23 de maio de 1975
Especial Saúde
Sáude do Viajante
04. Análise de Mercado
Apifarma pede ao Governo que atualize os preços dos medicamentos 06. Especial Cooprofar Criar Valor para as Farmácias 15. Especial Saúde
Saúde do Viajante
21. Prevenção: Saúde e Bem-Estar
Saber gerir o stress… a saúde agradece! 27. Breves
7 em cada 10 portugueses consideram a vacinação como um fator crítico de sucesso...
RUMO Prestes a completar um ano de Mudança, congratulamo-nos por ter hoje uma Cooprofar que espelha uma visão clara, que serve de farol e orienta a Equipa para o nosso propósito: Criar Valor para as Farmácias. Assumimos visar um maior envolvimento das Farmácias nas decisões relativas ao rumo futuro da cooperativa. Ambicionámos desde o primeiro momento que os cooperantes se sentissem parte integrante da cooperativa e contribuíssem ativamente no dia a dia e nas tomadas de decisão. Por isso, é com gosto que assistimos à participação crescente dos cooperantes nas ações d’a nossa casa e, mais ainda, nos momentos decisivos para a cooperativa, nomeadamente as assembleias. Somos uma empresa forte e saudável, uma casa capaz de prestar um serviço de logística e distribuição, mas mais ainda capaz de ajudar as suas farmácias a melhorarem o negócio. O rumo é claro. Com os valores de sempre, continuaremos a construir lado a lado a Cooprofar que as Farmácias precisam.
Adiministração e Propriedade: Cooprofar Rua Pedro José Ferreira 200-210 4424-909 Gondomar T 223 401 000 | F 223 401 050 cooprofar@cooprofar.pt www.cooprofar.pt
Direção: Hélder Mesquita Coordenação Editorial: Natércia Moreira Publicidade: assessoria@cooprofar.pt Design/Paginação: Cooprofar Distribuição: Gratuita Publicação: Mensal Tiragem: 1500 ex.
Análise de Mercado
Crescimento Mercado abril 2022 vs. mês homólogo
30 25
15
12
20 15
10,2%
10
6,1%
8,1%
6,5%
5,6%
6,2% 6,0%
4,9% 3,8%
3,5%
5,2%
6,3%
8,3%
7,1% 6,8%
6,1%
4,9% 5,8% 5,6%
3,5%
3,6%
Mercado Total
Viseu
Vila Real
Setúbal
Açores
Santarém
Porto
Madeira
Lisboa
Portalegre
Leiria
Guarda
Faro
Évora
Coimbra
Bragança
Beja
Viana do Castelo
-9 -15
Castelo Branco
-6
-10
Braga
DEZ
NOV
OUT
SET
AGO
JUL
MAI
JUN
ABR
MAR
FEV
0 -3
Aveiro
3
JAN
0
7,4%
6
5
-5
10,9%
9
11,1% 11,9%
-12
-20
-15
-25
-30
GSK vai adquirir a Affinivax por mais de 3 mil milhões de euros
O grupo britânico GSK anunciou que vai adquirir a norte-americana Affinivax por um valor a rondar os 3,3 biliões de dólares (aproximadamente 3,09 mil milhões de euros). Desse valor, 2,1 biliões de dólares serão pagos de imediato, com o restante a ser pago aquando de determinados e definidos desenvolvimentos de pesquisa. Explica o Yahoo! que a Affinivax está a desenvolver de forma pioneira uma nova classe de vacinas, sendo que destas as mais avançadas têm a ver com vacinas pneumocócicas para infeções como a pneumonia, meningite ou sinusite. “Estamos ansiosos para trabalhar com as pessoas talentosas da Affinivax para combinar a nosso desenvolvimento que é líder na indústria, juntamente com as capacidades de fabrico e comercialização para tornar esta excitante e nova tecnologia à disposição das pessoas”, referiu Hal Barron, principal responsável para a parte científica e líder da pesquisa e desenvolvimento na GSK. E acrescentou: “A aquisição [que deverá ficar completa no terceiro trimestre de 2022] proposta enriquece as nossas vacinas na parte de pesquisa e desenvolvimento, dando acesso a nova, potencialmente disruptiva, tecnologia”.
OE2022: Todos os produtos de higiene menstrual com taxa de IVA de 6% Esta proposta de alteração ao Código do Iva, por parte do Livre, foi viabilizada no terceiro dia de votações na especialidade do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), que decorrem na Comissão de Orçamento e Finanças, com os votos a favor de PS, IL e PAN, os votos contra do PSD e Chega e a abstenção do BE e PCP. É assim alterada a lista I anexa ao Código do IVA, que define os produtos a taxa reduzida de imposto (6%), passando a alínea f) (que atualmente determina apenas os copos menstruais) a ter a designação “produtos de higiene menstrual”. Atualmente em Portugal os pensos e tampões, por exemplo, já são taxados a 6% de IVA, uma vez que são enquadrados na lista do imposto reduzido por serem considerados “pastas, gazes, algodão hidrófilo, tiras e pensos adesivos e outros suportes análogos, mesmo impregnados ou revestidos de quaisquer substâncias, para usos higiénicos, medicinais ou cirúrgicos”. 04
Apifarma pede ao Governo que atualize os preços dos medicamentos A Associação da Indústria Farmacêutica (Apifarma) diz-se preocupada com o aumento dos custos de produção, tendo já levado até ao Governo as suas preocupações, apelando à tutela para que atualize os preços dos medicamentos, sobretudo dos “mais baratos”, para evitar que alguns produtos sejam descontinuados. Assistiu-se, este ano, a uma diminuição do preço dos medicamentos, como vem sendo hábito nos últimos anos, de 2%. Assim, algumas margens podem reduzir-se ao ponto de alguns produtos ficarem com as margens a negativo. Nesta área, ao contrário de outras, o aumento dos encargos com a produção e distribuição de produtos farmacêuticos, que advém da crise energética, ainda agravada pela guerra na Ucrânia, não podem ser compensados pelo aumento do preço, sendo as margens estipuladas pelo Estado. Verifica-se, também, muita importação, nomeadamente de princípios ativos provenientes da Índia e da China, e os contentores variam de mês para mês, mas no mínimo quadruplicaram os preços relativamente àquilo que seria o preço médio do ano passado. Este aumento de preços foi agravado pela guerra na Ucrânia, mas já se vinha a sentir. No final de 2021 havia um forte aumento de preços ao nível dos transportes e da energia devido à dificuldade de transporte com origem na China, o que tem criado problemas de rutura e de manutenção das cadeias de abastecimento. Os distribuidores farmacêuticos também estão a sofrer os impactos da inflação, estando a sua “grande preocupação” no aumento da energia e dos combustíveis, uma vez que a sua atividade está centrada na armazenagem e no transporte.
