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NOVEMBRO DE 2011
ANO 68 – Nº 579
VITORIA! aumenTo salarial salarial conquistado pela categoria é de até O aumento 12,11%. Esse percentual leva em conta o aumento ga-
rantido aos pisos salariais, que terão reajuste correspondente à inflação dos últimos 12 meses medida pelo INPC (6,66%), mais aumento real (acima da inflação) variando entre 3,13% e 5,11%, conforme o grupo patronal. Os demais salários terão 10% de aumento, incluindo 3,13% de aumento real. A categoria também receberá abonos de 26% e 28%. É o melhor aumento salarial conquistado por uma categoria profissional neste ano, junto com as montadoras. “Superamos
São Paulo e Mogi das Cru
zes
Time da Radial Metal é o campeão da 3ª copa de Futebol dos Metalúrgicos. Pág. 16
é de aTé
o discurso de crise mundial dos patrões e garantimos um dos maiores aumentos reais de todos os tempos, compatível com o crescimento da produção e da produtividade das empresas”, disse o presidente do Sindicato, Miguel Torres. Segundo Miguel, a conquista é resultado da mobilização e da garra da categoria, que foi à luta, mostrou disposição de ir à greve pelo seu salário e fortaleceu o comando dos trabalhadores na mesa de negociação com os patrões. Leia mais e veja o resumo da campanha nas páginas 8, 9, 10, 11, 12 e 13
aViso préVio
encimesp
Sindicato entra com ações na Justiça para cobrar aviso prévio proporcional para demitidos nos últimos dois anos. Pág. 3
11º encontro de cipeiros Metalúrgicos: trabalhadores cobram mais tempo para atuar nas fábricas. Pág. 14
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editorial
a força da mobilização foi vitoriosa
L
utamos muito para conquistar o merecido aumento real para a categoria nesta Campanha Salarial 2011. Debatemos e definimos a pauta de reivindicações em assembleias no Sindicato, fizemos mobilizações diárias nas portas de fábrica, realizamos três grandes atos nas regiões sul, leste e em Mogi das Cruzes e, com este apoio, nos fortalecemos nas negociações com os setores patronais. Derrubamos a choradeira de crise dos patrões e os argumentos de que reajuste salarial gera inflação. Derrubamos, enfim, todas as dificuldades criadas pelos patrões nas rodadas de negociação mantidas pelo comando da Campanha Salarial, integrado por representantes do nosso Sindicato e de outros 53 sindicatos filiados à Federação dos Metalúrgicos no Estado e à Força Sindical. Merece reconhecimento a participação dos companheiros e companheiras na assembleia decisiva, no domingo, dia 30, na rua Galvão Bueno, para deliberar sobre as propostas patronais, rejeitá-las, e decretar estado de greve. A pressão deu resultado e os patrões artigo
PAULO SEGURA
foram obrigados a melhorar suas ofertas. Dessa forma, conquistamos um aumento salarial melhor, condizente com o esforço diário da categoria para o crescimento produtivo das empresas durante o ano todo, e avançamos em itens econômicos e sociais. Parabéns a todos e todas pela mobilização, consciência de classe e disposição de lutar por mais esta histórica conquista salarial, que beneficiará toda a família metalúrgica e servirá de parâmetro para as demais categorias em campanha neste segundo semestre. Com mais dinheiro no bolso, a classe trabalhadora terá mais poder de compra para consumir, colaborar com o setor produtivo e, consequentemente, com o ritmo de crescimento econômico do País perante um cenário mundial ainda muito complicado. MiGUeL TORReS Presidente do Sindicato e vice-presidente da Força Sindical
aumento real para as aposentadorias já!
C
onclamo os metalúrgicos a apoiarem a mobilização para sensibilizar o governo e o Congresso Nacional para a importância de reajustar os benefícios dos aposentados e pensionistas que ganham mais de um salário mínimo com ganho real (acima da inflação do período). Eu e o deputado Arnaldo Faria de Sá protocolamos uma emenda parlamentar propondo um reajuste equivalente a 80% do PIB mais a inflação dos 12 meses, o que vai beneficiar cerca de 9 milhões de aposentados e pensionistas no Brasil com um reajuste de 11,7%. Este índice de recomposição ajudará a economia num momento de crise. É que o aumento do poder aquisitivo do povo gera mais consumo, mais produção e mais emprego. A emenda recebeu o apoio dos líderes do PDT, PTB, PSDB, PPS e PR, representando cerca
o metalúrgico NOVEMBRO DE 2011 Ano 68 – Edição nº 579 “o metalúrgico” é o órgão oficial do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo e Mogi das Cruzes Sede SP - Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade CEP 01506-000 - São Paulo/SP - Fone (11) 3388-1000 Sede Mogi - Rua Afonso Pena, 137, Vila Tietê CEP 08770-330 - Mogi das Cruzes/SP Fone (11) 4699-8700/8701 - Fax (11) 4699-8702
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PAULO SEGURA
de um terço dos parlamentares da Câmara dos Deputados, mas a mobilização e a pressão da população sobre os políticos são fundamentais. Como a bancada sindical é minoria no Congresso, só aprovamos leis favoráveis aos trabalhadores com muita gente nas ruas, com luta, passeatas e paralisações. Se ficarmos parados perdemos no voto. Depois de apresentarmos as propostas, mostrando de onde poderão ser tirados os recursos para bancar o aumento real dos aposentados, será pressão total para que a emenda seja aprovada. Os aposentados farão vigília permanente no Congresso Nacional. PAULO PeReiRA dA SiLvA, PAULiNhO Presidente da Força Sindical e deputado Federal - PDT/SP diretores (Sede SP): Adnaldo Ferreira de Oliveira, Antonio Raimundo Pereira de Souza (Mala), Carlos Andreu Ortiz (Ortiz), Carlos Augusto dos Santos (Carlão), Cícero Santos Mendonça, Cláudio do Prado Nogueira, David Martins Carvalho, Edson Barbosa Passos, Elza Costa Pereira, Eraldo de Alcântara (Maloca), Eufrozino Pereira, Francisco Roberto Sargento, Geraldino dos Santos Silva, Jefferson Coriteac, João Aparecido Dias (João DD), João Carlos Gonçalves (Juruna), Jorge Carlos de Morais (Arakém), José Francisco Campos, José Luiz de Oliveira, José Maurício da Silva (Cea-
direitos Trabalhistas Conheça seus direitos para não ser prejudicado. Nesta edição, ´o metalúrgico´ informa sobre descontos que podem ser feitos no holerite. Fique atento para não sofrer descontos indevidos e, assim, reclamar junto à empresa. Confira abaixo:
o empregador só pode descontar do salário do empregado o que a lei autoriza, ou seja: • Falta ao serviço não justificada (os atestados não são descontados) • Reflexos das faltas sobre o repouso semanal, férias e 13º salário • Vale-alimentação (de até 20% do salário) • Vale-transporte (até 6% do salário básico) • Até 25% do salário a título de moradia • Contribuição previdenciária (INSS) • Imposto de Renda • Convênio médico (plano empresarial) • Empréstimo consignado • Cooperativa de crédito - convênio Qualquer outro desconto só pode ser efetuado se autorizado PREVIAMENTE por escrito pelo empregado.
