ANO 62 – ABRIL DE 2005 – Nº 516
Diretoria do Sindicato toma posse rumo às novas lutas e conquistas
A diretoria eleita do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi e Região na solenidade de posse
nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região, responsável pelo mandato 2005/2009, tomou posse no último dia 8 de abril. A solenidade, realizada no Palácio do Trabalhador, reuniu cerca de 3 mil pessoas entre trabalhadores, empresários, sindicalistas de várias categorias e autoridades. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o prefeito José Serra, o ministro do Trabalho, Ricardo
A Eleno, presidente do Sindicato: “Unidos somos fortes para representar os trabalhadores rumo à construção de um País melhor.”
Berzoini, o presidente do TST, ministro Vantuil Abdala, e o presidente da Força Sindical, Paulinho, participaram desta grande comemoração da categoria metalúrgica. A diretoria é formada por 38 diretores e presidida por Eleno Bezerra, eleito com 96,2% dos votos nas eleições sindicais em dezembro passado. O evento foi encerrado com um grande show da dupla Gian e Giovani. Leia nas Págs. 2, 6, 7, 8 e 9
A reforma do Judiciário em debate
Paulinho, presidente da Força Sindical: “Certeza de novas lutas e importantes conquistas para os metalúrgicos de São Paulo.”
Nosso Sindicato promoveu no dia 8 de abril, no Palácio do Trabalhador, um encontro entre juristas, sindicalistas e empresários para debater “a reforma do Judiciário e seus reflexos na reforma Sindical”. Segundo o presidente do Sindicato, Eleno Bezerra, o evento visou discutir com os diversos segmentos a Emenda 45 da reforma do Judiciário, que impede o livre acesso dos sindicatos à Justiça do Trabalho, o que pode levar a conflitos entre trabalhadores e empregadores. Leia nas Págs. 4 e 5
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Leia na Pág. 12
2 - o metalúrgico
ABRIL DE 2005
EDITORIAL
POSSE REPRESENTATIVA E DE COMPROMISSO
A
posse da diretoria foi bastante representativa. Reuniu milhares de trabalhadores, dirigentes sindicais, empresários e autoridades, como o governador Geraldo Alckmin, o prefeito José Serra, o ministro Ricardo Berzoini e o presidente do TST, Vantuil Abdala. Todas essas personalidades falaram da importância do Sindicato na história do sindicalismo brasileiro, desde a sua fundação, em 1932. Não foram apenas palavras, mas reconhecimento pelas lutas dos metalúrgicos em defesa dos direitos trabalhistas, civis, sociais, políticos e pela democracia. Foi uma posse marcada pelo compromisso, desta diretoria e das autoridades. Assumi a presidência com a responsabilidade de fortalecer a luta pelo emprego, melhoria dos salários, contra os juros e impostos, e para desenvolver programas de qualificação profissional. Destaco a qualificação porque ela insere o trabalhador no mercado de trabalho, gera oportunidades, melhoria de vida e crescimento profissional. Não se constrói nada só com palavras bonitas e discursos afinados, mas com gestos e ações humanas. Este é um Sindicato de atitudes. Foi assim desde a sua fundação, com nossos expresidentes, com os companheiros Joaquinzão, Medeiros e Paulinho, e continuará sendo com esta diretoria. No meu discurso, cobrei das autoridades medidas para transformar São Paulo em uma cidade de oportunidades, com custos menores e uma política de geração de empregos. A resposta do prefeito foi positiva. Ele vai inaugurar dois Centros de Emprego e Solidariedade ao Trabalhador e disse que podemos contar com ele para fortalecer a luta
pelo emprego e pelo desenvolvimento da nossa cidade. Também assinei com o governador um Acordo de Cooperação para proporcionar cursos de ensino médio, fundamental e técnico aos trabalhadores metalúrgicos. Muitos trabalhadores não arrumam emprego porque não têm diploma escolar nem recursos de pagar um curso profissionalizante. Com o convênio, o trabalhador vai estudar de graça, e vai ficar mais à vontade indo ao Sindicato do que em uma escola tradicional, onde ele estudaria com pessoas mais jovens. Trabalhador qualificado corre menos riscos de perder o emprego. Com o avanço da tecnologia, as empresas modernizam sua produção e demitem. Vou trabalhar por uma política que faça com que a empresa substitua apenas as máquinas e para que o trabalhador se atualize. Mas, para alcançarmos nossos objetivos, é preciso que o governo federal baixe juros e impostos, que encarecem a produção e reduzem as vagas. Unidos, podemos mudar as regras do jogo. A pressão da sociedade organizada contra a MP 232 (dos impostos) é um exemplo. A medida caiu, mas temos que estar preparados para combater outras investidas contra os interesses da sociedade. Contem comigo nesta luta pela dignidade no trabalho e para continuarmos na vanguarda do sindicalismo brasileiro.
Eleno Bezerra PRESIDENTE DO SINDICATO
ARTIGO
JUROS QUE MATAM
D
urante boa parte do ano passado, os juros básicos da economia estiveram na casa dos 17%. Ainda é alto, mas pelo menos deu espaço para que o País crescesse. Com o País crescendo, os sindicatos tiveram mais força nas negociações salariais, e acabou sendo o melhor ano da década das Campanhas Salariais. Juro baixo é igual a crescimento, que, combinado com a força dos trabalhadores organizados, dá em mais renda e mais emprego. Mas, a partir do terceiro trimestre, o Banco Central começou a aumentar os juros de novo, e não parou mais. Hoje, os juros estão em 19,25%. Resultado: o País parou de crescer, o desempenho das indústrais caiu, o desemprego aumentou e os salários continuam comprometidos. Será que a equipe econômica não percebe que juros altos são a grande doença do nosso país? Certamente percebe, mas faltam a eles três coisas: sensibilidade para
o metalúrgico ABRIL DE 2005 Ano 62 – Edição nº 516 “o metalúrgico” é o órgão oficial do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região. Sede SP - Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade CEP 01506-000 - São Paulo - SP - Fone (011) 3388-1000 Sede Mogi - Rua Afonso Pena, 137, Vila Tietê CEP 08770-330 - Fone (011) 4791-1666 Fax (011) 4791-2516 - Mogi das Cruzes - SP Home Page: www.metalurgicos.org.br E-mail: info@metalurgicos.org.br
governar para o povo, e não para o capital financeiro; coragem para mudar o rumo; e criatividade para encontrar soluções melhores. Já que é assim, a mudança tem que partir dos trabalhadores. A força do Sindicato dos Metalúrgicos tem sido decisiva para pressionar o governo a fazer as coisas direito. O trabalhador metalúrgico tem uma nova diretoria combativa e que não descansa na luta por juros mais baixos. Nossa união e vontade de mudar as coisas é nossa força para mudar o Brasil!
