ANO 62 – NOVEMBRO DE 2005 – Nº 522
MOBILIZAÇÃO GARANTE AUMENTO REAL DE SALÁRIO Aumento é de até 8,30%. Abono é de 24% Churrasco de protesto
A Força Sindical ofereceu um churrasco para a população e os desempregados, em protesto pela falta de medidas do governo para a prevenção da febre aftosa. A doença contraída pelo rebanho bovino do Mato Grosso do Sul levou 47 países a boicotar a carne brasileira, e pode provocar o desemprego de milhares de trabalhadores. O protesto serviu também para mostrar que a carne brasileira é boa. O governo é que é ruim! PÁG. 11
Biblioteca Comunitária
Trabalhadores em assembléia no Palácio do Trabalhador aprovam aumento salarial e comemoram a conquista
das empresas O sdostrabalhadores grupos 3 (autopeças), XIX-3 (máquinas, eletroeletrônicos e outros), 10 (Fiesp e outros), fundição, Sindisider e de Mogi das Cruzes vão receber um aumento salarial de até 8,30%. Esse percentual corresponde à inflação dos últimos 12 meses mais aumenA sede do Meu Guri, na Serra da Cantareira, conta agora com uma biblioteca comunitária. Inaugurada no dia 21 de outubro, em parceria com o Instituto Ecofuturo, a Biblioteca Ler é Preciso já tem cerca de 4 mil livros infanto-juvenis e está aberta à comunidade local. PÁG. 14
to real. Além disto, ainda tem um abono de 24%. As propostas de aumento foram aprovadas em assembléias realizadas no dia 1º de novembro, no Sindicato, e dia 4, na sede de Mogi. Pela primeira vez, desde 2001, não houve greve nas empresas do Grupo 10. No dia da assembléia, os patrões
CONFEDERAÇÃO
Eleno é o presidente da CNTM
Encontro de Cipeiros O Sindicato vai realizar, no dia 23 de novembro, o 9º Encimesp (Encontro de Cipeiros Metalúrgicos). O tema do Encontro é “Responsabilidade Social com Qualidade em Segurança no Trabalho”. É importante que todos os cipeiros participem para se aprofundar na questão e ampliar sua visão da importância da função que exercem. PÁG. 10
ofereceram reajuste de 8,20%, abono e garantiram a estabilidade dos acidentados e portadores de doenças profissionais, que eles sempre quiseram derrubar. “Foi uma vitória da mobilização”, disse Eleno, presidente do Sindicato. Leia mais nas págs. 3 a 9
Eleno quer unificar os metalúrgicos do País por meio do contrato coletivo
Eleno Bezerra, presidente do nosso Sindicato, foi eleito presidente da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), filiada à Força Sindical. Eleno foi eleito por unanimidade pelos delegados das 150 entidades filiadas à Confederação presentes às eleições realizadas no Palácio do Trabalhador, no dia 27 de outubro. Uma das prioridades do novo dirigente é unificar a campanha dos metalúrgicos da Força em âmbito nacional. A Confederação representa 1,2 milhão de trabalhadores no País. PÁG. 9
2 - o metalúrgico
NOVEMBRO DE 2005
EDITORIAL
COMPROMISSO COM A RECUPERAÇÃO SALARIAL
A
falta de ousadia e de coragem do governo para adotar medidas de incentivo ao crescimento da economia, e garantir melhor distribuição de renda, diminuiu o reajuste salarial dos trabalhadores. A visão do governo de controlar a inflação com juros altos e manter o freio na economia arrochou os salários. Mesmo assim, estamos fazendo a nossa parte e cumprindo com o compromisso de buscar a recuperação dos salários. Nos últimos dois anos, conquistamos 19,07% de reajuste salarial, enquanto o PIB (soma das riquezas do País) cresceu 8,57%. Em 2004, conseguimos a reposição da inflação, de 5,72%, mais 4% de aumento real, enquanto a economia cresceu 4,9%. Este ano, tivemos até 8,30%. São os maiores aumentos conquistados pela categoria nos últimos dez anos. Em 2005, a economia deve crescer cerca de 3,5%. Se crescesse 6%, por exemplo, certamente nosso reajuste seria bem
maior. Mas a política econômica, que beneficia o sistema financeiro, e não a produção, está impedindo o Brasil de crescer mais. A verdade é que o governo está mais preocupado em abafar a crise política, e descuidando de questões prioritárias. Veja o caso da febre aftosa: por sermos o maior produtor e exportador de carne do mundo, o governo botou o boi na sombra e não tomou medidas preventivas para manter a doença longe. Traduzindo: não podemos esperar nada de ninguém. O que tivermos de conquistar será pelo nosso próprio esforço. É isto o que estamos fazendo pelos salários e que vamos fazer pela correção da tabela do Imposto de Renda, que o governo não quer reajustar.
Eleno Bezerra PRESIDENTE DO SINDICATO
ARTIGO
PROTESTO COM CHURRASCO
U
ma manifestação bem-humorada e de confraternização tomou conta das ruas de São Paulo na semana passada. Foram os churrascos-protesto organizados pela Força Sindical, que em dois dias reuniram mais de 10 mil pessoas. Na pauta do dia, a exigência da manutenção do emprego no setor de carnes, protesto contra os mais de 50 países que estão restringindo a importação da carne brasileira e um alerta à sociedade para o descaso do governo, que deixou que focos de aftosa comprometessem nossa economia. E, claro, comer um bom churrasco, feito com a melhor carne do mundo, e por isto a mais valorizada. Agora que a besteira já foi feita, é hora de consertar. O governo está dando toda a atenção para o boi e nenhuma para o tra-
balhador. É hora de um pacto para preservar empregos. Como o que foi feito entre a Força e o Sindicato da Indústria de Frios de São Paulo, que garante os empregos por 30 dias. Isto é mais do que necessário. E justo. A indústria da carne sempre foi forte, não pode demitir por causa de um problema passageiro. Os 250 mil trabalhadores empregados no setor não podem, de uma hora para outra, se verem ameaçados por conta de um problema que não foram eles que criaram. O trabalhador não pode ser sacrificado!
