ANO 63 – JUNHO DE 2006 – Nº 527
SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL
Numa decisão que era aguardada há quase 10 anos pelos sindicatos, o Supremo Tribunal Federal decidiu que as entidades podem entrar com processos na Justiça em nome dos trabalhadores. A decisão beneficia os trabalhadores, que deixavam de processar a empresa com medo de serem demitidos. Leia na Pág. 2
1º Congresso Nacional da Confederação
CNTM REALIZA O CONGRESSO DA UNIDADE DA CATEGORIA METALÚRGICA DIRCE PEREIRA
geral
AÇÕES DO MEU GURI Merecem destaque as recentes atividades do Meu Guri. As crianças e adolescentes receberam doações do Banco Santander e da Calçados Clóvis, o Núcleo de Atendimento Comunitário no Tucuruvi está formando a primeira turma da sua Oficina Profissionalizante de Costura, foi realizado o Arraial na Serra da Cantareira e agendado, para agosto, um jantar beneficente, com show de Gian e Giovani, no Villa Country. Leia na Pág. 3
eleno?
ATMASP ESTÁ DE CASA NOVA A Associação dos Trabalhadores Metalúrgicos Aposentados de São Paulo (ATMASP) mudou a sua sede da rua do Carmo para o Palácio do Trabalhador, na rua Galvão Bueno. A entidade quer cuidar da memória dos metalúrgicos. Leia na Pág. 6
LUTAS DA DIRETORIA A luta permanente dos diretores e assessores nas portas de fábrica está garantindo a renovação de acordos de PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) para milhares de companheiros da categoria e a conquista do benefício em empresas que nunca pagaram a PLR, redução da jornada de trabalho e cesta básica. Confira nas Págs. 6, 7 e 8
1º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos da Força Sindical (CNTM), realizado nos dias 6 e 7 de junho de 2006, na Colônia de Férias dos Têxteis, em Praia Grande/SP, debateu o Plano de Lutas a ser desenvolvido na atual gestão da CNTM, presidida por Eleno Bezerra. Os congressistas definiram como questões básicas a unificação dos trabalhadores metalúrgicos na luta sindical por seus direitos; o combate à terceirização, que precariza as condições de trabalho e atinge todos os ramos de atividade e a unificação das datas-base da categoria,
O
Eleno, presidente do Sindicato e da CNTM, comandou o Congresso que reuniu cerca de 1.500 pessoas e aprovou o Plano de Lutas que será seguido pela nova diretoria da Confederação nos próximos quatro anos
fortalecendo a luta dos Confederação e do nosso Sindicato trabalhadores e as nego- e vice-presidente da Força Sindical. ciações coletivas, entre Leia mais nas páginas 4 e 5. outros pontos. Além do Plano de Lutas, os congressistas também aprovaram uma pauta a ser entregue aos candidatos à Presidência da República. “O 1º Congresso da CNTM foi um marco para a unificação dos trabalhadores metalúrgicos. Vamos colocar nossas decisões em prática e formar uma trincheira, de norte a sul do País, do menor ao maior sindicato, na defesa dos interesses dos trabalhadores. Entendemos que só há uma forma de ganharmos a luta contra as desigualdades: a unidade!”, disse Eleno, presidente da
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JUNHO DE 2006
EDITORIAL
RESPONSABILIDADE
UNIDADE CONTRA A TERCEIRIZAÇÃO
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ma das resoluções aprovadas pelo 1º Congresso Nacional da CNTM foi o combate à terceirização. Vamos lutar para que as empresas terceirizadas cumpram as Convenções Coletivas de trabalho da categoria. Quem trabalha no mesmo ambiente tem direito aos mesmos benefícios, salário igual, proteção pelas cláusulas sociais. Vamos enfrentar, no Brasil inteiro, essa epidemia que afeta todos os trabalhadores. A terceirização cria um trabalhador de segunda categoria, que ganha menos, tem menos benefícios e não tem representatividade. Sem o amparo da Convenção, o terceirizado que sofre acidente de trabalho, ou adquire uma doença profissional, por exemplo, pode ser dispensado ou ter apenas a estabilidade garantida por lei, de até um ano após a alta médica. Com a Convenção, ele tem garantia de emprego até a aposentadoria.
A reforma Sindical ajudaria a regularizar a terceirização, pois os trabalhadores passariam a se organizar por ramo de atividade. Assim, todos os que trabalham em uma metalúrgica seriam metalúrgicos. Parte dos empresários foi contra a reforma, porque quer primeiro a reforma Trabalhista, para mexer nos direitos trabalhistas. Este é um ano muito importante para o País. Vamos ter eleições e a nossa arma para mudar o Brasil é o voto. Qualquer que seja o governo eleito, ele irá fazer as reformas Sindical e Trabalhista. Por isto, temos que pensar seriamente e votar em quem defende os interesses dos trabalhadores.
Eleno Bezerra PRESIDENTE DO SINDICATO
Tadeu assume a Comissão Estadual de Emprego Tadeu assina o termo de posse como presidente da Comissão observado pelo seu antecessor Carmelo Zito
Tadeu Morais de Souza, vice-presidente do Sindicato, secretário de Formação e Política de Emprego da Força Estadual, assumiu no dia 14/6 a Presidência da Comissão Estadual de Emprego. Ele substituiu Carmelo Zito Neto, servidor da Secretaria Estadual do Trabalho. A Comissão é responsável por aprovar, acompanhar e propor projetos de formação profissional e de geração de emprego. Para receber verbas do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), os projetos precisam passar pela Comissão. A Comissão tem a prerrogativa de deliberar sobre cursos profissionalizantes;
propor melhorias nas comissões de emprego e frentes de trabalho; propor aos órgãos do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda medidas que minimizem os efeitos negativos dos ciclos econômicos e do desemprego; acompanhar a utilização dos recursos alocados mediante convênios etc. “Vamos discutir os planos de trabalho dos Centros de Solidariedade e de Apoio ao Trabalho e propor o aumento da oferta e da qualidade dos cursos profissionalizantes. Nossa meta é reduzir o desemprego e qualificar os trabalhadores”, afirma Tadeu.
