3 minute read

ENTREVISTA | MTUR

Next Article
PERNAMBUCO

PERNAMBUCO

MTUR: “O TURISMO ESTÁ EM ALTA E VAMOS FORTALECER CADA VEZ MAIS O NOSSO SETOR”

Faturamento do 1º semestre ultrapassou R$ 94 bilhões, um crescimento de 33% em relação a 2021

Ministro do Turismo, Carlos Brito

Um setor aquecido e que em breve não verá mais os impactos da pandemia do coronavírus. É assim que Carlos Brito, ministro do Turismo, enxerga o segmento no país. Em entrevista exclusiva do M&E, ele revela mais detalhes do seu trabalho à frente do Ministério Turismo e o que prevê para os próximos meses. “Nosso turismo se destaca no mundo todo então é inadmissível que os números estejam estagnados há tantas décadas. Nosso compromisso com o País é trabalhar para termos um Brasil melhor, seguro do ponto de vista sanitário e de segurança pública. O turismo está em alta e vamos fortalecer cada vez mais o nosso setor”. Confira a entrevista completa.

MERCADO & EVENTOS - Como reverter o número de turistas internacionais que o Brasil recebe e que está estagnado há anos sem ultrapassar a barreira dos seis milhões?

Carlos Brito - Só será possível com trabalho de continuidade. No período da pré-pandemia nós esperávamos superar o volume de sete milhões de turistas internacionais no País, porém fomos surpreendidos pelo coronavírus e tantos outros entraves. Contudo, estamos no caminho certo. Fortalecemos o turismo interno nesse período para que o setor passasse por aquele momento delicado. E isso deu certo. Hoje o setor está aquecido. O faturamento do primeiro semestre foi de mais de R$ 94 bilhões, um crescimento de 33% se comparado ao mesmo período de 2021, estamos gerando empregos e renda. Iremos gerar no setor de serviços nesse, segundo semestre, mais de 670 mil empregos. O turismo está em alta. Vamos fortalecer cada vez mais o nosso setor. O grande diferencial do nosso mercado é que ele não substitui a mão de obra humana por máquinas, gerando emprego e renda.

M&E - O senhor citou recentemente que o Brasil tem potencial para ter cruzeiros marítimos operando o ano inteiro. Isso vai virar uma realidade? Em quanto tempo isso pode acontecer?

Carlos Brito - Esse trabalho vem sendo feito e era nosso objetivo até que fomos impactados pela pandemia. Nosso primeiro objetivo era retomar as atividades em 2021 e conseguimos, agora nosso intuito é ter a maior temporada de cruzeiros dos últimos dez anos. E o terceiro passo é garantir que o país tenha cruzeiros sendo operados durante todo o ano. Estamos caminhando para isso.

M&E - O turismo já é tão importante quanto o agronegócio?

Carlos Brito - Sim, ele é. O que queremos é que o agronegócio cresça cada vez mais, porque sabemos do potencial do nosso País, e que o turismo também cresça alcançando o impacto que o agronegócio possui hoje na economia do Brasil.

M&E - Os dados da PNAD Contínua Turismo revelam que o número de viagens realizadas no país caiu 41% entre 2019 e 2021. O senhor acredita que será possível reverter essa situação ao final de 2022?

Carlos Brito - As expectativas são as melhores possíveis e estamos caminhando para isso. Tanto que segundo a Sondagem Empresarial com Agências e Operadores de Turismo no Brasil, realizada por nós, cerca de 71% dos empresários brasileiros afirmaram acreditar na ampliação de pessoas interessadas em viajar no 2º semestre do ano. Outro dado que demonstra confiança na recuperação do setor é o fato de que 67,7% dos empresários estão otimistas em relação ao faturamento. Este otimismo é justificado pelos números crescentes no setor que registrou, apenas em julho, mais de 7,6 milhões de passageiros voando pelo país em viagens nacionais nos aeroportos, configurando o melhor resultado para julho em três anos. Temos observado ainda, que diversos destinos turísticos têm registrado índices superiores àqueles verificados antes da pandemia.

O Brasil já apresenta resultados consistentes que demonstram a retomada do turismo internacional. O país recebeu, somente nos seis primeiros meses deste ano, 1.222.536 estrangeiros com visto de turista, número maior do que todo o ano de 2021 (596.745) e cerca de 660% a mais quando comparado ao mesmo período de 2021 (161.142)

This article is from: