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Prevenção: Saúde e Bem-Estar
Mononucleose
Como se transmite, trata e previne a mononucleose infeciosa, também conhecida como a doença do beijo? Geralmente benigna, esta doença afeta sobretudo crianças e jovens. Conhece a Doença do Beijo?
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Chama-se Mononucleose Infeciosa (MNI), mas é comumente conhecida como a Doença do Beijo. Os sintomas variam conforme a idade, pelo que o diagnóstico pode ser um desafio. Este vírus pertence à família herpesvirus, dos quais fazem parte o herpes simples e o vírus da varicela, entre outros. Chamam-lhe a doença do beijo porque a transmissão é feita pela saliva ou por gotículas nasais, mas a verdade é que os beijos não são a única forma de contágio. Aliás, sabe-se que cerca de 90% das crianças até aos 5 anos de idade têm contacto com o vírus que a provoca – por exemplo, através de brinquedos ou lápis que levam à boca, talheres ou escovas de dentes – embora a esmagadora maioria não tenha sinais da doença. Na verdade, apenas 5% acabam por desenvolver sintomas, sendo que as restantes vão criar anticorpos em relação ao vírus, ganhando resistência a possíveis infeções futuras. Embora toda a gente possa ser infetada pelo vírus Epstein-Barr – que foi descrito pela primeira vez em 1964. –, há grupos etários mais suscetíveis do que outros. As crianças estão mais expostas, no sentido em que trocam brinquedos e chupetas. É, pois, natural a troca de saliva nestes objetos, sendo impossível as educadoras estarem sempre a vigiar todos os movimentos das crianças. Mas a MNI não é exclusiva da infância. Esta doença tende a ser diagnosticada sobretudo nos adolescentes e no jovem adulto, altura em que tende a ser reconhecida, por ser habitualmente mais sintomática. Os jovens costumam contrair a mononucleose infeciosa pelo beijo ou contacto íntimo com alguém infetado, daí a designação de doença do beijo.
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Quando suspeitar?
Depende também da idade em que se dá o contágio a forma como a doença se manifesta, já que os sintomas podem variar. A idade influencia muito a apresentação clínica, sendo que “nas crianças pequenas pode ser assintomática ou causar apenas uma ligeira inflamação da orofaringe, enquanto nas pessoas mais velhas a doença apresenta-se frequentemente com dor de garganta intensa, febre e gânglios aumentados e sensíveis ao toque do pescoço. É também entre os jovens e adultos que se manifestam algumas queixas gerais muitas vezes significativas, como fadiga e falta de apetite, dores nas articulações, tosse e dor de cabeça. Numa percentagem pequena de casos pode haver desconforto ou dor abdominal por aumento do tamanho do baço, do fígado ou de ambos.
Quando a doença tem sintomas, estes são principalmente:
• Febre; • Dor e inflamação da garganta; • Aumento dos gânglios palpáveis no pescoço (linfadenopatia); • Dores musculares (mialgia); • Cansaço; • Aumento do volume do baço (esplenomegalia).
Sabias que?
O vírus Epstein-Barr é da família do agente do herpes!
Diagnóstico nas crianças
Habitualmente a levar brinquedos à boca e a espalhar saliva por todo o lado, é compreensível que os mais pequenos sejam alvos fáceis da MNI. Nesta idade, a doença manifesta-se frequentemente por febre alta de início súbito, mas mais prolongada do que o habitual nas doenças agudas – cerca de oito a dez dias – e que cede apenas parcialmente aos antipiréticos. Esta síndrome febril é acompanhada de falta de forças, alguma prostração e dores musculares, tal como numa gripe. Em geral, é comum o diagnóstico de amigdalite bacteriana, pois as amígdalas estão inflamadas e apresentam um exsudado purulento, pelo que o médico prescreve o antibiótico recomendado nestas situações, a amoxicilina. Porém, este pode não ser o diagnóstico correto. A indicação de que se pode estar perante a doença do beijo chega quando “a febre não passa e a criança não melhora”, esclarece. Nessa altura – e apenas nessa altura –, são pedidas análises laboratoriais para confirmação. Porque é que não se fazem antes? Porque o pediatra só deve
Como prevenir?