Pfizer vende a preço de custo mais de 20 medicamentos e vacinas aos países mais pobres
A farmacêutica Pfizer anunciou que vai disponibilizar quase duas dezenas de produtos, incluindo a vacina contra a covid-19, a preço de custo, para alguns dos países mais pobres do mundo. O anúncio foi feito durante o encontro anual do Fórum Económico Mundial, em Davos, na Suíça, com o objetivo de melhorar o acesso a medicamentos em 45 países de baixo rendimento, a maior parte dos quais está em África, mas a lista inclui também Haiti, Síria, Camboja e Coreia do Norte. Os produtos, que estão facilmente acessíveis nos Estados Unidos e na União Europeia, incluem 23 medicamentos e vacinas que tratam doenças infeciosas, alguns cancros e doenças inflamatórias e raras. A Pfizer já está a distribuir a vacina contra a covid-19, a Comirnaty, aos países mais pobres a preços sem lucro através do governo dos EUA, que compra as vacinas e depois as distribui gratuitamente. A vacina Comirnaty rendeu quase 37 mil milhões de dólares (34,6 mil milhões de euros) em vendas no ano passado, e os analistas esperam que o tratamento contra a covid-19, o Paxlovid, acrescente 24 mil milhões de dólares (22,4 mil milhões de euros) na faturação da Pfizer este ano, de acordo com a consultora FactSet.
LEO Pharma assinala 25 anos em Portugal com crescimento de 4% e forte aposta na Dermatologia médica A LEO Pharma, empresa farmacêutica pioneira em Dermatologia médica, terminou o ano de 2021 com vendas líquidas no valor de 1.339 milhões (um milhão trezentos e trinta e nove mil euros), e um investimento de 23% em I&D. Em Portugal, a LEO Pharma atingiu os 22,8 milhões de euros de faturação. Os números representam um crescimento de 4% face ao ano anterior, período ainda marcado pela pandemia de COVID-19. A companhia líder em Dermatologia médica assinala, em 2022, 25 anos de presença em Portugal. Para assinalar a data, e pendente devido à pandemia, inaugurou recentemente as novas instalações, no centro de Lisboa, que reúnem atualmente 21 colaboradores. 05
DEZ PESSOAS, UMA VOZ, UMA MISSÃO:
Criar
Valor
para as Farmácias
Hélder Mesquita Presidente do Conselho de Administração
P: COOPROFAR – Quais foram os principais desafios que encontrou enquanto membro do Conselho de Administração da Cooprofar? R: Os principais desafios resumiam-se todos numa palavra: Mudança. As farmácias tinham acabado de votar uma mudança, para uma nova equipa, para uma Cooprofar mais próxima das farmácias e, sobretudo, para uma Cooprofar mais transparente. Tornou-se necessário, desta forma, conhecer todo o grupo Cooprofar. Acreditamos que a maioria dos cooperadores menos envolvidos não conheciam a real dimensão e importância do grupo e a sua vastíssima área de intervenção. De igual modo, surgiu a necessidade de devolver a confiança à instituição. Muitos cooperadores sentiam-se afastados e descrentes da missão e dos valores fundamentais da nossa cooperativa. Era tempo de lhes mostrar que ainda há quem acredite nesses princípios e os ponha em prática, assim como elaborar em conjunto um plano de ação que resolva problemas do presente, mas que prepare a nossa cooperativa para um futuro que se quer de desenvolvimento e sobretudo de crescimento a todos os níveis. É certo que em qualquer organização a mudança gera desconforto e resistência. Para despoletá-la foi fundamental transmitir uma visão clara, que serve de farol e orienta todos para o mesmo objetivo. Uma vez transmitida, fomos trilhando passo a passo o nosso caminho, resolvendo problemas, ajustando processos, realinhando a equipa para que todos trabalhem para um bem comum e efetuando todas as alterações que nos trouxeram ao ponto em que nos encontramos hoje, em que temos uma Cooprofar orientada para o seu propósito: Criar Valor para as Farmácias. Ana Cristina Coutinho; Miguel Mesquita; Sofia Madureira Pires.
06
Valério;
Hélder
José Mingocho Vice Presidente do Conselho de Administração
Ana Sofia Madureira Secretária Conselho de Administração
José Miguel Sousa Tesoureiro Conselho de Administração
Paulo Sousa Suplente Conselho de Administração
P: Cooprofar – Esta Direção assumiu visar um maior envolvimento das Farmácias nas decisões relativas ao rumo futuro da Cooperativa. Como perspetiva concretizar este objetivo?
Rita Domingues Vogal do Conselho de Administração
Ana Coutinho Suplente Conselho de Administração
Carlos Valério Suplente Conselho de Administração
R: Com proximidade. Quando dizemos proximidade referimo-nos a ações que promovam um envolvimento efetivo dos cooperadores. A criação de grupos de trabalho mistos para determinadas áreas que vamos querer desenvolver ou áreas que queiramos melhorar podem ser um bom exemplo de um caso prático de envolvimento de todos os cooperadores nos destinos da Cooprofar. Para além do plano que visa, reuniões regulares e descentralizadas com as farmácias, faremos ainda uma serie de visitas presenciais a cooperadores e clientes da Cooprofar, de forma a fazer um acompanhamento mais próximo e, assim, poder ouvir as suas necessidades, transmitir informações respeitantes à cooperativa e acompanhar de perto o seu envolvimento com a Cooprofar. Continuaremos a partilhar o que tem sido feito e o que está planeado, de modo que as Farmácias sintam interesse em envolver-se. Estamos conscientes de que este objetivo apenas se concretiza com a colaboração de todas as partes interessadas. Importa que os cooperadores se sintam parte integrante da cooperativa e participem ativamente na atividade diária. De igual modo, é importante reforçar o conhecimento mútuo e a perceção de necessidades, pois só assim conseguiremos criar sinergias que alavanquem os negócios. Uma vez percecionado esse novo paradigma, os cooperadores têm de ter o à vontade e a iniciativa de nos desafiarem a fazer mais e melhor pela Cooprofar e pelas farmácias e juntarem-se a nós nesses desafios propostos. José Mingocho Correia; Manoel Sá; Miguel Valério; Rita Domingues.
