O metal 582

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FEVEREIRO DE 2012

ANO 69 – Nº 582

MOBILIZAÇÃO GERAL em favor do emprego

JAÉLCIO SANTANA

O

s trabalhadores estão sendo convocados a participar das manifestações que serão promovidas pelas Centrais Sindicais em vários Estados, em favor do emprego, da produção nacional e contra o processo de desindustrialização do País. O movimento está sendo organizado em conjunto com entidades empresariais e vai exigir do governo a redução dos juros e outras medidas eficazes para reduzir as importações desenfreadas, que estão prejudicando a produção nacional e ameaçando os empregos no Brasil. As centrais Força Sindical, UGT, CTB, CUT, CGTB, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e o do ABC, a Fiesp, Abimaq (máquinas), Sindipeças, Abinee (eletroeletrônicos), Sinafer (ferro e metais), Simefre (materiais ferroviários) e Sinditextil/Abit prepararam um documento chamado “Grito de Alerta”, que será distribuído para a sociedade e o governo, com dados reais dos setores, mostrando os perigos da desindustrialização, e as reivindicações do movimento sindical. Os setores mais atingidos pela enxurrada de produtos importados, sobretudo da China, são autopeças, máquinas, eletroeletrônicos,

Presidente Miguel Torres, em assembleia na Delga, deu início à mobilização da categoria na luta unitária do movimento sindical contra a desindustrialização

Em 2012, a luta continua... JAÉLCIO SANTANA

vestuário e calçados. Nossa indústria está perdendo competitividade. Sua participação no PIB (Produto Interno Bruto) caiu de 27%, em 1985, para 16% em 2011. “Não podemos ficar de braços cruzados. Os trabalhadores são parte do processo de crescimento do País e vão pressionar pela valorização da indústria, dos salários e a geração de empregos”, enfatiza o presidente do Sindicato, Miguel Torres. LEIA MAIS NA PÁG. 3

Pela Jornada de 40h

Por uma Política de Reajuste das Aposentadorias DANIEL CARDOSO

DATAS DAS MANIFESTAÇÕES • 28 DE MARÇO: Santa Catarina • 29 DE MARÇO: Porto Alegre (RS) e Paraná • 4 DE ABRIL: São Paulo • 10 DE MAIO: Brasília • NORTE, NE E OUTROS ESTADOS: as datas estão sendo agendadas

Mais empresas pagam AVISO PROPORCIONAL

Chegou o “MARÇO MULHER”

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Fique de olho no SEU FGTS

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AGÊNCIA BRASIL

Pela aprovação da Convenção 158 (contra a demissão imotivada) JAÉLCIO SANTANA

Pela redução dos Juros IUGO KOYAMA

Pela Produção, Indústria Nacional e Empregos Pelo Contrato Coletivo Nacional de Trabalho

Pelo fim do Fator Previdenciário


2 - o metalúrgico

EDITORIAL

FEVEREIRO DE 2012

PRODUZIR, CRESCER E GERAR EMPREGO

T

emos debatido muito o problema da desindustrialização e como este processo tem sido lesivo ao setor produtivo e à geração de empregos no Brasil. É um cenário preocupante que, somado à crise externa, não pode ser tratado pelo governo, empresariado e patrões com indiferença ou irresponsabilidade. Medidas eficazes para evitar um caos econômico devem ser colocadas em prática imediatamente. Defendemos o fim da guerra fiscal, o equilíbrio cambial e queda na taxa de juros, para elevar a atividade econômica, a produção industrial, o consumo e o emprego. Acreditamos que, mesmo diante de um cenário de crise, é possível encontrarmos caminhos para investimentos em inovação e fabricação de novos produtos, com qualidade e bom preço. Com isto, nossa indústria será competitiva e nossos produtos despertarão mais interesse no consumidor brasileiro do que os importados. Proteger a indústria para garantir os empregos é, portanto, um dos grandes desafios da atualiARTIGO

PAULO SEGURA

dade. Por isto, o movimento sindical, as entidades patronais representativas e os empresários, que têm compromisso com o progresso e os avanços sociais, estão se preparando para ir às ruas para reivindicar mudanças para frear a desindustrialização e garantir desenvolvimento produtivo e emprego

no País. Seu apoio, companheiro(a) metalúrgico(a), é imprescindível. Participando, de forma coletiva e consciente, nós acumularemos forças para enfrentar os desafios internos e externos e, em um cenário econômico mais promissor, conquistar avanços na pauta trabalhista, que prevê a valorização do mundo do trabalho, com melhores salários, jornada de trabalho reduzida e ambientes de trabalho mais saudáveis e seguros. MIGUEL TORRES Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM e vice-presidente da Força Sindical

Direitos Trabalhistas

Convenção Coletiva A Convenção Coletiva de Trabalho tem força de lei e estabelece diversos benefícios para a categoria, que devem ser cumpridos pelas empresas. Veja abaixo alguns exemplos. Se a empresa não cumprir denuncie ao Sindicato. • pagamento do reajuste salarial de 10% nos salários de janeiro; • pagamento dos abonos; • pagamento do adicional noturno; • recolhimento da contribuição para a qualificação e requalificação dos trabalhadores; • pagamento das horas extras pelos valores referendados na Convenção Coletiva, a saber: De segunda-feira a sábado: - Até 25h extras mensais: 50% de acréscimo sobre o salário normativo - De 25h a 40h mensais: 60% de acréscimo - De 40h a 60h: 100% de acréscimo Domingos, feriados e dias pontes compensados: - 100% de acréscimo até o limite de 8h trabalhadas - Acima de 8h extras, acréscimo de 150% • obrigatoriedade do pagamento salarial até o dia 5 de cada mês, e pagamento do vale salarial até o dia 20

