ANO 61 – DEZEMBRO DE 2004 – Nº 512
VITÓRIA ESMAGADORA!
CHAPA 1 É ELEITA COM
96.2%
DOS VOTOS ma vitória esmagadora, digna da tradição histórica dos trabalha dores metalúrgicos de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região! É assim que podemos definir os 57.308 votos (96,2% dos votos válidos) que a Chapa 1 – A Força da União voltada para o Trabalhador! conseguiu nas eleições sindicais dos dias 7 e 8 de dezembro (os votos em branco foram 1.513, e os votos nulos 780). Uma vitória indiscutível, que vem confirmar a unidade existente entre o Sindicato e os trabalhadores, e que representa o reconhecimento pelas
U
importantes vitórias até aqui conquistadas e a confiança da categoria nas lutas que estão por vir. Eleno Bezerra, presidente eleito, e todos os demais companheiros da Chapa 1, agradecem aos trabalhadores metalúrgicos de São Paulo, Mogi e Região por mais este voto de confiança. Juntos, continuaremos conquistando melhorias para a categoria e construindo um Brasil mais justo para todos. Parabéns e obrigado por terem votado na Chapa 1! Leia mais sobre as eleições nas páginas seguintes.
Eleno e Paulinho são carregados por diretores, assessores e trabalhadores no final da apuração dos votos
NOSSAS LUTAS EM 2005 Recomposição do salário mínimo Correção da tabela do Imposto de Renda Cursos de Qualificação Profissional Reformas Sindical e Trabalhista sem perda de direitos Defesa do emprego e da renda Melhoria dos salários Atuação na área social Cursos de Formação de Delegados Sindicais Intensificação das ações por Saúde e Segurança nas fábricas
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DEZEMBRO DE 2004
EDITORIAL
UMA ELEIÇÃO HISTÓRICA
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gradeço sinceramente a todos os trabalhadores metalúrgicos de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região pelos 57.308 votos (96,2% do total de votos) destinados à Chapa 1 nas eleições sindicais dos dias 7 e 8 de dezembro. Essa expressiva votação demonstra o alto grau de consciência democrática do trabalhador, que entendeu que, mesmo sendo única, uma grande vitória nos fortalecerá ainda mais, e nos oferecerá representatividade para, juntos, partirmos firmes rumo às novas conquistas. Entre as principais bandeiras de luta que lançamos durante a campanha das eleições sindicais, destacamos a mobilização por nossos direitos nas reformas sindical/trabalhista, a intensificação de políticas de combate ao desemprego, o fim da terceirização e do trabalho temporário, a luta pela diminuição do Custo Brasil e pela carteira assinada, PLR para todos os metalúrgicos, recuperação salarial e aumento do salário míni-
mo, intensificação de políticas de educação profissional e de saúde e segurança do trabalhador, redução da jornada para 40 horas semanais (sem redução de salários), ampliação de ações sociais, como as do Meu Guri e do Força Esporte Clube, entre outras, como prioridades nas lutas da categoria. A vitória da Chapa 1 representa o reconhecimento do trabalho que realizamos até aqui, e a credibilidade e respeito que temos junto aos trabalhadores por nós representados. A todos os que depositaram sua confiança nesta diretoria, fica a certeza de muito trabalho e luta na busca por melhores dias para os trabalhadores e para a sociedade brasileira em geral. Vamos, juntos, seguir trilhando o caminho das conquistas!
Eleno Bezerra PRESIDENTE DO SINDICATO
ARTIGO
EXPRESSIVA VOTAÇÃO
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oi expressivo o comparecimento da categoria às urnas para eleger a chapa do nosso Sindicato para um mandato de quatro anos, tendo o companheiro Eleno no comando da entidade. A campanha eleitoral mexeu e agitou as bases porque a atual diretoria se portou como a verdadeira vanguarda dos trabalhadores metalúrgicos, apontando os caminhos para as conquistas de melhores condições de trabalho e salário. Fizemos um dos melhores acordos dos últimos 10 anos. Mas não atuamos somente nas questões relativas aos metalúrgicos. Transpusemos o corporativismo ao investir na qualificação profissional, ao exigir a correção da tabela do Imposto de Renda, ao participar do Fórum Nacional do Trabalho para discussão da reforma
sindical, atuar na organização do Sindicato dos Aposentados da Força Sindical e trabalhar com menores carentes. Esta visão ampla da diretoria, de reconhecer a importância da atuação do Sindicato na sociedade, levou à formação da chapa única, impedindo o surgimento de qualquer movimento contestatório, por menor que fosse. Aliás, a antiga oposição hoje trabalha com e no Sindicato. Por tudo isso acredito que a nova diretoria vai representar de fato e de direito todos os interesses dos metalúrgicos e da sociedade brasileira.
o metalúrgico
Diretores (Sede SP): Antonio Raimundo P. de Souza (Mala), Carlos Andreu Ortiz (Ortiz), Eleno José Bezerra, Elza de Fátima Costa Pereira, Francisco Carlos Tonon (Tarugo), Geraldino dos Santos Silva, Jefferson Coriteac, João Carlos Gonçalves (Juruna), José Eduardo Freitas de Almeida, José Lúcio Alves (Mineiro), José Francisco Campos, Luiz Antônio de Medeiros (Medeiros), Luiz Carlos de Oliveira, Maurício Teixeira de Souza, Miguel Eduardo Torres, Milton Eduardo Brum, Nelson Aparecido Cardim (Xepa), Paulo Pereira da Silva (Paulinho), Ramiro de Jesus Pinto, Sales José da Silva, Silvio Bernardo, Valdir Pereira da Silva.
DEZEMBRO DE 2004 Ano 61 – Edição nº 512 o metalúrgico é o órgão oficial do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região. Sede SP - Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade CEP 01506-000 - São Paulo - SP Fone (011) 3388-1000 Sede Mogi - Rua Afonso Pena, 137, Vila Tietê CEP 08770-330 - Fone (011) 4791-1666 Fax (011) 4791-2516 - Mogi das Cruzes - SP Home Page: www.metalurgicos.org.br E-mail: info@metalurgicos.org.br
Paulo Pereira da Silva, Paulinho PRESIDENTE DA FORÇA SINDICAL
Subsede Itaquera: João Aparecido Dias (João DD), Cícero Santos Mendonça. Fones (11) 6524-5937/6524-7761.
Chapa 1 agradece a expressiva votação Nossos mais sinceros agradecimentos a todos os trabalhadores metalúrgicos de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região pelos 57.308 votos (96,2% do total de votos) destinados à Chapa 1 – A Força da União voltada para o Trabalhador!, nas eleições sindicais dos dias 7 e 8 de dezembro. Esta maciça votação representa o reconhecimento pelo trabalho realizado pela atual diretoria do Sindicato e a confiança em nossa atuação nas lutas futuras.
