Mercados & Negocios - Invista MS 01

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Sumário Capa

Agronegócio Petróleo verde: soja mostra sua força

Olhos voltados para Três Lagoas

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02 Entrevista Puccinelli fala sobre potencialidades do Estado

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Biosul Safra 2013/2014 revela números animadores


COM A PALAVRA

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André Puccinelli

Governador de Mato Grosso do Sul Considerado um dos melhores e mais promissores destinos para investimentos produtivos no Brasil, o Estado de Mato Grosso do Sul conta com uma economia que vem crescendo e se diversificando. Prósperas fronteiras agrícolas mantêm o ritmo de expansão, aumentando a safra de grãos e ampliando o plantio de cana para produção de etanol, açúcar e energia elétrica, extraída da biomassa. Entre tantas medidas, os incentivos fiscais que trocam impostos por empregos refletem uma realidade que deu certo. Nos últimos anos o Estado incentivou e atraiu investimentos de bilhões de reais, responsáveis pela geração de mais de 52 mil novos postos de trabalho, distribuídos em mais de 50 municípios.


COM A PALAVRA

Mercado & Negócios Qual é a vocação de MS no que tange às oportunidades de negócios?

dos seus resultados ao nosso desenvolvimento. E isso só é possível formando parcerias.

Mercado & Negócios

Mato Grosso do Sul tem vocação para o desenvolvimento. Na sua visão, que tipo de investimentos ainda Trazemos essa realidade na nossa história e atualmente posão necessários para o Estado? demos apontar como conquistas as maiores plataformas industriais de celulose, o maior frigorífico da América Latina, a Mato Grosso do Sul, na minha opinião, tem o desafio de confábrica de fertilizantes da Petrobras. São exemplos da opção solidar uma indústria de metalurgia que agregue valor ao nosque os grandes empreendimentos passaram a fazer por Mato so potencial mineral. Tem ainda o desafio de implementar, de Grosso do Sul, levando em conta nossas potencialidades, loforma definitiva, a indústria de transformação, os empreendicalização estratégica, as oportunidades e os potenciais que mentos de grande porte e grande valor agregado. Além disso oferecemos. Hoje podemos destacar como setores de maior estamos trabalhando para atrair indúsinteresse a produção de açúcar, álcool e trias de tecnologia e aprimorar o nosso bioenergia, a produção de madeira para setor de prestação de serviços. A partir a indústria de celulose e a agroindústria, desses novos setores, teríamos definimas estamos no mapa dos empreendetivamente consolidada a diversificação dores nacionais e internacionais como da nossa matriz econômica. polo de desenvolvimento capaz de atrair também a metalurgia, a indústria autoMercado & Negócios mobilística, sem contar os pequenos e médios empreendimentos ligados ao É possível citar situações fornecimento de insumos, prestação de pontuais em que o Estado serviços, entre outros.

Para atrair empresas

sérias desenvolvemos o mais moderno e

Mercado & Negócios O que o Estado vem fazendo

agressivo programa

pode trazer benefícios signi-

de incentivos

ficativos? Para quais regiões

para receber mais empresas? Para atrair empresas sérias, parceiras de nosso crescimento, desenvolvemos o mais moderno e mais agressivo programa de incentivos, principalmente porque contamos com a parceria dos municípios que dividem conosco os esforços. Os incentivos são importantes para Estados emergentes economicamente, e temos usado desse recurso com critério e dentro dos limites da Lei, até para dar segurança aos empreendedores. Não é sem razão que a revista Veja, em publicação recente, nos incluiu entre os melhores destinos para investimentos, destacando que oferecemos o melhor ambiente político.

e em quais setores?

Mato Grosso do Sul busca a diversificação e, mais recentemente, temos recebido delegações de países da Europa e da Ásia, interessados em investir no nosso Estado. Alguns desses entendimentos estão bastante adiantados e, como dependem de procedimentos legais em relação ao governo federal e à captação de recursos, temos um pouco mais de reserva para adiantar detalhes. Certo é que, a partir de nosso potencial e de nossa política de parceria, estamos nos consolidando como destino seguro para esses entendimentos.

Mercado & Negócios No que o MS se diferencia para atração de investimentos na região? O que podemos destacar são esses aspectos a que me referi e o claro sentimento de parceria, onde somos levados a caminhar juntos, lado a lado com os empreendedores. Mato Grosso do Sul tem interesse em atrair investimentos. Tem interesse na qualidade do empreendimento e na incorporação

Mato Grosso do Sul tem vocação para o desenvolvimento. Trazemos essa realidade na nossa história.

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COM A PALAVRA

Mercado & Negócios Recentemente, o senhor assinou um 4

decreto que trata da prorrogação de benefícios e incentivos fiscais concedidos a estabelecimentos industriais. Que impactos serão gerados a médio e longo prazo na industrialização do Estado? Foi uma medida que consolida essas parcerias. Fizemos isso ouvindo o empresariado e tomando como norte os parâmetros legais. Os incentivos, é bom ressaltar, são uma via de mão dupla, onde o esforço que o Estado faz, tem como contrapartida o emprego gerado, o desenvolvimento para toda a sociedade e o bem-estar de todos.

os resultados desses avanços sejam sempre compartilhados por todos. Isso, por sinal, vale para o que já conquistamos e para o que pretendemos conquistar em termos de desenvolvimento.

Mercado & Negócios Quais são as maiores dificuldades enfrentadas pelo Estado atualmente? Nosso maior desafio continua sendo o de assegurar infraestrutura e logística de produção e transporte da produção, mão de obra qualificada e ambiente social e econômico sadio para que as dificuldades sejam superadas. E, pelos resultados de nosso crescimento, pelo desenvolvimento que já vivenciamos, temos certeza de que estamos no caminho certo. Mato Grosso do Sul é, portanto, uma terra de oportunidades, destino seguro para quem acredita no trabalho como ferramenta do desenvolvimento e da construção do bem-estar.

Mercado & Negócios As fronteiras agrícolas privilegiadas têm mantido o ritmo de expansão, aumentando a safra de grãos, por exemplo? Nossas fronteiras agrícolas estão praticamente consolidadas. O Zoneamento Ecológico Ambiental que realizamos no início do primeiro mandato mostra que, mesmo havendo ainda áreas a serem incorporadas, o desafio maior atualmente é o da produtividade e o da sustentabilidade. Mato Grosso do Sul deve buscar sempre produzir mais sem gerar passivos ambientais, sem prejudicar os recursos naturais e, principalmente, garantindo que

O desafio maior atualmente é o da produtividade e da sustentabilidade


COM A PALAVRA

Raio-X

Panorama do Estado

clima:

R$ 40 bilhões

território: mais de

357

tropical quente semiúmido

população:

mil km2

mais de

de área

educação:

de habitantes

362 escolas estaduais 292 mil alunos bancos:

231

capacidade hoteleira:

30.300

leitos

comunicação:

agências bancárias

municípios:

79

9 emissoras de TV 110 emissoras de rádio 10 jornais diários

saúde: 127 hospitais 250 clínicas 460 unidades básicas

fonte: governo MS

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PARCERIA

Oportunidade para quem quer inve$tir 6

Trabalhando na capacitação de micro e pequenas empresas para se tornarem fornecedoras de grandes corporações, melhorando sua gestão, produção etc., o Sebrae ainda promove encontros de negócios, rodadas de negócios de créditos, além de levantar as necessidades de grandes empresas e a oferta das micro e pequenas. O diretor-superintendente do Sebrae em MS, Cláudio George Mendonça, explica que, quando uma grande empresa decide se instalar na região, o Sebrae, em parceria com o governo do Estado, organiza missões de negócios a outros países. Como exemplo, a recente missão à Itália e à China, para acompanhar o dinamismo econômico das regiões, proveniente da instalação de grandes empresas. “Em Três Lagoas, por exemplo, fizemos parcerias com grandes indústrias de celulose instaladas na região para beneficiar pequenos apicultores. Recentemente firmamos convênio com a Petrobras para inserir micro e pequenas empresas da região na cadeia produtiva de energia e gás”. O Sebrae ainda levanta as necessidades das grandes empresas e a oferta das micro e pequenas para que estas possam acompanhar o desenvolvimento da região. Como exemplo, Mendonça cita que, muitas vezes, grandes empresas precisam de todo tipo de fornecimento como uniformes, refeições para funcionários, fornecimento de água, lavanderia, dentre outros. E é neste ponto que o Sebrae entra: orienta na abertura de novos negócios e na melho-

Crédito: Victor Chileno

Quando há investimentos de grandes corporações, micro e pequenas empresas que precisam acompanhar o desenvolvimento dos municípios também acabam sendo beneficiadas direta e indiretamente. No Mato Grosso do Sul não é diferente. Para que os empresários possam acompanhar o crescimento das regiões, eles contam com um grande aliado: o Sebrae.