Dica de

PROTEÇÃO AOS EMPREGOS

A

queda da atividade econômica e o desempenho fraco da indústria brasileira em 2011 acenderam a luz amarela das centrais sindicais, temerosas de que o país entre em um processo de desindustrialização e de aumento do desemprego. O cenário sombrio decorre de medidas tomadas pelo governo federal para frear o consumo, sob a alegação de que tais ações eram necessárias para conter a inflação. Desde o ano passado, nós, da Força Sindical, já vínhamos alertando que o Brasil corria o risco de conviver com baixíssimas taxas de crescimento do PIB e do emprego. Batíamos na tecla da urgência em reduzir drasticamente os juros, mas o governo não nos ouviu. Por isso, e também em razão da crise na Europa, a presidente Dilma Rousseff voltou a incentivar o consumo e a produção, porém, a reação foi tímida. As centrais reagiram criando

o metalúrgico FEVEREIRO DE 2012 Ano 69 – Edição nº 582 “o metalúrgico” é o órgão oficial do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo e Mogi das Cruzes Sede SP - Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade CEP 01506-000 - São Paulo/SP - Fone (11) 3388-1000 Sede Mogi - Rua Afonso Pena, 137, Vila Tietê CEP 08770-330 - Mogi das Cruzes/SP Fone (11) 4699-8700/8701 - Fax (11) 4699-8702

www.metalurgicos.org.br contato@metalurgicos.org.br

PAULO PEREIRA DA SILVA, PAULINHO Presidente da Força Sindical e deputado Federal - PDT/SP Diretores (Sede SP): Adnaldo Ferreira de Oliveira, Antonio Raimundo Pereira de Souza (Mala), Carlos Andreu Ortiz (Ortiz), Carlos Augusto dos Santos (Carlão), Cícero Santos Mendonça, Cláudio do Prado Nogueira, David Martins Carvalho, Edson Barbosa Passos, Elza Costa Pereira, Eraldo de Alcântara (Maloca), Eufrozino Pereira, Francisco Roberto Sargento, Geraldino dos Santos Silva, Jefferson Coriteac, João Aparecido Dias (João DD), João Carlos Gonçalves (Juruna), Jorge Carlos de Morais (Arakém), José Francisco Campos, José Luiz de Oliveira, José Maurício da Silva (Cea-

aúde

10 motivos para praticar atividade física

JAÉLCIO SANTANA

em janeiro o “pacto pelo desenvolvimento, emprego e distribuição de renda”. O objetivo é exigir do governo mudanças na política econômica com redução dos juros, valorização do trabalho e fortalecimento do mercado interno e criação de empregos. Dias atrás, as entidades decidiram promover uma série de manifestações no país, em defesa do emprego e da produção nacional. Os protestos vão reunir na mesma trincheira empregados e patrões, reivindicando medidas capazes de brecar a desindustrialização e garantir os empregos. Já estão marcados atos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Brasília. Dia 4 de abril será a vez da capital de São Paulo.

S

IUGO KOYAMA

1

ASPECTOS GERAIS: Aumenta a autoestima e estimula a convivência.

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BEM-ESTAR: Amplia a disposição, o círculo de amizades e diminui o estresse.

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CÉREBRO: Aumenta a oxigenação do sangue que passa pelo cérebro melhorando o desempenho de suas funções.

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5

PULMÃO: Aumenta o volume de oxigenação. Sedentários têm capacidade de 3 litros de ar, já os praticantes de atividade física têm capacidade de até 6 litros. SANGUE: Beneficia a capacidade de recepção do oxigênio. Diminui o colesterol ruim e aumenta o bom.

rá), José Silva Santos (Zé Silva), Juarez Martelozo Ramos, Lourival Aparecido da Silva, Luiz Antonio de Medeiros, Luís Carlos de Oliveira (Luisinho), Luiz Valentim Damasceno Filho, Maria Euzilene Nogueira (Leninha), Miguel Eduardo Torres, Milton Eduardo Brum, Nelson Aparecido Cardim (Xepa), Paulo Pereira da Silva (Paulinho), Pedro Nepomuceno de S. Filho (Pedrinho), Ricardo Rodrigues (Teco), Tadeu Morais de Sousa e Valdir Pereira da Silva Sede de Mogi das Cruzes: Paulo Fernandes de Souza (Paulão), Sales José da Silva e Sílvio Bernardo

Dr. Fernando J. Lia C. Araujo

6 PELE: Favorece a irrigação sanguínea

e previne o envelhecimento precoce. O suor elimina toxinas.

7 CIRCULAÇÃO: Dilata a rede de

vasos sanguíneos e diminui a pressão sanguínea.

8 MÚSCULOS: retarda a sua degradação, comum após os 30 anos. Diminui o acúmulo de gorduras.

9 OSSOS: Amplia a capacidade de

fixação do Cálcio aumentando, assim, a densidade óssea, o que evita a Osteoporose.

10 ARTICULAÇÕES: Desenvolve a

flexibilidade das estruturas responsáveis pelo movimento.

