cabingano Manuel e Salú Gonçalves entre os galardoados
Xyami Shopping promove saltos em família
Actriz de ‘A Guerra dos Tronos’ revela que esteve à beira da morte
Jordan Peele supera os clichés do cinema de terror
Figuras públicas ligadas à televisão, música, moda e cinema, que se destacaram em 2018, receberam troféus na noite de Sábado, durante a 22ª edição do “Moda Luanda 2019”, que decorreu sob lema “Água para Vida”. Das figuras contempladas foram escolhidos na categoria de jornalismo os apresentadores e jornalistas Salu Gonçalves e Marcelina Gonçalves, como melhores apresentadores do “Magazine da Actualidade”. A cerimónia das distinções promovida pela STEP (agência de modelos), que foi marcada com desfile de moda, também consagrou o jornalista Cabingano Manuel que recebeu o troféu de melhor contributo do ano para informação.
O Xyami Shopping promove, pela primeira vez em Angola, o evento “Corrida de Salto-Alto”. A iniciativa é alusiva às comemorações do “Mês da Mulher”, e acontece a 23 de Março nos Xyami Shopping em funcionamento no país. Benguela, Lubango, Huambo e Luanda serão as quatro cidades que, em simultâneo, vão testemunhar a realização deste inédito e invulgar desafio. De referir que as famílias Xyami estão já a ser desafiadas durante este mês a participarem num conjunto de actividades desportivas como aulas em grupo de Zumba, de spinning, cross fit e demonstrações de Jiu Jitsu.
A actriz britânica Emilia Clarke, conhecida por desempenhar o papel da Mãe dos Dragões, Daenerys Targaryen, na A Guerra dos Tronos, revelou que sofreu dois aneurismas cerebrais - o primeiro após a gravação da primeira temporada da série - e que estava convencida que iria morrer. Clarke, de 32 anos, revelou os problemas de saúde que sofreu num ensaio escrito na revista The New Yorker, intitulado “Uma batalha pela minha vida”. O ensaio foi publicado a menos de um mês da estreia da oitava e última temporada da séria da HBO, que chega a Portugal na madrugada de 15 de Abril.
O realizador de “Foge” regressa com o inquietante “Nós”, uma parábola de muitos medos e incertezas - é a estreia dominante da semana, confirmando a energia criativa de Jordan Peele. Cinema de terror? É, hoje em dia, um espaço em que se cruza a experimentação mais interessante com a rotina mais banal. E podemos ter a certeza que o americano Jordan Peele se distingue por uma aversão a clichés que, no limite, o leva a desafiar os nossos pressupostos de espectadores. Por que é que o novo filme de Jordan Peele se chama Nós? A pergunta tem tanto de rudimentar como de sugestivo. E é, obviamente, motivada.
CINEMAX NOVA VIDA SALA VIP
Bem-vindo a Acapulco
13H20, 15H20, 17H30, 19H40, 21H40 SALA 1
Captain Marvel 3D
13H10, 15H50, 18H30, 21H10 SALA 2
Como Treinares o Teu Dragão: O Mundo Secreto VP 14H00, 16H10, 18H20
Captain Marvel 3D 20H30
SALA 3
Nós
13H50, 16H20, 18H50, 21H20 SALA 4
Vingança Perfeita
13H40, 16H30, 19H00, 21H30 Filme Esquebra – 800Akz
SALA 5
Dragon Ball Super: Broly 13H00, 15H10
O Prodígio
17H20, 19H30, 21H40 SALA 6
Alita: Anjo de Combate
13H00, 15H30, 18H00, 20H30 Filme Esquebra – 800Akz
Economia
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Província do Namibe em busca do desenvolvimento Enquadrado nas festas do Mar, que visam saudar a ascensão de Moçâmedes à categoria de cidade, organizou o fórum sobre oportunidades de investimento no Namibe, onde a necessidade de desenvolver a região foi realçada
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pesar de possuir condições para a prática do turismo, recursos minerais, um porto comercial e um caminho-de-ferro que liga a província ao Sudeste do país, Namibe ainda aguarda pelo seu desenvolvimento económico. É neste sentido que o governador local, Carlos da Rocha Cruz, entende que as festividades da cidade constituem “uma oportunidade para reflexão e o relançamento da economia”, tendo realçado a importância das festas do Mar na atracção de investidores para a província, turistas nacionais e estrangeiros. Sob o lema “ Turismo e Tecnologia aplicada ao sector”, com o propósito de oferecer aos investidores, empresários empreendedores, o Governo do Namibe considera o fórum uma plataforma de reflexão e de identificação de oportunidades concretas de negócios. Carlos da Rocha Cruz avançou que “doravante esta grande oportunidade para atrairmos investimentos vai contar com a participação da sociedade civil. Refiro-me às associações comerciais e indústriais, cujo objectivo é a melhoria do ambiente de negócios”. O governador do Namibe disse ainda que a realização da 2ª edição do fórum visou o fortalecimento e consolidação dos contactos e parcerias, estabelecidos na primeira edição defóruns. Garantiu que o Namibe possui recursos relevantes e de capital importância estratégica, que racionalmente explorados são capazes de capitalizar a economia local e integrá-los no processo de desenvolvimento sus-
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Os sectores das pescas, do turismo e o porto local são os sectores que mais impulsionam a economia do Namibe
tentável da economia nacional. O governante disse esperar que o fórum resulte em parcerias de negócios que contribuam para o desenvolvimento da província, criando um ambiente de diálogo que dê garantias aos investidores nacionais e estrangeiros sobre as oportunidades de negócio no Namibe. Na primeira edição participaram países como o Ruanda, da África do Sul e Quénia, que manifestaram interesse na produção e exportação do sal, frutos do Mar e as rochas ornamentais. O fórum teve apoio na realização do governo do Namibe, Jornal “Valor Económico”, “A Gazeta” e a empresa SOROMEL.
Namibe possui recursos relevantes e de capital importância estratégica, que racionalmente explorados são capazes de capitalizar a economia local
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laboratório pesqueiro do Tômbwa será recuperado
I estados Unidos chumba oPA da eDP lançada por empresa chinesa O embaixador dos estados unidos em Portugal, George Glass, sublinhou que, por motivos de segurança nacional, o governo federal dos estados unidos opõe-se abertamente ao negócio da tomada de controlo de uma das principais empresas portuguesas por um grupo estatal da China, presente no seu país
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ferta Pública de Aquisição lançada pela China Th ree Gorges sobre a totalidade do capital social da EDP – Energias de Portugal vai “ser chumbada” nos Estados Unidos, disse o embaixador George Glass. O diplomata acreditado em Portugal disse ainda ao Jornal Económico que não existem condições para a operação ser aprovada nos Estados Unidos, por se tratar de uma questão de segurança nacional. “A EDP controla 80% da energia eléctrica em Portugal. Do ponto de vista dos Estados Uni-
dos, do ponto de vista de negócios, como do meu ponto de vista, não deve haver uma entidade estrangeira a deter a vossa energia eléctrica. Deve ser controlada pelo Estado ou pelos privados sob regulação nacional. Não é o caso do que está a ocorrer com a EDP”, começou por dizer o embaixador. George Glass adiantou que, por essa razão (de segurança nacional), o governo federal dos Estados Unidos opõe-se abertamente ao negócio da tomada de controlo de uma das principais empresas portuguesas por um grupo estatal da China. O embaixador recordou que a
A eDP está presente no mercado dos estados Unidos, onde é o terceiro maior produtor de energia a partir de fontes renováveis
EDP está presente no mercado dos Estados Unidos, onde é o terceiro maior produtor de energia a partir de fontes renováveis, “pelo que em nenhuma circunstância vamos permitir que os chineses passem a controlar o que a EDP tem no meu país.” O jornal escreveu que o embaixador foi mesmo mais longe quando afi rmou “se a China Th ree Gorges quiser prosseguir depois deste aviso, a administração Trump tem poder para desmantelar a EDP nos Estados Unidos através do regulador para o investimento estrangeiro.” “Se a China Three Gorges insistir em continuar, a CFIUS [“Committee on Foreign Investments in United States”] tem poder para impedir essa venda”, declarou o diplomata. O grupo estatal chinês controla 23,35% do capital social da EDP, sendo o segundo maior accionista da sociedade Oppidum Capital com 7,19%.
