My Cooprofar Fevereiro 2019

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fevereiro 2019

04. Análise de Mercado

Apreendidos 212 mil medicamentos ilegais nas alfândegas 08. Especial Saúde

Saúde Ocular

12. Indústria Farmacêutica

Aquisições na indústria farmacêutica envolvem montantes históricos 13. Cooprofar

Cooprofar apoia 1º Encontro Farmacêutico da Distribuição 27. Breves

Cancro Digestivo: Morre 1 português por hora


formação cooprofar.19 Sabia que o coração tem um limite? 21-Fev-2019 | Lisboa

Administração de Vacinas e Medicamentos Injectáveis, atualização 22-Fev-2019 | Gondomar 27-Mar-2019 | Aveiro Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa 25-Fev-2019 | Gondomar 13-Mar-2019 | Gondomar 25-Mar-2019 | Aveiro

Administração de Vacinas e Medicamentos Injetáveis, Inicial 22-Mar-2019 | Gondomar

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cooprofar.19


Prof. Doutor Delfim Santos Presidente da Direção

EDITORIAL

Ver mais longe As atividades do Grupo Cooprofar-Medlog evidenciam o nosso Foco na prestação de serviços de excelência, o estreitamento de relações de Proximidade, a cooperação e a partilha com Clientes e Parceiros. Por essa razão, conseguimos, graças a um trabalho extenso de análise, preparação e implementação de metodologias, iniciar em 9 de fevereiro as ações decorrentes da entrada em vigor do Regulamento que complementa a Diretiva 2001/83/CE do Parlamento Europeu e do Conselho – Sistema Europeu de Verificação de Medicamentos em Portugal – sem qualquer alteração ou introdução de entropia no serviço de abastecimento às Farmácias. A Autenticidade dos Produtos de Saúde não é uma preocupação recente. O Grupo tem, desde sempre, processos internos de validação de Fornecedores de forma a garantir a Qualidade dos mesmos. Esta preocupação tem reflexo também no âmbito da materialização dos nossos valores de Responsabilidade Social e do cumprimento do objetivo a que nos propusemos de Promover a Saúde, valorizando o papel das farmácias, junto do utente. Por essa razão, em 2015 lançámos a campanha “A compra de medicamentos on-line pode matar. Quer arriscar?”, em que procurámos alertar para os riscos da compra de produtos de saúde a entidades não fidedignas. No período em que decorreu a campanha, à semelhança do que ocorre em todas, realizámos diversas ações de formação no sentido de dotar e atualizar os conhecimentos da equipa da farmácia, de forma a contribuirmos para que a farmácia possa continuar como um local de referência na Saúde. Cooperando com as farmácias continuaremos a desenvolver campanhas e ações de formação pelo que, em breve, lançaremos a primeira campanha de 2019. A Formação, como visa satisfazer as diversas necessidades dos profissionais de saúde, abrangerá um conjunto diversificado de temas, em ações de Norte a Sul do País, pelo que temos já disponíveis ações como “Administração de Vacinas e Medicamentos Injetáveis” e respetiva formação complementar obrigatória (de acordo com o Regulamento da Ordem dos Farmacêuticos) e lançaremos em breve novas ações e novos temas. No âmbito das atividades do Grupo, o início de ano foi marcado também pelo apoio ao 1º Encontro Farmacêutico da Distribuição promovido pela Ordem dos Farmacêuticos, em que se reuniram os profissionais da área para debater temáticas como “Distribuição out-of-the-box”, “O Farmacêutico na Distribuição Farmacêutica”, entre outros, cujo propósito reflete uma preocupação, que sempre sentimos como nossa, de procurar ver mais longe e, de com o conhecimento da experiência que temos, desenvolver novas soluções. Estamos preparados!


Análise de Mercado CRESCIMENTO FACE AO PERÍODO HOMÓLOGO Crescimento Mercado dezembro 2018 vs. mês homólogo