Manoel Cerdeira e Sá Suplente Conselho de Administração
P: COOPROFAR – Quais as principais vantagens para as farmácias de se associarem a esta casa, de investirem numa empresa de natureza cooperativa? Ana Sá Suplente do Conselho de Administração
R: Fazer parte de uma cooperativa é, no fundo, fazer parte de algo que é nosso. Em concreto, fazer parte da Cooprofar é, neste momento, ter a certeza de que se faz parte de uma cooperativa que pensa e visa o interesse das farmácias, combinando-o, claro, com a melhor orientação financeira dentro dessa premissa. Uma farmácia que se torne cooperante tem sempre a vantagem de poder participar diretamente como decisor. Por outro lado, o espírito de sentir que é algo nosso é diferente de estarmos a trabalhar com uma empresa que não nos diz nada em termos de 07
propriedade. Pertencemos a uma empresa na qual podemos ter um contributo muito maior no sentido de exigir mais qualidade e evidenciar aspetos menos bons que podem ser melhorados. Acima de tudo, os cooperantes sentem-se em casa, conhecem os seus excelentes colaboradores e reconhecem-nos como seus. Sentem-se parte integrante de toda esta estrutura e acolhidos, que a sua voz e opinião conta para as decisões estratégicas da cooperativa. Assim, estamos a trabalhar para que quem acredita em nós e nos apoia tenha o devido reconhecimento. Apostamos, diariamente, num serviço de excelência, em condições comerciais concorrenciais e na prestação de serviços diferenciados e de qualidade aos cooperantes, para que reconheçam a mais valia de investir nesta casa. Com os melhores serviços, oferta de produto, preços e condições e, como sempre, com equipas capazes de resolver de forma célere problemas do dia a dia da farmácia comunitária. Ana Cristina Coutinho; Manoel Sá; Rita Domingues; Sofia Madureira Pires. P: COOPROFAR – O que é necessário na cooperação com as Farmácias para potenciar o seu negócio? Em primeiro lugar, garantir que os valores que estiveram na base da criação desta casa se mantêm vivos. A estratégia de uma empresa pode sofrer alterações, mas os seus valores são a sua essência. A partir do momento que temos como valores transparência e honestidade e conseguimos dar boas condições comerciais estão reunidas as condições para haver uma potenciação no relacionamento e incremento do negócio com os diversos players do mercado. Em segundo lugar, criar novas ferramentas para a partilha de valor pela escala que uma cooperativa pode proporcionar aos seus cooperadores. Neste campo acreditamos que a tecnologia desempenhará um papel essencial através da integração de sistemas, da partilha de algoritmos, e da partilha de recursos, como facilitadores da inovação no negócio das farmácias. Em terceiro lugar, garantir sempre que o que construímos está alinhado com as necessidades das farmácias, nossas cooperadoras. Por sermos uma Cooperativa temos esta vantagem: as Farmácias percebem como funciona a cooperativa para darem sugestões válidas para o desenvolvimento da mesma e, no sentido inverso, os nossos colaboradores perceberem como funcionam as farmácias, para conseguirem construir projetos que melhor nos sirvam e que tragam mais valias para as farmácias. Ana Sá; Hélder Mesquita; José Miguel Sousa; José Mingocho Correia.
P: COOPROFAR – Neste momento, sente que existe uma conjuntura externa condicionante da atividade da cooperativa? R: No momento atual, consideramos que os últimos dois anos de crise pandémica nos deram mais resiliência e agilidade para enfrentar a incerteza que poderemos viver. A recente invasão da Ucrânia pela Rússia, está a precipitar uma crise energética sem precedentes, espelhada em particular no aumento do preço dos combustíveis, com um consequente impacto na inflação. Num mercado de preços regulados como o nosso, qualquer pressão nos custos implica um grande esforço para encontrar soluções que permitam manter os resultados. Identificamos a tendência de concentração do mercado de distribuição com as naturais consequências que isso pode aportar para o poder negocial das farmácias. Por parte da Indústria existe também uma grande pressão para controlar custos. Além disso, perspetivam-se possíveis interrupções da cadeia de abastecimento. A pandemia evidenciou a falta de resiliência das cadeias de abastecimento globais, que foram incapazes de impedir quebras de abastecimento e vários sectores da economia foram impactados. A Indústria Farmacêutica não foi indiferente a esta realidade e enfrenta hoje dificuldades no abastecimento de APIs necessárias ao fabrico de medicamentos, que pode materializar-se em eventuais dificuldades a médio e longo prazo. É certo que em qualquer momento existirão sempre condicionantes que afetam a conjuntura de uma cooperativa. A “competição” de outros fornecedores nacionais por exemplo estará sempre presente. O nosso objetivo/missão será sempre identificar e resolver as condicionantes para que a cooperativa cresça e faça crescer os seus associados. Mas a Cooprofar sempre esteve à altura destes desafios e agora, mais que nunca, é com grande esperança que olhamos para o futuro. Todos unidos – Direção, Colaboradores e Associados – daremos uma resposta positiva com esperança de dias melhores. Ana Sá; Hélder Mesquita; José Miguel Sousa; Paulo Sousa.
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P: COOPROFAR – E interna?
distribuição farmacêutica.
R: Internamente a Cooprofar tem os ativos necessários para solidificar a empresa e fazê-la crescer.
Não temos qualquer dúvida que no espaço de uma década estará mais sólida, com mais cooperantes, com uma evolução crescente e uma expansão internacional ainda maior.
Claro que existem ajustes a fazer. A otimização dos procedimentos, junto com alguns investimentos internos terão de ser feitos. Falo em investimentos na estrutura física, mas principalmente investimento no maior ativo que internamente existe, os colaboradores. Temos que criar carreiras e dar melhores condições a quem diariamente colabora na Cooprofar. Ficamos satisfeitos quando percebemos que as encomendas chegam à Farmácia e que existem cada vez menos erros, menos reclamações e tudo isso é uma otimização de esforço em equipa. O que se sente e respira dentro da Cooprofar, do armazém aos escritórios, é que temos um barco em que todos temos vontade de remar para o mesmo lado. Uma empresa de volume como a Cooprofar terá sempre condicionantes internas. Estas são e serão sempre refletidas em equipa afim de rumar a melhores conquistas. Ana Sá; José Mingocho Correia; Paulo Sousa; Rita Domingues.
Vemos uma empresa forte e sustentável, uma casa capaz de prestar um serviço de logística e distribuição, mas mais ainda capaz de ajudar as suas farmácias a melhorarem o seu negócio. De que forma? Partilhando inteligência de logística acumulada durante décadas, possibilitando um aprovisionamento mais racional e adequado à realidade de cada farmácia, continuando a incrementar a contribuição para a margem da farmácia, não só pelo preço praticado, mas também pela ação junto da Indústria, de negociação e de criação de sinergias. Ambicionamos ver a Cooprofar como a maior cooperativa nacional do setor, a concorrer nos primeiros lugares com outras empresas que operam no mercado português! Ana Cristina Coutinho; Ana Sá; Hélder Mesquita; José Miguel Sousa; José Mingocho Correia; Manoel Sá; Miguel Valério; Paulo Sousa; Sofia Madureira Pires.