noperante há algum tempo, o laboratório da vila piscatória do Tômbwa vai ser recuperado nos próximo dias, como assegurou Maria Antonieta Baptista. A ministra disse não ser o único, sustentando que esforços estão a ser envidados para que tal situação seja resolvida, no quadro da melhoria da qualidade de exportação do pescado. “ Pretendemos nos próximos tempos reforçar os nossos mercados com a indústria de conserva, mas para isso é necessário que tenhamos laboratórios capazes de certificar os nossos produtos e assim cumprimos com as exigências que são feitas internacionalmente”, acrescentou. Maria Antonieta Baptista garantiu existir um programa de formação para a pesca artesanal já aprovado, sendo Luanda a província piloto, seguida de Benguela, Cuanza-Sul e Namibe. A ministra das Pescas e Ciências do Mar entregou, no município do Tômbwa, duas lanchas com sete metros e meio cada uma com o objectivo de reforçar a fiscalização nos mares do município do Tômbwa e da comuna da Lucira. Estes meios serão reforçados com mais uma embarcação afecta ao Ministério das Pescas, que foi recuperada recentemente depois de uma avaria.
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MERCADOS
O PAÍS Segunda-feira, 25 de Março de 2019
breves
Mercado Taxa de juro Taxas de Juro Taxa BNA Libor USD 6M Libor GBP 6M Libor JPY 6M Euribor 6M Luibor 6M
Cot. 22/03/19 15,750% 2,677% 0,962% 0,009% -0,229% 16,530%
Taxas de Câmbio USD/AKZ EUR/USD GBP/USD USD/JPY USD/ZAR USD/BRL
Cot. 22/03/19 317,6500 1,1287 1,3197 109,9100 14,4943 3,8955
EUR / USD ∆ Diária (%) 0,636 -0,344 -0,700 -1,408 0,646 2,110
Mercado das commodities Commodities WTI Crude Fut. Brent Crude Fut. Gold 100 Oz Fut. Prata Fut. Gás Natural Fut. Cobre Fut.
Cot. 22/03/19 58,46 66,39 1 312,80 15,37 2,76 284,00
Brent Crude Fut.
∆ Diária (%) -0,103 -1,147 0,760 0,780 -1,216 -2,271
Luibor Taxas BNA Luibor O/N Luibor 1 Mês Luibor 3 Meses Luibor 6 meses Luibor 9 meses Luibor 1 Ano
Dow Jones (EUA)
∆ Diária (%) -1,058 -0,511 -0,286 -5,064 2,371 0,823
Mercado cambial
Luibor 1 Ano Cot. 22/03/19 15,76 15,96 16,26 16,53 17,07 17,54
∆ Diária (p.p) 0,000 0,010 0,010 -0,100 0,040 0,020
Mercado Interbancário A decisão do Banco da Inglaterra de manter a taxa de juro de referência em 0,75%, o mesmo nível desde Agosto de 2018, influenciou o registo da taxa Libor GBP a 6 meses que diminuiu 0,3 p.b., para 0,962%, na análise semanal.
∆ Diária (p.p)
Mercado accionista Índices Accionistas Cot. 22/03/19 Dow Jones (EUA) 25 575,33 S&P 500 (EUA) 2 808,06 FTSE 100 (Inglaterra) 7 207,59 Bovespa (Brasil) 94 116,14 CSI 300 (China) 3 833,80 Nikkei 225 (Japão) 21 627,34
Libor USD 6 Meses
Mercado Accionista Osprincipaisíndicesbolsistasmundiais fecharam a semana em baixa, pressionados pela possibilidade de uma recessão nos EUA, com a inversão da curva de rendimento dos títulos, tendência registada no período anterior à crise do subprime de 2008. Os índices Dow Jones (EUA) e FTSE 100 (Inglaterra) reduziram 1,1%e0,3%,para25.575,33e7.207,59 pontos, respectivamente. Mercado Cambial O euro depreciou 0,34%, para 1,1287 USD por unidade da moeda, em consequência da redução do índice de desempenho do sector de serviços e manufactureiro da Alemanha, a maior economia da Zona Euro, para 51,5 pontos, o menor resultado desde Junho de 2013.
Seguradoras de Moçambique criam condições para entrar no negócio do gás Os requisitos exigidos pelos grupos estrangeiros para a participação de companhias de seguros de Moçambique nos projectos de gás natural estão a ser negociados, podendo vir a ser revistos, disse o presidente da Empresa Moçambicana de Seguros (Emose). Joaquim Langa disse que os requisitos “afastavam por completo a participação das seguradoras moçambicanas” e acrescentou estar a Emose já a trabalhar com a subsidiária moçambicana do grupo norte-americano Anadarko Petroleum “para se encontrar uma solução que se enquadre na realidade do país.” Um dos problemas cen-
tra-se no resseguro, “estando-se a tentar que sejam as companhias moçambicanas lideradas pela Emose a subscrever 100% do risco, de que parte significativa será passada para as resseguradoras que os grupos estrangeiros determinem que preenchem os requisitos exigidos.” Joaquim Langa, citado pelo jornal moçambicano O País, disse que com a revisão dos requisitos exigidos espera-se assegurar pelo menos 30% em comissões deste serviço para as seguradoras a operar em Moçambique, numa acção a ser liderada pela Emose em parceria com outras seguradoras elegíveis.
Mercado de Matérias-primas AcotaçãodoBrentencerrouasemana com diminuição de 1,15%, para 66,39 USD/barril, reflexo da expectativa de moderação do crescimento económico mundial, associada ao incremento das reservas de crude norte-americanas.
Luibor As taxas de juro apuradas no mercado monetário interbancário, na última semana, registaram aumento na generalidade das maturidades com excepção para a taxa Luibor a 6 meses que reduziu 0,1 p.p., para 16,53% e para a taxa Overnight que manteve-se estável em 15,76%.
Portugal e Timor Leste reforçam cooperação Portugal e Timor-Leste deverão assinar em Julho próximo o novo Programa Estratégico de Cooperação (PEC) válido para o período 2019/2022, segundo o comunicado da reunião do Conselho de Ministros de 20 de Março. O comunicado informa ainda ter o governo aprovado a proposta de acordo do PEC apresentada pelo ministro Dionísio da Costa Babo Soares, a ser assina-
da naquele mês pelos ministros dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Portugal e de TimorLeste. O comunicado informa também que o PEC 2019/2022 define como sectores de intervenção prioritária a “Consolidação do Estado de Direito e boa governação”, a “Educação, formação e cultura” e o “Desenvolvimento sócioeconómico inclusivo.”