14,6

14 12

9,7

8 7,8

3,9

8,0

Viseu

Mercado Total

Vila Real

Setúbal

Açores

Santarém

Madeira

Porto

Lisboa

Leiria

Faro

Guarda

Évora

Coimbra

Viana do Castelo

-6

-10%

Portalegre

-4

Bragança

-2

Castelo Branco

DEZ

NOV

OUT

JUL

AGO

-3,9

Beja

MAI JUN

ABR

JAN FEV

-5%

-3,1

5,0 3,4

6,1

5,4

2 % 0

-3,2

5,1

4,8

7,7

7,5

6,1

4

2,7

2,6

3,7

5,4

5,3

4,5

7,9

7,1

6,3

6

6,1

SET

3,9

MAR

5%

7,7

Braga

6,4 4,9

8,0

Aveiro

10%

10,9

9,9

10

-8

Infarmed apela à entrega das embalagens não autorizadas nas farmácias A Autoridade Nacional do Medicamento apelou aos utentes que disponham de produtos não autorizados em Portugal que entreguem as embalagens em causa nas farmácias portuguesas "para posterior destruição", assim como às entidades que disponham destes produtos que comuniquem à autoridade, alertando ainda que não podem ser "vendidos, dispensados ou administrados".

Apreendidos 212 mil medicamentos ilegais nas alfândegas

Ana Paula Martins reeleita bastonária da Ordem

No primeiro semestre do ano passado, foram apreendidas 212 070 unidades de medicamentos nas alfândegas nacionais, valor que ultrapassa todas as apreensões feitas em 2017. Um quinto desses comprimidos era para tratar a disfunção erétil. China, Índia, Brasil e EUA são os principais países de origem.

A atual bastonária da Ordem dos Farmacêuticos, Ana Paula Martins, foi reeleita para o triénio 2019/2021 com 91,28% dos votos, naquele que é o seu segundo mandato como representante daqueles profissionais. Ana Paula Martins apresentou-se a sufrágio liderando a única lista candidata aos órgãos nacionais, que contabilizou 3.526 votos, quase o dobro da votação registada há três anos. A votação destinou-se a eleger os órgãos nacionais, regionais e os colégios de especialidade. De acordo com uma nota da OF, as eleições para a escolha dos novos órgãos sociais ficaram concluídas no sábado à noite com a votação presencial e a contagem dos votos por correspondência e por via eletrónica, procedimento introduzido pela primeira vez este ano.

De acordo com os dados facultados pela Autoridade Nacional do Medicamento, foram emitidos, naqueles primeiros seis meses, 4229 pareceres, dos quais "1709 foram no sentido de reter para destruição". A maioria, 2298, foi devolvida ao remetente. Os comprimidos são devolvidos quando, explica o Infarmed, estão em causa medicamentos importados "sem as autorizações legalmente exigidas", não estando em causa suspeita de falsificação.

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mycooprofar

Ordem dos Farmacêuticos alerta que está posta em causa segurança dos doentes nos hospitais A bastonária da Ordem dos Farmacêuticos alertou que a segurança dos doentes está posta em causa nos hospitais públicos por falta de profissionais. A bastonária Ana Paula Martins escreveu uma carta à ministra da Saúde na qual manifesta a sua “maior preocupação” com a falta de recursos humanos nos hospitais, concretamente nas farmácias hospitalares, responsáveis pela preparação dos medicamentos dos doentes.

OF contra legalização da canábis para consumo recreativo

“A segurança está em causa porque os farmacêuticos não são em número suficiente para as atividades que já hoje têm”, segundo a bastonária, dando exemplos de atividades que os farmacêuticos tiveram de deixar de realizar nos hospitais. Ainda acerca das questões de segurança, Ana Paula Martins questiona a ministra sobre em quem cairá a responsabilidade se houver um problema grave com a troca de medicamentos como já aconteceu no passado. “Não vamos assumir responsabilidades que não são nossas”, salienta.

A Ordem dos Farmacêuticos deu parecer negativo sobre os projetos de lei de legalização da canábis para uso recreativo, considerando que assentam em pressupostos incorretos e generalistas e transmitem um sinal errado à sociedade. O parecer de oito páginas, cinco das quais de com bibliografia e anexos sobre efeitos cancerígenos e aditivos da canábis, refere-se aos projetos do Bloco de Esquerda e do Partido Animais e Natureza, que foram debatidos no parlamento, sobre a legalização da canábis para consumo pessoal, não medicinal.

A bastonária avisa que há hospitais a reduzir horários dos serviços farmacêuticos e com dificuldades na preparação de medicação para doentes oncológicos (citotóxicos) e de nutrição parentérica (nutrição por via endovenosa). Fica também comprometida a realização de alguns ensaios clínicos, nos quais são necessários farmacêuticos, “retirando competitividade aos hospitais”.

