MARÇO/ABRIL DE 2012
ANO 69 – Nº 583
PAuLO SEGuRA
mAiS de 90 miL Pedem indÚStRiA FoRte e emPReGo
IuGO KOYAMA
WWW.METALURGICOS.ORG.BR
Presidente Miguel Torres (acima) fala para mais de 90 mil trabalhadores e empresários em defesa da produção nacional e dos empregos
O
ato “Grito de Alerta” em defesa da produção nacional e dos empregos, realizado no dia 4 de abril, em São Paulo, reuniu mais de 90 mil pessoas mobilizadas pelas seis centrais sindicais, sindicatos e entidades empresariais do setor produtivo. O presidente do Sindicato, Miguel Torres, lembrou que empresas de vários setores da economia estão sendo “dizimadas” pelos produtos importados, que entram
indiscriminadamente no Brasil, sem pagar imposto e “maquiados”, numa guerra desleal. “Nossas empresas estão se tornando meras montadoras de equipamentos e cortando empregos. Não vamos de 60% de conteúdo nacional, que os juros e a carga voltar a ser uma economia apenas produtora e expor- de impostos sejam reduzidos drasticamente e novos tadora de produtos primários. Vamos, num movimento empregos com salários dignos sejam gerados”. unificado, continuar pressionando e lutando até que os nossos carros, eletroeletrônicos, máquinas tenham mais LEIA NAS PÁGS. 6, 7 e 8
JAéLCIO SANTANA
Delegados aprovam Bandeiras de Luta - PÁG. 3 ASSemBLeiA GeRAL no SindiCAto 11 de maio, sexta-feira, às 18 horas
JAéLCIO SANTANA
Campanha pela PLR Sem Imposto - PÁG. 4
PÁG. 3
PAuLO SEGuRA
Começou a 4ª Copa de Futebol - PÁG. 9 1º de mAio dA PÁG. FoRÇA SindiCAL na Praça Campo de Bagatelle 12
2 - o metalúrgico
março/abril de 2012
eDitorial
BRASiL dÁ o Seu GRito de ALeRtA
A
primeira fase das manifestações Grito de Alerta contra a desindustrialização, que uniu trabalhadores e empresários, foi um sucesso. Em São Paulo, mais de 90 mil manifestantes participaram do ato, na Assembleia Legislativa, por uma indústria forte, pelo fim das importações desenfreadas, por mais investimentos no setor produtivo, em tecnologia e para a geração de emprego. Vamos, agora, intensificar a mobilização nas fábricas, assim como nas comemorações do 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, para mostrar à classe trabalhadora e à sociedade que a desindustrialização é muito séria e que precisamos de medidas urgentes para alavancar a produção nacional. Depois, o próximo passo desta luta con-
artiGo
PAuLO SEGuRA
tra a nefasta desindustrialização será entregar, em Brasília, no dia 10 de maio, ao governo e ao Congresso Nacional, as reivindicações do nosso movimento Grito de Alerta. Esperamos que a presidenta Dilma abrace a causa e estanque o processo de desindustrialização. Temos uma situação econômica favorável, com nível de emprego e de consumo em alta, e não vamos perder esta oportunidade de buscar condições de estabilidade da economia, com justiça social, distribuição de renda e indústria forte, com mais empregos e salário no bolso dos trabalhadores. MIGUEL TORRES Presidente do Sindicato e da CNTM e vice-presidente da Força Sindical
medidAS PARA SALVAR indÚStRiA e emPReGo
A
s centrais sindicais reuniram mais de 90 mil pessoas no ato, no dia 4 de abril, para exigir do governo medidas concretas capazes de proteger a indústria nacional e os empregos. Na manifestação, realizada no estacionamento da Assembleia Legislativa de SP, os dirigentes e os manifestantes tiveram importantes aliados: os empresários e os estudantes. Juntos, reivindicamos a redução drástica e imediata dos juros, diminuição do spread bancário (diferença entre os juros cobrados pelos bancos nos empréstimos e os juros pagos aos investidores), a regulação do câmbio e o fim da guerra dos portos, entre outras propostas. Antes do ato ‘Grito de Alerta’, o governo baixou um pacote para ajudar a indústria nacional, mas nos decepcionamos com a timidez das propostas do documento. As medidas não mexem nos juros, mantêm o câmbio alto, não tocam na política de superávit primário, não apontam para a necessidade de uma reforma tributária e não preveem
o metalúrgico MARÇO/ABRIL DE 2012 Ano 69 – Edição nº 583 “o metalúrgico” é o órgão oficial do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo e Mogi das Cruzes Sede SP - Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade CEP 01506-000 - São Paulo/SP - Fone (11) 3388-1000 Sede Mogi (endereço provisório) - Rua Ipiranga, 497, centro - Mogi das Cruzes/SP Fone (11) 4699-8700/8701 - Fax (11) 4699-8702
www.metalurgicos.org.br contato@metalurgicos.org.br
noSSA hiStÓRiA
TIAGO SANTANA
investimentos para melhorar a competitividade de nossas empresas. A desoneração da folha de pagamento das empresas, com o fim da contribuição de 20% para o INSS, é uma boa iniciativa, desde que os direitos dos trabalhadores sejam preservados e a arrecadação da Previdência seja mantida. No Grito de Alerta deixamos claro que não aceitamos a continuidade dessa política que gera desindustrialização. Vamos continuar com as manifestações a favor da proteção à indústria nacional e da preservação de empregos. Queremos medidas duras para acabar com a farra das importações; a aprovação da Resolução 72, que põe fim à guerra fiscal dos portos e dos Estados, e soluções para as questões estruturais, como o preço da energia e o excesso de impostos que recai sobre o setor produtivo. PAULO PEREIRA DA SILVA, PAULINHO Presidente da Força Sindical e Deputado Federal - PDT/SP DIRETORES (SEDE SP) Adnaldo Ferreira de Oliveira, Antonio Raimundo Pereira de Souza (Mala), Carlos Andreu Ortiz (Ortiz), Carlos Augusto dos Santos (Carlão), Cícero Santos Mendonça, Cláudio do Prado Nogueira, David Martins Carvalho, Edson Barbosa Passos, Elza Costa Pereira, Eraldo de Alcântara (Maloca), Eufrozino Pereira, Francisco Roberto Sargento, Geraldino dos Santos Silva, Jefferson Coriteac, João Aparecido Dias (João DD), João Carlos Gonçalves (Juruna), Jorge Carlos de Morais (Arakém), José Francisco Campos, José Luiz de Oliveira, José Maurício da Silva (Ceará), José Silva Santos (Zé Silva),
Dica de
S
IuGO KOYAMA
aúde
A importância de se cuidar • Dormir bem estimula o bom funcionamento do cérebro, em especial a memória e a inteligência.