Mundo
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DR
Deputados insistem no retorno ao voto como alternativa ao Acordo de Saída chumbado
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Centenas de pessoas esperam ser resgatadas dos tectos e noutros pontos na devastada província da Beira
Idai já fez 446 mortos em Moçambique O número de vítimas mortais do ciclone Idai e das cheias que se seguiram no centro de Moçambique subiu para 446, anunciaram, ontem Domingo, as autoridades moçambicanas
A
informação foi prestada no centro de operações de socorro instalado no aeroporto da cidade da Beira e representa um acréscimo de 29 mortos em relação ao balanço de Sábado, dia em que o Governo confirmou a morte de 417 pessoas. O número de pessoas afectadas subiu ontem para 531 mil. “Não significa que estejam em risco de vida. São pessoas que perderam as casas” ou que estão “em zonas isoladas e que precisam de assistência”, explicou Celso Correia, ministro da Terra e do Ambiente, referindo que os números refletem a recolha de informação a partir de várias áreas antes isoladas. Por seu lado, o número de salvamentos faz com que os centros de acolhimento continuem a encher e registem já 109 mil entradas, das quais 6.500 dizem respeito a pessoas vulneráveis - por exemplo,
idosos e grávidas que recebem assistência particular. Celso Correia referiu também que há 90.756 alunos que, por várias razões, não vão à escola e que o sistema de educação está comprometido devido ao rasto de destruição. “Já temos mais unidades organizadas” e a “conquistar mais território”, realçou o ministro. Com a descida das águas, muitas pessoas alcançadas por equipas de socorro preferem receber alimentos e outros tipos de assistência (médica, por exemplo) nos
Na vila de Buzi, no distrito mais alagado com as cheias, já há médicos, alimentos e tendas
sítios onde estão e assim recomeçar as suas vidas, nas suas terras. “Muitas pessoas preferem ficar onde já têm condições” e até pedem sementes para voltar a cultivar as suas ‘machambas’ (hortas) para garantir alimentação, disse Celso Correia. Em outros locais são entregues tendas para substituir casas danificadas, mas onde se verifica que há risco, é feita a retirada compulsiva da população, acrescentou. Na vila de Buzi, no distrito mais alagado com as cheias, já há médicos, alimentos e tendas, destacou o ministro moçambicano, pelo que “é normal que as famílias comecem a regressar” para as suas áreas, deixando centros de acolhimento temporário sobrelotados e onde a comida escasseia. Ainda assim, esta presença de apoios em Buzi verifica-se nas zonas mais altas, pois grande parte do distrito continua submerso.
O PAÍS Segunda-feira, 25 de Março de 2019
parlamento volta a debater hoje Segundafeira o processo da saída do Reino Unido da UE e poderá forçar a discussão já na Quarta-feira de alternativas ao Acordo negociado pelo governo com Bruxelas. O parlamento volta a debater na Segunda-feira o processo da saída do Reino Unido da União Europeia (UE) e poderá forçar a discussão já na Quarta-feira de alternativas ao Acordo negociado pelo governo com Bruxelas e chumbado duas vezes. O plano está numa proposta de alteração à moção apresentada pelo governo na sequência da reprovação do Acordo de Saída a 12 de Março por uma margem de 149 votos, e que vai ser debatida hoje Segunda-feira na Câmara dos Comuns. A emenda, subscrita pelos conservadores Oliver Letwin e Dominic Grieve e pelo trabalhista Hilary Benn, pretende retirar ao governo a precedência no estabelecimento da agenda de trabalhos na Câmara dos Comuns na Quarta-feira, “dada a necessidade de a Câmara debater e votar caminhos alternativos”. O plano prevê que os deputados apresentem uma série de propostas com alternativas, as quais serão debatidas e votadas consecutivamente para saber se existe alguma que reúna o apoio de uma maioria de deputados. Esta ideia de “votos indicativos” já tinha sido sugerida e rejeitada antes, mas o impasse no parlamento relativamente ao ‘Brexit’ poderá permitir que seja validada desta vez. O ministro do Gabinete, David Lidington, sugeriu que o governo poderia “tentar encontrar um processo que permita ao parlamento encontrar a sua maioria”, o que poderá fazer para não per-
der o controlo sobre o ‘Brexit’. O partido Trabalhista também apresentou uma emenda semelhante, exortando o governo a dar tempo durante esta semana para discutir alternativas ao Acordo de Saída, nomeadamente o plano do ‘Labour’ para uma união aduaneira permanente com a UE, a que chama “Mercado Comum 2.0”, o qual seria confirmado por um novo referendo. Os Liberais Democratas apresentaram uma emenda ao governo para adiar o ‘Brexit’ por mais dois anos para ser realizado um novo referendo, enquanto que deputados do partido Conservador e do Partido Democrata Unionista (DUP, na sigla em inglês), da Irlanda do Norte, defendem, numa proposta de alteração, que o governo reafirme a intenção de sair da UE. Existem ainda outras propostas para forçar o governo a apresentar os planos caso não o parlamento não consiga aprovar um acordo de saída antes de 12 de Abril, nova data determinada pela União Europeia para o ‘Brexit’. A primeira-ministra britânica, Theresa May, pretendia submeter o Acordo de Saída a um terceiro voto no parlamento, mas a realização está em suspenso devido à falta de apoio do DUP e dos conservadores eurocépticos. Ontem, May recebeu na residência de campo, o palácio de Chequers, o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Boris Johnson e os euro-cépticos Jacob Rees-Mogg, Dominic Raab e Iain Duncan Smith. O desagrado dentro do governo e do partido Conservador para com May continua a crescer, segundo a imprensa britânica, que dá conta de várias conspirações para a afastar do cargo.
Deputados ingleses voltam a debater hoje uma nova saída para o Brexit
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O PAÍS Segunda-feira, 25 de Março de 2019
Ameaças de morte à autora da petição para revogar o Brexit “Quem deseja assim tanto o Brexit, que está preparado para matar?”, questiona Margaret Anne Georgiadou. Petição ultrapassou 4,7 milhões de assinaturas no dia em que um milhão saiu às ruas a pedir novo referendo.
