PUBLICAÇÃO Mensal • 158 • novembro ‘09
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R TA
DA S U SEU A FARMÁ FARM C ACÊUIA E DO TICO
FARMÁCIA SAÚDE para o seu bem-estar
Diabetes Controlá-la está nas suas mãos! DPOC Respirar é preciso
Bebés O mundo maravilhoso dos sentidos
PUBLICAÇÃO Mensal • 158 • novembro ‘09
FARMÁCIA SAÚDE
para o seu bem-estar
04 medicamentos
32 DPOC
e libido
Relações delicadas Entre os medicamentos e o desejo sexual existe uma interacção delicada: é que muitos dos que tomamos para doenças como a depressão e a pressão arterial podem causar uma baixa na libido. A homens e mulheres.
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editorial
08 bebés
O despertar dos sentidos Os sentidos de um recém-nascido vão despertando a medida que ele se acomoda no novo mundo e toma contacto com as imagens, os sons, os sabores e as texturas. Primeiro estranhos, depois familiares e fonte de prazer.
14 agorafobia
Um mundo mais pequeno Mais pequeno é o mundo das pessoas que sofrem de agorafobia, um medo irracional de estar em lugares públicos. Só a ideia é suficiente para gerar um ataque de pânico.
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diabetes
Controle-a, sff! Diabetes mellitus é o seu nome científico, um nome com sabor a mel, a evocar a ligação íntima ao açúcar que caracteriza esta doença. Mas apenas o nome é doce, porque a doença, se não controlada, pode ter consequências muito amargas.
24 fARMÁCIAS
PORTUGUESAS
CARTÃO O cartão Farmácias Portuguesas dá-me produtos e serviços sejam de Saúde ou Bem-Estar que realmente preciso.
26 REUMATISMO
DORES MUSCULARES OU ESQUELÉTICAS Esta é uma queixa frequente entre quem sofre de uma das muitas doenças reumáticas, assim denunciando as dores musculares ou esqueléticas que todas partilham. É uma queixa mais feminina do que masculina e mais frequente com o passar dos anos.
Fumos nocivos É a exposição prolongada a fumos e poeiras que causa a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica. O tabaco está em primeiro lugar, pelo que os fumadores constituem a maioria dos doentes. Mas há outros: trabalhadores expostos a fumos, poeiras e químicos também sentem a mesma dificuldade em respirar.
38 ESPAÇO ANIMAL
Quando ELES SE coçaM... Quando um animal se coça com insistência isso pode ser sinal de uma doença dermatológica, uma das principais causas da perda de pêlo e um dos motivos mais comuns da ida ao veterinário.
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Notícias
43 VITAMINAS
Recarregar baterias Se já acusa os efeitos do cansaço, pode estar a precisar de um reforço de vitaminas e sais minerais: é que estes nutrientes são sinónimo de energia e vitalidade.
44 Diálogo
do Consumidor
46 PRODUTOS Farmácia Saúde
Relações delicadas
Entre os medicamentos e o desejo sexual existe uma interacção delicada: é que muitos dos que tomamos para doenças como a depressão e a pressão arterial podem causar uma baixa na libido. A homens e mulheres.
Já aqui se tem escrito – e por mais do que uma vez – que os medicamentos não são inócuos. Significa isto que, apesar de concebidos para restaurar o estado de saúde, produzem efeitos secundários, sendo benéficos para alívio de determinada condição mas causando pequenos incómodos a outros níveis. São incómodos como febre, náuseas e vómitos ou sonolência, entre muitos outros que vêm descritos no folheto informativo que acompanha cada embalagem. E, nessa lista, há um efeito associado a medicamentos prescritos para problemas de saúde muito
comuns: uma diminuição da libido. Há uma perda de interesse na actividade sexual que pode ficar a dever-se ao facto de o medicamento em causa gerar letargia ou ao facto de interferir com os mensageiros químicos do cérebro. Bem conhecida é a interacção entre os antidepressivos e a libido, mas não são os únicos: também os ansiolíticos, tranquilizantes e sedativos podem ter o mesmo efeito e tudo porque actuam sobre o sistema nervoso central, enfraquecendo a ligação entre o centro sensorial e o centro motor, o que faz com que os músculos relaxem.
Antidepressivos e C.ª Um dos efeitos secundários do tratamento com antidepressivos é a nível sexual, que geralmente incluem diminuição do desejo sexual (libido). Mas a baixa da libido é apenas uma das consequências possíveis, podendo também ocorrer disfunção eréctil (difiiculdade em obter e manter a erecção), ejaculação retardada e orgasmo diminuído ou até dificuldade em conseguir um orgasmo. O mecanismo exacto desta interferência é ainda alvo de debate, indo desde a sedação à interferência com os mediadores cerebraisna zona do cérebro que regula o desejo sexual. Os inibidores selectivos da recaptação de serotonina são dos que mais têm efeitos a este nível, embora os antidepressivos tricíclicos possam causar disfunção eréctil. Também quem sofre de pressão arterial elevada pode ver o desejo sexual diminuir: é um dos efeitos secundários dos medicamentos para tratar este problema, sobretudo dos chamados beta-bloqueadores. É ainda possível que ocorra disfunção eréctil, dificuldade em alcançar o orgasmo (nos homens e nas mulheres) e insuficiente lubrificação vaginal acompanhada de dor durante o acto sexual. Os diuréticos, ao diminuirem o fluxo sanguíneo no pénis, podem tornar difícil uma erecção, bem como interferirem na formação de testoterona devido à diminuição de zinco. Medicamentos ainda mais comuns, como os usados no tratamento da
constipação, da gripe e das alergias, podem interferir a este nível. Neste caso estão os anti-histamínicos de primeira geração que causam sonolência: e quando se está sonolento pode ser difícil manter o interesse no sexo. Estas interacções entre medicamentos e a libido tornam-se mais comuns com o avançar dos anos: é que os idosos são normalmente polimedicados, o que pode ter um efeito cumulativo. Nos homens, baixos níveis de testosterona podem também induzir uma quebra no desejo sexual. Já nas mulheres, a pílula contraceptiva parece igualmente ter alguma influência, embora alvo de discussão. Alguns dados apontam para cerca de cinco a 10 por cento das mulheres que tomam a pílula poderem ter diminuição da libido e lubrificação. Todavia, o facto de estas interacções estarem identificadas não significa que sejam inevitáveis. Ou irreversíveis. Significa apenas que são possíveis. E há que esperar para ver: numa pessoa podem afectar a libido, noutra podem não ter qualquer interferência. E mesmo que haja perturbações é possível actuar: por exemplo, mudando o medicamento, de modo a obter o mesmo resultado terapêutico sem o inconveniente da baixa de desejo sexual. Fale com o seu farmacêutico: se o medicamento não requerer receita médica, ele pode aconselhar uma alternativa segura e eficaz; se for preciso receita, recomendará uma consulta para eventual ajuste do tratamento. De uma forma ou de outra, saiba que é possível lidar com as relações delicadas que se estabelecem entre os medicamentos e a sexualidade.
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EDITORIAL Pelo punho do farmacêutico
Dr. Luís Matias
Temos consenso ou não? Por cá, a questão da poupança e da acessibilidade do medicamento tem sido levantada pelas farmácias de uma forma activa e constante, em especial em tempos que exigem uma enorme contenção da despesa por parte do Estado português e dos cidadãos.
Num recente comunicado, a Federal Trade Commission (FTC), a autoridade da Concorrência dos EUA, pretende acabar com os adiamentos na entrada de novos genéricos no mercado do medicamento e proibir os acordos entre empresas produtoras de medicamentos originais e de genéricos. O que se tem verificado é que as companhias farmacêuticas com produtos inovadores têm vindo a assinar acordos com as empresas de genéricos, com o objectivo de garantir o prolongamento da exclusividade das marcas. Ou seja, as empresas pagam aos fabricantes de genéricos para que não introduzam novos genéricos, garantindo mais tempo de exclusividade no mercado para as suas marcas. Com a entrada mais fácil de novos genéricos no mercado norte-americano, os responsáveis da autoridade da Concorrência estimam que é pos-
sível poupar 35 mil milhões de euros nos próximos 10 anos. A FTC solicitou, assim, ao congresso dos EUA a aprovação de legislação que impeça a concretização de novos acordos. Por cá, a questão da poupança e da acessibilidade do medicamento tem sido levantada pelas farmácias, de uma forma activa e constante, em especial em tempos que exigem uma enorme contenção da despesa por parte do Estado português e dos cidadãos. A implementação da prescrição por Denominação Comum Internacional (DCI), uma medida essencial para que seja possível a dispensa de genéricos, é um compromisso renovado nos programas de todos os partidos políticos, mas que nunca foi efectivado. Um consenso curioso que, apesar de programado por sucessivos governos, nunca avançou.
Relembramos que na primeira fase da legislatura anterior, o então ministro Correia de Campos reduziu as comparticipações de medicamentos e retirou a majoração na comparticipação aos genéricos, obrigando os utentes a pagarem mais pelos medicamentos. Essa situação viria a ser deficientemente corrigida, já este ano, com a reintrodução da comparticipação a 100 por cento, mas apenas nos medicamentos genéricos e só para os idosos carenciados. No programa socialista lê-se que a introdução da DCI visa conseguir um acesso ao medicamento com “melhor equidade e mais valor para todos os cidadãos”, e que o objectivo é “aumentar o apoio do Estado aos grupos mais vulneráveis”. Todos os outros programas partidários dizem o mesmo, o que assegura que a medida reúne a unanimidade no parlamento. Que razões poderão existir para que a decisão não seja tomada?