o metalúrgico
Diretores (Sede de São Paulo) Adnaldo Ferreira de Oliveira, Antonio Raimundo Pereira de Souza (Mala), Carlos Andreu Ortiz (Ortiz), Carlos Augusto dos Santos (Carlão), Cícero Santos Mendonça, Cláudio do Prado Nogueira, David Martins Carvalho, Edson Barbosa Passos, Eleno José Bezerra, Elza Costa Pereira, Eraldo de Alcântara, Eufrozino Pereira da Silva, Francisco Carlos Tonon (Tarugo), Francisco Roberto Sargento da Silva, Geraldino dos Santos Silva, Ivando Alves Cordeiro (Geléia), Jefferson Coriteac, João Aparecido Dias (João DD), João Carlos Gonçalves (Juruna), José Francisco Campos, José
NOVEMBRO DE 2005 Ano 62 – Edição nº 522 “o metalúrgico” é o órgão oficial do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região. Sede SP - Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade CEP 01506-000 - São Paulo - SP - Fone (011) 3388-1000 Sede Mogi - Rua Afonso Pena, 137, Vila Tietê CEP 08770-330 - Fone (011) 4791-1666 Fax (011) 4791-2516 - Mogi das Cruzes - SP Home Page: www.metalurgicos.org.br E-mail: info@metalurgicos.org.br
Paulo Pereira da Silva, Paulinho PRESIDENTE DA FORÇA SINDICAL
A Diretoria nas Fábricas Neste espaço os trabalhadores têm parte do dia-a-dia dos nossos diretores, podem acompanhar o que acontece nas fábricas e ficar melhor informados sobre a atuação do Sindicato na busca de melhorias no ambiente de trabalho e outros direitos. CIPEIRO SE ACORRENTA
Eleno e o diretor David deram apoio ao tabalhador
A coragem do companheiro Tarciso Ramos, que se acorrentou no portão da Friese Equipamentos Industriais, na Zona Oeste, para reivindicar seus direitos trabalhistas, garantiu a ele uma indenização que jamais receberia se não tivesse consciência de luta. Tarciso é cipeiro. Por lei, tem estabilidade no emprego, mas mesmo assim a empresa o demitiu. Ela não queria reconhecer o seu direito e pagar apenas as verbas rescisórias normais. O Sindicato foi pra cima. Deu apoio ao companheiro, montou um acampamento no portão da fábrica, parou os trabalhadores e acionou a Delegacia Regional do Trabalho. Toda a diretoria foi para a porta da fábrica. A empresa
não segurou a bronca e acabou negociando um acordo que garantiu a Tarciso o pagamento de uma indenização correspondente a 19 meses de salário, além das verbas rescisórias. O presidente Eleno, que, junto com o diretor David Martins, negociou com a empresa, foi quem abriu o cadeado que acorrentava o trabalhador ao portão da fábrica. O caso foi publicado nos jornais Agora SP, Diário de S.Paulo, Jornal da Tarde, Diário do Comércio, DCI. Valeu a coragem do trabalhador, a mobilização dos seus companheiros de fábrica e a ação do Sindicato, que está aí para defender os trabalhadores.
ISENÇÃO DE TARIFA
Os 150 companheiros da Artefatos de Arame Artok, na Zona Leste, estão se beneficiando da isenção da tarifa da mensalidade da maxiconta que eles têm no banco
Itaú. O valor da tarifa variava de R$ 8 a R$ 19,50 por mês, dependendo do tipo de conta. É mais uma economia para os trabalhadores, segundo o diretor Valdir Pereira.
Lúcio Alves (Mineiro), José Luiz de Oliveira, José Maurício da Silva (Ceará), Juarez Martelozo Ramos, Luiz Antonio de Medeiros, Luiz Carlos de Oliveira (Luizinho), Miguel Eduardo Torres, Milton Eduardo Brum, Nelson Aparecido Cardim (Xepa), Paulo Pereira da Silva (Paulinho), Ricardo Rodrigues (Teco), Sales José da Silva, Sebastião Garcia Ferreira, Sílvio Bernardo, Tadeu Morais de Sousa e Valdir Pereira da Silva
Diretor Responsável Eleno José Bezerra
Diretores (Sede de Mogi das Cruzes) Jorge Carlos de Morais (Arakém), Paulo Fernandes de Souza (Paulão)
Edição e Redação Débora Gonçalves - MTb 13.083 Edson Baptista - MTb 17.898 Val Gomes - MTb 20.985 Fotografia Jaélcio Santana, Werther Santana, Iugo Koyama Diagramação Rodney Simões, Vanderlei Tavares Impressão Gráfica Art Printer Tiragem: 300 mil exemplares
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CAMPANHA SALARIAL
LUTA VITORIOSA GARANTE ATÉ 8,30% DE AUMENTO SALARIAL A
Campanha Salarial 2005 chegou ao fim com mais uma vitória importante da categoria, fruto das ações do Sindicato e da mobilização dos trabalhadores. Conquistamos um reajuste salarial de até 8,30%, que engloba a inflação, mais aumento real. Nosso aumento é igual ou maior que o de outras categorias importantes, sem desmerecer as lutas desses companheiros. Os metalúrgicos do Rio Grande do Sul (data-base em julho) tiveram 8% de reajuste. Os metalúrgicos do ABC, que anteciparam a data-base para setembro: 8,15%. Comerciários da Paraíba: 7%. Bancários (data-base em setembro): 6%. Para garantir o aumento fizemos paralisações, protestos e assembléias nas fábricas e por região. E muita negociação. Uma plenária em agosto antecipou a Campanha e definiu a pauta de reivindicações. A Campanha foi unificada com os demais sindicatos metalúrgicos do Estado, filiados à Federação dos Metalúrgicos e à Força Sindical. A unidade do movimento e dos dirigentes sindicais lfoi fundamental para a vitória. “Garantimos a reposição salarial, aumento real e a estabilidade para os acidentados no trabalho e com doenças pro-
QUAL
Presidente Eleno comanda assembléia que aprovou o aumento salarial, no Sindicato
fissionais. Foi uma vitória, sobretudo no Grupo 10, que todos os anos tenta derrubar estas duas cláusulas da nossa Convenção Coletiva”, comemora Eleno, nosso presidente. A luta ainda não terminou. Vamos continuar negociando a regularização da utilização da mão-de-obra de presidiários pelas empresas e a terceirização irregular. “Todo trabalhador metalúrgico tem de ter os mesmos direitos e benefícios da nossa Convenção”, enfatiza Eleno.
É O REAJUSTE SALARIAL REAJUSTE SALARIAL
ABONO
• 8,30% a partir de 1º de janeiro/06
• 24% em três parcelas de 8%, a serem pagas nas seguintes datas: até 6/12/05, até 17/12/05, até 7/01/06
• 8,20% a partir de 1º de janeiro/06
• 24% em três parcelas de 8% a serem pagas nas seguintes datas: até 9/12/05, até 20/12/05, até 20/01/06
Grupo 10 (Fiesp e outros)
• 8,20% a partir de 1º de janeiro/06
• 24% em três parcelas de 8% a serem pagas nas seguintes datas: até 9/12/05, até 20/12/05, até 20/01/06
Fundição
• 8,30% a partir de 1º de janeiro/06
Sindisider
Grupo 3 (autopeças) Grupo XIX-3 (máqs., eletroeletrônicos e outros)
Mogi das Cruzes *
Mogi: Assembléia com Eleno, Arakém, Carlão, Paulão e Teco aprova acordo com Ciesp
TETO DO REAJUSTE
PISO SALARIAL
• R$ 3.270,00 Quem ganha acima disto receberá um fixo de R$ 271,41
• Empresas com até 150 trabs.: R$ 532,40 • Empresas c/ mais de 150 trabs.: R$ 715,00
• R$ 3.250,00 Quem ganha acima disto receberá um fixo de R$ 266,50
• Empresas com até 100 trabs.: R$ 541,20 • Empresas com + de 100 até 350 trabs.: R$ 580,80 • Empresas com + de 350 trabs.: R$ 666,60
• R$ 3.250,00 Quem ganha acima disto receberá um fixo de R$ 266,50
• Empresas com até 100 trabs.: R$ 547,50 • Empresas com + de 100 até 350 trabs.: R$ 585,58 • Empresas com + de 350 trabs.: R$ 671,27
• 24% em três parcelas de 8% a serem pagas nas seguintes datas: até 9/12/05, até 20/12/05, até 20/01/06
• Sem teto
• Empresas com até 350 trabs.: R$ 595,38 • Empresas com + de 350 trabs.: R$ 714,46
• 8,20% a partir de 1º de janeiro/06
• 24% em três parcelas de 8% a serem pagas nas seg. datas: até 5/12/05, até 20/12/05, até 5/01/06
• R$ 3.250,00 Quem ganha acima disto receberá um fixo de R$ 266,50
• Empresas com até 350 trabs.: R$ 573,46 • Empresas com + de 350 trabs.: R$ 670,84
• 8,25% a partir de 1º de janeiro/06
• 24%, dividido em duas parcelas a serem pagas nas seguintes datas: até 20/12/05 e até 31/01/06
• R$ 3.300,00 Quem ganha acima disto receberá um fixo de R$ 272,25
Empresas c/até 100 trabs.: R$ 542,00 Empresas com + de 100 até 350 trabs.: R$ 586,37 Empresas c/+ de 350 trabs.: R$ 666,30
* As empresas de Mogi que não seguem o acordo do Ciesp nem o acordo fechado na capital vão fazer acordos individuais com o Sindicato
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CAMPANHA SALARIAL
Nesta seção, “o metalúrgico” traz entrevistas feitas com trabalhadores da base. Neste espaço, o pessoal fala o que pensa do Sindicato, sua atuação e envolvimento nas questões políticas, reformas, enfim, sobre assuntos de interesse dos trabalhadores.
MOBILIZAÇÃO E LUTA GARANTEM O MAIOR AUMENTO
RAIMUNDO NUNES DE SOUZA, pintor da Cartec
o metalúrgico- Qual a sua avaliação sobre a Campanha Salarial? Raimundo - Muito boa. É preciso melhorar os salários em primeiro lugar, e a mobilização é sempre importante. o metalúrgico - Como foi a mobilização na fábrica? Raimundo - Os trabalhadores conversaram sobre a Campanha, e esse tipo de mobilização (da Ilha do Sapo, na Zona Leste) ajuda muito.
VIRGÍNIA QUEIROZ DE SOUZA, operadora de máquinas da Invensys
o metalúrgico - Você acha importante o Sindicato fazer protestos e paralisações para mobilizar a categoria? Virgínia - Acho. As manifestações são importantes para a mobilização sobre tudo o que interessa à categoria. o metalúrgico - Qual a sua expectativa em relação à Campanha Salarial? Virgínia - A conquista do aumento salarial. Acho que tinha que sair acordo, e saiu. GILSON HÉLIO FERNANDES, soldador e membro da Comissão de Fábrica da Máquinas Piratininga
o metalúrgico - Qual a sua expectativa em relação à Campanha Salarial? Gilson - Que viesse um reajuste justo, como veio, pelas condições que estamos passando, e que todo mundo possa lutar pelos seus direitos, sobretudo diante dessa corrupção que estamos vendo. o metalúrgico - Fazer manifestações e protestos ajuda as campanhas? Gilson - Ajuda a unir os trabalhadores. O Sindicato é essencial para nós. Sem ele, como vamos conquistar alguma coisa? Os patrões fazem o que querem. Sem o Sindicato fica pior para a gente, porque aí não temos como lutar por alguma coisa.
Eleno e Paulinho na manifestação que paralisou mais de 4 mil trabalhadores de 30 empresas, na Zona Leste, no dia 20 de outubro
A Campanha Salarial deste ano reuniu os sindicatos metalúrgicos do Estado filiados à Federação dos Metalúrgicos e à Força Sindical em uma luta com estratégia diferente. Cada sindicato realizou manifestações e assembléias nos seus municípios, contando com o apoio dos sindicatos metalúrgicos das regiões vizinhas. Isto deu mais impulso à mobilização. “Nenhum sindicato ficou sozinho ou isolado na luta. Nas nossas manifestações, na capital, contamos com apoio dos sindicatos de Guarulhos, Osasco e outros. E participamos de protestos em Guarulhos e em Osasco”, afirma o diretor Carlão. O resultado da ação fortaleceu mais os sindicatos nas negociações. As fotos ao lado e abaixo ilustram a ação conjunta.
Diretor Carlão participou de vários atos de mobilização nas ruas e em portas de fábrica
José Pereira, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, à frente da mobilização nas fábricas do município
Assembléia de mobilização em Guarulhos contou com o apoio do diretor Teco (à esquerda)
Em Guarulhos, o apoio dos nossos diretores Geléia (de vermelho) e Pereira (o quinto da esquerda para a direita)
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CAMPANHA SALARIAL
HISTÓRICO DA CAMPANHA 27 DE SETEMBROSindicalistas Célio (de blusão azul), Danilo (Força Estadual), Eleno, Chiquinho (Federação), Jorginho (Osasco), Natanael (Jundiaí) na entrega da pauta ao Ciesp
24 DE AGOSTOPlenária da categoria com dirigentes de outros sindicatos do Interior aprova o início da Campanha e a pauta de reivindicações
OUTUBROUma das negociações com o Grupo 3 (autopeças). Participam Eleno e dirigentes de outros sindicatos metalúrgicos da Campanha
OUTUBROArakém, Teco, Miguel e Paulão na entrega da pauta aos patrões do Ciesp de Mogi das Cruzes
OUTUBROUma das negociações com o Grupo XIX-3 (máquinas, eletroeletrônicos e outros). Participam Eleno, Chiquinho (Federação), diretor Teco e outros companheiros
OUTUBROUma das negociações com o Grupo 10 (Fiesp e outros). Participam Eleno, Miguel, Teco e dirigentes de outros sindicatos
ORGANIZAÇÃO, MOBILIZAÇÃO E LUTA! Desde o início da Campanha Salarial, em agosto passado, este foi o lema da Campanha. A diretoria do Sindicato se empenhou na luta, os trabalhadores se conscientizaram da importância dessa bandeira e, dentro e fora das fábricas, acompanharam as negociações e participaram das assembléias e atos de mobilização. Confira o registro desse trabalho nas fotos abaixo e nas páginas seguintes.
Elza, tesoureira do Sindicato, no protesto dos trabalhadores da Fame, na Zona Leste
Miguel, secretário-geral, fala aos milhares de trabalhadores no ato da Zona Leste
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CAMPANHA SALARIAL
Categoria dá exemplo de luta e conquista um aumento salarial superior à maioria das outras categorias
Diretor Zé Luiz, com Elza e Paulinho, na assembléia que aprovou as ações de mobilização na Fame JEFFERSON PANCIERI
Diretor Teco em assembléia com os companheiros da Imbe, na Zona Oeste
Diretor Milton Brum fala aos trabalhadores da Samot sobre a Campanha e as questões econômicas MÁRIO B. SILVA
Diretor Sílvio dá apoio à mobilização dos companheiros da Ciwal, na Zona Leste
Diretor Sargento comanda mobilização na Lorenzetti, Zona Leste da cidade
Diretor Jefferson, com Miguel, secretário-geral, na assembléia da Ventisilva, na Zona Leste
Diretor Malla no comando da mobilização com os trabalhadores da Metalfrio, na Zona Sul
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CAMPANHA SALARIAL
Diretor Campos dá o maior apoio e incentivo aos companheiros da Lorenzetti, na Zona Leste
Trabalhadores da Armco, na Zona Leste, cruzam os braços atendendo convocação do Diretor Valdir JEFFERSON PANCIERI
O apoio do Diretor Juruna aos companheiros da Multibras, na Zona Sul
Diretor Ortiz durante a assembléia dos trabalhadores da Samot, na zona leste
Diretor Luisinho chega para o ato na Zona Leste acompanhado de trabalhadores de várias fábricas da região
Diretor Ceará na assembléia de mobilização dos trabalhadores da Deca, na Zona Oeste
Diretor Edson organiza assembléia de mobilização na Italspeed e em outras empresas do setor
Diretor João DD em assembléia na Montepino, Zona Leste, que aprovou a partipação nas ações de mobilização
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CAMPANHA SALARIAL
Metalúrgicos demonstram seu poder de fogo e pressionam pelo aumento salarial e pela concessão de outros direitos
Diretor Paulão, durante assembléia de mobilização na Tecnocurva, em Mogi
WAGNER DE PAULA LIMA
Diretor Xepa na assembléia que paralisou os trabalhadores da Scopus, na Zona Oeste, no dia 4 de outubro
Diretor David mobiliza os companheiros da Scopus, na Zona Oeste, para a campanha salarial e a conquista da PLR WILLIANS VALENTE
O entusiasmo dos companheiros da NGK, na Zona Norte, em assembléia comandada pelo Diretor Adnaldo
Diretor Arakém parou a Valtra, em Mogi, para falar da importância da Campanha e da mobilização
Diretor Martelozo em assembléia com os companheiros da MWM, na Zona Sul, no pátio da empresa
Diretor Geraldino convoca os trabalhadores da Armco do Brasil, na Zona Leste, a lutar por seus direitos
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CAMPANHA SALARIAL
Medeiros, diretor e deputado federal, na Campanha pelo aumento salarial em assembléia no Sindicato
Assembléia na Caloi, na Zona Sul, comandada pelo Diretor Garcia, aprova mobilização pelo reajuste
Diretor Maloca convoca os trabalhadores da Icatel, na Zona Norte, para a luta vitoriosa
Diretores Mendonça e Edson, com os trabalhadores da Glorimar, na Zona Leste: mobilização pelo aumento salarial
ELEIÇÕES SINDICAIS
Eleno é o presidente da CNTM
E
leno Bezerra foi eleito o novo presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) para o período 2005-2009. Eleno foi eleito por unanimidade pelos 150 delegados do pleito, realizado no dia 27 de outubro, no Palácio do Trabalhador. A CNTM reúne 150 entidades de metalúrgicos no País. Juntas, elas representam 1,2 milhão de trabalhadores. Uma prioridade de Eleno é unificar os metalúrgicos da Força Sindical em âmbito nacional, por meio do contrato coletivo de trabalho, para que os trabalhadores tenham as mesmas garantias e direitos no que diz respeito às questões salariais, sociais e nas condições de trabalho.
“Não andamos sozinhos. Não existe sindicato grande e sindicato pequeno, existe o que luta e o que não luta, e o que tem vontade de lutar mas as condições sociais e locais não permitem que ele faça mais. O papel da Confederação é desenvolver uma política Plenária dos delegados das 150 entidades filiadas de formação e informaà CNTM, que elegeu Eleno presidente ção de dirigentes. Juntos, com ações coordenadas e organiza- ser proclamado presidente. das, vamos mostrar que temos força para A posse da nova diretoria da CNTM enfrentar as empresas”, disse Eleno, após será no dia 14 de dezembro, em Brasília.
BANDEIRAS DO PRESIDENTE • Realizar um Congresso Nacional da Confederação • Combater a terceirização perversa, que tira emprego, reduz direitos e salários • Efetivar convênios nacionais e internacionais, visando à formação de dirigentes sindicais para que eles possam se preparar mais para enfrentar os desafios da modernização industrial e tecnológica, que é uma questão mundial • Dar apoio aos sindicatos e ajudar as Federações nos estados a se prepararem para as negociações com o patronato
APOIO EM GOIÁS
CNTM ajuda Catalão
A
Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos, da Força Sindical, presidida por Eleno Bezerra, em sua meta de lutar em todos os Estados, garantiu uma importante vitória para os metalúrgicos de Catalão, município de Goiás. Lá, havia um impasse. A Mitsubishi queria pagar apenas R$ 523 de PLR e ameaçava cortar benefícios, caso os 900 trabalhadores recusassem a
proposta. A CNTM mobilizou dirigentes Diretores Pereira, para esta luta do Sindicato dos MetalúrgiOrtiz, Luisinho, Ceará, cos de Catalão, presidido pelo companheiDavid e Edson deram ro Carlos Albino. Com o apoio, os organiforça aos zadores do movimento pararam a fábrica companheiros numa assembléia e mudaram a situação, de Catalão garantindo ao pessoal uma PLR equivalente a um salário nominal mais R$ 700. O be- Paulo. Nossos diretores Pereira, Ortiz, tão lutando pelo reajuste salarial, e os ternefício vale também para os 260 funcioná- Luisinho, Ceará, David e Edson foram a ceirizados da Mitsubishi estão se mobilirios administrativos da empresa em São Catalão. Agora, os metalúrgicos de lá es- zando pelos seus direitos.
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NOVA JORNADA
ESTAMOS NAS RUAS OUTRA VEZ PELO AUMENTO DO MÍNIMO E CORREÇÃO DA TABELA DO IR S
erá no dia 28 de novembro o início de uma grande Carreata até Brasília, organizada pela Força Sindical e demais centrais sindicais, e que vai reunir milhares de trabalhadores e sindicalistas pelo aumento do salário mínimo para R$ 400 e pela correção da tabela do Imposto de Renda em 14%. A idéia é que vários Sindicatos filiados à Força Sindical, e às demais centrais sindicais, saiam de diversos pontos do País com destino a Brasília. Os de São Paulo se concentrarão no início da Rodovia Bandeirantes, e de lá rumarão para a capital federal. No dia 30 de novembro, já em Brasília, haverá uma grande manifestação pelo mínimo e pela correção da tabela do IR. Paulinho, presidente da Força Sindical, quer se reunir com os presidentes da
Câmara, Aldo Rabelo (PC do B-SP), e do Senado, Renan Calheiros (PMDN-AL), com os ministros da Fazenda, Antonio Palocci, e do Planejamento, Paulo Bernardo, e com o presidente Lula. Nesses dias, o Congresso deverá decidir sobre o Orçamento da União para 2006. “Não podemos deixar para o ano que vem as bandeiras do aumento do salário mínimo e da correção da tabela do Imposto de Renda. Se a votação do Orçamento vai ser agora, a nossa pressão em cima do governo tem de ser agora também. Eles têm de ver com seus próprios olhos que os trabalhadores estão mais unidos e organizados do que nunca, e prontos para lutar por seus direitos”, afirma Paulinho. Sem a correção da tabela do IR, os aumentos salariais conquistados pelos trabalhadores serão garfados pelo Leão.