Dica de
S
IUGO KOYAMA
aúde
Fibras e saÚde Todos sabemos da importância da alimentação correta para a saúde em geral, para um envelhecimento saudável, e das consequências da má nutrição, como geradora de doenças crônicas. Muitos leitores já devem ter recebido orientação de seus médicos para uma dieta rica em fibras. Nos dias de hoje, as pessoas ingerem poucas frutas e vegetais, dando preferência a alimentos gordurosos, carne vermelha e produtos industrializados vendidos em caixinhas, latas, saquinhos de plástico e alumínio, e assim acabam sofrendo cada vez mais cedo de doenças do aparelho digestivo e uma série de doenças crônicas, justamente por falta de fibras na comida. Entre estas doenças citamos a Obesidade, Diabetes, Colesterol alto (que predispõe ao Infarto e Derrame), Prisão de Ventre, Câncer do Intestino. As fibras são elementos encontrados nos vegetais (verduras, frutas, legumes e cereais) e não são absorvidas pelo intestino. Elas aceleram o trânsito intestinal, o que faz o açúcar e o colesterol serem menos absorvidos, baixando seu nível no sangue, além
rá), José Silva Santos (zé Silva), Juarez Martelozo Ramos, Lourival Aparecido da Silva, Luiz Antonio de Medeiros, Luís Carlos de Oliveira (Luisinho), Luiz Valentim Damasceno Filho, Maria Euzilene Nogueira (Leninha), Miguel Eduardo Torres, Milton Eduardo Brum, Nelson Aparecido Cardim (Xepa), Paulo Pereira da Silva (Paulinho), Pedro Nepomuceno de S. Filho (Pedrinho), Ricardo Rodrigues (Teco), Tadeu Morais de Sousa e Valdir Pereira da Silva Sede de Mogi das cruzes: Paulo Fernandes de Souza (Paulão), Sales José da Silva e Sílvio Bernardo
Dr. Fernando J. Lia C. Araujo
de reduzir a chance de câncer do intestino. Pesquisas mostram que nos países onde as pessoas ingerem mais alimentos gordurosos e industrializados há mais casos de câncer de mamas, próstata e intestino.
ALGUNS ALIMENToS RICoS EM FIBRAS: FRUTAS: maçã, pêra, morango, laranja, melancia, frutas secas (amendoim, passas, nozes) VEGETAIS: brócolis, couve-flor, couve, cenoura crua, milho, cebola, vagem, ervilhas, abóbora. CEREAIS: aveia, alimentos feitos com farinha integral, arroz integral.
diretor Responsável Miguel Eduardo Torres edição e Redação Débora Gonçalves - MTb 13.083 Val Gomes - MTb 20.985 Fotografia Jaélcio Santana diagramação Rodney Simões Vanderlei Tavares impressão BANGRAF Tiragem: 300 mil exemplares
o metalúrgico - 3
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departamento JurÍdico
Vamos cobrar o aviso prévio proporcional na justiça N
osso Sindicato vai cobrar na Justiça o aviso prévio de até 90 dias, proporcional ao tempo de serviço, para os metalúrgicos demitidos nos últimos dois anos e que tenham trabalhado mais de um ano na empresa. Os interessados podem procurar o Departamento Jurídico do Sindicato com os documentos (veja ao lado) para dar entrada na ação. O aviso prévio proporcional agora é lei. Entrou em vigor no dia 13 de outubro, após ser sancionado pela presidente Dilma. “Já atendemos mais de três mil trabalhadores metalúrgicos demitidos e estamos preparando as ações, que são individuais, para dar entrada na Justiça”, afirma o diretor cícero Mendonça, responsável pelo Departamento Jurídico. “Entendemos que esta não é uma lei nova, mas a regulamentação de um direito garantido na Constituição desde 1988. Além disso, estamos nos baseando na legislação trabalhista, que garante prazo de até dois anos a partir da rescisão do contrato para o trabalhador entrar na Justiça cobrando direitos não recebidos dos últimos cinco anos”, afirma o presidente Miguel Torres. Pela nova lei, o trabalhador tem direito ao aviso
prévio mínimo de 30 dias, acrescido de mais três dias a cada ano de trabalho prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 dias. Isso significa que a partir de 20 anos trabalhados, o trabalhador terá direito a 90 dias de aviso.
Diretor Mendonça e presidente Miguel no atendimento aos trabalhadores
PAULiNhO NeGOciOU cOM O cONGReSSO Este direito do trabalhador foi garantido depois que o Supremo Tribunal Federal julgou uma ação de quatro trabalhadores, dando ganho de causa a eles. A partir daí, o deputado Paulinho da Força (PDT-SP) conseguiu desengavetar um projeto que estava parado há anos na Câmara dos Deputados e negociou com o presidente da Casa e outros parlamentares para colocar o projeto em votação. Paulinho considerou a sanção do projeto de lei uma ampliação dos direitos dos trabalhadores e um avanço social. “A medida vai reduzir a rotatividade no emprego, e é uma demonstração de sensibilidade social do Congresso e da presidente Dilma Rousseff”, afirmou.
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS carteira de trabalho comprovante de residência com cópia Original e cópia do termo de rescisão do contrato de trabalho, do RG e do PiS
tempo de traBalho
1 ano até 2 anos 3 anos 4 anos 5 anos 6 anos 7 anos 8 anos 9 anos 10 anos 11 anos
até
aviso prÉvio de
30 33 36 39 42 45 48 51 54 57 60
dias dias dias dias dias dias dias dias dias dias
tempo de traBalho
12 anos 13 anos 14 anos 15 anos 16 anos 17 anos 18 anos 19 anos 20 anos 21 anos
aviso prÉvio de
63 66 69 72 75 78 81 84 87 90
dias dias dias dias dias dias dias dias dias dias
dias
histÓria
conferÊncia
nosso sindicato na luta pelo Trabalho decente
Força sindical lança livro sobre seus 20 anos
PAULO SEGURA
N
Mesa da plenária da conferência realizada em Praia Gande
osso Sindicato participou das plenárias preparatórias para a 1ª Conferência Estadual de Emprego e Trabalho Decente do Estado de São Paulo, que será realizada nos dias 24 e 25 de novembro, no Memorial da América Latina, em São Paulo. O diretor Roberto Sargento esteve nas plenárias em Tupã, Americana e Praia Grande e contou que estes eventos reúnem as centrais sindicais, empresários, governo e sociedade civil organizada. As propostas tiradas nos encontros serão debatidas nas etapas estadual e nacional; esta última será realizada em maio de 2012, em Brasília. "Nosso objetivo é avançar com relação à geração de mais e melhores empregos no Brasil, com igualdade de oportunidades e de tratamento, e o fim
da discriminação nas relações de trabalho, seja pela cor da pele, gênero, necessidades especiais e idade, e o fim do trabalho escravo e infantil, entre outras questões”, diz Sargento. Para o presidente do nosso Sindicato, Miguel Torres, “é importante que todos os segmentos sociais envolvam-se nesta luta porque ela diz respeito à questão da dignidade humana”, afirma. Trabalho Decente é um trabalho adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança, capaz de garantir uma vida digna. O Trabalho Decente é uma condição fundamental para a superação da pobreza, redução das desigualdades, garantia da governabilidade democrática e o desenvolvimento sustentável.
Paulinho, Juruna e Medeiros autografam livros na noite de lançamento
O livro “20 Anos de Luta: A História da Força Sindical” foi lançado no dia 17 de outubro, na Livraria da Vila, do Shopping Higienópolis, em São Paulo, com as presenças do presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, Paulinho, do secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, Juruna, e do fundador e ex-presidente da central Luiz Antônio de Medeiros. Eles autografaram centenas de livros para amigos e dirigentes de sindicatos e federações e também representantes de
outras centrais, além de autoridades, como o governador Geraldo Alckmin, o prefeito Gilberto Kassab, o ex-prefeito José Serra, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, que prestigiaram o evento. “Os metalúrgicos tiveram papel fundamental na criação da central e nos orgulhamos disto. Foram 20 anos de empenho para promover o crescimento da central, com lutas e conquistas históricas para a classe trabalhadora e toda a sociadade”, disse Miguel Torres, vice-presidente da Força e presidente do nosso Sindicato.