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O despertar dos Os sentidos de um recém-nascido vão despertando à medida que ele se acomoda no novo mundo e toma contacto com as imagens, os sons, os sabores e as texturas. Primeiro estranhos, depois familiares e fonte de prazer.
Um bebé pouco parece fazer mais do que dormir, comer, chorar e… sujar fraldas nas primeiras semanas de vida. Pouco ou nada parece aperceber-se do novo mundo que o rodeia, mas na verdade os seus cinco sentidos estão a funcionar e alerta e ele vai captando todos os estímulos – os sons, as luzes, os cheiros… E vai reagindo. Difícil é saber o que motiva essas reacções, mas elas acontecem de uma forma bem mais complexa do que o escasso tempo de vida deixaria antever.
Visão - o fascínio dos rostos Quando nascem, os bebés vêem apenas formas nubladas, esborratadas, e isto porque a sua capacidade de visão à distância ainda não está plenamente desenvolvida. Mas são capazes de ver um rosto que lhes esteja muito próximo: é por isso que reconhecem facilmente, e antes de tudo, o rosto da mãe ou de outro cuidador habitual – dar de mamar ou o biberão obriga a um contacto visual
sentidos (e físico) muito estreito, facilitador desta forma de comunicação (e de intimidade). Mas rapidamente esta limitação é superada e pelos três meses os bebés já são capazes de reconhecer o rosto de qualquer pessoa que se aproxime. Os rostos humanos são, aliás, um dos primeiros motivos de brincadeira dos bebés: basta atentar no modo como reagem perante a sua própria imagem num espelho… A visão vai assim ganhando definição, mas também contraste: é essa, aliás, a função dos objectos coloridos que habitualmente pendem do berço e dos primeiros brinquedos – ajudam a distinguir a cor (além da forma), por contraste com os tons mais suaves que os bebés têm dificuldade em apreciar. As cores fortes – o vermelho, o amarelo, o verde e o azul – são, pois, preferíveis às mais discretas. Ao longo dos três primeiros meses de vida, também a coordenação dos olhos vai melhorando: entre o segundo e o terceiro mês, os bebés são já capazes de seguir um objecto num movimento de 180 graus (metade de uma circunferência). Daí o benefício dos “mobiles”, que, além disso, ajudam a despertar a coordenação mão-olho: é que, perante o movimento com cor, os bebés tendem a esticar-se para tocar nos objectos. Uma nova fase ocorre entre os quatro e os sete meses. A interacção dos bebés com o meio ambiente vai aumentando – é ver como estão atentos no carrinho de passeio sempre que saem de casa – e, com ela, a acuidade visual. A pouco e pouco, começam a concentrar-se nas imagens, por exemplo na do brinquedo que agarram. Continuam a ver melhor ao perto, mas já conseguem focar-se em objectos mais distantes, distinguir cores e seguir movimentos, ao mesmo tempo que vão praticando a coordenação entre as mãos e os olhos. Pode parecer precoce, mas nesta altura os bebés beneficiam, e muito, de novas experiências visuais: há que alargar horizontes,
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passeando-os por locais diferentes, com estímulos diferentes – o jardim zoológico, por exemplo, é uma boa opção. Pelos oito meses, os bebés já vêem bastante bem e são capazes de se fixar em objectos em movimento rápido. E são já capazes de colocar as suas capacidades motoras em acção para ir ao encontro desses objectos – por exemplo, gatinhar e ir buscar uma bola que rolou para um canto do quarto. Até completar um ano, continuam a preferir olhar para os rostos familiares, não se cansando da mesma imagem. E começam já a associar os estímulos visuais a palavras, pelo que aos espaços devem ser atribuídos os respectivos nomes.
Audição – o poder da voz Inicialmente, os bebés comunicam através dos sons – choram. Para manifestar qualquer desconforto – fome, frio, calor, dor, fralda suja… - ou apenas porque sim, para pedir colo. Além dos sons que assim emitem, os seus preferidos são a voz da mãe (e do pai ou de outra pessoa que deles cuide habitualmente): falar, cantarolar são fundamentais para estabelecer comunicação. E há que aproveitar o balbuciar infantil, repetindo os sons que os bebés emitem e esperando
que eles façam outros – é assim que se conversa. Até aos três meses também apreciam música, pelo que é uma boa ideia proporcionar-lhes o contacto com brinquedos musicais. Apreciam igualmente os sons do quotidiano – os ruídos da casa, os risos dos irmãos ou de outras pessoas. Mas as vozes continuam a ser fundamentais: nos meses seguintes eles aprendem a distinguir os tons – é por isso que uma voz calma pode fazê-los parar de chorar e um tom mais elevado pode fazê-los sentir que algo está mal. Começam, assim, a reagir ao “não” e a novos sons, como o ladrar de um cão. Pelo sétimo mês, já reconhecem e respondem ao próprio nome, ao mesmo tempo que tentam imitar sons e dedicam mais tempo à “conversa”. Não devem ser ignorados nestas tentativas, mas sim encorajados o mais possível: é a fala a desenvolver-se. O leque de sons que os bebés identificam vai-se alargando a pouco e pouco. Ao nono mês já conseguem juntar alguns desses sons e, eventualmente, formar palavras verdadeiras, como “mamã”. E um sinal importante é dado quando reagem a determinadas palavras, quando, por exemplo, lhes perguntam “onde está o pai” e eles olham para o pai ou quando lhes dizem “vai buscar a bola” e eles vão. É sinal de que têm estado atentos… No final do primeiro ano de vida, é de esperar que reajam a pedidos simples como “diz adeus”, tenham pelo menos uma palavra verdadeira no vocabulário, tentem manter uma conversa, mesmo que seja com “gugu da-da”.
Cheiro e paladar – quanto mais doce melhor Estes são dois sentidos intimamente ligados, assumindo-se que os bebés detectam cheiros porque detectam sabores. E em matéria de sabores sabe-se que preferem os doces desde o nascimento, mas a verda-
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de é que nos primeiros meses não há muito a dizer na medida em que o único sabor que conhecem é o do leite, materno ou não. Mas, a partir do momento em que começa a diversificação alimentar, é todo um novo mundo que se abre. Despertam para os sabores, mas também para os cheiros, pois entre os quatro e os sete meses já reagem às refeições familiares. Entre os oito e os doze meses, já têm uma boa ideia dos diferentes sabores e, sobretudo, dos que apreciam e dos que não apreciam. É natural que continuem a preferir os mais doces, mas há que insistir, oferecendo-lhes alimentos variados. Neste intervalo, começam a distinguir outros odores que não os da comida. E quer os sabores, quer os cheiros, devem ser identificados pelo nome. É, mais uma vez, uma forma de estimular a linguagem e a fala.
Tacto – lugar ao afecto O desenvolvimento deste sentido está dependente, nos primeiros três meses de vida, quase exclusivamente dos pais: os bebés sentem-se ama-
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dos porque os pais lhes tocam, os abraçam, mimam, beijam. O toque desempenha, aliás, um papel fundamental no crescimento e até na saúde dos bebés. E há que estimular este sentido, proporcionando-lhes o contacto com diferentes texturas, das mais suaves às mais duras, das mais quentes às mais frias. E, claro, usando as palavras certas para as descrever. Até ao primeiro ano de vida, são muitas as oportunidades para exercitar o tacto, as quais surgem à medida que os bebés conseguem coordenar os movimentos. Há que deixá-los explorar o terreno, por assim dizer. Mas tendo o cuidado de prevenir acidentes, retirando do seu alcance objectos que possam colocar na
boca ou com que se possam magoar. São descobertas enriquecedoras mas que não eliminam nem substituem a necessidade do toque principal: o do afecto. Há que continuar a abraçar, massajar, beijar os bebés para que eles se sintam seguros e amados. O pleno desenvolvimento dos cinco sentidos acontece progressivamente: é um processo por etapas, com balizas mais ou menos marcadas mas que cada bebé pode percorrer ao seu ritmo próprio. Mas se tiver alguma suspeita sobre a capacidade do seu bebé para ver ou ouvir, por exemplo, nada melhor do que falar com o médico de família ou o pediatra: se houver algum atraso, quanto mais cedo for detectado melhor.
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Um mundo mais pequeno Mais pequeno é o mundo das pessoas que sofrem de agorafobia, um medo irracional de estar em lugares públicos. Só a ideia é suficiente para gerar um ataque de pânico.