Ramalho preside apuração Antonio de Sousa Ramalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e vice-presidente da Força Sindical, foi o responsável pelo processo de apuração dos votos. Foi ele quem abriu os trabalhos de apuração: “Saúdo o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e a equipe que trabalhou neste processo. Agradeço o convite da diretoria e do Paulinho para ser o escrutinador do pleito do maior Sindicato de trabalhadores da indústria de toda a América Latina. Vamos acompanhar a apuração”. Para Ramalho, esta foi uma eleição muito importante. “A chapa única, a votação expressiva, com a participação de
mais de 60 mil trabalhadores, são resultado de um bom trabalho já prestado pela diretoria e por toda a equipe, que faz com que aumente a esperança da categoria na continuidade dos projetos, não só do Sindicato, mas da Força Sindical, em defesa dos trabalhadores e dos projetos políticos brasileiros.”
RECONHECIMENTO
No dia da apuração dos votos, Eleno Bezerra, presidente eleito pela CHAPA 1, recebe a visita e o abraço de Heiguiberto Navarro, o Guiba, delegado Regional do Trabalho em São Paulo “Essa eleição reforça o novo sindicalismo brasileiro. Mesmo tendo diversidades, é importante que tenhamos sindicatos fortes, e este é um Sindicato forte, que negocia, que representa de fato os trabalhadores. Este Sindicato defende uma nova estrutura sindical. Minha vinda aqui é uma demonstração de que estamos juntos na luta pela reforma sindical, pois não podemos ser olhados como meros coadjuvantes nesse processo. O Eleno tem essa visão.” Adi dos Santos Lima - Presidente da Federação dos Metalúrgicos da CUT
Subsede Lapa: Eufrozino Pereira da Silva, José Maurício da Silva (Ceará), Ricardo Rodrigues (Teco), Tadeu Moraes de Sousa. Fones (11) 3862-2426/3872-6318. Subsede Santo Amaro: Carlos Augusto dos Santos (Carlão), Cláudio do Prado Nogueira, Francisco Roberto da Silva (Sargento), Ivando Alves Cordeiro (Geléia), Juarez Martelozo Ramos, Sebastião Garcia Ferreira (Garcia). Fones (11) 5641-9931/5641-7498/5642-1356.
Diretor Responsável Eleno José Bezerra Edição e Redação Débora Gonçalves - MTb 13.083 Edson Baptista - MTb 17.898 Val Gomes - MTb 20.985 Fotografia Jaélcio Santana, Werther Santana, Yugo Koyama Diagramação e Arte Rodney Simões Vanderlei Tavares
Subsede Tucuruvi: Adnaldo Ferreira de Oliveira, Eraldo Alcântara (Maloca). Fones (11) 201-8476/201-3272.
Impressão Gráfica e Editora Ponto a Ponto
Sede de Mogi das Cruzes: Jorge Carlos de Morais (Arakém), Paulo Fernandes de Souza.
Tiragem 300 mil exemplares
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ELEIÇÕES SINDICAIS
VITÓRIA DA CHAPA 1 COM 96,2% DOS VOTOS Veja algumas imagens da votação que elegeu a CHAPA 1 como a nova diretoria do nosso Sindicato Elza Costa Pereira, tesoureirageral, no primeiro dia da votação que elegeu a CHAPA 1
O presidente da Força Sindical, Paulinho, diretor da CHAPA 1, também votou na sede do Sindicato
Miguel Eduardo Torres, secretário-geral, nas eleições que elegeram a CHAPA 1
Eleno Bezerra, presidente eleito pela CHAPA 1, no momento em que votava na sede do Sindicato.
ELEIÇÕES SINDICAIS
CHAPA 1: APOIO DE DIRIGENTES SINDICAIS A Chapa 1 – A Força da União voltada para o Trabalhador, a Chapa do Sindicato, também foi unanimidade entre os mais expressivos nomes do movimento sindical brasileiro. “As eleições consolidaram os metalúrgicos de São Paulo como uma das principais categorias articuladoras do movimento sindical em nível nacional.” Jorge Nazareno – pres. do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco
“Parabéns, companheiros da Chapa 1! Parabéns, Eleno! Parabéns, metalúrgicos, pelo reconhecimento do trabalho de quem tem liderança, qualidade, história e sabe lutar.” João Inocentini – pres. do Sindicato Nacional dos Aposentados “Ser chapa única numa eleição sindical é o resultado do bom trabalho da atual diretoria ao longo dos anos, que não permitiu a formação de uma chapa de oposição.” Francisco Sales Gabriel Fernandes – vicepresidente da Federação dos Metalúrgicos de SP
“Esta é uma eleição importante para a Força Sindical. O Eleno é um companheiro de lutas e sei que vai conduzir muito bem o Sindicato.” Maria Auxiliadora dos Santos – pres. do Sind. dos Trabalhadores nas Indústrias de Brinquedos “A tranquila eleição é resultado do trabalho do Paulinho, do Medeiros e do Eleno, de olhar para a questão de todos os trabalhadores brasileiros. Parabéns, metalúrgicos de São Paulo!” Cláudio Janta – presidente da Força Sindical/RS
“Eleno, na presidência, sinaliza os caminhos que deveremos tomar, juntos, no novo sindicalismo brasileiro. A eleição no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo é sempre um ensinamento.” Ricardo Patah – pres. do Sind. dos Comerciários de São Paulo “Tenho certeza absoluta de que essa diretoria vai dar continuidade aos trabalhos em defesa do trabalhador, valorizando o sindicalismo-cidadão.” José Pereira dos Santos – pres. do Sind. dos Metalúrgicos de Guarulhos
“O Eleno e os demais diretores eleitos estão de parabéns! Essa categoria é um espelho para outras categorias do Brasil.” Cícero Firmino da Silva – pres. do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André
“A eleição da Chapa 1 foi muito importante, pois os metalúrgicos saem fortalecidos para as próximas lutas a favor dos trabalhadores e por um Brasil melhor para todos. Parabéns!” Eunice Cabral – presidenta do Sindicato das Costureiras de São Paulo
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ELEIÇÕES SINDICAIS
VITÓRIA ESMAGADORA NAS ELEIÇÕES SINDICAIS! Os trabalhadores metalúrgicos compareceram em peso às urnas e elegeram a Chapa 1 – A Força da União voltada para o Trabalhador!, com 57.308 votos nestas eleições sindicais (96,2% do total). Uma vitória indiscutível! Nestas páginas, imagens dos nossos companheiros exercendo o seu direito ao voto em suas empresas, nas subsedes e na Sede do Sindicato, da apuração e da comemoração da vitória!