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economia
Trabalhadores e empresários se unem contra os juros altos O
s sindicatos metalúrgicos de São Paulo e do ABC, Força Sindical, CUT, Fiesp e Abimaq (Associação da Indústria de Máquinas) lançaram no dia 18 de outubro, o Movimento por um Brasil com Juros Baixos: Mais Empregos e Maior Produção. A ação unitária teve ato de protesto e passeata pela Avenida Paulista, até a sede do Banco Central em São Paulo. “Não vamos mais aceitar ser campeões de juros altos. Em cada reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) para decidir sobre a taxa Selic vamos fazer manifestação até o movimento crescer em todo o País. Não vamos ficar parados esperando os oito burocratas do Copom decidirem se os juros vão cair ou subir, porque o que eles decidem reflete muito em nossas vidas”, declarou Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força Sindical. Para o presidente do Sindicato, Miguel Torres, a manifestação foi a “união do peão e do patrão para enfrentar a especulação”. O vice-presidente do Sindicato Tadeu Morais, que representou o presidente Miguel Torres no ato, ressaltou a necessidade dos juros caírem porque isso gera mais empregos e consumo e faz a economia crescer. O presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, disse que um país rico tem que fabricar
Paulinho da Força: não vamos ficar de braços cruzados paulo segura
dos Metalúrgicos do ABC, citou o caso de uma empresa da sua base que está fechando por falta de competitividade. “Vamos lutar para manter estes empregos, defender nossa indústria e barrar a importação irregular. Precisamos de uma política industrial”, disse.
Passeata pela Avenida Paulista até a sede do Banco Central em São Paulo
máquinas, ter uma indústria forte, “caso contrário, vamos nos tornar colônia da China”. Segundo ele, nos últimos 16 anos, o Brasil pagou R$ 2 trilhões de juros da dívida. “Se corrigidos pelo índice da poupança chegamos a R$ 6 trilhões. É a maior transferência de renda para o setor financeiro”, disse.
nacionalização dos Carros
Fotos daniel cardoso
Pressão faz governo chamar reunião do setor automotivo
D
iante da pressão dos sindicatos dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes (Força Sindical/CNTM) e do ABC (CUT/CNM), o governo vai rediscutir a questão do percentual de nacionalização do conteúdo dos carros fabricados no Brasil e investimentos em qualificação profissional. O movimento sindical reivindica um aumento dos atuais 21% para 36%, de peças nacionais ou do Mercosul dos veículos fabricados no Brasil e de investimentos em qualificação profissional, e 4,9% de conteúdo nacional de autopeças. Atualmente, os 65% de conteúdo nacional previstos na Medida Provisória 540, que dispõe sobre a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para o setor automotivo, representam apenas 21% do total do veículo, que são complementados por 30% de importados. Isso acontece porque a MP permite que os 65% sejam calculados sobre o faturamento e gastos com publicidade da montadora, e não sobre o valor gasto
Este montão de dinheiro, segundo Paulo Skaf, presidente da Fiesp, daria para resolver o déficit habitacional, destinar recursos para a saúde e educação. “O Brasil gasta com juros R$ 250 bilhões, a mesma quantia destinada aos salários, sem encargos.” Sérgio Nobre, presidente do Sindicato
Academia O movimento conta com o apoio dos professores Márcio Pochmann, da Unicamp; Antonio Corrêa Lacerda, da PUC; e Yoshiaki Nakano, da FGV. Eles também defenderam a queda da taxa de juros básicos. “Temos que ter recursos para investimentos produtivos, para o País produzir mais e gerar mais empregos. Não há nada que nos impeça de termos uma taxa de juros civilizada”, disse Pochmann. O economista Nakano observou que “a atual situação que torna os produtos brasileiros mais caros no exterior e torna mais barata a importação gera empregos em outros países. Movimentos como este levam à ruptura do modelo passado. A geração de emprego e a produção nacional precisam predominar”, disse.
com os componentes que formam o veículo. Participarão do encontro com governo representantes dos sindicatos, montadoras e autopeças. “Queremos garantir a geração de empregos de qualidade e o desenvolvimento da produção nacional, com inovação de produtos, qualificação profissional e investimentos no setor”, afirma nosso presidente Miguel Torres. No dia 26 de outubro, Miguel Torres, os presidentes da Força Sindical, deputado Paulinho; da CNTM, Mônica Veloso; do Sindicato do ABC, Sérgio Nobre, entregaram ao presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, as reivindicações sobre o setor automotivo, e participaram de uma reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que confirmou o interesse do governo em avançar no debate.
Miguel Torres, Paulinho da Força, Sérgio Nobre e sindicalistas mostraram ao presidente da Câmara, Marco Maia, dados sobre a produção nacional
Miguel Torres, Paulinho e outros dirigentes, reunidos com ministro Mantega
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Direito
Força Sindical trabalha pelo projeto da terceirização decente A projeto que regulamenta a terceirização está em fase final de negociação na Comissão Especial do Trabalho Terceirizado da Câmara dos Deputados. O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, Paulinho, avalia que o projeto resolverá 90% dos problemas da terceirização. Após a aprovação na Comissão Especial, o projeto seguirá para a Comissão de Justiça. A proposta amplia a fiscalização do Poder Público sobre os serviços terceirizados por ele contratado, além de garantir a revisão geral do salário dos terceirizados.
PROJETO O projeto estabelece o conceito de empresa especializada. Segundo Paulinho, este
recurso resolve a polêmica criada em torno da atividade meio e da atividade fim, para se definir o que pode, ou não, ser terceirizado. Exemplo: uma empresa de vigilância não pode fornecer trabalhadores na área de limpeza, garçons, copeiras e porteiros, mas apenas vigilantes. O projeto fixa os requisitos que a terceirizada precisa ter para o seu funcionamento, inclusive sobre o capital social compatível com o número de empregados. As terceirizadas também terão que depositar caução, no valor de um mês do contrato global. De acordo com Paulinho, “é mais uma garantia ao trabalhador e aos tomadores de serviços, que terão que pagar os empregados, caso o patrão não cumpra
Deputado Paulinho
com as obrigações trabalhistas”. O presidente do Sindicato, Miguel Torres, acrescenta que os terceirizados têm de ter garantidos todos os direitos dos efetivos. Caberá à empresa tomadora dos serviços, a fiscalização dos pagamentos de salários, adicionais, horas extras, repouso semanal remunerado e 13º salário; concessão de férias remuneradas e pagamento do respectivo adicional; concessão do valetransporte, quando for devido; depósito do FGTS; pagamento de verbas rescisórias dos empregados dispensados. As empresas tomadoras de serviços
Direito
que não fiscalizarem os recibos das terceirizadas, como o pagamento do salário, do 13º, do FGTS ficarão solidariamente responsáveis por quitarem as dívidas das terceirizadas para com seus empregados. TRIBUNAL Para o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro João Oreste Dalazen, a terceirização de atividades pelas empresas é “um fenômeno irreversível” e o país precisa, com urgência, de um marco regulatório para estabelecer limites a essa prática e evitar prejuízos aos trabalhadores. Atenção
Emenda do deputado Paulinho da Força pede aumento real para os aposentados jane araújo
Atendimento no Ambulatório Médico O Sindicato pede aos associados(as) e seus dependentes que evitem ir ao Ambulatório Médico nas semanas do pagamento do salário e do pagamento do vale. O número de pessoas que têm procurado o ambulatório nesses períodos aumentou consideravelmente, e isso está provocando atrasos nas consultas e demais atendimentos e fazendo com que muitos deixem de ser atendidos. “Casos de emergência têm prioridade e não queremos que ninguém fique sem atendimento médico nem perca a viagem. Por isso, pedimos que procurem os serviços médicos nas demais semanas, quando o movimento está mais tranquilo e há mais horários médicos livres”, esclarece a diretora financeira Elza Costa Pereira.