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Transportes públicos, eventos culturais ou desportivos, centros comerciais e aeroportos, até elevadores – estes são lugares que quem sofre de agorafobia evita a todo o custo. E quanto maior a concentração de pessoas pior. A simples possibilidade de ter de enfrentar uma multidão é suficiente para desencadear um ataque de pânico e é esse receio, de não se conseguir defender ou sair desse lugar, que faz os agorafóbicos fugir destes espaços públicos. São muitos os medos (e as inseguranças) que assaltam estas pessoas: o medo de estar sozinho mas também de estar em lugares cheios, o medo de perder o controlo em espaços públicos e de estar em lugares de onde possa ser difícil sair, tais como um elevador ou um comboio. São medos que alimentam uma incapacidade para sair de casa por longos períodos,
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bem como uma extrema dependência de terceiros. A estes sintomas juntam-se uma sensação de impotência e de que o próprio corpo não é real. Somam-se ainda manifestações semelhantes às de um ataque de pânico, nomeadamente dificuldade em respirar, tonturas, transpiração excessiva, ritmo cardíaco acelerado, náuseas, perturbações digestivas, dores no peito, dificuldade em engolir e rubor. E uma sensação de perda de controlo. Aliás, as duas condições parecem estar intimamente ligadas, com a agorafobia a ser considerada uma complicação da desordem de pânico, um tipo de ansiedade caracterizada por episódios frequentes de um medo intenso que, sem razões aparentes, desencadeia uma cadeia de reacções físicas. Um ataque de pânico pode ser muito assustador, levando a pessoa a pensar que está a ter um ataque cardíaco ou mesmo a morrer. E a agorafobia pode acontecer quando se associa o pânico com as situações em que os ataques ocorreram – se tiveram como palco espaços públicos a pessoa tende a evitar esses espaços como forma de prevenir futuros ataques. Este é um receio que, no extremo, pode impedir a pessoa de sair de casa, o único lugar em que se sente em segurança. Nalguns casos, a pessoa pode conseguir enfrentar o receio e tolerar as situações que o desencadeiam desde que esteja acompanhada por alguém em que confia. É geralmente no final da adolescência e no início da idade adulta que a agorafobia se manifesta pela primeira vez, mas
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crianças e adultos mais velhos também podem desenvolver este tipo de medo. Além da idade, o género também é um factor de risco, já que este problema é mais comum nas mulheres do que nos homens. Quem tem antecedentes de ataques de pânico, quem sofreu eventos perturbadores, incluindo abuso físico ou sexual na infância, quem tem tendência para a ansiedade e quem abusa do álcool e outras substâncias aditivas apresenta também maior probabilidade de ser agorafóbico.
Prisioneiros dos medos Há situações em que não é possível identificar uma causa para a agorafobia, mas o certo é que ela é sempre limitadora da qualidade de vida. Inibe a capacidade de sociabilizar, de trabalhar, de participar em eventos públicos, de gerir os pormenores do quotidiano e até de lidar com os acontecimentos do acaso. Não se vai trabalhar ou à escola, não se visitam amigos nem familiares, não se vai passear o cão nem fazer compras. O dia-a-dia perde toda a normalidade. Fica-se dependente de terceiros. Nas situações mais severas, a agorafobia transforma a pessoa num verdadeiro prisioneiro. No limite, prisioneiro na própria casa, mas sempre prisioneiro dos seus receios – e, por vezes, tanto se antecipam os ataques de pânico que acaba por se ter um, dando origem a um ciclo vicioso que reduz a um número cada vez menor os espaços onde a pessoa se aventura. O mundo fica mesmo mais pequeno. E mais perigoso para a própria pessoa. Porque a agorafobia pode ser uma porta aberta para a depressão, para o abuso de álcool e drogas como forma de lidar com a impotência, o medo, a culpa, a solidão. Dado o risco, há que pôr travão nesta escalada de medos e isolamento, procurando ajuda profissional. Na conversa com o médico – que pode começar por ser o médico de família – há que pôr em cima da mesa toda a informação que possa ser útil ao diagnóstico: que sintomas, o que poderá estar a causá-los, em que situações surgem, há quanto tempo se manifestam, quando aconteceram pela última vez, como foram ultrapassados, como estão a afectar o quotidiano. É com base nos sintomas, bem como num exame físico – para despistar outras condições clínicas – e numa caracterização psicológica, que o médico chega ao diagnóstico. Quanto ao tratamento, envolve geralmente uma combinação de medicamentos – antidepressivos e ansiolíticos, entre outros - e psicoterapia: o objectivo é ultrapassar a agorafobia e aprender a mantê-la controlada. A par do tratamento médico, o próprio doente pode dar passos no sentido de se libertar dos medos. Um desses passos envolve uma aproximação progressiva aos lugares passíveis de desencadear os sintomas de pânico – inicialmente, é desconfortável e causa ansiedade, mas com a companhia de um amigo ou familiar é mais fácil enfrentá-los. O importante é não evitar as situações receadas, pois quanto maior o receio maior a ansiedade. Aprender técnicas de relaxamento pode ajudar a viver estes momentos e a recuperar a sensação de controlo e segurança. São passos decerto difíceis para quem sofre de agorafobia. Mas são passos na direcção certa – a da qualidade de vida.
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Diabetes
Controle-a, sff! Diabetes mellitus é o seu nome científico, um nome com sabor a mel, a evocar a ligação íntima ao açúcar que caracteriza esta doença. Mas apenas o nome é doce, porque a doença, se não controlada, pode ter consequências muito amargas.
É a 14 de Novembro que se evoca, anualmente, a diabetes, uma doença crónica que afecta mais de meio milhão de portugueses mas que tem tendência a aumentar em consequência de um estilo de vida pouco saudável. Apesar de ser para sempre, a diabetes controla-se e, se controlada, permite uma esperança e qualidade de vida normais. No mês em que, mais uma vez, se chama a atenção para a importância de prevenir e tratar a diabetes, Farmácia Saúde deixa as respostas às perguntas essenciais sobre a doença. Porque o conhecimento alimenta comportamentos mais correctos:
O que é a diabetes? A diabetes é uma doença do sistema endócrino: envolve uma glândula – o pâncreas – e uma hormona – a insulina. O que está em causa é a forma como o organismo utiliza a glucose, açúcar produzido e armazenado pelo fígado mas também fornecido pelos alimentos e que constitui a principal fonte de energia do corpo humano. Numa pessoa saudável, após cada refeição, o organismo decompõe os diversos nutrientes, que são absorvidos pelos intestinos e daí libertados para a corrente sanguínea. O que acontece com a glucose é que a sua entrada no organismo desencadeia a intervenção do pâncreas, fazendo-o fabricar insulina e lançá-la no sangue. É esta hormona que vai facilitar o acesso da glucose às células, funcionando como uma chave. À medida que a insulina circula vai diminuindo a quantidade de açúcar no sangue (glicemia), o que, por sua vez, faz diminuir a actividade do pâncreas.
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Mas sem insulina, ou com insulina em quantidade insuficiente, a glucose permanece no sangue – e níveis de açúcar mais elevados do que o normal podem abrir caminho a um vasto conjunto de problemas de saúde. É o que acontece com a diabetes.
Qual é a diferença entre diabetes tipo 1 e tipo 2? Na diabetes tipo 1, o sistema imunitário – concebido para proteger o organismo de bactérias e vírus – ataca as células produtoras de insulina, no pâncreas, destruindo-as. O resultado é pouca ou nenhuma insulina para actuar sobre a glucose, o que faz com que ela se acumule no sangue. Também designada como diabetes insulinodependente, pode ocorrer em qualquer idade, mas surge tipicamente na infância e adolescência. Bastante mais comum – correspondente à grande maioria dos casos – a diabetes do tipo 2 prende-se com a forma como o organismo metaboliza a glucose. Assim, em vez de penetrar nas células, a glucose mantém-se na corrente sanguínea, por uma de duas razões: ou o pâncreas produz pouca insulina ou as células se tornam resistentes a esta hormona.
Quais são os principais factores de risco? Em relação à diabetes tipo 1, não se pode falar propriamente em factores de risco. Não se conhecem ainda os mecanismos que estão por detrás da disfunção do sistema imunitário, tudo apontando para a influência de factores genéticos e a exposição a determinados vírus. Já na diabetes tipo 2, estão identificados alguns factores de risco, com destaque para o excesso de peso e obesidade e para a inactividade. Está provado que quanto mais tecido adiposo se tem – sobretudo abdominal – mais as células se tornam resistentes à insulina. O que se agrava num quadro de sedentarismo: é que o exercí-
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A intervenção farmacêutica na diabetes cio físico ajuda a controlar o peso, na medida em que há um maior gasto de energia (logo uma maior utilização da glucose, o que torna as células mais sensíveis à insulina). As mulheres apresentam um risco muito particular: as que tiveram diabetes gestacional ou deram à luz filhos com quatro ou mais quilos têm uma maior probabilidade de desenvolver diabetes. Ter antecedentes familiares também aumenta o risco, o mesmo acontecendo com a idade: a incidência da diabetes tipo 2 aumenta à medida que os anos passam, embora esteja a aumentar significativamente entre as crianças e os adultos jovens. Uma influência nefasta de um estilo de vida em que predominam escolhas pouco saudáveis.
Quais os principais sintomas? Os sintomas são comuns aos dois tipos: quando a glucose sobe para valores acima dos normais, o resultado pode ser aumento da quantidade de urina e da sede, sensação de fome, perda de peso rápida, fadiga e problemas de visão (como se estivesse nublada). A diabetes do tipo 2 também pode ser denunciada pela dificuldade em cicatrizar feridas e por infecções frequentes. Nem todas as pessoas apresentam estas manifestações, mas na sua presença deve consultar-se um médico.
Como se diagnostica a doença? O diagnóstico passa essencialmente pela realização de testes sanguíneos, de modo a medir os níveis de açúcar no sangue – glicemia. Outros testes mais específicos permitem identificar qual o tipo de diabetes, a partir daí se definindo o tratamento.