Diretor Responsável Miguel Eduardo Torres Edição e Redação Débora Gonçalves - MTb 13.083 Val Gomes - MTb 20.985 Fotografia Jaélcio Santana Diagramação Rodney Simões Vanderlei Tavares Impressão BANGRAF Tiragem: 300 mil exemplares


o metalúrgico - 3

FEVEREIRO DE 2012

LUTA CONTRA A CRISE

SINDICATO MOBILIZA TRABALHADORES PARA ATOS PELA PRODUÇÃO E O EMPREGO N

PAULO SEGURA

Mobilização na Delga com Miguel Torres e diretor Ceará

maior que o da Tailândia, Malásia, Coreia do Sul e China somados. Em 2010, a indústria brasileira representou menos de 15% em comparação com esses mesmos países. “A sociedade não pode assistir a isso tudo de forma passiva, como se décadas de desenvolvimento e a história não fossem nada. O Brasil precisa de um projeto industrial. Não vamos mais permitir que o produto importado substitua os produtos fabricados aqui, provocando o fechamento de empresas e desemprego”, afirma Miguel Torres. É para contribuir para o desenvolvimento do Brasil com mais oportunidades para todos, que representantes dos trabalhadores - Força Sindical, UGT, CTB, CGTB, Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, e do ABC- e dos empresários - Fiesp, Abimaq (máquinas), Abinee (eletroeletrônico), Sindipeças, Simefre (material ferroviário), Sinafer (ferro e aço), Sinditextil - se uniram na luta em defesa da produção brasileira e o crescimento econômico. Vamos todos para as ruas!

Miguel Torres e diretor Edson na MWM

JAÉLCIO SANTANA

o dia 28 de março, o movimento sindical vai fazer a primeira grande manifestação nacional do ano contra a desindustrialização e para exigir do governo federal a adoção de medidas para frear as importações, que estão acabando com a produção nacional e os empregos no Brasil; reduzir as taxas de juros, o lucro dos bancos e favorecer o crédito. O ato será em Santa Catarina e vai reunir centrais sindicais, sindicatos de trabalhadores e entidades empresariais. A manifestação em São Paulo será no dia 4 de abril. “No ritmo em que as importações estão avançando, dentro de alguns anos não teremos mais indústrias no País, e isso acarretará em sérias implicações sociais, pois a economia não terá capacidade de gerar empregos de qualidade e salários decentes”, alerta o presidente do Sindicato, Miguel Torres. Setores importantes como o metalúrgico (automotivo, autopeças, máquinas, eletroeletrônicos), brinquedos, calçados, vestuário já enfrentam dificuldades. De 2008 a 2011, por exemplo, as vendas de carros cresceram e a frota nacional passou de 2,8 milhões para 3,6 milhões no ano passado. No entanto, a maior parte desse aumento foi engolida por importações, que ficaram com 60% do crescimento. Com isso, a participação dos veículos vindos do exterior passou de 13%, em 2008, para 23% no ano passado, segundo a Alfavea (associação das montadoras). “A indústria é fundamental para a transformação social de uma nação e a melhoria de vida de sua população. Ela gera salários melhores, educação de qualidade, serviço de saúde mais eficiente, maior oferta de habitação e transporte e garante o consumo. No entanto, a indústria brasileira fechou o ano de 2011 com crescimento zero do emprego”, afirma o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva. Em 1980, o parque industrial brasileiro era

DANIEL CARDOSO

Miguel Torres e Paulinho já levaram o problema para o ministro Fernando Pimentel (do Desenvolvimento)

É com pesar que o Sindicato comunica o falecimento do companheiro FRANCISCO AQUINO PEREIRA, o Chiquinho, assistente de diretoria, ocorrido no dia 30 de janeiro. Ex-funcionário da Mahle Metal Leve, Chiquinho veio para o Sindicato em janeiro de 2009 e passou a trabalhar como assessor de diretoria. Chiquinho faleceu em consequência de um câncer no intestino. Ele tinha 43 anos, deixou esposa e três filhos. Ao companheiro fica a saudade, o reconhecimento e a gratidão pelo trabalho e dedicação às lutas em defesa dos direitos dos trabalhadores. Aos familiares e amigos os sentimentos de toda a categoria metalúrgica. Valeu, companheiro!


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AÇÃO DOS DEPARTAMENTOS JURÍDICO

Mais trabalhadores recebem aviso prévio proporcional S

eis empresas da capital pagaram o aviso prévio proporcional a trabalhadores demitidos antes da nova lei 12.506, de outubro de 2011, entrar em vigor. A maioria liquidou o processo antes mesmo da decisão da Justiça. Uma das empresas pagou a diferença correspondente a 12 dias de aviso antes da audiência, a um ex-funcionário demitido em agosto de 2011, após 4,5 anos de trabalho. Outra empresa pagou, na audiência, nove dias a mais de aviso, ao ex-funcionário demitido em abril de 2011. Para o presidente do Sindicato, Miguel Torres, as empresas estão reconhecendo este direito dos trabalhadores. “Isto é positivo e resulta numa solução mais rápida dos processos e para ambas as partes”, afirma.

O primeiro a receber o aviso proporcional, segundo o diretor do Departamento Jurídico, Cícero Mendonça, foi um companheiro da Delga, demitido em outubro de 2010, após dois anos e 28 dias de trabalho. O processo foi julgado em janeiro e, na sentença, o juiz afirma que “o aviso prévio deve ser fixado proporcionalmente ao tempo de serviço, como determina a Constituição Federal. À falta de norma regulamentadora específica à época da dispensa, adoto o critério fixado pela lei 12.506/2011, como requerido na inicial.” De acordo com a Lei 12.506, além dos 30 dias de aviso, o trabalhador demitido sem justa causa tem direito a três dias a mais de aviso para cada ano trabalhado, limitado a 90 dias.