Cláudio George Mendonça, diretor-superintendente do Sebrae em MS

Muitas pessoas pensam que por serem empresários irão trabalhar menos. Engano. Irão trabalhar mais do que trabalhavam em qualquer emprego. E se trabalharem menos, irão quebrar


PARCERIA

ria dos existentes para o atendimento da nova demanda e fornece os mais variados suportes, como cursos e capacitações. “Somente para atender a uma única grande empresa, recentemente, o Sebrae capacitou 25 pequenos fornecedores”, comenta.

Programas Dentre os inúmeros programas oferecidos pelo Sebrae, Mendonça destaca o Nascer Bem, que auxilia quem quer iniciar um negócio próprio com mais segurança no mercado. “Ele orienta a estruturar a ideia de negócios prevendo custos, em um plano de negócios. Para empreender, sugerimos que o futuro empresário escolha uma área em que tenha know how, conhecimento, experiência.” Já para quem deseja ampliar sua atuação, o Sebrae Nacional criou, em 2011, um programa para empresários que buscam a evolução de seus negócios: o Sebrae Mais, em que é oferecido um conjunto de soluções: consultoria individualizada, workshops, capacitação, palestras e encontros empresariais,

que orientam a adotar novas estratégias, inovar produtos e processos, planejar para exportação, além de gestão financeira avançada, gestão da qualidade, entre outras. A instituição também oferece outros recursos como o mapeamento de oportunidades, por exemplo. “No interior do Estado, mapeamos várias atividades que estão em falta ou com alta demanda para abrir novas empresas. Estas possuem fichas técnicas com informações sobre valor de investimento, risco, necessidades de estrutura, entre outros”.

Futuros Investidores O cenário para quem deseja investir no Estado é de oportunidades. De acordo com o diretor, as chances estão em torno principalmente das cidades que estão desenvolvendo suas economias com a instalação de grandes empresas. E quem deseja investir também pode contar com a ajuda do Sebrae. A instituição dispõe de mapas dos principais municípios do Estado que apresentam o que está faltando nessas regiões, além de informações sobre como abrir empresas.

Divisão dos setores econômicos de MS Porte x Faturamento Micro Empreendedor Individual (MEI)

Microempresa (ME)

Empresa de Pequeno Porte (EPP)

até R$ 60 mil/ano

entre R$ 60 mil e R$ 360 mil/ano

entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões/ano

Indústria

49%

5%

15%

Construção Civil

Comércio

31% Serviços

O comércio se destaca na quantidade de empresas: uma em cada duas micro e pequenas empresas está no comércio.

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PARCERIA

Mapeamos várias atividades que estão

Entre dez/2000 e dez/2011, houve um acréscimo de sete milhões de empregos com carteira assinada nos Pequenos Negócios. Isso significa o dobro do aumento registrado pelas empresas de maior porte.

em falta ou com alta demanda para abrir

Empreendedor Individual

novas empresas

Mato Grosso do Sul:

47.087 Mas, Mendonça faz um alerta: “Muitas pessoas pensam que por serem empresários irão trabalhar menos. Engano. Irão trabalhar mais do que trabalhavam em qualquer emprego. E se trabalharem menos, irão quebrar.”

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empreendedores individuais, sendo que a maioria se concentra no comércio varejista de roupas; atividade de cabeleireira; estética e construção civil (mestre de obras, pintores, azulejistas etc.).

Dados nacionais: Em relação à geração de empregos, destaca-se o setor de serviços:

Para o diretor, um dos principais motivos pelo qual uma empresa precisa fechar é a falta de planejamento. “Ela não se planeja para utilizar o recurso, por exemplo, e acaba usando o dinheiro do capital de giro na compra de equipamento; e mais à frente vai descobrir que poderia ter utilizado uma linha de crédito específica para aquisição de equipamentos, visto que capital de giro é o bem mais difícil para esta empresa conseguir”, analisa.

428,8 mil novos empregos em 2012.

E Mendonça ainda completa: “o Sebrae orienta e ajuda, pois cada vez que uma empresa fecha as portas, ela atrapalha a dinâmica do mercado e deixa de gerar emprego. Estamos com uma campanha nacional - Sebrae é especialista em pequenos negócios. Acompanhamos estes pequenos negócios há muito tempo, podemos orientar a nascer e se desenvolver com mais segurança e chances de sucesso”.

As micro e pequenas empresas são responsáveis por:

2012:

891,7 mil novos empregos no país, divididos em:

Indústria

89,2 mil

52%

Construção Civil

127 mil

dos empregos formais no país

40%

Comércio

246,7 mil

Serviços

428,8 mil

da massa salarial

A oportunidade é a principal motivação do empreendedorismo de pequeno porte: 70% das micro e pequenas abrem por oportunidade de negócios visualizada e apenas 30% por necessidade.


OPINIÃO

Agronegócio

&

o Poder Judiciário

Tributos, empregos, exportações, bilhões de reais. Assim é o agronegócio no Brasil. Fica atrás apenas dos EUA. Nossa pátria é a segunda maior exportadora agrícola mundial, e só as exportações giram em torno de US$ 80 bilhões. Por meio do empreendedorismo, o agronegócio da última década desponta como grande responsável pela estabilidade dos preços, com crescimento de 3,5% ao ano, superando o PIB brasileiro, ressaltando que a produtividade industrial tem recuado -0,6% ao ano e o setor de serviços praticamente estagnou (0,5% ao ano). Apesar dos problemas de infraestrutura e de logística enfrentados pelos empresários, o agronegócio continua em franca expansão. O agronegócio ainda tem espaço para crescer. Vem sendo implementado por meio das cooperativas e associações, da agricultura familiar - com destaque aos pequenos produtores - e pelos grandes latifundiários produtivos, dotados de estrutura e capacidade tecnológica. Na região Centro-Oeste, a produção mostra-se eficiente e diversificada, destacando-se na produção o cultivo de grãos, soja e milho, o complexo sucroalcooleiro, a produção de carne, borracha (seringueira) e madeira (eucalipto e pinus). O MS passa por período de mudança de perfil econômico no agronegócio. Antes,

nosso Estado detinha o título de maior rebanho bovino do país. Entretanto, o desenvolvimento e adaptação da soja, cana e eucalipto transformaram o Estado em importante centro de produção diversificada. As condições climáticas, logísticas e os incentivos fiscais foram e continuam sendo os grandes responsáveis pela abertura de MS para esses setores. A partir da instalação de fábricas de celulose e papel, a região de Três Lagoas recebeu o título de maior produtora de celulose do mundo, e suas áreas, tradicionalmente ocupadas por pastagens, hoje se transformam em grandes plantações de pinus e eucalipto. Todas essas mudanças fizeram e ainda fazem de Mato Grosso do Sul um Estado de economia consolidada e diversificada, na vanguarda do Brasil. Mas, aliado a todo esse crescimento, esbarramos na burocracia jurídica brasileira. O judiciário está atento às mudanças sociais e se faz cada dia mais presente na vida do campo, por meio da resolução de conflitos e dúvidas, bem como regulação de situações, porém, a celeridade fica prejudicada, o que não se admite frente ao dinamismo e expansão do agronegócio. Visando contornar essas situações e evitar que o problema chegue ao contencioso (judiciário), deparamos com formas rápidas e eficazes de solucionar os

litígios surgidos, por meio de medidas alternativas de solução de conflitos, realizadas através da mediação, arbitragem e acordos extrajudiciais. O que se fala hoje é que, com as proporções alcançadas pelo agronegócio no Brasil, não dá mais para esperar o problema bater à porta. É necessária uma atitude proativa, por meio de assessoria especializada que forneça informações, tire dúvidas, aponte alternativas e possibilite o resguardo jurídico dos empresários. Por fim, não restam dúvidas de que o Brasil é o país do futuro - e o futuro é agora! Seja por sua localização geopolítica, pela qualidade de suas terras, pelo seu clima, pela abundância de suas águas, pelo seu povo, e por sua importância estratégica. Em resumo: o agronegócio é um exemplo de um Brasil que dá certo!