Eleno Bezerra, presidente eleito, e Paulinho, presidente da Força Sindical, comemoram a expressiva vitória da CHAPA 1 - A CHAPA DO SINDICATO, junto aos demais diretores, assessores e trabalhadores
Trabalhadores da RCN , base do diretor Sílvio, comparecem às urnas durante a votação na empresa. Vitória da CHAPA 1
Miguel, o diretor Ceará, Eleno e Elza, eleitos pela CHAPA 1, acompanham as eleições na Delga
Eleno, presidente, Elza, tesoureira-geral, Miguel, secretário-geral, e o diretor Mala, eleitos pela CHAPA 1, acompanham as eleições na Metalfrio
Eleno, Elza, Miguel e o diretor Teco, diretores eleitos pela CHAPA 1, acompanham as eleições na Voith
Trabalhadores da MWM, base do diretor Martelozo, durante a votação que elegeu a CHAPA 1 como a nova diretoria do nosso Sindicato
Miguel, Elza e Eleno, eleitos pela CHAPA 1, acompanham as eleições na Continental, base do diretor Luizinho
Trabalhadores da Rolamentos Fag durante a votação que elegeu a CHAPA 1 como a nova diretoria do nosso Sindicato
Os diretores Miguel, Elza, Eleno e Geléia, juntos com os trabalhadores da Metal Leve, na esmagadora eleição da CHAPA 1
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ELEIÇÕES SINDICAIS
Trabalhadores da Prada, base do diretor Carlão, durante a votação que elegeu a CHAPA 1 como a nova diretoria do nosso Sindicato
Os nossos companheiros aposentados compareceram às urnas na rua do Carmo para dar todo o seu apoio à CHAPA 1
Eleno, presidente, Elza, tesoureira-geral, e Miguel, secretário-geral, eleitos pela CHAPA 1, acompanham as eleições na Lorenzetti, base do diretor João DD
O presidente eleito, Eleno, e os diretores Arakém e Paulão, juntos com os trabalhadores, em Mogi, durante votação que garantiu a vitória da CHAPA 1
O presidente Eleno homenageou o diretor José Francisco Campos, atual tesoureiro do Sindicato Nacional dos Aposentados, por seu histórico desempenho a favor do fortalecimento do nosso Sindicato
A contagem dos votos foi feita no Palácio do Trabalhador, sede do Sindicato, com a participação de trabalhadores e lideranças sindicais de várias categorias
O vereador Cláudio Prado, diretor pela CHAPA 1, lembra os desafios que teremos de enfrentar no próximo ano para mudar o nosso País para melhor
Antonio de Sousa Ramalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, anuncia o resultado das eleições: “Vitória esmagadora da CHAPA 1!”
Na rua do Carmo, os diretores Ortiz, Miguel, Elza e Eleno acompanham a votação dos companheiros aposentados
“A chapa eleita trabalha em harmonia. O processo eleitoral é bem democrático e percebemos pelo resultado das eleições que os metalúrgicos aceitam a Chapa 1. O Eleno veio dar vida nova ao sindicalismo de resultados, e os metalúrgicos só têm a ganhar com ele na presidência. O Eleno tem boas idéias. Os metalúrgicos escolheram o melhor. A chapa eleita é um time perfeito.” Antonio Pereira de Souza, operador de máquinas da Vital Máquinas
“Esperamos que o presidente eleito melhore cada dia mais o nosso Sindicato, que venha com novas propostas e as realize, que implante os cursos de qualificação que foram cortados com a falta de verba do governo e que tente mostrar, dentro das firmas, o que é o Sindicato. E que leve os trabalhadores para dentro da entidade para que eles vejam o que o Sindicato faz. Nos cursos de delegados aprendi muito e vi como isso é importante para que a pessoa abra um pouco os olhos e a mente.” José Irineu Alves de Souza, preparador de máquinas da Montepino
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PERFIL DA DIRETORIA
UMA DIRETORIA COMPETENTE, ATUANTE E SOLIDÁRIA O dinamismo e a garra da diretoria eleita do Sindicato são fatores imprescindíveis nas lutas e conquistas da categoria. Esta equipe é a responsável pela mobilização nas fábricas, pelos acordos firmados para os trabalhadores metalúrgicos e pelas intensas campanhas em defesa da justiça social.
ELENO BEZERRA nasceu em Caetés, PE, em 56, e veio para São Paulo com 18 anos. Seu primeiro emprego foi na Metalúrgica Deca, em 75, de onde foi demitido em 79 por participar de greve da categoria. Em 80, iniciou sua militância política e atividade sindical. Foi eleito diretor pela 1ª vez em 87. Em 96, assumiu a secretaria-geral do Sindicato, e em 2003 a presidência. Promoveu a Campanha Salarial Emergencial, Ciclos de Debates e Cursos de Delegados e o 10º Congresso dos Metalúrgicos, entre outras ações de aproximação com a base e fortalecimento do Sindicato.
MIGUEL EDUARDO TORRES nasceu em São Paulo, em 58. É casado e pai de uma filha. Começou a trabalhar na área metalúrgica aos 14 anos, tendo passado pelas empresas Parafusos Jamberth, Ind. Coimbra, Honda Motor, Faróis Cibie e Ind. Elet. Cherry. Foi cipeiro em todas as empresas nas quais trabalhou. Ativista sindical desde 79, esteve sempre à frente nas lutas e conquistas da categoria metalúrgica. Vai cumprir seu terceiro mandato como diretor.
JOÃO CARLOS GONÇALVES - JURUNA nasceu em São Vicente, SP, em 53. Mudou-se para São Paulo em 79, passando a exercer a função de inspetor de qualidade no setor metalúrgico. Sócio do Sindicato desde 80, é secretário-geral da Força Sindical, eleito no 3º Congresso da Central, em 97, e foi diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de 84 a 87. Voltou a fazer parte da diretoria do Sindicato em 93. Nas eleições deste ano foi eleito diretor para um novo mandato.
CARLOS ANDREU ORTIZ nasceu em Pacaembu (SP) em 52. É ativista sindical desde 78, tendo participado da conquista da Comissão de Fábrica da Ford Ipiranga em 82. Foi membro eleito desta Comissão de 85 a 94. É sócio do Sindicato desde 83. Diretor do Sindicato Nacional dos Aposentados, Ortiz foi eleito, nestas eleições sindicais, para um novo mandato na diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
ELZA COSTA PEREIRA nasceu em Cerqueira César, SP. Trabalhou na área rural até os 15 anos, quando veio para São Paulo. Seu primeiro emprego na capital foi em 84, na Microdigital Eletrônica, onde foi da Comissão de Fábrica e cipeira, e onde participou e promoveu encontros entre as trabalhadoras metalúrgicas. Saiu em 87 para ser assessora do Sindicato. É uma das responsáveis pela criação do Centro de Atendimento Biopsicossocial Meu Guri, entidade que preside. É casada com Paulinho, presidente da Força Sindical.
TADEU MORAIS DE SOUSA nasceu em Pereiro, CE, em 59. Sócio do Sindicato desde 89, foi protagonista da criação do moderno sindicalismo brasileiro, que tem na mobilização e no diálogo sua maior força. Coordenou nacionalmente o Centro de Solidariedade e, como diretor do Sindicato, foi membro do conselho fiscal, 1º secretário, 3º vice-presidente e, a partir do ano que vem, assumirá o cargo de vice-presidente da entidade.