Dr. Fernando J. Lia C. Araújo
previamente pode ser tão importante quanto o tratamento medicamentoso.
• Subir escadas não causa varizes, pelo contrário, estimula a circulação venosa das pernas e previne o aparecimento de varizes.
• Estão previstas para este ano de 2012, nos Estados Unidos, 577 mil mortes por câncer. Metade dessas mortes poderia ser evitada com a prática regular de atividade física, boa alimentação e evitando o fumo.
• A hepatite B é uma doença infecciosa que pode ser muito grave. Não tem tratamento específico, é transmitida com muita facilidade e é 100 vezes mais contagiosa do que a AIDS. Pode causar câncer e cirrose no fígado.
• 4 tipos de vegetais ricos em anticancerígenos: brócolis, couve-flor, repolho e couve. Prepare-os no vapor deixando-os o mais cru possível.
• As espinhas não devem ser espremidas, pois isto só aumenta o risco de cicatrizes indesejáveis. As mãos são fonte de bactérias; não colocar as mãos no rosto sem lavá-las
• Para prevenir a osteoporose (doença dos ossos) é preciso ingerir alimentos ricos em cálcio. Existem alimentos tão ricos em cálcio ou mais até que o leite: o açaí e a sardinha fresca ou mesmo em lata, por exemplo.
CORREÇÃO
O assessor de diretoria Francisco Aquino Pereira, o Chiquinho, faleceu no dia 30 de dezembro e não em 30 de janeiro, conforme foi informado no jornal anterior.
Juarez Martelozo Ramos, Lourival Aparecido da Silva, Luiz Antonio de Medeiros, Luís Carlos de Oliveira (Luisinho), Luiz Valentim Damasceno Filho, Maria Euzilene Nogueira (Leninha), Miguel Eduardo Torres, Milton Eduardo Brum, Nelson Aparecido Cardim (Xepa), Paulo Pereira da Silva (Paulinho), Pedro Nepomuceno de S. Filho (Pedrinho), Ricardo Rodrigues (Teco), Sales José da Silva, Tadeu Morais de Sousa e Valdir Pereira da Silva SEDE DE MOGI DAS CRUZES Paulo Fernandes de Souza (Paulão) e Sílvio Bernardo
Diretor Responsável Miguel Eduardo Torres Edição e Redação Débora Gonçalves - MTb 13.083 Val Gomes - MTb 20.985 Fotografia Jaélcio Santana Diagramação Rodney Simões Vanderlei Tavares Impressão BANGRAF Tiragem: 300 mil exemplares
o metalúrgico - 3
março/abril de 2012
orGaNiZaÇÃo
deLeGAdoS APRoVAm BAndeiRAS de LutA e moBiLiZAÇÃo
PAuLO SEGuRA
JAéLCIO SANTANA
Miguel Torres: luta dos metalúrgicos é a luta de todos os trabalhadores PAuLO SEGuRA
Paulinho da Força: defensor das bandeiras da categoria no Congresso Nacional PAuLO SEGuRA
Assembleia com delegados e delegadas sindicais comandada pelo presidente Miguel Torres aprova as Bandeiras de Luta para 2012
M
ais de 800 delegados e delegadas sindicais metalúrgicos aprovaram, em assembleia no dia 16 de março, no Sindicato, as Bandeiras de Luta para 2012 e a participação da categoria no ato contra a desindustrialização e pelo emprego, realizado no dia 4 de abril, em São Paulo. O movimento, conjunto com entidades empresariais, teve lugar na Assembleia Legislativa de São Paulo. Os atos ‘Grito de Alerta’ foram realizados em vários Estados. O último será dia 10 de maio, em Brasília.”O momento é de crise em vários setores da economia. Isso nos preocupa e temos que agir para reverter essa situação. Se nós, trabalhadores, não tivermos uma atitude vamos perder muito. Muitos empregos e direitos estão em jogo”, disse o presidente do Sindicato e da CNTM, Miguel Torres. O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, disse que a economia do Brasil está crescendo, mas ressaltou que o setor industrial passa por sérias dificuldades por causa das importações. “A desindustrialização vem numa velocidade muito grande, prejudicando a produção nacional, ameaçando os empregos, e os juros altos e o dólar baixo favorecem esse cenário”, disse. Os juros altos encarecem os produtos brasileiros e atraem o capital especulativo, enquanto o dólar baixo favorece as importações e encarece nossos produtos. Paulinho relatou a reunião mantida com a presidente Dilma Rousseff no dia 14 de março, em Brasília, ocasião em que as centrais sindicais apresentaram as reivindicações do movimento Grito de Alerta e cobraram medidas para frear as importações e aquecer a produção. “Falamos sobre a necessidade de acabar com o fator previdenciário, do aumento dos aposentados, da injustiça que é cobrar imposto de renda da PLR e dos abonos salariais”, afirmou. Assembleias mensais - Além de aprovar as bandeiras de luta, a assembleia assumiu levar a luta para dentro das fábricas e aprovou proposta apresentada pelo presidente Miguel Torres, de realização de assembleias todos os meses, para avaliação das lutas e encaminhamentos das ações. ASSEMBLEIA DIA 11 DE MAIO A próxima assembleia da categoria será no dia 11 de maio, uma sexta-feira, às 18h, no auditório do Sindicato - rua Galvão Bueno, 782, Liberdade (metrô São Joaquim). “Vamos fortalecer a mobilização contra a desindustrialização, em defesa do emprego e de todas as reivindicações importantes da categoria”, afirma Miguel Torres.
Bandeiras de luta aprovadas
Vereador Cláudio Prado: com planejamento e organização esta categoria vai às conquistas
• Mobilização contra a desindustrialização e pelo emprego • Aumento real de salário • Campanha contra o calote nos depósitos do Fundo de Garantia • Estabilidade aos delegados sindicais • Licença-maternidade de 180 dias • Aumento no percentual de remuneração das horas extras • Campanha de Sindicalização • Melhoria da PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) • Inclusão Digital • Vale Cultura • Reconhecimento, pelas empresas, dos atestados médicos da mãe ou do pai de acompanhamento do filho menor nas consultas médicas • Implantação, pelas empresas, da NR 12 – Norma Regulamentadora “Máquina Risco Zero”, para prevenção aos acidentes de trabalho
DEFESA NAS FÁBRICAS E NO CONGRESSO NACIONAL • Fim do desconto de imposto de renda na PLR e abonos salariais • Jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução salarial • Fim do fator previdenciário • Fim da terceirização irregular • Aumento real dos aposentados que ganham acima do mínimo
OUTRAS AÇÕES • Exibição de filmes, no Sindicato, sobre a história do movimento sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, que em dezembro completará 80 anos de lutas e conquistas • Utilização do “trailer” METALVIDA, do Departamento de Segurança e Saúde do Sindicato, para o atendimento da saúde da mulher metalúrgica nas fábricas • Criação de “escritórios regionais” do Sindicato para ampliar o atendimento aos trabalhadores e associados nas diversas regiões da cidade
4 - o metalúrgico
março/abril de 2012
Fora, imposto!