Rodrigo Pimentel Advogado, especialista em Agronegócio e Direito Empresarial

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CAPA

Conheça Três Lagoas 10

A menina dos olhos do desenvolvimento industrial


CAPA

A instalação de grandes polos industriais, ligada ao rápido crescimento e desenvolvimento econômico transformou Três Lagoas em um cenário de oportunidades

Com excelente localização no Mato Grosso do Sul, na divisa do Estado de São Paulo, acesso privilegiado às regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do país e sistema internacional de transporte com malhas viária, fluvial e ferroviária, Três Lagoas retém todas as atenções quando se fala em estratégia geográfica. Aliado a isso, ainda há o potencial logístico de infraestrutura, que propicia a instalação de empresas de diversos segmentos, contribuindo não só para o desenvolvimento da região e do Estado, mas também para que investidores do mundo todo voltem os olhos para o Brasil. A transformação pela qual o município está passando com a instalação de grandes polos industriais, ligada ao rápido crescimento e desenvolvimento econômico, transformou Três Lagoas em um cenário de oportunidades. Para Idevaldo Garcia Leal Junior, diretor da Project MS, empresa de consultoria em gerenciamento de projetos e marketing, o processo representa muito para a população, que vê nestas mudanças chances de estudo, futuro, investimento e crescimento. Antes da industrialização, Três Lagoas apresentava baixos índices de infraestrutura pública como asfalto, drenagem e esgoto. A educação, a saúde e a segurança pública sofriam as mesmas condições de outras regiões do país. Para Leal Junior, o processo da industrialização se iniciou através de um projeto político que ganhou adeptos e hoje forma uma grande coalizão política, econômica e social que permite ao município fazer obras públicas com recursos próprios, da iniciativa privada e dos governos estadual e federal, através do apoio de vários partidos. “Esse cenário permite que o município comemore a cobertura de esgoto em 53% da cidade, um índice alto, se comparado aos 17% que apresentava em 2006”, explica. Três Lagoas conta com um conjunto de aspectos geográficos, econômicos e políticos fundamentais para o sucesso do projeto de industrialização de Mato Grosso do Sul. Mas são os aspectos sociais que realmente viabilizam os investimentos. A

população de Três Lagoas, em sua maioria, quer e participa do processo, além de possuir um forte ritmo de adaptação à nova dinâmica da cidade. “Esse é o grande diferencial que, aliado aos incentivos municipais e estaduais, da logística de transporte intermodal, abundância de energia e água, forma esse cenário de oportunidades”. Hoje, os maiores investidores estão divididos entre papel e celulose. Seguidos pelo setor do petróleo, gás e energia, juntos somam aproximadamente R$ 12 bilhões. A expectativa para os próximos anos é positiva: Três Lagoas receberá grandes, médios e pequenos investimentos de empresas que compõem esses dois setores, sobretudo devido ao incentivo de programas e projetos voltados ao adensamento e evolução das duas cadeias produtivas instaladas. Os investimentos também abraçam as áreas têxtil, de alimentos, materiais de construção, confecção, couro, calçadista, metalurgia, siderurgia, eletricidade e biocombustíveis. De acordo com o consultor, o cenário prevê grandes investimentos públicos em obras de infraestrutura e saneamento, com ampliação de indústrias instaladas e novas propostas, buscando a diversificação da matriz econômica. Leal Junior também aponta que o varejo receberá grande atenção, sobretudo pela disputa por mercado entre a primeira unidade de Shopping Center da Costa Leste MS - que está em construção - e o tradicional polo comercial de rua do centro da cidade, que afetarão positivamente os serviços de comunicação, publicidade e propaganda. Porém, a interligação da região industrial mais dinâmica de Mato Grosso do Sul aos principais aeroportos do país, prevista para este ano é que permitirá um desenvolvimento considerável do setor turístico. Haverá grandes oportunidades em hospitalidade, lazer, refeições e entretenimento. Agora, segundo Leal Junior, é hora de repensar a gestão do meio ambiente. Evoluir em práticas comuns, melhorar e inovar para que o município passe a ser referência não só pelo PIB industrial, mas também pela qualidade de vida e elevação de índices como o IDH.

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CAPA

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Projetos Dentre as grandes corporações que se instalaram em Três Lagoas, Leal Junior destaca a implantação da Alpino Fibras, um projeto considerado estratégico do ponto de vista mercadológico e de importância elevada para o desenvolvimento da Costa Leste de Mato Grosso do Sul. “A produção de banheiras de hidromassagem e spas preenche uma lacuna de mercado antes explorada somente por outros Estados. Esses produtos encontrarão um farto mercado interno, sobretudo em Três Lagoas”. Dentre outros serviços ofertados pela empresa, há as lanchas em fibra de vidro, montadas, sendo a primeira do setor a ser instalada com foco na região dos grandes lagos, formados pelo

Complexo Hidrelétrico de Urubupungá e de toda a extensão do rio Paraná e seus afluentes. A Roomtek também ganha destaque, uma vez que permitirá ao município aumentar consideravelmente sua participação no mercado de produção de peças, máquinas, ferramentas e equipamentos utilizados pela cadeia produtiva de papel e celulose. O mercado era atendido por empresas de outros Estados antes da estratégia agressiva de ampliação da indústria local.

Impactos Todos os empreendimentos, independente do porte, impactam a cidade e a região de diversas maneiras. Como exemplos, o aumento da densidade populacional e de mortes de animais silvestres.

Por esse motivo, os projetos necessitam passar pelo processo de estudos e licenciamento ambiental junto ao órgão estadual ou municipal, pois este processo assegura que os impactos sejam minimizados e que sejam devidamente compensados, quando forem inevitáveis. “Os estudos reúnem os aspectos ambientais relacionados à localização, instalação, operação e ampliação das empresas e são exigidos na análise da licença”. Idevaldo Garcia Leal Junior, diretor da Project MS


CAPA

Project MS

Crédito: Hiroschi Omachi

Voltada para a área de consultoria especializada em gerenciamento de projetos, a Project MS facilita às empresas a adoção das boas práticas em gerenciamento de projetos recomendadas pelo PMI – Project Management Institute. “Há cerca de dois anos, o mercado industrial encontrou em nossos serviços um excelente apoio na elaboração de processos para concessão de incentivos municipais e estaduais, além de projetos de viabilidade econômica e financeira para financiamentos. Daí nasceu nossa participação no processo de implantação de indústrias”.

Terceiro setor

Para Leal Junior, é importante que as grandes indústrias promovam em toda sua cadeia produtiva a adoção de práticas de responsabilidades socioambientais. “Dessa forma, pequenas e microempresas passam a entender que além das obrigações legais e econômicas, também há responsabilidade com a sociedade e o meio ambiente onde estão inseridas”, explica. Na prática, uma pequena empresa fornecedora de uma cadeia produtiva pode apoiar uma ação de um programa maior, executado pela grande indústria do topo da cadeia. Mas, para isso, é necessário conhecer os problemas da localidade e integrar esforços. O consultor explica que em Três Lagoas e região há propostas de uma rede capaz de fortalecer a economia inclusiva,

articulada por uma instância participativa com representação do governo, iniciativa privada e o terceiro setor; além de práticas para a introdução de ações de responsabilidade socioambiental no cotidiano das micro e pequenas empresas fornecedoras de produtos e serviços.

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Mesmo com um ambiente promissor proporcionado pela iniciativa privada, Leal Junior destaca que o terceiro setor ainda encontra-se despreparado para o momento que vive a região. “Diante desse cenário que apresenta um grande volume de recursos disponibilizados por programas de grandes empresas que podem ser acessados através de editais e outros processos seletivos, é preciso que a localidade se mobilize para oferecer apoio às iniciativas do terceiro setor”. Leal Junior explica ainda que é necessário incentivar a formalização, a adoção de boas práticas na elaboração de projetos, participação em editais e prestação de contas. Esses são requisitos básicos exigidos com naturalidade pelo mercado e as instituições devem estar aptas para atendê-los.

Crédito: Hiroschi Omachi

Pela característica de promover a melhoria da qualidade de vida local, as instituições do terceiro setor podem colaborar muito não só com grandes indústrias mas também com empresas de todos os setores, independente do porte.


Crédito: Fibria/MS

CAPA

Vista aérea da Fibria

Empresa cresce junto com a região 14

Ganho não é somente monetário. Qualidade dos trabalhos desenvolvidos também soma pontos Inaugurada em 2009, a Fibria Unidade Três Lagoas tem capacidade para produzir mais de um milhão de toneladas de celulose por ano. Com o investimento de US$ 1,5 bilhão, o projeto foi elaborado de acordo com os conceitos de ecodesign, para a implantação de processos produtivos mais limpos e garantia de um ambiente de trabalho agradável e seguro. Segundo a empresa, a Fibria tem o compromisso com as melhores práticas de governança e de sustentabilidade. Assim, entende que, como líder global em um negócio baseado em recursos florestais renováveis, tem a responsabilidade de estabelecer e seguir um elevado padrão de conduta em seu negócio. Em 2012 a empresa anunciou as Metas de Longo Prazo com horizonte para 2025, que consistem em compromissos socioambientais diretamente ligados à estratégia de negócio da companhia.

“Para dar um exemplo do desafio, citamos as metas de longo prazo: duplicar a absorção de carbono da atmosfera, promover a restauração ambiental em 40 mil ha de áreas próprias, e ajudar a comunidade a tornar autossustentáveis 70% dos projetos de geração de renda, apoiados pela empresa”. Desde o início de 2013, a unidade de Três Lagoas elevou sua produção de energia excedente, após autorização da ANEEL, de 30 para 50 megawatts/hora. “Isso foi possível a partir da evolução do projeto original da fábrica, possibilitando maior aproveitamento da biomassa sólida gerada no processamento da madeira. Com isso, a Fibria/MS sai de uma geração de 120 para aproximadamente 140 megawatts/hora. Desse total de energia, 90 megawatts/hora abastecem a produção da Fibria; o excedente é disponibilizado no Sistema Nacional.

A população procurou se informar e conhecer o assunto. Participou das qualificações, o que hoje é essencial para a operação da empresa


CAPA

Para a fase de construção, foram qualificadas 4 mil pessoas, incluindo pedreiros, eletricistas, pintores e profissionais especializados no segmento da celulose, entre outros Como curiosidade, esse excedente é suficiente para abastecer uma cidade de aproximadamente 200 mil habitantes”.