ARTIGO
SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL
CHEGA DE NOTÍCIA RUIM!
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os últimos dias, os trabalhadores têm recebido muitas notícias ruins, que poderão ter reflexos danosos sobre suas vidas. O cenário externo não é muito animador, enquanto, internamente, a economia não deslancha. O IBGE divulga um crescimento magro do PIB (soma das riquezas do País), enquanto o Copom breca a velocidade da queda da taxa de juro. Corroborando nossas previsões, o governo federal já admite que a criação de empregos este ano não deve acompanhar o ritmo da economia, por causa dos juros altos. Por isto, é urgente a implementação de medidas para estimular o crescimento econômico, mesmo que tais iniciativas batam de frente com os dogmas da equipe econômica brasileira. Nesta linha de raciocínio, reivindicamos
a imediata redução da taxa de juro, a reforma Tributária, para baratear a produção e o preço final de mercadorias e serviços, e a redução da jornada para 40 horas semanais. Queremos, também, a organização de um amplo debate sobre a criação de um projeto de desenvolvimento para o País, que reúna todos os setores organizados da sociedade e estabeleça prioridades para os investimentos nos segmentos de uso intensivo de mão-deobra, como infra-estrutura, moradias populares, saúde e educação, entre outros.
o metalúrgico
Diretores (Sede de São Paulo) Adnaldo Ferreira de Oliveira, Antonio Raimundo Pereira de Souza (Mala), Carlos Andreu Ortiz (Ortiz), Carlos Augusto dos Santos (Carlão), Cícero Santos Mendonça, Cláudio do Prado Nogueira, David Martins Carvalho, Edson Barbosa Passos, Eleno José Bezerra, Elza Costa Pereira, Eraldo de Alcântara, Eufrozino Pereira da Silva, Francisco Carlos Tonon (Tarugo), Francisco Roberto Sargento da Silva, Geraldino dos Santos Silva, Ivando Alves Cordeiro (Geléia), Jefferson Coriteac, João Aparecido Dias (João DD), João Carlos Gonçalves (Juruna), José Francisco Campos, José
JUNHO DE 2006 Ano 63 – Edição nº 527 “o metalúrgico” é o órgão oficial do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo, Mogi das Cruzes e Região. Sede SP - Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade CEP 01506-000 - São Paulo - SP - Fone (011) 3388-1000 Sede Mogi - Rua Afonso Pena, 137, Vila Tietê CEP 08770-330 - Fone (011) 4791-1666 Fax (011) 4791-2516 - Mogi das Cruzes - SP Home Page: www.metalurgicos.org.br E-mail: info@metalurgicos.org.br
João Carlos Gonçalves - Juruna PRES. INTERINO DA FORÇA SINDICAL
Sindicatos podem ir à Justiça em nome do trabalhador O Supremo Tribunal Federal decidiu, no último dia 12, conferir aos sindicatos legitimação processual para a defesa de todos e quaisquer direitos individuais e coletivos dos trabalhadores. Isto significa que os sindicatos podem substituir os trabalhadores na Justiça, sem precisar realizar assembléias exclusivas para esse fim ou ter procuração individualizada. Isto se chama substituição processual. “Essa decisão protege os trabalhadores, que não entravam com ações com medo de demissão, e fortalece os sindicatos”, afirma Eleno, nosso presidente. A decisão também fortalece os sindicatos, que poderão entrar com ações em nome dos trabalhadores reivindicando diferenças salariais, PLR, benefícios da Convenção Coletiva, jornada de trabalho, Lúcio Alves (Mineiro), José Luiz de Oliveira, José Maurício da Silva (Ceará), Juarez Martelozo Ramos, Luiz Antonio de Medeiros, Luiz Carlos de Oliveira (Luizinho), Miguel Eduardo Torres, Milton Eduardo Brum, Nelson Aparecido Cardim (Xepa), Paulo Pereira da Silva (Paulinho), Ricardo Rodrigues (Teco), Sales José da Silva, Sebastião Garcia Ferreira, Sílvio Bernardo, Tadeu Morais de Sousa e Valdir Pereira da Silva Diretores (Sede de Mogi das Cruzes) Jorge Carlos de Morais (Arakém), Paulo Fernandes de Souza (Paulão)
adicional de insalubridade, depósitos do FGTS etc. Ela vai reduzir o custo das ações para os trabalhadores, impedir retaliações por parte das empresas e agilizar os processos na Justiça. O reconhecimento da Substituição Processual foi um dos pontos mais polêmicos no Fórum Nacional do Trabalho, equiparando-se somente ao tema da representação no local de trabalho. Os empresários eram contra. Diretor Responsável Eleno José Bezerra Edição e Redação Débora Gonçalves - MTb 13.083 Edson Baptista - MTb 17.898 Val Gomes - MTb 20.985 Fotografia Jaélcio Santana Diagramação Rodney Simões Vanderlei Tavares Impressão ArtPrinter Tiragem: 300 mil exemplares
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ECONOMIA E TRABALHO
QUANTO VOCÊ PAGA DE IMPOSTO? - 1
A Força Sindical, Associação Comercial de São Paulo, Centro das Indústrias do Est. SP e entidades civis entregaram, no dia 31 de maio, ao presidente do Senado, Renan Calheiros, um abaixo-assinado com 1,5 milhão de assinaturas para um projeto de lei que determine que o valor do imposto embutido nos preços de cada produto ou serviço adquirido seja discriminado na nota fiscal. Denominado ‘De Olho no Imposto’, o movimento reúne entidades que exigem transparência tributária, e está mostrando à população que há impostos em tudo o que consumimos. É direito do cidadão saber o quanto paga ao Fisco.