COOPROFAR – Como vê a Cooprofar daqui a 10 anos? R: A Cooprofar é uma cooperativa com uma génese muito própria e será sempre uma referência no panorama da
Criar
Valor
para as Farmácias
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Testemunhos Farmácias
Farmácia Gonçalves - Melgaço “Formei-me em 1994 e desde então a Cooprofar é uma companheira constante. Profissionalmente e dentro da minha empresa, atravessei várias fases e a Cooprofar ajustou-se sempre às necessidades de cada momento. Trata os clientes de forma individualizada, conseguindo sempre boas condições comerciais. Pessoalmente, a simplicidade e transparência contabilística que encontramos nesta cooperativa são fatores que valorizo muito. Mas não posso deixar de falar dos colaboradores da empresa, disponíveis para ajudar com boa disposição, em especial o nosso Gestor comercial, sempre prestável e acessível para a resolução de problemas do dia a dia.”
Farmácia Mariadeira - Póvoa de Varzim “Em 11 de Agosto de 2003 foi com grande expectativa e entusiasmo que abracei um novo projecto: e criação da Farmácia Mariadeira. Na altura, para além de ser um projecto empresarial era também um sonho de uma técnica com vontade de ir mais além para tentar contribuir para a qualidade de vida dos cidadãos, de várias origens e idades, com uma proposta de valor equilibrada e de certa forma sustentada na tenacidade da jovem empresária. A partir dessa data tornei-me parceira da Cooprofar até aos dias de hoje. Para mim existem valores fundamentais essenciais para construir uma parceria. Antes de empresária, sou mulher, pessoa e cidadã, e incluo o cuidado com que me presenteiam como cliente, a participação e trabalho de equipa, responsabilidade, originalidade, criatividade, responsabilidade social e ambiental. Que não se fique a pensar que este trabalho é um mar de rosas. Não é. Entre todos os escolhos que qualquer relação de parceria profissional, empresarial e social, temos também algumas tempestades. São duas empresas, uma pequena e outra grande já devidamente adaptadas aos tempos difíceis que vivemos e a outros que se avizinham. Deixo aqui um abraço de gratidão a todos os membros da Cooprofar extensivo a todos aqueles que, por esta ou aquela razão, já não fazem parte deste grupo de trabalho comum. Que nunca ninguém se esqueça: as empresas crescem com todos os seus recursos humanos habilmente motivados.”
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Testemunhos Colaboradores Abel Joaquim Alves Pinto Da Silva Arrumação – Armazém Gondomar “O meu nome é Abel Silva e completei 25 anos de trabalho nesta casa que é a Cooprofar. Tenho o privilégio de fazer parte desta família desde o tempo do Dr. Silveira e, até hoje, gosto da função que desempenho na arrumação. Desde o início que me foi dada a possibilidade de ir aprendendo aos poucos como desempenhar a minha função, sempre com apoio. Assim, também consegui adaptar-me às mudanças que foram ocorrendo e assisti a um crescimento positivo tanto da empresa como pessoal. Realço, ainda, o facto de me terem dado o privilégio e a confiança de assegurar o fecho do armazém do Porto, aquando da transição para as instalações em Gondomar. Aposto diariamente na comunicação e relações interpessoais com os meus colegas de trabalho, para melhorarmos e crescermos juntos. De um modo geral, tenho colegas espetaculares, muitos deles com uma relação já de longa data. Ainda hoje, venho trabalhar de bom grado para desempenhar da melhor forma a minha função e dar o meu melhor à empresa e, por isso, escolho as palavras dedicação e brio para espelhar estes 25 anos junto da Cooprofar. Obrigado.”
Antero Silva Chefe de turno – Armazém Gondomar
“O meu nome é Antero Silva, sou um dos chefes de turno e colaborador da Cooprofar há 25 anos. A minha principal função é gerir uma equipa muito competente, dinâmica e disponível que diariamente tudo faz para prestar um serviço de excelência. Temos como principais tarefas a preparação das encomendas e organização do armazém.
Queria salientar que me sinto orgulhoso por fazer parte da equipa Cooprofar durante tantos anos, sempre muito bem apoiado e ter contribuído para o crescimento da empresa a todos os níveis. Gostaria de deixar um agradecimento a toda a equipa pela forma como sempre fui bem tratado e por tudo o que me ensinaram ao longo dos anos e com a certeza de que ainda vamos ser melhores. O momento mais marcante para mim foi sem dúvida o reconhecimento pelos 25 Anos ao serviço da Cooprofar. Obrigado, Cooprofar!”
Rui Manuel Gonçalves Moreira Receção de Mercadorias – Armazém Gondomar “O passado já passou, o importante é trabalhar para o futuro. Todos temos a obrigação de lutar para que a empresa cresça. É essencial que todos entendamos isso.”
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juntos contruímos
aprendizagens com valor
O Agrupamento de Escolas nº 1 de Gondomar, atento às ambições dos alunos e à sua empregabilidade no Concelho, alargou a sua oferta educativa, desde 2019, ao Curso Profissional Técnico(a) Auxiliar de Farmácia. Este curso tem valências de atendimento em farmácia, comunicação, gestão de stocks, logística, entre outras, Gondomar, cidade da área metropolitana do Porto, conta com um Hospital, diversas Farmácias, Parafarmácias e empresas na área da distribuição de produtos farmacêuticos. Esta diversidade permite que os alunos obtenham experiências de trabalho diversificas, com especificidades diferenciadas. Neste contexto, a Cooprofar surge imediatamente como candidata a parceira, não só para o desenvolvimento da Formação em Contexto de Trabalho, bem como para podermos obter feedback dos conhecimentos e competências apreendidos pelos alunos e das necessidades do mercado de trabalho. Esta parceria permite-nos promover uma maior e melhor articulação entre a escola e as exigências do mundo do trabalho. O AEG1 agradece todo o empenho, disponibilidade e colaboração que a Cooprofar tem manifestado para com os nossos professores e alunos.
CURSO PROFISSIONAL
Técnico Auxiliar de Farmácia
Solares Interapothek Os seus solares para este Verão! A linha de proteção solar da Interapothek apresenta produtos adequados para os mais pequenos e para os adultos, com a Garantia de Qualidade Farmacêutica. Protetores Faciais Vitaminas C e E com ação antioxidante e refirmante; Aminoácidos hidratantes: Serina, Arginina e Prolina; Protetores Corporais Vitaminas C e E com ação antioxidante e refirmante; Bisabolol para acalmar e suavizar a pele; Protetores Para Crianças Com Pantenol, Vitamina E e Aloé Vera; Aptos para as peles delicadas e claras das crianças; After Sun Vitaminas E, Bisabolol e Aloé Vera; Aliviam, hidratam e regeneram; Absorção rápida.