EUFROZINO PEREIRA DA SILVA nasceu em Quintana, SP, em 44. Na capital desde 63, trabalhou com confecções e calçados. Tornou-se metalúrgico em 69, trabalhando na Extratores Polares. Fez vários cursos profissionalizantes e de organização sindical. Foi cipeiro. A última empresa onde trabalhou foi a Satúrnia Baterias, onde ficou por 27 anos. É sindicalizado desde 70, mas veio para o Sindicato em 85, como assessor. Foi eleito diretor em 87. Vai para o seu 5º mandato.
FRANCISCO ROBERTO DA SILVA - SARGENTO nasceu em Fortaleza, CE, em 55. Em 60 veio para São Paulo. É metalúrgico desde 76, quando conseguiu trabalho na Tormec. Ativista político, trouxe para a militância sindical toda a sua experiência partidária. Tornou-se sócio do Sindicato em 78, assessor em 87 e diretor em 90. Assumirá pela quarta vez um mandato como diretor. Atualmente, Sargento é secretário-geral do PDT/SP.
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PERFIL DA DIRETORIA
VALDIR PEREIRA, diretor do Sindicato, é também diretor de relações sindicais da Força Sindical e do Força Esporte Clube. É militante metalúrgico desde 83 e participou de várias lutas dos trabalhadores, como pela redução da jornada de trabalho de 48 horas para 44 horas semanais, em 85, e pela PLR. Teve atuação destacada na luta pelo pagamento das perdas do FGTS e pelo aumento do salário mínimo.
LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA - LUIZINHO nasceu em Campo Belo, MG, em 60. Trabalhou na Nakata, em Diadema, em 74, e, no ano seguinte, tornou-se funcionário da Metal Leve. Após iniciar sua militância sindical, tornou-se sócio em 80. Suas atividades como assessor do Sindicato tiveram início em 83. Em 2001 substituiu o diretor Miguel, hoje secretáriogeral do Sindicato, como diretor do mesmo setor que comandava. Nestas eleições, foi eleito diretor para um novo mandato.
JEFFERSON CORITEAC, com 13 anos, estudou mecânica de autos, aprendeu a profissão e trabalhou nela até seus 17 anos. Dos 17 aos 19 trabalhou em uma loja de autopeças. Aos 20 anos foi admitido em uma metalúrgica, e foi aí que iniciou sua atividade sindical. Tornou-se assessor de diretoria em 96 e, em 2001, foi eleito diretor. É coordenador da Secretaria da Juventude da Força Sindical.
RICARDO RODRIGUES - TECO é nascido e ainda morador de Osasco. Trabalhava na Voith S/A – hoje Voith Paper – , quando foi convidado, em 91, para ser assessor do Sindicato. Em 94, ainda como assessor, Teco passou a tomar conta de um setor em Itaquera, Zona Leste. Em 97 foi eleito diretor. Foi reeleito em 2001 e agora vai cumprir seu terceiro mandato. Teco é um dos diretores da subsede Lapa do Sindicato, na rua Catão.
MILTON EDUARDO BRUM chegou em São Paulo em 68, e começou a trabalhar no setor metalúrgico no início da década de 70. Desde o início de sua vida profissional sentiu necessidade de participar das lutas dos trabalhadores. Em 80 ingressou no Sindicato, como assessor de diretoria. Em 93, foi eleito diretor e, nestas eleições, foi reeleito para cumprir seu terceiro mandato como dirigente sindical.
GERALDINO DOS SANTOS SILVA nasceu em Jardim do Seridó, RN, em 53, onde foi trabalhador rural. Já em São Paulo, trabalhou na Probel em 74. Foi eleito diretor do Sindicato em 81. Participou das negociações coletivas e organizou mobilizações e greves da categoria. Participou e organizou o Congresso de Fundação da Força Sindical em 91 e, em 97, foi eleito Vice-Presidente Interestadual Nordeste. Com a vitória nas eleições, vai para o seu quinto mandato como diretor do Sindicato.
JOÃO APARECIDO DIAS - JOÃO DD, asceu em Mauá, SP, em 63. É metalúrgico desde 79, tendo trabalhado na Lorenzetti. Incansável militante sindical, tornou-se sócio do Sindicato em 83, assumindo, em março de 87, a função de assessor de diretoria. Sempre atuante nas lutas e conquistas da categoria, há oito anos é diretor do Sindicato, cargo que continuará exercendo neste próximo mandato sindical.
JOSÉ MAURÍCIO DA SILVA - CEARÁ é metalúrgico desde 82. Participou, em 85, da greve geral da categoria pela redução da jornada de 48 para 44 horas semanais. Na época, trabalhava na empresa SA Yadoia, e já era ativista. Foi assessor de 87 até 97, quando foi eleito diretor do Sindicato. Participou de várias lutas do Sindicato, entre elas a da PLR, em 95, e pela correção das perdas do FGTS. Vai para seu terceiro mandato.
ANTONIO RAIMUNDO P. DE SOUZA - MALA chegou em São Paulo em 84, vindo do ABC, onde já trabalhava como metalúrgico. Em 84 começou a trabalhar na Metalco, empresa onde ficou até 89. Lá, foi coordenador da comissão de fábrica por quatro mandatos e cipeiro. Em 90 foi admitido na Krupp Hoesch, onde ficou até 91, ocasião em que se tornou assessor de diretoria do Sindicato. Em 2001 foi eleito diretor, e agora reeleito para seu segundo mandato.
JUAREZ MARTELOZO nasceu em São Paulo, SP, em 53, e é metalúrgico desde 69. Iniciou nesta atividade na metalúrgica Metal Leve. Sua militância sindical começou em 82, mas veio a tornar-se sócio do Sindicato em 87. Em função de sua atuação e competência como líder dos trabalhadores, tornou-se diretor em 97. Irá cumprir nestes próximos quatro anos o seu terceiro mandato.
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PERFIL DA DIRETORIA
SÍLVIO BERNARDO é paulistano e nasceu em 63. Em 87 ingressou no Sindicato como assessor de diretoria. Em 97 foi eleito diretor do Sindicato. Vai iniciar seu terceiro mandato. Além das lutas por salários, PLR, redução da jornada e melhoria dos ambientes de trabalho, Sílvio atua em comunidades e bairros da Zona Leste. Ele é também, desde 2001, presidente do Sete de Setembro Futebol Clube da Vila Progresso.
ERALDO DE ALCÂNTARA - MALOCA, nasceu no município de Conde, na Bahia. Em São Paulo, começou sua militância sindical em 77, como funcionário da Metalúrgica Beta, mas destacou-se como cipeiro e oposição em todas as empresas que trabalhou. Estava na Atlas quando, em 91, tornou-se assessor do Sindicato. Em 2001 foi eleito diretor da entidade e, nas últimas eleições, reeleito por mais quatro anos.