JUVENTUDE

IUGO KOYAMA

Diretor Mendonça (de terno) protocolou processos no Tribunal

ESPORTE

Neste ano tem Festival de MPB do Sindicato

Vem aí a PAULO SEGURA

PAULO SEGURA

O

Departamento da Juventude, coordenado pelo diretor Jefferson Coriteac, está preparando o 1º Festival de Música Popular Brasileira do Sindicato. O evento vai começar em junho (fase de classificação), com apresentações finais em 12 de agosto, quando também se comemora o Dia Mundial da Juventude. “Estamos em fase de elaboração do regulamento e busca de apoio cultural para viabi-

lizar o festival”, informa Jefferson. O evento foi divulgado aos delegados e delegadas sindicais da categoria durante o 1º Encontro do Departamento da Juventude, realizado em novembro do ano passado. Na ocasião, foram apresentadas três propostas de logotipo do festival e a maioria aprovou o desenho está publicado acima. “Queremos os jovens no Sindicato, em todas as ações”, afirma o presidente Miguel Torres.

A

4ª Copa de Futebol de Campo do Sindicato será aberta no dia 31 de março, no Clube de Campo em Mogi das Cruzes, e terá a participação de mais de 30 times formados por mais de mil metalúrgicos associados. “Reafirmamos o nosso objetivo de valorizar a confraternização e a prática esportiva na categoria e vamos realizar um evento maior que o do ano passado”, afirma o diretor Valdir Pereira, coordenador do Departamento de Esportes.

MEMÓRIA SINDICAL

JAÉLCIO SANTANA

Reunião no Sindicato com representantes dos times

Vereador Cláudio Prado

O torneio terá duração de seis meses, conta com o apoio do vereador e diretor Cláudio Prado, que está buscando patrocínio para o evento, e será encerrado em setembro.

NOSSA HISTÓRIA

PAULO SEGURA

S

erá realizado no dia 9 de março, no Sindicato, o 3º Encontro do Departamento de Memória Sindical. Em dezem-

bro, o nosso Sindicato completará 80 anos de lutas e conquistas. Mais um motivo para reunirmos os companheiros que simbolizam a memória viva de nossa trajetória. “Muitas outras reuniões serão realizadas durante o ano para cuidarmos da coleta de dados e materiais que vão ajudar a contar as lutas do nosso passado”, diz o diretor

Francisco Campos, coordenador do departamento. O departamento defende este resgate histórico para que as novas gerações de trabalhadores possam conhecer a história do Sindicato, seu crescimento e sua luta em defesa de tantos direitos hoje garantidos não só à categoria metalúrgica, mas a todos os trabalhadores brasileiros, e participar das atuais mobilizações em defesa de mais direitos e benefícios.

REPRODUÇÃO

Departamento prepara 3º encontro visando os 80 anos do Sindicato

Esta casa, na rua do Carmo, foi a primeira sede própria do Sindicato, na década de 40. Antes de adquirir este imóvel, o Sindicato teve sedes alugadas na praça da Sé, no Palacete Santa Helena (em 1933) e na Avenida Exterior, 53, próximo ao Parque D. Pedro (em 1938).

Sindicato 80 anos O Palacete Santa Helena era ponto de encontro dos operários, que vinham dos bairros mais pobres, como Brás e Mooca. A Sé, já na virada dos anos 30, tinha se tornado um mercado do emprego. Quem quisesse um marceneiro ou um metalúrgico sabia onde procurar.


o metalúrgico - 5

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AÇÃO DOS DEPARTAMENTOS

JAÉLCIO SANTANA

MULHER

Chegou o Março Mulher O

Sindicato promoverá e participará no mês de março de uma série de atividades voltadas para a mulher. A primeira delas, no dia 2, um seminário na Câmara Municipal de São Paulo sobre Reforma Política. O evento foi organizado pelas centrais sindicais. No dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, nosso Sindicato e o Departamento da Mulher, coordenado pela diretora Leninha, junto com as secretarias nacional e estadual de Políticas Públicas para Mulher da Força Sindical, demais centrais e movimentos sociais, vão realizar uma passeata pelo centro da cidade defendendo as bandeiras de luta pela igualdade.

As mulheres metalúrgicas vão se concentrar ao meio-dia, no Sindicato (rua Galvão Bueno, 782), e seguir até a praça da Sé, onde irão se juntar aos demais participantes e sair em caminhada pelo centro da capital até a praça da República. Nesta ação será divulgado um documento cobrando a votação do projeto de lei da Igualdade, nº 6652/09, pelo Congresso Nacional. O documento será entregue no dia 29 de março aos parlamentares, em Brasília. No dia 24 de março (sábado), o Sindicato promoverá o Dia da Saúde da Mulher oferecendo exames de papanicolau e de mamas, que

Diretora Leninha está à frente das ações

serão realizados no Ambulatório Médico do Sindicato. As inscrições devem ser feitas com os diretores e coordenadores do setores. “A mulher tem que atuar politicamente, lutar por seus direitos e sua cidadania e se cuidar também. O Sindicato tem esta preocupação e está desenvolvendo ações que contribuam

TRABALHADORES DO BRASIL

PATRIMÔNIO

Rondônia: Sindicato conquista reajuste de 9% com apoio da nossa entidade

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DIVULGAÇÃO

JAÉLCIO SANTANA

Tadeu Morais e Elzaelena em negociação com empresários

deração e da Força Sindical. Roberto Anacleto, assessor técnico do Dieese/CNTM, que também participou das negociações, destaca que as conquistas coincidem com um período de crescimento industrial no Estado e reforçam a importância do Sindicato de Rondônia nas futuras conquistas para a categoria e nas ações em defesa do setor produtivo na região.