Trabalho
Sindicato na luta unificada pela PLR sem imposto
Metalúrgico Ortiz é o secretário de Emprego paulo segura
jaélcio santana
Presidente Miguel Torres, Tadeu Morais, Arakém, diretores, coordenadores e assessores no ato unificado na Avenida Paulista
Carlos Ortiz foi empossado pelo governador Geraldo Alckmin
C jaélcio santana
A
campanha do Sindicato pelo fim da cobrança do Imposto de Renda na PLR está avançando. Junto com metalúrgicos do ABC, bancários, petroleiros, eletricitários, químicos, costureiras fizemos manifestações nos dias 21 de março, na Via Anchieta, e 22, na Avenida Paulista, e estamos pressionando o governo e o Congresso Nacional a mudar a legislação da PLR. Os presidentes do Sindicato, Miguel Torres, e da Força Sindical, Paulinho, junto com dirigentes das demais centrais sindicais, foram ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, e Gilberto Carvalho, da secretaria-geral da Presidência da República, para pedir o fim da cobrança do imposto na PLR, nos abonos salariais e no adicional de férias. O ministro disse que ia estudar a questão. Hoje, o imposto de renda incide sobre a soma do salário com a PLR, o que muitas vezes eleva a faixa de renda do trabalhador na tabela do Leão, fazendo com que ele pague imposto. Nosso deputado Paulinho da Força e o deputado Vicentinho apresentaram na Câmara uma emenda à Medida Provisória 556 do governo, isentando os benefícios dos trabalhadores do imposto. No dia 27 de março, sindicatos e centrais sindicais foram ao Congresso Nacional pressionar os parla-
Metalúrgicos e trabalhadores de várias categorias unidos na luta
daniel cardoso
Miguel Torres e Paulinho da Força entregam reivindicação ao relator da medida provisória, deputado Jerônimo Goergen
mentares a aprovar as emendas. “Queremos justiça tributária. Empresários e acionistas não pagam imposto de renda sobre os lucros e dividendos que recebem. Por que o trabalhador paga?”, questiona Miguel Torres. Para o vice-presidente do Sindicato, Tadeu Morais, esta é uma luta de todos os trabalhadores brasileiros. “Salário não é renda e vamos pressionar o Congresso
Nacional a aprovar as emendas que acabam com a cobrança do imposto”, afirmou. Paulinho da Força enfatiza que dinheiro no bolso do trabalhador é reforço pra economia. “O trabalhador vai consumir mais e isso vai aquecer a economia e a produção e melhorar a qualidade de vida da população”, afirma. Para o secretário-geral, Arakém, “é com ação que vamos ter um país mais justo, com crescimento econômico e social”.
arlos Andeu Ortiz, diretor do nosso Sindicato e ex-presidente estadual do Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical é o novo secretário de Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo. Ortiz assumiu o cargo no dia 9 de março, no Palácio dos Bandeirantes, numa solenidade prestigiada por sindicalistas de todas as centrais sindicais. Em seu discurso, Ortiz agradeceu ao governador Geraldo Alckmin pela confiança, ao partido (PDT), à sua esposa e filhas pelo apoio. “Assumo com o compromisso de fortalecer o diálogo entre o capital e o trabalho e de defender os interesses dos trabalhadores paulistas”, disse. Paulinho da Força lembrou a luta pelo emprego desenvolvida pelo movimento sindical e falou da mobilização contra a desindustrialização que vem sendo travada em conjunto com o setor empresarial. “O Ortiz é especialista em negociações e vai trabalhar para criar mais oportunidades de emprego para os trabalhadores”, disse. O governador disse que São Paulo se fez pelas mãos dos trabalhadores e elogiou Ortiz. “Ortiz é um homem de ação, de iniciativa, e fará um grande trabalho à frente da Secretaria de Emprego”, disse Alckmin. Para o presidente Miguel Torres, Ortiz vai levar a Secretaria do Trabalho a todos os cantos do Estado, dando oportunidades aos trabalhadores. “Ortiz é militante sindical há 35 anos. Começou sua trajetória no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, tem larga experiência sindical, foi presidente de uma das mais respeitadas instituições do país, o Dieese, e é uma grande liderança dos aposentados”, concluiu.
Direitos
Fique de olho no seu FGTS
O
Sindicato está fazendo uma campanha em defesa do Fundo de Garantia do Tempo e pedindo aos companheiros e companheiras nas fábricas para verificar o extrato da conta do FGTS, a fim de ajudar a fiscalizar as empresas que não depositam esse direito do trabalhador. O presidente do Sindicato, Miguel Torres, lembra que a empresa pode lançar no holerite o valor do depósito mensal, mas não estar, de fato, depositando esse dinheiro na conta do trabalhador, junto à Caixa Econômica Federal. “Então, é preciso tomar providências para garan-
tir o direito”, afirma. Se o trabalhador constatar que a empresa não está depositando o seu FGTS deve denunciar ao Sindicato. “Se o trabalhador não denunciar, se não procurar o Sindicato, não vamos conseguir ajudá-lo nem fazer valer o seu direito”, reforça Miguel Torres. Os companheiros da Oxigel (zona sul) e da K.Takaoca (zona leste) estão se mobilizando para entrar com processo por meio do Sindicato. “Os trabalhadores estão levantando a situação das suas contas para podermos tomar providências junto à Justiça”, disse o diretor Edson.