SEBASTIÃO GARCIA FERREIRA nasceu em Barbacena, MG, em 52, e veio para São Paulo em 57. É metalúrgico desde 66, quando foi contratado pela metalúrgica Fac-Lan. Sua militância sindical teve início em 76. Por sua capacidade de liderança, tornou-se assessor em 90 e diretor em 97. Com a vitoriosa campanha da Chapa 1, entra agora para cumprir como diretor seu terceiro mandato.
SALES JOSÉ DA SILVA é metalúrgico desde 82, quando começou a trabalhar na Remantec. Trabalhou na Alfa e na Vulcão, onde foi vice-presidente da Cipa por duas gestões, delegado sindical e coordenador da comissão de fábrica por três gestões. Em 89 passou a atuar como assessor de diretoria, até ser eleito diretor, em 93. Nestas eleições Sales foi eleito para o seu quarto mandado como diretor do Sindicato.
CÍCERO MENDONÇA nasceu em Barueri, SP, em 60. É metalúrgico desde 83, quando começou a trabalhar na indústria Metalco. Sua militância sindical teve início em 87, mesmo ano em que ingressou na assessoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. Por sua articulação como líder sindical, tornou-se diretor em 2001. Foi eleito este ano para seu segundo mandato como membro da diretoria.
JORGE CARLOS DE MORAIS - ARAKÉM, é natural do município de São Caetano, em Pernambuco, e veio para São Paulo em 71. Em 72 foi admitido na empresa Casa Radiante, do setor metalúrgico. Sócio do Sindicato desde 83, foi convidado para ser assessor em 87, cargo que ocupou por cinco mandatos. Como diretor já cumpriu um mandato e foi reeleito para os próximos quatro anos. É diretor da subsede de Mogi das Cruzes.
NELSON APARECIDO CARDIM - XEPA é metalúrgico desde o 1º emprego, e trabalhava na Deca-Duratex quando, em 89, licenciou-se para vir para o Sindicato como assessor de diretoria. Antes, no período de 84 a 87, havia sido diretor do Conselho Fiscal efetivo do Sindicato, cumprindo esse mandato dentro da fábrica. Em julho de 90 voltou a fazer parte da diretoria do Sindicato e vai cumprir o seu quinto mandato consecutivo.
PAULO FERNANDES DE SOUZA - PAULÃO, nasceu em 67, em Caraguá. Em 85 mudou-se para Mogi. Em 89 foi admitido na Howa do Brasil. Em 95 compôs a chapa que concorreria às eleições no Sindicato de Mogi, e passou a fazer parte da diretoria. Com a fusão dos Sindicatos de Mogi e de São Paulo, passou a diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi e Região. Reeleito, vai cumprir seu terceiro mandato.
IVANDO ALVES CORDEIRO - GELÉIA nasceu em Fronteira dos Vales, MG, em 61. Veio para São Paulo em 77 e trabalhou na metalúrgica FSP. Em 78, durante uma greve da categoria, conheceu Medeiros, ficou sócio e passou a freqüentar o Sindicato. Em 85, militava como dirigente sindical dentro da fábrica. Em 86 foi para a Forjas Taurus, de onde saiu para ser assessor (por três mandatos), até tornar-se diretor, em 2001. Será seu segundo mandato.
JOSÉ LÚCIO ALVES - MINEIRO é metalúrgico desde 75. Seu primeiro emprego foi na Duratex, onde em 78/79 participou das greves por aumento de salário e liberdade sindical. Em 82, na Dominice, participou da formação da comissão de fábrica e foi eleito coordenador, cargo que ocupou até 86, quando foi convidado a ser assessor do Sindicato, se elegendo diretor em 2001. Foi eleito neste ano para seu segundo mandato.
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PERFIL DA DIRETORIA
CARLOS AUGUSTO DOS SANTOS - CARLÃO nasceu em Santa Isabel do Ivaí, PR, em 64, e veio para São Paulo em 78. Um ano depois começou a trabalhar como ajudante na Metalúrgica Adal (atual Adalume). Em São Paulo trabalhou na Polivac, na Astec, na Envemo e na Qualitécnica, associando-se à entidade em 85. Em 88 veio para o Sindicato como assessor. Em 94 tornou-se diretor. Foi eleito este ano para seu terceiro mandato.
EDSON BARBOSA PASSOS é baiano de Jeremuabo. Chegou em São Paulo em 80 e, no mesmo ano, começou a trabalhar na Siderúrgica Aliperti, onde foi ativista, membro da Comissão de Fábrica e vice-presidente da Cipa por dois mandatos. Desligou-se da empresa em 89 para ser assessor do Sindicato, cargo que ocupou até as últimas eleições sindicais, onde foi eleito diretor pela primeira vez.
DAVID MARTINS CARVALHO nasceu em Bom Jardim de Minas, MG, e veio para São Paulo em 86, e no ano seguinte entrou na Knorr Bremse, onde foi cipeiro e coordenador da Comissão de Fábrica por dois mandatos. Sócio desde 92, tornou-se assessor de diretoria em agosto de 98. Nestas eleições compôs a Chapa 1, e vai ocupar o cargo de diretor do Sindicato em seu primeiro mandato.
PAULO PEREIRA DA SILVA - PAULINHO nasceu em Porecatu, PR, em 56. Cresceu rapidamente no Sindicato dos Metalúrgicos, onde entrou como militante e logo foi promovido a diretor. Foi secretário-geral, vice-presidente e depois presidente do Sindicato. Já na presidência da Força Sindical, transformou-a na maior central do setor privado do País, e passou a defender o modelo do sindicato-cidadão, que se preocupa com os trabalhadores de todo o País. É presidente estadual do PDT.
ADNALDO FERREIRA DE OLIVEIRA trabalhou com os pais na lavoura até os 17 anos, quando veio para São Paulo. Em 73 conseguiu o seu primeiro emprego em uma metalúrgica, e foi aí que começou seu contato com as organizações de trabalhadores. Combativo na defesa de seus ideais, tornou-se assessor do Sindicato em 87, atuando nas zonas sul e oeste. Em 93 compôs a chapa da diretoria, sendo eleito diretor, atuando na zona norte.
JOSÉ LUIZ DE OLIVEIRA nasceu em São Paulo, em 56. Começou a trabalhar com 15 anos como aprendiz. Tornou-se metalúrgico em 76, quando ingressou na Indústria de Máquinas Têxteis Ribeiro, na Zona Leste. Trabalhou na empresa até 82. Depois entrou na Nife do Brasil, onde foi cipeiro por três mandatos. Em 87 ingressou no Sindicato como assessor da diretoria, e nestas eleições foi eleito diretor.