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professora universitária reformada, de 77 anos, que iniciou a mais bem-sucedida petição de sempre no Reino Unido, recebeu três ameaças de morte pelo telefone e viu a sua conta no Facebook pirateada. “Quem deseja assim tanto o Brexit, que está preparado para matar?”, reagiu Margaret Anne Georgiadou. À BBC, admitiu ter ficado a “tremer” devido às ameaças e que não disse nada ao marido, mais velho, “porque ficaria histérico”. “Sinto-me terrível, sinto-me zangada comigo mesma porque pensei que era mais forte. Mas eu fiquei com medo.” A cidadã britânica anunciou também no Twitter que, devido ao facto de ter sido alvo de uma “torrente de insultos”, iria encerrar a conta de Facebook. Georgiadou, que se encontra em Chipre, pediu ainda através do Twitter para os manifestantes cantarem o famoso hino You’ll Never Walk Alone. A sua petição, Revogar o Arti-
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go 50.º e Permanecer na UE, criada no dia 12 de Fevereiro, teve um boom a partir de Quarta-feira, no dia em que a primeira-ministra Theresa May, numa declaração ao país, culpou os deputados pelo impasse quanto ao acordo de retirada do Reino Unido da União Europeia. “O governo afirma repetidamente que sair da UE é ‘a vontade do povo’. Temos de pôr termo a esta afirmação, provando agora a força do apoio público à permanência na UE. Um referendo pode não acontecer - por isso, votem agora”, lêse na petição. À rádio LBC defendeu que um referendo “não é muito democrático”. “A maioria ganha e é decidida pela maioria para a maioria. Que se lixe a minoria. Enquanto a verdadeira democracia inclui a opinião de todos na sociedade”, disse Georgiadou. E terminou, lapidar: “Num país de cegos os lobos são muitas vezes confundidos por cães-guias.” A afluência à petição foi de tal ordem que o site das petições esteve várias horas indisponível. Na noite de Sábado tinha passado 4,7 milhões de assinaturas - a petição
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Margareth Anne no centro do turbilhão inglês por causa do Brexit
mais popular de sempre. A segunda petição (e já agora, a quarta) da lista pede um segundo referendo ao Brexit. Chegou aos 4,1 milhões de assinaturas, enquanto a quarta, iniciada pelo jornal Independent com o mesmo objectivo, alcançou 1,2 milhões de assinaturas. A terceira petição mais popular pedia ao Parlamento pa-
135 mortos no ataque a aldeia fula no Mali DR
Conflito étnico volta a aterrorizar populações indefesas no Mali
O
ataque de Sábado contra uma aldeia do centro do Mali provocou 135 mortos, segundo um novo balanço divulgado pelas autoridades locais. O ataque de Sábado contra uma aldeia do centro do Mali provocou 135 mortos, segundo um novo balanço divulgado ontem Domingo pelas autoridades locais. Citadas pela agência EFE, as mesmas fontes acrescentaram que já foram enterradas 90 das vítimas, mas que há ainda meia centena de cadáveres, totalmente queimados, por sepultar. O ataque, presumivelmente desencadeado por caçadores da et-
ra impedir uma visita de Estado de Donald Trump porque iria causar embaraço à rainha devido à “misoginia e à vulgaridade” do presidente dos Estados Unidos. Ao atingir a marca das cem mil assinaturas, uma petição pode ser selecionada para debate na Câmara dos Comuns. Qualquer cidadão britânico ou com estatuto de resi-
nia bambara, teve como alvo a aldeia de Ogossagou, onde vivem os Fulas. Entre as vítimas à aldeia de pastores da região de Mopti há inúmeros anciãos, mulheres e crianças, que não puderam escapar dos “donzos”, como são localmente referenciados os bambaras, que cercaram o povoado e queimaram cerca de 400 casas. O presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita, convocou ontem um Conselho de Ministros extraordinário e ordenou uma investigação à matança de civis, a mais grave nos últimos anos. Era esperado para ontem uma missão do Comité Internacional da Cruz Vermelha, que irá também colaborar na investigação. O massacre aconteceu durante a visita ao país de uma missão do Conselho de Segurança da ONU, que ali se deslocou precisamente para investigar o alarmante aumento da violência (religiosa, separatista ou étnica) no centro e
dente no Reino Unido pode subscrever o documento. Às ameaças à autora da petição seguiu-se uma notícia do bloggerGuido Fawkes, na qual se alega que Margaret Georgiadou fez ameaças no Facebook a Theresa May, entre outras mensagens em que pedia informações sobre a compra de armas.
norte do país, e para avaliar a continuidade da Minusma, a missão de “capacetes azuis” no Mali. Por seu lado, a Associação do Mali para os Direitos Humanos (AMDH) recordou ao governo que “é imperativo desarmar imediatamente todos os grupos ilegalmente armados que operam no centro e norte do país”. A AMDH aponta a tolerância que o governo tem mostrado para com todos os tipos de milícias, auto-designadas de grupo de autodefesa, que protegem os interesses de outras etnias, como os tuaregues, fulas, agricultores ou pastores, uma tolerância que às vezes é mera conivência, quando o governo usa umas milícias contra outras. A região de Mopti foi durante todo o ano passado palco de confrontos intermitentes entre rivais ou entre caçadores e pastores pelo controlo da terra e, por razões religiosas, já que os caçadores acusam os fulas de terem ligações a grupos ‘jihadistas’.
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O PAÍS Segunda-feira, 25 de Março de 2019
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Os sinistrados aguardam a todo instante por ajuda
Sociedade civil de Moçambique diz que catástrofe é argumento para perdoar dívida As ONG representativas da sociedade civil de Moçambique argumentam que o impacto do ciclone Ldai é mais um argumento para o Governo não ter de pagar a dívida oculta, que consideram ilegal
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s organizações não governamentais (ONG) representativas da sociedade civil de Moçambique argumentam que o impacto do ciclone idai é mais um argumento para o Governo não ter de pagar a dívida oculta, que consideram ilegal. “Está na altura de as autoridades moçambicanas serem transparentes relativamente à dívida odiosa e deviam genuinamente investir todos os seus recursos na salvaguarda das vidas do povo de Moçambique e na integridade da nossa nação”, disse Denise Namburete, uma activista do Fórum de Monitoria do Orçamento, em Maputo. Para esta dirigente do organismo que acompanha a evolução do orçamento, “não há hi-
pótese de o país conseguir recuperar da magnitude do impacto do ciclone Idai sem vencer a cultura de corrupção, que suga os recursos essenciais da infra-estrutura pública que pode salvar vidas e potenciar o desenvolvimento”. O escândalo de corrupção ao mais alto nível no anterior Governo de Moçambique ficou conhecido como o caso das dívidas ocultas, e representa dois empréstimos contraídos por empresas públicas (MAM e ProIndicus) sem o conhecimento das autoridades nacionais e dos doadores internacionais, com o aval do Estado e, no âmbito do qual, estão detidos três antigos banqueiros do Credit Suisse, o antigo ministro das Finanças Manuel Chang e o filho e a secretária pessoal do antigo Presidente da República Armando Guebuza.