Mato Grosso do Sul: Diretores ajudaram na greve vitoriosa na construção DIVULGAÇÃO

Assembleia de aprovação do acordo salarial no canteiro de obras

apoio do nosso Sindicato às lutas de outras categorias por seus direitos está sendo fundamental para o fortalecimento de muitas campanhas e movimentos pelo Brasil afora. O exemplo mais recente é o da greve dos 8 mil trabalhadores do Projeto Eldorado, em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, que durou uma semana. O presidente Miguel Torres enviou os diretores David, Jefferson, Luisinho ao canteiro de obra para falar com os trabalhadores e ajudar os sindicatos da categoria

Reformas nas sedes de Mogi e São Paulo

-(Sintiespave), Sintricon e Força Sindical Estadual- nas negociações. O resultado foi a assinatura de um acordo com a conquista de várias reivindicações, entre elas, o aumento da cesta básica de R$ 70 para R$ 250, e ampliação da folga de campo de 3 para 9 dias. Antes, a folga era de três dias na semana e os trabalhadores que estão até 2 mil km longe de sua casa passavam o tempo da folga viajando e mal tinham tempo de ficar com a família. Outra grande conquista foi a adesão do Grupo Eldorado, responsável pela construção da Indústria de Papel e Celulose - a maior da América Latina -, ao termo de compromisso nacional, que prevê melhoria das condições de trabalho nos canteiros de obras do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), normas de saúde e segurança do trabalho, qualificação profissional, melhoria das relações de trabalho e das relações com as comunidades locais, entre outros. “A unidade nas lutas fortalece os trabalhadores e leva aos resultados desejados”, afirma Miguel Torres, que também é presidente da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos).

Sede de Mogi

Elza Pereira, diretora de finanças do Sindicato

PAULO SEGURA

Sindicato dos Metalúrgicos de Rondônia, presidido por Elzaelena de Oliveira, conquistou para cerca de 6 mil metalúrgicos no Estado um reajuste salarial de 9%, com aumento real de 2,5%. Esta conquista foi concretizada em negociação, no dia 30 de janeiro, entre representantes da Federação das Indústrias de Rondônia, Elzaelena e Tadeu Morais, vice-presidente do nosso Sindicato. “Conquistamos também o aumento do piso para R$ 670,00 e a renovação das conquistas anteriores. Outro avanço foi a mudança da data-base, de janeiro para novembro, seguindo tendência dos demais sindicatos filiados à CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), para garantir maior mobilização e força nas negociações”, explica Elzaelena. “O Sindicato de Rondônia está em processo de expansão, com ações sindicais importantes para a base, melhorando a renda e a vida dos trabalhadores”, ressalta Miguel Torres, presidente da CNTM e do Sindicato. Tadeu Morais salienta que o apoio do Sindicato à luta de outros companheiros faz parte do programa da Confe-

O

para promover a mulher em todos os sentidos”, afirma Leninha. Para a diretora financeira Elza Costa Pereira, “a participação da mulher metalúrgica é muito importante para o fortalecimento da luta pela igualdade, ampliação do seu espaço político e por sua autonomia”.

O Sindicato continua cumprindo seus compromissos com a categoria, de manter e melhorar seu patrimônio para garantir segurança e atendimento cada vez mais eficiente aos trabalhadores e trabalhadoras. Depois das reformas feitas no Clube de Campo em Mogi das Cruzes, no Centro de Lazer de Praia Grande, e no Palácio do Trabalhador, está sendo finalizada a reforma do Ambulatório Médico, na rua do Carmo, e terá início a reforma da sede de Mogi das Cruzes. PALÁCIO DO TRABALHADOR – A sede da rua Galvão Bueno já passou por reformas, no auditório, Central de Atendimento, sala de reuniões, nos departamentos, fachada e vai ter mais melhorias. Segundo a diretora de finanças, Elza Pereira, será feito um laudo estrutural do Palácio do Trabalhador. “Tudo para preservar o patrimônio da categoria, a segurança e o bem-estar de todos”, afirma. Esta nova etapa inclui um novo sistema de catracas, um hall de entrada com novo piso, projeto paisagístico, jardim e rampa de acesso para pessoas com necessidades especiais. No 10º andar, a Escola de Formação Profissional do Sindicato terá 10 salas, cada uma com capacidade para 40 alunos, mobiliário novo, laboratório tecnológico com 32 computadores e softwares (programas) específicos para projetos correlacionados aos cursos oferecidos. SEDE DE MOGI – A sede vai passar por uma reforma total. O novo prédio será construído em harmonia com as leis ambientais, terá seis andares, um deles para lazer (com quadra poliesportiva e churrasqueira). ”Valorizamos o trabalhador e fazemos tudo pensando o que a família metalúrgica gostaria de ver melhorado”, diz Elza. O presidente Miguel Torres enfatiza que “o Sindicato é a segunda casa do trabalhador, um espaço de acolhimento, discussões e organização de lutas por mais conquistas para a categoria e deve ser preservado”.