Por que Três Lagoas?

Inserida no processo de desenvolvimento econômico e social da cidade de diversas formas, a empresa colabora na qualificação de mão de obra, desenvolvimento de fornecedores locais e apoio a projetos sociais. “Para a fase de construção, foram qualificadas 4 mil pessoas, incluindo pedreiros, eletricistas, pintores e profissionais especializados no segmento da celulose, entre outros”, afirma.

De acordo com a Fibria, a logística favorável, a disponibilidade de terras para a silvicultura e o acolhimento da comunidade, foram os fatores de destaque para a implantação do projeto em Três Lagoas. Apesar de o ramo da indústria ser relativamente novo no Estado, a população procurou se informar e conhecer o assunto. Participou das qualificações, o que hoje é essencial para a operação da empresa. “Desde o início da construção até a operação da Fibria fomos muito bem recebidos”.

“Um dos pilares da Fibria é promover relações construtivas, e queremos focar numa produção que gere ganhos para a comunidade, população, mercado e segmento”. Por isso, para 2013, a Fibria irá apoiar 22 projetos sociais divididos entre os municípios de Três Lagoas, Brasilândia, Selvíria, Água Clara e Ribas do Rio Pardo. Esses projetos procuram atingir um público diversificado, como associações comunitárias, pequenos produtores rurais, comunidades indígenas, escolas e jovens moradores das comunidades. Para a realização dessas iniciativas, a Fibria conta com consultores altamente especializados nesses processos. Portanto, para eles, o ganho não é somente monetário e sim, da qualidade dos trabalhos que serão desenvolvidos na região.

Outro diferencial destacado pela empresa é a distância das florestas que estão localizadas a um raio médio de 66 km. Isso reduz os custos com transporte de madeira e torna o produto mais competitivo. “Atualmente, contamos com mais de 340 mil hectares de área plantada na região. Desse total, cerca de 230 mil hectares são compostos de florestas de eucalipto e cerca de 100 mil são de áreas de preservação ambiental”, conta. Em cinco anos, a Fibria/MS conquistou oito certificações, dentre elas, a certificação da Indústria nas normas ISO 9001 e 14001, e as certificações de Manejo Florestal, CERFLOR e FSC®. “A conquista das certificações atesta o compromisso da empresa com o desenvolvimento sustentável considerando três pilares: ambiental, econômico e social”, finaliza.

Investimento de US$ 1,5 bilhão garante um projeto com conceitos de ecodesign para a implantação de processos produtivos mais limpos

Capacidade de produção anual: mais de 1 milhão de toneladas de celulose Produção 2012: 1.275.000 toneladas

Crédito: Fibria/MS

Número de funcionários: 4 mil trabalhadores (60% dos empregados próprios da unidade industrial, são oriundos de Três Lagoas e região) Unidade Florestal: 80% dos empregados próprios são do município

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POTENCIALIDADES

Passos largos rumo ao desenvolvimento

16 Mudanças. Esse é o processo que define a matriz econômica de Mato Grosso do Sul neste momento, de acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso do Sul (Fecomércio-MS). Saindo do binômio pecuária e grãos para a agregação de valores em seus produtos (industrialização), o Estado está receptivo a quaisquer tipos de investimento, principalmente no setor de comércio de bens, serviços e turismo para atender as demandas. Os exemplos dessas transformações podem ser vistos na região do Bolsão (Três Lagoas), que recentemente instalou o maior complexo da indústria de celulose, dentre elas a Eldorado, maior indústria em linha reta de celulose do mundo, e outras regiões do Estado que também agregam valores em seus produtos, como a Grande Dourados com a indústria sucroenergética, onde, dos 24 projetos instalados no Estado, encontram-se 16 deles. Segundo o presidente da Fecomércio-MS, Edison Araújo, o objetivo agora é construir um perfil industrial da região. “O Estado está empenhado em atrair indústrias para o local. Consequentemente, as indústrias necessitam de mão de obra e de serviços terceirizados. Aí temos mais emprego e aumento no consumo dos mais variados tipos de bens, gerando um círculo vicioso e aquecendo nossa economia”, conta.

O Estado está receptivo a quaisquer tipos de investimento, principalmente no setor de comércio de bens, serviços e turismo para atender as demandas. Para os investidores, o diretor-superintendente do Instituto de Pesquisa Fecomércio-MS (IPF), Thales de Souza Campos e a economista Regiane Dedé de Oliveira, também do IPF, explicam que a Fecomércio/MS instalou o Instituto de Pesquisa Fecomércio que, desde 2009, realiza pesquisa em vários setores da economia. Por meio de publicações, pa-


POTENCIALIDADES

lestras, workshops e oficinas para empresários e gestores, a entidade oferece técnicas e metodologias que geram resultados para os negócios. “Acredito que Mato Grosso do Sul está caminhando a passos largos para o desenvolvimento, sem deixar de trazer junto com esse crescimento, a infraestrutura necessária para que todos os setores da economia desenvolvam-se igualmente”, acrescenta o presidente.

Regiões e investimentos O Estado é dividido em cinco grandes regiões com suas zonas de investimento: Bolsão com indústria de celulose; Grande Dourados com indústria sucroenergética; Pantanal com mineração e turismo natural. Já o norte do Estado continua com o processo agropecuário e produção de cerâmica com possibilidades de instalação do turismo. A região central de Mato Grosso do Sul abriga a maior densidade demográfica do Estado, com quase 50% da população instalada em Campo Grande e cidades do entorno, provocando um centro de negociação e gestão dos grandes projetos do Estado, pois, até então, só se alcançava os grandes centros do Brasil e do mundo partindo do aeroporto de Campo Grande.

Turismo Com grande potencial turístico, o Mato Grosso do Sul detém boa parte das belezas naturais do país. Para colaborar com o desenvolvimento do Estado nesta área e para ajudar os empresários a alavancarem essa atividade econômica, foi criada recentemente a Câmara Empresarial do Turismo de Mato Grosso do Sul – (CET), que tem como objetivo desenvolver e fomentar a atividade no Estado com o apoio das entidades empresariais do setor. O intuito é melhorar a qualificação dos prestadores de serviço e prepará-los para a geração de consumo.

Futuro De acordo com Campos, o Estado precisa de investimentos no setor de serviços. Um exemplo é a indústria sucroenergética da Grande Dourados, que necessita de aproximadamente 400 tipos de serviços para a manutenção do parque industrial no período da entressafra, porém, o Estado fornece apenas 10% desses serviços, necessitando importar o restante de outros Estados. “Na área de bens temos perspectivas de instalações de grandes investimentos, dentre eles, o Shopping Bosque dos Ipês em Campo Grande, outros grandes shoppings em Três Lagoas e grandes lojas em Dourados”, ressalta.

Presidente do Sistema Fecomércio, SESC, Senac e IPF, Edison Araújo

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Mato Grosso do Sul está caminhando a passos largos para o desenvolvimento

Diretor-superintendente do IPF, Thales de Souza Campos e a economista Regiane Dedé de Oliveira, do IPF


MUNICÍPIOS

PDR reduz riscos de investimento Investir em um município, conhecer suas potencialidades e situação socioeconômica e ter consciência dos retornos. Foi pensando nesta estratégia que a Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul) desenvolveu o Plano de Desenvolvimento Regional – PDR. Baseado em um modelo de gestão ancorado no Índice de Competitividade dos Municípios, que monitora periodicamente as potencialidades de desenvolvimento socioeconômico de cada região, o PDR oferece um raio-X da situação de cada cidade, complementando os indicadores. De acordo com o presidente da Associação, Douglas Figueiredo, o intuito é apresentar aos investidores informações socioeconômicas de determinadas localidades, além de obter um perfil da população, analisar como funciona a educação na cidade, a saúde, questão ambiental e a infraestrutura do município.

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Segurança Na prática, o PDR levará às empresas interessadas em investir, o cenário atual da região, reduzindo os riscos do empreendimento. “O empresário que escolher o município “A” ou “B” não poderá dizer que foi enganado e nem vai criar falsas expectativas. Não poderá, depois de seis meses ou mais, dizer que se equivocou por optar por essa ou aquela cidade”, complementa Figueiredo. Além de promover a industrialização e contribuir para que empresas de fora – e as que já estão instaladas no Estado – possam conhecer o cenário em que pretendem investir, as prefeituras passarão a contar com orientações técnicas às empresas interessadas em investir nos municípios sul-mato-grossenses, dando um norte a ser seguido. Hoje, de acordo com Figueiredo, não se busca o atendimento individualizado de cada município, e sim, de forma regional, por meio de consórcios públicos, e a Assomasul pretende fomentar o exercício constante dessas ferramentas. Figueiredo também pontua que existe uma dificuldade dos municípios para atrair indústria, porque há uma falta de organização aliada à ausência de parcerias. “Cada município parte, de forma isolada, na busca de investidores e, dessa forma, não se consegue nada. Partindo de forma regionalizada e envolvendo um número expressivo de municípios, as possibilidades de atrair mais investidores aumentam expo-

nencialmente. Por isso, a Assomasul está mudando o conceito de buscar projetos e recursos em Brasília. Nós não vamos mais procurar por recursos pensando apenas numa cidade, mas em muitas”, explica.