Diretor Sales à frente da mobilização na K. Takaoka pelos depósitos do FGTS
jaélcio santana
Luta na Oxigel, com diretor Edson, pelo FGTS dos trabalhadores
o metalúrgico - 5
março/abril de 2012
em obra
ComeÇA ReFoRmA dA Sede de moGi C
umprindo com o compromisso assumido com a categoria, o Sindicato começou a fazer a reforma na sede de Mogi das Cruzes, sem, contudo, interromper o atendimento aos trabalhadores e trabalhadoras da categoria das fábricas de Mogi, Guararema, Poá e Biritiba Mirim. O atendimento está sendo feito em endereço provisório, na rua Ipiranga, 497, centro de Mogi. Os telefones continuam os mesmos: 4699-8700 e 4699-8701. “Decidimos a questão das reformas com a categoria e estamos cumprindo com o que prometemos, para oferecer atendimento cada vez mais eficiente aos trabalhadores e suas famílias e preservar o patrimônio do Sindicato”, afirma o presidente do Sindicato, Miguel Torres. A diretora financeira do Sindicato, Elza Costa Pereira, que está administrando mais este projeto, explica que a sede de Mogi, na Vila Tietê, ficará fechada por 12 meses. “A sede vai dar espaço a um novo prédio, com seis andares, um deles para lazer (com salão de recreação e jogos, quadra poliesportiva e churrasqueira na cobertura); amplas salas para os departamentos admi-
Por trás do ripado, vidro de alto a baixo garantirá mais luminosidade às salas
nistrativos e diretoria; cinco consultórios para o Ambulatório Médico e dentista, sala de reunião, auditório com capacidade para 96 pessoas, elevador, estacionamento. Estamos pensando o que a família metalúrgica gostaria de ver melhorado”, afirma Elza. O projeto leva em conta os princípios de sustentabilidade, eficiência energética e acessibilidade. O projeto arquitetônico prevê a utilização de divisórias internas leves, o que diminui o peso da estrutura – menos ferro, menos cimento -, reduz o tempo de execução da obra, os resíduos e o desperdício de materiais. Grande parte da fachada será protegida da incidência direta do sol (veja ao lado), terá vidro do piso ao teto, garantindo ambientes claros e diminuindo a necessidade de luzes acesas; e mais ventilação, reduzindo o uso de ar-condicionado. A sede também terá elevadores, banheiros adaptados, vagas mais amplas no estacionamento e rampas de acesso para portadores de necessidades especiais.
Ripado de madeira ou alumínio dará sombra à fachada e amenizará a temperatura das salas
PAuLO SEGuRA
Diretora Elza vistoria o início das obras da sede com o arquiteto Wilson, o diretor Paulão e o engenheiro Miruca
CNtm
FormaÇÃo proFissioNal
Confederação realiza 2º encontro de Comunicação Sindical
escola do Sindicato amplia instalações
O
TIAGO SANTANA
Miguel Torres, presidente da CNTM, abriu o encontro destacando a importância da comunicação sindical
D
irigentes e assessores de imprensa de entidades filiadas à Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) participaram, em 22 de março, do 2º Encontro Nacional de Comunicação Sindical. O evento, realizado na Força Sindical, debateu a comunicação no País e o jornalismo sindical como instrumento de informação e mobilização da categoria metalúrgica. Miguel Torres, presidente da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, abriu os trabalhos criticando a falta de notícias sindicais nos veículos de comunicação de massa. “A mídia tira o trabalhador da sua pauta. Como vamos discutir, por exemplo, a desindustrialização, se os maiores anunciantes da mídia são importadores?”. Miguel defende que mesmo diante das dificuldades, e de um momento político desafiador, “é preciso agir e investir em comunicação”. O consultor político João Guilherme Vargas Netto disse que “a grande mídia desconhece o tema trabalhador, ataca as ações sindicais e esta
FOTOS: JAéLCIO SANTANA
negatividade é uma violência”. O jornalista Mino Carta, diretor de Redação da Revista Carta Capital, afirmou que a “grande imprensa não noticia a classe trabalhadora porque o Brasil não vive uma democracia autêntica, temos muitas desigualdades sociais e resistência da classe dominante”. Para Luiz Carlos de Miranda, secretário de relações públicas da CNTM, a mídia sindical deve divulgar também ações de cidadania e campanhas sociais sobre, por exemplo, o problema das drogas e outras questões que prejudicam fortemente a sociedade. DIRETRIZES - No encontro, os participantes definiram algumas diretrizes para a CNTM colocar em prática, entre elas: atualização do site www. cntm.org.br; oficinas regionais de texto e novas mídias; parcerias entre entidades para a produção de materiais e eventos; cartilha sobre como estruturar Departamento de Imprensa, com apoio às entidades com menos recursos; criação da rádio web e jornal Observatório Metalúrgico.
Centro de Educação Profissional do Sindicato ampliou suas instalações para atender a demanda de alunos para os cursos de qualificação profissional. Agora, além das 3 salas de aula e dos 5 laboratórios instalados na sede da escola, os trabalhadores contam com mais 8 salas de aula e 2 laboratórios montados no 10º andar da sede do Sindicato, que fica ao lado da Escola, no número 782 da rua Galvão Bueno, no bairro da Liberdade. “O trabalhador precisa se qualificar para o mercado de trabalho e estamos dando a ele mais oportunidades com a abertura de mais vagas nos cursos. Os investimentos têm que ter continuidade”, afirma o presidente do Sindicato, Miguel Torres. Os novos laboratórios, de CNC e hidráulica e pneumática, estão equipados com computadores, e as novas salas de aula possuem telões para apresentações audiovisuais. “O Sindicato está atento às necessidades dos trabalhadores e investindo para criar oportunidades de qualificação profissional, tendo em vista que o mercado hoje exige cada vez mais preparo”, afirma a diretora de finanças do Sindicato, Elza Costa Pereira. Elza ressalta que a escola vem trabalhando duro para atender as exigências do Ministério da Educação,
Laboratório
Sala de aula
que são muito grandes. Os cursos ministrados pelo centro profissionalizante do Sindicato são certificados pelo MEC. CURSOS TÉCNICOS OFERECIDOS • Automação Industrial • Manutenção Automotiva
• • • • • • • •
CURSOS DE FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA Automação em Hidráulica e Pneumática Desenho Mecânico Básico Sistemas de Telefonia e Comunicação Eletrônica básica CNC Controle de Medidas Fundamentos de Robótica Informática Básica
6 - o metalúrgico
março/abril de 2012
DesiNDUstrialiZaÇÃo
mAiS de 90 miL Pedem ind dia antes do ato, o governo federal divulgou um pacote de medidas (veja abaixo) com redução de impostos para alguns setores, mas, segundo o presidente do Sindicato, Miguel Torres, as medidas são insuficientes e não têm efeito imediato. “Precisamos baixar os juros, reduzir a carga tributária interna e taxar os importados”, afirmou. Para as lideranças sindicais, o cenário econômico demanda medidas que enfrentem as causas da queda da atividade da indústria de transformação, setor que gera empregos de mais qualidade, melhores salários e impulsiona os demais setores da economia. O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, disse que as medidas do governo só tratam os efeitos e não as causas da desindustrialização. “Não resolvem o problema mais grave, que é a falta de competitividade e a concorrência desleal dos importados”, disse. Apesar das críticas, as lideranças sindicais defenderam que “este é um ato a favor do Brasil, da cidadania, não um ato contra o governo, mas em favor do trabalhador”. Já foram realizados atos em Porto Alegre (26/3), Florianópolis (28/3), Belo Horizonte (12/4), Manaus (13/4). O próximo ato será dia 10 de maio, em Brasília.