CIPEIROS
2000: Marcha a Brasília pelo aumento do mínimo e pagamento das perdas do FGTS
DELEGADOS SINDICAIS
9º ENCIMESP: tradição TERMINA O CICLO DE CURSOS. na luta por segurança ANO QUE VEM TEM MAIS! E e saúde
Diretor Luisinho, coordenador do Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador
E
vento tradicional entre os trabalhadores metalúrgicos e todos aqueles que, de uma forma ou de outra, estejam ligados à segurança e saúde do trabalhador, o nosso Sindicato irá realizar no dia 23 de novembro, das 8 às 16 horas, o seu 9º ENCIMESP (Encontro de Cipeiros Metalúrgicos de São Paulo e Mogi). O tema do Encontro será “Responsabilidade Social com Qualidade em Segurança no Trabalho”. O trabalhador também é um consumidor. O Encontro vai chamar a atenção para a importância do papel do consumidor na questão da segurança e para que ele, ao fazer suas compras, procure adquirir produtos de empresas que zelam pela qualidade do ambiente de trabalho. O evento acontecerá no auditório do Palácio do Trabalhador, na rua Galvão
Bueno, 782, Liberdade. “Desde 1987, quando aconteceu o 1º ENCIMESP, o Encontro vem, a cada edição, contribuindo mais para que a segurança e a saúde dos trabalhadores sejam resguardadas, dentro e fora dos locais de trabalho. Uma importante ferramenta direcionada à diminuição dos acidentes com máquinas perigosas foi lançada há 10 anos, a campanha “Máquina, Risco Zero ... Nossa Meta!”, que é até hoje um importante objeto na busca da adequação de prensas e máquinas operatrizes, as maiores mutiladoras de trabalhadores da metalurgia”, afirma Luís Carlos de Oliveira, o Luisinho, diretor do Sindicato e responsável pelo DSST (Deptº de Segurança e Saúde do Trabalhador). “Muita coisa ainda tem de ser feita, e são em eventos como este que buscamos as soluções”, finaliza.
stamos encerrando o ciclo de Cursos de Formação de Delegados Sindicais de 2005, organizados pelo Sindicato. Mas em 2006, os cursos voltam com força total. Neste ano, foram dez os cursos realizados, três de Nível 1, três de Nível 2 e quatro de Nível 3, com um total de cerca de 1 mil delegados participantes no decorrer do ano. Os cursos foram realizados no Clube de Campo dos Metalúrgicos, em Mogi. “Os cursos para delegados sindi-
Miguel, secretário-geral, fala aos delegados em curso de Nível I
Respeito ao Trabalhador Consumidor
Confraternização dos delegados em curso de Nível II
cais sempre foram muito concorridos entre os delegados da nossa base. Os trabalhadores estão conscientes da importância desses cursos, de seu papel dentro das empresas e da importância de se desenvolverem social e politicamente. E é isto o que buscamos oferecer aos nossos delegados: as ferramentas necessárias para que eles possam participar mais ativamente, e de forma mais abrangente, das grandes questões em nível nacional”, esclarece Miguel Eduardo Torres, secretário-geral do Sindicato e coordenador dos cursos. “No ano que vem os cursos voltarão, e muitos outros companheiros vão poder participar, debatendo sobre as tendências econômicas, as questões políticas e sociais, o fortalecimento da nossa entidade sindical e, conseqüentemente, de toda a categoria”, finaliza Miguel. Em 2006, serão implantados os cursos de Nível 4, para aqueles que concluíram o de Nível 3.
Vereador Cláudio Prado na Câmara Municipal com delegados de curso de Nível III
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NA CARNE
CHURRASCO-PROTESTO DA FORÇA SINDICAL C
erca de 7 mil pessoas participaram do churrasco-protesto promovido no dia 27 de outubro, em frente ao Palácio do Trabalhador, pela Força Sindical. Foram assadas 12 toneladas de carne doadas por frigoríficos e oferecidas principalmente a desempregados. No dia seguinte, a Força distribuiu mais cinco mil quilos de carne à população, na Praça da Sé. Nosso Sindicato colaborou com a organização e apoio à Central. O protesto teve por objetivo chamar a atenção das autoridades internacionais para a boa qualidade da carne brasileira e criticar as falhas do governo federal em relação ao problema da febre aftosa no País, motivo do embargo internacional à carne brasileira. O embargo prejudica os produtores e coloca em risco os empregos no setor. A Força Sindical e os frigoríficos, contudo, fecharam acordo para garantir 30 dias de estabilidade no emprego aos trabalhadores.
Força distribuiu 12 toneladas de carne durante o churrasco em frente ao Palácio do Trabalhador e na praça da Sé (abaixo)
Miguel, secretário-geral, ajudou na organização dos eventos Uma verdadeira multidão fez fila na Sé para levar um pouco de carne pra casa
Paulinho ajuda a distribuir carne para a população na praça da Sé
SEGURANÇA
DESTRUIÇÃO DE MÁQUINAS MUTILADORAS N
osso Sindicato acompanhou, no dia 5 de outubro, a destruição de prensas mecânicas excêntricas por engate de chaveta, obsoletas, que representavam risco de acidentes de trabalho aos seus operadores. A destruição se deu por acordo feito entre a Indab Ind. Metalúrgica, da Zona Leste, que utilizava as máquinas, a Cofap, de Santo André, dona das máquinas, o Sindicato e a Delegacia Regional do Trabalho. Esse tipo de máquina é uma das que mais provocam acidentes com mutilações de mãos e dedos. Por este motivo, estas máquinas não devem funcionar sem mecanismos de proteção, especialmente em sua zona de prensagem, local de operação onde o trabalhador corre o risco de mutilação. Por se tratar de um maquinário antigo e obsoleto, muitas empresas desativam este tipo de máquina ou a
Diretores Luisinho e Mendonça diante das máquinas que vão ser destruídas
Um imã pesado é acionado por um guindaste para esmagar a máquina
transformam em outro tipo (freio/embreagem), que proporciona melhores condições para a implantação de equipamentos de segurança. Porém, quando estas máquinas são descartadas, costuma acontecer um comércio paralelo de máquinas usa-
das que, após um ‘banho de loja’, voltam ao mercado sem qualquer tipo de proteção. Nosso Sindicato vem buscando a conscientização dos empresários para que essas máquinas sejam desativadas e destruídas quando não for viável sua
adequação. “Nosso Departamento de Saúde e Segurança do Trabalhador está de olho nesta questão. Não vamos permitir que empresários inescrupulosos mantenham máquinas mutiladoras nas fábricas”, afirma Luisinho, diretor do departamento.
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POLÍTICA – “MEMÓRIA”
UM POUCO DE NOSSA HISTÓRIA N DINHEIRO DE FORA Segundo a Lei 9096, de 1995, um partido político não pode receber recursos do exterior. Se, por exemplo, ficar provado que isto ocorreu na campanha presidencial do Lula, o PT pode perder o seu registro na Justiça Eleitoral e, conseqüentemente, nenhum petista poderá se candidatar nas eleições de 2006. Nem o presidente.
MAIS PLEBISCITO Referendos e plebiscitos são consultas democráticas das quais o Brasil pouco se utiliza. O referendo sobre o comércio de armas, se falhou ao reduzir a uma só pergunta um tema importante, ao menos serviu para abrir o debate sobre a violência. Que venham mais consultas, desde que restritas a temas apropriados, como, por exemplo, o voto obrigatório e a adoção de um novo sistema eleitoral. Temas inconstitucionais como o da prisão perpétua e da pena de morte devem ser esquecidos.
