Jornal M.A Janeiro de 2012

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VIAGEM

““Emirates, conectando o mundo via Dubai””

SAÚDE

em jornal JAN

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JANEIRO 2012

“Pressurização, sua importância e funcionamento”

MERCADO

“Aviação comercial enfrenta dificuldades após crescimento da economia”


EDITORIAL POTENCIALIZE A SUA IMAGEM E DESCUBRA NOVOS HORIZONTES

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ais importante do que ações de propaganda e marketing em veículos de massa, a exposição na mídia adequada – por meio de uma comunicação eficiente – é a forma mais impactante de atingir o público-alvo. Aparecer na hora certa, no momento oportuno e para quem realmente necessita de determinado produto ou serviço, além de apresentar resultados muito mais convincentes, oferece o melhor custo-benefício. Com base neste contexto e ciente da ausência de um elo concreto entre empresas e público de forte poder de consumo, o “Mercado da Aviação em Jornal” surge para preencher tal lacuna impulsionado por um dos segmentos que mais viajam pelos principais aeroportos, frequentam hotéis, restaurantes e convenções, além de representarem boa parte da economia nacional: o mercado aeronáutico. Antes deste jornal, as empresas encontravam dificuldade para expor produtos específicos a um nicho seleto e por conseqüência desenvolver vínculos e garantir o fortalecimento da imagem. Enquanto outras mídias trabalham meramente com a divulgação, o “Mercado da Aviação em Jornal” atua junto ao leitor, promovendo o produto, potencializando as vendas e conquistando novos mercados. O inovador veículo preza pela qualidade, credibilidade

e ética; elementos essenciais para o desenvolvimento e retorno de um investimento publicitário mediante um público exigente e crítico. O tempo passa e voa, por isso não desperdice oportunidades. Garanta sua poltrona e decole com um projeto pioneiro, audacioso e mais acessível que qualquer mídia. Diferencie sua empresa das concorrentes e voe com a vitrine aeronáutica do Brasil: “Mercado da Aviação em Jornal”. O objetivo é corresponder à plena satisfação dos clientes pelos quatro cantos do país, ocupando a posição de líder também na mídia impressa, já que o Portal “Mercado da Aviação” é referência em comunicação digital. Qualidade e destaque a preço diferenciado – A qualidade do material – aliada à diagramação limpa – torna o anúncio ainda mais agradável e disponível em variados formatos. A intensa cooperação entre as linguagens escrita e audiovisual fortalece a assimilação e prende o foco do leitor. Todo este alcance é obtido por meio de valores antes inexistentes, tanto para o mercado aeronáutico como para as outras formas de mídia

MARTE RADIADORES Tecnologia - Experiência - Segurança

25 anos de bons serviços no ramo aeronáutico

Marte Radiadores é uma oficina especializada na fabricação e manutenção de Radiadores, Tanques de Combústivel e outras peças críticas. Trabalhamos, também, com revisão de Cilindros !!!

EXPERIÊNCIA DE MERCADO JF ENERGIA AUTOMOTIVA E AERONÁUTICA Com experiência de 22 anos no setor de reparação elétrica automotiva – e há 8 anos fabricando carregadores de baterias e unidades auxiliares de partida para automóveis, caminhões e máquinas pesadas –, a JF Energia Automotiva e Aeronáutica iniciou a comercialização de uma linha aeronáutica de GPU`s (Ground Power Unit – Unidade Auxiliar de Partida no Solo) sem fio de 12v e 28v para aeronaves de pequeno porte. Ao mesmo tempo a empresa desenvolve uma linha de 28v.x com pico de até 200cca, que em breve estará disponível no mercado. A eficiência e a durabilidade dos motores são diretamente influenciadas pela maneira como ocorre a partida – que preferencialmente deve ser quente e ágil. Desta forma, a GPU torna-

se equipamento indispensável ao permitir a obtenção de tal condição enquanto economiza a bateria da aeronave. A GPU possui dois tipos distintos - um que permite ao equipamento ser ligado à rede elétrica e outro que possibilita o funcionamento por meio de baterias próprias – e é aconselhado para aeronaves à turbina, principalmente helicópteros, que geralmente realizam voos mais curtos e um número maior de partidas. Já nos aviões, devido à realização de um número menor de partidas, o uso da GPU tem como benefício extra o aumento da durabilidade das baterias. Para mais informações sobre a JF Energia Automotiva e Aeronáutica e suas GPU`s acesse o Portal Mercado da Aviação.