CLÁUDIO PRADO nasceu em São Paulo, SP, em 56. É metalúrgico desde 76, iniciando na Fundição Bertante. Foi ativista do Movimento Estudantil Secundarista – UMES. Em 94, entrou para o Sindicato, como assessor, tornando-se, em 97, diretor. Foi Chefe de Gabinete Parlamentar na Câmara Municipal de São Paulo e, nas últimas eleições municipais, se elegeu vereador pelo PDT. oi eleito este ano para o seu 3º mandato como diretor do Sindicato.
FRANCISCO CARLOS TONON - TARUGO ingressou na categoria metalúrgica em 76, quando foi contratado pela Fanaupe S/A. A partir daí começou a desenvolver sua militância sindical e a participar das atividades do Sindicato. Foi assessor em 86, passando a diretor em 90. Tarugo é presidente do Força Esporte Clube, projeto social do Sindicato e da Força Sindical que atende jovens e adolescentes de famílias humildes.
JOSÉ FRANCISCO CAMPOS nasceu em Belo Jardim, PE, em 44. Em 59 teve o seu primeiro emprego como metalúrgico, na Lorenzetti. Começou sua militância sindical nas greves pela criação do 13º salário em 62/63. Tornouse diretor do Sindicato em 72. Foi, durante 16 anos, tesoureiro-geral do Sindicato, reconhecido como um dirigente sindical empreendedor. Desde julho deste ano ocupa o cargo de tesoureiro-geral do Sindicato Nacional dos Aposentados.
LUIZ ANTONIO DE MEDEIROS nasceu em Eirunepé, AM, em 48. Em 72, devido à situação política do Brasil, foi para o exterior, onde se aprofundou nos estudos e se capacitou como profissional metalúrgico. Voltou ao Brasil em 78, e empregou-se em uma metalúrgica em São Paulo. Começou aí sua carreira sindical e política. Ex-presidente do Sindicato e fundador da Força Sindical, Medeiros é Deputado Federal desde 1999.
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LUTAS PARA 2005
VITÓRIA NAS URNAS AUMENTA RESPONSABILIDADE DA DIRETORIA POR NOVAS CONQUISTAS
A
esmagadora votação obtida nas eleições sindicais (96,2% dos votos), que demonstra a confiança que os metalúrgicos têm na diretoria eleita, só fez aumentar a nossa responsabilidade. Para 2005 – e para os anos seguintes – estaremos atentos aos rumos que o País vai seguir e o que será feito para
que os trabalhadores possam continuar trabalhando, sustentando suas famílias e ajudando a construir um Brasil melhor. Nossa luta pelo emprego, pela correção da tabela do Leão, por juros mais baixos, por um salário mínimo digno será mais intensa, sem esquecer dos salários, da PLR, da redução na jornada de traba-
lho, saúde e segurança no trabalho. Vamos cumprir o programa de campanha. A mobilização da categoria, a coragem e a determinação com que sempre enfrentamos as situações adversas, e a confiança mútua entre Sindicato e trabalhadores são a certeza de que os metalúrgicos serão sempre vencedores.
SINDICATO CRIA CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
MARCHA A BRASÍLIA EXIGE CORREÇÃO DO IR E AUMENTO DO SÁLARIO MÍNIMO
F
oi o nosso Sindicato e a Força Sindical quem primeiro levantaram a voz pela correção da tabela do Imposto de Renda, congelada desde janeiro/2002. Pressionamos, protestamos, saímos às ruas, nos reunimos com o governo e só agora, depois de se mostrarem contrários à correção, o governo admite que a tabela será corrigida. A tabela está defasada em 61,53%, de 95 até hoje. As centrais sindicais, entre elas a Força Sindical, reivindicam uma correção de pelo menos 17%, que é a inflação acumulada do período Lula. O governo não aceita e quer criar novas alíquotas de contribuição, pois não quer perder arrecadação. O Sindicato está atento e vai cobrar a correção justa. Jun-
Chega de pagar tanto imposto: protestos pela correção da tabela reúnem milhares de trabalhadores
to com a Força Sindical e outras centrais estamos promovendo esta semana uma Marcha a Brasília para pressionar o governo a cumprir a sua promessa de campanha de corrigir a tabela e dobrar o valor do salário mínimo (veja abaixo). A cor-
reção do IR pode sair por medida provisória. A correção é necessária para que trabalhadores hoje isentos não passem a pagar IR depois que os seus salários forem corrigidos, e para que quem já paga não passe a pagar ainda mais.
EM DEFESA DE UM SALÁRIO MÍNIMO JUSTO
E
ntra ano, sai ano, e o governo continua “brindando” o trabalhador com aumentos no nanico que são verdadeiras ofensas aos trabalhadores. Realizamos uma marcha para Brasília, saímos às ruas contra o mínimo de R$ 240, e a pressão fez com que o governo aumentasse o mínimo para R$ 260. Mas continua um valor muito aquém das reais necessidades de grande parte da população e dos aposentados. O governo está sendo pressionado pelas centrais para dar um aumento significativo para o mínimo em 2005. E acena com a possibilidade de antecipar o reajuste para janeiro. O presidente não garantiu que dobraria o mínimo em qua-
REFORMA TRABALHISTA GOVERNO TENTA, MAS NÃO ENFRAQUECE SINDICATOS
Painel na praça da Sé denuncia deputados que votaram contra o mínimo maior
tro anos? Ele diz que “gostaria” de anunciar um mínimo de R$ 300, mas na Lei do Orçamento já consta o valor mínimo de R$ 283. Se subir para R$ 300, o aumento só vigorará a partir de maio.
O Sindicato, e as centrais sindicais, estão mobilizados para defender um nanico de, no mínimo, R$ 320 (e não é o ideal), e defendendo a antecipação do aumento para janeiro pelo maior valor.
EMPREGOS: A NOSSA MAIOR BANDEIRA!
Manifestações de sindicatos e trabalhadores pelo emprego se ampliam por todo o País
O corte da verba do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) pelo governo obrigou a Força Sindical a suspender a oferta dos cursos profissionalizantes gratuitos aos trabalhadores. Mas nem por isto vamos deixar de oferecer ao trabalhador uma oportunidade de se reciclar profissionalmente. O Sindicato está investindo no Centro de Educação Profissional, um projeto em convênio com o Ministério da Educação, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o próprio FAT, que vai oferecer 58 cursos profissionalizantes e quatro cursos técnicos. Os cursos terão professores treinados por meio de parcerias com empresas, e os estágios serão feitos nos próprios locais de trabalho. Os trabalhos para a implantação do Centro estão adiantados e as inscrições para os cursos serão abertas no segundo semestre de 2005.