Consórcios Os consórcios públicos são o instrumento legal visando o desenvolvimento regionalizado, e o Mato Grosso do Sul é um dos primeiros Estados brasileiros a se organizar nessa direção. Atualmente, existem cinco consórcios constituídos. Cidema

(Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Integrado das Bacias dos Rios Miranda e Apa)

Conisul

(Consórcio Municipal de Desenvolvimento da Região Sul de Mato Grosso do Sul)

Cointa

(Conselho Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia Hidrográfica do Rio Taquari)

Cideco

(Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento da Colônia)

Codevale (Consórcio Público de Desenvolvimento do Vale do Ivinhema) Segundo o presidente da Associação, a formação de um consórcio, além de baratear custos, garante a oportunidade de municípios de pequeno porte se estruturarem e investirem em várias áreas da administração pública. “Entendo que o grande desafio dos demais municípios é se associar, criando um instrumento permanente de discussão dos assuntos de interesse regional, buscando diagnosticar os problemas e instituindo regras claras para a formação de consórcios públicos no Estado”.

Assomasul Entidade que congrega os 79 municípios de Mato Grosso do Sul, trabalha com técnicos no papel de auxiliar os gestores públicos na execução de projetos, visando a captação de recursos para investimentos em vários setores da administração pública. Para isso, criou uma estrutura denominada “banco de projetos” para contribuir com prefeituras de pequeno porte que muitas vezes deixam de receber verbas federais por falta de um projeto específico, de um engenheiro ou técnico especializado.


LOGÍSTICA

Transporte rodoviário Industrialização requer avanços São aproximadamente 4.000 quilômetros de malha rodoviária asfaltada e pelo menos quatro principais rodovias que conectam Mato Grosso do Sul a algumas das principais cidades e portos do país, colaborando com o escoamento do que é produzido no Estado. Mesmo dispondo de três modais operantes – rodoviário, ferroviário e hidroviário – o primeiro ganha destaque: é o mais flexível e capaz de ligar o Estado aos quatro cantos do país de forma direta. E, com o desenvolvimento industrial que vem atingindo o Mato Grosso do Sul nos últimos anos, há uma classe que merece atenção, pois também é peça fundamental para o crescimento da região: as empresas de transportes rodoviários. O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas do Estado de Mato Grosso do Sul (Setcems), Claudio Cavol, conta que a industrialização traz a necessidade da especialização. Para isso, explica que cada empresa deve rever seus conceitos para conseguir penetrar no mercado de cargas industriais, pois estas possuem maior valor agregado. “É preciso um serviço diferenciado, que leve o empresário do transporte a melhorar a qualidade do seu atendimento e, consequentemente, poder cobrar um valor justo pelo transporte, que seja adequado ao seu custo e à necessidade da carga”.

Mesmo com o desenvolvimento industrial no Estado, Cavol faz um alerta frente às condições estruturais rodoviárias. De acordo com ele, não houve avanços na infraestrutura do transporte rodoviário e as estradas continuam as mesmas há mais de 30 anos. Com isso todos saem prejudicados. “Em nossa região, temos poucas rodovias federais, e dessas, todas são de pista simples, não possuindo o mínimo de condições para cumprir o que a legislação pede”. Na contramão, Cavol pontua que há mudanças na fabricação de veículos, com material de primeiro mundo, mas estradas degradadas. “Os recursos captados pela CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), criada com a finalidade específica de recuperar a infraestrutura dos modais do transporte, já ultrapassam R$ 150 bilhões, e não vemos a aplicação desses recursos em nossas rodovias”. Para buscar melhorias, o presidente aponta que uma saída é a união das empresas. “Somente com toda a categoria unida teremos condições de enfrentar as dificuldades. O transporte rodoviário é essencial para o desenvolvimento dos setores, pois o agronegócio, o comércio e a indústria necessitam do transporte para realizar seus ciclos de produção. Portanto, temos de agregar valor à necessidade”.

Desenvolvimento Segundo Cavol, a instalação de grandes indústrias na região colabora com o aumento da produção local. “Quanto maior a exigência do produto a ser transportado, maior será a necessidade de especialização por parte das empresas na prestação de serviços. E quanto maior a qualidade exigida, mais preparados devem estar os colaboradores”, expõe. Cavol explica que o sindicato é a casa do Transportador Rodoviário de Cargas, onde o empresário tem vez e voz nos caminhos a serem traçados para enfrentar as dificuldades que vêm com o avanço da competição acirrada entre os setores da economia.

Claudio Cavol, presidente do Setcems

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OPORTUNIDADES

Famasul

Soja: petróleo verde do Estado

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Promover o desenvolvimento sustentável do agronegócio, representando os interesses dos produtores e sindicatos rurais de Mato Grosso do Sul. Este é um dos objetivos da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul). Tornar-se uma instituição de referência na organização do agronegócio, com sólidas relações políticas e de mercado, fornecendo aos produtores rurais acesso a informações e serviços para a conquista de negócios globais, são objetivos que também estão incluídos. Quanto aos investimentos que poderão ser trazidos ao Estado no que diz respeito à agricultura, pecuária e agronegócio, o presidente da entidade, Eduardo Riedel, aponta que Mato Grosso do Sul possui condições de solo e clima favoráveis ao desenvolvimento da agricultura e pecuária nas mais diversas formas e culturas. As principais cadeias de produção desenvolvidas no Estado são a cultura da soja e milho como culturas temporárias, a cana-de-açúcar e o eucalipto como culturas semi perenes, e a bovinocultura de corte, leite, avicultura e suinocultura.

“Os investimentos industriais dos últimos anos têm sido direcionados às indústrias sucroalcooleiras e de papel e celulose, destacando o Estado como um dos principais produtores de álcool, açúcar e celulose do país”, afirma. Nas três últimas safras, o Estado vem crescendo fortemente na produção do milho safrinha, tornando-se o terceiro maior produtor do Brasil e atraindo o interesse de capital estrangeiro para o processamento da produção, bem como produção de produtos mais elaborados.

Novos nichos

e rentabilidade da atividade, que nos últimos anos têm perdido competitividade se analisarmos a produção da porteira para dentro”. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) apontam alta no volume das exportações brasileiras de farelo de soja, totalizando 816,15 mil toneladas até a terceira semana de abril. Diante desta questão, a expectativa de aumento no volume das exportações de farelo de soja é muito positiva para o Estado, por se tratar do principal produto na pauta de exportação sul-mato-grossense.

Para Riedel, o Estado tem grande potencial para a piscicultura, porém a atividade tem que ser melhor explorada, assim como a elaboração de projetos de irrigação para o desenvolvimento de agricultura de maior valor agregado como a produção de hortaliças, por exemplo. “Fazem-se necessários maiores investimentos em tecnologia na produção pecuária, visando aumentar a produtividade

Eduardo Riedel


OPORTUNIDADES

Soja Atualmente, a soja se tornou uma das matérias-primas mais consumidas pela população brasileira. É possível encontrá-la através de vários alimentos como o óleo, margarina, sorvete, biscoitos, temperos, iogurtes, entre outros. Na alimentação animal, através de farelos e rações. Na produção do biodiesel e até mesmo em produtos voltados à saúde (por ser um antioxidante, diminui o risco de doenças cardiovasculares). A soja chegou ao Brasil através dos Estados Unidos em 1882. Na época não era potencializada como uma planta produtora de grãos para a indústria de farelos e óleos vegetais, mas utilizada apenas para consumo animal e estudada mais como cultura forrageira. A partir da década de 60 a soja se estabeleceu como cultura economicamente importante para o país. Sua produção foi multiplicada por cinco, e na década seguinte, já estava consolidada como principal produto do agronegócio brasileiro.

Contribuíram para o desenvolvimento da soja: • mercado internacional em alta • correção de fertilidade dos solos • incentivos fiscais • topografia favorável à mecanização na região central • substituição de gordura animal pela vegetal

Países que mais importam:

China

Alemanha

Holanda

Presença no Estado

Primeiro trimestre de 2013 Foram exportadas

378 mil toneladas de farelo de soja

Receita gerada ao Estado:

US$ 206 milhões

Dois fatores foram fundamentais para o crescimento da oleaginosa em MS. O primeiro, diz respeito à expansão da área produtiva que cresceu aproximadamente 247% desde 1977, e o segundo, refere-se aos ganhos de produtividade das lavouras sul-mato-grossenses. Hoje, o Estado é o 6º maior produtor de soja do Brasil, responsável por cerca de 4 milhões de toneladas, em 1,8 milhão de hectares plantados. O ano de 2011 foi considerado bom se comparado aos anteriores, segundo dados da Unidade Técnica da Famasul. Naquele ano, o Estado arrecadou cerca de US$ 695,5 milhões com exportação de soja em grão, 36% mais que em 2010.