Luiz Otavio Sabongi Cavalheiro

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ATRÁS DO MANCHE

VIAGEM por Francis Barros

“Emirates, conectando o mundo via Dubai” por Clipper - Contato Radar

fotografias por Mastercaptain

Caro amigo Aeronauta:

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impossível não filosofar a respeito do tempo. Tempo este que faz modificações no nosso corpo e, principalmente em nossas almas. Hoje, vi o reflexo do caminhar da vida – me tornei um Comandante e atingi o tão sacrificado sonho. Remetome ao passado e vejo que o ideal que me norteava agora foi atingido. E o que será do futuro? Qual será o rumo a tomar, uma vez que meu Norte Magnético parece não mais me orientar? A responsabilidade que repousa em nossos ombros no cotidiano não é mais atrativa, e as agruras da profissão parecem tornar opaco aquilo que um dia já foi muito brilhante... Mas a lei universal que rege nossas vidas, aquela que estabelece o equilíbrio em tudo, ensina-nos a descobrir talvez a grande missão dos homens na Terra – o ser humano é um animal social. Não somos nada sem aqueles que nos fazem parte de um todo. As conquistas materiais, de status, e até de conhecimento, não são nada se não há com quem compartilhar. Apesar da solidão em que vivemos em nossas cabines, em nosso lugar sagrado, estamos sempre em busca de algum “chegar”, para que sempre possamos ver a magia nos olhos de quem espera. E é nesta magia que devemos nos apegar para termos a ciência de que nosso trabalho tem um cunho social e leva a muitos, a felicidade. Nesta felicidade talvez se encontre o maior paradoxo da aviação: a mesma, assim como um mar que se ressaca, traz em um intervalo de tempo determinado (que para o nosso referencial é curtíssimo), a tristeza da maior perda do ser humano – a morte. Ser Comandante é muito mais do que realizar um sonho, é muito mais do que realizar nossos desejos egocêntricos da busca pelo voo perfeito, é muito mais do que ser propriamente “Comandante” – é ser “humano”, no sentido mais literal e metafórico da palavra. É compreender os outros para ser um líder; é ser humilde o suficiente para enxergar os próprios erros e mais, além de tudo, enxergar a solução no outro. O paradigma antigo de que éramos um modelo não existe mais. Somos só uma peça de um contexto onde propiciamos o deslocamento físico de pessoas, em um mundo completamente virtual, onde as emoções e a criatividade do homem já não

são mais tão presentes. Saint Exupéry, com toda a sua sensibilidade, tenho certeza que refletiria muito sobre o mundo eletrônico em que vivemos, onde as artes cedem espaço à técnica e ao mundo digital. Talvez por este fato, amaria cada vez mais a aviação por ela não ser falsa, e por realmente unir as pessoas no mundo físico. Com todas estas reflexões, te desejo voos cada vez mais seguros, com um idealismo diferente. A maior lição hoje a ser ensinada não é a do voo perfeito, mas sim a da harmonia e a da felicidade das pessoas. Seja feliz e busque na aviação aquilo que ela melhor pode te propiciar – a visão imparcial do mundo em que vivemos, e a paz de poder contribuir para que esta vida fique um pouco melhor.

o início dos anos 60, uma viagem do Brasil ao Oriente e além exigia um elevado espírito de aventura. Por exemplo: a empresa Redes Estaduais Aéreas Ltda. – mais conhecida como REAL – fazia a ligação entre São Paulo a Tóquio utilizando o “Super DC-6B” ou o “Luxurious Super H Constellation”, ambos “equipados com radar” (como ela anunciava nas propagandas), que obrigava uma série de escalas, começando pelo Rio de Janeiro e depois Manaus, Bogotá, Cidade do México, Los Angeles, Honolulu, Ilha Wake e eventualmente uma ou outra não programada, em função de problemas de todos os gêneros que poderiam surgir. O vôo RL814 partia às 19:30 da 3ª feira, e chegava em Haneda às 10 da manhã do sábado. Mesmo com o possível conforto existente a bordo para os poucos felizardos e abastados usuários, não seria difícil imaginar que no término dessa epopéia qualquer pessoa, mesmo a mais entusiasmada, desembarcava no Japão com cara de boxeador nocauteado. De lá para cá ocorreram diversas reviravoltas no mundo e, apesar das oscilações de demanda, eis que surge para aproveitar um mercado com enorme potencial e até então mal explorado, a Emirates Airline. Voando para inúmeros destinos a partir do seu “Hub” em Dubai (DXB) – uma localidade estrategicamente muito bem posicionada e que, portanto, facilita uma boa distribuição de vôos unindo o Oriente Médio com a Ásia, a África e a Oceania –, hoje é possível contar com uma ótima alternativa para ir a lugares distantes,