“A Ordem entende que ambas as iniciativas legislativas assentam em pressupostos incorretos e generalistas e transmitem um sinal errado à sociedade, que não necessita de mais um fardo para a Saúde Pública”, refere o parecer. Sublinha que “os relatórios disponíveis na literatura sobre experiências internacionais semelhantes demonstram um agravamento significativo dos fatores relacionados com o tráfico e com a saúde pública”.

Canábis: Farmacêuticas ainda sem interesse na comercialização de medicamentos

Para a OF, “os pressupostos dos projetos de lei, que na sua maioria carecem de comprovação científica, poderiam literalmente ser aplicados a qualquer droga, além da canábis. O único argumento que poderia estar subjacente à legalização da canábis, e não de todas as outras drogas, como por exemplo a cocaína, a heroína ou as anfetaminas, seria o da sua hipotética inocuidade, não constituindo assim uma ameaça para a saúde pública. Esta hipótese é nula, tendo em conta o elevado potencial de toxicidade da canábis e dos seus produtos psicotrópicos, já referido no parecer anterior da Ordem dos Farmacêuticos sobre a utilização de canábis para efeitos terapêuticos”, adianta.

A lei que permite o uso da canábis medicinal entrou em vigor no início de fevereiro, mais de meio ano após a sua aprovação pela Assembleia da República, mas para já não há farmacêuticas interessadas em comercializar medicamentos, preparados ou substâncias à base da planta, em Portugal. À exceção de um medicamento, com autorização de comercialização desde 2012 mas sem vendas em farmácias e sem comparticipação do SNS, o Infarmed adiantou que não recebeu, até agora, nenhum pedido de autorização de introdução no mercado (AIM).

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A (Empresa de Dermatologia e Oftalmologia de Lisboa) empresa de capital 100% português nasce em 1952, na Farmácia Bairrão, em Alcântara. Dr.ª Mafalda Pimpão Diretora de Marketing e Vendas - Edol

Na época começamos o desenvolvimento de produtos nas áreas de Dermatologia e Oftalmologia. O negócio foi crescendo e dez anos depois, foi construída a primeira unidade fabril, a qual fomos modernizando a aumentando ao longo das últimas décadas até hoje. Nestes últimos anos, temos desenvolvido e comercializado produtos noutras áreas, expandindo o nosso negócio para outros nichos de mercado como é o exemplo da Otorrinolaringologia.

Paralelamente à relação com a classe médica, também a relação com a classe farmacêutica desde cedo se tornou uma prioridade para o Laboratório Edol. Sabemos que o primeiro local onde muitos portugueses se dirigem quando sofrem de alguma patologia é à farmácia e por esse motivo, mantemos uma aposta clara na formação e proximidade com as farmácias, que mais do que nossos clientes são nossos parceiros na procura pelo bem-estar de todos os portugueses.

Atualmente, as nossas áreas de atuação são a Oftalmologia, onde somos líderes em Portugal (numero de unidades), Dermatologia, onde temos uma forte posição, Dermocosmética e Otorrinolaringologia. O nosso core passa pelo desenvolvimento, fabrico e comercialização de medicamentos, dispositivos médicos e cosméticos para cada um destes nichos de mercado.

Num mercado cada vez mais exigente e competitivo, sabemos que estas relações de parceria são a melhor forma de conseguirmos acrescentar valor à nossa missão enquanto agentes nacionais na área da saúde, tendo sempre como principal objetivo a oferta das melhores soluções terapêuticas para todos os portugueses.

Na área de Oftalmologia, desde cedo a nossa estratégia passou por ouvir as necessidades dos médicos, na procura diária pelo bem-estar dos seus doentes. Esta tem sido a nossa premissa ao longo destas 6 décadas e através dela tem sido possível trazer novas soluções terapêuticas. Esta relação de proximidade com a classe médica é, sem dúvida, a alavanca necessária para alcançar uma posição de liderança. Desde a secura ocular ao glaucoma, o Laboratório Edol apresenta hoje várias soluções de diagnóstico e tratamento que permitem à oftalmologia nacional ter sempre disponíveis produtos de qualidade e confiança.

Saúde, prescreve-se em Português!

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Especial Saúde

Saúde Ocular As doenças oculares ou visuais atingem mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo e as estimativas das agências internacionais é que esse número mais do que duplique até 2050. Atualmente, estima-se que haja entre 35 a 40 milhões de pessoas cegas, a nível global. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 80% destes casos seriam evitáveis com prevenção e investimento em hábitos de saúde regulares.