Deputado Paulinho com senador Sarney, deputado Arnaldo Faria de Sá e senador Paulo Paim
Confederação
A
Eleições na CNTM
agência brasil
vançam na Câmara as discussões sobre a proposta de emenda do deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, que estabelece aumento real para as aposentadorias e pensões de valor acima do salário mínimo. Após pressão de sindicalistas e aposentados, o presidente da Comissão Mista de Orçamento, deputado Vital do Rego, e o relator do Orçamento, deputado Arlindo Chinaglia, decidiram criar uma comissão tripartite -parlamentares, centrais sindicais, líderes dos aposentados e governo-, para discutir a inclusão do aumento real nos benefícios em 2012. Chinaglia disse que incluirá o pedido de aumento real no seu relatório. “Foi um grande avanço, já que constará no texto a obrigatoriedade da negociação”, relata o deputado Paulinho. A emenda do deputado, que foi apresentada junto com o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e o senador Paulo Paim (PT-RS), recebeu o apoio do presidente do Senado, José Sarney. “Queremos reajuste de 11,7% no próximo ano para as aposentadorias e pensões acima do mínimo. Ou seja, a reposição da inflação de 2011 mais 80% do crescimento do Produto
Aposentados pressionam em Brasília
Interno Bruto (PIB) de 2010. Isso representará um ganho real de 6% no próximo ano”, explica Paulinho. A participação da sociedade civil, e não só dos aposentados, será importante para o alcance de mais esta conquista. A pressão continua.
O presidente do Sindicato, Miguel Torres, é candidato à presidência da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), nas eleições marcadas para o dia 1º de dezembro, em São Paulo. O pleito será realizado na sede da Força Sindical, central à qual a CNTM é filiada. A Confederação, fundada em 1988, tem 167 entidades sindicais filiadas no Brasil, que representam mais de um milhão de trabalhadores metalúrgicos. A CNTM já foi presidida por Luiz Antonio de Medeiros, e Eleno Bezerra, ex-presidentes do nosso Sindicato.
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formação profissional
medalha anchieta
miguel Torres será homenageado na câmara municipal
alunos da escola do sindicato já montam projetos O
s trabalhadores alunos do Centro de Educação Profissional do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes – Etec Metal –, que estão concluindo o 1º e 2º módulos dos cursos técnicos, desenvolveram projetos aplicando alguns conceitos e conhecimentos adquiridos nas aulas práticas e teóricas durante o ano (veja na foto ao lado). Os alunos são orientados por uma equipe de professores preocupados com o desenvolvimento de aptidões necessárias para a vida produtiva de seus alunos. Assim sendo, além de domínio técnico das disciplinas, os professores aplicam o conhecimento que têm nas áreas industrial e comercial, enriquecendo o processo de ensino-aprendizagem, com ideias e soluções que os alunos utilizarão nos trabalhos. cURSOS- A escola do Sindicato oferece cursos técnicos de Automação Industrial e Manutenção Automotiva, que capacitam os alunos para trabalhar em empresas de diferentes ramos: petroquímicas, alimentos e de energia, laboratórios de controle de qualidade, de manutenção e pesquisa; empresas integradoras e prestadoras de serviços, montadoras, oficinas mecânicas, entre outros. “Estamos investindo em formação e capacitação, essenciais para o desenvolvimento
PAULO SEGURA
os projetos expostos na escola: Semáforo (1º à direita), braço mecânico manual (ao fundo), prensa pneumática (à frente), carro sistema 4x4 (no apoio azul), elevador de carga movido por GLP (atrás)
dos trabalhadores”, afirma o presidente do Sindicato, Miguel Torres. MATRÍcULAS- O Centro de Formação está com matrículas abertas para os cursos técnicos, com início em 2012. Os interessados precisam ter concluído ou estar cursando o segundo ano do ensino médio. A escola oferece também cursos de formação inicial e continuada, como auxiliar administrativo, eletricidade básica, fundamentos de robótica e inspeção veicular. Para matricular-se nesses cursos é ne-
cessário ter concluído o ensino fundamental. “Estamos, cada vez mais, abrindo novos cursos para atender o mercado e oferecer mais oportunidades aos trabalhadores”, afirma elza costa Pereira, diretora financiera do Sindicato.
S matrÍcuLa abertaS para 2012
ATeNdiMeNTO: de 2ª a 6ª feira: das 8h às 20h, aos sábados das 8h às 12h eNdeReçO: Rua Galvão Bueno, 738 - Liberdade FONe: (11) 3207-3550
Descontos especiais para associados do Sindicato dos Metalúrgicos SP, Sintec (Sindicato dos Técnicos em Segurança) e funcionários das empresas associadas ao Sindirepa (reparação de veículos)
departamento de memÓria sindical
palestras irão destacar a história da categoria PAULO SEGURA
O
diretor campos, responsável pelo Departamento de Memória Sindical e Aposentadoria, fará palestras sobre a memória do Sindicato nos próximos encontros de Delegados Sindicais. “A ideia é falar aos companheiros e companheiras sobre a importância de valorizarmos a história do Sindicato como um modo de termos mais força para as lutas atuais e orgulho de ser metalúrgico, uma categoria sempre pronta para se mobilizar por
melhores condições de trabalho e de vida para toda a sociedade brasileira”, diz Campos. O presidente Miguel Torres lembra que em 2012 vamos celebrar os 80 anos de lutas e conquistas do Sindicato, “com consciência de classe e reconhecimento das lutas que começaram em 1932, ano de fundação do Sindicato, na resistência, na redemocratização do País e na conquista de direitos que são fundamentais para as novas gerações”.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e vice-presidente da Força Sindical, Miguel Torres, receberá a Medalha Anchieta e um Diploma de Gratidão na Câmara Municipal de São Paulo. A solenidade será realizada no dia 2 de dezembro de 2011, às 19 horas, no Salão Nobre da Câmara, Viaduto Jacareí, 100, Bela Vista, centro de São Paulo. A iniciativa da homenagem é do vereador Cláudio Prado. “A Medalha Anchieta foi idealizada em 7 de setembro de 1969 e é concedida a personalidades que tenham conquistado a admiração e o respeito da população de São Paulo. É, portanto, uma honra oferecê-la ao companheiro Miguel Torres, em reconhecimento à sua luta em defesa da classe trabalhadora e ao seu compromisso com as causas sociais, progressistas e populares”, justifica o vereador. PERFIL Miguel Torres é ativista sindical metalúrgico desde 1979. Em 1998, coordenou a Campanha de Arrecadação de Alimentos aos Irmãos Nordestinos e, em 2000, junto com Paulinho da Força, a Marcha para Brasília pelo pagamento das perdas do FGTS e aumento do salário mínimo. Foi suplente de diretoria, 3º vice-presidente e secretário-geral do Sindicato. É presidente desde dezembro de 2008. É um dos principais coordenadores das campanhas salariais que têm garantido, nos últimos anos, expressivos aumentos salariais e benefícios sociais para a categoria metalúrgica, com reflexos altamente positivos nas conquistas de outras categorias no País. Miguel Torres participa ativamente das ações unitárias das centrais sindicais pelo desenvolvimento do Brasil, com valorização do setor produtivo, distribuição de renda, melhores empregos, trabalho decente, jornada menor de trabalho, valorização do salário mínimo e das aposentadorias e inclusão social.