Paulo Pereira da Silva, Paulinho PRESIDENTE DA FORÇA SINDICAL
Diretores (Sede de São Paulo) Adnaldo Ferreira de Oliveira, Antonio Raimundo Pereira de Souza (Mala), Carlos Andreu Ortiz (Ortiz), Carlos Augusto dos Santos (Carlão), Cícero Santos Mendonça, Cláudio do Prado Nogueira, David Martins Carvalho, Edson Barbosa Passos, Eleno José Bezerra, Elza Costa Pereira, Eraldo de Alcântara, Eufrozino Pereira da Silva, Francisco Carlos Tonon (Tarugo), Francisco Roberto Sargento da Silva, Geraldino dos Santos Silva, Ivando Alves Cordeiro (Geléia), Jefferson Coriteac, João Aparecido Dias (João DD), João Carlos Gonçalves (Juruna), José Francisco Campos, José
Ações de um líder sindical O presidente do Sindicato, Eleno Bezerra, iniciou sua militância política e sindical em 1975, quando entrou na Deca, de onde foi demitido por participar de uma greve. Foi eleito diretor do Sindicato pela primeira vez em 1987. Em 1996, assumiu a Secretaria-geral do Sindicato, e em 2003 a Presidência. Promoveu a Campanha Salarial Emergencial, Ciclos de Debates, Cursos de Delegados, o 10º Congresso dos Metalúrgicos, entre outras ações de aproximação com a base e fortalecimento do Sindicato. As lutas continuam!
ACORDO EDUCACIONAL
Durante a solenidade de posse da diretoria, Eleno e o governador Geraldo Alckmin assinaram um Acordo de Cooperação Técnico Educacional para proporcionar cursos de ensino médio, fundamental e técnico aos trabalhadores metalúrgicos. O curso será ministrado por intermédio do Centro Educacional Paula Souza nas antigas subsedes do Sindicato. Representa uma oportunidade para milhares de metalúrgicos que não arrumam emprego por não terem um diploma escolar nem qualificação profissional.
MAIS 2 CENTROS DE EMPREGO
O prefeito José Serra anunciou, durante a posse da diretoria, que vai inaugurar em maio, em Itaquera, e em Interlagos, dois novos Centros de Emprego e Solidariedade ao Trabalhador, nos mesmos moldes do Centro que funciona no Palácio do Trabalhador. Este foi um compromisso assumido por Serra com Paulinho, presidente da Força Sindical, durante debates com trabalhadores desempregados nas eleições municipais.
Lúcio Alves (Mineiro), José Luiz de Oliveira, José Maurício da Silva (Ceará), Juarez Martelozo Ramos, Luiz Antonio de Medeiros, Luiz Carlos de Oliveira (Luizinho), Miguel Eduardo Torres, Milton Eduardo Brum, Nelson Aparecido Cardim (Xepa), Paulo Pereira da Silva (Paulinho), Ricardo Rodrigues (Teco), Sales José da Silva, Sebastião Garcia Ferreira, Sílvio Bernardo, Tadeu Morais de Sousa e Valdir Pereira da Silva Diretores (Sede de Mogi das Cruzes) Jorge Carlos de Morais (Arakém), Paulo Fernandes de Souza (Paulão)
Diretor Responsável Eleno José Bezerra Edição e Redação Débora Gonçalves - MTb 13.083 Edson Baptista - MTb 17.898 Val Gomes - MTb 20.985 Fotografia Jaélcio Santana, Werther Santana, Iugo Koyama Diagramação e Arte Rodney Simões, Vanderlei Tavares Impressão Gráfica e Editora Ponto a Ponto Tiragem: 300 mil exemplares
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FIM DA MEDIDA DOS IMPOSTOS
Câmara aprova correção da tabela do Leão MP 232, QUE AUMENTAVA IMPOSTOS, FOI DERRUBADA
V
aleu a pressão da sociedade. A Câmara dos Deputados aprovou, no último dia 12 de abril, a correção da tabela do Imposto de Renda em 10%. Foi o único item da polêmica Medida Provisória 232, editada no dia 31 de dezembro pelo governo, que foi aprovado. Os demais artigos da medida, que aumentavam a carga tributária dos prestadores de serviços e antecipavam a cobrança de IR dos agricultores, foram derrubados. Na aprovação, os deputados restabeleceram o direito de pessoas e empresas que têm dívidas feitas com o Leão entre 1º de janeiro e 31 de março
deste ano, de valor inferior a R$ 50 mil, de poderem recorrer ao Conselho do Contribuinte. A MP 232 impedia que essas ações fossem contestadas. A aprovação é uma dura derrota do governo, que diante das pressões da sociedade organizada — empresários, sindicatos, trabalhadores e até mesmo políticos — teve de recuar e aprovar apenas o que todo mundo queria, que era a correção da tabela do IR. Mas a luta não acabou! Enquanto a MP segue para votação no Senado, o governo promete enviar ao Congresso um projeto de lei com novas medidas tributárias, para “compensar” a perda
de arrecadação com a correção da tabela. “O governo esquece que já arrecadou demais no período em que deixou de corrigir a tabela, e que continua arrecadando muito porque corrigiu a tabela em Juruna, Secretário-geral da Força, durante apenas 10%, quando protesto em São Paulo contra a MP 232 ela está defasada em 53,33%. Mas nós estamos atentos e vaA sociedade não agüenta mais tanmos intensificar a pressão contra qual- to imposto!”, rebate João Carlos quer nova tentativa de se aumentar im- Gonçalves, o Juruna, secretário-gepostos. ral da Força Sindical. POLÍTICOS E TRABALHADORES
MP CONTRA O AUXÍLIO-DOENÇA
Governo tira auxílio dos doentes O
governo baixou outra medida nefasta. Desta vez, prejudicando os trabalhadores doentes. Com a desculpa de combater fraudes, o Ministério da Previdência soltou a MP 242, que altera as regras para a concessão do auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadoria por invalidez e salário-maternidade. A MP aumenta o prazo de carência para que se tenha direito aos benefícios. Antes, o trabalhador que ficava sem contribuir para o INSS por mais de 12 ou 24 meses, dependendo do tempo em que ele ficou empregado, precisava voltar a contribuir por mais quatro meses para poder requerer o auxílio. Agora, esse tempo subiu para 12 meses. Em um País com tantos desempregados, milhares de trabalhadores vão ficar sem amparo justamente quando mais necessitam.
A MP também mudou a forma de cálculo do benefício. Antes, a conta utilizava 80% das contribuições feitas desde 1994. Agora, serão apenas as contribuições dos últimos 36 meses. “O governo foi justamente em cima de quem não tem como se defender, em vez de ir contra os verdadeiros fraudaMiguel alerta os trabalhadores e defende concessão dores, dos sonegadores, mais rápida do auxílio-doença para quem necessita de empresas que desA medida está sendo bombardeada e contam a contribuição dos trabalhadores e ficam com o dinheiro. Além de não ter o governo já fala em mudanças. Até lá, emprego, o trabalhador não pode mais fi- os trabalhadores continuam amargando car doente”, bronqueia Miguel Torres, nas filas dos postos do INSS, onde os processos desses benefícios estão parados. secretário-geral do Sindicato.
Foi Bem
O
primeiro passo contra o nepotismo, ou seja, contra a contratação de parentes para cargos públicos em todos os níveis e nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou seis emendas constitucionais que proíbem esse tipo de contratação. Agora, será instalada uma comissão especial visando reunir as propostas em uma, seguida por votações no plenário da Câmara e no Senado. Esta primeira vitória contra o nepotismo é fruto da indignação da sociedade brasileira contra uma prática imoral, incompatível com a democracia que estamos construindo no País.