CONTRA A VIOLÊNCIA A sociedade brasileira, em sua maioria, tendo votado Sim ou Não no referendo das armas, demonstrou que deseja um País menos violento. É hora de as nossas autoridades agirem de forma eficaz e buscarem soluções para acabar com o estado de medo que atinge todas as camadas sociais. Que tal começar arrumando mais empregos, melhores salários e condições de vida mais dignas para o povo brasileiro?
DE MAL ... O Brasil é o país onde mais se paga juros reais no mundo, e onde a carga tributária é a mais alta. O governo se apossa de 36% do PIB em impostos e de 68% da poupança destinada ao crédito no País. O brasileiro trabalha cinco meses só para pagar imposto. É um dos países mais burocratizados do mundo. Para se abrir uma empresa por aqui é um sufoco. É por isto que a imensa maioria das pequenas empresas – que são as que mais geram postos de trabalho – está na informalidade.
... A PIOR Mais da metade da riqueza do país está comprometida para pagar as dívidas do governo, isto é, quem paga a conta é a sociedade. E, assim, não sobra dinheiro para infra-estrutura, saneamento básico, educação e saúde. O país não anda! Falta olhar para os verdadeiros interesses da população e investir em qualificação profissional, no salário mínimo, no emprego para os jovens, etc. Mas achamos que neste governo nada disso será possível!
osso Sindicato, fundado no dia 27 de dezembro de 1932, além da luta por melhores salários e condições dignas de trabalho para os metalúrgicos, sempre foi uma entidade de resistência popular contra os regimes ditatoriais no País. Com o golpe militar em 1964, que depôs o presidente trabalhista João Goulart, as entidades sindicais voltam a ser perseguidas. Como no Estado Novo, o governo militar interveio nos sindicatos, prendeu os dirigentes mais combativos do País, dissolveu as diretorias eleitas pelos trabalhadores, nomeou interventores nas entidades e reprimiu com violência os movimentos grevistas. Mesmo assim, o Sindicato resistiu à ditadura, manteve sua independência, ampliou seu patrimônio e abriu espaço para novas militâncias.
HOMENAGENS MANOEL FIEL FILHO E VLADIMIR HERZOG O sindicalismo e a imprensa foram alguns dos setores mais perseguidos pelo regime militar. Em 25 de outubro de 1975, morreu o jornalista Vladimir Herzog, da TV Cultura, e em 17 de janeiro de 1976 o metalúrgico Manoel Fiel Filho. Eles foram vítimas do autoritarismo e da repressão, e não resistiram à tortura. Estas mortes revoltaram a sociedade brasileira, que foi às ruas denunciar os abusos do regime. O nosso Sindicato participou deste movimento e agiu bravamente na luta pela redemocratização do País. Participamos das históricas campanhas Vailivres Jefferson, pra pela anistia, pela realização de eleições nunca mais! para a Presidência da República e pelas conquistas sociais na Assembléia Constituinte de 1988. Por tudo isso, nosso Sindicato homenageia Fiel e Vlado, símbolos da resistência pela democracia e liberdade!
Manoel Fiel Filho
Vladimir Herzog
CRISE POLÍTICA
Lula se complica ainda mais sociedade brasileira não agüenta mais ser enganada com promessas que nunca são cumpridas. A expectativa de mudança do País, criada pelo PT, não se concretizou. O governo PT foi incapaz de livrar-se dos juros altos que herdou do governo FHC. Cadê o espetáculo do crescimento, os investimentos, a política para empregos e salários? E o que dizer da crise política? Cobramos a apuração de todos os crimes cometidos contra o patrimônio público, a cassação de mandatos e a devolução do dinheiro desviado. Mas será que ficaremos apenas com a punição do ex-deputado Roberto Jefferson e com as renúncias de alguns espertalhões, que se uti-
A
lizam desta tática para voltar a se candidatar nas próximas eleições? Se as investigações chegarem ao Palácio do Planalto, provando que o presidente Lula praticou crime de responsabilidade, iremos às ruas pedir o seu impeachment (impedimento), como já fizemos com o Collor. Nas eleições de 2006, é preciso optar por uma nova alternativa política, séria, honesta e comprometida com os interesses nacionais, com justiça social, trabalho, segurança e bons salários.
teria sido financiada com dinheiro de Cuba, o que seria ilegal. Segundo a revista Veja, a campanha do PT, em 2002, teria recebido US$ 3 milhões do regime de Fidel Castro. O dinheiro, segundo a matéria, foi de Cuba a Brasília e, depois, remetido para São Paulo em caixas de uísque.
FONTE DO MENSALÃO O indício de que o Banco do Brasil é fonte do mensalão coloca o presidente e o PT ainda mais contra a parede. E a oposição ganha, com isto, mais munição para GRANA DE CUBA pedir o impeachment do Lula. E o presiO presidente Lula precisa explicar dente, hein? Continua dizendo que ignoas denúncias de que sua campanha rava este esquema petista. Tenha dó!
AÇÕES DO NOSSO VEREADOR
Projeto gera empregos G
erar empregos e beneficiar milhares de cidadãos que freqüentam diariamente os hipermercados na cidade de São Paulo é o objetivo do vereador Cláudio Prado – PDT, ao propor mais um Projeto de Lei que atinge diretamente os trabalhadores desempregados, preferencialmente os jovens que buscam o primeiro emprego.
O projeto, que obriga supermercados, hipermercados e similares a contratar “embaladores” para colocar as mercadorias dos clientes dentro de sacolas ou pacotes, vai atingir somente os estabelecimentos com mais de cinco caixas. Portanto, não irá onerar os donos de pequenos comércios instalados principalmente na periferia. Segundo o vereador, a iniciativa, apesar de “preferir” empregar jovens, não impede que aposentados e outros trabalhadores sejam contratados para a função. “Por ano, milhares de jovens acessam o mercado de trabalho e não têm oportunidades de conseguir emprego. Estamos criando alternativas para amenizar o desemprego na cidade”, conclui.
Vereador Cláudio Prado
Para o Sindicato dos Comerciários de São Paulo, se for aprovado na Câmara e sancionado pelo prefeito José Serra, o projeto poderá criar cerca de 20 mil vagas na Capital.
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PALESTRA
Cristovam Buarque propõe mudanças na economia O
senador Cristovam Buarque, em palestra na Força Sindical, no dia 24 de outubro, com a presença de sindicalistas e líderes do PDT (Partido Democrático Trabalhista), apresentou uma nova proposta para a economia brasileira. Na abertura do evento, Paulinho, presidente da Força, afirmou que “ninguém agüenta mais essa política econômica, que está levando o País a uma situação de insolvência. É preciso apresentar uma proposta diferente”.
ter a desigualdade social. Para ele, o caminho é investir em educação. “Tomamos como eixo da redução da desigualdade a educação, como outros países já o fizeram, porque a educação também é para dinamizar a economia”, disse o exministro da Educação. O senador citou o investimento em melhorias às escolas de ensino público que beneficiaria diversos outros setores. Se os alunos receberem uniformes, o setor têxtil se beneficia. Reformando as escolas, beneficio ao setor de materiais de construção, e assim por diante. O cresFIM DAS DESIGUALDADES Cristovam Buarque, que já foi gover- cimento está na base. Um programa de nador do Distrito Federal e ministro da erradicação do analfabetismo criaria 100 Educação, disse que, para retomar o em- mil empregos prego, a produção, o aumento de renda e o salário, é preciso uma política que CHOQUE SOCIAL busque, através do choque social, reverNo documento “Choque Social. De-
ECONOMIA
Banqueiros estão rindo à toa O
governo PT diz que a economia vai bem e que está blindada contra a crise política. Vai bem pra quem? Para o trabalhador, que sofre com o desemprego e os baixos salários, com certeza não é. Para os banqueiros sim, isto aqui é um paraíso. O Banco Itaú, por exemplo, teve o maior lucro da sua história: R$ 3,827 bilhões. É o lucro acumulado do banco nos primeiros nove
meses do ano, superando até o lucro dos bancos norte-americanos mais rentáveis e de porte similar. O Bradesco lucrou R$ 4,05 bi até setembro, 102% a mais do que em igual período de 2004. Os banqueiros dizem que isso é reflexo do crescimento sustentado da economia. É o mesmo discurso do governo. Banqueiros e governo de mãos dadas, felizes e de costas para o Brasil real.