“A economia moçambicana já foi suficientemente atingida por uma crise da dívida desencadeada por empréstimos secretos de 2 mil milhões dados por bancos britânicos”
“A devastação causada pelo ciclone Idai é mais uma razão para o povo moçambicano não ter de pagar um centavo dessas dívidas”, defendeu o economista-chefe do Comité para o Jubileu da Dívida, uma ONG britânica. “A economia moçambicana já foi suficientemente atingida por uma crise da dívida desencadeada por empréstimos secretos de 2 mil milhões dados por bancos britânicos”, disse à Lusa Tim Jones, acrescentando que “há pelo menos 700 milhões de dólares desaparecidos, e uma investigação norte-americana alega que pelo menos 200 milhões foram gastos em subornos a banqueiros e políticos envolvidos nas transações”. Para este economista, o facto de três anos depois dos empréstimos terem sido divulgados, “a injusta situação da dívi-
da não ter ainda sido resolvida, é uma acusação maldita para a comunidade internacional em geral e para o Governo britânico em particular”, até porque “o falhanço da resolução da crise da dívida nos últimos três anos pode prejudicar os esforços de reconstrução” dos estragos causados pelo ciclone Idai, que já matou cerca de 450 pessoas só em Moçambique, a que se juntam outras 300 no Zimbabwe e Malawi, afectando quase 3 milhões de pessoas, no total. “As pessoas estão agora mesmo a morrer em Moçambique por causa do ciclone e das inundações; as pessoas estão nos telhados à espera de serem salvas por ajuda que muitas vezes não chega; o povo precisa de uma resposta de emergência agora mesmo para sobreviver a esta crise”, disse Anabela Lemos, da ONG Justiça Ambiental. O impacto do ciclone é “uma lembrança dura de que a crise climática está aí e que os países desenvolvidos precisam urgentemente de reduzir as suas emissões e parar de financiar a exploração de combustíveis fósseis”, disse Anabela Lemos, apontando que, “agora mesmo, o Governo britânico está a ponderar financiar a exploração de gás em Moçambique, quando o que precisamos é, em vez disso, de energias renováveis centradas nas pessoas”. O ministro das Finanças actual considerou recentemente, no Parlamento , que serão os tribunais britânicos a decidir se o Estado deve pagar esses empréstimos, no valor de cerca de 1,3 mil milhões de dólares, mas sobre os 727,5 milhões de dólares em títulos de dívida pública emitidos para substituir uma emissão obrigacionista da EMATUM, o Executivo diz que continua a negociar com os ‘bondholders’, os detentores desta dívida soberana. Em 2016, a revelação de que o Governo tinha prestado garantias do Estado em empréstimos contraídos em 2013 e 2014 levou à suspensão de vários apoios internacionais, incluindo do Fundo Monetário Internacional (FMI), causando uma quebra de confiança entre os doadores internacionais, o que contribuiu para a degradação das perspetivas económicas e atirou o país para o nível de ‘default’ (incumprimento financeiro) por parte das agências de notação financeira.
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O PAÍS
Segunda-feira, 25 de Março de 2019
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Fonte: INAMET
PReviSÃo Do TeMPo *** 3 DiAS *** PARA AS PRinCiPAiS CiDADeS válida de 24 a 26 de Março de 2019
Das 18 horas do dia 22 às 18 horas do dia 23 de março de 2019
INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGOA E GEOFÍSICA - CENTRO NACIONAL DE PREVISÃO DE TEMPO (CNPT) PREVISÃO DO TEMPO *** 3 DIAS ***PARA AS PRINCIPAIS CIDADES, validade 24 à 26 de Março de 2019 Data 24/03/2019
CIDADE
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Data 25/03/2019
Estado do Tempo
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SAURIMO BENGUELA
Data 26/03/ 2019
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Estado do Tempo
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Parcial nublado, chuva fraca /trovoada
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Nublado, chuva fraca ou chuvisco /trovoada
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Pouco a nublado, chuva moderada/ trovoada
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CUITO
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Parcialmente a pouco nublado
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Nublado, chuva fraca ou chuvisco /trovoada
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Parcial nublado, chuva fraca /trovoada
LUENA
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Parcial nublado, chuva fraca /trovoada
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Nublado, chuva fraca ou chuvisco /trovoada
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Parcial nublado, chuva fraca /trovoada
LUBANGO
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Nublado, chuva fraca ou chuvisco /trovoada
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Nublado, chuva fraca ou chuvisco /trovoada
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Parcial nublado, chuva fraca /trovoada
Nublado, chuva fraca ou chuvisco /trovoada
MENONGUE
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Parcialmente a pouco nublado
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Parcial nublado, chuva fraca /trovoada
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Pouco nublado
MOÇÂMEDES
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Nublado, chuva fraca a moderada/ trovoada
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Pouco nublado
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Parcial nublado, chuva fraca /trovoada
ONDJIVA
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Os Meteorologistas: Lameira Gaspar e Lionete Mitange.
Luanda, 23 de Março 2019
Aeroporto Internacional 04 de Fevereiro, Rua 21 de Janeiro – Tel.: 949320641 – Luanda. Site: http://www.inamet.gov.ao; emails: geral@inamet.gov.ao / geral.inamet@angola-portal.ao
Províncias de cabinda, Zaire, bengo, Luanda, uíge, Malanje, cuanza-norte, cuanza-sul, Lunda-norte, Lunda-sul: Céu muito nublado em toda região durante a madrugada e manhã. ocorrência de chuva moderada a forte, acompanhada por vezes de trovoada, em alguns municipios das províncias de Cabinda, Zaire e Cuanza Sul. Possibilidade de ocorrência de chuva moderada, por vezes acompanhada de trovoada em alguns municípios da província do Bengo, luanda, uíge, Malanje, Cuanza norte, Cuanza Sul. Possibilidade de ocorrência de chuva fraca ou chuviscos em alguns municípios das províncias da lunda norte e lunda sul. Possibilidade de ocorrência de neblina matinal em alguns municípios das províncias de Cabinda, Zaire, Cuanza norte e Bengo. ReGIÃO ceNTRO: Províncias de benguela, Huambo, bié e Moxico Céu parcialmente nublado, tornando-se nublado ao entardecer e manhã. ocorrência de chuva fraca a moderada, acompanhada por vezes de trovoada, em alguns municípios das províncias de Benguela e Huambo. Possibilidade de ocorrência de chuva fraca em alguns municípios da província do Moxico. Possibilidade de ocorrência de neblina matinal em alguns municípios da província de Benguela. ReGIÃO SUL: Províncias do namibe, Huíla, cunene e cuando-cubango Céu parcialmente nublado, tornando-se muito nublado pela manhã e ao anoitecer. ocorrência de chuva fraca a moderada em alguns municípios das províncias do namibe. Possibilidade de ocorrência de chuva fraca ou chuviscos em alguns municípios das províncias da Huíla, Cunene e Cuando Cubango.
TemPO NO mAR BoleTiM MeTeoRolÓGiCo PARA A nAveGAÇÃo MARÍTiMA
1. SITUAÇÃO GeRAL ÀS 18:00 TU DO DIA 23 mARÇO 2019:
Circulação de Sudoeste moderada entre os paralelos 4°S a 14°S, sendo moderada a fresco a Su-Sudoeste do paralelo 14°S a 18°S. NACIONAL DE METEOROLOGIA E GEOFÍSICA– INAMET 2. PReVISÃO VÁLIDA ATÉ ASINSTITUTO 18:00 TU DO DIA 24deDe mARÇO De 2019. Centro Nacional Previsão do Tempo Sem AVISO.
BOLETIM METEOROLÓGICO PARA A NAVEGAÇÃO MARÍTIMA
1. SITUAÇÃO GERAL ÀS 18:00 TU DO DIA 23 MARÇO 2019: Circulação de Sudoeste moderada entre os paralelos 4°S a 14°S, sendo moderada a fresco a Su-Sudoeste do paralelo 14°S a 18°S. 2. PREVISÃO VÁLIDA ATÉ AS 18:00 TU DO DIA 24 DE MARÇO DE 2019. SEM AVISO.