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AÇÃO NO CONGRESSO

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FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Paulinho quer PLR livre de Imposto de Renda JAÉLCIO SANTANA

deputado federal Paulinho da Força defendeu na Câmara dos Deputados que os trabalhadores deixem de pagar Imposto de Renda sobre os ganhos de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e abonos salariais. O pedido foi feito na forma de uma emenda à Medida Provisória 556, que trata de isenções de impostos para funcionários públicos. “Enquanto acionistas e empresários não pagam imposto sobre os lucros que ganham nas empresas, o trabalhador que conquista PLR acima de R$ 1.637,11 é descontado no benefício, isso é injusto”, diz Paulinho. No ano passado, o nosso Sindicato entregou ao presidente da Câmara dos Deputados, Paulinho da Força na assembleia de aprovação da PLR na Deca Marco Maia, e aos ministros Gilberto Carvalho (presidência da República) e Guido Mantega (Fazenda), um das empresas”, afirma o presidente Miguel Torres. abaixo-assinado pedindo mudança na lei 10.101, estabelecendo Emenda Previdência - O deputado Paulinho apresentou o fim do desconto do imposto na PLR. também uma emenda pedindo a isenção do desconto de con“Defendemos o fim da cobrança do imposto também nos tribuição previdenciária para os trabalhadores que recebem por abonos salariais. A isenção beneficiará milhões de trabalhado- trabalho noturno e horas extras. Os servidores públicos já são res e será um incremento à economia e ao próprio crescimento beneficiados por esta medida.

Escola do Sindicato tem vagas para cursos livres O Centro de Educação Profissional do Sindicato está com vagas para cursos livres de formação inicial e continuada (80 horas) em diversas áreas, principalmente no horário da tarde. As aulas começam em março e os interessados podem se dirigir à escola, na rua Galvão Bueno, 738, Liberdade (metrô São Joaquim), ao lado do Sindicato. Os telefones para informações são 3207-3550 e 3207-3407.

CONFIRA OS CURSOS E MATRICULE-SE: INFORMÁTICA BÁSICA 2ª e 4ª ou 3ª e 5ª, das 15h às 18h ou aos sábados, das 8h às 13h DESENHO MECÂNICO BÁSICO 3ª e 6ª, das 15h às 18h ou 3ª e 5ª, das 19h às 22h AUTOMAÇÃO HIDRÁULICA E PNEUMÁTICA 3ª e 6ª, das 15h às 18h SISTEMA DE TELEFONIA E COMUNICAÇÃO 3ª e 5ª, das 8h às 11h ou das 15h às 18h ou das 19h às 22h 2ª e 4ª, das 15h às 18h, e sábados, das 8h às 13h JAÉLCIO SANTANA

MEU GURI

TRABALHO PELOS DIREITOS DA CRIANÇA CRESCEU

O

ARQUIVO SINDICATO

Elza Pereira, presidente do Meu Guri ARQUIVO SINDICATO

Neusa (à esquerda) e os profissionais da instituição ARQUIVO SINDICATO

Recreação na piscina do Meu Guri Crianças do Meu Guri e de escolas do município participam de evento

“Fazemos visitas às famílias, participamos dos fóruns de defesa da criança realizados pelos órgãos públicos da cidade, temos parceria com o instituto Ecofuturo, que mantém uma biblioteca – Ler é Preciso - no nosso espaço, com um acervo de cerca de 7.500 livros, disponível, inclusive, para a comunidade e escolas”, afirma a diretora administrativa, Neusa de Oliveira Costa. A presidente do Meu Guri, Elza Costa Pereira, que também é diretora financeira do Sindicato, lembra que em todos esses anos,

os trabalhadores acompanharam o desenvolvimento da entidade, fizeram parte deste trabalho de excelência e qualidade e faz um convite: “Venham visitar o Meu Guri e conhecer de perto o trabalho. Será um prazer receber a todos em nossa sede”. O presidente do Sindicato, Miguel Torres, reforça que o Meu Guri nasceu da parceria com empresários e trabalhadores, que entenderam a importância de luta pela inclusão social e a defesa da infância e da juventude.

ARQUIVO SINDICATO

Centro Biopsicossocial Meu Guri, instituição mantida pelo Sindicato, cresceu! Em 15 anos de funcionamento, o projeto que começou na subsede do Sindicato na zona norte da capital como um abrigo, transformouse num complexo profissional de defesa dos direitos e deveres infanto-juvenil reconhecido até internacionalmente. No município de Mairiporã, a instituição ocupa uma área de 97 mil metros quadrados e possui uma estrutura especial, construída e pensada nos conceitos do Sindicalismo Cidadão: uma sede administrativa, seis casas com oficinas, brinquedoteca, sala de informática, quadra poliesportiva, piscina semi-olímpica, e recebe diariamente 120 crianças e adolescentes que vivem em situação de alto risco social, além de suas famílias. O Meu Guri oferece atendimento especializado, por meio de um regime socioeducativo, com profissionais nas áreas de serviço social, pedagogia, música, coral, marcenaria, alimentação, odontologia, arte, além de transporte e limpeza. Trabalha junto à população e conta com o apoio de voluntários. Diariamente, as crianças atendidas recebem alimentação, orientação na escovação dentária, reforço escolar, têm atividades de lazer, transporte e recreação.

Integração com estudantes das escolas do município

O trabalho do Meu Guri também pode ser conhecido pelo site www.meuguri.org.br JAÉLCIO SANTANA

FOLIA NO SAMBA

Força Sindical desfila no carnaval de São Paulo

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Força Sindical participou do carnaval deste ano em São Paulo, no desfile da Gaviões da Fiel, com 100 pessoas, entre elas diretores e coordenadores do Sindicato, integrando a ala “Profissão Cidadão”. A escola da Gaviões homenageou o ex-presidente Lula, com o tema “Lula: retrato de uma nação” e o samba-enredo “Verás que o filho fiel

não foge à luta”. A escola entrou no Sambódromo na madrugada de domingo, segundo dia do desfile, com cerca de 4 mil componentes, em 25 alas, contando a história da vida de Lula, desde a infância no sertão de Pernambuco, o passado migrante em São Paulo, o engajamento sindical e a vitória para a Presidência da República em 2002.