que são inclusive difíceis de localizar no mapa. Além de Dubai ser uma cidade agradável para quem tem tempo e gostaria de conhecer um lugar que mistura tradições milenares com o que há de mais moderno, em termos de tecnologia e construções arquitetônicas, o seu aeroporto também oferece conforto e atividades para aqueles que preferem aguardar por lá mesmo os seus vôos de conexão, desde lojas diversas e ótimas áreas de lazer à bem conceituada sala VIP da Emirates, oferecida aos passageiros da primeira classe e da classe executiva. Soma-se a isso a qualidade dos diversos serviços prestados pela companhia aérea, começando por sua página na internet, passando pela loja de reservas, check in, embarque organizado e o tratamento a bordo, mesmo na classe econômica, e em um piscar de olhos Dubai torna-se o centro de conexões mundiais perfeito.

Saudações,

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fotografia por Fabio Laranjeira - Contato Radar

MERCADO MARCHA LENTA Depois de tirar proveito do forte crescimento da economia, a aviação comercial enfrenta turbulências e algumas empresas têm dificuldade de ampliar suas taxas de ocupação. por Felipe F. - Contato Radar Há algo diferente no ar

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ão obstante o crescimento brasileiro ter superado 7% em 2010 e 3% em 2011 – período em que a maioria das empresas celebrou lucros crescentes-, a aviação doméstica tem patinado para tirar vantagem de tal situação. Uma constelação de motivos - que passa por combustível alto, frota inadequada, concentração de voos, exposição ao câmbio e maior competição, dentre outros -, tem feito com que algumas das empresas aéreas brasileiras apresentem, na verdade, prejuízos e dificuldade de se manterem rentáveis. De fato, item como combustível está fazendo com que as companhias gastem milhões de reais adicionais, sem que seja possível um pleno repasse para as tarifas em função de um cenário mais competitivo. Um exemplo evidente da maior competição ocorre na ponte aérea Rio-São Paulo: que até 2009 era rota exclusiva das duas grandes - TAM e Gol - e hoje contempla a concorrência direta da Avianca, da Webjet (que voa Guarulhos-Santos Dumont) e até mesmo da Azul (que atualmente opera treze voos diários na rota Campinas-Santos Dumont, além de outros sete entre Campinas-Galeão). Enquanto a novata Azul obtém ocupação acima dos 80% em aeronaves com 108-118 lugares, tanto TAM quanto GOL patinam com ocupações em torno dos 65%, usando aeronaves maiores, com capacidade para até 220 passageiros. “A Azul se beneficia de uma aeronave mais adequada ao cenário atual do tráfego aéreo brasileiro. Além disso, ela opera multi frequências em destinos até então com oferta limitada e tarifas muito altas”, afirma o Administrador do Contato Radar, Flávio Campos. Os efeitos da entrada da Azul, assim como da expansão da Avianca, Webjet (hoje parte da Gol após recente aquisição) e das regionais Passaredo e Trip, são mais facilmente identificados com a franca retirada que as duas grandes foram obrigadas a efetuar em Campinas:

Gol e Tam hoje são capazes somente de ligar a principal cidade do interior paulista aos seus hubs de Brasília e Rio de Janeiro (Galeão), além de alguns outros municípios de forma limitada. “A Azul dominou Campinas com inteligência e neutralizou as tentativas de reação das grandes ao oferecer um hub local e grande oferta de horários para os principais mercados até então atendidos pela concorrência”, enfatiza Campos. Nas décadas de 1980 a 2000 a locomotiva Paulista puxava o crescimento do país, porém, desde então vários mercados passaram a ter destaque e receber aeronaves maiores que, a despeito de um menor “break even”, com frequência têm se tornado símbolos de frotas pontualmente inadequadas para a realidade de uma economia mais forte, vibrante e com maior distribuição do crescimento. Pode-se citar como exemplo de crescimento o mercado de Navegantes, cidade que possui um pequeno aeroporto no estado de Santa Catarina e que representa uma importante região econômica e turística, com destaques para o porto de Itajaí e Balneário Camboriú, respectivamente. Nos últimos dois anos Navegantes ganhou ligação com vários mercados - antes existia voo somente para São Paulo. Mas foi com a entrada da Azul que as tarifas caíram e o movimento disparou. Hoje só a Azul opera 5 voos diários para Campinas. Gol e Tam também adicionaram voos e destinos. Outro mercado onde a entrada de aeronaves menores tem feito a diferença é Confins, o grande aeroporto da região metropolitana de Belo Horizonte. Com muitos voos novos da Trip e da Azul, Confins foi alçado a posição de quinto aeroporto mais movimentado do país, tirando da posição Salvador, e já se aproximando da marca de 1 milhão de passageiros mensais. No mercado de BH, cada vez menos Gol e Tam conseguem manter suas participações. A exposição ao câmbio também vem prejudicando 6

os balanços das companhias brasileiras. Com dividas futuras a serem pagas em valores equivalentes a montantes em dólares e outras moedas estrangeiras, Gol e principalmente a Tam são castigadas pela flutuação das taxas de câmbio e, a despeito de não perderem caixa (só no futuro, a se manter as taxas mais altas, as companhias terão que desembolsar mais Reais), são obrigadas a apresentar prejuízos contábeis que muitas vezes complicam a compreensão de pequenos acionistas. “É mais fácil acompanhar um banco ou uma empresa que tem resultados positivos crescentes do que tentar entender um negócio onde mesmo quando o momento é positivo podem ocorrer prejuízos decorrentes de desvalorização do Real. O mercado impõe isso a elas e o pequeno investidor pode simplesmente não buscar o segmento de aviação em seu portfólio”, diz o advogado com vasta experiência em mercado de capitais e investimentos, José Carlos Rosa. Isso se torna ainda mais complicado, já que as companhias não fizeram a devida gordura quando o Real se valorizou e suas dividas, ao ficarem mais baratas, produziram lucros contábeis que também não afetaram o caixa. “Investir em formas de proteção (Hedge) pode até custar caro, mas há possibilidade de trazer mais investidores ao negócio a partir do momento que se anula a variável câmbio” avalia Rosa. A concorrência mais ferrenha entre as aéreas, provocada pela disputa na participação de mercado e entrada em novos negócios das até então pequenas, tem jogado pressão nas que tentam - ao mesmo tempo - não reduzir demais suas tarifas enquanto procuram encher mais os aviões e não perder mercado. A realidade é que todas têm amargado resultados negativos, esquivando-se da ampliação de suas ocupações (nos EUA a maior parte das grandes companhias opera com ocupação acima de 82%, número muito além da realidade atual do mercado brasileiro) e enfrentando malhas por demais concentradas nas rotas entre grandes cidades.

Um exemplo é Porto Velho. A despeito de obras vultosas em curso há anos, a cidade não possui uma única rota ligando-a a mercados como Rio de Janeiro e São Paulo. Outros mercados como Macapá, Boa Vista e Rio Branco também têm ligações limitadas, mas se engana quem acha que isso é restrito a pequenas capitais. Porto Alegre, no extremo Sul, não tem uma única rota ligando-a a região Norte e suas ligações com o Nordeste e o Centro-Oeste são bastante limitadas. “Como inexistem no Brasil companhias regionais de fato, as grandes operam do jeito que mais lhes convém, e isso faz com que muitas capitais sejam relegadas a um segundo plano”, diz o Consultor do Contato Radar Antônio Seabra. A verdade é que a concentração traz alguns benefícios, mas quando um dos principais hubs enfrenta problemas meteorológicos, o efeito cascata produz atrasos e prejuízos para clientes e empresas. O que fazer para melhorar? Mais voos ponto a ponto operados com aeronaves menores ou, melhor dizendo, aeronaves adequadas ao porte de cada rota. “O próprio modelo da ANAC de conceder a rota que as companhias querem voar ao invés de conceder as rotas que o poder público teria interesse de desenvolver já denotam o conceito errado - a infraestrutura é limitada, mas seu uso é liberado?”, indaga Seabra, o que não deixa de ser uma realidade - as companhias dizem que voam onde podem fazer dinheiro, mas tudo o que divulgam são prejuízos. O crescimento da oferta que ocorreu nos últimos dois anos corroeu as margens de lucro e pintou os balanços de vermelho, mas 2012 pode ser diferente - Tam e Gol, por exemplo, planejam não ampliar suas frotas, o que pode fazer com que exista uma recuperação do nível de ocupação dos voos, com efetiva melhora dos resultados. Mas falta a ajuda maior da ANAC, controlando mais a oferta, e das próprias companhias, que poderiam buscar novos mercados. Que venha 2012!