REGIÃO
ESTADO DO TEMPO
VENTO
(ATÉ 200 MILHAS DA COSTA)
ALTURA DA ONDA (METROS)
ESTADO DO MAR
DIRECÇÃO FORÇA (KT)
VISIBILIDADE HORIZONTAL (KM)
Cabinda (4°S – 6°S)
Aguaceiros e trovoada
Sudoeste
Até 11
Até 1.5
Agitado
Fraca (Superior a 3)
Zaire, Bengo, Luanda e Cuanza-Sul (6°S – 12°S) Benguela (12°S – 14°S)
Chuva Moderada
Sudoeste
Até 13
Até 1.6
Agitado
Moderada (Superior a 5)
Chuva Moderada Moderada
Sudoeste
Até 11
Até 1.8
Agitado
Moderada (Superior a 5)
Sul Sudoeste
Até 18
Até 2.4
Agitado
Moderada (Superior a 5)
Namibe (14°S – 18°S)
Chuva Moderada
Fonte: INAMET
3. DeScRIÇÃO SINÓPTIcA DAS 18:00 TU DO DIA 23/03/2019 ÀS 18:00 TU DO DIA 24/03/2019. A Alta pressão da Santa Helena irá deslocar-se gradualmente para o leSTe nas próximas 24H, com uma pressão central de 1020hPa, influênciando o padrão e a intensidade do vento. Assim, prevê-se onda máximade 2.4 metros de altura para a região marítima de namibe. Para as regiões marítimas de Cabinda a Benguela, prevê-se ondas máximas entre 1.5 a 1.8 metros de altura. Prevê-se visibilidade superior ou igual a 3Km, devido a possibilidade de ocorrência de chuva moderada nas regiões maritimas de Cabinda, Zaire, Bengo,luanda, Benguela e namibe.
4. cARTA DO VeNTO mÁXImO e DA ALTURA DA ONDA mÁXImA PReVISTA
os contornos a cores indicam a altura máxima da ondulação e os contornos em tom cinza indicam os possíveis incrementos das vagas devido à influência do vento local.
DeSPORTO
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O PAÍS Segunda-feira, 25 de Março de 2019
DAniel MiGuel
“A fAf deve começar já a preparar o cAN do egipto”
em declarações ontem a o PAÍS, o presidente da Associação Provincial de Futebol (APF) do uíge, Agostinho neves António, aconselhou a Federação Angolana da modalidade a começar já a preparar a participação dos Palancas negras no CAn do egipto, a decorrer de 21 de Junho a 19 de Julho Mário Silva
O
presidente da Associação Provincial de Futebol (APF) do Uíge, Agostinho Neves António defende que a Federação Angolana da modalidade (FAF) deve começar já a trabalhar para uma participação exitosa da Selecção Nacional no Campeonato Africano das Nações, CAN, a disputar-se de 21 de Junho a19 de Julho, no Egipto. Agostinho Neves António explicou que para uma boa campanha dos
uíge acredita numa boa campanha O presidente da Associação Provincial de Futebol (APF) do Uíge, Agostinho Neves António, está crente numa boa campanha dos Palancas Negras na fase final do Campeonato Africano da Nações (CAN), no Egipto.
Palancas Negras no Africano é necessário que a família do desportorei no país esteja unida. Para isso, o responsável associati-
vo espera que a direcção da FAF comece já a “limar” os aspectos administrativos, de modo a evitar possíveis surpresas durante a competição. Questionado sobre se o seleccionador nacional, Srdjan Vasiljevic, deve convocar alguns jogadores que não participaram na fase de apuramento, Agostinho Neves António disse que o treinador é soberano nas suas opções. “Aliás, o técnico não pode levar para o CAN um atleta devido ao histórico que tem na selecção, mas aqueles que tiverem bem no momento”, aconselhou o presidente da Associação Provincial de Futebol do Uíge.
Classificação final do grupo i SeLecÇÃO
Agostinho Neves António, presidente da Associação Provincial de Futebol (APF) do Uíge, disse que o treinador deve convocar para a fase final do CAN os melhores atletas
12
ANGOLA SeLecÇÃO
PONTOS
Mauritânia SeLecÇÃO
Depois do África do Sul (1996), Burkina Faso (1998), Egipto (2006), Ghana (2008), Angola (2010), Gabão e Guiné-Equatorial (2012) e África do Sul (2013), os comandados de Srdjan Vasiljevic carimbaram, na passada Sexta-feira, o passe para a maior montra do futebol africano pela oitava vez.
PONTOS
Burkina Faso
SeLecÇÃO
Botswana
12
PONTOS
10 PONTOS
1
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O PAÍS Segunda-feira, 25 de Março de 2019
DAniel MiGuel
África do Sul pode acolher o Mundial feminino de 2023
A
África do Sul faz parte dos nove países que se candidataram para organizar o Mundial feminino de 2023 da Federação Internacional de Futebol (FIFA), declarou a Sport Business. A Sport Business indicou, num despacho, que a FIFA, a instância dirigente do futebol mundial, recebeu várias manifestações de interesse para organizar a competição. Depois do prazo fi xado para Sexta-feira para responder ao convite para a manifestação de interesse pela candidatura, a FIFA anunciou ter recebido nove propostas de países. Trata-se nomeadamente do pedido conjunto da Coreia do Sul e da Coreia do Norte e das propostas individuais da Argentina, da Austrália, da Bolívia, do Brasil,
fAfUSA procura treinador
da Colômbia, do Japão, da Nova Zelândia e da África do Sul. Todas as federações-membros interessadas enviaram as suas candidaturas e os seus processos de inscrição. A FIFA aceitou Sexta-feira abrir uma votação de direitos de organização desta competição com as faltas ligadas às mudanças que deviam operar-se segundo os procedimentos de submissão da competição. A candidatura da Federação Argentina de Futebol (AFA) representa o seu último esforço para reforçar o futebol feminino. A AFA anunciou Sábado que a sua Liga nacional feminina vai obter o estatuto profissional. Neste impulso, a AFA declarou que cada uma das 16 equipas da Liga deve dispor de pelo menos oito contratos para as suas jogadoras. DR
A direcção da Federação Angolana de Futebol Salão (FAFUSA) pode apresentar nos próximos dias o novo treinador da Selecção Nacional da modalidade, visando o Africano do Reino de Marrocos, a realizar-se em 2020. Atleta do Petro de Luanda (amarelo) tenta ultrapassar Emmanuel Quezada
Petro encerra preparação com ‘olhos’ na final da Taça de Angola
Mário Silva
O
Petro de Luanda encerra esta tarde, às 17:00, os trabalhos de preparação no Pavilhão Principal da Cidadela Desportiva, tendo em vista o embate de amanhã frente ao 1º de Agosto, em
partida a contar para primeira mão das meias-fi nais da Taça de Angola sénior masculina de basquetebol. Depois de perder, por 70-57, na 1º mão dos quartos-de-final da Afro League frente aos militares do Rio Seco, o treinador Lazare Andigono vai procurar corrigir os erros cometidos no jogo anterior.
Masters 1000 de Miami perde líder do ranking mundial DR
Para isso, os jogadores terão de redobrar os esforços, de modo a conseguirem um resultado que poderá abrir boas perspectivas rumo à final da segunda maior competição do calendário da Federação Angolana de Basquetebol (FAB). Por sua vez, a equipa central das Forças Armadas Angolanas também está a trabalhar para repetir a proeza do jogo passado.