Ativistas desfilaram na ala “Profissão Cidadão”


o metalúrgico - 7

FEVEREIRO DE 2012

SEU DINHEIRO

Fique de olho no seu Fundo de Garantia M

uitas empresas não estão depositando o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGST) dos trabalhadores, por isso, o Sindicato está orientando todos os companheiros e companheiras a conferir todo mês o saldo da sua conta junto à Caixa Econômica Federal e denunciar, caso verifique qualquer irregularidade. Quem não acompanha sua conta do FGTS corre o risco de, na demissão, não receber nada referente a esse benefício porque a conta está zerada ou com saldo bem inferior ao que deveria ter. “Para evitar que isso aconteça, é importante manter o endereço residencial atualizado junto à Caixa. Feito isso, o trabalhador passa a receber em casa, a cada dois meses, o extrato da sua conta do FGTS”, orienta o presidente do Sindicato, Miguel Torres.

O extrato informa o valor, a data e o mês do depósito e as correções do período. Se não tiver esses dados, desconfie! O trabalhador também pode conferir o extrato do FGTS com o Cartão do Cidadão, um cartão magnético, emitido gratuitamente pela Caixa. O cartão pode ser solicitado pelo telefone 0800-7260101 ou em uma agência da Caixa. Para isso, é preciso informar o número do PIS e do RG. Ao receber o Cartão Cidadão o trabalhador deve ir à agência da Caixa que forneceu o seu cartão para cadastrar sua senha de acesso. “O Sindicato existe para defender os direitos dos trabalhadores. Mas precisamos saber dos problemas nas fábricas para tomar providências. Se o trabalhador não denuncia não podemos fazer muita coisa”, reforça Miguel Torres. ARQUIVO SINDICATO

Os trabalhadores da Kato estão mobilizados pela regularização dos depósitos do FGTS (a empresa só regulariza quando o funcionário é demitido) e do repasse das contribuições previdenciárias descontadas dos salários para o INSS. O coordenador Adriano Lateri está à frente da luta com os trabalhadores.

VALOR DO DEPÓSITO É de 8% do salário do trabalhador. O FGTS não é descontado do salário, é uma obrigação do empregador, exceto em caso de trabalhador doméstico. QUANDO O DEPÓSITO DEVE SE EFETUADO? Até o dia 7 do mês seguinte ao mês trabalhado CORREÇÃO DAS CONTAS O saldo das contas do FGTS é corrigido todo dia 10 de cada mês. A conta recebe atualização monetária mais juros de 3% ao ano. COMO CONFERIR SE OS DEPÓSITOS ESTÃO SENDO FEITOS? Pelo extrato do FGTS que o trabalhador recebe em casa a cada dois meses. Se não estiver recebendo o extrato, o trabalhador deverá atualizar seu endereço em uma agência da Caixa, pelo site do banco www.caixa.gov.br ou pelo telefone 0800- 7260101. E SE O PATRÃO NÃO ESTIVER DEPOSITANDO? Procure o Sindicato ou a Delegacia Regional do Trabalho (DRT), já que o responsável pela fiscalização das empresas é o Ministério do Trabalho e Emprego. QUEM TEM DIREITO AO FGTS Todo trabalhador com carteira assinada, rurais, temporários, avulsos, safreiros (rurais que trabalham apenas no período de colheita) e atletas profissionais.

LUTA NAS FÁBRICAS

MOBILIZAÇÃO PELOS DIREITOS O Sindicato começou o ano com muita ação e mobilização nas fábricas em busca de novos benefícios, defesa dos direitos, protesto contra práticas antissindicais e acidente. Confira a seguir algumas dessas ações.

JAÉLCIO SANTANA

Greve de 17 dias na Tubocap IUGO KOYAMA

IDEAL - PLR Secretário-geral Arakém

Italspeed: Queremos solução! BEATRIZ ARRUDA

Os trabalhadores da fábrica de rodas Italspeed, em Santo Amaro, zona sul da capital, paralisaram as atividades por dois dias em protesto aos constantes atraso no pagamento

dos salários, de férias, falta de depósitos do FGTS, não repasse do desconto do convênio médico e previdenciário ao INSS, o que caracteriza apropriação indébita. “São muitos os prejuízos causados aos trabalhadores, que vivem uma insegurança total com relação à empresa”, afirma Carlão, diretor do Sindicato responsável pela mobilização, que, além da greve, já contou com diversas assembleias, protestos e proposta de formação de uma comissão tripartite – empresa, trabalhadores e Sindicato – para analisar a situação da empresa, fabricar e vender a produção para pagar os trabalhadores.