Bandeiras do movimento Miguel Torres, ao lado de Sérgio Nobre, presidente dos metalúrgicos do ABC, e Wagner Gomes, da CTB: “Não vamos aceitar que o Brasil caminhe para a falência. Queremos medidas que impulsionem a nossa indústria.”
• Medidas para proteger os empregos e a produção nacional contra o avanço das importações • Investimentos em tecnologia e inovação • Redução dos juros e de impostos • Investimento em qualificação profissional
medidas do pacote • Ampliação da desoneração da folha de pagamento para 11 novos setores, com a substituição da contribuição previdenciária patronal (20% dos salários) por um imposto sobre o faturamento, com alíquota entre 1% e 2%, o que implicará em uma renúncia fiscal de R$ 7,5 bilhões. • Isenção de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para o setor automotivo, mas o fabricante deverá aumentar o conteúdo de peças nacionais, ampliar os investimentos e produzir carros com novas tecnologias. • Redução de juros para compra de caminhões e bens de capital • Adiamento do pagamento de PIS e Cofins para cinco setores industriais com mais dificuldades: autopeças, têxtil, confecção, calçados e móveis. Isso deixa as empresas com um pouco mais de dinheiro em caixa.
TIAGO SANTANA
M
ais de 90 mil trabalhadores, sindicalistas, empresários do setor produtivo e estudantes participaram do ato contra a desindustrialização e em defesa do emprego, no dia 4 de abril, em São Paulo. O “Grito de Alerta em Defesa da Produção e do Emprego” aconteceu no estacionamento da Assembleia Legislativa de São Paulo, e foi o terceiro de muitos que vêm sendo realizados em todo o País, num grande movimento unitário pela produção nacional e contra o avanço das importações, que estão fechando fábricas e causando desemprego em diversos setores da economia. O objetivo do movimento é chamar a atenção da sociedade para o processo de desindustrialização, que vem fazendo com que a indústria de transformação tenha participação cada vez menor no crescimento do PIB (soma das riquezas do País). “A manifestação mostrou o rumo que trabalhadores e empresários querem para o País”, disse Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força Sindical, para quem a união do trabalho e do capital é importante para manter as indústrias e garantir os empregos no Brasil. Pressionado pelo movimento sindical, um
JAéLCIO SANTANA
Paulinho da Força, deputado federal, valorizou a união do trabalho com o capital: interesses comuns pelo Brasil
entidades organizadoras
TRABALHADORES: Força Sindical, CTB, CGTB, UGT, Nova Central Sindical, CUT, sindicatos dos Metalúrgicos de São Paulo e do ABC, químicos, alimentação, costureiras, brinquedos e instrumentos musicais, Federação dos Metalúrgicos do ESP, FEM-CUT, CNTM/Força, CNM/CUT EMPRESÁRIOS: Fiesp/Ciesp (indústrias), Abimaq (máquinas), Abinee (eletroeletrônicos), Abipeças (autopeças), Abiquim (químicos), Sinditêxtil, Sinafer, Simefre, Abiplast
o metalúrgico - 7
março/abril de 2012
PAuLO SEGuRA
dÚStRiA FoRte e emPReGo
IuGO KOYAMA
IuGO KOYAMA
“Queremos que os empregos sejam criados aqui e não lá fora. Neste ato, o movimento sindical mostra a importância da estrutura sindical na defesa dos interesses dos trabalhadores e do país”. JURUNA, Secretário-geral da Força Sindical
“Realizamos um grande ato, que entra para a história como a mobilização nacional que defendeu a indústria forte com emprego de qualidade”. TADEU MORAIS, Vice-presidente do Sindicato
TIAGO SANTANA
PAuLO SéRGIO DE SOuZA
“Este ato representa de forma muita expressiva a união por um Brasil melhor. O recado foi dado para o governo agir”. ELZA PEREIRA, Diretora de finanças do Sindicato
“Todos aqui defendem os interesses da população brasileira e da classe trabalhadora por intermédio de um setor produtivo realmente forte”. ARAKÉM, Secretário-geral do Sindicato
TIAGO SANTANA
TIAGO SANTANA
PAuLO SéRGIO DE SOuZA
“A luta contra a desindustrialização começou de uma conversa que tive com o Miguel Torres. Com a nossa unidade demos o passo inicial para discutir o problema com a parcela do empresariado que gera desenvolvimento”. SÉRGIO NOBRE, Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
“Este recado é para o governo melhorar as medidas contra a desindustrialização e contemplar o setor metalúrgico”. CLÁUDIO MAGRÃO, Presidente da Federação dos Metalúrgicos do ESP
“É um grito de alerta coletivo contra a perda de empregos. Se a situação não melhorar agora, os estudantes não terão um bom futuro profissional”. XEPA, Diretor do Sindicato
8 - o metalúrgico
março/abril de 2012
DesiNDUstrialiZaÇÃo
AtoS em outRoS eStAdoS e moBiLiZAÇÃo IuGO KOYAMA
ANDREIA SARMANHO
PORTO ALEGRE (RS)Ato dia 26 de março, com a participação de Miguel Torres e Paulinho da Força
FLORIANÓPOLIS (SC)No ato dia 28 de março manifestantes percorreram as ruas do centro da cidade
FORÇA SINDICAL/MANAuS
MANAUS (AM)Ato dia 13 de abril teve a participação de Tadeu (vicepresidente), Arakém (secretário-geral), Geraldino e Xepa (diretores)
SÃO PAULO - ATO GRITO DE ALERTA NO DIA 4 DE ABRIL JAéLCIO SANTANA
TIAGO SANTANA
PREPARAÇÃO- Reunião de organização dos atos, no Sindicato, com empresários de vários setores da economia e presidentes das centrais sindicais Diretor Sílvio mobiliza trabalhadores da GM, em Mogi, para o ato Grito de Alerta em São Paulo
Mobilização para o ato do dia 4 na Zanettini Barossi com coordenador Adriano Lateri
JOSé CRuZ/AGÊNCIA BRASIL
VitÓria No seNaDo
Aprovada resolução que acaba com a guerra dos portos DéBORA FLOR
“Hoje, muitos produtos que chegam via portos têm imposto reduzido ou zerado. Essa prática adotada por alguns Estados, além de promover uma concorrência desleal prejudica nossa indústria e encarece os produtos nacionais, que pagam impostos”, explica o presidente do Sindicato, Miguel Torres. A Resolução 72 será, agora, votada no plenário do Senado. Nosso Sindicato e a Força Sindical estarão lá para pressionar pela aprovação, e o deputado Paulinho da Força alerta: “Se o projeto não for aprovado em definitivo, vamos fechar os portos para impedir que os importados entrem de graça no Brasil acabando com os postos de trabalho aqui e criando empregos na China”. DANIEL CARDOSO
O
movimento sindical comemorou, na semana passada, a conquista de uma importante reivindicação que integra o documento Grito de Alerta, elaborado pelas centrais sindicais e empresariais: a aprovação, na Comissão de Constituição e Justiça e na Comissão de Assuntos Econômicos, do Senado, do projeto de Resolução 72, que unifica em 4% a alíquota do ICMS (Imposto Sobre Mercadorias e Serviços) cobrada sobre produtos importados nas operações entre os Estados. A medida acaba com a chamada “guerra dos portos” e vai ajudar a indústria a combater a concorrência desleal dos importados. O resultado foi comemorado por sindicalistas da Força Sindical liderados pelo presidente da central, o deputado Paulinho da Força (PDT-SP), que acompanharam as votações nas comissões nos dias 11 e 17 de abril.