QUEDA DE BRAÇO
A briga contra os juros altos
Em portas de fábrica, Elza sempre conclama os trabalhadores a se mobilizarem e a lutar pelos seus direitos e cidadania
s metalúrgicos, a Força Sindical e sindicatos filiados continuarão protestando nas ruas, em portas de fábricas, diante do Congresso Nacional, do Banco Central, até que o governo reduza as taxas de juros no País. Nunca é demais denunciar que o Brasil é o campeão mundial dos juros altos. Hoje, a taxa dos
O
juros básicos da economia está em 19,25% ao ano. Se projetarmos a média da inflação dos três primeiros meses para o ano todo teremos um índice de 7,31% (IPCA/IBGE), fazendo com que a taxa real de juros fique em 11, 12% ao ano. A equipe econômica parece ignorar os protestos e as necessidades da so-
ciedade. Por isso, continuaremos protestando, sobretudo nos dias em que o Banco Central se reúne para definir a taxa. “Enquanto os juros sobem, os preços sobem, a população não compra, as empresas não produzem e o trabalhador é demitido. Nesta roda, só os bancos ganham, batendo recordes de lucro”, afirma Elza Costa Pereira, tesoureira-geral do Sindicato. O pior é que por mais que a população pague impostos, os gastos do governo só aumentam e a maior parte da arrecadação vai para o pagamento dos juros da dívida pública. “Nosso país é o quarto maior pagador de juros do mundo em relação ao PIB. Não há economia que resista. Ou o governo muda o rumo ou voltaremos a amargar recessão, mais desemprego e falências”, avalia Elza.
Foi Mal
A
tentativa do Ministério da Saúde em restringir no Brasil os leitos de UTI (Unidades de Terapia Intensiva) da rede pública a pacientes graves com chances reais de recuperação. A iniciativa causou reações negativas em setores médicos e no Congresso Nacional. Segundo especialistas, a proposta seria uma tentativa do governo de resolver o problema de falta de leitos com uma medida burocrática. O Ministério, diante das críticas especializadas, foi obrigado a recuar na decisão. O governo vai dando um banho de incompetência administrativa e de falta de critérios ao tratar de um assunto tão sério como a saúde.
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DEBATE
SINDICATO PROMOVE DEBATE SOBRE REFORMAS DO JUDICIÁRIO E SINDICAL
Sindicalistas, empresários e juristas debatem, no Palácio do Trabalhador, as mudanças nas relações trabalhistas
O
Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região promoveu, no dia 8 de abril, no Palácio do Trabalhador, um grande debate sobre a reforma do Judiciário, o fim dos dissídios coletivos e as conseqüências destas mudanças na reforma Sindical. Participantes Participaram do evento o ministro Vantuil Abdala, presidente do TST (Tri-
bunal Superior do Trabalho); Eleno Bezerra, presidente do Sindicato; Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical; Nildo Masini, presidente do Sicetel e representante do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP); Drausio Rangel, consultor trabalhista; José Siqueira Neto, assessor Jurídico; Ronaldo Lopes Leal, vice-presidente do TST; José Luciano de Castilho
Pereira, ministro do TST; Pedro Paulo Teixeira Manus, vice-presidente do TRT/ SP; Wilma Nogueira de Araújo Vaz da Silva, juíza presidente da secção especializada de dissídios coletivos do TRT/ SP; César Augusto de Mello, do Núcleo Trabalhista da OAB, e Antonio Rosella, advogado do Sindicato. O mediador foi o jornalista Paulo Moreira Leite, diretor de Redação do jornal Diário de S.Paulo.
Eleno José Bezerra, Presidente do Sindicato
POSIÇÃO DOS DEBATEDORES A
Emenda Constitucional 45, que trata da reforma do Judiciário, em vigor desde dezembro do ano passado, foi o principal assunto do debate. A emenda prevê que os conflitos coletivos de trabalho só poderão ser encaminhados aos tribunais trabalhistas se houver consenso entre trabalhadores e empresários. Antes, na falta de entendimento nas negociações coletivas para solucionar, por exemplo, uma greve, o Sindicato entrava com dissídio coletivo na Justiça do Trabalho para resolver o conflito. Com as Pedro Paulo Teixeira Manus, mudanças previstas na reforma do JudiVice-presidente do TRT/SP ciário, este direito de ir à Justiça de forma unilateral acabou. Será necessário agora que os dois lados, patrões e tra“A Justiça deve continuar auxilianbalhadores, estejam “de comum acordo”. do as partes e lutando pela resolução dos conflitos coletivos”, opina Pedro Paulo Teixeira Manus, vice-presiDE OLHO NA JUSTIÇA dente do Tribunal Regional do Traba“A reforma do Judiciário poderá difi- lho de São Paulo. cultar as próximas negociações coletivas Drausio Rangel, consultor trabalhise atropelar a reforma Sindical. O debate ta, considera o “comum acordo” uma foi importante para saber como os em- aberração jurídica. “O judiciário deve supresários e o Judiciário estão encaran- perar as burocracias e agilizar o fim dos do a questão”, afirma Eleno José Be- conflitos entre capital e trabalho. Do conzerra, presidente do Sindicato. trário, o Brasil será um País desestimu-
Drausio Rangel, Consultor trabalhista
lante. É necessário corrigir a Emenda 45”. Para José Siqueira Neto, assessor jurídico, “a verdadeira aberração jurídica é o dissídio coletivo”, afirmando que “a Justiça do Trabalho não tem que resolver conflito”. Ele acredita que o importante é alcançar um novo patamar nas relações entre capital e trabalho, buscando o diálogo e o equilíbrio social. Paulinho, presidente da Força Sindical, defende correções na Emenda 45: “a reforma do Judiciário foi votada sem
José Siqueira Neto, Coord. Fórum do Trabalho
a participação da sociedade. A idéia de ‘comum acordo’ não dá, pois os conflitos sempre existirão”. Paulinho acredita que, com a estabilidade ao delegado sindical, prevista na reforma Sindical, os conflitos poderão ser resolvidos de forma mais rápida. “A legalização dos representantes dos trabalhadores no local de trabalho será um dos maiores avanços democráticos, tanto nas fábricas como para o País”, finaliza Paulinho.
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DEBATE
POLÊMICA NO DEBATE O
presidente do Sicetel e representante do CIESP, Nildo Masini, afirma que “não há como discutir a reforma Sindical”, que, na sua opinião, não será aprovada tão cedo, “sem antes ocorrer mudanças na legislação trabalhista”. “Sob o manto da reforma Trabalhista, querem tirar direitos fundamentais dos trabalhadores. A legislação trabalhista deve ser melhorada, sem a retirada de direitos, e somente após a reestruturação sindical e o fortalecimento dos sindicatos”, acrescentou Vantuil Abdala, presidente do TST. Segundo ele, a reforma Sindical deveria ser mais simples e aprovada rapidamente, garantindo aos sindicatos mais força e representatividade. Ronaldo Lopes Leal, vice-presidente do TST em Brasília, afirmou que o trabalhador acredita na Justiça do Trabalho. “Se acabarmos com o poder normativo, estaremos contrariando o livre acesso de todos à Justiça, que é um direito pétreo da Constituição”. Para José Luciano de Castilho Pereira, ministro do TST, as relações trabalhistas devem ser democráticas, e a Justiça não pode tirar o que foi conquistado pela classe trabalhadora. “Penso que estamos mais próximos de uma arbitragem do que do comum acordo”, finaliza.