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A intervenção farmacêutica na diabetes pode gerar uma poupança de 274 milhões de euros, correspondente a 2,3 por cento do orçamento da saúde. A avaliação é da Espírito Santo Research Sectorial (ESRS), que, em colaboração com o Centro de Estudos de Avaliação em Saúde (CEFAR), avaliou o impacto económico da intervenção continuada das farmácias na diabetes a partir da campanha “Controlar a Diabetes está na Sua Mão”, realizada em 2007 nas farmácias. Para tal, os investigadores estimaram a poupança directa e indirecta gerada com a intervenção continuada das farmácias na
campanha e projectaram esse valor para um cenário de intervenção alargada a toda a população de diabéticos do país, estimada em 795 mil pessoas. A investigação baseou-se nos resultados da campanha “Controlar a diabetes está na sua mão” para fazer a estimativa do que poderia ser poupado em 2010, com uma intervenção correspondente. A ser repetida em 2010, esta intervenção continuada, despoletada por uma campanha, pode gerar uma poupança de quatro milhões de euros para a sociedade, repartidos entre 2,7 milhões em custos directos, para o Estado e doentes e 1,3 milhões indirectos.
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Vigiar-se a si próprio A autovigilância é fundamental para manter a diabetes sobre controlo e passa por conhecer e, se necessário, intervir sobre os valores de:
Como se trata? O objectivo do tratamento é manter a glicemia o mais próximo do normal possível e reduzir o risco das complicações associadas. O que passa por uma aliança entre a vigilância dos níveis de açúcar no sangue, uma alimentação saudável, actividade física regular, manutenção ou redução do peso, bem como por medidas farmacológicas. No que respeita aos medicamentos, existem dois tipos: os antidiabéticos orais e a insulina. Os primeiros são utilizados apenas no tratamento da diabetes tipo 2, existindo várias alternativas que podem ser administradas isoladamente ou combinadas. Já a insulina constitui o único tratamento para a diabetes tipo 1 – dela
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depende mesmo a sobrevivência dos doentes -, mas é também utilizada no tipo 2, quando os medicamentos orais não conseguem controlar a glicemia.
Quais os valores de glicemia considerados normais? Os valores podem oscilar em função de cada caso, mas, de uma forma geral, considera-se normal uma glicemia inferior a 110 mg de açúcar por decilitro de sangue se a medição for efectuada em jejum. Se for efectuada uma a duas horas após as refeições o limite é 145 mg/dl.
• Glicemia – trata-se da quantidade de açúcar no sangue: o doente deve medi-la regularmente, registando os resultados, interpretando-os de acordo com os valores definidos pelo médico e, se necessário, adaptando o tratamento; o teste faz-se com recurso a tiras e aparelhos específicos; • Glicosúria – consiste na presença de açúcar na urina, que acontece quando a glicemia sobe para valores acima dos 160-180 mg/dl; o respectivo teste faz-se com recurso a tiras próprias e seguindo as instruções da embalagem; • Cetonúria – trata-se da presença no sangue e na urina de acetona, substância que pode ser perigosa; para detectá-la existem tiras próprias, a utilizar conforme instruções da embalagem; • Peso – manter o peso correcto é indispensável para controlar a diabetes e para a saúde em geral; deve pesar-se à mesma hora, com a mesma balança e com o mesmo tipo de roupa, de preferência ao deitar e depois de urinar; • Pressão arterial – valores abaixo de 130/80 mmHg ajudam a prevenir as complicações da diabetes. O cumprimento da terapêutica e a prática de uma alimentação equilibrada e de exercício físico são os outros ingredientes desta “receita” saudável.
A diabetes tem cura? A diabetes não tem cura. É uma doença crónica, o que significa que é para a vida. Contudo, pode – e deve - ser controlada, o que significa respeitar a terapêutica e realizar, com regularidade, o teste de glicemia de modo a verificar se os medicamentos estão ou não a fazer efeito.
Quais são as suas complicações? Se não for tratada e controlada devidamente, a diabetes pode constituir uma séria ameaça para a vida. Algumas complicações são de curto prazo, mas requerem cuidados imediatos. É o que se verifica com a hipoglicemia: os níveis de açúcar no sangue baixam causando suores, tremores, fraqueza, tonturas e náuseas. O contrário – níveis de açúcar
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elevados (hiperglicemia) dá origem a sintomas como vontade acrescida de urinar, sede extrema, boca seca, visão nublada e fadiga. Outra complicação possível é a acumulação de acetona no sangue: trata-se de um ácido tóxico produzido pelo organismo quando começa a “atacar” a gordura armazenada para obter energia. Manifesta-se através sede execessiva, perda de apetite, náuseas, vómitos, dores abdominais e um hálito com odor doce e frutado. A prazo são outros os riscos, envolvendo o coração e a rede de vasos sanguíneos, os nervos, os rins, os olhos, os pés, a pele e os ossos. No que respeita ao coração, podem surgir problemas cardiovasculares, nomeadamente doença arterial coronária (angina de peito), acidente vascular cerebral e aterosclerose. Quanto aos nervos, as principais vítimas são os capilares que os irrigam, cujas paredes vão sendo destruídas pele circulação de sangue com açúcar a mais, acabando por causar
lesão no nervo. Os efeitos começam por se notar nos dedos dos pés e das mãos, com formigueiro e dormência, sensação de queimadura e dor. Sem tratamento, o resultado da neuropatia – assim se chama esta condição - pode ser a perda de sensibilidade. Já nos rins o impacto da diabetes verifica-se na rede de capilares que funcionam como filtro dos resíduos tóxicos, com risco de insuficiência renal. E nos olhos são também afectados os capilares da retina - retinopatia diabética -, sendo na idade adulta uma causa comum de cegueira. Particularmente vulneráveis são os pés, devido aos danos causados nos vasos sanguíneos: cortes e feridas podem abrir caminho a infecções sérias, causa frequente de amputação. As infecções espreitam igualmente a pele, que se torna mais susceptível à acção de fungos e bactérias. Do mesmo modo os ossos vão sendo fragilizados, perdendo densidade e conduzindo, na idade adulta, a um risco acrescido de osteoporose.
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Cartão Farmácias Portuguesas
A Parábola de um Céptico
Crónica de um céptico parte I
Penso que era isso que me comentavam. Que me desculpem agora, pois admito que na altura nem vos ouvi. Mais que dúvidas ou céptico, tinha-me tornado em alguém que rejeitava uma ideia sem mesmo a conhecer na totalidade.
Mais um cartão??? Admito que foi a minha primeira reacção quando pela primeira vez ouvi falar do cartão das Farmácias Portuguesas. Depois surgiram uma série de questões. Farmácias Portuguesas, o que é isso? Não são todas? E um cartão para quê? Juntar pontos? E cada resposta, gerava mais uma questão. De certeza que alguns que me lêem hoje também se questionam ou já se questionaram disso e neste momento talvez se perguntem o que fiz então? Típicamente, fiz o mais fácil. Não liguei, esqueci o tema. Mas de vez em quando alguém conhecido que tinha aderido falava-me desse cartão e das Farmácias Portuguesas. E aí sim, voltavam as questões e, em vez de ouvir as razões porque tinham aderido, utilizava as minhas dúvidas como argumentos e “armas de arremesso” às vantagens que me comentavam.
Crónica de um céptico parte II
Mais um cartão?
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A descoberta
É verdade. Tinha completamente arrumado este cartão num local da minha mente onde não pensava nem me lembrava do mesmo. Lá estava, bem encostado a tantos outros produtos com os quais a publicidade nos bombardeia diariamente e que sabemos à partida que não são para nós. Lá estava e de lá não saiu, até ao dia em que os sintomas de uma simples constipação me levaram à Farmácia ao lado do meu trabalho. Mal peço o meu produto, a Farmacêutica pergunta-me pelo tal cartãozinho ao que digo logo que “Não, não tenho. E não estou interessado em juntar pontos sabe-se
lá para quê!”. Frase que me arrependi assim que com toda a calma e simpatia que parece ser inata a qualquer Farmacêutico (será uma cadeira especial que têm na Faculdade ou faz parte do processo de selecção das mesmas!?) ela me responde “Perguntei porque poderia levar esse produto sem pagar pela simples troca de pontos”. Pontos? Tudo isso? Não podia deixar passar. Quantas compras, quantos euros teria eu de gastar para alguma vez ter essa quantidade de pontos… ? Mas, mais uma vez, o meu argumento foi deitado por terra. Afinal, se tivesse o cartão, por cada euro gasto em qualquer produto ou serviço que não seja sujeito a receita médica receberia 1 ponto e mais, cada dia que fizesse compras numa Farmácia Portuguesa teria 1 ponto adicional. Visto bem as coisas, com as restantes coisas que comprei nesse dia – um creme para a pele do meu filho de 9 meses, o shampoo que a minha mulher usa e mal soube que ía à Farmácia me pediu e as vitaminas que aproveitei para levar aos meus pais para prevenir que não chegassem ao estado em que me encontrava – dava para as unidades do produto que originou a conversa.