Diretor Teco comandou protesto em frente ao escritório da empresa, com apoio de diretores, coordenadores e assessores

Os 350 companheiros da Tubocap (embalagens metálicas) na zona oeste da capital, desocuparam a empresa no dia 17, após 18 dias de greve pelo pagamento dos salários, abono, FGTS, repasse da contribuição previdenciária ao INSS. A decisão foi tomada em assembleia, após a empresa, em audiência no Tribunal Regional do Trabalho, dar como garantia, para o pagamento das verbas rescisórias, o dinheiro a ser apurado com a venda do imóvel onde a fábrica está instalada, no bairro do Butantã. Segundo o diretor Teco, do Sindicato, o tribunal ainda fixou multa de R$ 700,00 por mês, por funcionário, até o pagamento final dos direitos. A empresa pediu um prazo de até 120 dias para vender o imóvel. Até que tudo seja resolvido, o Sindicato continuará dando apoio aos trabalhadores. “Vamos entrar com ação para que eles possam receber o seguro-desemprego e

sacar o FGTS”, disse Teco. No dia 9 de fevereiro, o Sindicato fez uma reunião com todos os trabalhadores, advgados do Sindicato e da empresa para encaminhar a questão. O presidente do Sindicato, Miguel Torres, ressaltou a importância da mobilização para a defesa dos direitos e a busca de solução dos problemas. “A luta não acabou, isso só vai acontecer quando todos tiverem recebido seus direitos”, disse. Os trabalhadores permaneceram firmes, mobilizados, acamparam na fábrica para garantir que nada fosse retirado e receberam apoio de todos os diretores, coordenadores e assessores do Sindicato. “É uma luta difícil, mas vitoriosa. Vamos continuar juntos, pois as dificuldades dos trabalhadores e suas famílias ainda não terminaram”, disse Teco.


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LUTA NAS FÁBRICAS

MOBILIZAÇÃO PELOS DIREITOS PAULO SÉRGIO DE SOUZA

Trabalhadores da ACMW recebem cesta básica

Bombeirinho e assessores na entrega das cestas aos trabalhadores

TIAGO SANTANA

Apoio do vicepresidente Pereira

No dia 10 de março, o Sindicato entregou 140 cestas básicas aos trabalhadores da autopeças ACMW, na zona sul. Eles fizeram uma greve de 20 dias – iniciada no dia 18 de janeiro - contra o atraso no pagamento dos salários, 13º, abono e esperam que a empresa cumpra com o cronograma de pagamento acordado no Tribunal Regional do Trabalho, e retome sua produção. A ação foi coordenada pelo secretário-geral do Sindicato, Arakém, o coordenador Bombeirinho e o diretor Jefferson, com apoio do vice-presidente Pereira. “A mobilização dos

trabalhadores e o apoio da entidade foram importantes para este resultado”, disse o presidente Miguel Torres. O tribunal determinou o não desconto dos dias parados; pagamento parcelado dos atrasados, que foram divididos em dois montantes iguais, com pagamento do primeiro lote no dia 29/2, junto com as demais verbas mencionadas por ocasião da venda de imóvel em negociação; parcelamento dos 50% restantes em 4 vezes com pagamento até o dia 30 de maio, e regularização dos salários.

IUGO KOYAMA

Ato contra prática antissindical

Acidente na MMLB ARQUIVO SINDICATO

PAULO SEGURA

PLR NA DELGA Diretor Ceará e Vice-presidente Tadeu JAÉLCIO SANTANA

Sindicato e trabalhadores fizeram protesto na autopeças Diehl do Brasil, contra as práticas antissindicais da empresa, que proíbe os trabalhadores de serem sócios do Sindicato, ameaça com demissão, e suas medidas punitivas. Segundo o coordenador Jamanta, quem falta um dia tem a PLR descontada do salário. Os trabalhadores entregaram uma pauta à empresa reivindicando o fim das discriminações. “Não admitimos atitudes repressivas como esta. A liberdade de manifestação e expressão é um direito constitucional e democrático,” afirma o presidente Miguel Torres. A manifestação contou com o apoio de diretores, coordenadores e assessores do Sindicato.

PLR NA FORUSI Diretor Pedrinho JAÉLCIO SANTANA

IUGO KOYAMA

Um operador de produção, de 26 anos, perdeu quatro dedos da mão direita em acidente numa prensa na fábrica de peças para linha branca MMLB, na zona sul da capital, na noite do dia 17/2. Segundo o diretor Lourival, que foi avisado pelos trabalhadores, a máquina não tinha proteção e algumas suposições para o acidente são de que a válvula de segurança não era adequada e o freio (lona) da máquina estava gasto. “Queremos que a empresa dê toda ajuda financeira e psicológica para o companheiro”, disse Lourival, que no dia 20 realizou uma assembleia de protesto na porta da fábrica, com o apoio do vice-presidente Pereira. O presidente do Sindicato, Miguel Torres, pede que os trabalhadores denunciem as empresas que têm máquinas e equipamentos em condições precárias, sem segurança. “Telefonem para o Sindicato ou enviem um e-mail para Palavra do Presidente, pelo site www.metalurgicos.org.br, para que possamos tomar providências e ir pra cima das empresas. Vamos garantir o anonimato de quem denunciar”, afirma. JAÉLCIO SANTANA

PLR NA SOLETEC Coordenador Nivaldo PLR NA RUDLOFF - Diretor Mala

ARQUIVO SINDICATO

ARQUIVO SINDICATO

1ª PLR NA IMPROCAR - Coordenador Uélio

Greve pelo salário

PLR NA BRASRODAS - Coordenador Mauricio Forte

Os 25 companheiros da Leman Ferramentas, na zona norte da capital, cruzaram os braços em protesto à falta de pagamento dos salários, férias, abono salarial, depósitos do FGTS e não repasse da contribuição previdenciária ao INSS. Segundo o coordenador Erlom Lorentz, os trabalhadores estão cansados dos constantes atrasos no pagamento.


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