ESPAÇO MEU GURI
Oficina Profissionalizante de Costura O
Núcleo de Atendimento Comunitário do Meu Guri, no Tucuruvi, está formando, neste mês de julho, a primeira turma da sua Oficina Profissionalizante de Costura. O curso, oferecido gratuitamente à comunidade, ensina corte e costura em máquina industrial, modelagem, dá noções de cooperativismo, de compra de material etc. O próximo curso será realizado de agosto a dezembro. Parabéns às novas profissionais! O Núcleo conta, ainda, com um bazar, que recebe doações de roupas, calçados, brinquedos, móveis etc, e atende, de 2ª a 6ª feira, das 9 às 17 horas; um posto do
Centro de Solidariedade ao Trabalhador, que prioriza o Primeiro Emprego; o Espaço Pró-Criança, para divulgar a história do atendimento social às crianças e promover ao combate à violência doméstica por meio do mundo artístico. Seguindo os seus objetivos, o Núcleo atende, gratuitamenSala da Oficina de Costura com as máquinas te, famílias da comunidade endoadas pelo Sindicato das Costureiras SP caminhadas por órgãos de proteção aos direitos da criança e do ado- prevenir o abrigamento. O Núcleo fica na lescente, vítimas da violência doméstica. Av. Guapira, 920, Tucuruvi, Zona Norte, O trabalho busca orientar as mulheres e e o site é www.meuguri.com.br
Jantar beneficente O Meu Guri está organizando um jantar beneficente, com show da dupla Gian e Giovani (foto), para o dia 9 de agosto, quarta-feira, às 20 horas, no Villa Country (av. Francisco Matarazzo, 774, Parque da Água Branca, Zona Oeste). O objetivo é arrecadar
recursos para os trabalhos de assistência integral aos jovens e crianças abrigados pela entidade, e suas famílias. O show foi doado pela dupla, e a casa cedida pelos proprietários. Os convites podem ser adquiridos pelo telefone: (11) 3388-1007, com Márcia.
DOAÇÕES
O FACÃO DA VOLKS - 1 Em documento aos sindicatos metalúrgicos do ABC, Taubaté, São Carlos e Grande Curitiba, a Volkswagen oficializou o seu plano de reestruturação, que inclui a demissão de 5.776 funcionários até 2008 nas unidades de São Bernardo, Taubaté e São José dos Pinhais (PR) base da Força Sindical. Tudo pra melhorar a produtividade e reduzir custos.
Crianças ganham cobertores e calçados As crianças agradecem e exibem as doações recebidas
O FACÃO DA VOLKS - 2 A Volks tambêm quer implantar uma nova tabela salarial para novos contratados, com redução salarial de até 35%, aumentar o valor do plano médico – de 1% do salário para 3%; reduzir o tempo livre dos sindicalistas e estender a jornada de trabalho em até 8h semanais pra quem cometer falhas na produção.
CONVÊNIO Nosso Sindicato está acertando um convênio com a Caixa Econômica Federal para concessão de crédito consignado (desconto em folha) aos trabalhadores, com juros a partir de 1,75% ao mês. O convênio tambêm garante empréstimo para compra e reforma da casa própria e linha de crédito para pequenas e médias empresas.
ARRAIAL MEU GURI Neste período de festas, o Meu Guri promoveu o seu arraial no dia 1º de julho, em sua sede, na Serra da Cantareira, com quadrilha, comidas típicas e muita diversão para as crianças e adolescentes, familiares e convidados. Foi mais um momento especial para nossas crianças e adolescentes, que puderam estar com suas famílias e se confraternizarem com amigos e convidados da comunidade, da escola, da Força Sindical e do nosso Sindicato.
André, da Clóvis, entregou os calçados diretamente às crianças
Representantes da Calçados Clóvis e do banco Santander Banespa visitaram o Meu Guri no dia 30 de junho e levaram presentes para as crianças e adolescentes abrigados. A Clóvis doou pares de tênis e chuteiras para a garotada – em maio, André, dono da Clóvis, já havia doado chuteiras para os meninos. O
Santander doou cobertores. “Ficamos encantadas com o lugar e com as crianças. Vamos ver se fazemos uma parceria e conseguimos mais gente para fazer doações”, disse Márcia Ventura, gerente de Negócios Preferenciais do banco. A dupla de cantores Nilton e Nelton acompanhou as doações.
Crianças e adultos se misturaram para dançar a divertida quadrilha
APOSENTADOS O Congresso Nacional aprovou um reajuste de 16,67% aos aposentados e pensionistas do INSS que ganham mais de um salário mínimo. O governo já disse que vai vetar o aumento. Os aposentados tinham negociado um reajuste de 5%. Periga, agora, eles receberam apenas 3,14% da inflação do período.