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SAÚDE PRESSURIZAÇÃO, SISTEMA INDISPENSÁVEL A BORDO Conservação da pressão atmosférica é essencial para o bem-estar da tripulação e passageiros. Apesar de imprescindível, muitas pessoas desconhecem sua importância e a veracidade de determinados “mitos” por Dr. Maximo Asinelli

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uem nunca esteve em um voo e de repente, somente por alguns segundos, sentiu forte tontura, frio e dor ou “pontadas” insuportáveis nos ouvidos? Basta recordar deste desconforto instantâneo para lembrar-se da importância da pressurização. Conforme o dicionário “Larousse”, pressurização é a conservação artificial da pressão atmosférica normal em espaço hermeticamente fechado. Apesar do conceito relativamente simples, poucos passageiros compreendem seu funcionamento e desconhecem que a aeronave possui um sistema de compressores com a finalidade de bombear ar para dentro da cabine. A pressurização obedece a um programa pré-determinado e é mantida por meio de dispositivos sensores de pressão e válvulas reguladoras, que se abrem para aliviar a pressão interna, uma vez que esta é sempre mantida mais alta que a externa. “Sem a pressurização dos aviões, podem ocorrer sangramentos, falta de ar e desmaios”, afirma o médico otorrinolaringologista, Frederico Schwatzmenner. Conforme abordagem do especialista, apesar de “experientes” no assunto, muitos pilotos têm concepção errônea acerca da pressurização. “Uma ideia errada é que devemos ter pressurização para respirarmos. Isso não procede. Você pode respirar a 41 mil pés sem sistema de pressurização. Outro conceito errado é que não existe oxigênio em altas altitudes, já que a porcentagem de oxigênio no ar a 41mil pés é quase a mesma daquela ao nível do mar. Precisamos

de pressão é para empurrar o oxigênio para dentro do sangue. Sem a pressão para suprir o empurrão, não poderíamos sobreviver mesmo num ambiente com 100% de O2”, esclarece. Para se ter uma noção da inexorabilidade do oxigênio, sua porcentagem na atmosfera permanece exatamente a mesma em todas as altitudes até 85 quilômetros; quase acima de 21% por volume (quase abaixo de 23% abaixo por massa) se medida ao nível do mar ou no topo do Everest. “A porcentagem da composição da atmosfera permanece constante, mas a pressão diminui com a altitude”, resume o médico. Questionado sobre o que faz as pessoas serem “sugadas” para fora do avião no caso de uma abertura acidental de portas ou janelas, Schwatzmenner explica que ocorre uma expulsão muito rápida dos gases presentes dentro do avião, com a finalidade de equilibrar as pressões interna e externa. “Pode até romper a fuselagem da aeronave e provocar queda”, enfatiza. Exemplos da gravidade da despressurização em pleno voo não são raros. Ao longo dos últimos anos, 16 passageiros da “Ryanair” tiveram que ser hospitalizados após um pouso de emergência. Mais trágico, 121 pessoas morreram de frio em um Boeing 737 da companhia Helios. Assim como a importânzzcia da manutenção dos sistemas de comunicação e localização, é imprescindível manter a estabilidade do ambiente interno de uma aeronave; principalmente a 10 mil metros de altura.

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em jornal Av. Andrômeda 1470 - sala 23 Jardim Satélite São José dos Campos - SP, CEP: 12230-000 (12) 3207-0070

Diretor Executivo: Jorge Raia Diretor Comercial: Luíz Otavio Sabongi Cavalheiro Administração e Marketing : Flávio Campos - Contato Radar Jornalista : Humberto Banys Neto Fotografia: Contato Radar - Fábio Laranjeira e Rodrigo Bertoli Projeto Gráfico e Diagramação : Ivan R. e Luis F. Nonaka - Zo´é Colaboradores: Francis Barros, Felipe F. , Clipper. Dr. Maximo Asinelli e Mastercaptain


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