Dívida tira dinheiro do social O
superávit primário (diferença entre despesas e receitas do governo, normalmente usada para o pagamento de juros da dívida pública) de janeiro a setembro deste ano totalizou R$ 86,502 bilhões. Isto equivale a 6,1% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no País. Neste mesmo período, porém, o País pagou R$ 120,149 bilhões de juros da sua dívida. Ou seja: apesar de ter economizado em nove meses mais do que a meta do ano inteiro para pagar os juros da dívida, o governo não conseguiu cobrir essa despesa – e os juros superaram em R$ 33,647 bilhões o que foi poupado para pagá-los. Por isto houve
déficit (resultado negativo). Resumindo: o governo faz o Brasil inteiro apertar o cinto, corta gastos, deixa de investir em projetos sociais, infra-estrutura, saneamento básico, educação, saúde etc., para cumprir a meta do superávit primário (receitas menos despesas). Do outro lado, mantém os juros na estratosfera, aumentando a dívida pública, já que os juros servem também para os títulos do governo. Toda a economia e todo o sacrifício da população servem apenas para o pagamento de juros. E o Brasil continua parado, olhando para o abismo!
Cristovam Buarque, do PDT, em palestra na Força Sindical, ao lado de Paulinho, do vereador Cláudio Prado e do diretor Juruna
safio para a Economia Brasileira. Um Projeto para a Esquerda”, o senador defende uma Lei de Responsabilidade Educacional. “No Brasil, um prefeito fica inelegível ou vai preso se não pagar suas dívidas com os bancos, mas não sofre qualquer restrição se não garantir escola com qualidade para as crianças de seu município.”
Para ele, o Brasil precisa de uma Lei que obrigue o prefeito, sob o risco de perder seu mandato, a cumprir, durante sua administração, os objetivos determinados pelo Plano Nacional de Educação e outros objetivos, como o combate ao analfabetismo de adultos, garantia de vaga nas escolas a partir dos quatro anos de idade até o final do ensino médio.
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NOVAS AÇÕES
O
Centro Meu Guri inaugurou, no dia 21 de outubro, em sua sede, na Serra da Cantareira, no município de Mairiporã, uma biblioteca do Programa Biblioteca Ler é Preciso, do Instituto Ecofuturo, uma Organização Não-Governamental criada pela Cia. Suzano de Papel. O objetivo da ação é disponibilizar a leitura de qualidade. A Biblioteca já tem cerca de 4 mil livros infanto-juvenis e está aberta à comunidade local. “Costumo dizer que o Meu Guri está crescendo, e crescendo em todos os sentidos: no tamanho, nas suas ações, nos seus projetos, na busca de um mundo melhor para as nossas crianças e adolescentes, pela sua integração e inserção na sociedade como cidadãos e futuros empreendedores. Esta Biblioteca é mais um passo no sentido dessa integração”, afirma Elza Costa Pereira, presidente do Meu Guri e tesoureira do nosso Sindicato. Neusa de Oliveira Costa, diretoraadministrativa do Meu Guri, falou da importância do empreendimento. “É mais uma parceria do Meu Guri que se firma com o Instituto Ecofuturo, e conta com o apoio de representantes da comunidade,
dos Conselhos Tutelares, entidades civis e órgãos públicos de Mairiporã, e estagiários do curso de Pedagogia da Universidade de São Paulo,” disse. As próprias crianças do Meu Guri ajudaram a montar a Biblioteca, e fizeram uma apresentação caracterizadas como personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo, de Monteiro Lobato. A encenação foi coordenada pelo arte-educador do Meu Guri, Luiz Pereira de Souza, e bastante aplaudida, pois foi também muito divertida. As personagens lutavam para combater um vírus chamado “falta de leituris”. A assistente de projetos do Instituto Ecofuturo, Viviane Oliveira Lopes, elogiou o projeto. “Esta é uma parceria inédita, pois nunca implantamos uma biblioteca em um abrigo, Nosso objetivo é promover uma integração com a comunidade e incentivar a leitura entre crianças e jovens, pois é pela leitura e escrita que as crianças podem fazer uma reflexão do mundo em que vivem e criar capacidade de opinar, criticar, criar”, disse Viviane.
“A Biblioteca possibilita o acesso à leitura e promove a integração das crianças do Meu Guri com a comunidade local.” Elza Costa Pereira, Presidente do Meu Guri
A PARCERIA FAZ ACONTECER “Um trabalho desse não se faz sem a participação de pessoas, amigos e colaboradores. A Faculdade de Educação se tornou parceira do Meu Guri, no sentido de oferecer supervisão do trabalho dos funcionários. Atuo como consultor da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) em centros de abrigos, o que nos permite conhecer a realidade dessas entidades. Estima-se em 1 a 1,5 milhão o número de crianças em abrigos no Brasil. Vemos possibilidade de adoção de
muitas crianças, mas tambêm de retorno às famílias. Há famílias que apenas precisam de apoio para se reestruturar. A Biblioteca Ler é Preciso no Meu Guri é um projeto importante para criar laços com a região. É uma satisfação catalogar e organizar os livros, e ver essa inauguração com a certeza de que não terminamos o trabalho. Vamos dar vida a essa Biblioteca e fazê-la funcionar.” Professor Dr. Roberto da Silva, da Faculdade de Educação da USP
Muitas histórias, diversão e cultura para as crianças e adolescentes
O gosto pela leitura tem que começar cedo
Convidados e crianças curtem o novo espaço
“Este local é muito bem cuidado, feito com carinho e dedicação.” Viviane Oliveira Lopes, Assistente de projetos do Instituto Ecofuturo
“É um empreendimento lindo, de alto gabarito, que conseguiu reunir pessoal expressivo da comunidade. Quando a gente vê uma coisa bem feita, a gente fica entusiasmada. Eu estou encantada com o Meu Guri e com este projeto.” Maria Helena Monteleone, Diretora da Biblioteca Municipal de Mairiporã
“Isto aqui é superlegal, principalmente porque vai atender a comunidade. Vamos sentar e conversar para facilitar o acesso das pessoas a esta Biblioteca.” Edlene Lubianqui Cardoso César, Assessora técnica da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Mairiporã
“Este é um espaço maravilhoso e a biblioteca é um bom exemplo. É preciso ter muito amor, carinho força e atrevimento para conseguir realizar um projeto como este.” Elizabeth Ferraz Raats, Presidente da APAE (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) de Mairiporã
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FESTA BENEFICENTE
MEU GURI PROMOVE NOITE DA PIZZA E BINGO NO DIA 18 Muita animação na 1ª Festa Italiana do Meu Guri, realizada em maio deste ano, no Sindicato
O
Meu Guri vai realizar, no dia 18 deste mês, a sua 2ª Festa Italiana Beneficente. Será a Noite da Pizza e Bingo, que tem por objetivo arrecadar recursos e alimentos para a entidade, que hoje abriga crianças e adolescentes em situação de risco social em sua sede, na Serra da Cantareira. LOCAL: O evento vai começar às 19 horas, no Palácio do Trabalhador, na rua Galvão Bueno, 782, próximo ao metrô São Joaquim, no bairro da Liberdade. O Bingo vai sortear muitos prêmios: TV 20 polegadas com rádio AM/FM , forno microondas, fogão, freezer, bicicleta, enceradeira, jogo de panelas e outros. O último sorteio será de uma Honda Biz 125. Este sorteio será extra e terá cartelas especiais. Para participar, é preciso adquirir o convite e levar um quilo de alimento não perecível. O convite custa R$ 10 e deve ser trocado por um kit com dez cartelas
no dia do evento. Vendas com Márcia ou Kaliny, no 14º andar do Sindicato, ou com o diretor do Sindicato responsável pela sua fábrica. “Venham todos participar. Além de se divertir, você estará colaborando com uma ação solidária muito importante”, afirma Elza Costa Pereira, presidente do Meu Guri e tesoureira do Sindicato.