Parceria A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul é uma das 27 entidades sindicais que integra a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Possui sede na cidade de Campo Grande e base territorial no Estado de Mato Grosso do Sul, congregando atualmente 69 sindicatos rurais. Já a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul – Aprosoja/MS, que faz parte do Sistema Famasul, foi criada com o objetivo de atender aos anseios dos produtores de soja, milho, sorgo, aveia, trigo, entre outros, a favor do desenvolvimento do setor e implementação de novas estratégias.

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TURISMO

para quem busca

A história do Zagaia Eco Resort, localizado em Bonito (MS), começa em 1995, como empresa familiar. A experiência veio do outro empreendimento localizado no Paraná, Termas de Jurema. A atmosfera do hotel, formada a partir de elementos pictóricos e artísticos da tribo kadiwéu, que utilizavam as lanças zagaias para a caça, está associada à tecnologia e a uma moderna rede de facilidades e de serviços.

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Mais do que uma opção de hospedagem confortável, o Zagaia Bonito Eco Resort proporciona a seus hóspedes experiências marcantes envolvendo gastronomia, ecologia, aventura e esporte em seus 600.000 m2 de área exclusiva.

Serviços Os hóspedes do resort podem desfrutar de serviços com dois restaurantes, bar da piscina, sauna, academia, banheiras aquecidas, piscina coberta, biribol, tênis, futebol, pesca esportiva, caminhadas, recreação dirigida, massagens, conveniência, agência de turismo, apartamentos com ar quente e frio, tvs de LCD, cama box, serviços de apoio a eventos, shows e festas. O público corporativo corresponde a 35% da ocupação do Zagaia, e a expectativa é de crescimento, devido aos voos diretos de São Paulo, maior emissor de turistas para Bonito. Em 2008 a proporção de visitantes nos resorts brasileiros era de 57% - visitantes domésticos contra 43% - hóspedes estrangeiros. Em 2011 a relação mudou para 80% e 20%, respectivamente. Na visão de Guilherme Poli, proprietário do resort, as classes em geral são consumidoras de produtos e serviços de luxo. Na contramão, por conta dos inúmeros obstáculos, como a violência , falta de estrutura receptiva, e irrisória captação de estrangeiros para o Brasil, essa fatia realmente acaba ficando reduzida.

Aventura • Quadriciclo no Zagaia • Abismo Anhumas • Bike Tour Rio Sucuri • Boia Cross

• Circuito Arvorismo • Rapel na Boca da Onça • Ybirá Pe Canopy Tour Brasil • Cavalgada no Rio Sucuri

Balneários • Balneário do Sol • Balneário Municipal

• Praia da Figueira

Cachoeiras • Boca da Onça Ecotour • Ceita Corê • Cachoeiras do Rio do Peixe • Parque das Cachoeiras • Estância Mimosa Ecoturismo

Flutuação • Aquário Natural • Parque Ecológico Rio Formoso • Recanto Ecológico Rio da Prata

• Rio Sucuri • Bonito Aventura

Cavernas • Gruta do Lago Azul • Grutas de São Miguel

Contemplação • Trilha dos Animais • Buraco das Araras

• Projeto Jiboia


TURISMO

Apetite de crescimento “A perspectiva em 2013 é de crescimento devido a novos investimentos em captação, Copa de 2014 e aos novos apartamentos, mais 34 unidades habitacionais (UH) que irão incrementar o faturamento e a ocupação”, adianta. “Sempre buscamos o crescimento sustentável, por questões ambientais e sociais. Pensamos sempre no futuro. Em relação a crescimento, buscamos ações para incrementar a baixa temporada, investindo em eventos e atrações para este período.” Questionado sobre incorporações, fusões e aquisições almejando um crescimento consistente, o empresário diz não descartar aquisições. Sobre o Brasil ser considerado um destino caro, ele aponta a falta de bom senso político. “Sofremos o mesmo pesadelo das indústrias: a carga tributária. Bonito ainda tem sorte de não ter concorrente, pois o destino é singular no mundo devido a suas belezas.”

Empresa familiar Como administrar os conflitos de interesses, já que se trata de empresa familiar? A resposta é simples: Sempre com procedimentos profissionais, respeitando hierarquia, planejamento, realizando reuniões periódicas, distribuição de responsabilidades, preservando o bom relacionamento familiar, evitando conflitos. Sobre o mix entre a experiência de quem começou a empresa e a postura e pensamento modernos das novas gerações a assumir os cargos e dar continuidade, Poli conta que a administração atual faz parte da segunda geração. “Aprendemos muito com a prática, e o principal fator é a geração pioneira aceitar as mudanças e gestões modernas. Claro que tudo isso sempre planejado, assim pode ser comprovada a eficácia de uma gestão moderna”, defende.

Guilherme Poli, proprietário do Zagaia Bonito Eco Resort

Quanto à receita para um processo de sucessão alcançar o resultado esperado, o empresário é enfático: “Acredito que a relação entre os familiares seja o pilar de tudo. Se tiver bem claro a função, responsabilidades e benefícios de cada um, o processo já estará bem encaminhado.”

Público corporativo: cresce a cada dia e pode representar até 60% do faturamento

Desempenho 2012 Faturamento do setor: R$ 1,4 bi (+8%) Diária média: R$

Colaboradores: 160

533 (-2%)

Taxa de ocupação: 57% (+9%) Turistas estrangeiros: 10% Turistas brasileiros: 90%

Perspectivas 2013: crescimento de até

5% no faturamento Número de associados: 47

resorts

Unidades Habitacionais (UHs) 2012:

12.389 Empregos Diretos: 18.665

Fonte: Resorts Brasil (Associação Brasileira de Resorts)

Quanto à capacitação dos funcionários e colaboradores, periodicamente o resort proporciona treinamentos internos com consultores externos. “Para participar da família Zagaia, o funcionário tem que ser prestativo, hábil na sua função e ter como principal característica a simpatia”, afirma.

Capacidade: 360 leitos Unidades Habitacionais: 100

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Cooperativismo

União e bons resultados atraem grupos estrangeiros

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Diversos grupos estrangeiros vêm se reunindo com as cooperativas do Estado, seja para fornecimento de insumos ou para a compra de produtos

Montadas por pessoas com interesses comuns e economicamente organizadas de forma democrática, as cooperativas estão abertas às potencialidades e demonstram a cada dia que com a união é possível superar barreiras e ultrapassar limites. De acordo com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), no mundo, mais de um bilhão de pessoas estão envolvidas em cooperativas. Somente no Mato Grosso do Sul, atualmente são 91 cooperativas registradas no Sistema OCB/MS - Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Mato Grosso do Sul. Distribuídas por diversos segmentos econômicos, abrange setores como transportes, agropecuário, crédito, consumo, infraestrutura, saúde, turismo e lazer, produção, educação, entre outros. São aproximadamente 125 mil cooperados e cinco mil funcionários. O presidente da OCB/MS, Celso Ramos Régis, explica que os principais desafios do setor no Estado estão na difusão do cooperativismo para abranger um número maior de pessoas, visando sua participação neste modelo econômico. “Quanto mais pessoas aderirem ao cooperativismo, mais sucesso teremos. Quando as pessoas se

tornam bem-sucedidas, a sociedade como um todo evolui, pois está comprovado que nos lugares onde há cooperativismo, o IDH-Índice de Desenvolvimento Humano da comunidade em que ele atua é superior. O maior desafio é ampliar a cultura do cooperativismo entre as pessoas”. Régis expõe que, de acordo com os últimos levantamentos da instituição, cerca de 80% do algodão e mais de 60% da soja e do milho são produzidos por cooperados, cujas cooperativas armazenam e comercializam esses

Celso Ramos Régis, presidente da OCB/MS


Cooperativismo

Número de cooperativas por setor

58

Agropecuário Consumo

1

10

Crédito Educacional Produção Turismo e lazer

1 2 1

Infraestrutura Saúde Trabalho

2

Transporte

5

14

7

produtos. “Por outro lado, praticamente 100% da suinocultura e 25% do leite produzido no Estado são de cooperativas”. A união dos cooperativistas e os bons resultados apresentados têm chamado a atenção do exterior: “diversos grupos estrangeiros vêm se reunindo com as cooperativas do Estado, seja para fornecimento de insumos ou para a compra de produtos, cujos encontros têm o apoio técnico da OCB/MS em parceria com a Aprosoja e Famasul”, conta Régis. Para 2013, as estratégias são as frentes que visam o desenvolvimento do cooperativismo no Estado, destacando-se o incentivo à diversificação das atividades das cooperativas, modernização dos processos administrativos e operacionais e a adoção de modernas práticas de governança nas cooperativas, buscando sempre uma maior eficiência e melhores resultados dos empreendimentos cooperativos, para atingir a excelência nos negócios. “Temos conhecimento de diversas cooperativas que ampliaram seus parques industriais, seus armazéns e unidades de atendimento, especialmente do setor agropecuário, saúde e crédito, por isso, há a expectativa de gerar mais de 500 empregos diretos no cooperativismo”.