11 DE ABRILPaulinho, Miguel Torres e sindicalistas comemoram a aprovação da Resolução 72 na Comissão de Constituição e Justiça do Senado
17 DE ABRILSindicalistas e empresários comemoram, nos corredores do Senado, a aprovação da Resolução 72 na Comissão de Assuntos Econômicos
o metalúrgico - 9
março/abril de 2012
JAéLCIO SANTANA
DepartameNto De esportes
dez partidas abrem torneio de futebol
PAuLO SEGuRA
C
om cerca de 900 jogadores, sócios do Sindicato, a 4ª Copa de Futebol teve início em 31 de março, no Clube de Campo de Mogi. Na primeira partida oficial, a Fame venceu por 4 X 2 a Lorenzetti-A. A rodada foi finalizada em 14 de abril com os jogos: Lorenzetti-B 4 X 0 Promove; Radial Metal 7 X 0 Irmãos Neri; Indab 1 X 5 Contuflex; Brassinter 1 X 3 SBu; Dormer 1 X 2 Knorr-Bremse; WG 1 X 1 Prada; Johnson 0 X 0 Santa Luzia; Delga 2 X 0 Metalúrgica Atlas; Loopsmol 3 X 0 Imbe (perdeu por w.o.). O torneio prossegue com jogos quinzenais nas regiões sul, leste e oeste/norte de São Paulo e encerramento previsto para setembro. Nesta fase, as partidas serão disputadas entre 36 times distribuídos em seis grupos. As 16 melhores equipes classificamse para a segunda fase. Depois teremos oitavas de final, semifinais e grande final. “é um evento esportivo que valoriza a categoria.
Fame e Lorenzetti-A abriram o campeonato com muitos gols
Cláudio, Elza, Paulinho, Arakém, Miguel e Valdir Pereira prestigiam abertura da Copa no Clube de Campo PAuLO SEGuRA
é a nossa luta indo além da fábrica”, disse Valdir Pereira, diretor responsável pelo Departamento de Esportes do Sindicato. O presidente Miguel Torres ressaltou a contribuição que todos os departamentos do Sindicato, inclusive o do Esporte, estão dando à categoria. “Nossa luta mostra a importância que os trabalhadores têm para o Sindicato e que não é só na defesa dos direitos, mas também por meio do esporte, da amizade e da solidariedade que avançamos na luta”, disse. Paulinho da Força disse que no lazer e no esporte temos que fazer amigos. “A ideia da Copa é unir a categoria”. Para a diretora de finanças Elza Costa Pereira, cultura e esporte andam juntos. “A
Valdir Pereira e Miguel Torres falam sobre os objetivos da competição JAéLCIO SANTANA
Time feminino dos metalúrgicos
realização da copa somente com associados enriquece e une a categoria”, disse. O secretáriogeral Arakém, reforçou que “o mais importante é fazer amizade e fortalecer o Sindicato”.
A abertura da Copa teve também uma partida entre o time feminino do Sindicato x E.C. São Francisco de Caieiras e entre o time do Paulinho da Força e o Sodabeb, também de Caieiras.
FoRmAÇÃo de GRuPoS GRUPO 1
GRUPO 2
GRUPO 3
GRUPO 4
GRUPO 5
GRUPO 6
RADIAL METAL
LORENZETTI (A)
LuMINI
PRADA
SANTA LuZIA
ALIANÇA
LORENZETTI (B)
FAME
SCHIOPPA
MWM (XI DA SuL)
JOHNSON
VOITH
IRMÃOS NERI
TEXIMA
MWM (ADC)
WG
METALÚRGICA ATLAS
FAMEQ
ALMAR
KEIPER
DRIVEWAY
DORMER
DELGA
RODOTEC
PROMOVE
INDAB
BRASSINTER
KNORR-BREMSE
LOOPSMOL
VAE
ARATELL
CONTuFLEX
SBu
VALEO
IMBE
MONTEPINO
Acompanhe no site www.metalurgicos.org.br os resultados dos jogos e a galeria de fotos DepartameNto De memÓria siNDiCal
DepartameNto Da JUVeNtUDe
Participantes do 3º encontro escolhem logomarca
novas ações, facebook e festival de mPB PAuLO SEGuRA
PAuLO SEGuRA
Diretor Campos reúne experientes companheiros em votação para escolher a logomarca do Departamento de Memória Sindical
N
o 3º encontro do Departamento de Memória Sindical, em 9 de março, o diretor do Sindicato José Francisco Campos destacou a importância da presença dos companheiros mais antigos da luta metalúrgica. “Eles são exemplos para as atuais e futuras gerações de líderes que darão continuidade às ações do Sindicato no cenário econômico e político do País”. Além de vários ex-dirigentes do Sindicato, o evento foi prestigiado pelos diretores Eufrozino Pereira, 3º vicepresidente do Sindicato, Luisinho, Valdir Pereira, Leninha e Teco, coordenadores e assessores. Novos depoimentos
foram registrados em vídeo, foi apresentado o vídeo do primeiro encontro, realizado em 11 de novembro de 2011, e os participantes escolheram a logomarca que irá ilustrar publicações e atividades do departamento. Miguel Torres, presidente do Sindicato, reafirma a disposição da atual diretoria de ampliar espaços para a valorização da nossa história. "Queremos mostrar às novas gerações de trabalhadores que os direitos que eles têm hoje são fruto de muita luta, greve, resistência à repressão e muito sacrifício de trabalhadores e lideranças que nos precederam na luta sindical".