A festa envolveu funcionários, amigos e famílias
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CONGRESSO CNTM
1º CONGRESSO NACIONAL DA CNTM Eleno, presidente do Sindicato e da CNTM, coordenou o Congresso
1º Congresso Nacional dos Metalúrgicos da Força Sindical, realizado nos dias 6 e 7 de junho de 2006, na cidade de Praia Grande/SP, foi um evento vitorioso. O Congresso reuniu 1.200 delegados metalúrgicos de 150 sindicatos e federações de todas as regiões do País, filiadas à CNTM, delegações internacionais dos EUA, Argentina, Venezuela, Itália, México, França e Chile, dirigentes sindicais de outras categorias profissionais, empresários, aposentados e representantes do Dieese, totalizando cerca de 1.500 pessoas. O Congresso aprovou as Resoluções e o Plano de Lutas dos Metalúrgicos da Força Sindical, instrumentos essenciais para a ação político-sindical da Confederação, Federações e Sindicatos, que deverão ser implementadas durante o mandato da atual direção, que vai até 2009. Entre os temas aprovados está o combate intenso à terceirização, que precariza as condições de trabalho e,
como uma epidemia, atinge todos os trabalhadores. “Estas Resoluções não se esgotam com a sua aprovação no Congresso. Elas continuam com o seu aprofundamento e planejamento para implementação efetiva das ações. Por isso, as federações e os sindicatos devem promover o debate em suas bases e colocar em prática o que foi deliberado no Congresso. Trata-se de um roteiro de ações sindicais dos metalúrgicos da Força Sindical para sua atuação no Brasil e no exterior”, afirma Eleno Bezerra, presidente da CNTM e do nosso Sindicato, e vice-presidente da Força Sindical. O Congresso foi palco também para o intercâmbio de informações sobre a conjuntura internacional, nacional e sindical de todas as posições políticas presentes no evento, principalmente nos textos apresentados na abertura do Congresso. O Congresso também aprovou uma pauta para os candidatos à Presidência da República (veja abaixo).
Para o secretário-geral do Sindicato, Miguel Torres, o Congresso mostrou que a categoria metalúrgica está preparada para influenciar nas reformas que virão DIRCE PEREIRA
O
Geraldino, secretário de Assuntos Sindicais da CNTM, trabalhou pela realização do Congresso e disse que a organização dos metalúrgicos dá o tom das ações para o resto do País
DIRCE PEREIRA
No primeiro dia do Congresso, os delegados fizeram uma saudação especial ao Brasil
PAUTA AOS PRESIDENCIÁVEIS O 1º Congresso da CNTM aprovou o encaminhamento de uma pauta aos candidatos à Presidência da República exigindo: programas de requalificação e qualificação profissional; mudança da política econômica voltada para a produção; reforma política; política industrial com investimentos para as pequenas e médias empresas; programa de segurança pública com medidas de combate às
causas da violência, e não apenas aos denado a 15 anos de prisão por particiseus efeitos. par e defender uma greve de petroleiros da Venezuela. Ortega está preso há MOÇÕES DE REPÚDIO dois anos. A denúncia foi feita no ConO Congresso aprovou uma moção de gresso da CNTM por José Jesus repúdio ao governo da Venezuela, pre- Mezzoni, presidente da Federação dos sidido por Hugo Chaves, pela persegui- Metalúrgicos da Venezuela e represenção política a dirigentes sindicais tante internacional da Fitim (Federação combativos. Uma das vítimas é o presi- Internacional dos Trabalhadores Metadente da CTV (Central de Trabalhado- lúrgicos), com sede em Genebra. A Fitim res da Venezuela), Carlos Ortega, con- representa cerca de 250 milhões de me-
talúrgicos no mundo. Outra moção de repúdio aprovada foi contra o governo do México, pela perseguição ao presidente do Sindicato dos Mineiros e Metalúrgicos do México, Napoleão Gomes, pela sua posição diante das mortes de 65 trabalhadores mineiros, ocorridas há três meses. O governo mexicano vem vasculhando a vida de Napoleão, segundo Mezzoni.
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REÚNE 1.500 DELEGADOS E SINDICALISTAS RESOLUÇÕES DO CONGRESSO
GRUPOS DE TRABALHO DIRCE PEREIRA
1. FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO DE DIRIGENTES - Organizar Escolas Regionais de Formação; - Negociar com as empresas a liberação do delegado sindical ou comissão de fábrica para eventos ou cursos das entidades sindicais;
GRUPO 1 Chiquinho, vice-presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, presidiu o grupo, que, como os demais, debateu as teses do Congresso pensando na importância das deliberações
2. NEGOCIAÇÃO NACIONAL ARTICULADA DE TRABALHO - Fixar a data-base nacional dos metalúrgicos em 1º de novembro; - Negociar um piso salarial nacional para a categoria metalúrgica; - Fazer evoluir a Negociação Nacional para o Contrato Coletivo de Trabalho, respeitando sempre a autonomia do sindicato de base; 3. QUALIFICAÇÃO E REQUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL - Reivindicar recursos do FAT para qualificação e requalificação; - Fazer convênio com o Planseq (Plano Setorial de Qualificação), do MTE, para a qualificação profissional no âmbito da CNTM; 4. REFORMAS SINDICAL E TRABALHISTA - Desenvolver discussões a partir de plenárias nos sindicatos; - Pela organização no local de trabalho e estabilidade dos delegados; - Modernizar as relações de trabalho, sem perda de direitos; - Combater a terceirização e estender as Convenções Coletivas aos terceirizados;
DIRCE PEREIRA
GRUPO 2 Tadeu, vice-presidente do Sindicato, foi o relator do grupo, que reuniu diretores e assessores do Sindicato e delegados de outros Estados
DIRCE PEREIRA
5. JUROS, CARGA TRIBUTÁRIA E CÂMBIO - Pressionar pela redução da Carga Tributária; - Exigir maior fiscalização contra a pirataria;
GRUPO 3 O diretor Ceará (na mesa, de boné) foi o relator do grupo, que contou com a participação de diretores e assessores do nosso Sindicato, além de delegados de outras entidades sindicais
6. REFORMA POLÍTICA - Exigir o fim da votação secreta no Congresso Nacional; - Exigir a fidelidade partidária; - Pressionar por uma política salarial para os Congressistas com regras claras, inclusive para as aposentadorias de deputados e senadores; 7. DEPARTAMENTO DE SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE - Criação de um departamento destinado aos assuntos sobre Saúde, Segurança e Meio Ambiente; 8. CRIAÇÃO DE DEPARTAMENTO DA JUVENTUDE, MULHERES E DEFICIENTES FÍSICOS E CONTRA O TRABALHO ESCRAVO 9. PREVIDÊNCIA SOCIAL - Questionar o critério de cálculo dos benefícios, que inclui o fator previdenciário, que achata as aposentadorias. O fator vigora desde 99.