Vantuil Abdala, Presidente do TST
Paulinho, presidente da Força Sindical
Na platéia do debate havia dirigentes sindicais de várias categorias, empresários, advogados, juristas, diretores e assessores do Sindicato
O debate abriu espaço para a participação do público presente, formado por sindicalistas e advogados
Ronaldo Lopes Leal, Vice-presidente do TST
Castilho Pereira, Ministro do TST
Nildo Masini, Representante do CIESP
Paulo Moreira Leite, diretor de Redação do Diário de S.Paulo.
COMO ANDA A REFORMA SINDICAL s relações de trabalho entre patrões e trabalhadores serão regidas por novas regras a partir da reforma da Estrutura Sindical. O projeto foi amplamente debatido pelas centrais sindicais no Fórum Nacional do Trabalho, no ano passado, e agora será discutido e votado pelos deputados federais e pelos senadores. Estão previstas audiências públicas para discutir a proposta. Depois de aprovada na Comissão de Constituição e Justiça, será criada uma comissão especial para analisar o conteúdo do projeto. Paulinho, presidente da Força Sindical, apresentou um novo texto para garantir aos sindicatos, desde que tenham representatividade, a unicidade sindical.
A
Eleno, Juruna e Paulinho foram ao Congresso Nacional defender a reforma Sindical
Unicidade sindical é uma regra que proíbe a criação de mais de um sindicato para a mesma categoria profissional em um mesmo município. “O Congresso Nacional é o local indicado para fazer as alterações, e esta mudança facilitará a aprovação da reforma”, argumenta Paulinho. Para Eleno Bezerra, presidente do Sindicato, é imprescindível acompanhar as discussões, visto que muitos empresários não concordam com muitas mudanças nem aceitam a representação sindical no local de trabalho. “Há empresários que são contra a democracia nas fábricas e querem discutir primeiro a reforma Trabalhista e tirar direitos. Não aceitamos”, diz Eleno.
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POSSE DA NOVA DIRETORIA - 8 DE ABRIL
UM MOMENTO HISTÓRICO PARA U
m grande ato, no último dia 8 de abril, no Palácio do Trabalhador, marcou a posse da nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região. A solenidade foi muito representativa, pois contou com a presença de milhares de trabalhadores, dirigentes sindicais e autoridades, entre elas do governador Geraldo Alckmin, do prefeito José Serra, do ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, e do presidente do TST, Vantuil Abdala. Paulinho, presidente da Força Sindical, ressaltou em seu discurso a liderança e o trabalho da nova diretoria. “Tenho a confiança de que, com a nova diretoria, e com Eleno na Presidência, as lutas do Sindicato seguirão o mesmo caminho de conquistas que sempre marcou a trajetória da categoria”, afirmou. Eleno Bezerra, por sua vez, afirmou que está ciente da sua responsabilidade em continuar, neste novo mandato, conquistando vitórias para a categoria. “Assumo a Presidência do Sindicato com o objetivo de fortalecer a luta pela reforma Sindical, pela melhoria dos salários, contra o desemprego, contra os juros altos e os impostos, e por projetos educacionais que garantam uma vida melhor para nossos trabalhadores”, disse ele. Elza Costa Pereira, tesoureira-geral do Sindicato, refletiu em seu discurso sobre a importância de o Sindicato apoiar a luta das mulheres contra a discriminação salarial e racial no mercado de trabalho, e a luta por políticas públicas que garantam à nossa juventude acesso à educação, à cultura, ao lazer e à vida profissional. Veja ao lado algumas imagens do evento e as palavras de nossos líderes e autoridades presentes.
COMPROMISSO: A diretoria eleita do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi e Região durante a cerimônia de posse
PRESTÍGIO: Eleno e Paulinho, na mesa de posse da diretoria, com as presenças ilustres do prefeito José Serra, do ministro Ricardo Berzoini, do governador Geraldo Alckmin, do ministro Vantuil Abdala e demais autoridades
RICARDO BERZOINI, MINISTRO DO TRABALHO “É uma obrigação comparecer a esta posse, pela importância histórica do Sindicato e pelo fato de estarmos em um momento em que o fortalecimento dos sindicatos é imprescindível para termos melhores condições de trabalho, de salário e de empregos. O projeto de reforma Sindical visa democratizar e dar transparência e capacidade de organização aos trabalhadores. Chamo a atenção para a responsabilidade desta diretoria, para que as mudanças continuem e viabilizem as relações sindicais neste país. Viva o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo!”
VANTUIL ABDALA, MINISTRO PRESIDENTE DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO “Nossa presença aqui no Sindicato tem um significado. Há anos este Sindicato se levanta para acabar com a injustiça contra os trabalhadores do País, com essa resistência ao homem do povo, de pés descalços. O reconhecimento a este Sindicato, de tantas tradições de luta, a esses trabalhadores que sempre lutaram pelas melhores causas do País. A Justiça do Trabalho estará sempre ao lado dos trabalhadores.”
GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO “Esta é uma casa de luta! Somos uma colméia de trabalho. Hoje assinamos convênio para dar formação aos trabalhadores. Precisamos unir esforços para que todos os trabalhadores tenham o seu diploma escolar. São Paulo está dando um exemplo com redução de impostos. Aqui não tem MP 232 nem aumento de carga tributária, porque quem paga imposto não é o empresário, mas os trabalhadores. Desejo ao Eleno e sua equipe um grande trabalho e sucesso. Vamos trabalhar juntos pelo desenvolvimento e pelo emprego em São Paulo.”
JOSÉ SERRA, PREFEITO DE SÃO PAULO “Lembro que a sede da rua do Carmo era mais que a sede do Sindicato: era um centro de agitação política e social de São Paulo. Sempre tive atuação trabalhista e, na Constituinte, apresentamos propostas para o segurodesemprego e o FAT, conquistas ligadas a este sindicato. Emprego tem a ver com política econômica, juros, impostos. Temos que fazer alianças pelo desenvolvimento e pelo emprego na nossa cidade e encher os galpões que, como disse o Eleno, estão vazios. Conte conosco para fortalecer essa luta”.
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OS METALÚRGICOS
Eleno agradece: “Obrigado, companheiros!”
REPRESENTATIVIDADE: Trabalhadores e seus familiares prestigiaram a solenidade de posse da nova diretoria, em uma demonstração de crédito nas futuras conquistas do Sindicato para a categoria metalúrgica
ELENO BEZERRA, PRESIDENTE DO SINDICATO “Tenho a responsabilidade de fazer com que este Sindicato continue sendo o maior Sindicato de trabalhadores da América Latina, e o mais organizado. Estou substituindo o maior dirigente sindical deste País, o Paulinho. Somos parceiros de luta, pela reforma Sindical e pelo fortalecimento dos sindicatos. Em 1975, São Paulo era uma cidade em que a gente escolhia o emprego que queria. Hoje, tem galpões vazios, as empresas foram embora. Vamos lutar por uma política de empregos e pela qualificação dos trabalhadores, porque não tem país que se desenvolva sem educação.”