IUGO KOYAMA
Cooperativa de Crédito
sai mais um prêmio da campanha 10 anos
F
oi sorteado no dia 31 de outubro, o sexto e penúltimo prêmio da Campanha 10 Anos SicoobMetalcred. O ganhador, de um notebook, foi a cooperada Sirlei Peixoto Carvalho Santos, da Santa Luzia Móveis Hospitalares, do coordenador Chico Pança, na zona norte da capital. Os sorteios anteriores já entregaram três bicicletas aro 26, uma TV LCD 32 polegadas, e um home theater. A campanha também premia, com jaquetas e camisetas polo, o trabalhador que incentivou o cooperado a aumentar o seu capital junto à
Metalcred, e a equipe do diretor/coordenador do Sindicato responsável pelo trabalho junto à empresa onde o ganhador trabalha. A Campanha 10 Anos SicoobMetalcred visa o crescimento e o fortalecimento da cooperativa e a oferta de benefícios aos cooperados. Participe você também, ainda dá tempo da ganhar. O próximo e último sorteio da campanha será no dia 30 de novembro. O prêmio será um pacote de viagem a Salvador para duas pessoas, oferecido pela TAM, parceira da nossa cooperativa. “O apoio do Sindicato e o trabalho dos di-
o companheiro Robson Rodrigues da Costa, da Jangada, faturou uma bicicleta
retores, coordenadores e assessores tem sido fundamental para o êxito desta campanha”, diz clarisvaldo de Almeida, presidente da cooperativa. “Temos o reconhecimento e o respaldo do
Sicoob, o maior sistema de cooperativas de crédito do País. Isto é a garantia de que a nossa cooperativa é sólida, possui serviços financeiros de qualidade e seguros aos cooperados”, afirma o presidente do Sindicato, Miguel Torres.
maiores informações 3277-67076 ou acesse www.siCoobmetalCred.Com.br
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Lazer e festas
Sorteio dos apartamentos e chalés para o final do ano será dia 26 O
Sindicato vai realizar no próximo dia 26 de novembro (sábado), o sorteio das vagas para os apartamentos do Centro de Lazer da Família Metalúrgica, em Praia Grande, e dos chalés do Clube de Campo, em Mogi, aos interessados em passar as festas de final de ano nesses locais. O sorteio será a partir das 9h, no auditório executivo do Sindicato, rua Galvão Bueno, 782, Liberdade, próximo ao metro São Joaquim. A inscrição e a entrega das senhas para o sorteio será feita do dia 16 (quarta-feira) ao dia 24 (quinta-feira) de novembro, no horário das 8h às 17h30, no Centro de Atendimento ao Associado, no 1º andar da sede do Sindicato. Maiores informações podem ser obtidas pelo telefone 3388-1073 e 4699-8700.
“O Centro de Lazer e o Clube de Campo foram totalmente reformados para oferecer mais conforto e bem-estar aos associados e associadas e suas famílias. São todos bem-vindos e que tenham boas festas e bons momentos o ano inteiro”, disse o presidente do Sindicato, Miguel Torres. A diretora financeira, Elza Costa Pereira, reforça o objetivo do Sindicato em oferecer cada vez mais e melhores serviços aos associados e associadas. “Queremos que todos aproveitem bem estes momentos e usufruam de todo o conforto e entretenimento que estes espaços de lazer oferecem”, disse. O Centro de lazer possui 102 apartamentos, e o Clube de Campo 44 chalés. Confira nas tabelas ao lado os valores das diárias.
paulo sérgio de souza
Centro de Lazer
Sócios
Valores das Diárias (com café da manhã)
1 - Apartamentos Pequenos (para 2 pessoas) 2 - Apartamentos Médios (para até 5 pessoas) 3 - Apartamentos Vip (para até 5 pessoas) por pessoa (incluso filhos até 5 anos) ........................ R$ pernoite (valor por apartamento, sem café da manhã) . . R$
Miguel Torres e Elza: preocupação com o lazer dos associados e associadas
35,00 40,00
4 - Apartamentos VIP de frente p/ praia (até 8 pessoas) 45,00 por pessoa (incluso filhos até 5 anos) ........................ R$ 50,00 pernoite (valor por apartamento, sem café da manhã) . . R$
Centro de Lazer
Convidados (todos os apartamentos, com café da manhã) até 5 anos . ............................................................. Gratuito acima de 5 anos........................................................ R$ 100,00
Clube de Campo
Obs.: se o número de hóspedes exceder o permitido, a diária cobrada será de................................................... R$ 100,00
jonny ueda
paulo segura
Cabines (diária não inclui refeição) sócios e dependentes (por pessoa) ...................................... R$ 10,00 convidados (por pessoa) ................................................... R$ 15,00 Estacionamento ...................................................... R$
5,50 dario de freitas
Clube de Campo paulo segura paulo segura
Diária dos Chalés sócio .......................................................................... R$ 20,00 esposa (o) ....................................................................... R$ 20,00 pai, mãe, sogro, sogra (por pessoa) ................................... R$ 20,00 paulo segura
Para quem deseja hospedar-se no Centro de Lazer com pensão completa, basta conferir a tabela de preços no site www.metalurgicos.org.br - clicar em Lazer
filhos de associado metalúrgico • menores de 5 anos ....................................................... Isentos • de 6 a 21 anos (por pessoa) .......................................... R$ 20,00 acompanhante ........................................................ R$ 60,00
8 - o metalúrgico
novembro de 2011
campanha salarial
aumenTo salarial FOTOS: PAULO SEGURA
Vitória!
O
aumento conquistado na Campanha 2011 chega a 12,11%, além de abono salarial. Esse percentual será aplicado aos pisos salariais, que serão reajustados pela inflação dos últimos 12 meses encerrados em outubro – de 6,66% - mais aumento real de até 5,11%. Os demais salários terão reajuste de 10%. Nesse percentual está incluído um aumento real de 3,13%. Os reajustes nos salários e nos pisos entrarão em vigor em janeiro de 2012. Já os abonos serão pagos de forma parcelada, conforme o grupo patronal (confira os valores no quadro da página ao lado). Presidente Miguel Torres: “Este é o melhor acordo assinado por uma categoria foi firme na luta categoria profissional neste ano. Nenhuma outra conseguiu aumentos como estes, a não ser as montadoras. que não ajuda o país a produzir e a crescer. Se não tivermos A categoria está de parabéns, pois esta conquista é resultado aumento de salário a economia vai pro buraco. Por isso, não da mobilização e disposição de luta demonstrada durante aceitamos acordo sem um bom aumento real”, disse o deputado toda a Campanha Salarial”, afirma o presidente do Sindicato, federal Paulinho da Força. “Construímos a riqueza do país e não aceitamos acordo Miguel Torres. Miguel lembra que a postura firme do comando de nego- meia boca. Juntos, trabalhadores e trabalhadoras, fizemos uma ciação também foi importante para o alcance deste resultado. grande campanha”, disse o secretário-geral Arakém. Para a diretoria financeira elza Pereira, “a organização, “Desde o início da campanha não aceitamos conversa de crise nas negociações, porque não acreditamos na receita de que crise se combate com recessão. Crise se combate com aumento de salário, mais produção e mais consumo”, disse.
Paulinho da Força: metalúrgicos lutam contra a política econômica
o chamamento do Sindicato e a resposta da categoria determinaram o resultado da campanha. Os trabalhadores suaram muito no dia a dia e não aceitaram argumento de crise e nenhum resultado menor que 10% de aumento. A união levou a esta conquista”, disse. O presidente da Federação dos Metalúrgicos, cláudio Magrão, valorizou a luta dos trabalhadores e disse: “a categoria foi buscar o que é seu por direito”.
homenaGem a lula
PARA QUeM vALe Os acordos valem para os trabalhadores das empresas dos grupos 2 (máquinas e eletroeletrônicos), 3 (autopeças), 19-3 (metais não ferrosos, esquadrias, laminação etc.), Fundição e Estamparia de Metais, Sindisider instaladas em São Paulo, Mogi e região. A Campanha Salarial, porém, não terminou. O Sindicato continua negociando com os grupos 10 (Fiesp), Sindifup (funilaria), Sindirepa e o setor de rolhas metálicas e, assim que os acordos com esses grupos forem fechados o Sindicato irá divulgar boletins específicos para os trabalhadores dessas empresas. Nos acordos também foram garantidas cláusulas sociais da Convenção Coletiva, entre elas, a garantia de emprego aos acidentados e portadores de doenças profissionais. LUTA MAiOR “A Campanha Salarial dos metalúrgicos não é uma luta só nossa com os patrões, é uma luta contra a política econômica,
Na assembleia do dia 30, a diretoria do Sindicato e os trabalhadores manifestaram solidariedade ao ex-presidente Lula, que iniciou tratamento contra um câncer na laringe e rezaram pela sua recuperação. “Pela sua luta e trajetória de vida, conte com os metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes nesta batalha. Tenha força, você vai superar este problema e ajudar o país a melhorar”, disse Miguel. O presidente do Sindicato vai entregar para Lula um estandarte de São Jorge, com uma mensagem escrita no verso, além de um quadro da foto da nossa assembleia.