N
aomi Osaka, líder do ranking mundial, foi este Domingo eliminada na terceira ronda do Masters 1000 de Miami. A japonesa cedeu ante Su-wei Hsieh, natural de Taiwan, 27.ª da hierarquia do WTA, em três sets, pelos parciais de 4-6, 7-6 (7/4) e 6-3. A alemã Angelique Kerber, oitava prédesignada, também ficou pelo caminho ao perder com a canadiana Bianca Andreescu, em três sets, parciais de 6-4, 4-6 e 6-1.
Resultados da terceira ronda: Su-Wei Hsieh (TPE/N.27); Naomi Osaka (JAP/N.1) 4-6, 7-6 (7/4), 6-3; Caroline Wozniacki (DIN/N.13); Monica Niculescu (ROM) 6-4, 7-6 (7/4); Anett Kontaveit (EST/N.21) - Ajla Tomljanovic (AUS) 7-6 (7/3), 2-6, 7-6 (7/4).
1º de Agosto prepara jogo diante do Progresso do Sambizanga O 1º de Agosto, tri-campeão nacional, retoma esta manhã, às 8:30, os trabalhos no Campo França Ndalu, em Luanda, tendo em vista o jogo frente ao Progresso do Sambizanga, em partida referente à 21ª jornada do Girabola Zap, Campeonato Nacional de futebol da primeira divisão. Nesta sessão, a equipa técnica dos militares já poderá contar com os préstimos de Show, Paizo, Dany Massunguna, Tony Cabaça, Isaac e Mabululu, atletas que estiveram ao serviço dos Palancas Negras.
A alemã Angelique Kerber ficou pelo caminho ao perder com a canadiana Biana Andreescu.
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OPINIÃO
O PAÍS Segunda-feira, 25 de Março de 2019
AGOSTINHO SeBASTIÃO NeTO*
ex-militares: entre a acção e a omissão do poder político
A
assinatura dos Acordos de Bicesse, que deu lugar à realização das primeiras eleições multipartidárias, em 1992, marcou um antes e um depois na vida de muitos angolanos que, por razões de natureza política ou militar, ocuparam boa parte de suas vidas ao serviço de Angola, cumprindo o serviço militar obrigatório. As mudanças que se registaram no processo político do País, na sequência da desmobilização das Forças Armadas, até aos dias de hoje, repercutem-se ainda na qualidade de suas vidas e, de forma intensa, na sua auto-estima, enquanto cidadãos. Sabe-se que a ocupação laboral, em todos os tempos, foi a via para a solução dos problemas que se apresentaram desde o surgimento do homem. Daí que o trabalho esteja vinculado às mudanças que se produzem diante das necessidades do homem para subsistir. De resto, a instrução ou formação como o caminho para a integração, e a consideração da participação de todas as pessoas no trabalho produtivo deve ser uma característica fundamental de uma sociedade ideal. Mas a verdade é que a maioria dos desmobilizados de guerra de Angola enfrenta o desemprego e a exclusão, na sua forma mais cruel e severa. A composição da estrutura governativa sugere uma estagnação no conceito que faz de si uma organização e na relação que estabelece com os ex-combatentes. Este segmento populacional pode definir-se em três grupos de cidadãos, a seguir discriminados, que ao Estado incumbe o controlo e apoio por via de políticas que se pretendem estruturadas: os assistidos, em que, além dos antigos combatentes, viúvas e órfãos, se incluem os deficientes físicos de guerra entre os quais oficiais –
controlados pelo Ministério dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria; os pensionistas, constituídos apenas por oficiais passados à disponibilidade – a cargo da Caixa Social das FAA, do Ministério da Defesa Nacional; e os desmobilizados, nomeadamente oficiais, sargentos e soldados – assistidos pelo Instituto de Reinserção Social de Ex-militares, tutelado pelo Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher. Um olhar atento sobre as atribuições dos órgãos acima referenciados indica, desde logo, uma presença notada de oficiais em toda a linha de benefícios, contra uma intolerável discriminação de sargentos e soldados. É que a existência de diferentes organismos para atender este estrato de cidadãos, além de dispersar esforços e meios, funciona em claro desfavor dos sargentos e soldados, que se apresentam como o lado mais fraco na cadeia das prioridades políticas de Estado. E o exemplo flagrante está no absurdo argumento legalista, com o que muitos dos nossos juristas e políticos aplaudem o regime de pensão militar angolano, que chega a ferir gravemente a honra dos exmilitares, sargentos e soldados, sobretudo quando não se conhecem acções práticas que incidam sobre os problemas concretos, satisfaçam suas necessidades e previnam situações de vulnerabilidade. Acontece que, entre nós, há oficiais pensionistas que não completaram quatro anos de serviço militar e, em contrapartida, encontramos soldados e sargentos, com mais de dez anos de serviço militar, privados deste precioso direito. Inconcebível! É este o resultado de se adoptar uma Lei copiada de realidades políticas e militares sem comparação com nosso contexto. Impõe-se, por isso, a remoção do fundamento da teoria legalista, um dos legados do nosso défice de solidariedade e de
O indigente nível de vida em que está votada a maioria dos ex-militares constitui um desafio não só à capacidade de imaginação dos governantes angolanos, mas também, e principalmente, à consciência patriótica da classe política patriotismo, que reduz os valentes sargentos e soldados a condição de párias. Há no percurso militar dos sargentos e soldados méritos inquestionáveis que recomendam uma revisão do instrumento jurídico que rege a pensão militar, uma remediação dos danos morais e materiais, até porque está claro que, na sua elaboração, na avaliação do contributo patriótico dos visados, o peso da visão legalista se sobrepôs à circunstância político-militar. Mais ainda, a análise da situação dos ex-militares conduz à constatação das seguintes circunstâncias que lhes são desfavoráveis: a protelação na revisão da Lei 13/02, Lei dos Antigos Combatentes; o pagamento de subsídios insignificantes aos assistidos face ao elevado custo de vida, com a agravante de haver assistidos por registar; a existência de civis a beneficiarem de pensão na Caixa Social das FAA, quando existem ainda muitos oficiais na lista de espera; a dependência, quase exclusiva, às medidas de políticas do governo central inerentes aos ex-militares pelos
governos provinciais, para que, nesta matéria, estes cumpram com as suas atribuições governativas; a falta de canais afinados de diálogo entre os órgãos dos governos provinciais e os ex-militares, facto que tem propiciado o agravar dos índices de descontentamento e o surgimento de muitas associações afins; a existência de associações com líderes oportunistas que mais não servem senão de sorvedouros dos recursos públicos em benefícios individuais; a nomeação de cidadãos sem passado militar nas funções de direcção de órgãos com incumbência de atender os ex-militares, o que, em princípio, os desqualifica como interlocutores válidos e credíveis. De resto, condição que os remete para uma situação de natural falta de sensibilidade para com as exigências que se prendem às questões ligadas aos ex-combatentes. Como se pode aferir a partir destas constatações, os ex-militares não carecem somente de palavras elogiosas que se pronunciam nas efemérides, mas igualmente de um conjunto de medidas políticas de integração, capazes de garantir a realização com êxito e com a qualidade requerida da sua reintegração social e laboral. Isto significa que a organização, o planeamento e a avaliação dos processos e dos resultados de trabalho constituem requisitos basilares para a efectivação deste desiderato no contexto nacional. A incipiente intervenção do Estado neste domínio, resumida na falta de consistência dos Planos de Acção desenhados para o efeito, assim como está, é justificada até pela inexistência ou não publicação de estudos sobre o impacto das políticas de apoio aos ex-militares. Uma realidade que configura um quase total alheamento dos decisores políticos à realidade envolvente dos destinatários da acção política. Tanto é que, por exemplo, a maioria
dos ex-militares desconhece em que medida as acções da Unidade Técnica de Combate à Pobreza incorporam e respondem às suas preocupações no domínio de inserção na vida económica. Ou por não terem sido prévia e amplamente auscultados ou por não terem sido suficientemente envolvidos no acto da sua apresentação pública. Por isso, entende-se que a dimensão e a complexidade das dificuldades sociais que caracterizam a vida dos ex-militares obrigam às autoridades políticas a adopção de medidas concretas e eficazes expressas em estratégias provinciais, que consistem na materialização de um sistema de acções a curto, médio e longo prazo, que propicie a sua formação e integração social e laboral, para o pleno exercício dos seus direitos de cidadania. E uma vez que cada província conforma uma realidade específica, a materialização das medidas de política em cada um dos municípios deve fazer-se mediante a elaboração e execução de programas e projectos ajustados aos contextos locais. Por outras palavras, impõe-se o desenho, ao nível das províncias, de acções complementares ao Plano Nacional de Acção orientado para os ex-militares, dimensionado ao número dos ex-militares controlados, às condições sociais predominantes e às potencialidades económicas e produtivas existentes em cada município. O indigente nível de vida em que está votada a maioria dos exmilitares constitui um desafio não só à capacidade de imaginação dos governantes angolanos, mas também, e principalmente, à consciência patriótica da classe política. Os anos vão passando e é revoltante ver companheiros de trincheira, verdadeiros patriotas, envoltos em uma vida contínua e desesperante de miséria. O desamparo dos ex-militares pode estar ancorado na insensibilidade política que persiste em não corrigir as injustiças que cruzam suas vidas.