Crónica de um céptico parte III
Um fã
Mas não dei a mão à palmatória. Perguntei em que mais produtos poderia trocar os pontos. Certo que fosse em pontos necessários, variedade de produtos ou em interesse dos
mesmos teria pano para mangas para contestar e manter a minha opinião inicial. Conheci o catálogo. Tinha uma variedade enorme de produtos (mais de 360 divididos por X categorias) onde vários identifiquei facilmente como os que invariavelmente temos em casa. E mais, tal como o produto que estava a comprar, facilmente conseguiria acumular pontos para os ter. Cedi e cedi de vez. Na mesma hora aderi e recebi logo um cartão provisório onde fiquei logo com os pontos referentes à minha compra. Agora, vá eu ou a minha mulher à Farmácia apresentamos sempre o cartão. Agora, sou eu que falo do cartão a quem conheço que ainda não o tem. Agora, sou eu que insisto nas vantagens e que, no limite, se informem numa Farmácia Portuguesa – “aquelas das cruzes verdinhas” . Agora, sei que o cartão Farmácias Portuguesas não é um mero cartão. Sei que não é apenas para acumular pontos. Sei que não dá apenas descontos. O cartão Farmácias Portuguesas dá-me produtos e serviços sejam de Saúde ou Bem-Estar que realmente preciso. Agora, sou um fã das Farmácias Portuguesas. Por essa razão, insisto também consigo. E não se fique apenas pela minha palavra. Vá ao site www.farmaciasportuguesas.pt ou fale com o seu Farmacêutico. Verá que todas as questões são resolvidas e as vantagens que está a perder são muito mais que imagina.
www.farmaciasportuguesas.pt
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“Tenho reu Esta é uma queixa frequente entre quem sofre de uma das muitas doenças reumáticas, assim denunciando as dores musculares ou esqueléticas que todas partilham. É uma queixa mais feminina do que masculina e mais frequente com o passar dos anos.
Não é um termo rigoroso do ponto de vista médico, mas a verdade é que é o termo mais usado pelos doentes quando se referem ao que os aflige: reumatismo vale por cada uma das muitas doenças reumáticas de que sofrem cerca de 2,7 milhões de portugueses. São muitos doentes – equivalentes a um quarto da população – porque, afinal, este é o conjunto de patologias mais frequente no ser humano. E assim continuará muito provavelmente a ser, pois a população mundial está a crescer e, sobretudo, a envelhecer. A população portuguesa não conhece um crescimento visível, mas o envelhecimento é uma realidade inegável, o que confirma a regra de que as doenças reumáticas irão continuar a prevalecer: são as pessoas acima dos 65 anos que mais sofrem, com maior peso para as mulheres – no nosso país calcula-se que haja 1.700 mil doentes do sexo feminino e 970 mil do masculino. Mas não são apenas os idosos que sofrem: há doenças reumáticas que
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matismo” afectam as crianças e os jovens – é o caso da artrite reumatóide – acompanhando-os ao longo da vida, com maior ou menor limitação física. Ainda assim a idade (elevada) é um factor de risco, a que se junta a obesidade, o tabagismo e a ingestão de bebidas alcoólicas em excesso. Algumas apresentam riscos específicos, relacionados com a actividade laboral, a prática desportiva ou mesmo o lazer. Sob a designação de doenças reumáticas escondem-se mais de uma centena de patologias, cada qual com vários subtipos. São todas doenças dos músculos e do esqueleto, de causa não traumática e que partilham sintomas como a dor, a tumefacção (inchaço) e a limitação da mobilidade. São, no entanto, doenças muito diferentes. Tão diferentes como a artrite reumatóide, a artrose, a osteoporose, o lúpus eritematoso sistémico, a espondilite anquilosante, a gota, as tendinites e a febre reumática. Os exemplos que se seguem dão conta dessa diversidade:
Artrite – articulações dolorosas Tal como as doenças reumáticas, também a artrite é a designação genérica para várias patologias que têm em comum a dor e inflamação nas articulações. Tendões, ligamentos e músculos, bem como a pele, podem igualmente ser lesados por uma destas doenças de causa ainda pouco conhecida. É lenta e progressivamente que a artrite se instala, acabando por se manifestar através de dor nas articulações das mãos e dos pés e ainda nos cotovelos, embora órgãos como os olhos e o coração e glândulas como as salivares e lacrimais possam também ser afectados. São dois os tipos de artrite mais comuns: a artrite reumatóide e a osteoartrose. A primeira incide mais sobre o sexo feminino, numa proporção de três mulheres para um homem, sendo mais frequente entre os 40 e os 50 anos. Trata-se de uma doença auto-imune, o que significa que se deve a uma alteração do sistema imunitário que ataca o organismo em vez de o defender. Quanto à osteoartrose, é mais comum a partir dos 50 anos, com a prevalência a aumentar com a idade e a obesidade. Produz desgaste da cartilagem articular, pelo que o movimento das articulações acaba por causar dor e inflamação. É através da dor, acompanhada de dificuldade em caminhar, que o corpo dá sinais de que algo está mal
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com as articulações. Outros sintomas menos específicos se lhe juntam – febre, perda de peso, problemas respiratórios, comichão. O tratamento dirige-se precisamente para o alívio da dor e da inflamação e da rigidez das articulações. Mas, pode acontecer que, mesmo com medicação, a dor se mantenha: nessas ocasiões o doente pode adoptar alguns cuidados que o ajudem a sentir-se melhor, tais como tomar um banho morno, aplicar gelo na área afectada, repousar a articulação em causa e fazer alguns exercícios leves.
Espondilose – vértebras apertadas É mais conhecida como “bicos de papagaio” mas o seu nome médico é espondilose ou espondilartrose.
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Caracteriza-se por desgaste num ou mais discos da coluna vertebral, o que faz com que o espaço entre as duas vértebras que une fique mais pequeno: em consequência o osso dos pratos vertebrais aumenta de espessura, dando origem a saliências ósseas nas margens das vértebras. Ao contrário da maioria das doenças reumáticas, afecta igualmente os dois sexos. É mais comum a partir dos 40 anos e entre grupos profissionais sujeitos a trabalhos mais violentos, logo a maior desgaste das articulações: é o caso de agricultores, estivadores, pescadores, entre outros. A dor é, novamente, o sintoma que denuncia a doença, uma dor na coluna lombar descrita como uma “moinha” embora possam ocorrer guinadas – episódios muito dolorosos e de curta duração denominados lumbagos. A dor pode ainda irradiar pelas pernas – ciática – acompanhada de formigueiro e adormecimento e agravando-se
com esforços mínimos como tossir e espirrar. Para o lumbago e a ciática, o repouso (em cama dura) é o melhor tratamento, mas pode ser necessário recorrer a medicamentos para a dor ou relaxantes musculares.
Esclerodermia – pele endurecida É também designada esclerose sistémica esta doença reumática crónica caracterizada por alterações vasculares, produção de anticorpos que atacam o próprio corpo e aumento do tecido fibroso, quer na pele, quer em órgãos internos. O endurecimento da pele é, aliás, a expressão mais visível desta doença que atinge sobretudo pessoas entre os 25 e os 55 anos, com predominância do sexo feminino. Não existe um tratamento global para
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Pelos que sofrem
a esclerodermia, tudo dependendo dos sintomas e dos órgãos envolvidos. Mas entre os meios terapêuticos mais usados incluem-se medicamentos vasoactivos e anti-hipertensores, medidas de protecção da pele e das articulações, medicina física e de reabilitação, abandono dos hábitos tabágicos e apoio psicológico (o aspecto da pele faz recear o contágio, o que pode afectar a auto-estima e gerar comportamentos depressivos ou de isolamento).
Síndrome de Sjögren – sem fluidos É uma doença auto-imune, com o sistema imunitário do doente a atacar as glândulas produtoras de lágrimas e de saliva. O resultado é secura nos olhos
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e na boca. Pele, nariz e vagina podem também ressentir-se desta falta de fluidos, o mesmo acontecendo com outros órgãos, inclusive rins, pulmões, fígado e cérebro. Além da secura, a doença manifesta-se através de fadiga e dores nas articulações. É uma síndrome mais feminina, de diagnóstico difícil pois há outras doenças e até medicamentos que causam secura. E é para atenuar este ressecamento que se dirige o tratamento, à base, por exemplo, de lágrimas artificiais e substitutos da saliva. Estes são apenas exemplos das muitas doenças reumáticas. Quase todas crónicas, mas com tratamento, são muitas vezes negligenciadas, com as queixas a surgirem já quando há incapacidade física. A dor, enquanto sintoma comum, não deve ser ignorada: mais vale actuar a tempo para preservar a mobilidade e a qualidade de vida.
Foi pelos cerca de 2,7 milhões de portugueses que sofrem de algum tipo de doenças reumáticas que nasceu a Liga Portuguesa contra as Doenças Reumáticas (LPCDR). Instituição de âmbito nacional, teve a sua génese em 1969 quando médicos do Instituto Português de Reumatologia propuseram a criação de uma organização social de luta contra o reumatismo. A designação mudou, por ser mais consistente com a realidade médica – já não se fala em reumatismo mas em doenças reumáticas – mas a missão continua a ser a mesma: o apoio a todos os que sofrem destas patologias, contribuindo para a sua integração na sociedade, para a criação e manutenção de centros especializados de diagnóstico, tratamento e recuperação. Para a prossecução dos seus objectivos, a Liga associou-se em Janeiro de 2002 à Plataforma Saúde em Diálogo, uma entidade de cooperação e entreajuda que reúne doentes, profissionais e outros promotores de saúde. São os seguintes os contactos da LPCDR: Morada: Av. de Ceuta – Norte, Loja 2, 1350-410 Lisboa Tel: 21 3648776 Fax: 21 3648769 Email: lpcdr@lpcdr.org.pt Página na Internet: www.lpcdr.org.pt.