GRUPO 4 Presidido pelo companheiro Pereira, dos metalúrgicos de Guarulhos, o grupo foi integrado por diretores e assessores do nosso Sindicato
DELEGAÇÕES INTERNACIONAIS Em pé, da esquerda para a direita: Angel Zerpa Mirabal (Orit - Org. Regional Interamericana de Trabalhadores); Jorge Campos (Fitim - Fed. Intern. dos Metalúrgicos); Osvaldo Lobato e Raul Orviedo (Argentina); Eleno; James Whitmori (Estados Unidos); Jesus Vitor Armada (Argentina); Ben Hallas (EUA): Guido Moretti (União Italiana del Lavoro); Angel Recupero (Argentina); José Jesus Mezzoni (Fed. Metal. Venezuela); Carolyn Kazdin (EUA); Agachados: (dir.) Daniel Gomes (Argentina); Fábio Porta (UIL); Gerard Ramirez (CGT-FO França)
O Sindicato na TV As imagens do 1º Congresso Nacional da CNTM estão nos sites do Sindicato e da CNTM. Assista ao vídeo e conheça as posições dos dirigentes metalúrgicos e delegados do evento, acessando www.metalurgicos.org.br ou www.cntm.org.br
FORÇA ESPORTE CLUBE
Bem perto da classificação
O
Força Esporte Clube está indo muito bem na 2ª Divisão do Campeonato Paulista Profissional. No dia 2 de julho, venceu por 3X0 a Lençoense, em jogo disputado em Lençóis Paulista. Com esta vitória, o Força manteve-se em segundo lugar na Chave, com os mesmos 22 pontos do 1º colocado, o Campinas. Nosso time perde apenas no critério saldo de gols. Faltam apenas duas rodadas para o final da fase (são 12 jogos no total). O artilheiro do Força, com quatro gols, é o atacante Pelezinho. Os outros times da Chave são Sumaré, Capivariano, Atibaia e Campo Limpo. “Temos de manter a boa fase e buscar a classificação para a próxi-
FEC: 2º lugar na chave, só precisa de um ponto para se classificar
ma etapa. Time para isto a gente tem”, afirma Valdir Pereira, presidente do Força e diretor do Sindicato. O Força necessita de apenas um ponto para se classificar. O próximo jogo será contra o Campinas, no dia 16 de julho. Ao final do Campeonato, os quatro melhores colocados passam para a Série A3.
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CÂMARA MUNICIPAL
Cláudio Prado: Inclusão Social CPI DE SANGUESSUGA
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Vem aí mais uma CPI: a dos sanguessugas, para apurar o esquema de venda superfaturada de ambulâncias para prefeituras. Como se não bastasse mais essa corrupção, três deputados acusados pela ex-servidora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino de integrar o esquema foram indicados por seus partidos para integrar a CPI. Fala sério!
SANGUESSUGA LIVRE A Justiça Federal concedeu liberdade a 17 das 54 pessoas que tinham sido presas acusadas de participar da quadrilha que fraudava licitações de ambulâncias. Elas vão esperar o julgamento em liberdade. Entre os presos estão servidores públicos, empresários e assessores parlamentares que agiam em prefeituras, no Ministério da Saúde e no Congresso. Mais de mil ambulâncias teriam sido compradas ilegalmente, cada uma, em média, por R$ 100 mil.
CONSUMIDOR NA FILA A 1ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do ESP manteve decisão da Vara da Fazenda Pública e desobrigou os bancos de cumprir a lei das filas. Além disso, negou recurso da Prefeitura para que os bancos pusessem mais caixas para reduzir o tempo de espera nas filas. A lei das filas obrigava os bancos a atender entre 15 até 30 minutos, conforme o dia da semana.
NOTA DE FALECIMENTO
Nosso adeus ao seu Manoel
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utros parques e praças públicas ganharão, nos próximos meses, brinquedos adaptados para crianças com deficiência física. A instalação dos brinquedos está prevista na Lei Municipal 14.090, de autoria do vereador Cláudio Prado, aprovada em 2005. Os primeiros brinquedos foram instalados na Praça Japurá, Jabaquara, Zona Sul da capital. O sucesso da lei incentivou a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, e outras Subprefeituras, a instalarem esses brinquedos nos parques Ibirapuera, Trianon e do Carmo ainda este ano. A praça do Samba, em Perus, Zona Oeste, também terá esses equipamentos.
Para Cláudio Prado, a intenção é integrar as crianças portadoras de deficiência física com as demais crianças e a sociedade, além de incentivar o executivo a investir nessas crianças. “Uma criança especial, além de dificuldades físicas, enfrenta um obstáculo ainda maior: a dificuldade de se integrar à sociedade, principalmente com crianças de sua idade e sem problemas de saúde. Além dessas dificuldades, os investimentos em equipaVereador Cláudio Prado mentos para facilitar a vida dessas pessoas sempre ficam em segundo pla- pessoas com alguma deficiência física ou no”, diz o vereador. motora. Dessas, cerca de 200 mil são Na Capital existem mais de 450 mil crianças.