RICARDO STUCKERT / INSTITUTO LULA
o metalúrgico - 9
novembro de 2011
é de aTé 12,1% FOTOS: PAULO SEGURA
Elza Costa Pereira, diretoria financeira: categoria foi à luta e conquistou
Arakém, secretário-geral: foi uma grande campanha
Para Juruna, secretário-geral da Força Sindical, “numa campanha salarial, não basta ter a diretoria do Sindicato, mas ter mobilização e participação”
o diretor e vereador Cláudio Prado lembrou que a capacidade de organização da categoria é que deu a vitória na campanha
“Com organização e mobilização os metalúrgicos foram buscar o que é da categoria. Foram negociações difíceis, permeadas pela crise mundial, mas a mobilização garantiu o resultado positivo e mostrou aos patrões que não desistimos jamais do que é nosso. o aumento de salário é sagrado e não tem crise que vá nos desanimar e nos fazer recuar na luta por este direito. Parabéns aos trabalhadores e a todos os dirigentes pela garra.” Cláudio Magrão, presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo
Para Danilo Pereira, presidente da Força Sindical Estadual, a força da categoria metalúrgica, de brigar por aumento salarial e melhores condições de vida e trabalho é referência nacional
conFira o acordo com os Grupos paTronais Grupo 3
(autopeças)
Fundição
19-3
(laminação, equip. Ferroviários etc.)
2
(máquinas e eletroeletrônicos)
estamparia de metais
reajusTe a parTir de janeiro 2012
abono
TeTo de aplicaçÃo do reajusTe
pisos a parTir de janeiro 2012
10%
26% em duas parcelas, sendo: 13% dia 2/12/11 13% até 16/12/11 Acima do teto de aplicação, fixo de R$ 780,00
r$ 6.000,00 Para salários acima desse valor somar R$ 600,00
Até 150 trab.: r$ 957,00 + de 150 trab.: r$ 1.214,00
10%
26% em três parcelas, sendo: 8% até 20/11/11 9% até 20/12/11 9% até 20/01/12
Não há
Até 350 trab.: r$ 975,00 + de 350 trab.: r$ 1.170,00
10%
26%, em três parcelas, sendo: 8% em 21/12/11 (acima do teto, fixo de R$ 456,00) 8% em 20/01/12 (acima do teto, fixo de R$ 456,00) 10% em 20/02/12 (acima do teto, fixo de R$ 570,00)
r$ 5.700,00 Para salários acima desse valor somar R$ 570,00
Até 100 trab.: r$ 884,86 De 101 a 350 trab.: r$ 965,20 + de 350 trab.: r$ 1.123,46
10%
28%, em duas parcelas, sendo: 14% em 15/12/11 14% em 10/01/12 (acima do teto, fixo de R$ 826,00)
r$ 5.900,00 Para salários acima desse valor somar R$ 590,00
Até 50 trab.: r$ 920,00 De 51 a 350 trab.: r$ 1.000,00 + de 350 trab.: r$ 1.150,00
9,5%
26%, até 21/12/11 acima do teto, fixo de R$ 1.430,00
r$ 5.400,00: para empresas até 35 trab. Para salários acima desse valor somar R$ 513,00
10%
26%, até 21/12/11 acima do teto, fixo de R$ 1.430,00
r$ 5.500,00: para empresas com + de 35 trab. Para salários acima desse valor somar R$ 550,00
26%, em duas parcelas, sendo: 13% em 7/12/11 13% em 21/12/11 (acima do teto fixo de R$ 728,00)
r$ 5.600,00 Para salários acima desse valor somar R$ 560,00
para empresas até 35 trab.
para empresas com + de 35 trab.
sindisider
10%
Até 100 trab.: r$ 889,02 De 101 a 350 trab.: r$ 959,59 + de 350 trab.: r$ 1.100,69
Até 350 trab.: r$ 933,00 + de 350 trab.: r$ 1.102,00
10 - o metalúrgico
novembro de 2011
campanha salarial
aTos e assembleias de mobiliZaçÃo e reTrospecTiVa
ATo NA ZoNA SUL reuniu mais de 10 mil trabalhadores das regiões sul e oeste da capital
O presidente Miguel Torres lembra que durante a campanha Salarial foram realizadas mais de 500 assembleias em portas de fábrica, três grandes atos de mobilização – nas zonas Sul e Leste da capital e em Mogi das cruzes –, que reuniram mais de 20 mil trabalhadores, e mais de 15 rodadas de negociações com os grupos patronais. Acompanhe nas fotos algumas dessas ações.
MWM com presidente Miguel Torres e diretor Edson
Vice-presidente Tadeu na Knorr Bremse
Diretor Luiz Valentim na Famec
Diretor José Silva na Chris Cintos
o metalúrgico - 11
novembro de 2011
campanha salarial
atos e assembleias de mobilização - retrospectiva Secretário-geral Arakém na Schioppa
PAULO SÉRGIO DE SOUzA
Diretor Zé Luis com trabalhadores da Force Line
Diretor Martelozo na Carlos de Campos
GABRIEL PRADO IUGO KOYAMA
Diretor Geraldino no ato da zona leste
Diretor Pedrinho na Monpar
Diretor Xepa e coordenador Porfírio na BST DÉBORA FLOR
Trabalhadores da Maurizio com diretor Adnaldo
Coordenador Chico Pança na Pinguim
PAULO SEGURA
ATo NA ZoNA LESTE reuniu mais de 5 mil trabalhadores das regiões leste e norte da capital
12 - o metalúrgico
novembro de 2011
campanha salarial
atos e assembleias de mobilização - retrospectiva
Presidente Miguel Torres no Ato que reuniu dois mil trabalhadores em MoGI DAS CRUZES
Diretor Lourival na MMLB
PAULO SÉRGIO DE SOUzA
Diretor Ceará na Deca
Diretor David na Imec
PAULO SEGURA
PAULO SÉRGIO DE SOUzA
Diretor Maloca na Amplicabos
Coordenador Adriano Lateri na Kato
PAULO SÉRGIO DE SOUzA
Coordenador Germano na MTU BEATRIz ARRUDA
Diretor Jefferson e coordenador Bombeirinho na Aratel
Classica Design com coordenador Nivaldo e vice-presidente Pereira
o metalúrgico - 13
novembro de 2011
campanha salarial
atos e assembleias de mobilização - retrospectiva Coordenador Alemão e vice-presidente Pereira na Fundesp Vereador Cláudio Prado na Voith
PAULO SEGURA
JONNY UEDA
Coordenador Noel na Fani
Trabalhadores da Alpitec com coordenador Jamanta
Diretor Sílvio na GM
IUGO KOYAMA
Indab com coordenador Rodrigo
SPTF com coordenador Maurício Forte
IUGO KOYAMA
Beghin com coordenador Josias
Diretor Sales na Brasformer
IUGO KOYAMA
Diretor Teco na Voith
Elbrus com coordenador Erlon
Pointh Display com diretor Mala
Secretário-geral Arakém e coordenador Uélio na Tecnotubo
Coordenador Mixirica na CPF
Coordenador Rubens na Camargo e Comiero
14 - o metalúrgico
novembro de 2011
departamento de Segurança e Saúde fotos paulo segura
11º Encimesp: cipeiros querem mais tempo para atuar nas fábricas C