Cuide dos seus olhos . . . . . . . . . .

Conheça o seu histórico familiar; Proteja-se dos raios UV – use óculos de sol; Não use colírios sem prescrição e orientação médica; Não coce os olhos nem leve as mãos a eles sem uma boa higiene antes; Não fume – o tabaco afeta a circulação na retina; Pratique atividade física, especialmente ao ar livre; Tenha atenção ao uso de maquilhagem nos olhos - apenas deve usar produtos que sejam testados ao nível de alergias e que não tenham conservantes; Modere o uso do computador e smartphones – ajuste o brilho e e contraste do ecrã e alterne períodos de utilização com descanso; Siga uma alimentação equilibrada – invista em alimentos ricos em em vitamina C luteína e ômega-3; Consulte regularmente o seu oftalmologista.

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mycooprofar

Conheça o seu olho Córnea

A parte mais anterior e transparente do globo ocular. Tem um papel importante na focagem das imagens no interior do olho.

Íris

A parte que dá cor aos olhos. Regula a quantidade de luz que entra no globo ocular.

Pupila

É a zona escura e circular no centro da íris. É o espaço por onde as imagens penetram no nosso olho.

Cristalino

É uma estrutura transparente, em forma de lente, situada na área pupilar e atrás da íris. A sua principal função é a focagem fina das imagens na retina.

Vítreo

É uma substância gelatinosa e transparente que preenche o globo ocular atrás do cristalino.

Retina

É uma membrana composta por células nervosas que reveste o interior do globo ocular. Converte as imagens em impulsos nervosos que são transmitidos ao cérebro pelo nervo ótico.

Mácula

Região especial da retina com particular importância na visão fina da forma e da cor.

Nervo Ótico

É o nervo que liga o olho ao cérebro. Acua como um fio elétrico que transmite ao cérebro os impulsos nervosos produzidos pela retina onde são depois interpretados como imagens.

Com que frequência devo examinar os meus olhos? A frequência com que os nossos olhos devem ser examinados difere com a idade e com doenças associadas. Os adultos saudáveis deverão fazer pelo menos um exame oftalmológico entre os 20 e os 40 anos, desde que não surjam sintomas. As pessoas diabéticas, ou com outras doenças que sejam um fator de risco para problemas oculares devem ser examinadas com maior frequência (uma vez por ano).

Antes dos 20 anos e muito em especial antes da entrada para a escola, o despiste e a descoberta de alguns problemas oculares reveste-se de uma importância particular pelo que o exame médico aos olhos deve ser mais frequente. Após os 40 anos o exame ocular deve ser feito de dois em dois anos nas pessoas saudáveis.

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Especial Saúde

Principais doenças oculares Defeitos Refrativos

Os Defeitos Refrativos dizem respeito a um conjunto de alterações nos quais há uma focagem inadequada das imagens na retina. São, na grande maioria, facilmente corrigidos com óculos ou lentes de contacto. Em casos mais raros a cirurgia poderá ser uma opção.

Tipos de Defeitos Refrativos: Miopia: é uma situação em que a imagem é focada à

frente da retina e traduz-se por uma dificuldade de visão ao longe. Um olho míope é normalmente maior que o normal e é mais propenso a algumas doenças, pelo que carece de uma atenção especial por parte do médico oftalmologista.

Catarata

A catarata resulta, habitualmente, do envelhecimento do olho. No entanto, pode também ser congénita ou devida a uma variedade de outros fatores, como traumatismos, doenças crónicas dos olhos ou doenças sistémicas, como a diabetes. O diagnóstico deverá ser sempre feito através da observação por um médico oftalmologista.

Hipermetropia: é um defeito refrativo caracterizado por dificuldade de visão ao perto. Provoca habitualmente fadiga ocular e até dores de cabeça com o trabalho mais minucioso ou com a leitura. Um olho hipermétrope é habitualmente mais pequeno e, com a idade, diminui a “resistência” à hipermetropia.

O principal tratamento das cataratas é cirúrgico. A operação às cataratas consiste na remoção da parte do cristalino opacificado e na colocação de um “cristalino artificial” dentro do globo ocular (lente intra-ocular) levando à recuperação visual.

Astigmatismo: corresponde a uma qualidade visual desigual consoante o eixo visual em causa. Resulta na maioria dos casos a uma curvatura desigual da córnea provocando uma visão distorcida. Pode ocorrer de forma isolada ou associada aos outros defeitos refrativos.