•Evitar o contacto com as secreções orais e nasais da pessoa infetada; • Lavagem cuidadosa das mãos; • Separação de brinquedos e chuchas; • Não misturar escovas de dentes; Os ecrãs tomaram• Não partilhar talheres ou copos.
conta dos dias e isso tem consequências na visão.
sujeitar uma criança a ser picada quando entende que pode haver utilidade para o diagnóstico. E numa amigdalite com aspeto banal e com cerca de três a quatro dias de febre não há indicação para análises. Outra pista útil para que o clínico suspeite de MNI é quando, após a prescrição de amoxicilina, surge um exantema, ou seja, pequenas manchas avermelhadas, dispersas por todo o corpo e com pouco relevo. Quanto às análises mais adequadas para validar o diagnóstico, aponta-se o hemograma, provas de função hepática e o anticorpo específico da MNI. Todavia, este último é sobretudo útil nas crianças mais velhas, pois nas mais pequenas há com frequência resultados falsos negativos.
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Doença benigna e breve
A MNI é, na maioria das vezes, uma doença benigna e com duração breve. A maioria das pessoas recupera totalmente em poucas semanas, sendo que as crianças mais pequenas recuperam, em regra, mais rapidamente. Em menos de duas semanas estas costumam
Sabias que?
Não há vacinas nem fármacos preventivos para a MNI!
estar completamente bem, já os adolescentes com sintomas de fadiga podem demorar cerca de um mês a recuperar. Em casos raros, a MNI pode ter algumas complicações, como a baixa de plaquetas, insuficiência renal ou alterações neurológicas mais sérias. A complicação mais frequente é a síndrome de fadiga crónica e ocorre nos adolescentes. Nesta idade, é relativamente comum perdurar durante algumas semanas uma fadiga relativamente acentuada, mas que, por exemplo, não impede a frequência das aulas, mas somente a prática de exercício físico.
Tratamento Farmacológico
Não existe tratamento farmacológico específico para o vírus, pelo que as medidas são sintomáticas, e dirigidas às queixas. Tal pode implicar a toma de analgésicos ou anti-inflamatórios, além da recomendação para repouso ou, pelo menos, da pausa de atividade física mais intensa. Apenas nas situações mais severas pode haver necessidade de hospitalizar a criança ou o jovem para hidratação endovenosa, repouso no leito e administração de outros fármacos personalizados.
Possíveis complicações
As complicações da mononucleose são mais comuns em pessoas que não fazem o tratamento adequado ou que apresentam um sistema imune enfraquecido, permitindo que o vírus se desenvolva mais. Estas complicações normalmente incluem o aumento do baço e inflamação do fígado. Nestes casos, é comum o surgimento de dores intensas na barriga e inchaço do abdômen e é recomendado consultar um clínico geral para iniciar o tratamento adequado. Além disso, podem ainda surgir complicações mais raras como anemia, inflamação do coração ou infecções no sistema nervoso central, como meningite.
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Sabias que?
O período de incubação do vírus pode ser de 30 dias!
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Sabias que?
O Dia do Beijo é comemorado todos os anos no dia 13 de abril!
Fontes: Portal SNS24; Portal Lusíadas; Portal AdvanceCare; Portal Tua Saúde; Portal Hospital da Luz.
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Prevenção Cardiovascular - Cartão Farmacêutico Aspirina® GR
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Testado com sucesso: Tratamento oral da Pfizer contra Ómicron
A Pfizer anunciou que os estudos realizados em laboratório do tratamento oral paxlovid, contra a covid-19, demonstraram a eficácia deste medicamento contra a nova variante Ómicron. Em comunicado, a empresa informou que os estudos indicam que o tratamento “tem o potencial de manter concentrações de plasma muito superiores à quantidade necessária para
Investigadores do Porto testam novas terapêuticas contra a endometriose
Investigadores do Porto e do Hospital de São João estão a testar novos alvos terapêuticos para a endometriose, doença ginecológica que afeta 10% das mulheres em idade fértil e que é uma das principais causas da infertilidade feminina. Numa nota publicada no seu ‘site’, a Universidade do Porto revela que a equipa, constituída por investigadores da Faculdade de Medicina (FMUP), do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) e do Hospital de São João, pretende desvendar os mecanismos moleculares da endometriose e testar um novo tratamento para esta doença “altamente incapacitante”.