ONTEM E HOJE
Bem-vindos, aposentados metalúrgicos A
Atmasp (Associação dos Metalúrgicos Aposentados de São Paulo), que funcionava na rua do Carmo, agora está no Sindicato, na rua Galvão Bueno, 782, 2º andar, sala 207, Liberdade. “Este novo espaço pode ser utilizado para uma volta às origens, porque nós somos metalúrgicos. Queremos mudar o enfoque da Atmasp, para cuidar da memória metalúrgica e, nessa nova etapa, contamos com o apoio do Eleno (nosso presidente)”, disse Fortunato, presidente da Atmasp e líder dos piqueteiros do passado. Fundada em janeiro de 1973, a Atmasp tem 1.100 sócios ativos e 8.400 cadastrados. “É obrigação minha preser-
var o espaço dos aposentados. Vocês prepararam o caminho e construíram este Sindicato. Também serei um aposentado amanhã e, como vocês, defenderei a causa dos aposentados. O companheiro Paulinho, licenciado da Força Sindical, também pensa da mesma forma, pois cada um aqui tem muitas histórias pra contar, Eleno, presidente do Sindicato, ao lado de Fortunato, histórias que fizeram o movimenfala da sua obrigação em apoiar os aposentados to sindical e consolidaram suas conquistas”, disse Eleno. sentados. “É obrigação nossa, que estaDe acordo com o sindicalista, a tesou- mos na ativa, respeitar, lutar e cuidar dos reira licenciada do Sindicato, Elza, aposentados e aposentadas que nos pretambêm reconhece a trajetória dos apo- cederam na luta trabalhista”, afirmou.
DIRETORIA NAS FÁBRICAS
LUTAS E CONQUISTAS Acompanhe nas páginas 7 e 8 algumas ações da diretoria e assessoria do Sindicato nas fábricas, que resultaram na conquista da PLR e de outros benefícios para os trabalhadores metalúrgicos. A luta constante é uma determinação do Plano de Lutas de 2006, aprovado no Encontro de Delegados Sindicais realizado em fevereiro deste ano.
65 greves/paralisações em 5 meses Nosso companheiro Manoel Felix de Sousa, que cuidava da lanchonete do Clube de Campo em Mogi há mais de seis anos, faleceu no dia 10 de junho, aos 75 anos de idade. Manoel era natural do Ceará e um homem batalhador. Foi seringueiro no Amazonas, vidreiro e pedreiro em São Paulo. Mesmo aposentado, continuou trabalhando e, sempre com o seu tradicional chapéu de couro, que ganhou do filho Tadeu, vice-presidente do Sindicato, veio servir os trabalhadores, diretores, assessores e demais visitantes que passavam pelo Clube de Campo, a trabalho ou lazer. Aos familiares e amigos os nossos sentimentos por esta perda.
e fevereiro a junho deste ano, aconteceram na nossa base 65 greves/ paralisações, envolvendo 4 mil trabalhadores. Os motivos das paralisações são diversos: café da manhã, pagamento de férias, de horas-extras, vale-transporte, depósitos do FGTS, pagamentos ao INSS, cesta básica, reintegração de cipeiros, formação da CIPA, mudança de empresa para outro município. Mas a maioria foi por atraso de pagamento de salário e PLR. No caso de mudança de empresa citamos a Caloi, que transferiu a produção de Santo Amaro para Atibaia. “Paramos a fábrica para exigir uma saída negociável e impedir as demissões”,
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afirma Miguel Eduardo Torres, secretário-geral do Sindicato. As greves também levaram duas empresas ao Tribunal Regional do Trabalho: a Niagara, que pagou seis dias pela PLR, e a Abe Eletrônica, que parou por três dias e conquistou PLR e CIPA. Miguel comanda assembléia de protesto “São atividades que à mudança da Caloi fazem parte do dia-a-dia da diretoria e assessoria, que também te salarial e PLR. São movimentos por ajudam outros sindicatos, como o dos direitos legítimos, nem sempre são rescompanheiros da Mitsubishi, em Goiás, peitados pelos patrões, e por ganhos fique estavam em campanha pelo reajus- nanceiros”, afirma Miguel.
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DIRETORIA NAS FÁBRICAS
LUTAS E CONQUISTAS NAS FÁBRICAS SABÓ: PARALISAÇÃO PELA PLR Os trabalhadores da autopeças Sabó, na Zona Oeste, precisaram cruzar os braços durante três horas, no dia 31 de maio, para forçar a empresa a negociar a PLR. O diretor Ceará ficou no pé da Sabó e mobilizou os trabalhadores para uma nova paralisação, caso as negociações emperrassem. A pressão deu resultado. No dia 20/6, em uma assembléia com a participação do presidente, Eleno, os trabalhadores aprovaram a PLR de R$ 1.304,00, que será paga em duas parcelas, em 3 de julho e no último dia útil de janeiro/07. A luta continua pela cesta básica e pelo sábado livre. A fábrica tem 3 mil funcionários.
POINT DISPLAY: TÍQUETE-REFEIÇÃO Os cerca de 300 companheiros da Point Display e os cerca de 400 da Lopsa, na Zona Leste, conquistaram o tíquete-refeição, respectivamente, no valor de R$ 4,00 e R$ 5,00. Até então, o pessoal levava a comida de casa e almoçava no refeitório da empresa, ou fazia as refeições em restaurantes ou bares próximos às empresas, segundo o diretor Luisinho. • Na Zanetini Barossi (foto), os trabalhadores aprovaram a PLR deste ano, no valor de R$ 1.350, a ser paga em duas parcelas. A empresa tem cerca de 800 funcionários. A PLR também está garantida na BSH Continental, no valor de R$ 1.200, com pagamento em duas parcelas, em julho/06 e janeiro/07.
ITAUTEC: ATENÇÃO À 2ª PARCELA DA PLR Os companheiros da Itautec, na Zona Leste, receberam em março a primeira parcela da PLR de 2006, no valor de R$ 500. O valor da segunda parcela está sendo negociado pelo diretor Carlão, que está atento ao fato de a empresa sempre negociar a primeira parcela e se recusar a negociar a complementação do benefício. A mobilização é importante para garantir o pagamento total. Se a segunda parcela não sair, a empresa será paralisada. A Itautec tem 600 trabalhadores na produção e 2 mil técnicos no País.