Glaucoma

Glaucoma é uma doença dos olhos na qual vai havendo uma progressiva subida da tensão ocular, levando a diminuição da visão, podendo mesmo chegar à cegueira. Há vários tipos de glaucoma mas o mais frequente é o glaucoma de ângulo aberto.

Presbiopia: habitualmente conhecida como “vista cansada”,

corresponde à dificuldade de visão ao perto que é normalmente sentida a partir de certa idade (por volta dos 45 anos). É devida à perda de elasticidade progressiva do cristalino fruto da idade.

O aumento da tensão ocular, se não detetado e tratado, leva à “morte” lenta e progressiva do nervo responsável pela visão (nervo ótico). Estas alterações provocam uma perda da visão. O glaucoma só dá sintomas numa fase avançada da doença e as alterações na visão só são sentidas pelo doente quando o nervo ótico já tem lesões graves e irreversíveis.

Retinopatia Diabética

A retinopatia diabética é uma manifestação ocular da diabetes e é uma das principais causas de cegueira. Para evitar a cegueira é necessário controlar o melhor possível os níveis de glicemia desde as fases iniciais da doença. A retinopatia diabética surge em consequência de alterações nos pequenos vasos sanguíneos da retina no interior do olho. Os vasos alterados deixam sair líquido e sangue para a retina levando à diminuição da visão. Nalguns casos desenvolvem-se vasos anormais na retina. Estes vasos são muito frágeis e sangram facilmente levando também à formação de tecido fibroso que repuxa a retina. Um diabético deve fazer regularmente um exame médico ocular para detetar as alterações iniciais da retinopatia diabética.

Estrabismo

O estrabismo surge habitualmente nas crianças, podendo em muitas delas estar presente já à nascença. A criança com estrabismo tem tendência a usar menos o olho desviado que vai ficando “preguiçoso”. A esta baixa da visão resultante do estrabismo chama-se ambliopia. O estrabismo pode ser constante ou surgir apenas em certos momentos. Os olhos podem estar desviados para dentro, para fora, para cima ou para baixo. Estes desvios podem também estar associados. A persistência de um desvio ocular numa criança com 4 meses de idade torna necessário um exame oftalmológico. É também recomendável que todas as crianças tenham um exame oftalmológico pelos 6 meses de idade. O estrabismo pode também surgir no adulto por doença ou traumatismo.

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Indústria Farmacêutica

Aquisições na indústria farmacêutica envolvem montantes históricos O ano começou em alta para o negócio mundial da indústria farmacêutica. Logo após ter sido anunciada a compra da biotecnológica Celgene pela Bristol-Myers Squibb, ambas norte-americanas, surge a confirmação de outro negócio multimilionário: a japonesa Takeda finalizou a aquisição do laboratório irlandês Shire, que tinha sido iniciada em 2018. A Takeda está disposta a desembolsar 67.2 mil milhões euros pela Shire, incluindo também a dívida. Ambas as operações envolvem montantes históricos, que as colocam no ranking dos maiores negócios no setor.

A Bristol-Myers Squibb chegou também acordo para comprar a Celgene, num negócio avaliado em 65 mil milhões de euros, que vai dar origem a uma das maiores farmacêuticas do mundo. Será uma das maiores operações de sempre na área farmacêutica. As empresas comunicaram que veem um forte "potencial de crescimento nas áreas core da nova empresa", com destaque para as "doenças oncológicas, cardiovasculares, imunológicos e inflamatórias". A nova companhia será líder nos medicamentos de combate ao cancro e doenças imunológicas. Na oncologia, que é a mais rentável do setor, a Bristol-Myers foi pioneira no desenvolvimento de terapias, com destaque para o Yervoy e o mais recente Opdivo. Contudo tem sido pressionada pela rival Merck & Co, que está a ter sucesso com o tratamento Keytrud.