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Fumos nocivos É a exposição prolongada a fumos e poeiras que causa a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica. O tabaco está em primeiro lugar, pelo que os fumadores constituem a maioria dos doentes. Mas há outros: trabalhadores expostos a fumos, poeiras e químicos também sentem a mesma dificuldade em respirar. O nome diz tudo: doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) – é uma doença que se caracteriza pela obstrução persistente das vias respiratórias e diminuição dos débitos expiratórios. Na maioria das vezes, a obstrução é progressiva, embora possa ser parcialmente reversível ou acompanhada de hiperreactividade brônquica com danos para os pulmões. A dificuldade em respirar, mais ou menos acentuada, é comum aos doentes, que se calcula sejam mais de cinco por cento da população portuguesa. São na sua maioria homens e fumadores, mas a proporção de mulheres tende a aumentar uma vez que também elas fumam cada vez mais. Mas os fumadores não são os únicos a sofrer com a obstrução respiratória: partilham o risco com as pessoas que, por motivos profissionais, estão expostas prolongadamente a fumos, químicos e poeiras. É o caso, por exemplo, dos bombeiros envolvidos no combate a incêndios e é o caso de quem trabalha na indústria química ou em serrações e carpintarias. É ainda o caso de quem partilha actividades lúdico-desportivas como a columbofilia: as poeiras que se libertam com o esvoaçar dos pombos são nocivas para os pulmões. No entanto, provocam uma doença pulmonar específica que, sem tratamento, evolui em geral para doença pulmonar restritiva, com fibrose pulmonar e raramente obstrutiva em fases avançadas. Aliás, num fumador, por exemplo, os gases dos escapes automóveis agravam o risco, sobretudo quando se é fumador de longa data (há mais de dez anos). É claro que os não fumadores também podem sofrer desta doença, desde que expostos ao chamado fumo passivo, mas a
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probabilidade é naturalmente muito inferior. E mesmo entre os fumadores há diferenças: fumar cigarros é pior do que charutos ou cachimbo. Em matéria de risco há ainda que contar com um que não é controlável e que algumas pessoas correm por via da hereditariedade – a deficiência de alfa1-antitripsina, uma proteína que protege as estruturas elásticas dos pulmões dos efeitos destrutivos de determinadas enzimas. Baixos níveis podem conduzir a danos progressivos nos pulmões e a obstrução respiratória. Esta é uma deficiência hereditária que acontece quando se herdam dois genes defeituosos, um de cada progenitor. Os portadores correm um maior risco de doenças pulmonares e hepáticas, transmitindo-o aos filhos. Nestas pessoas, a probabilidade de desenvolverem DPOC é agravada pelo tabagismo.
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Uma tosse suspeita O tabaco continua, pois, a ser o principal suspeito. Riscos à parte, o facto é que as consequências da DPOC só são visíveis a prazo: a doença vai-se desenvolvendo ao longo dos anos, manifestando-se através de sinais a que os doentes se vão habituando, ao ponto de os considerarem “normais”: a dificuldade em respirar acompanhada ou não de sibilos, uma tosse crónica, mais severa ao acordar e cansaço com esforço progreessivo. Perda de apetite e de peso, bem como fadiga sem esforço, são outros dos sintomas em fases mais avançadas. Os cílios são pêlos microscópicos que revestem os “tubos” brônquicos e cuja função é repelir os germes e outros agentes irritantes que pene-
tram nas vias respiratórias, impedindo que cheguem aos pulmões. São como minúsculas vassouras, com as quais fumos e poeiras interferem, paralisando-as: quando isso acontece, as tais substâncias irritantes permanecem nos brônquios e infiltram-se nos alvéolos, inflamando os tecidos e eventualmente danificando as fibras elásticas que suportam estes pequenos sacos de ar. Na DPOC existe lesão das vias aéreas de grande e epequeno calibre, parênquima pulmonar e a nível vascular. Estas alterações incluem inflamação crónica e alterações estruturais. Uma tosse persistente é dos sintomas mais evidentes de que algo vai mal com os pulmões. É certo que os fumadores se habituam ao chamado “catarro”, mas quando ele se manifesta logo de manhã, ao acordar, é melhor não o ignorar. A presença de secreções - hipersecreção de muco - a acompanhar a tosse deve fazer aumentar as suspeitas. A falta de ar é, naturalmente, o outro prato desta balança, uma vez que na DPOC existe obstrução respiratória e aumento do volume de ar retido no pulmão. Com frequência, a respiração tornase sibilante. À medida que a idade e a doença avançam é comum surgir a chamada dispneia de esforço – tratase de uma dificuldade em respirar ao menor esforço, incluindo nas actividades diárias mais simples como lavar-se, vestir-se e preparar uma refeição. Alguns doentes desenvolvem obstrução das vias aéreas, sem previamente terem tosse ou produção de secreções. São sintomas que não devem ser ignorados. Antes pelo contrário, devem ser descritos com o máximo rigor ao médico, tanto mais que o exame físico pode ser inconclusivo. Existem manifestações extra pulmonares nos doentes com DPOC, caso da perda de peso e alterações nutricionais, mas exteriormente pode não haver outros sinais do comprometimento respiratório. Perante as queixas serão feitos exames específicos, a começar pela medição da função respiratória. A imagiologia também pode ajudar ao diagnóstico.
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Uma doença com duas faces
Deixar de fumar para respirar melhor E uma vez confirmada a doença, o tratamento começa pelo óbvio: deixar de fumar. Para os fumadores de longa data, é uma decisão difícil, que exige uma extrema motivação e determinação. Todavia, é indispensável para travar ou, pelo menos, abrandar os danos pulmonares: quanto mais cedo se deixar de fumar, maiores serão as hipóteses de uma vida mais longa e saudável. Ainda que a DPOC não tenha cura. Quanto ao tratamento farmacológico propriamente dito, pode passar pela administração de antibióticos (para debelar eventuais infecções), broncodilatadores (como o nome indica, para dilatar os brônquios e, com isso, facilitar o fluxo de ar) e corticosteróides (para reduzir a inflamação), sendo que muitos destes medicamentos implicam o uso de um inalador. Nalguns casos, em que a função respiratória está mais comprometida, pode ser necessário o recurso a oxigénio. E quando na DPOC existem sobretudo lesões de enfisema, e são muito graves, por vezes pode haver possibilidade de cirurgia para redução do volume pulmonar. O transplante de pulmão é igualmente uma opção, ainda que restrita. A doença pulmonar obstrutiva crónica é para toda a vida. O mesmo é, pois, válido para a terapêutica. E há ainda que prever algumas complicações, nomeadamente uma maior probabilidade de ocorrência de constipações, gripes e pneumonias. Daí que a estes doentes seja recomendada a vacina anti-gripal anual.
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O ideal é prevenir a doença propriamente dita. Mas, quando ela já se instalou, continua a ser possível prevenir as suas complicações. Como? Além de deixar de fumar, há que evitar a exposição a substâncias que possam irritar as vias respiratórias; há que praticar exercício, nomeadamente técnicas que estimulem a capacidade respiratória; há que beber líquidos em abundância de modo a manter as vias respiratórias lubrificadas e limpas; há que evitar as mudanças bruscas de temperatura e as infecções respiratórias; e há que praticar uma alimentação saudável e manter um peso adequado. Para viver o melhor possível, apesar da DPOC. Uma mensagem sublinhada todos os anos, a 17 de Novembro, o dia mundial de sensibilização para esta doença que, de acordo com a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, causa todos os anos a morte a 8,7 por cada 100 mil habitantes.
A DPOC é uma doença com duas faces: a bronquite crónica e o enfisema, que se distinguem, nomeadamente, por implicarem partes específicas do sistema respiratório. Nos pulmões, consideram-se as chamadas vias respiratórias, constituídas pelos brônquios e pelos bronquíolos, e os reservatórios de ar, os alvéolos, semelhantes a pequenos sacos dispostos em cachos. Quando respiramos – e fazemo-lo através da traqueia – o ar move-se pelos tubos brônquicos em direcção aos alvéolos: daí o oxigénio entra no sangue, enquanto o dióxido de carbono faz o percurso inverso. Quando se sofre de bronquite crónica, o revestimento dos brônquios e bronquíolos fica inflamado, havendo também uma produção excessiva de muco. É este muco e o estreitamento provocado pela inflamação que vão bloqueando as vias respiratórias e, em consequência, dificultando a passagem do ar. Já quando se tem enfisema, são os alvéolos os lesados: dilatam-se, as suas paredes entram em colapso e deixam de conseguir reter ar em quantidade suficiente, o que dificulta as trocas ao nível do sangue. Mas considera-se que se combinam em diferentes graus nos doentes com DPOC. Nos dois casos há obstrução do fluxo de ar e insuflação pulmonar, com degradação progressiva da função respiratória, embora em fases inciais da doença possa ser parcialmente reversível. Deve encarar-se como doença prevenível (excepto na deficiência de alfa 1 - antitripsina) e controlável se for implementado tratamento precoce nas suas diferentes vertentes, nomeadamente a cessação tabágica.