FAG: GRANA BOA Os mil trabalhadores da Rolamentos Fag (foto), na Zona Sul, vão receber uma PLR de R$ 1.800, em duas parcelas, sendo R$ 1.200 no dia 3 de julho e R$ 600 em janeiro/07. Segundo o diretor Martelozo, se os trabalhadores atingirem as metas em 100%, o valor da PLR será equiparado ao da Rolamentos Ina, empresa do mesmo grupo, em Sorocaba, que é superior ao da Fag. • Os companheiros da autopeças Diehl do Brasil vão receber uma PLR de R$ 1.500, que pode chegar a R$ 2 mil caso eles atinjam as metas máximas fixadas. O benefício será pago em duas parcelas, em junho/06 e janeiro/07. WERTHER SANTANA
RADIAL: PRIMEIRA PLR A Radial Ind. Metalúrgica, em Itaquera, Zona Leste, vai pagar este ano, pela primeira vez, o benefício da PLR. Em negociação, a empresa fechou acordo com o Sindicato garantindo a PLR de 2005 e de 2006 aos trabalhadores. Segundo o diretor Mendonça, a PLR do ano passado, no valor de R$ 150, será paga em parcela única no dia 30 deste mês. A deste ano, no valor de R$ 350, com metas, será paga em duas parcelas, em 30/12/06 e 15/4/07. A cesta básica também melhorou. Agora, tem mais gêneros alimentícios. A empresa fabrica tomadas, interruptores e tem 90 funcionários.
PTI: ATÉ UM SALÁRIO NOMINAL A PLR na PTI do Brasil e na Redutores Transmontec (foto), na Zona Sul, pode chegar a um salário nominal se os trabalhadores atingirem as metas negociadas com a empresa. Um valor mínimo de R$ 650 já está garantido, segundo o diretor Edson. O pagamento aos 380 trabalhadores das duas empresas será feito em parcela única, em janeiro de 2007. • Os companheiros da Policon pararam por duas horas no dia 11 de junho e garantiram café da manhã, a partir de agosto, e uma PLR de R$ 480, a ser paga em duas parcelas, em julho/06 e janeiro/07. As horas paradas não serão descontadas. IUGO KOYAMA
GD: PLR APROVADA Os trabalhadores da fábrica de máquinas GD do Brasil, na Zona Norte, aprovaram em assembléia a PLR de 2006. O valor do benefício pode chegar a R$ 2.194 se as metas forem alcançadas. Segundo o diretor Adnaldo, os trabalhadores já alcançaram uma pontuação que garante um prêmio de R$ 548, a ser pago no dia 15 de agosto. A segunda parcela da PLR será paga no dia 15 de fevereiro de 2007. A empresa tem 300 funcionários.
COSINOX: CUMPRINDO A META Os trabalhadores da Cosinox, no Cambuci, aprovaram a PLR de 2006, condicionada ao alcance das metas. A primeira parcela, de R$ 300, será paga em julho e, a segunda, de R$ 500, em dezembro. O valor total pode chegar a R$ 880, se as metas forem ultrapassadas em 10%. Segundo o diretor Milton Brum, a meta do primeiro semestre já está cumprida. A empresa, que corta chapas de aço, tem 130 trabalhadores. WERTHER SANTANA
FIEL: GREVE PELO SALÁRIO E FÉRIAS Os 180 trabalhadores da fábrica de móveis Fiel, na Zona Leste, fizeram greve durante três dias em maio para garantir o pagamento dos salários, das férias e dos depósitos do FGTS. A luta foi vitoriosa, a empresa regularizou o pagamento dos salários e das férias e, até o final do mês, vai apresentar uma proposta para depositar as parcelas do Fundo de Garantia que, estão em atraso. Segundo o diretor José Luiz, metade das horas paradas será paga pela empresa, e a outra metade pelos funcionários, sem prejuízo do DSR e das férias.
CARTEC: PLR APROVADA Os 350 trabalhadores da autopeças Cartec, na Zona Leste, aprovaram a proposta de PLR negociada com a empresa, no valor de R$ 660, sem obrigatoriedade de metas. Segundo o diretor Jefferson, o benefício será pago em duas parcelas, em agosto/ 06 e março/07. • Os companheiros da Sicap, na Zona Leste, vão receber uma PLR de R$ 500, se atingirem as metas estipuladas no acordo. Se não atingirem, eles já têm garantido um benefício mínimo de R$ 400, a ser pago em duas parcelas, até 30 deste mês e 28 de fevereiro/07, segundo Jefferson. A empresa tem 150 funcionários.
8 - o metalúrgico
JUNHO DE 2006
DIRETORIA NAS FÁBRICAS
LUTAS E CONQUISTAS ABLE: GREVE GARANTE PLR E CIPA Depois de uma greve de quatro dias, os 60 companheiros da Able Eletronic, na Zona Norte, conquistaram a PLR deste ano, no valor de R$ 350, e a CIPA. A PLR será paga em duas parcelas, neste mes e em janeiro/ 07. A eleição da CIPA será em agosto. Segundo o diretor Maloca, a empresa nunca havia pago PLR e não tinha comissão de prevenção de acidentes de trabalho.