ELZA COSTA PEREIRA, TESOUREIRA-GERAL DO SINDICATO “Esta platéia é mista e representativa. Em 2002, 44% das mulheres ocupavam postos de trabalho; 22,9% delas eram chefes de família. Elas ainda sofrem com a discriminação salarial e a cargos de chefia. Se esta mulher for negra, a dificuldade triplica. Não posso deixar de me indignar e citar a vulnerabilidade juvenil, sobretudo na periferia. Falta investimento e atenção aos jovens. Citei estes dados para refletirmos. Conclamo dirigentes e trabalhadores para caminharmos juntos, sem receio em enfrentar desafios. O que nos move é o futuro!”
CARLOS AUGUSTO DOS SANTOS, DIRETOR DO SINDICATO “A nova diretoria representa a confirmação da unidade existente entre o Sindicato e os trabalhadores, o reconhecimento pelas importantes vitórias até aqui conquistadas e a confiança da categoria nas lutas que estão por vir. Nosso compromisso é o de colocar em prática o Plano de Lutas, debatido com os delegados sindicais, para melhorar os salários, lutar pela reforma Sindical, defender o emprego e a renda, intensificar as ações por saúde e segurança nas fábricas e intensificar nossa ação na área social e de educação profissional”,
A dupla Gian e Giovani trouxe a alegria musical para os presentes
PAULINHO, PRESIDENTE DA FORÇA SINDICAL “Cumprimento a todos, e em especial o Eleno, que está me substituindo, e muito bem. Estamos lutando para reformar a estrutura sindical e melhorar a relação capital e trabalho, mas não faremos a reforma sem o reconhecimento do delegado sindical. O militante sindical é clandestino neste país. È uma questão de honra para nós o seu reconhecimento. Estamos com muitas lutas, uma delas contra os juros altos, porque ninguém agüenta mais. Vamos lutar, unidos a esta diretoria, para que a economia volte a crescer.”
LUIZ ANTONIO DE MEDEIROS, DEPUTADO FEDERAL E EX-PRESIDENTE DO SINDICATO “Ser diretor deste sindicato é um dos maiores orgulhos que eu tenho. Tenho duas carteiras, uma de deputado federal e outra de diretor. Antes de ser deputado, sou metalúrgico. Quero dizer ao Paulinho e ao Eleno que esta cadeira (da Presidência) é motivo de orgulho para mim no Congresso Nacional. Toda vez que eu vou votar, eu penso: como é que os metalúrgicos gostariam que eu votasse? Esta carteira é a minha referência. Desejo sucesso, Eleno, e que sejamos todos vitoriosos na vida!”
CARLOS LUPPI, PRESIDENTE NACIONAL DO PDT “A presença de tantas autoridades nesta posse é uma demonstração da força deste sindicato. Sua eleição, Eleno, tem uma importância muito grande neste momento em que temos ameaças aos trabalhadores e desemprego. Os trabalhadores devem se conscientizar do legado dos direitos trabalhistas. Sem eles São Paulo não seria o que é hoje. A cidade foi construída pelas mãos dos trabalhadores. Brizola (ex-governador, morto em junho de 2004) fez sua última aparição pública neste Sindicato. Que você, Eleno, continue a luta pelos direitos dos trabalhadores.”
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POSSE DA NOVA DIRETORIA
SINDICALISTAS FALAM SOBRE A IMPORTÂNCIA DA NOVA DIRETORIA Na Solenidade de Posse da nova Diretoria, foi maciça a presença e a participação de importantes líderes sindicais do nosso País, que, com certeza, estarão apoiando os metalúrgicos de São Paulo nos próximos desafios do movimento sindical brasileiro, na busca de novas lutas e novas conquistas para os trabalhadores
“A nova diretoria do Sindicato é a certeza de novas conquistas e de solidariedade, fatores que tornaram a entidade um exemplo a ser seguido por outras categorias de trabalhadores em nível nacional, com reconhecimento no exterior. Parabéns à diretoria eleita!” José Luiz Ribeiro Presidente Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba e vereador
“Feliz a categoria de trabalhadores que tem um Sindicato como o dos Metalúrgicos como seus representantes legítimos, que tem uma diretoria como a que está sendo empossada e um presidente como o Eleno, o condutor das novas lutas e das novas conquistas para os metalúrgicos!” Carlos Vicente de Oliveira - Carlão Presidente do Sindicato da Alimentação
“Minha vinda a esta posse é um gesto de reconhecimento pela visão que o Eleno está tendo no momento sobre a estrutura sindical brasileira. Acho que a posse da diretoria dos Metalúrgicos de São Paulo fortalece este pensamento de mudar de fato a estrutura sindical, como a CUT também defende.” Adi dos Santos Lima - Presidente da Federação dos Metalúrgicos da CUT
“A posse da nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi é um momento especial para a categoria, pois tratam-se de companheiros atuantes, batalhadores e totalmente voltados aos interesses da categoria. É uma grande vitória dos trabalhadores!” José Pereira dos Santos Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos
“Acredito muito nesta diretoria, e um dos motivos é por ela ter à frente um presidente que já nos provou seu companheirismo e sua liderança. Nós, de Santo André, somos gratos ao companheiro Eleno, nosso primeiro contato quando da retomada do nosso Sindicato.” Cícero Firmino – Martinha Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André
“Que o Eleno intensifique o excelente trabalhado em defesa dos trabalhadores até agora desenvolvido por presidentes anteriores e por ele mesmo, quando assumiu interinamente a Presidência do Sindicato. Ele tem a credibilidade, a confiança e o apoio da categoria!” Aparecido Inácio da Silva – Cidão Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano
“A diretoria dos Metalúrgicos de São Paulo representa o fortalecimento de uma entidade que é o maior ícone dentro do movimento sindical brasileiro, reconhecido fora do País. É a confirmação de um poderoso instrumento de lutas e grandes conquistas!” Danilo Pereira da Silva Presidente da Federação dos Químicos e da Força Estadual São Paulo
“A diretoria eleita do Sindicato está à altura da categoria metalúrgica, puxando as lutas dos trabalhadores, nas grandes questões em nível nacional e defendendo, com toda propriedade, o fortalecimento do movimento sindical. Parabéns aos companheiros que tomam posse! Chiquinho Pereira Presidente do Sindicato dos Padeiros
“Uma nova etapa para o companheiro Eleno e sua diretoria. Um período de lutas, dificuldades e conquistas. O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo sempre foi o norte do sindicalismo quanto às políticas sindical, social e partidária no nosso país. Parabéns!” Eunice Cabral Presidente do Sindicato das Costureiras
“Eleno e sua equipe de diretores recémeleita vão, sem sombra de dúvida, exercer um papel importantíssimo no tratamento das grandes questões nacionais, como por exemplo nas discussões das reformas Trabalhista e Sindical, em busca do fortalecimento dos sindicatos!” Antonio de Sousa Ramalho Presidente do Sindicato da Construção Civil
“A nova diretoria dos Metalúrgicos de São Paulo, com o companheiro Eleno presidente, significa o fortalecimento da luta por justiça e dignidade aos trabalhadores e aposentados, e o Sindicato segue como o carro-chefe das importantes conquistas da reforma Sindical!” João Batista Inocentini Presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas da Força Sindical