Diretor Jefferson coordena o Departamento da Juventude e prepara grandes atividades para 2012
O
diretor Jefferson Coriteac, responsável pelo Departamento da Juventude do Sindicato, tem trabalhado na organização do 1º Festival de Música Brasileira e se reunido com profissionais experientes na produção deste tipo de evento artístico, como o produtor musical Fernando Rosa, o Senhor F, do Rio Grande do Sul, que produz um festival musical Ibero-Americano chamado El Mapa de Todos. “Em breve teremos um roteiro sobre o Festival e o regulamento oficial para passar para os trabalhadores da categoria”, informa Jefferson. Outras iniciativas do departamento são as reuniões que serão realizadas com os delegados sindicais e ativistas jovens, no Clube de Campo de Mogi das Cruzes, para discutir as questões específicas que jovens gostariam de tratar junto ao Sindicato, e o projeto de utilização experimental da ferramenta facebook para o intercâmbio de informações, via Internet, com a juventude metalúrgica. Aguardem!
10 - o metalúrgico
março/abril de 2012
DepartameNto Da mUlher
março mulher pede igualdade O
Dia Internacional da Mulher foi celebrado durante todo o mês de março. A diretora Leninha, coordenadora do Departamento da Mulher do Sindicato, participou de vários eventos divulgando bandeiras de luta em defesa dos direitos da mulher (veja no quadro) e pela “Reforma Política e Projeto de Lei da Igualdade no Ambiente de Trabalho”. “Queremos um Brasil mais justo e igualitário”, afirmou Leninha, que participou do Fórum Nacional de Mulheres das Centrais Sindicais (Força Sindical, uGT, CTB, CGTB e NCST), que no “Março Mulher” tratou do tema “Mulheres unidas pela Promoção da Igualdade em Todos os Espaços”. No dia 8 de março, as mulheres metalúrgicas participaram de uma passeata pelo centro de São Paulo junto com outras entidades e movimentos sociais. No dia 24, o Sindicato realizou o Dia da Saúde da Mulher, oferecendo exames de diabetes, medição de pressão, papanicolau e toque de mama, gratuitamente. “Foram atividades de cidadania, celebração das conquistas e reflexão sobre a discriminação e as desigualdades que ainda enfrentamos no trabalho e na sociedade”, diz Elza Pereira, diretora de finanças do Sindicato. Segundo o IBGE, o rendimento médio da mulher brasileira PAuLO SEGuRA
equivale a 72,3% da renda média dos homens, ou seja, o salário das mulheres é 28% inferior aos dos homens, apesar delas terem mais escolaridade. “é fundamental combatermos a violência contra a mulher”, reforçou Miguel Torres, presidente do Sindicato e da CNTM. Neste sentido, vamos exigir a aplicação efetiva da Lei Maria da Penha, que, sancionada em 2006, aumentou o rigor das punições das agressões contra a mulher no âmbito doméstico ou familiar.
Miguel Torres acompanh
a a realização dos exame
JAéLCIO SANTANA
s no dia 24/3 JAéLCIO SANTANA
Diretora Leninha na manifestação e passeata do Dia Internacional da Mulher
BAndeiRAS de LutA dAS muLheReS
Elza ressalta a importância da mulher lutar por seus direitos
• Fim do Fator Previdenciário • Redução da jornada de trabalho sem redução salarial • Licença maternidade de 180 dias • Combate ao tráfico de pessoas • Ratificação da Convenção 189 do Direito das Trabalhadoras Domésticas • Valorização do Salário Mínimo Nacional • Promoção da Igualdade em todos os Espaços • Vida sem Violência é um direito das mulheres
DepartameNto JUrÍDiCo
DepartameNto De seGUraNÇa e saÚDe
modernização e reforma
direitos pela vida JAéLCIO SANTANA
C
• Direito às Creches • Criação e reabertura das Delegacias de Mulheres 24 horas, inclusive domingos e feriados • Recuperação do poder de compra das aposentadas • Trabalho Decente e distribuição de renda justa • Não discriminação por raça, cor, etnia, sexo e religião • Cumprimento da Lei Maria da Penha • Reforma Política com Igualdade de Gênero • Salário igual para trabalho igual
onforme determinação do presidente Miguel Torres, o Departamento Jurídico do Sindicato também está passando por uma ampla reforma. As mudanças envolvem desde melhorias no espaço físico, no 7º andar do Sindicato, que terá uma ampla sala de atendimento, salas para conversas individuais com os advogados, de atendimento previdenciário, falência, até a modernização do arquivo dos processos. “O Departamento Jurídico tem ajudado bastanDiretor Mendonça te os trabalhadores, com no arquivo de processos orientação, na defesa dos direitos e nas ações judiciais, mas entendemos que temos que fazer mais. Queremos que o trabalhador se sinta bem acolhido e atendido, sobretudo nos momentos de maior aperto”, afirma Miguel Torres. No caso do arquivo, os processos serão todos digitalizados. “Futuramente, o trabalhador poderá acompanhar o andamento do seu processo pela Internet. Ele não precisará mais vir ao Sindicato para informar-se sobre o seu processo”, explica o diretor do departamento, Cícero Mendonça. “Vemos como uma necessidade termos uma estrutura nova e prática de atendimento aos trabalhadores. Atendemos uma média de 30 pessoas por dia, muitos atendimentos resultam em abertura de processos, e queremos agilizar esses encaminhamentos”, afirma o presidente do Sindicato.