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Especial Saúde
Saúde do Viajante Tudo o que deve saber sobre saúde em viagem: preparativos, riscos a que precisa de estar atento e conselhos para pôr em prática antes, durante e depois do regresso.
Viajar pode ser uma das mais fantásticas experiências que temos ao nosso dispor. Não é por acaso que o termo wanderlust, que significa desejo de viajar, está tão na moda hoje em dia. Quase de certeza que já sentimos como uma simples viagem foi suficiente para nos deixar mais felizes e bem-dispostos, relaxados, criativos e ativos. Conhecer novos destinos, comidas, usos e costumes é estimulante e desafiador. Não havendo dúvidas sobre os benefícios de viajar para a saúde, importa estar protegido durante as deslocações. No que diz respeito à saúde, há uma série de cuidados que devem ser tidos em conta, sobretudo se estivermos a falar de viagens para países de África, Ásia, América do Sul ou América Central. Para estar seguro das medidas preventivas adequadas, o melhor é marcar uma Consulta do Viajante. Nesta consulta ficará a saber o tipo de precauções especiais conforme o destino da sua viagem, bem como conselhos para lidar com eventuais problemas que surjam. Onde e quando marcar O ideal é marcar a Consulta do Viajante um a dois meses antes da partida. Mas caso não seja possível fazê-lo com tanta antecedência, marque na mesma para beneficiar dos conselhos do médico. O Serviço Nacional de Saúde (SNS) disponibiliza a Consulta do Viajante em todo o país, bastando pedir os contactos ao centro de saúde ou à Administração Regional de Saúde da área de residência.
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Considerando o padrão de doenças existentes nos Países a visitar, pode-se contactar com múltiplas doenças de baixo risco ou inexistentes em Portugal.
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Especial Saúde Para onde for, leve a farmácia consigo Farmácia de Viagem Ninguém viaja com o pensamento de que algo vai correr mal, mas é bom estar prevenido para o caso de algo acontecer. Além dos medicamentos tomados habitualmente, há outros que devem ser levados em viagem. Deixamos alguns itens que não devem faltar no seu kit de primeiros socorros e farmácia de viagem. Primeiros socorros Pequenos cortes, feridas e bolhas são apenas algumas das muitas situações que podem acontecer no dia a dia de um viajante. Para resolver rapidamente estes e outros contratempos convém ter na bagagem: • Antissético • Soro fisiológico (unidoses) • Pensos rápidos • Compressas esterilizadas • Ligaduras • Tesoura • Pinça • Termómetro Medicação de viagem Para fazer face a problemas comuns, como constipações ou diarreias, ou para dar continuidade à medicação habitual, há alguns medicamentos que não podem faltar na farmácia de viagem:
levados em quantidade suficiente para o tempo de viagem;
• Fármacos de toma habitual, prescritos pelo médico. Devem ser
• Medicamentos para alívio de dores e febre, como o paracetamol; • Medicamentos para a malária; • Antibióticos para o tratamento de doenças infeciosas, como a diarreia do viajante; • Soluções para reidratação oral, importantes em caso de vómitos ou diarreia; • Antidiarreicos, para situações de diarreia sem febre; • Medicação para prevenir enjoos ou vómitos; • Medicamento para tratar as alergias (anti-histamínico) e para as picadas de insetos; • Repelente de insetos; • Protetor solar; • Creme hidratante com zinco, para favorecer a cicatrização; • Desinfetante para as mãos.
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Especial Saúde Sabe como transportar medicamentos no avião?
1.
Levar a receita de todos os medicamentos, com indicação dos nomes genéricos. Para alguns medicamentos poderá ser necessária uma declaração do médico (escrita em inglês e/ou francês) a atestar a necessidade.
2. 3.
Transportar os medicamentos na embalagem original para facilitar a identificação e evitar problemas com as autoridades.
Se possível, transportá-los na bagagem de mão para evitar extravios. Para o fazer, terá de usar um saco de plástico transparente (20 cm x 20 cm) que possa ser aberto e fechado com facilidade. No caso de líquidos, como os xaropes, ter em conta que devem ser acondicionados em frascos com capacidade até 100ml cada, no total de 1 litro por passageiro.
4.
O transporte de seringas (para administração de insulina, por exemplo) implica uma declaração médica (escrita em inglês e/ou francês) a garantir a necessidade da mesma.
5. Alguns equipamentos médicos, como bombas de insulina ou de oxigénio, poderão implicar a autorização prévia por parte da companhia aérea. Quais são os riscos do seu destino de viagem? Há destinos que não apresentam perigos acrescidos para a saúde dos viajantes, mas há outros que requerem algumas medidas preventivas e cuidados suplementares.
Ásia Os riscos não são os mesmos em toda a Ásia, já que no mesmo continente – e até no mesmo país – encontramos graus de desenvolvimento muito distintos. Em termos gerais, é importante adotar medidas e à febre de dengue. Recomendam-se cuidados para evitar a tão comum diarreia do viajante, bem como a cólera e a esquistossomíase. É conveniente ter as vacinas do Programa Nacional de Vacinação (PNV) em dia, podendo ser necessário vacinar-se contra a hepatite A, febre tifoide, raiva, meningite, encefalite japonesa e gripe.
África Em geral, quem viaja para África muito provavelmente precisará de fazer a profilaxia da malária. As vacinas do PNV devem estar em dia e para alguns destinos é importante a vacina de meningite meningocócica, hepatite A, raiva e febre tifoide. A vacina da febre-amarela também é recomendada, pois esta doença é endémica em algumas zonas da África subsariana. Recomendam-se ainda cautelas com a ingestão de comida e água, além dos cuidados extras com a higiene, para evitar a cólera, a diarreia do viajante e a esquistossomíase. Ao viajar para este continente deve ter-se também atenção à doença do sono, que ocorre em 36 países da África subsariana.
América do Sul e Central Convém ter as vacinas em dia, sem esquecer as da hepatite A e B, febre tifoide e raiva. A vacina contra a febre-amarela é também recomendada. Deve haver especial precaução em relação a doenças transmitidas através de picada de mosquito, como malária, dengue e zika. Aconselham-se também cuidados em relação à alimentação e água, além da higiene das mãos, para evitar contrair cólera e diarreia do viajante.