erca de 170 trabalhadores participaram do 11° Encimesp – Encontro de Cipeiros Metalúrgicos – promovido pelo Departamento de Segurança e Saúde (DSST) do Sindicato nos dias 20 e 21 de outubro, no Centro de Lazer da Família Metalúrgica, em Praia Grande. No evento, que teve como tema “Cipa: Incluir para Proteger”, os cipeiros debateram os desafios a serem enfrentados e as ações para o desenvolvimento do trabalho nas fábricas, e aprovaram, entre outras resoluções importantes, “lutar por tempo livre para exercer a função de cipeiro nos locais de trabalho”. O presidente do Sindicato, Miguel Torres, ressaltou a importância dos cipeiros debaterem como melhorar as condições de segurança nas empresas, e a participação dos trabalhadores para alcançar o risco zero. “Nossa intenção é ampliar a discussão nas fábricas, promover mais encontros, conscientizar e melhorar a formação dos cipeiros e dos trabalhadores”, disse. O diretor Luisinho, coordenador do DSST, falou de iniciativas do Sindicato que levaram à formação do grupo tripartite, integrado por trabalhadores, empresários e governo, que discute questões voltadas para a segurança do trabalhador. “O Sindicato está avançando nas suas ações e garantindo a aplicação de novos instrumentos de preservação da segurança e da saúde, como as normas regulamentadoras. Queremos mapear os riscos, estabelecer medidas de proteção e precisamos negociar com a empresa e as chefias, que muitas vezes dificultam o trabalho do cipeiro”, disse. Propostas Além das palestras, o 11° Encimesp foi marcado pela discussão das propostas nos cinco grupos de trabalho constituídos –azul, vermelho, verde, branco e amarelo–, que debateram sobre as dificuldades encontradas no processo de trabalho (chão de fábrica),
Presidente Miguel Torres
Diretor Luisinho
na relação com a chefia e patrão, na atuação da CIPA, na relação com o Sindicato (como trabalhar junto e como o Sindicato pode ser um instrumento para a ação do cipeiro), na relação com o CEREST – Centros de Referência em Saúde do Trabalhador), como utilizar o órgão. As propostas foram apresentaReginaldo Muniz, das na plenária e aprovadas pelos Diretor Xepa Vice-presidente Tadeu Morais técnico do Dieese participantes, que se mostraram O diretor Xepa falou da dificuldade que o O vice-presidente Tadeu Morais criticou otimistas com relação aos resultados futuros. Os trabalhos foram conduzidos pelos técnicos os patrões que são contra garantir emprego cipeiro tem em negociar melhorias no ambiente do Dieese (Departamento Intersindical de aos acidentados e portadores de doenças de trabalho porque, “para a empresa, isso é Estatísticas e Estudos Socioeconômicos), profissionais, e defendeu a inclusão do tema custo”, e destacou a reivindicação de tempo livre para atuação nas empresas. Reginaldo Muniz, e do DSST, Adonai Ribeiro segurança no currículo escolar. O encontro foi prestigiado pelo SuperintenO vereador Cláudio Prado também dese Bruno Oliveira. tacou a dificuldade de atuação dos cipeiros. dente Regional do Trabalho, José Mello; pelo “Toda vez que você reivindicar melhorias vão secretário Nacional de Segurança e Saúde da luta não para O secretário-geral do Sindicato, Arakém, dizer que não tem recurso. O cipeiro precisa Força Sindical, Arnaldo Gonçalves; pelo vicefalou da responsabilidade de cada cipeiro fazer o mapa de risco para conhecer a empresa. presidente regional Sindicato dos Técnicos em nesses dois dias de discussões, que sustenta- Mas, nessa hora, o patrão paga uma empresa Segurança, Paulo Sérgio Novaes, diretores, rão a continuidade das ações voltadas para a de fora pra fazer um mapa que o trabalhador coordenadores e assessores do Sindicato, segurança nas fábricas. “Essa é uma luta pelo não entende e que a empresa que elaborou não além dos técnicos Ana Yara Paulino, Roberto dos Santos e Rodrigo Rosa, do Dieese. acompanha sua aplicação”, disse. trabalho decente que não para”, disse.
RESUMO DAS AÇÕES PROPOSTAS No processo de trabalho • Informar os trabalhadores sobre os riscos da atividade e na fábrica • Treinar todos os trabalhadores (terceirizados e temporários) com participação da CIPA • Sensibilizar, conscientizar e educar os trabalhadores para a segurança no trabalho, EPI e EPC • Promover atividades de interação entre trabalhadores e CIPA • Desenvolver campanhas de SST • Garantir o direito da recusa em caso de risco grave e iminente para o trabalhador Na relação com a empresa • Formar cipeiros observando a legislação e a Convenção Coletiva de Trabalho • Realizar cursos para reconhecer riscos e elaborar mapa de riscos • Conscientizar as chefias sobre a importância de treinamentos e da disponibilidade de EPI e a implantação de EPC • Formar Cipeiros priorizando seu papel real - na ótica do relacionamento interpessoal - visando diminuir os conflitos
• Utilizar as reuniões da CIPA para chamar os responsáveis pelas decisões • Implantar e desenvolver ações de marketing positivo na fábrica • Buscar o diálogo com transparência e objetividade (chefia x CIPA) • Sensibilizar as chefias sobre a importância do investimento na CIPA • Denunciar empresas que não melhoram o ambiente de trabalho • Promover cursos e atividades visando a conscientização, para líderes, chefes, gestores da empresa, desenvolvidos pelo Sindicato Na atuação da CIPA • Estreitar a relação com o Sindicato • Encaminhar proposta de mudança da legislação para dar mais autonomia à CIPA • Propor a eleição de todos os cipeiros incluindo a representação patronal • Encaminhar reivindicações ao Sindicato, para inclusão nas negociações coletivas • Estabelecer espaço na fábrica para divulgação dos resultados do trabalho da CIPA • Exigir transparência e ética no cumprimento das ações propostas pela CIPA
• Promover diálogo efetivo, buscar o consenso, e registrar fielmente discussões da CIPA nas atas • Desenvolver sistema de informação sobre acidentes para colaborar na tomada de decisões Na relação com o Sindicato • Fazer boletins sobre atuação das CIPAS e reuniões regulares com as CIPAS, por região • Divulgar os problemas e resoluções - em cronogramas - aos órgãos competentes • Fiscalização mais rigorosa da Convenção Coletiva • Levar à negociação coletiva a questão do tempo livre para atuação dos cipeiros • Incluir notícias por empresa no jornal do Sindicato • Promover atividades específicas como cursos, palestras e outros, para melhorar a interação com o Sindicato, o conhecimento e informações atualizadas Na relação com o Cerest • Agendar visitas e palestras para conhecer o órgão e os serviços que oferece • O Sindicato deve fazer boletins práticos e informativos sobre como utilizar os serviços do Cerest • Estudar a viabilidade do Sindicato fazer convênio com o CEREST para a formação de cipeiros
o metalúrgico - 15
novembro de 2011
Departamento da Mulher
Diretora participa de Conferência Estadual da Mulher A
Próximo coletivo O Departamento da Mulher, do Sindicato, coordenado pela diretora Leninha, vai realizar no dia 25 de novembro próximo, o 3º Coletivo de Mulheres da categoria. O evento será às 14h, na sede do Sindicato e contará, entre outras atividades, com uma palestra sobre saúde da mulher.
A primeira reunião, de formação do Departamento da Mulher, foi realizada no dia 22 de julho, e o segundo coletivo, no dia 2 de setembro, com a participação de cerca de 70 trabalhadoras.