T
rabalhador! Conhecer seus direitos, sobretudo na área de segurança e saúde, para evitar acidentes e garantir sua integridade física e mental no ambiente de trabalho, é fundamental. O Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador (DSST) do Sindicato lembra que as Convenções Coletivas de Trabalho tratam de questões fundamentais, como a instituição da CIPA, prevenção de acidentes, medidas de proteção, fornecimento de vestimentas para o trabalho, entre outras. A Convenção também tem cláusulas relativas a fornecimento de água potável, trabalho de deficientes físicos, complementação do auxílio previdenciário, Comunicação de Acidentes do Trabalho (CAT), exames médicos complementares, garantias de emprego ao empregado afastado por doenças, às vítimas de acidente no trabalho, ao portador de doença ocupacional, além de temas como a proibição de mão de obra temporária na produção, entre outros. “Em caso de acidente ou doença do trabalho, a empresa deve emitir a CAT. é direito do trabalhador
Diretor Luisinho durante reunião sobre normas regulamentadoras da saúde no Senado
e obrigação da empresa. Não espere ser demitido para correr atrás dos seus direitos”, alerta o diretor do DSST, Luís Carlos de Oliveira, Luisinho. Existe também uma convenção específica sobre Prevenção de Acidentes com Prensas e Similares, Injetoras de Plástico e Prevenção de Acidentes e Doenças em Galvânicas, sem contar que as empresas são obrigadas a garantir o acesso dos trabalhadores, sobretudo os cipeiros, aos cursos na área.
DENUNCIE Se o ambiente de trabalho na fábrica for perigoso, sujo, com ritmo de trabalho violento e agressivo; se você sabe de casos de acidentes e doenças do trabalho, CIPA irregular, procure os assessores, coordenadores ou diretores do Sindicato, ou compareça ao DSST para denunciar a situação. O DSST fica no 1º andar do Palácio do Trabalhador, na rua Galvão Bueno, 782, na Liberdade, próximo ao metrô São Joaquim. Telefones: 3388-1038 / 3388-1259 e 3386-9953. O trabalhador também pode enviar e-mail para dsst@metalurgicos.org.br
o metalúrgico - 11
março/abril de 2012
lUta Nas FÁbriCas
moBiLiZAÇÃo PeLoS diReitoS A luta nas fábricas é uma ação contínua, em defesa dos direitos, do emprego e na renovação dos benefícios. Esta é uma ação permanente de mobilização, da diretoria, assessoria e coordenadores, para fortalecer a categoria na sua unidade e na caminhada rumo ao alcance dos objetivos, superação dos desafios e novas conquistas. Acompanhe abaixo alguns resultados desta luta! JAéLCIO SANTANA
DéBORA FLOR
STAMPTEC - Mobilização contra demissões com secretário-geral Arakém e coordenador Noel
CARDAL - Mobilização pela PLR com diretor Ceará
ALIANÇA - Conquista da PLR com diretor Adnaldo
PAuLO SéRGIO DE SOuZA
ELOY COGUETO - Aprovação do acordo da PLR com diretor Luiz Valentim e o 3º vice-presidente, Pereira
JAéLCIO SANTANA
ALU SERVICE - Conquista da PLR e do vale-compra com coordenador Alemão
JAéLCIO SANTANA
AROUCA - Aprovação do acordo de PLR de 2012 com coordenador Nelson
IuGO KOYAMA
VAE - Luta vitoriosa pela PLR com coordenador Germano
DIS-BRÁS - PLR garantida com diretor Mala
IuGO KOYAMA
FCI - Luta pela PLR com coordenador Jamanta PAuLO SéRGIO DE SOuZA
AMPLICABOS - Mobilização pela PLR com diretor David e a assistente de diretoria Cristina IuGO KOYAMA
Diretor Teco (à esquerda): Na luta com os trabalhadores até o fim
AR TREJOR - Trabalhadores comemoram acordo da PLR com coordenador Maurício Forte
CARBOMEC - PLR e cesta básica garantidas com coordenador Chico Pança
Sindicato entrega cestas básicas na tubocap O Sindicato fez, no dia 10 de abril, a entrega de 300 cestas básicas aos trabalhadores da Tubocap, empresa de embalagens metálicas na zona oeste da capital. A iniciativa do Sindicato foi para ajudar os trabalhadores e suas famílias, enquanto eles aguardam decisão judicial para liberação do seguro-desemprego e saque do FGTS. A empresa fechou as portas por falta
de produção; fez, por ação do Sindicato, a rescisão do contrato de trabalho dos funcionários, colocou à venda o imóvel onde está instalada para fazer a quitação das verbas rescisórias. Mas, segundo o diretor Teco, até que tudo resolvido, o Sindicato continuará dando assistência aos trabalhadores e suas famílias.
12 - o metalúrgico
março/abril de 2012
lUta Nas FÁbriCas
moBiLiZAÇÃo PeLoS diReitoS BEATRIZ ARRuDA
PAVONI - Arakém e coordenador Erlon na aprovação do acordo que garantiu PLR e cesta básica
NETTER - Mais um acordo de PLR fechado com coordenador Mazuti
RODES - Negociação e mobilização garantem PLR com coordenador Nivaldo
JAéLCIO SANTANA
SCHNEIDER - Mobilização e enfrentamento garante PLR maior com coordenador Rodrigo
DI MARTINO - Mobilização pela PLR com diretor Martelozo
ARIETE - Trabalhadores em greve por falta de pagamento. Mobilização com assessor Donizete
1º de mAio
Dia Do trabalhaDor
uniFiCA LutAS dAS CentRAiS
A
serviço e do servidor público, valorização do salário mínimo e das aposentadorias, redução das taxas de juros, fim do fator previdenciário, igualdade de direitos entre homens e mulheres e trabalho decente. LOCAL - Em São Paulo, o evento será na Praça Campo de Bagatelle, região norte, próximo ao metrô Santana e Carandiru, das 7 às 18 horas. Estão sendo distribuídos cupons para os trabalhadores concorrerem a muitos prêmios, incluindo 15 carros 0 km.
Acesse www.1demaiounificado. com.br e saiba mais. ATRAÇÕES - Haverá shows gratuitos com Paula Fernandes, Eduardo Costa, Marcos e Belutti, Edson & Hudson, KLB, João Netto & Frederico, Daniel, Léo Magalhães, Cezar Menotti & Fabiano, Inimigos da HP e Padre Alessandro Campos. Eventos comemorativos serão realizados também em outras capitais e cidades do interior.
JAéLCIO SANTANA
Força Sindical vai comemorar o 1º de Maio em todo o País com o lema: “Desenvolvimento com menos juros, mais salários e empregos”. Paulinho, presidente da Força, destaca que é um momento importante de debater as bandeiras da classe trabalhadora e promover mobilizações pelos direitos. “O Dia do Trabalhador é dia de lazer e reflexão sobre nossa luta pela garantia e ampliação dos direitos”, afirma. UNIDADE - Neste ano, em ato unificado com as centrais CTB, UGT, Nova Central e CGTB, a luta é por redução da jornada sem redução salarial, educação e qualificação profissional, reforma agrária, valorização do
Diretor Sargento, no centro de São Paulo: forte apoio na divulgação do evento
1º de mAio dA FoRÇA SindiCAL será na praça Campo de Bagatelle