*Combatente da Batalha de Defesa do Cuito Cuanavale.
Última
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O PAÍS Segunda-feira, 25 de Março de 2019
Equipa humanitária angolana pronta para integração em Moçambique Os médicos e militares angolanos presentes na cidade da Beira (Moçambique), para acudir as vítimas do ciclone tropical Idai, estão prontos para entrar em acção, afirmou ontem Domingo, o chefe da missão humanitária, Sabino Dunguionga, citado pela Angop
Nossa Seguros com resultado líquido superior a dois mil milhões de Kwanzas A Nossa Seguros registou em 2018 um resultado líquido, após impostos, superior a dois mil milhões de AKZ, o que representa um crescimento de 115% face ao ano anterior. A margem de solvência atingiu 263%, contra os 184% de 2017, factor que contribuiu igualmente para o reforço da sua solidez financeira
E
porque a sustentabilidade do negócio a longo prazo, face às vulnerabilidades a que o sector segurador se encontra exposto, é uma das principais preocupações da administração da Nossa Seguros, em 2019 será proposto aos accionistas um aumento de capital por incorporação de reservas, para fazer face aos investimentos necessários ao desenvolvimento do negócio no futuro e para reforçar, uma vez mais, os rácios de solvabilidade da Companhia. O presidente da Comissão Executiva da seguradora, Carlos Duarte, recordou que em 2018 “o ambiente competitivo acentuou-se com a entrada em operação de novas seguradoras, contribuindo para uma redução das margens técnicas do negócio segurador, e para um crescimento do mercado em termos de volume de prémios que não alterou muito a penetração dos seguros na economia, situandose abaixo de 1% do PIB. Ainda assim, a Nossa Seguros cresceu 22%, mantendo a sua quota em valores
que se situam acima dos 10%.” O mesmo responsável sublinha igualmente que, como resultado dos elevados rendimentos das aplicações financeiras associadas às provisões técnicas, “a Nossa Seguros obteve resultados financeiros excepcionais, compensando, assim, a pressão sobre as margens técnicas, e permitindo a antecipação de investimentos contidos no Plano Estratégico.” A conjugação destes factores contribuiu para um aumento substancial dos resultados e, consequentemente, da rendibilidade dos capitais próprios (ROE) da Companhia, que se situam agora nos 47%. De destacar ainda que em 2018 os prémios brutos emitidos pela Nossa Seguros registaram um crescimento de 22%, tendo ultrapassado os objectivos propostos para o exercício. Em geral, todos os ramos registaram crescimentos, à excepção dos tradicionais Acidentes de Trabalho e Automóvel, por serem produtos mais expostos ao comportamento da economia. Os ramos Doença, Outros Danos em Coisas, Responsabilida-
de Civil, Transportes e Vida foram os que registaram crescimentos mais significativos. O crescimento no ramo Doença deveu-se, para além do aumento de carteira, ao ajustamento da tarifa. Em Outros Danos e Coisas o crescimento foi suportado pela actualização de capitais por parte de alguns clientes. No ramo Transportes o crescimento foi influenciado pela nova abordagem da Nossa Seguros a este mercado. O ramo Vida, que em 2017 apresentou um valor negativo devido à revisão feita a esta carteira, registou em 2018 uma tendência de forte crescimento, devido à dinâmica introduzida no canal Banca-Seguros. Ainda em 2018, a Nossa Seguros foi novamente objecto de uma avaliação de rating, tendo obtido a notação Robustez Financeira “B” e Outlook Estável da Fitch, agência financeira internacional. Perante estes indicadores, Carlos Duarte mostra-se satisfeito com o desempenho da Nossa Seguros no exercício de 2018, “um ano de grandes desafios para o sector de seguros, mas no qual conseguimos manter um crescimento de prémios que nos possibilitou consolidar a nossa posição no mercado segurador angolano e manter a nossa solidez financeira. Face à conjuntura económica adversa e ao forte investimento no âmbito do plano estratégico, os rácios de eficiência apresentam um desempenho menos favorável face ao ano anterior, mas os indicadores de rentabilidade e de solvabilidade melhoraram significativamente.”
O
comandante falava à imprensa horas depois da estocagem de mais duas toneladas de material hospitalar, que será adicionado às 26 já entregues às autoridades moçambicanas. “Estamos neste momento a trabalhar com as equipas locais para estudar a melhor forma de integrar o nosso pessoal nas áreas mais afectadas, para prestar auxílio às pessoas necessitadas”, declarou. Quanto às informações que davam conta da chegada à Beira de dois helicópteros da Força Aérea Nacional Angolana (FANA), para auxiliar a equipa humanitária, Sabino Dunguionga disse não ter em sua posse nenhuma informação oficial. O certo é que, além das duas toneladas de bens hospitalares,
chegaram também à Beira um caminhão cisterna, uma cozinha de campanha, colchões, botes infláveis entre outros bens para apetrechar o acampamento. A equipa despachada para Beira, pelo Chefe de Estado angolano, João Lourenço, é composta por 100 elementos, entre civis e militares. A estatística mais recente dá conta que o Idai reclamou até ao momento 446 vidas e deixou para trás 45 unidades hospitalares danificadas, 109 mil 733 pessoas em centros de acolhimentomento governamentais, dos quais seis mil 553 são vulneráveis (mulheres grávidas, crianças e idosos). À sua passagem, o Idai deixou também 90 mil 756 alunos sem aulas e 531 mil 446 pessoas afectadas.
DR