Há anos a geração de empregos tem sido uma das principais bandeiras de luta deste Sindicato, da Força Sindical e do movimento sindical. O País está vivenciando uma onda de crescimento, mas, só na Grande São Paulo ainda temos cerca de 1,7 milhão de desempregados. Neste ano fizemos manifestações por todo o País contra o desemprego – inclusive em Brasília, defendendo os empregos nas casas de bingo, que o governo queria fechar –, e o Centro de Solidariedade ao Trabalhador encaminhou milhares de pessoas para o mercado de trabalho. Mas o desemprego continua rondando os trabalhadores. Por isso, nossa luta vai ser intensificada nos próximos anos. Queremos uma política de geração de emprego e renda efetiva e que promova a inclusão social.
Não fossem as manifestações de repúdio e as críticas da Força Sindical, do nosso Sindicato e das demais centrais contra a Portaria 160, do Ministério do Trabalho, e centenas de sindicatos seriam obrigados a fechar suas portas por não terem como sobreviver. Diante das pressões, a portaria, uma arbitrariedade do governo, que impediria que os sindicatos cobrassem dos trabalhadores não-sócios as contribuições confederativa e assistencial – enfraquecendo, assim, o movimento sindical frente à reforma trabalhista que virá –, foi derrubada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Queremos uma CLT moderna, uma reforma trabalhista que traga benefícios, e não que retire direitos. Para isso, os trabalhadores têm que estar mobilizados e os sindicatos, fortalecidos. Nem parece que o presidente da República já foi sindicalista.
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LUTAS PARA 2005
MEU GURI EM BUSCA DE NOVOS PARCEIROS
O
Sindicato vai continuar sua luta pelo social como forma de contribuir para diminuir as desigualdades e garantir os direitos básicos de pessoas hoje excluídas da sociedade. O Sindicato desenvolve uma dessas ações com o Meu Guri, que abriga crianças e adolescentes em situação de risco social. A entidade abriga 33 crianças, e tem capacidade para acolher 120 na sede inaugurada este ano, na Serra da Cantareira, e dar atendimento à comunidade local.
A entidade está buscando parceiros que adotem financeira e afetivamente as novas crianças, que serão encaminhadas ao abrigo pelas Varas da Infância e Juventude. “A adoção financeira viabiliza o atendimento médico, odontológico, psicológico, lazer, estudo, vestuário, alimentação etc. A afetiva eleva a auto-estima da criança”, afirma Elza Pereira, presidente da entidade. A busca de parceiros é importante também para o atendimento às famílias das novas crianças. O Meu Guri trabalha para reestruturar as famílias, com o objetivo de reintegrar as crianças ao lar. A entidade tem uma estrutura-modelo de abrigo infantil e é referência nacional. As parcerias são fundamentais para a manutenção da qualidade do atendimento.
CURSO DE DELEGADOS
Bazar beneficente é um sucesso
Além das parcerias, o Meu Guri realiza eventos beneficentes para arrecadar recursos visando o atendimento às crianças. O último deste ano foi o bazar realizado nos dias 4 e 5 deste mês, no restaurante Bom Prato e no Sindicato. O evento atraiu cerca de 10 mil pessoas e rendeu R$ 13.700,00 com a venda de roupas, calçados, acessórios e brinquedos, ao preço de R$ 1,00 cada.
Os brinquedos foram apreendidos pela Receita Federal e doados ao Meu Guri. O Fisco doou 15 mil brinquedos, dos quais 12 mil foram vendidos no bazar. O restante o Meu Guri doou para outras instituições. “Foi um sucesso, sobretudo porque vai propiciar um Natal mais feliz a muitas crianças carentes”, comemora Elza Pereira, presidente da entidade.
SAÚDE E SEGURANÇA
AÇÃO POSITIVA MOBILIZA OS TRABALHADORES
NOVAS PROPOSTAS PARA O SETOR
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O
Curso de Formação de Delegados Sindicais é uma das atividades positivas do Sindicato que será incrementada em 2005, justamente por envolver os trabalhadores. Este ano, foram realizados cursos de níveis 1 e 2, com a participação de 590 trabalhadores. Foram 7 cursos de nível 1 com a participação de 273, de 193 empresas; e 8 cursos de nível 2, com 317 companheiros, de 215 fábricas. Indiretamente, o Sindicato, por meio desses companheiros, levou o aprendizado dos cursos para mais de
urante o ano de 2004 implementamos as visitas tripartites às fábricas e realizamos o 8º Encontro de Cipeiros Metalúrgicos, entre outras ações voltadas à conscientização e à garantia de um ambiente de trabalho seguro. Segundo Elza Costa Pereira, tesoureira-geral eleita e diretora do DSST (Departamento de Saúde e Segurança no Trabalho), o Sindicato vai “intensificar as ações de saúde e segurança nas fábricas 76.800 trabalhadores dessas empresas. e de valorização dos cipeiros, para que Miguel Torres, secretário-geral do esses companheiros possam ter mais Sindicato e coordenador dos cursos, condições de trabalho”. afirma que em 2005 o Sindicato vai dar continuidade aos cursos de níveis 1 e ENTRE AS PROPOSTAS A SEREM 2 e implantar cursos de nível 3, para IMPLEMENTADAS EM 2005 ESTÃO: os trabalhadores que fizeram os cursos • Intensificação de programas de visitas anteriores. É uma forma de manter os às fábricas para verificação das conditrabalhadores informados sobre política, ções de trabalho; economia, questões sociais, trabalhistas, • Negociação com empresas para a adebem como sobre as atividades do Sindi- quação participativa do ambiente de tracato, além de e mobilizar a categoria para balho; as suas lutas. • Intensificação das ações para a valori-
DEPARTAMENTO ODONTOLÓGICO O Departamento Odontológico do Sindicato, que foi totalmente reformado e ampliado este ano, atende de manhã, à tarde e à noite, para maior comodidade dos associados e seus familiares. As consultas são das 7h30 às 19h30, sendo que o horário das 16h às 19h30 é exclusivo para os sócios titulares. O departamento tem sete consultórios e oferece 57 tipos de procedimentos, como tratamento de canal, próteses e raio X, entre outros. O atendimento é feito de segunda a sexta-feira, na rua do Carmo, 180, na Sé.
Curso de saúde e segurança no Sindicato com técnicos de empresas
zação da CIPA, através da concentração de esforços para cobrar das empresas a instituição de uma CIPA verdadeira; • Promoção de encontros regionais de cipeiros na sede e nas subsedes, e continuidade dos grandes encontros de cipeiros, o conhecido ENCIMESP; • Intensificação de programa de treinamento e capacitação de trabalhadores, com cursos específicos em práticas de Segurança e Saúde do Trabalhador; • Intensificação das ações tripartites instituídas pelas convenções coletivas de trabalho; • Priorizar as questões ligadas à melhoria das condições de trabalho.
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POLÍTICA
TRISTE FIM DE UM MANDATO Reprodução Jornal Agora São Paulo
BLINDAGEM NO GOVERNO
Nesta seção, as notícias mais esquisitas que aconteceram no mundo. De tão absurdas, o leitor vai achar que é mentira: “Só pode ser piada”. Mas o jornal ‘o metalúrgico’ garante: são todas verdadeiras.