Indústria da Copasul em Navirai

ou dirigentes. “Oportunidade em que a atuação do “S” do cooperativismo, o SESCOOP/MS-Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de MS, oferta cursos e treinamentos para todos os setores, desde classificação de grãos a modernas práticas para a profissionalização da gestão através de MBAs e outros cursos de longa duração”.

Ano Internacional das Cooperativas Em 2012, comemorou-se o Ano Internacional das Cooperativas, declarado pela ONU. Marcado pela visibilidade, discussões e impactos no movimento cooperativista, Celso destaca que o mundo todo pôde conhecer melhor a doutrina e a filosofia do cooperativismo e, principalmente, conhecer os benefícios econômicos e sociais para a sociedade. “De forma especial, fez com que os agentes públicos reconhecessem a importância de uma cooperativa para o desenvolvimento das comunidades”.

Quanto mais pessoas aderirem

Investimentos

ao cooperativismo, mais

O presidente explica que o principal investimento para atender melhor os cooperados acontece na capacitação e treinamento de todas as pessoas envolvidas na vida da cooperativa, sejam funcionários, cooperados, executivos

sucesso teremos

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Bioenergia

Moagem supera

3 milhões de toneladas de cana

A Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia de MS), divulgou os dados de produção do primeiro mês da safra 2013/2014. Os números são animadores. Só a safra de cana-de-açúcar deslanchou já no primeiro mês de produção. Dados de acompanhamento do setor sucroenergético do Estado revelam que a cana processada no mês de abril foi de mais de 3 milhões de toneladas, número 273% maior com relação ao mesmo período da safra anterior. Em entrevista à Mercado & Negócios, o presidente da Biosul, Roberto Hollanda Filho, apresenta as perspectivas para o setor no Estado.

26 Mercado & Negócios - É possível traçar um com- Mercado & Negócios

- A produção sucroener-

parativo de lucratividade entre a usina e outros

gética conta com um ambiente institucional har-

segmentos, levando em conta que o sucroálcool,

monioso com o governo do Estado?

além de criar o álcool e o açúcar, também gera energia, criando novas oportunidades para empresas de resíduos? Todos os resíduos da produção de açúcar e etanol são reutilizados, quer seja na produção de bioeletricidade, quer seja na adubação e ferti-irrigação, com a vinhaça, palha, torta de filtro e cinzas.

Mercado & Negócios - Como o Estado encara a equação expansão das lavouras x preservação ambiental? A expansão da lavoura canavieira no MS ocorre em total sintonia com a preservação ambiental. Nosso setor cresce, sobretudo, em áreas de pastagens subaproveitadas, convertendo-as em terras produtivas e sem nenhum desmatamento.

Sim. O governo reconheceu no nosso setor um dos vértices de industrialização do MS, que vem conseguindo mudar o perfil de sua matriz econômica.

Mercado & Negócios - Políticas públicas estão presentes? Quais os incentivos do Estado para o setor? Existe uma política de incentivos, com desoneração de alguns tributos, mas esse é um tema que vem sendo personagem de um grande debate nacional

Mercado & Negócios - Quais são os fatores que colocam a região na rota de oportunidades? Principalmente o grande estoque de terras disponíveis para a produção, e que apresentam condições favoráveis de clima e solos.


Bioenergia

Mercado & Negócios - Há gargalos no setor? Como vencê-los? O setor investe pesado em qualificação profissional e precisa de mais infraestrutura de transporte. Para a capacitação é fundamental a parceria com as federações, como a Fiems (Federação das Indústrias de MS) e Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de MS), bem como com os governos estadual e federal. As próprias usinas realizam cursos de capacitação e requalificação. Por fim, também existem instituições privadas que são parceiras. No que tange à logística, políticas públicas federais de longo prazo e parcerias público-privadas são instrumentos indispensáveis para superar os gargalos.

Mercado & Negócios

- O que fazer para au-

mentar a competitividade? Há privilégios para o plantio por causa do solo e planície da região? O setor tem sofrido pesados castigos climáticos nas últimas quatro safras e tem investido na recuperação de suas

lavouras. A pesquisa é também uma forte aliada para recuperar os índices de produção e quebrar paradigmas tradicionais. Praticamente todas as instituições de pesquisa do nosso setor conduzem trabalhos no MS.

Mercado & Negócios - Quais as vantagens do Estado por sua localização no escoamento da safra? A localização do Estado é privilegiada, porém o escoamento da safra precisa melhorar. Ainda mais se considerar o potencial de crescimento.

Mercado & Negócios - Que investimentos poderiam ser feitos e em quais áreas, que hoje não recebem atenção? Todas as áreas recebem atenção, mas o setor tem seus desafios para crescer. Focamos nossas atenções em ampliar investimentos em capacitação e pesquisa. Esperamos que o mercado e o governo federal sejam sensíveis às oportunidades em logística.

Produção do primeiro mês da safra 2013/2014 Produtos

Produção

Comparativo com igual período da safra anterior

Cana processada

3.147.000 toneladas

273% maior

Açúcar

105,4 mil toneladas

608% maior

Etanol Anidro

28,2 milhões de litros

Etanol Hidratado

107,4 milhões de litros

145% maior

Etanol total

135,6 milhões de litros

209% maior

Açúcares Totais Recuperáveis por tonelada de cana

108,73 kg/tonelada de cana

1,96% maior

0 na safra anterior

Mato Grosso do Sul tem 24 usinas que produzem etanol, açúcar e bioeletricidade. Do total, duas já estão em funcionamento e sua produção já passa a contabilizar na safra 2013/2014. O Estado também é o mais mecanizado do Brasil. Dados do Centro Tecnológico Canavieiro apontam que 94,3% da produção do setor sucroenergético no Estado são feitos por meio de máquinas. Isso exige um profissional mais qualificado e, por consequência, melhor remuneração. “Mesmo o fato de a safra passada ter tido um abril muito ruim, não diminui o impacto tão positivo desses dados. Ainda se compararmos com a safra 11/12, a retrasada, a posição em 30 de abril é 40% maior”, aponta o presidente.

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Bioenergia

Expectativa Mato Grosso do Sul deve moer na safra 2013/2014, 18,3% a mais de cana-de-açúcar do que na anterior. A expectativa é colher 44,1 milhões de toneladas de cana. Na safra 2012/2013, esse número foi de 37,29 milhões de toneladas; na anterior (2011/2012), MS moeu 33,8 milhões e em 2010/2011 o Estado produziu 33,5 milhões de toneladas. A área cultivada deve crescer em 15%, atingindo 738 mil hectares no Estado. Já a área de corte vai passar de 542,8 mil hectares para 626,5 mil ha, um aumento de 15,4% em relação à safra anterior. O mix de produção revela quanto da cana foi destinado à produção de eta-

nol ou açúcar. Para a próxima safra, o mix deve se voltar à produção de etanol, saindo dos 64% (safra 2012/2013) passando para 66%. Com relação ao etanol, nesta safra, a produção deve ultrapassar os 2 bilhões de litros. A estimativa da entidade é que a produção total seja de 2,35 bilhões de litros, um crescimento de 22,8% em relação a 2012/2013, quando foram processados 1,915 bilhão de litros. Do total, 685 milhões de litros serão para a produção do etanol anidro, enquanto 1,667 bilhão de litros de hidratado.

Bioeletricidade O setor sucroenergético em Mato Grosso do Sul fechou a safra 2012/2013 com a exportação de 1.292 Giga Watts hora (GWh) de energia. Um crescimento de 17% em relação à safra passada (2011/2012). Para a safra 2013/2014, o Estado deve entregar para o sistema interligado nacional, 1.682 Giga Watts hora, um aumento de 27%. Das 24 usinas que já estão operando em MS, 13 vão produzir açúcar e etanol, e 11 exclusivamente etanol.

A produção de açúcar deverá aumentar 26,1% na safra 2013/2014, na comparação com o ciclo anterior, com a oferta de 2,19 milhões de toneladas.

Safra 2012/2013 28

• MS moeu 37,25 milhões de toneladas • crescimento de 33,85 milhões de toneladas em relação ao período anterior • crescimento esperado: 38,6 milhões de toneladas • aumento percentual pequeno se relacionado às safras anteriores • crescimento da produção foi 10,04% • na safra 2011/2012 o Estado teve um volume de 33,85 milhões de toneladas

Dados atuais mantêm o MS na 5ª posição entre os Estados produtores de cana. “Estamos numa evolução de produção. Logo devemos chegar à 4ª colocação”, declara Hollanda. Nesta safra São Paulo colheu 330 milhões de toneladas; Goiás, 53; Minas Gerais, 52 e o Paraná, 40. Quanto ao mix de produção, o Estado continuou, nessa safra, destinando a maior parte das suas canas para a produção do etanol, 64,14%, acima da média da Região Centro-Sul, que é de 51,25%.

Etanol O hidratado, usado nos veículos flex e dedicados a etanol, teve um crescimento de 18,41% em relação à safra anterior, com uma produção de 1,42 bilhão de litros. Já o anidro, que é misturado à gasolina, teve crescimento de 13,62%, com o total de 484 milhões de litros.