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Especial Saúde ABC das doenças do viajante Cólera Infeção do intestino delgado causada pela bactéria Vibrio cholerae capaz de provocar diarreias muito graves e, até, nalguns casos, fatais. Está associada a baixos níveis de saneamento básico. Dengue Infeção viral transmitida através da picada de mosquito. Entre os sintomas contam-se febre, dores de cabeça, músculos e articulações, vómitos, manchas vermelhas na pele e, mais raramente, hemorragias. Diarreia do viajante Doença muito comum entre viajantes, provocada por uma variedade de germes. Pode ser acompanhada de febre, náuseas, vómitos e até sangue nas fezes. Doença do sono africana Infeção parasitária transmitida através da picada da mosca tsé-tsé. Os principais sintomas incluem lesões na pele, febre, dores de cabeça, alteração dos ciclos do sono, comichão e fraqueza muscular, entre outros. Encefalite japonesa Doença inflamatória do sistema nervoso central causada por um vírus transmitido por mosquitos. Esquistossomíase Também designada por barriga de água, é transmitida pelo contacto com água doce contaminada por vermes do género Schistosoma.
Febre-amarela Doença viral hemorrágica transmitida através de picada de mosquito infetado. Febre, dores de cabeça, dores musculares, náuseas, vómitos cansaço e icterícia estão entre os sintomas principais. Em casos graves, pode levar à morte. Febre tifoide Causada pela bactéria Salmonella, é uma doença associada à falta de higiene e de saneamento básico. Hepatite A Doença viral transmitida através da ingestão de água ou de alimentos contaminados ou de contacto muito próximo com uma pessoa infetada. Malária Doença transmitida através da picada de mosquito, com consequências que podem ser graves e até fatais. Meningite Causada pela inflamação das meninges. A meningite meningocócica é transmitida através de contacto direto com pessoa infetadas, nomeadamente através de gotas de saliva ou secreções nasais. Raiva Doença infeciosa viral aguda. Transmite-se normalmente através da mordedura ou arranhões de animais. Zika Doença infeciosa causada pelo vírus Zika, transmitido por picada de mosquito. Entre os sintomas contam-se febre, erupções cutâneas, dores de cabeça, articulares e musculares.
Passaporte carimbado, com as vacinas em dia! Esta é uma das medidas preventivas mais importantes para que a viagem seja tranquila. Vacinação de rotina Difteria (d) Hepatite B (VHB) Doença Invasiva por Haemophilus influenzae (Hib)
Vacinação específica para viajantes
Vírus do papiloma humano (HPV)
Cólera
Sarampo
Hepatites A e E
Parotidite epidémica (papeira)
Encefalite japonesa
Tosse convulsa
Doença meningocócica invasiva
Rubéola
Raiva
Tétano
Febre tifoide
Poliomielite (polio)
Febre-amarela
Doença pneumocócica
Encafalite provocada por picada de carraça (TBE)
Gripe (sobretudo se for inverno no destino) Tuberculose (BCG) Rotavírus Varicela 18
Nota: Algumas destas vacinas não constam do PNV,ou estão apenas disponíveis para grupos de risco, pelo que o profissional de saúde é a pessoa mais indicada para decidir se são indicadas para o seu caso.
Especial Saúde
ue?
Sabia q
Algumas vacinas implicam várias doses para que façam efeito. Riscos em viagens longas de avião O tromboembolismo venoso é um dos problemas que pode revelar-se não só durante a viagem mas até duas semanas depois, sobretudo em voos com mais de quatro horas. A embolia pulmonar e a trombose venosa profunda são duas manifestações do tromboembolismo venoso, sendo que a trombose venosa ocorre quando se forma um coágulo sanguíneo nas veias das pernas. Se esse coágulo se desprender ou fragmentar, pode deslocar-se até aos pulmões e provocar um embolia pulmonar. Como prevenir no voo? 1. Usar roupas largas e confortáveis. 2. Executar exercícios simples a cada meia hora (alongar as pernas, por exemplo). 3. Caminhar pelo corredor sempre que puder; 4. Beber muita água; 5. Evitar bebidas alcoólicas e comprimidos para dormir, 6. Ponderar a utilização de meias elásticas adequadas para viagens aéreas.
ue?
Sabia q
Certas vacinas não podem ser administradas na mesma altura que outras (a da febre-amarela é uma delas).
Depois do regresso… Esteja atento aos sintomas Ainda que durante a viajem tenha corrido tudo da melhor forma, há situações que só se revelam semanas, ou até meses, depois do regresso. Assim, a relação entre sintomas que surjam e a viagem nem sempre é feita de imediato, atrasando o início do tratamento. Doença como a malária, por exemplo, têm um período de incubação variável, podendo prolongar-se no tempo, levando a um diagnóstico tardio. Sintomas a que deve estar atento: Febre | Mal-estar geral | Tonturas, náuseas | Dores de cabeça e/ou musculares | Diarreia persistente | Problemas de pele Dificuldades respiratórias | Icterícia | Problemas genitais e/ou urinários Fontes: Portal Casa de Saúde São Mateus; Portal LisbonPH; Guia de Medicina Preventiva, 2020, AdvanceCare.
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Prevenção Saúde e Bem-Estar
Saber gerir o STRESS... A saúde agradece!
O stress é parte integrante da vida. Como é difícil de medir e avaliar, é complicado estabelecer relação entre o seu grau de intensidade e o aparecimento de doenças. É uma resposta fisiológica e comportamental normal a algo que aconteceu ou está para acontecer que nos faz sentir ameaçados ou que, de alguma forma, perturba o nosso equilíbrio. Devemos saber reconhecer os seus sinais e sintomas e, consequentemente, tomar medidas para minimizar os efeitos do stress. Mitos comuns: O stress tem apenas consequências na saúde mental. O stress é sempre nocivo. Não há nada que se possa fazer quando se tem stress. Tipos, fases de stress Podemos identificar dois tipos de stress:
O stress positivo
eustress
O stress negativo
distress
Em pequenas doses, pode ajudar-nos a trabalhar sob pressão e motiva-nos a fazer o nosso melhor. Pelo contrário, quando atinge níveis elevados, o nosso organismo ressente-se.
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Prevenção Saúde e Bem-Estar Stress positivo O stress positivo ajuda a manter elevados níveis de concentração, energia e alerta. Em situações de emergência, pode acabar por nos salvar a vida, ao dar a força extra para nos defendermos, e mobilizar a agir. O corpo entra em ação, inundando-o com hormonas do stress (cortisóis) que elevam os batimentos cardíacos, aumentam a pressão sanguínea e energia, assim como preparam para lidar com o problema. Além disso, o stress não surge apenas em consequência de acontecimentos desagradáveis. Acontecimentos positivos, mas que constituem uma mudança significativa na nossa vida, como por exemplo casar, uma nova atividade profissional, uma gravidez, mudança de casa ou cidade, também nos podem deixar tensos e provocar stress e ansiedade.
O problema nos tempos modernos é que a resposta ao stress é acionada regularmente pelo nosso organismo, embora as nossas vidas não estejam em perigo, e a exposição crónica às hormonas do stress pode prejudicar o organismo (stress crónico).