Leninha (de azul) com parte do grupo de mulheres da Força Sindical
Diretora Leninha: incentivadora das mulheres
As delegadas querem soluções e avanços para as questões que envolvam os seguintes temas: • Autonomia econômica e igualdade no mundo do trabalho. • Educação inclusiva, não-sexista, não-racista, não homofóbica e não-lesbofóbica • Saúde das Mulheres, direitos sexuais e reprodutivos • Enfrentamento de t odas as formas de violência contra as mulheres. • Participação das mulheres nos espaços de poder e decisão • Desenvolvimento sustentável no meio rural, na cidade e na floresta, com garantia de justiça ambiental, soberania e segurança alimentar
M her Mul
diretora Leninha, coordenadora do Departamento da Mulher do Sindicato, participou da 3ª Conferência Estadual de Políticas para Mulheres, no Centro de Exposições e Convenções Expo Center Norte, nos dias 8, 9 e 10 de outubro, como uma das vinte delegadas da Força Sindical eleitas na Conferência Municipal. As propostas definidas nesta etapa estadual, com a participação de 1.300 delegadas da sociedade civil, classe trabalhadora, movimentos sociais e representantes do governo, serão discutidas na Conferência Nacional, que ocorrerá em Brasília, no mês de dezembro. “Nossa luta é por políticas públicas que impulsionem a autonomia econômica, social e política das mulheres”, comenta Leninha. Segunda ela, as propostas finais serão encaminhadas aos governos federal, estaduais e municipais e as medidas para colocá-las em prática serão cobradas posteriormente.
METALÚRGICA
• Direito a terra, moradia digna e infraestrutura social nos meios rural e urbano, considerando as comunidades tradicionais • Cultura, comunicação e mídia igualitárias, democráticas e não discriminatórias • Enfrentamento do racismo, sexismo e lesbofobia • Enfrentamento das desigualdades geracionais, que atingem as mulheres, com especial atenção às jovens idosas
Departamento da Juventude paulo segura
Jovens trazem novo vigor às lutas sindicais
O
diretor Jefferson Coriteac (foto), responsável pelo Departamento da Juventude, está organizando para breve uma reunião no Sindicato com os sócios e sócias metalúrgicos que tenham até 35 anos de idade, para debater propostas de eventos e ações sindicais em defesa dos interesses da juventude metalúrgica. “Vamos conversar sobre as novas possibilidades para uma comunicação cada vez mais efetiva do Sindicato com os jovens trabalhadores
e trabalhadoras da categoria”, diz Coriteac. Para Miguel Torres, presidente do Sindicato, “é fundamental neste momento entendermos inicialmente a linguagem dos mais novos, e seus anseios, e, ao mesmo tempo, transmitir toda a bagagem de vida, profissional e de luta dos trabalhadores da categoria mais experientes. Isso valoriza as lutas passadas, do presente e fortalece a continuidade”.
16 - o metalúrgico
novembro de 2011
departamento de esporte
radial meTal é campeÃo da 3ª copa de FuTebol de campo Fame é vice-campeão, Prada fica em 3º e Lumini em 4º FOTOS: PAULO SEGURA / JAÉLCIO SANTANA
Jogadores da Radial Metal em formação e (ao lado) recebendo o troféu de campeão
Jogadores da Fame em formação e (ao lado) recebendo troféu de vice-campeão
São Paulo e Mogi das Cru
zes
Fábio Gonzaga: melhor treinador
Prada recebe troféu de 3º lugar Lumini recebe troféu de 4º lugar
Diogo Paixão: melhor goleiro Gilberto Cardoso: artilheiro
Lance final da partida entre Radial Metal 2 X 1 Fame, no Clube de Campo em Mogi
A
Radial Metal conquistou o título de campeã da 3ª Copa de Futebol de Campo dos Metalúrgicos ao vencer por 2 a 1 a vice-campeã Fame, na grande final realizada no sábado, 5 de novembro, no Clube de Campo do Sindicato em Mogi das Cruzes. No final do segundo tempo, o time da Fame sofreu pênalti, mas o goleiro da Radial, Leandro Borges Vieira, defendeu, para alívio da torcida e decepção da torcida rival. Em terceiro lugar ficou o time da Prada e, em quarto, a Lumini. Além de troféus e medalhas, o campeão faturou um cheque de R$ 5.000,00, e o vice, de R$ 2.500,00. Os prêmios foram entregues pelo diretor valdir Pereira, coordenador do Departamento de Esportes do Sindicato, pelo deputado federal Paulinho da Força, pela diretora financeira, elza Pereira, e demais organizadores do evento (Everton Pereira, Fábio Palácio, Ronaldo Peres
Time feminino do Sindicato
e Daniel Bradoc. O artilheiro (com 9 gols) foi o companheiro Gilberto Cardoso, ajudante-geral da Radial, e o goleiro menos vazado do torneio (levou apenas 2 gols) foi Diogo Paixão, operador de máquina da Montepino, e o melhor técnico foi o Fábio Gonzaga da Radial Metal. “É a primeira vez que disputo um campeonato do Sindicato, foi bem organizado e, se continuar, vai dar bons frutos porque tem muito jogador bom nas fábricas. O Sindicato está de parabéns”, disse Gilberto. Para Diogo, “o campeonato foi um bom incentivo para os trabalhadores e isto tem que continuar. O importante é ter participado”, disse o goleiro. FUTeBOL FeMiNiNO O jogo final teve torcidas bastante animadas que, na abertura, assistiram a duas partidas recreativas: futebol feminino entre o time do Sindicato X Seleção de Caieiras e futebol masculino entre o time do Paulinho (Força Sindical) X Xurupita Sub-20 do Jaraguá. Bastante emocionado, o diretor Valdir disse que, “o Sindicato acerta ao investir no esporte que, além de lazer, traz educação, amizade, solidariedade e união. No ano que vem vamos fazer uma copa ainda melhor”, disse. Na abertura, o presidente Miguel Torres saudou os times que chegaram à final, parabenizou todos os participantes da copa e anunciou que “no ano que vem teremos
uma copa melhor e outras atividades esportivas. Vamos ser ainda mais atuantes e presentes nas fábricas”. Miguel parabenizou o diretor Valdir pela organização do evento, e todos os que trabalharam pela sua realização. A diretora financeira Elza valorizou o “momento de confraternização e integração dos trabalhadores. Esporte é saúde, é vida, estamos vendo isso aqui. Parabéns a todos os participantes pelo esforço”, disse. A diretora Leninha, do time feminino, fez um agradecimento especial à diretora Elza, assessores e companheiras do time e disse que, “em breve vamos ter uma copa das mulheres”. Finalizando, Paulinho da Força falou do trabalho em momentos diferentes. “A gente trabalha o dia todo no Congresso driblando adversários e lutando pelos direitos trabalhistas, e um pouco de lazer é uma coisa boa. Parabéns a todos os organizadores e aos times”, disse. hiSTóRicO A 3ª Copa de Futebol começou no dia 16 de julho e contou com a participação de 27 times e cerca de 700 jogadores metalúrgicos. As equipes foram distribuídas em cinco grupos na fase de classificação, depois tivemos as oitavas de final, as quartas de final, as semifinais, com jogos em campos na zona sul, norte/oeste e leste, e a grande final no dia 5 de novembro no Clube de Campo. Paulinho, camisa 8 do time da Força Sindical, em lance de jogo contra o Xurupita
Valdir Pereira, diretor do Departamento de Esporte, ressalta a expressiva participação
Miguel Torres parabeniza as equipes ea organização
Paulinho destaca a importância do lazer
Elza e Leninha prestigiaram a grande final da Copa
TiMeS PARTiciPANTeS Grupo A: CONTUFLEX, VALTRA, FAME, RADIAL METAL e KEIPER Grupo B: MONTEPINO, IRMÃOS NERI, TS SHARA, ARMCO e CARTEC Grupo c: M.W.M (B), PAN-METAL, WG, LUMINI e PRADA Grupo d: DRIVEWAY, NETTER, SBU METAL, M.W.M (A) e DORMER Grupo e: NOVEX, FAMEQ, ELOY, DELGA, METALúRGICOS, VOITH e IMBE