TRANSFORMAÇÃO DE PLASMA

Novos fármacos custam cerca de 5 ME Os medicamentos derivados do plasma, que o Instituto Português do Sangue e da Transplantação forneceu no início deste ano e pela primeira vez aos hospitais, custaram cerca de cinco milhões de euros. O concurso de transformação de plasma resultante das dádivas de sangue em Portugal, aberto em 2015, foi ganho em 2017 pela farmacêutica Octapharma. O plasma português foi aproveitado para produzir medicamentos de maior consumo nacional: albumina humana, imunoglobulina humana e fator VIII. A albumina é usada no tratamento de queimados, as imunoglobulinas em doentes com VIH/Sida, doenças autoimunes e os fatores de coagulação. Segundo o presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, este fornecimento de medicamentos derivados do plasma representa

“ganhos económicos”, com a redução da dependência externa e a diminuição da importação, mas também um “retorno importante que é, em termos morais e éticos”, respeitar “a dádiva benévola e altruísta e não remunerada dos portugueses”. Este responsável explicou que os medicamentos agora obtidos “não satisfazem as necessidades universais do país”, porque Portugal não tem escala, “em termos de volume de colheitas a nível nacional, que permita vir a extrair todos os medicamentos derivados do plasma”. João Paulo Almeida e Sousa explicou que os primeiros fármacos derivados do plasma português resultaram de "um concurso de diálogo concorrencial, que permite poupar dois milhões de euros”. "Foram utilizados mais de 30 mil litros de plasma ", refere, sublinhando que já está a ser preparado um novo concurso para transformar 50 mil litros de plasma, desta vez recolhido também pelos hospitais.

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Especial Cooprofar

Entrada em vigor do Sistema Europeu de Verificação de Medicamentos em Portugal

Cooprofar apoia 1º Encontro Farmacêutico da Distribuição

Medicamentos ilegais Sem controlo de entidade reguladora; Sem garantia de eficácia e segurança; Dificultam o controlo da propagação da doença; Contribuem para o desenvolvimento de estirpes

A Cooprofar esteve presente, enquanto entidade patrocinadora, no 1º Encontro Farmacêutico da Distribuição, promovido pelo Grupo Profissional de Distribuição Farmacêutica da Ordem dos Farmacêuticos, que decorreu no dia 12 de janeiro, no Hotel SANA Malhoa, em Lisboa.

resistentes; Produzidos graças à exploração laboral; Financiam organizações criminosas.

A Cooprofar efetuou com harmonia e eficácia a transição para o novo Regulamento do Sistema Europeu de Verificação de Medicamentos, cuja entrada em vigor em Portugal ocorreu no dia 9 de fevereiro. Graças a um exaustivo e minucioso trabalho preparatório e preventivo, a Cooprofar implementou as metodologias necessárias para que não se verificassem, nesta fase, quaisquer interrupções ou atrasos no serviço de abastecimento às Farmácias.

A Cooprofar esteve presente, enquanto entidade patrocinadora, no 1º Encontro Farmacêutico da Distribuição, promovido pelo Grupo Profissional de Distribuição Farmacêutica da Ordem dos Farmacêuticos, que decorreu no dia 12 de janeiro, no Hotel SANA Malhoa, em Lisboa.

A Autenticidade dos Produtos de Saúde tem feito parte das preocupações do Grupo desde há bastante tempo, materializando esse cuidado através do investimento em rigorosos processos internos de validação de Fornecedores.

O evento, cujo objetivo se centrou em reunir os profissionais da área para debater temáticas como a "distribuição farmacêutica out-of-the-box", o "Farmacêutico na Distribuição Farmacêutica", as Boas Práticas de Distribuição e soluções inovadoras na Distribuição Farmacêutica, contou com um vasto painel de oradores e entidades, tendo recebido cerca de 150 participantes, oriundos de diversos pontos do país.

Em simultâneo, a Cooprofar enquadrou este tema no âmbito da Responsabilidade Social e do papel que desempenha na Promoção da Saúde, tendo criado, em 2015, uma campanha de proximidade sob o lema “A compra de medicamentos on-line pode matar. Quer arriscar?”, em que procurou alertar para os riscos da compra de produtos de saúde a entidades não fidedignas.

Entre os oradores e moderadores do 1º Encontro Farmacêutico da Distribuição, estiveram nomes como o Dr. Diogo Gouveia (Coordenador do Grupo Profissional da Distribuição Farmacêutica), a Dr.ª Ema Paulino (Coordenadora do Grupo Profissional de Farmácia Comunitária), a Dr.ª Ana Paula Martins (Bastonária da OF), ou o Dr. Rui Ivo (Vice-Presidente do Conselho Diretivo do Infarmed), entre muitas outras figuras da saúde.