Os principais sintomas da doença são “dor pélvica, recorrente e incapacitante, e infertilidade, condições que diminuem muito a qualidade de vida das mulheres e o seu bem-estar”, esclarece Delminda Neves, professora da FMUP. “Há dificuldade em controlar a dor e necessidade de interromper tratamentos quando há intenção de engravidar”, acrescenta a coordenadora da componente laboratorial do projeto. Para saberem mais sobre a endometriose, os investigadores vão colher, analisar e caracterizar as células do endométrio e do tecido adiposo de mulheres com a doença submetidas a cirurgia. No decorrer do projeto, que terá uma duração de cerca de dois anos, a equipa vai também desenvolver um “estudo pioneiro” sobre o tratamento da endometriose com metformina, um fármaco “seguro” e “vastamente utilizado no tratamento da diabetes, incluindo a diabetes gestacional”. A metformina, além de baixar os níveis de açúcar no sangue, intervém na secreção do estrogénio, na mitigação da inflamação e da oxidação, e na redução do crescimento ectópico [fora do vulgar] do endométrio.
“A expectativa é que este fármaco possa constituir-se como uma alternativa às escassas terapêuticas médicas existentes para a endometriose, que são exclusivamente de natureza hormonal”, observa a nota, acrescentando que o tratamento hormonal está associado a “efeitos secundários relevantes” como o descontrolo do ciclo menstrual, retenção de líquidos e dores de cabeça. “Esperamos demonstrar o impacto da metformina no tratamento da endometriose, nomeadamente da dor crónica, sem interferir com a fertilidade e com o desejo de engravidar”, acrescenta Delminda Neves. O projeto de investigação foi recentemente distinguido com o Prémio de Investigação da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, no valor de 10 mil euros.
Comissão Europeia aprova vacina pneumocócica conjugada 15-valente para adultos
Decisão surge na sequência da análise dos dados de sete estudos clínicos que avaliaram a vacina pneumocócica conjugada 15-valente em 7.438 indivíduos. A Comissão Europeia (CE) aprovou VAXNEUVANCE™ (vacina pneumocócica conjugada 15-valente) para imunização ativa e prevenção de doença invasiva e pneumonia, causada por Streptococcus pneumoniae, em indivíduos de idade igual ou superior a 18 anos. Esta aprovação permite a comercialização de VAXNEUVANCE em todos os 27 Estados-Membros da União Europeia (EU), além da Islândia, Noruega e Lichtenstein. A utilização de VAXNEUVANCE na EU deve estar de acordo com as recomendações oficiais. A decisão da CE segue um parecer positivo do Comité de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia de Medicamentos, que reviu os dados de sete estudos clínicos em dupla ocultação, aleatorizados, que avaliaram VAXNEUVANCE em 7.438 indivíduos, de uma variedade de populações adultas e diferentes condições clínicas. Estas incluíram adultos saudáveis com 50 anos ou mais, adultos com 18 a 49 anos com fatores de risco para doença pneumocócica e adultos imunocomprometidos que vivem com VIH. No estudo principal em dupla ocultação, e controlado por comparador ativo em 1.205 adultos imunocompetentes, sem vacina pneumocócica prévia com idade igual ou superior a 50 anos, as respostas imunitárias induzidas por VAXNEUVANCE demonstraram não-inferioridade às da vacina pneumocócica conjugada 13-valente atualmente disponível (PCV13) para os 13 serotipos compartilhados, conforme avaliado pelos títulos médios geométricos (GMTs) da atividade opsonofagocítica (OPA) aos 30 dias pós-vacinação. Adicionalmente, as respostas imunitárias de VAXNEUVANCE, para o serotipo 3 partilhado, foram superiores às da PCV13 bem como para os dois serotipos únicos – 22F e 33F – de VAXNEUVANCE. Não foram realizados ensaios clínicos aleatorizados para avaliar a eficácia clínica de VAXNEUVANCE em comparação com PCV13. “Na MSD estamos empenhados em ajudar a proteger mais pessoas da doença invasiva pneumocócica (DIP), bem como da pneumonia pneumocócica, a forma mais comum de doença pneumocócica em adultos”, disse o Dr. Roy Baynes, vice-presidente sénior e chefe do desenvolvimento clínico global, diretor médico do Merck Research Laboratories. “Com VAXNEUVANCE, desenvolvemos uma vacina conjugada que induz uma forte resposta imunológica aos serotipos pneumocócicos que contribuem substancialmente para a carga da doença, incluindo o serotipo 3, uma das principais causas de DIP na EU. Esta aprovação fornece a médicos e doentes na EU uma nova opção que pode ajudar a proteger contra os serotipos pneumocócicos responsáveis por cerca de 40 por cento dos casos de DIP em adultos com mais de 65 anos, nos maiores países membros da EU.”
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