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Quando o animal se coça… Quando um animal se coça com insistência isso pode ser sinal de uma doença dermatológica, uma das principais causas da perda de pêlo e um dos motivos mais comuns da ida ao veterinário.
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É coçando-se e, muitas vezes, mordiscando certas áreas do corpo como a base da cauda e as patas que cães e gatos procuram alívio para os problemas dermatológicos. São muito frequentes entre eles, tanto podendo ter origem na pele propriamente dita como reflectir outras doenças como a leishmaniose ou as do foro endócrino. Causas à parte, o prurido (comichão) é um sintoma comum, acompanhado de eritrema (vermelhidão) e de alopecia – aliás, as doenças dermatológicas são uma das principais responsáveis pela queda de pêlo, localizada ou generalizada. A pele de cães e gatos é particularmente vulnerável ao principal parasita externo – a pulga. Sempre que uma pulga pica, injecta uma pequena quantidade de saliva no corpo do animal, o que pode desencadear uma reacção cutânea – é a chamada dermatite por alergia à picada da pulga. Para a prevenir, é fundamental que o animal seja desparasitado regularmente, seguindo o calendário proposto pelo veterinário. Tal como os seres humanos, também estes animais podem ser sensíveis a agentes externos geralmente inofensivos como o pólen, as poeiras e os ácaros. Desenvolvem então sintomas próprios da dermatite atópica, devendo ser tratados com recurso a anti-histamínicos. Podem igualmente ser alérgicos a determinados componentes da dieta, tais como carne de vaca ou porco, milho, trigo e soja e ainda alguns corantes e conservantes. Uma vez identificada a alergia alimentar, há que proporcionar-lhes uma dieta hipoalergénica, em que foram eliminados os elementos a que o animal é sensível. Não é uma alergia, mas é muito conhecida e comum nos animais de pequeno porte – trata-se da sarna, infecção provocada por ácaros, partículas microscópicas existentes no pó doméstico. Existem vários tipos, dependendo dos ácaros envolvidos, sendo mais frequentes a demodécica e a sarcóptica: todos os tipos causam prurido intenso, alopecia, escoriações e crostas. Existem medicamentos específicos para o tratamento da sarna.
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Há comichão e comichão... Outra infecção de que cães e gatos podem ser alvo é a dermatofitose. Causada por fungos, é denunciada por lesões circulares e avermelhadas na pele. Dado que é muito contagiosa para os seres humanos, com as crianças, os idosos e os imunodeprimidos a serem particularmente vulneráveis, é fundamental tratá-la o mais cedo possível, o que se faz com recurso a anti-fúngicos (quer de aplicação local, quer de toma oral). É igualmente uma infecção, mas causada por bactérias: a piodermite surge quando algo provoca uma irritação na pele. A inflamação e o prurido fazem com que o animal coce, lamba e mordisque a região, acentuando a lesão. O tratamento faz-se à base de antibióticos, complementados com soluções de limpeza. Quanto aos problemas de pele de origem interna, o mais comum é a dermatose endócrina, que pode ser causado por uma qualquer doença das glândulas, como o hipotiroidismo. Caracterizase por zonas de alopecia (com falta de pêlo), pelagem baça e seca e de difícil crescimento. E, ao contrário da norma, não costuma causar comichão. Os sintomas tendem a desaparecer com o controlo da doença subjacente à dermatite. Estas são algumas das principais doenças dermatológicas de cães e gatos. Tendo em conta que causam comichão e conduzem à perda de pêlo há que estar atento a estes sintomas. Perante eles, pode contar com o aconselhamento farmacêutico: o Espaço Animal é, como o nome indica, um espaço reservado à intervenção da farmácia no domínio da veterinária para animais de pequeno porte. Com conselhos e produtos adequados ao bem-estar e saúde do seu animal. Alguns destes problemas podem ser ultrapassados com recurso a medicamentos e produtos de indicação farmacêutica. Outros requerem consulta veterinária, mas também aqui pode contar com o Espaço Animal para aconselhamento sobre o procedimento mais adequado a cada caso.
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A saúde e o bem-estar animal fazem parte das competências dos farmacêuticos, sendo as farmácias um espaço adequado à dispensa de medicamentos de uso veterinário e de outros produtos e acessórios. Essa dispensa é reforçada com aconselhamento e a disponibilização de informação rigorosa e credível sobre os cuidados a prestar aos animais de companhia. Muitas farmácias do país oferecem já um serviço especializado – é o Espaço Animal. Facilmente localizável no interior da farmácia, nele os donos de cães e gatos encontram um vasto conjunto de produtos vocacionados para a saúde e bem-estar animal, com a garantia de um atendimento diferenciado e de qualidade. Procure na sua farmácia este serviço – está perfeitamente identificado, através de um expositor próprio.
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NOTÍCIAS Época gripal
Meio milhão de pessoas vacinadas Os cuidados a ter com a gripe A não devem fazer esquecer a necessidade de vacinação contra a gripe sazonal, de cujas complicações resulta, todos os anos, a morte de milhares de pessoas.
De acordo com a estimativa do Centro de Estudos e Avaliação em Saúde da ANF (CEFAR), que avalia o serviço de vacinação contra a gripe sazonal nas farmácias, estima-se que o número de vacinas administradas seja já superior ao do ano passado. Nas primeiras seis semanas da campanha “Gripe Sazonal. Vacine-se na sua Farmácia”, foram administra-
das nas farmácias 33,8 por cento das vacinas contra a gripe sazonal, o que corresponde a meio milhão de pessoas vacinadas no país. Entre 15 de Setembro e 26 de Outubro foram vendidas em Portugal mais de 1,56 milhões de vacinas contra a gripe sazonal, um crescimento de 7,5 por cento face a 2008. O sucesso da campanha está ligado à
Satisfação dos utentes vacinados Um estudo da satisfação dos utentes vacinados pelas farmácias, realizado pelo CEFAR – Centro de Estudos e Avaliação em Saúde, com o apoio da Sanofi Pasteur MSD, através de uma amostra constituída por 2 544 inquiridos, revela que o grau de satisfação com o serviço de vacinação contra a Gripe Sazonal, em 2008, foi supe-
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rior a 95% em cada um dos aspectos avaliados. O profissional que administrou o serviço regista o resultado mais alto na satisfação, 99,5 por cento. Seguem-se o horário, o tempo de espera, a experiência global do serviço prestado na farmácia, a privacidade e o aconselhamento prestado sobre a gripe e sobre a vacina.
acessibilidade e distribuição geográfica das farmácias, que contribuem desta forma para aumentar a cobertura vacinal da população. A vacinação na mesma farmácia onde a vacina é dispensada, mediante prescrição médica, alia o conforto à segurança, mantendo a cadeia de frio, e evita a deslocação a outro serviço de saúde. Para dotar os farmacêuticos de fortes competências técnicas neste domínio, a Associação Nacional das Farmácias concebeu e preparou acções de formação a nível nacional, com um modelo baseado no Programa de Certificação Profissional da American Pharmacists’ Association (APhA), o qual é reconhecido pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Para além do serviço de administração da vacina, as farmácias fazem também aconselhamento e referenciam para consulta médica, sempre que necessário, os doentes pertencentes a grupos de risco.
Recarregar baterias Se já acusa os efeitos do cansaço, pode estar a precisar de um reforço de vitaminas e sais minerais: é que estes nutrientes são sinónimo de energia e vitalidade. As férias constituem uma oportunidade anual de recarregar as baterias, permitindo um interregno mais ou menos repartido na vida profissional e libertando tempo para as actividades que proporcionam mais prazer, mesmo que seja apenas… não fazer nada. Mas, no regresso ao trabalho, o ritmo do dia-a-dia depressa esgota os benefícios das férias. Os primeiros tempos não custam, mas à medida que se avança no Inverno volta a necessidade de retemperar energias – os efeitos do cansaço vão-se acumulando e limitando a capacidade de resposta aos desafios laborais. E à boleia da falta de energia pode instalarse a desmotivação. Pode ser o corpo a acusar uma deficiência nutricional, mas a boa notícia é que facilmente se repõe o equilíbrio: basta fazer uma alimentação reforçada em vitaminas e minerais essenciais. É o caso das vitaminas do complexo B e de minerais como o ferro, o cobre e o magnésio: todos ajudam a desbloquear a energia dos alimentos. Ao complexo B pertencem oito vitaminas - tiamina (B1), riboflavina (B2), niacina (B3), piridoxina (B6), ácido fólico (B9), cianocobalamina (B12), ácido pantotênico e biotina. São utilizadas na decomposição química dos hidratos de carbono em glicose, processo que fornece energia ao organismo, e na decomposição das gorduras e proteínas,
que ajudam o funcionamento normal do sistema nervoso. Desempenham, também, um papel importante na manutenção da saúde dos sistemas digestivo e circulatório. Necessárias para que o organismo funcione a “100 por cento”, são fornecidas pela carne, peixe, ovos e cereais. Já o ferro é um mineral muito importante no metabolismo energético, dado que é necessário para o transporte do oxigénio no sistema circulatório. De facto, um dos sintomas da deficiência de ferro no organismo (anemia) é a falta de energia, com cansaço exagerado. Carnes, vegetais de cor verde escura como o agrião, leguminosas, grãos integrais e frutos secos são boas fontes deste mineral. Por sua vez, o cobre existe em quase todos os alimentos, nele sendo particularmente rico o chocolate amargo. Quanto ao magnésio, está presente nos legumes de folha verde e nas leguminosas, desempenhando um papel importante ao nível dos ossos, dentes e músculos e na energia celular. Uma alimentação equilibrada fornece vitaminas e minerais nas quantidades necessárias ao bom funcionamento do organismo. Contudo, há situações em que pode ser indicado um suplemento multivitamínico: mas, primeiro aconselhe-se com o seu farmacêutico!