“Eleno e sua diretoria tomam posse em um momento de mudanças na estrutura sindical, e, com toda certeza, a contribuição desses companheiros será de grande valia para que todos os trabalhadores sejam contemplados no novo sindicalismo brasileiro que está por vir!” Ricardo Patah Presidente do Sindicato dos Comerciários
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POSSE DA NOVA DIRETORIA
A MENSAGEM DOS LÍDERES, POLÍTICOS E EMPRESÁRIOS A nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo recebeu também o apoio solidário de nossos parlamentares, de autoridades e de líderes representativos de vários setores organizados da sociedade brasileira
“Acredito nesta nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. O Eleno é de uma geração de sindicalistas que acredita no diálogo em bons termos, e não no confronto como solução para as relações trabalhistas e para a geração de novos postos de trabalho.” Guilherme Afif Domingos Presidente da Associação Comercial de São Paulo
“Com a eleição do Eleno como presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi, e a de toda a sua diretoria, os trabalhadores metalúrgicos têm a garantia de democracia, força, representatividade em suas lutas e conquistas importantes. Parabéns à diretoria eleita e aos trabalhadores!” Heiguiberto Navarro – Guiba Delegado Regional do Trabalho
“Os metalúrgicos de São Paulo, representam, historicamente, a categoria de vanguarda dentro do movimento sindical brasileiro. A eleição, e agora a posse, de Eleno como presidente do Sindicato, e de toda a sua diretoria, é, sem dúvida, um momento marcante para os trabalhadores!” Geraldo Vinholi Deputado Estadual pelo PDT
“Estive com o Eleno em Brasília, lutando contra os juros altos. Somos parceiros na luta contra o desemprego e a favor de uma distribuição mais justa de renda. A categoria metalúrgica estará muito bem representada com a liderança deste companheiro, assim como com a atuação da diretoria eleita do Sindicato!” Jamil Murad Deputado Federal pelo PC do B
“O respeito que temos foi construído na luta pelo crescimento do emprego. Você, Eleno, líder do maior Sindicato de trabalhadores da América Latina, está num momento em que a cidade busca reverter o seu quadro. Vamos fazer de São Paulo uma terra de produção, emprego, trabalho. Estou com vocês nesta luta pelo trabalho e pelo crescimento.” Cláudio Vaz, Presidente do Ciesp
“As eleições no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região são um verdadeiro marco para o movimento sindical brasileiro. Principalmente agora, que estão muito próximas as reformas Sindical e Trabalhista, e também com a intensificação das lutas dos trabalhadores!” Cláudio Prado Vereador do PDT por São Paulo
“Destaco a seriedade e a combatividade que sempre nortearam a vida sindical e a história do companheiro Eleno. Sua atuação tem sido fundamental para as conquistas do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, sua categoria e dos demais trabalhadores brasileiros.” Osvaldo Bargas Secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho
“A posse desta nova diretoria do Sindicato representa a valorização não só dos trabalhadores metalúrgicos, mas a de todos os trabalhadores brasileiros. E o presidente Eleno é sinônimo de coerência, de trabalho, ética, transparência e honestidade. Parabéns!” Ricardo Trípoli Presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo
Os trabalhadores participaram ativamente da solenidade de posse da nova diretoria e opinaram sobre os próximos desafios do Sindicato “O Sindicato já vem atuando de forma a nos fortalecer dentro e fora das empresas, fazendo tudo aquilo que precisamos. Mas acreditamos que pode melhorar ainda mais. Acredito na nova diretoria e em tudo o que ela pode e vai fazer pelos trabalhadores, tendo em vista as reformas Trabalhista e Sindical que estão chegando. A diretoria pode contar sempre conosco!” Evaristo José da Silva Aux. Expedição e Delegado Sindical Schioppa “Bom já está há muito tempo, mas pode melhorar! Acompanho há 15 anos o Sindicato e sei que eles têm a confiança dos trabalhadores. Sou delegada sindical e acredito que vamos crescer ainda mais, em quantidade e qualidade. Vamos, com a nova diretoria, reafirmar nossa condição de ser a categoria que mais conquistas conseguiu dentro do movimento sindical!” Vera Lúcia da Silva Ajud. de Produção e Delegada Sindical Lorenzetti
“O Sindicato sempre teve diretores atuantes, responsáveis, que sempre defenderam a categoria, e tenho certeza de que com esta nova diretoria não será diferente. Queremos que, com a reforma Sindical, melhorem as oportunidades de emprego, o ambiente dentro das fábricas, nossos salários, e que, cada vez mais, os metalúrgicos se fortaleçam e conquistem vitórias!” José de Anchieta Filho Soldador e Delegado Sindical – Caloi
“A gente tem de melhorar continuamente. Conheço o Sindicato, e sei que a sua atuação melhora a cada dia. Acredito que esta nova diretoria será ainda melhor do que a anterior, apesar de ter havido poucas mudanças. Os diretores, a cada dia, adquirem mais experiência, tornam-se mais capacitados. Acho que é o Sindicato mais empenhado na defesa dos trabalhadores.” Kátia de Oliveira Souza Aux. Produção e Delegada - Invensys
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FUNILARIA E PINTURA
Acordo garante pagamento do reajuste A
s empresas de funilaria e pintura e de reparação de motores fizeram acordo com o Sindicato para pagar o reajuste salarial de 9,95% e o abono de 30%, acertados na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria (veja quadro ao lado). As empresas não vinham aplicando o aumento. Nosso Sindicato ameaçou parar as fábricas, e os sindicatos patronais Sindifupi (funilaria e pintura) e Sindimotor (reparação de motores) decidiram negociar. O acordo foi aprovado em assembléia no dia 1º de abril, no Sindicato, comandada pelo vice-presidente Tadeu Morais de Sousa. Já o Sindirepa (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos) não fez proposta e vai ter suas empresas paralisadas.
A PROPOSTA APROVADA GARANTE: Empresas com até 50 funcionários REAJUSTE SALARIAL 16%, em duas parcelas, sendo 8% em abril, e 8% em junho
PISO SALARIAL R$ 486,20 a partir de abril
Empresas com + de 50 funcionários Assembléia com trabalhadores aprova o acordo com o setor de funilaria e pintura
ração de veículos (oficinas, eletricista, PARA ENTENDER O CASO bicicletaria), não vem pagando os reajustes salariais desde 2003, por causa de O setor patronal, que envolve funilaria um racha do Sindirepa, que se dividiu em e pintura; reparação de motores e repa- três. A partir do racha, os patrões deixa-
REAJUSTE SALARIAL
ram de reajustar os salários dos funcionários. Nosso Sindicato ameaçou fazer greve pipoca nas empresas e dois sindicatos fecharam acordo — Sindifupi e Sindimotor. Falta o Sindirepa.