O Congresso não tem votado muita coisa. Mas trabalhou até tarde na 4ª feira passada para dar status de ministro ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e todos os seus antecessores. Meirelles está sendo investigado por envio ilegal de dinheiro para o exterior e o status de ministro alivia a sua barra, porque ele só pode ter julgamento em foro especial.
FALSA EUFORIA No Peru, Lula se empolgou com as palavras e disse que “a economia vai continuar crescendo e os empregos vão continuar aparecendo”. Infelizmente, o trabalhador não tem como compartilhar do otimismo do presidente. Dados do IBGE mostram que os empregos novos vieram para quem tem renda mais alta.
TRISTE DADO O Brasil tem 27,4 milhões de crianças e adolescentes vivendo na miséria, segundo relatório da Unicef sobre a situação da infância no mundo. Essas crianças são de famílias que se sustentam com meio salário mínimo ou menos por pessoa. Isso representa 45% dos meninos e meninas do País nessa faixa de idade. Cadê o desenvolvimento com inclusão social?
O MONSTRO DE DUAS CABEÇAS
A inflação tem tido duas caras nos últimos meses. Produtos como a soja, o feijão e principalmente o arroz baixaram o preço. Já a gasolina só faz subir.
A
prefeita Marta Suplicy iniciou o seu mandato criando taxas, perdeu a eleição e abandonou a cidade. Seu final de mandato é só desorganização: atrasos de pagamentos de servidores dos CEUS, operadores de radar, varredores de rua, fornecedores. Isto sem contar as enchentes, buracos, estouro de obras inauguradas às pressas e um rombo nas contas de R$ 1,2 bilhão. Enquanto a cidade vive o caos, a prefeita foi descansar em Paris e passear em Milão, na Itália. Ou seja, não se preocupou em terminar seu mandato com dignidade.
zir que o prefeito eleito, José Serra, receberá da atual administração um enorme abacaxi e terá dificuldades para cumprir com os vários compromissos que assumiu na sua campanha eleitoral, como por exemplo a criação de Centros de Emprego e Solidariedade nos bairros, concessão do vale-transporte para os desempregados e cursos de qualificação profissional. Estas eram propostas da campanha eleitoral de Paulinho, presidente da Força Sindical e presidente estadual do PDT, que foram assumidas por Serra no segundo turno das eleições. Serra, in“ABACAXI” PARA JOSÉ SERRA clusive, fez campanha pela periferia ao Diante deste quadro, é fácil dedu- lado de Paulinho.
BRASIL TEM PRESSA
ÁREA SOCIAL, O GRANDE PROBLEMA
N
o âmbito do governo federal, as coisas também não serão fáceis. O governo terá dificuldades para cumprir com os programas sociais, como o bolsa-família, que teve desvio de verbas em 2004 e precisa ser ampliado para atender todas as crianças e adolescentes pobres, incrementar os programas de habitação, agilizar os programas de geração de renda, promover assentamentos com infra-estrutura e política de crédito acessível para evitar novas invasões de sem-terra. Só no governo Lula as inva-
POLÍTICOS E TRABALHADORES
Foi Mal
A
prefeita Marta disse, no seu retorno de Paris e Milão, que as chuvas e as enchentes teriam acontecido do mesmo jeito se ela estivesse na cidade, e que ela viajou com dinheiro do próprio bolso. Quanto à primeira fala, vale dizer apenas que sua permanência na cidade teria minimizado o sentimento de indignação dos paulistanos. Quanto à segunda, Marta não fez mais do que a obrigação, ou será que algum munícipe estaria disposto a bancar sua viagem? Da prefeita esperava-se uma atitude de estadista, não de turista.
Foi Bem
C
om a campanha do desarmamento, o número de mortes por homicídios caiu 18% nos primeiros nove meses do ano no Estado de São Paulo, em comparação com 2003. São 2.360 mortes a menos. As maiores vítimas dessa violência são os jovens. O governo recolheu 191.616 armas nos últimos 12 meses em todo o País. Além dos dramas familiares, a violência gera custos para os cofres públicos. Só de janeiro a setembro deste ano, o governo gastou quase R$ 400 milhões com internação de vítimas.
sões cresceram 226%. Até agora foram 538 invasões. Os programas sociais precisam andar mais rápido e promover a cidadania. O pobre não precisa só de dinheiro. Precisa melhorar sua auto-estima. Para o País melhorar é preciso cuidar mais das crianças e dos jovens. Não adianta ter crescimento, como vem sendo anunciado, se não houver inclusão social, distribuição de renda e emprego. Nosso Sindicato e a Força Sindical vão continuar defendendo, com ações, essas bandeiras em 2005.
MENINO DE 11 ANOS PROCESSA A MÃE Lembram da tradicional reclamação das mães: “A gente coloca filho no mundo pra isso...”. Uma mãe em Hong Kong tem todos os motivos para essa queixa. Ela prometeu ao seu filho de 11 anos que se ele tivesse 94% de aproveitamento no boletim lhe daria um computador. O garoto conseguiu 97%, mas a mãe alegou falta de dinheiro e não cumpriu a promessa. O filho, então, como toda pessoa que se sente lesada, entrou com um processo contra a mãe. Os dois se encontraram na frente do juiz e chegaram a um acordo.
TUDO PELA CIÊNCIA Todos os países erguem monumentos em homenagem às suas grandes personalidades. A China não fugiu à tradição. Mas, no caso, decidiu homenagear os mortos pela ciência: camundongos, porquinhos-da-índia, coelhos e macacos. Os animais são usados como cobaias para experimentos científicos, e muitos morrem em missão. Foi erguido um monumento em memória deles.
NÃO HÁ DORIL QUE RESOLVA! Um sul-coreano sofria de uma dor de cabeça horrível há anos e resolveu procurar um hospital para tentar saber a causa. Fez um raio-x e descobriu que tinha um prego de 5 cm cravado no crânio. Ele foi operado e passa bem. Detalhe: o cara não sabe como o prego foi parar lá.
Força Esporte Clube tem novos parceiros O Força Esporte Clube fechou importante parceria de patrocínio com a FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas) e a Prefeitura de Santana do Parnaíba para a disputa da Taça São Paulo de Futebol Júnior, edição 2005, que começará em 4 de janeiro. O patrocínio terá a duração de dois meses. “É muito importante uma parceria desta envergadura. No ano passado fomos longe no torneio e perdemos apenas para a equipe do Corinthians, que sagrou-se campeã. Neste ano queremos ir ainda mais longe e chegar ao título, e esse patrocínio vai nos
ajudar”, afirma Francisco Tonon, o Tarugo, presidente do Força Esporte Clube, que na fase inicial da competição mandará seus jogos no estádio do Juventus, na rua Javari. O prof. Edvaldo Alves da Silva, reitor da FMU, prometeu bolsas de estudo para os atletas que se destacarem no campeonato.