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Foto: Nuno Antunes
Diálogo do consumidor
Quer a distensão muscular, a entorse ou a tendinite manifestam-se por dor, inchaço ou inflamação e, por vezes, dificuldade de movimentos. Quando o músculo estica demais ou de forma súbita, pode haver uma distensão. Fala-se do alongamento exagerado das fibras que formam os músculos, podendo mesmo haver ruptura de algumas delas. A distensão é bastante comum nos músculos das pernas (especialmente na parte interna da coxa). Os sintomas podem ser dor aguda localizada, inchaço e formação de hematomas. A entorse resulta igualmente de um estiramento ao nível do ligamento ou laceração deste. É bem conhecida a entorse do tornozelo que resulta da ruptura de ligamentos que ligam os ossos entre si devido a uma distensão excessiva por torção do pé: é o que acontece quando o pé fica preso no chão e o corpo roda para fora. Há três níveis de entorse, o diagnóstico é clínico, baseado nos sintomas, no entanto, numa entorse grave impõe-se a observação por um ortopedista, depois de exame radiológico. Nos casos de nível de entorse ligeira ou moderada, pode haver aplicação de compressas ou de uma ligadura elástica, seguida de repouso. Para além da entorse no tornozelo são também comuns as entorses do joelho e do arco do pé. A tendinite envolve a inflamação de tendões (não vamos aqui falar da tenosinovite, que é a tendinite acompanhada pela inflamação da bainha protectora que cobre o tendão). Aqui o factor idade é importante, a maior parte das tendinites surge em pessoas da meia-idade ou da idade avançada, independentemente de afectar jovens que praticam exercícios intensos ou pessoas que realizam tarefas repetitivas.
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Dores musculares e articulares de menor gravidade Mário Beja Santos
Como tratar? Estas dores musculares e articulares têm manifestações com características diversas, tais como: dor com localização típica, isolada; dor exacerbada por certos movimentos; dor em repouso, sobretudo à noite; dor activa mais intensa do que a dor passiva. Encontrou-se uma ferramenta útil para o tratamento genérico destas dores, chamado método PRACE (que significa: protecção, repouso, arrefecimento, compressão e elevação). Como se passa a ilustrar: - Protecção da região para evitar agravamento da lesão (é o caso do uso de uma banda elástica); - Repouso para acelerar a cura dos tecidos afectados (impõe-se, pois, evitar actividades que causem dor, inchaço ou conforto); - Arrefecimento logo após a lesão, aplicando-se frio mediante sacos para gelo de borracha ou sacos com gele reutilizáveis; - Compressão da zona com recurso a uma ligadura elástica até que o edema diminua; - Elevação do membro lesionado, se possível acima do coração, nos casos admissíveis. Há medidas específicas que também têm que ser tidas em conta. No caso de uma distensão muscular, não só se pára o exercício imediatamente como se deixa o músculo lesionado em repouso, aplicando-se gelo no local e, de acordo com os sintomas associados, poderá haver vantagem em dar-se analgésicos e anti-inflamatórios. Nos casos mais rebeldes, poderá vir a ser necessário fazer fisioterapia. Atenção, nunca se deve aplicar compressas quentes no local imediatamente após a lesão. No caso de uma entorse ligei-
ra, opta-se pela aplicação de ligadura elástica, o repouso é igualmente fundamental, tal como a elevação do tornozelo e a aplicação de compressas frias. Nas tendinites ligeiras e moderadas, o gelo, sempre que bem utilizado, pode reduzir a inflamação dos tendões. Pode ser necessário recorrer-se a terapêutica com anti-inflamatórios para diminuir a dor e a inflamação.
Aconselhamento e medicamentos Estas dores que surgem por excesso de esforço, traumatismos ao nível dos ossos, ligamentos, tendões ou músculos, maus jeitos ou como resultado de tarefas repetitivas, más posturas, calçado inadequado ou esforços físicos incomuns podem ser tratadas com medicamentos que não exijam receita médica. Contudo, recomenda-se a consulta médica sempre que surja febre ou os sintomas persistam por mais de 2-3 dias ou regressem alguns dias após se ter sentido alívio, mesmo com o recurso a medicamentos sem receita médica. O farmacêutico tem vários medicamentos a que pode recorrer para tratar estas situações. Assim, a aplicação no local doloroso de medicamentos com acção analgésica em creme, pomada ou spray para aliviar a dor, porque actuam localmente. Existe um grande número de medicamentos destinados a aplicação local e a sua actividade varia de acordo com a composição. Os anti-inflamatórios de aplicação local também são providos de boa actividade analgésica. São de escolher os medicamentos que possuam um só princípio activo.
Há situações em que para a mesma substância activa, o medicamento pode apresentar-se sob a forma de creme, pomada, spray ou emplastro. A escolha dependerá do conforto do doente. A pomada é mais oleosa, o creme é menos oleoso que a pomada, este último tem a vantagem de se espalhar com mais facilidade. O spray pode ser mais agradável para algumas pessoas e o emplastro apresenta uma comodidade relativamente às outras formas pois liberta a substância activa enquanto está colocado, mantendo o efeito durante mais tempo. O aconselhamento farmacêutico revela-se de uma importância muito grande. Recorde-se que os anti-inflamatórios não estão recomendados para crianças com menos de 12 anos. O farmacêutico lembrar-lhe-á que
estes medicamentos tópicos (isto é, de aplicação na pele) não devem ser feitos se existirem lesões ou feridas, nem deve ser aplicado calor simultaneamente pois assim aumenta-se o efeito irritante. Se com este tipo de medicamentos que não requerem prescrição médica não aliviar as dores em poucos dias, não hesite em consultar o seu médico. Aproveita-se para lembrar aos doentes crónicos que se precisarem de tomar analgésicos para tratar estas dores musculares ou articulares de menor gravidade devem informar o farmacêutico sobre as doenças e os medicamentos que tomam regularmente para que lhes seja recomendado os analgésicos que menos interfiram com a terapêutica que estejam a seguir.
Correio dos Leitores DIU e preservativo feminino Depois de uma intervenção cirúrgica, já não posso tomar a pilula. A minha ginecologista falou-me no DIU (dispositivo intra-uterino) mas tenho receio de ficar magoada e também sei que não é cem por cento eficaz. Tenho 40 anos e ainda não tive filhos. Tenho o útero um pouco fechado e por isso receio o DIU. Ouvi falar na televisão do preservativo feminino, mas não o conheço nem a ginecologista me falou dele. Gostava de me esclarecer um pouco mais acerca deste preservativo e saber se é eficaz em relação ao DIU, pois, repito, tenho medo de este me magoar. O. M. Pereira (Ponte de Lima) Existem DIU para nulíparas (mulheres que não tiveram filhos). Atendendo à natureza da limitação que refere quanto à dimensão do seu útero, é indispensável que converse com a sua ginecologista. O preservativo feminino não está acessível nas farmácias (desapareceu por falta de procura). Poderá eventualmente encontrá-lo nos centros de saúde. Houve de facto uma campanha “Não deixe que decidam por si” para promover o preservativo feminino, campanha que foi promovida pela Associação para o Planeamento da Família (www.apf.pt), em colaboração com a Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida e a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (consulte o site – http://www.sida. pt). A eficácia deste preservativo
é muito alta (entre 82 a 97%). Tem vantagens inegáveis: protege contra as doenças sexualmente transmissíveis; não é necessária receita médica; é mais resistente que o preservativo masculino. A sua principal desvantagem é que o seu preço é o triplo do preservativo masculino. Em sessões de planeamento familiar ou no seu centro de saúde dirlhe-ão quem pode e quem não deve usar o preservativo feminino. Por exemplo, não o devem usar mulheres com prolapso uterino, com o estreitamento do canal vaginal ou com anomalias genitais. Existe hoje muita documentação sobre o preservativo feminino, ele é garantidamente seguro, é feito de poliuterano e, ao contrário do DIU ou da pílula, não causa nenhum efeito secundário.
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Dr. Luís Matias Conselho Editorial Dr.ª Ana Paula Cabral - Produtos Farmacêuticos Prof. Dr. Francisco Batel Marques - Farmacologia Prof. Dr. J. Gomes Pedro - Pediatria Dr. Luís Leite - Dermatologia Dr.ª Maria Helena Cargaleiro Delgado - Clínica Geral Prof. Dr.ª Maria Irene Silveira - Nutrição e Dietética Prof. Dr.ª Maria Odete Ferreira - Sida Dr. Mário Beja Santos Editor
Redacção: Edifício Lisboa Oriente Av. Infante D. Henrique, 333 H, Escritório 49 1800-282 Lisboa Tel.: 21 850 81 10 - Fax: 21 853 04 26 Email: farmaciasaude@lpmcom.pt
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