Nível de stress O nível de stress varia de pessoa para pessoa. Ou seja, o que é stressante para determinada pessoa, pode não o ser para outra e o que parece resultar como atenuante do stress numa pessoa pode não ser eficaz com outra. O stress pode causar danos generalizados, por isso, é importante conhecermos as suas diferentes fases e o limite de cada pessoa. A capacidade de cada indivíduo o tolerar depende de muitos fatores, incluindo a qualidade das suas relações interpessoais, a sua visão geral sobre a vida, a sua inteligência emocional e a própria genética. É importante aprender a reconhecer quando o nível de stress está fora do nosso controlo e é entendido como ultrapassando os recursos disponíveis – físicos e psicológicos.
Sintomas Os sintomas de stress são a forma que o nosso organismo encontra para nos informar das alterações a que está a ser sujeito.
Hoje,
reconhece-se que o cérebro e todas as suas estruturas são responsáveis
pelo
processamento
sentimentos e movimentos.
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das
sensações,
cognições,
Prevenção Saúde e Bem-Estar
Stress mental
Stress - sintomas físicos
Cansaço mental
Sensação de cansaço
Perda de memória
Dores musculares
Falta de concentração
Diarreia ou obstipação
Apatia e desânimo (pensamentos negativos)
Alterações na menstruação
Ansiedade
Azia
Preocupação excessiva
Tensão arterial alta
Alterações no humor
Tonturas e náuseas
Irritabilidade excessiva
Dor de cabeça
Agitação psicomotora, incapacidade de relaxar
Dor no peito
Sentimentos de estar sobrecarregado
Frequência cardíaca mais acelerada (taquicardia)
Sentimento de solidão e isolamento
Perda do desejo sexual
Depressão ou tristeza
Alergias e constipações frequentes
Negligenciar responsabilidades, evitar situações
Alterações no apetite (excesso ou falta de apetite)
O uso de café, álcool, tabaco ou drogas para tentar relaxar
Perturbações do sono Tiques nervosos Queda de cabelo Alteração dos níveis de colesterol e triglicerídeos
Causas do stress
O primeiro passo a tomar para dominar os indutores de stress, é identificá-los. Existem diferentes tipos de fatores, a saber: • Fatores emocionais, que são também denominados como fatores internos, incluindo medos e ansiedades, bem como certos traços de personalidade que podem distorcer o nosso pensamento ou a nossa perceção dos outros. • Fatores familiares podem incluir mudanças no nosso relacionamento, problemas financeiros, lidar com uma criança difícil ou um adolescente rebelde ou experimentar a síndrome do ninho vazio (quando os filhos se autonomizam e deixam a casa dos pais). • Fatores sociais surgem nas nossas interações pessoais e podem incluir encontros, festas e falar em público. • Fatores químicos são aqueles que se prendem com o uso de algum tipo de substância ilícita. • Fatores relacionados com a tomada de decisões importantes: tais como a escolha de uma carreira ou de um companheiro. • Fatores fóbicos são aqueles que dizem respeito, por exemplo, ao medo de andar de avião ou estar em espaços apertados, medo de agulhas, entre outros. • Fatores físicos são situações que sobrecarregam o nosso organismo e não acautelam as nossas necessidades básicas, de sono ou alimentação, por exemplo. Podem também incluir a gravidez, síndrome pré-menstrual, ou a prática de exercício em demasia. • Fatores relacionados com a dor, podem incluir dor aguda ou dor crónica, também são situações stressantes. • Fatores ambientais incluem o ruído, o trânsito, a poluição, a falta de espaço, muito calor ou muito frio, são também motivo para agudizar o problema.
Stress crónico
O stress crónico perturba quase todos os sistemas do organismo, e a exposição prolongada pode desencadear sérios problemas de saúde. O corpo não faz distinção entre as ameaças físicas e as psicológicas. Quando o stress começa a interferir com a capacidade de existir uma vida normal por um período prolongado, torna-se perigoso. Quanto mais tempo o stress durar, pior tanto para a mente como para o corpo. Podemo-nos sentir cansados, incapazes de nos concentrarmos ou irritados sem uma boa razão, por exemplo. Nesta fase é provocado um grande desgaste no organismo. O stress pode agudizar os problemas existentes. Pode causar doenças, sejam elas provocadas por alterações bioquímicas que ocorram no organismo ou por padrões de comportamento pouco saudáveis: comer em excesso, tabagismo, entre outros hábitos. São as consequências do stress. 23
Prevenção Saúde e Bem-Estar Se reconhecemos o problema, a questão que se coloca é: como lidar com o stress? Uma atitude antisstress, de modo a efetuarmos uma boa gestão do mesmo é fundamental para minimizarmos as suas consequências no nosso organismo. Quando falamos em antisstress, referimo-nos ao seu combate, ou seja, se não conseguimos eliminá-lo devemos combater o problema, efetuando a sua gestão, por forma a reduzir os seus efeitos no organismo. De forma a combater ou aliviar o stress, devemos partir sempre deste princípio: 1.
Evitar
2.
Alterar
3.
Adaptar/Aceitar
1 - Aprender a evitar o stress desnecessário. Nem todo o stress pode ser evitado, mas se aprendermos a dizer não, a distinguir "deveres" de "obrigações" na lista de coisas a fazer, podemos eliminar muitos fatores de stress. Identificar as causas é um primeiro passo importante. 2 - Alterar a situação. Se não podemos evitar uma situação stressante, devemos tentar alterá-la e lidar com os problemas de cabeça erguida, em vez de guardarmos sentimentos negativos, aumentando o stress. 3 – Adaptar ao fator causador de stress. Quando não podemos mudar o fator de stress, como é o caso de uma doença, devemos tentar mudarmo-nos a nós próprios e a visão que temos sobre a situação que enfrentamos. Reformular os problemas ou concentrarmo-nos nas coisas positivas da vida. Devemos aceitar as coisas que não podemos mudar.