A defesa e a promoção da saúde dos portugueses continuará assim, a fazer parte das linhas orientadoras e das prioridades da Cooprofar. 13


Segue INTERAPOTHEK no

Distribuído por:

LÍDER NO COMBATE À DOR

www.mercafar.com

Um mundo de soluções a pensar em si


Breves

Breves CANCRO DIGESTIVO Morre 1 português por hora

O cancro digestivo mata uma pessoa por hora em Portugal, uma doença que tem vindo a aumentar nos últimos anos, representando um “grave problema” de saúde pública, alertou a Sociedade Portuguesa de Gastroenterologia. “O cancro digestivo representa 10% da mortalidade portuguesa, um grave problema de saúde pública que tem registado uma subida nos últimos anos”.

Bronquiolite 20% dos internamentos de bebés até aos 2 anos

Há cada vez mais bebés até aos dois anos internados por bronquiolite aguda e é no Norte e no Centro que a patologia pediátrica é mais frequente. Esta infeção respiratória, que provoca grande ansiedade junto dos pais, é responsável por um quinto do total de internamentos de crianças até aos 24 meses.

Gripe Fase epidémica

A gripe entrou em atividade epidémica em Portugal, segundo o boletim de vigilância divulgado pelas autoridades de saúde. O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge refere que a taxa de incidência de gripe foi de 80.9 casos por 100 mil habitantes na primeira semana de janeiro, com dois subtipos de vírus em circulação. A afluência de crianças com gripe aumentou em vários hospitais, sintoma que mostra a evolução do vírus. A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse que a atividade gripal iria atingir o pico e que “se a tendência se mantiver, a estirpe do vírus dominante será a H1, que é mais fraca que as restantes e consta da vacina da gripe administrada este ano”.

Informações Comunicação na Saúde

Para 73% da população é difícil entender informações sobre saúde e esta situação piora com a idade. Uma investigadora do Porto diz que “ensinar profissionais a comunicar com doentes é fundamental” e salienta que os médicos “quando acabam já não sabem falar com as pessoas”. Uma avaliação em 2011 mostrou que na Holanda só 23.7% da população tinha níveis baixos de literária em saúde.

SNS 24

Análise ao sangue antecipa deteção

Uma simples análise ao sangue permite detetar sinais de lesões no cérebro em pessoas com risco de doença de Alzheimer, mesmo antes de sintomas como a confusão e a perda de memória surgirem, defendem cientistas da universidade norte-americana de Washington e do Centro Alemão para as Doenças Neurodegenerativas.

Universidade do Porto

A linha que faz diagnósticos

A linha SNS 24 atendeu mais de um milhão de chamadas e os seus trabalhadores todos os dias aconselham portugueses de todas as idades quanto ao que fazer quando estão doentes. Para uma enfermeira que trabalha nesta linha, o trabalho é especialmente relevante porque "é uma forma de tirar os doentes das urgências, mesmo que nem sempre sigam o aconselhamento dado”.

ALZHEIMER

Implantes Cartilagem no joelho

O grande objetivo do projeto liderado por Meriem Lamghari é criar implantes inteligentes para reparar defeitos na cartilagem do joelho. A equipa da cientista do i3S, no Porto, espera assim diminuir ou retardar o aparecimento da osteoartrite que afeta 242 milhões de pessoas em todo o mundo.

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Base de dados para cientistas

A Universidade do Porto associou-se a 16 parceiros europeus num projeto em que, através da criação de uma plataforma online, visa “encorajar a comunidade científica a partilhar e reutilizar” bases de dados resultantes de investigação. Elísio Costa, representante nacional do projeto europeu ‘Fair4Health- Improving Health Research in EU through FAIR Data’, contou que o consórcio surgiu de uma necessidade encontrada pela Comissão Europeia.


Manual Validação de Requisições de Substâncias Controladas

Funcionalidades da nova aplicação: Validação das requisições através de um processo digital, após um processo seguro de configuração dos utilizadores habilitados para realizar essa operação, com registo do Nome e Carteira Profissional. Possibilidade de visualização das requisições após a realização da operação

www.cooprofar.pt

Portal cooprofar

de validação, na qual figuram os dados do Diretor Técnico / Farmacêutico (nome e Carteira Profissional) que efetuou a operação e a data e hora em que ocorreu a validação. Possibilidade de consulta e visualização do histórico das requisições emitidas até ao dia 31 de Julho; Possibilidade de exportação de qualquer uma das versões das requisições; Disponibilidade de acesso às requisições durante três anos (período legal de arquivo).

Manual Validação de Requisições de Substâncias Controladas


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