16% numa única parcela, a partir de abril
PISO SALARIAL R$ 506,00
CONQUISTAS E DEFESA DE DIREITOS
LUTAS NAS FÁBRICAS SE INTENSIFICA Neste espaço os trabalhadores podem conferir algumas das ações da diretoria do Sindicato nas portas das fábricas, mobilizando os trabalhadores, lutando junto com eles, defendendo os seus direitos, ampliando conquistas e buscando a melhoria de benefícios para a nossa categoria.
PLR NA THYSSEN KRUPP
GREVE NA GLORIMAR
REESTRUTURAÇÃO SALARIAL NA CALÓI
Os cerca de 350 trabalhadores da Thyssen Krupp, reunidos em assembléia comandada pelo DIRETOR MALA, aprovaram a PLR de 2005 condicionada ao atingimento de metas em 100%. O benefício será pago em duas parcelas. Caso as metas sejam superadas em 20%, os trabalhadores aumentarão seu ganho com a PLR. A primeira parcela, a título de antecipação, será paga em 31/07/2005. A segunda, em 31/01/2006.
Na Glorimar, os cerca de 120 trabalhadores, comandados pelo DIRETOR MENDONÇA, entraram em greve no dia 30/03 pelo abono de 2003 (que era de 46% e a empresa só pagou 16%), de 2004 (30%), pelo desjejum, papel higiênico, pelo pagamento da PLR/2004 e convênio médico. A greve, que completou 19 dias em 17/04, já mereceu três reuniões de conciliação no TRT, sem solução. A próxima será em 20/04.
Assembléia na Calói, liderada pelo DIRETOR GARCIA e pelo SECRETÁRIO-GERAL MIGUEL, aprovou a reestruturação de cargos e salários com reajuste em três fases: a 1ª, de até 3% para quem apresentar a necessidade de acerto, retroativa a março/05. A 2ª e 3ª fases, em agosto/05 e fevereiro/06, respectivamente.
Fabiana Alves
PLR DE UMA VEZ NA BAMES
BENEFÍCIO GARANTIDO
CAFÉ DA MANHÃ REFORÇADO
Os cerca de 60 trabalhadores da Bames Ind. e Com., na zona leste, aprovaram a PLR para este ano. Segundo o DIRETOR VALDIR, o benefício será pago de uma única vez, no dia 20 de junho próximo. Bom para os trabalhadores!
Na Valeo Iluminação e Valeo VSDS, com cerca de 400 funcionários, os trabalhadores aprovaram, em assembléia comandada pelos DIRETORES CARLÃO e EDSON, a PLR de 2005, que a empresa pagará em duas parcelas, se atingidas as metas. A primeira, em 31 de julho/05 e, a segunda, em 31 de janeiro/06.
Desde o dia 1º de abril, os companheiros da Pointh Display estão começando o dia de trabalho com café da manhå reforçado. A partir de 1º de junho, eles começam a receber uma cesta básica mensal. A conquista foi negociada pelo DIRETOR LUIZINHO e aprovada pelos trabalhadores.
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EDUCAÇÃO
SINDICATO FIRMA CONVÊNIOS PARA OS SÓCIOS NAS UNIVERSIDADES Tadeu Morais de Sousa, Vicepresidente
Sindicato está firmando convênios com diversas faculdades e universidades para facilitar o acesso e a permanência dos sócios e seus dependentes ao ensino superior, por intermédio de descontos nos valores dos cursos de graduação e pós-graduação.
O
As escolas, atendendo às necessidades educacionais de um número maior de pessoas, estarão fortalecendo seu marketing de responsabilidade social para com o futuro do País. “Tornar o ensino superior acessível a toda a população é um grande desafio, principalmente em razão da grande desigualdade social em que vivemos. Com estes convênios, o Sindicato está criando condições objetivas para garantir que mais e mais pessoas consigam freqüentar nossas faculdades”, afirma o diretor Tadeu Morais, vice-presidente do Sindicato, responsável, juntamente com o diretor Eufrozino Pereira, pela assinatura dos convênios.
“Estamos colaborando com a inclusão social, com o desenvolvimento individual e com a elevação do nível nacional de Educação”, completa Pereira. Em breve, divulgaremos tudo o que é preciso saber sobre mais esta extraordinária conquista do Sindicato dos Metalúrgicos para os seus associados.
Eufrozino Pereira da Silva, 3º Vicepresidente
Companheiros da Itautec estão livres de tarifas bancárias O
e você, companheiro(a), é um(a) trabalhador(a) terceirizado(a) ou temporário(a), e percebe que o seu contrato é irregular ou que você é discriminado(a) nos seus direitos e na representação sindical em relação aos demais trabalhadores efetivos da empresa onde você trabalha, denuncie para o Sindicato.
S
Estudo da Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados mostra que, nos últimos dez anos — de 1995 a 2004 —, os governos conseguiram dar uma freada na inflação e uma equilibrada na economia, mas não promoveram justiça social nem distribuição de renda. Nessa década, o governo gastou apenas 0,49% dos recursos em segurança pública e 1,25% em assistência social.
O QUE O SALÁRIO COMPRA Segundo o IBGE, 94% do salário dos brasileiros são gastos com o consumo de produtos básicos, sobretudo alimentos. Entre esses salários está o mínimo, que vai passar de R$ 260 para R$ 300 em 1º de maio.
O diretor Mineiro mobiliza os trabalhadores da Itautec em várias lutas
bancos são enormes, e as taxas que pagamos também são. A isenção vai minimizar o prejuízo dos trabalhadores”, afirma o presidente Eleno. As tarifas têm um impacto considerá-
É POUCO
vel nos salários. Para um horista que ganha, em média, R$ 972, elas levam 1,60% do salário. Para um mensalista, com salário médio de R$ 1.301, elas representam 1,20% do salário.
Denuncie o trabalho terceirizado ou temporário ilegal na sua fábrica José Francisco Campos, Diretor do Sindicato
De nada vem adiantando o Banco Central aumentar os juros básicos da economia para conter a inflação. Mesmo depois de sete meses seguidos de subida dos juros, o mercado financeiro continua projetando uma inflação cada vez maior neste ano. A expectativa é a de que ala fique em 6,04% (IPCA), contra uma projeção inicial do governo de 4,5%.