ATO SOLIDÁRIO
DOAÇÃO DE SANGUE Funcionários do Sindicato e trabalhadores desempregados participaram da doação
A
Fundação Pró-Sangue, em parceria com o nosso Sindicato, realizou no dia 24 de outubro a sua segunda campanha de doação de sangue em nossa sede. O evento contou com a solidariedade de mais de 35 doadores, entre funcionários da entidade, trabalhadores desempregados que foram ao Centro de Solidariedade ao Trabalhador, pacientes do Ambulatório Médico do Sindicato.
Todos os que fizeram a doação vão receber, gratuitamente, os resultados dos exames sorológicos de HIV, hepatite, mal de Chagas, sífilis, além do tipo sanguíneo. Os resultados serão encaminhados aos doadores por e-mail ou pelo correio. Parabéns a todos por seu gesto de solidariedade, que pode salvar muitas vidas.
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CONVÊNIOS FACULDADES
CONVÊNIOS DO SINDICATO PARA OS SÓCIOS NAS UNIVERSIDADES Diretor Tadeu Morais de Sousa, vice-presidente
Diretor Eufrozino Pereira, 3º vice-presidente
O Sindicato, por meio da atuação dos diretores Tadeu Morais de Sousa, vice-presidente, e Eufrozino Pereira, 3º vice-presidente, continua beneficiando seus sócios com os convênios firmados com as faculdades, garantindo descontos no valor das mensalidades e mais acesso aos estudos. Confira ao lado os convênios mais recentes.
Novas faculdades conveniadas com o Sindicato UNICID – Universidade Cidade de São Paulo (011) 2178-1212 – www.cidadesp.edu.br Rua Cesário Galeno, 448/475 – Tatuapé – São Paulo/SP FAMOSP – Faculdade Mozarteum de São Paulo (011) 6236-0788 – www.mozarteum.br Rua Nova dos Portugueses, 365/385 – Santa Terezinha – São Paulo/SP UNIBAN – Universidade Bandeirante de São Paulo (011) 6967-9000 – www.uniban.br Rua Maria Cândida, 1.813 – Vila Guilherme – São Paulo (Campus MC) FIT – Faculdade Impacta Tecnologia (011) 5589-2666 – www.impacta.edu.br Rua Arabé, 71 – Vila Clementino – São Paulo/SP
ESPORTE
Força Esporte Clube tem novo presidente Desde 1º de novembro, o Força Esporte Clube tem um novo presidente: Valdir Pereira da Silva, que ocupará interinamente a Presidência até a realização de novas eleições. Criado em 2001, no intuito de tirar crianças e adolescentes das ruas, o Força vem se especializando em forjar craques, alguns deles já defendendo equipes tradicionais do futebol brasileiro. Com um trabalho social voltado a garotos de 8 a 14 anos, e com equipes Sub15, Sub-17 e Juniores (o time de Juniores está nas quartas-de-final do Campeonato Paulista e disputará, em janeiro, pela 3ª vez, a Taça São Paulo de Futebol Júnior), o Força vem, a cada dia, se tornando uma das grandes forças do nosso futebol. O time profissional do Força ganhou a série B-3 do Paulistão em 2003 e
hoje disputa a Segundona, lutando para chegar à série principal. “Almejamos vôos mais altos, e para isto estamos nos profissionalizando. Transformamos o clube em Clube-Empresa, com o sistema de cotas, adquiridas por sindicatos filiados e empresários, e estamos trabalhando para termos, em um futuro próximo, o nosso próprio Centro de Treinamento. Temos, ainda, convênio com a Inter de Milão e com a Pirelli, para a revelação de novos craques. É a busca de uma nova realidade e de um futuro digno para nossas crianças e nossos jovens”, afirma Valdir. PENEIRA Para quem quer jogar a Taça São Paulo de Futebol Júnior pelo Força Esporte Clube, um aviso: estamos realizando peneiras todas as segundas e sextas-feiras, das 8 às 13 horas, para garo-
Time do Força em uma das suas partidas Valdir Pereira, Presidente do Força Esporte Clube
tos com idades entre 15 e 19 anos. A peneira, com o professor Jacó, acontece no campo do E. C. Botafogo, rua Sarumás, 347, Vila Bela (próximo ao Crematório da Vila Alpina). Quem sabe seu filho poderá se tornar um dos nossos atletas!
DISQUE-SINDICATO
DENUNCIE O TRABALHO IRREGULAR NA SUA FÁBRICA Sindicato está combatendo a terceirização e o trabalho temporário ilegais, e exigindo das empresas que regularizem a situação desses companheiros, garantam treinamento e segurança, e que esse pessoal passe a ser representado pelo nosso Sindicato, tendo os mesmos direitos e benefícios, inclusive salariais, dos efetivos da empresa. Para garantir o sucesso da campa-
O
nha é fundamental que o trabalhador colabore e informe o Sindicato sobre essas contratações. Para isto, foi criado o Disque-Sindicato, que atende pelo telefone 0800771-1119. O trabalhador pode fazer sua denúncia sem precisar se identificar, pois a iniciativa visa, justamente, ajudar os trabalhadores que deixam de denunciar esse tipo de irregularidade com medo de represálias. O serviço funcio-
na de 2ª a 6ª feira, das 8 às 18 horas. No caso de outros tipos de irregularidades (atraso salarial, calote no 13º salário e nos depósitos do Fundo de Garantia, não entrega de holerite, falta de registro em carteira etc), o trabalhador pode falar diretamente com os diretores e assessores, que estão diariamente nas portas das fábricas, ou telefonar para 3388-1000 e pedir para falar com o diretor do seu setor.