Já a produção do açúcar cresceu 9,70% em relação à safra anterior, com um volume de 1,74 milhão de toneladas. Para a safra 2012/2013 foram cultivados 648 mil hectares, sendo 540 mil ha de colheita, 29 mil ha para renovação, 64

mil ha de expansão e 15 mil ha para sementes e mudas. Do total de toda área cultivada de MS, apenas 3% são destinados ao setor sucroenergético.


PECUÁRIA

MS conta com o melhor rebanho bovino para exportação Para o dono da Nelore 42, Campo Grande é a capital mundial da pecuária

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PECUÁRIA

Nelore 42 1.500 cabeças de nelore PO (Puro de Origem)

80 doadoras 1.000 embriões produzidos por ano

como hoje, por um símbolo ou alguma predileção. A tradição era usar números. A marca do pai era o número 10. O irmão mais velho nasceu em 1940, portanto ficou com a marca 40. Já o do meio nasceu em 1941, ficando com a marca 41. Cícero, pela própria força da sequência, seria 42, embora tenha nascido em 1944. Em homenagem ao pai e à tradição antiga, permaneceu com a marca 42. “Graças a Deus e aos amigos que nesses 31 anos de nelore nos prestigiaram, tornamos a marca conhecida em todo o território nacional.” Quanto ao critério de seleção do gado, esta é feita por Souza e pelos técnicos. Quando há as desmamas, começa a separação. Há controle de peso, qualidade, racial e tudo o que implica o melhoramento da genética, fator indispensável no processo de seleção.

Investimento genético Hoje, dentro da ABCZ (Associação Brasileira de Criadores de Zebu – da qual o nelore é responsável por 80%) há mais de 20 mil associados. Todos estão procurando melhorar geneticamente os seus rebanhos. A melhoria genética está estabelecida em diversos pontos. São levados em conta: fertilidade, precocidade, caracterização racial, carcaça, aprumo e circunferência escrotal, quesito que, na visão de Cícero, atualmente não vem recebendo o devido valor e que é fundamental para os touros que vão transmitir essa genética para outros rebanhos.

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A marca Nelore 42 existe há mais de três décadas “Para se criar nelore, não bastam os três “Rs”: Raça, Ração e Relacionamento. Eu acrescento mais um, o “R” do amoR”. Assim se resume a paixão de Cícero de Souza, dono da marca Nelore 42 - uma das mais conceituadas e respeitadas do Brasil - pelo que faz há mais de 30 anos: criar, entre outras raças, o imponente gado nelore. Além de dono da marca, é também conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul e conhecido por fazer a melhor festa de leilão de gado de elite do país, geralmente no mês de novembro. Os cantores sertanejos Zezé Di Camargo e Leandro, amigos pessoais do pecuarista, são presenças garantidas em todas as edições.

Um pouco da história O pai de Cícero de Souza era fazendeiro, e antigamente as marcas não eram conhecidas pelas iniciais dos nomes,

“A melhoria você vai buscar lá fora, e a sua, você vai levar para fora. Então, é através dessa permanente troca de ideias e animais nos próprios leilões e nas compras estabelecidas, que fazemos a melhoria genética. Hoje o Brasil tem a melhor genética do mundo dentro da raça nelore”.

Para se criar nelore, não bastam os três “Rs”: Raça, Ração e Relacionamento. Eu acrescento mais um, o “R” do amoR


PECUÁRIA

O pecuarista aponta a necessidade de buscar novas opções para touros para que possa ser feito, dentro do rebanho, um refinamento de sangue. “Hoje temos oito linhagens dentro da raça nelore. O pessoal que está fazendo os embriões na Índia, será muito bem-vindo, porque é uma nova maneira de concretizar e efetivar o melhoramento genético de um rebanho tão grande como o nosso, que é o maior do mundo”, revela.

Receita de sucesso Questionado sobre a receita de sucesso da marca Nelore 42, resume: qualidade excelente e amigos sinceros. E lembra que Campo Grande detinha o maior rebanho bovino nacional em qualidade e quantidade, com 26 milhões de cabeças. Hoje esse número foi reduzido porque novas fontes econômicas foram estabelecidas dentro do Estado, como a cana e o eucalipto, que tomaram grande parte das pastagens. O Estado continua com a melhor qualidade e conta com o melhor rebanho bovino para exportação – MS é o que mais exporta carne bovina. “Campo Grande é a capital mundial da pecuária, porque aqui tudo se vende gado de corte, leiteiro, de elite. Por isso defino: Campo Grande está para o mundo como a capital mundial da pecuária assim como Uberaba está para o mundo como a capital do zebu. Temos leilões todos os dias - sempre lotados - e ninguém volta com o rebanho para casa.” No último leilão de prenhezes, foi obtida uma média de R$ 78 mil com lotes individuais. Não houve lotes duplos como se pratica hoje em alguns setores de mercado em relação ao nelore. Souza é contra esta prática, por acreditar que desvaloriza a doadora. A marca carrega a tradição de quebra de recordes dentro do Estado a cada edição.

“O investimento é constante, nunca para. O dia que parar, não estaremos melhorando geneticamente. Tem que estar sempre investindo. Quem não fizer genética, não faz investimento. Hoje o desafio chama-se comida. Precisamos ter comida não só para

o nelore, mas para todas as outras raças. A comida é fundamental. Outrora levávamos o gado a pastar; hoje temos que trazer o pasto para o gado comer. Solução: plantando, fazendo comida”, conclui.

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O Brasil tem a melhor genética do mundo dentro da raça nelore

Cícero de Souza com os sertanejos Zezé Di Camargo e Leonardo


RADAR MS

Tecnologia

Expansão

Com o intuito de facilitar a leitura de dados de consumo, a Companhia de Gás do Mato Grosso do Sul (MSGÁS) instalou nos estabelecimentos de alguns clientes um sistema de medição inteligente de consumo de gás natural AnyQuest, em um projeto comandado pela Itron. Agora, a medição, que antes era feita de forma manual, pode ser realizada a qualquer momento. O projeto teve início em novembro de 2012 com 96 pontos instalados em dois condomínios residenciais da capital, e a expectativa é ampliar o projeto em breve, inclusive para segmentos além do residencial.

Tecnologia II

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Mato Grosso do Sul conta agora com uma nova tecnologia que promete melhorar a forma como são monitoradas as principais culturas agrícolas do Estado, como os grãos, a cana-de-açúcar e as florestas plantadas. O Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga Web) utiliza imagens captadas por meio de sensoreamento remoto (via satélite) e amostragens a campo. Todas as informações obtidas pelo sistema estão disponíveis em uma página na internet. O banco de dados poderá ser consultado por produtores, técnicos, estudantes, pesquisadores e empresários. Os boletins sobre as safras de grãos, por exemplo, serão atualizados todas as semanas.

A Coamo Cooperativa Agroindustrial, a maior das Américas, está investindo R$ 13 milhões em Dourados, na construção de um complexo de armazenagem de soja e milho, venda de insumos e máquinas. As instalações ficam no Anel Rodoviário Norte, próximo ao trevo da BR-163 com a BR-376, e a capacidade de armazenamento, após a primeira fase da obra, será de 42 mil toneladas (700 mil sacas). Mas, a capacidade projetada para o futuro é de 120 mil toneladas (dois milhões de sacas). Para isto, os armazéns estão sendo instalados numa área de 20 hectares. Já na fase inicial será um dos maiores armazéns do Estado. Além da armazenagem, a Coamo vai instalar em Dourados loja de insumos e máquinas.

Expansão II O grupo Automar, concessionário da Volkswagen, assegurou a construção de uma sede própria da filial em Nova Andradina (MS). As concessionárias estão distribuídas nos Estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, sendo sete da Volkswagen e quatro da Ford. Em Nova Andradina, a revendedora foi instalada no ano de 2010. De acordo com os empresários, a sede própria da concessionária no município contará com uma oficina completa e atenderá a todos os padrões mundiais da Volkswagen. A previsão é de que as obras sejam iniciadas já no segundo semestre deste ano. O espaço adquirido pela empresa conta com 7.040 m². Depois de pronta, a concessionária deverá gerar aproximadamente 60 empregos diretos.

Investimentos Os investimentos no Estado não param. Empresários do mundo todo têm voltado sua atenção para Mato Grosso do Sul que é destaque quando se trata de desenvolvimento industrial. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico recebe, constantemente, empresários interessados em investir em Três Lagoas, como bolivianos e até da Arábia Saudita, assim como outro grupo de empresários interessados em investir na implantação de um grande centro de distribuição de produtos da Indonésia.

Abate A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul prevê que o Estado encerre 2013 com abates de 146 milhões de aves, mesmo volume de 2011. Se confirmado, o número será 2,1% maior do que as 140 milhões de cabeças de aves abatidas no ano passado. No primeiro quadrimestre do ano, os frigoríficos de MS abateram cerca de 50 milhões de aves. Fontes: site baguete, g1.globo.com, mshoje.com




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