GASTO MAIOR
TARIFA ZERO
primeiro acordo de tarifa zero na categoria beneficia os 10.800 companheiros do grupo Itautec Philco/Duratex, do setor do diretor Mineiro. O acordo foi firmado com o Banco Itaú, que já concedia a tarifa zero aos seus próprios funcionários, e estendeu o benefício aos metalúrgicos. Os trabalhadores não pagam taxas de cartões, inclusive renovação ou substituição, de extratos, DOC/TED, talões de cheques e saques em caixas eletrônicos. Os gastos com essas tarifas consumiam, em média, 2% do salário. “A tarifa zero é unanimidade, e a Campanha só tem a crescer. Vamos estender o benefício a todas as empresas. Já encaminhamos uma pauta aos patrões pedindo a isenção das tarifas. Os lucros dos
INFLAÇÃO
Ligue para o Disque-Sindicato, no telefone 0800-771-1119. O serviço funciona de 2ª a 6ª feira, das 8h às 20h, e a ligação é gratuita. Não é preciso se identificar. Basta informar o problema e o nome da empresa para que o Sindicato possa tomar providências. “A iniciativa visa, justamente, ajudar os trabalhadores que não denunciam esse tipo de irregularidade com medo de represálias do patrão”, afirma o diretor José Francisco Campos. No caso de reclamações sobre outros
tipos de irregularidades (atraso de salário, calote no 13º, nos depósitos do FGTS, não entrega de holerite, falta de registro em carteira etc.), o trabalhador pode falar diretamente com os diretores e assessores que estão diariamente nas portas das fábricas, ou telefonar para 3388.1000 e pedir para falar com o diretor do seu setor. Participe de mais esta ação do seu Sindicato pela dignidade do trabalho nas fábricas.
Um canal aberto contra trabalhos terceirizado e temporário ilegais
O aumento do mínimo é pequeno. Segundo o Dieese, o mínimo que passou a vigorar em julho de 1940, de 240 mil réis, valeria hoje R$ 902. Na segunda metade da década de 50 até 1961, chegou a ter poder de compra maior que o mínimo original.
“ESPERTO” SE DEU MAL
Um vigilante mineiro pediu divórcio um mês depois de ganhar R$ 30 milhões na mega-sena, em setembro de 98. Ele escondeu o fato da mulher, e no divórcio, que foi consensual, ainda ficou com metade do imóvel que o casal tinha. Ele achou que ia ficar com a grana toda. Mas a ex-mulher desconfiou quando ele começou a aparecer com carrões para visitar a filha. Foi atrás e descobriu o lance. Entrou na Justiça e ganhou o direito de ficar com a metade do prêmio.
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FORÇA ESPORTE CLUBE
Força Esporte vence suas duas primeiras partidas na Segundona
EXPOSIÇÃO HISTÓRICA
N
ão poderia ter sido melhor a estréia do Força Esporte Clube na Segunda Divisão do Campeonato Paulista: goleada por 4 a 0 sobre o Mogi das Cruzes, em Caieiras na estréia, com gols de Richard (2), Pelezinho (1) e Assis (1), e vitória contra o Joseense, em São José dos Campos, por 2 a 1, com gols de Cláudio e Pelezinho O Campeonato acontece assim: são 5 chaves com oito times cada, jogando entre si no sistema de ida e volta. A chave do FEC tem ainda Jacareí, União de Mogi, XV de Caraguá, Campinas e A.D. Guarulhos. Classificam-se três times de cada chave, mais o melhor 4º colocado do Campeonato de acordo com o índice técnico. Neste ano sobem cinco clubes para a Série A-3 do Paulistão.
Richard marca um dos seus dois gols na estréia do Força na Segundona
“TRABALHO E SINDICALISMO NO BRASIL”
“O time está bem, e as vitórias contra o Mogi e o Joseense levantaram o moral da moçada. Queremos disputar a série A-3 em 2005, e que a nossa torcida compareça aos jogos. O resto deixa com a gente”, afirma Francisco Carlos Tonon, o Tarugo, presidente do FEC.
Tarugo está confiante em mais vitórias nas próximas disputas do time
DIA INTERNACIONAL DO TRABALHO
Força distribui cupons para o
1º de Maio ARQUIVO FORÇA SINDICAL
A
Força Sindical está distribuindo, desde março, cupons para a população participar do sorteio de prêmios que será realizado durante as comemorações do 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalho. O evento será das 8h às 17h na praça Campo de Bagatelle, zona norte, próximo aos metrôs Santana e Carandiru. Serão distribuídos 6 milhões de cupons, que darão direito a participar do sorteio de 5 APARTAMENTOS e 10 CARROS ZERO KM. A distribuição de cupons também está sendo feita nos sindicatos filiados à Central. Nosso Sindicato distribuirá cupons na rua Galvão Bueno e rua do Carmo. Desde 28 de março os cupons também estão sendo distribuídos nas estações do metrô, ferrovias e terminais de ônibus. Qualquer pessoa pode pegar o cupom. A diferença é que os trabalhadores sindicalizados terão direito a três cupons. Os não-sindicalizados poderão pegar apenas um cupom. A estimativa da Força Sindical é de que 1,5 milhão de pessoas participem da festa. LEMA O lema do 1º de Maio deste ano é “Distribuir Renda é Fortalecer o Brasil”. Segundo Paulinho, presidente da Força, “será um ótimo momento para reivindicarmos do governo uma melhor distribuição de renda, reforma Sindical, redução da jornada de trabalho, redução de impostos e juros, mais empregos, reposição de perdas dos aposentados”.
A festa será animada por Leonardo, Daniel, Alexandre Pires, Rick e Renner, Rodriguinho, Boka Loka, Revelação, Sorriso Maroto, Guilherme e Santiago, Bruno e Marrone, Zezé di Camargo e Luciano, Rio Negro e Solimões, e Edson e Hudson, entre
LEONARDO
DANIEL ALEXANDRE PIRES
outros.
ee Particip a a concorr
Este é o tema da exposição aberta no dia 13 deste mês, na Estação de Trem Hebraica-Rebouças (ao lado do shopping Eldorado, na marginal Pinheiros), pela Antonio Bellini Editora & Cultura. São 24 painéis que retratam o sindicalismo, desde o início da industrialização no Brasil. A exposição passa pela vinda dos estrangeiros para trabalhar na lavoura e nas fábricas; destaca a primeira greve geral em São Paulo, em 1917; a era Vargas e a conquista, em lei, dos primeiros direitos trabalhistas; o golpe militar e sua repercussão na classe operária e sindicatos; as greves no ABC e em São Paulo; os últimos presidentes, manifestações populares, como as que levaram ao impeachment de Collor, e o início de políticas neoliberais na economia brasileira e seu impacto nos sindicatos. A mostra traz também artistas e intelectuais como Monteiro Lobato, Lima Barreto, Sérgio Buarque de Holanda e Chico Buarque, com suas criações que representam, em arte, os anseios do povo. Fala de empreendedores como Visconde de Mauá, Conde Matarazzo e José Ermírio de Moraes, no desenvolvimento da economia brasileira e na relação entre empresários e trabalhadores.
5 APARTAMENTOS e 10 CARROS ZERO KM
Miguel e Paulinho visitam exposição
Os painéis mostram também personalidades que fizeram a história do sindicalismo, como PAULINHO, presidente da Força Sindical, e MEDEIROS, expresidente da Força e do nosso Sindicato e, hoje, deputado federal. Outros dois painéis trazem a bandeira da Força Sindical, durante o lançamento de Campanha Salarial Emergencial, e a repressão policial na Caloi, em 5/11/1985. ONDE E QUANDO - Até dia 1º de maio, na Estação de Trem Hebraica-Rebouças. De 25 de maio a 12 de junho, na Estação de Trem da Luz. De 6 de julho a 24 de julho, na Estação de Trem do Brás. O evento tem apoio da CPTM, Secretaria dos Transportes Metropolitanos, Governo do Estado e patrocínio da Lei de Incentivo à Cultura.