ASTA: CESTA BÁSICA Os 90 trabalhadores da Asta Instrumentação, fabricante de manômetros, termômetros etc., na zona sul, conquistaram cesta básica mensal, gratuita, e a PLR de 2006, no valor R$ 541,20, correspondente a um piso salarial da categoria. Segundo o diretor Malla, a cesta vem sendo entregue aos trabalhadores desde maio. Já a PLR será paga em duas parcelas, nos meses de junho e dezembro/06. FABIANA ALVES
MONARK: PLR NO BOLSO Os 180 trabalhadores da Monark (foto), na Zona Sul, receberam a primeira parcela da PLR de 2006 no dia 20 deste mês. A segunda parcela será paga no dia 20 de dezembro deste ano. O valor total do benefício chega a R$ 1.030, segundo o diretor Geléia. • Na Niagara, os trabalhadores fizeram uma greve de seis dias – de 30/5 a 4 de junho – pelo pagamento da PLR. A negociação foi parar no Tribunal Regional do Trabalho, onde ficou acertada uma participação de R$ 600, de acordo com o cumprimento das metas, a ser paga em duas parcelas, em setembro (R$ 200) e março/07 (R$ 400). O pessoal ganhou estabilidade no emprego até o dia 10 de julho, vai compensar dois dias parados, pagar dois dias e ganhar dois dias.
WEG: PLR PARA ADMINISTRATIVOS O diretor Mineiro, responsável por negociar benefícios para os funcionários do setor administrativo ou de escritórios de empresas do ramo metalúrgico, fechou o acordo de PLR de 2006 com a Weg Equipamentos Elétricos, que garante o pagamento do benefício aos 160 funcionários da Capital, extensivo às unidades de Guarulhos e Santa Catarina, totalizando 12.500 funcionários. O valor a ser distribuído será de até 12,5% do lucro líquido estipulado, condicionado ao alcance de 100% das metas estabelecidas no acordo. As negociações tiveram a participação de uma comissão de funcionários. O benefício será pago com a mesma periodicidade e na mesma data de pagamento dos dividendos da empresa aos seus acionistas.
TUBOCAP: PLR COM AMEAÇA DE GREVE Foi preciso uma ameaça de greve para a Tubocap (foto), fabricante de embalagens de alumínio, na Zona Oeste, pagar os salários dos 350 funcionários, que estavam atrasados, e acertar o valor da PLR. Os trabalhadores vão receber R$ 550 de benefício, em duas parcelas, no dia 30 deste mês e em fevereiro de 2007, segundo o diretor Teco, que comandou o movimento na empresa e negociou a PLR dos funcionários. •Na Metalúrgica Atlas, os trabalhadores vão receber a PLR de 2006 dentro deste mesmo ano. O valor, aprovado em assembléia comandada pelo diretor Teco, é de R$ 1.000, que será pago em duas parcelas, em 30 de junho e 30 de dezembro.
SCHNEIDER: MAIS UMA CONQUISTA Os trabalhadores da Schneider, em Mogi das Cruzes, conquistaram uma PLR equivalente a 1,8 salário do trabalhador, desde que atinjam as metas estabelecidas no acordo. Mas o pessoal já tem garantido um valor mínimo do benefício de R$ 1.030, segundo o diretor Arakém. A empresa fabrica disjuntores e dispositivos na área de automação e tem cerca de 320 funcionários.
TOYODA: PLR SOBE COM METAS Na Toyoda Koki do Brasil (foto), na Zona Leste, a negociação pela PLR resultou num acordo que garante um benefício minimo de R$ 300 aos trabalhadores, se o lucro final da empresa bater em R$ 2,5 milhões. Se o lucro final chegar a R$ 4 milhões, a PLR sobe para R$ 600. Se essa meta for ultrapassada, os trabalhadores terão direito a um abono de R$ 300, o que totaliza R$ 900 de PLR, segundo o diretor João DD. No dia 5 de julho, a empresa vai pagar uma antecipação de R$ 300 aos 52 funcionários. • Em outra negociação, o diretor garantiu aos companheiros do grupo Majam uma PLR de R$ 580, com pagamento em duas parcelas, em outubro próximo e março de 2007. A empresa tem 200 funcionários.
INVENSYS: JORNADA MENOR O pessoal da produção da Invensys, na Zona Oeste, está trabalhando 40 horas semanais desde maio, sem redução de salário. O pessoal administrativo da empresa também conquistou a redução da jornada, sem redução salarial. A jornada será reduzida em uma hora por trimestre a partir de 21 de junho, até chegar a 40h, em abril de 2007. Hoje, eles trabalham 44h semanais. A empresa tem 350 funcionários. Os trabalhadores também estão com a PLR de 2006 garantida. O benefício, negociado pelo diretor David, é de R$ 1.100, e será pago aos trabalhadores em duas parcelas. A primeira, de R$ 450, será paga em 10 de outubro, e o saldo, de R$ 650, em abril de 2007, de acordo com as metas estipuladas.
ESTAMPTEC: 1ª GREVE E 1ª PLR Os 150 trabalhadores da Estamptec (foto), na Zona Leste, quebraram a rigidez da empresa, que nunca havia negociado a PLR nem sofrido uma greve. Depois de uma paralisação de uma hora, no dia 10 de maio, os trabalhadores conquistaram o benefício equivalente a R$ 715,20, a ser pago em duas parcelas, em 30 de junho e 30 de dezembro deste ano. O movimento foi comandado pelo diretor Valdir Pereira. • Na Indal (estamparia de peças), os 35 trabalhadores vão receber R$ 541 equivalente ao piso da categoria, em junho e dezembro/06. • Na Armco do Brasil (laminação de chapas de aço), se cumprirem o nível 1 de metas, os trabalhadores vão receber R$ 1.900 de PLR. Se atingirem o nível 2, a PLR será de R$ 2.300. O pagamento será feito em duas parcelas, em agosto/06 e março/07. A empresa tem 680 trabalhadores.
RUD: GRANA EXTRA Os 120 companheiros da Rud Correntes e os 225 da Cebal, em Mogi, já garantiram uma grana extra este ano com os acordos de PLR. Segundo o diretor Paulão, na Rud, os trabalhadores receberam em maio, em parcela única, a PLR de 2005, no valor de R$ 450. A de 2006 será paga em maio/07, no valor de R$ 495.• Na Cebal, a conquista de R$ 605,15 será paga em duas parcelas, em julho/07 e fevereiro/07.