Exercícios antisstress
Exercícios de relaxamento Gestão do tempo
Alimentos anti-stress
Controlo das emoções
Higiene do sono
Quais os riscos do stress? O stress é um dos fatores de risco para o desenvolvimento de aterosclerose e que pode levar a eventos cardíacos, tais como enfarte agudo do miocárdio e arritmias, entre outros. O stress tem sido associado à produção e libertação de hormonas que provocam lesões nas paredes das artérias e promovem a formação de coágulos sanguíneos. Adicionalmente, o stress aumenta o tónus do sistema nervoso e aumenta a frequência cardíaca e pressão arterial. O stress pode ainda aumentar a inflamação. Descobriu-se que muitas doenças da pele, como urticária e eczema, estão relacionadas com o stress. O stress é pensado como sendo uma causa comum de dor e problemas de saúde, como dores de cabeça, dores nas costas, dores de estômago, perda de sono e de desejo sexual. O stress também aparenta contribuir para estimular o apetite e aumento de peso ou provocar o efeito inverso, entre muitas outras consequências. Fontes: Portal Cardio da Vida; Portal Saúde e Bem-estar; Portal Saúde Online
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Pandemia fez disparar beneficiários do Programa abem, que ajuda a comprar medicamentos Os dois anos de pandemia de covid-19 fizeram disparar o numero de beneficiários do Programa abem:, que garante a compra de medicamentos prescritos a quem não tem possibilidades financeiras, e neste momento são já mais de 28.000. Fármaco
para
baixar
triglicerídeos
hospitalizações de diabéticos
pode
reduzir
Uma equipa de cientistas da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) confirmou que um fármaco usado para baixar os níveis de triglicerídeos pode reduzir as hospitalizações por insuficiência cardíaca em diabéticos. Em causa está o fenofibrato, um fármaco usado para baixar
Assistiu-se a um acréscimo desmesurado de novas famílias, sendo que nos anos de 2020 e 2021 entraram mais de 7.000 novos beneficiários. Há o risco de mais famílias ficarem “sem rede” para fazer face a uma situação essencial como o acesso ao medicamento para controlo da doença. Sendo beneficiário do programa abem:, na compra de medicamentos, a parte que cabe ao utente pagar é garantida por este fundo, que a responsável reconhece que tem
os níveis de triglicerídeos no sangue, e um estudo que junta
sempre de estar a ser alimentado.
dados de mais de 5 mil doentes.
Este programa da associação Dignitude acaba por aliviar
Os investigadores analisaram 5.518 doentes com diabetes
despesas do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
tipo 2, uma doença associada ao aumento do risco de
Quanto aos beneficiários do Programa abem:, cerca de 32%
desenvolver insuficiência cardíaca e de morte por causas
são pessoas com 65 anos ou mais, 12% são crianças, mas
cardiovasculares.
mais de metade (56%) são pessoas em idade ativa, entre os
A maioria dos doentes (69%) analisados era do sexo
18 e os 64.
masculino com uma média de idades de 62 anos. De acordo com a informação da FMUP, os doentes estudados tinham sido incluídos “num grande ensaio clínico que testou a hipótese de combinar medicamentos para controlo dos níveis de gordura no sangue com o objetivo de prevenir problemas cardíacos em doentes de alto risco”. Um dos resultados do estudo indica que o grupo dos doentes medicados com fenofibrato (fármaco usado para reduzir os níveis de triglicerídeos no sangue) em associação com uma estatina (fármaco usado para reduzir os níveis de colesterol
no
sangue)
registou
“menos
primeiras
hospitalizações por insuficiência cardíaca ou morte de causa cardiovascular do que os doentes medicados com estatina em associação com placebo”. Os cientistas apontam que “este efeito benéfico do fenofibrato associado a estatina foi mais importante entre os doentes com diabetes que estavam a seguir uma estratégia padrão para a redução da glicose [açúcar no sangue] em comparação com o que faziam uma estratégia mais intensiva”.
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Breves
OMS considera improvável que surto de Monkeypox se transforme em pandemia Covid-19: Vacinas adaptadas devem chegar em setembro, de 2.ªgeração só em 2023 - EMA A Agência Europeia dos Medicamentos (EMA) anunciou que em setembro poderão ser aprovadas as primeiras vacinas atualizadas, explicando tratar-se ainda de vacinas que utilizam a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), facilmente adaptáveis e não de vacinas de segunda geração, que não estarão no mercado este ano.
Locais de consultas de cessação tabágica diminuíram para metade entre 2019 e 2021 Os locais de consultas de cessação tabágica no Serviço Nacional de Saúde (SNS) diminuíram para cerca de metade entre 2019 e 2021, passando de 228 para 112 no último ano, avançou a Direção-Geral da Saúde (DGS). Dados da DGS indicam que, no último ano, estiveram a funcionar 112 locais de consulta de cessação tabágica, distribuídos por 82 centros de saúde e 30 hospitais do país. Em 2018, estas consultas eram prestadas em 228 locais e, no ano seguinte, ainda antes da pandemia da covid-19, estiveram em funcionamento 235, adiantou ainda a direção-geral.
No entanto, a OMS admite que o vírus Monkeypox está a propagar-se rapidamente em países onde não é endémico. “Não acreditamos que este surto seja o início de uma nova pandemia porque é um vírus já conhecido, temos as ferramentas para controlá-lo e a nossa experiência diz-nos que não é transmitido tão facilmente em humanos como em animais”, adiantou a especialista em varíola da OMS Rosamund Lewis. Numa sessão de esclarecimento nas redes sociais da organização, Rosamund Lewis alertou que, embora o risco de representar uma grave emergência de saúde pública seja baixo, a situação é “incomum”, alegando que o vírus está a propagar-se rapidamente em países onde não é endémico. A perita do programa de emergências de saúde da organização com sede em Genebra instou ainda as autoridades a trabalhar em conjunto com a OMS para implementar as medidas necessárias para ajudar a conter o surto.
7 em cada 10 portugueses consideram a vacinação como um fator crítico de sucesso para o envelhecimento saudável Os resultados do estudo “Vacinação na Idade Adulta e Envelhecimento Saudável: o que sabemos sobre a Zona?”, levado a cabo pela Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), em conjunto com a GSK, revelam que 3 em cada 4 portugueses acreditam que as vacinas ajudam a estimular o sistema imunitário e 7 em cada 10 consideram a vacinação um fator crítico de sucesso para o envelhecimento saudável.
Investigadores alertam para desigualdades no acesso a vacinas antialérgicas Investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) alertaram para a necessidade de se reduzir as desigualdades no acesso às vacinas antialérgicas, terapia que concluíram ser custo-efetiva no tratamento de crianças com asma alérgica a ácaros. Os investigadores simularam os diferentes estados de saúde que os doentes atravessariam durante o tratamento e concluíram que o estado de saúde das crianças ia melhorando ao longo de tempo. Ao mesmo tempo, a probabilidade de remissão da doença aumentava nos casos em que as vacinas antialérgicas eram administradas por, pelo menos, três anos, notando que apesar das vacinas serem mais dispendiosas, acabam por ser vantajosas e benéficas. As vacinas possibilitam, ainda, uma diminuição no uso de medicação sintomática e reduzem as exacerbações. Os resultados do artigo demonstram a necessidade de as vacinas antialérgicas serem comparticipadas por forma a reduzir as desigualdades no acesso à saúde.
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Com_081_Jun2022