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SETEMBRO DE 2013 – Nº 596
ComeÇA A lUtA pelo AUmento ReAl e 40 HoRAs
Presidente Miguel Torres (acima), ao lado de Paulinho da Força, leu as reivindicações constantes na pauta aprovada pela assembleia
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assembleia de aprovação da Pauta de Reivindicações da Campanha Salarial 2013 foi realizada no sábado, 7 de setembro, na rua do Sindicato, com a participação de cerca de 1.200 trabalhadores e trabalhadoras da categoria, que demonstraram disposição de luta para buscar aumento real de salário (acima da inflação), redução da jornada de trabalho e a renovação das cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho. A pauta também contempla as sugestões de reivindicações feitas pelas mulheres, cipeiros, jovens e aposentados da categoria nos encontros realizados recentemente pelos respectivos departamentos do Sindicato. Os trabalhadores receberam uma cópia resumida da pauta e o presidente
Miguel Torres leu as sugestões feitas pelos companheiros e companheiras da base. Durante a assembleia, Miguel Torres, junto com Paulinho da Força, anunciou a deflagração de uma Campanha pela Redução da Jornada de Trabalho nas fábricas, que será feita junto com a Campanha Salarial. “Vamos realizar reuniões regionais de mobilização e organização das duas campanhas. Queremos aumento real, ampliação dos benefícios da Convenção Coletiva e redução da jornada de trabalho. Não vamos esperar pelo Congresso Nacional”, disse Miguel Torres. A Pauta foi entregue dia 16 à Fiesp e demais grupos patronais. Leia mais nas Págs. 6, 7 e 8
enContRos Departamentos da Mulher, Segurança e Saúde, Memória Sindical e Juventude realizam encontros e tiram propostas para a Pauta de Reivindicações e ampliação de benefícios na Convenção Coletiva. Págs. 3, 10 e 11
2 - o metalúrgico
NOSSA HISTÓRIA
EDITORIAL
hora de lUtar pelo aUmento real
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omeçou com força total a nossa Campanha Salarial 2013. Os metalúrgicos presentes na assembleia no Sindicato no feriado de 7 de setembro aprovaram a pauta de reivindicações que será negociada com os patrões. Vamos buscar aumento real, redução da jornada e ampliação dos benefícios sociais. Destacamos, neste ano, as sugestões das mulheres metalúrgicas, dos jovens, dos cipeiros e aposentados que participaram dos encontros dos respectivos departamentos: Mulher, Juventude, Saúde e Segurança, Memória Sindical. A Campanha Salarial é unificada com os demais sindicatos filiados à Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo. Somos mais de 800 mil metalúrgicos lutando unidos contra a ganância e o velho discurso patronal de crise, e prontos para ir à greve se
sindicato comemora 80 anos com lutas históricas
os patrões não quiserem dar aumento real. Devemos aproveitar o sucesso das grandes mobilizações nacionais do movimento sindical em defesa da Pauta Trabalhista e contra as terceirizações, para exigir respeito às reivindicações da categoria. Não podemos vacilar na mobilização. Leia o jornal Metalúrgico, converse com os colegas de trabalho, divulgue o conteúdo da pauta de reivindicações e ajude a aumentar o número de sócios do Sindicato. Vamos juntos, organizados nas fábricas, lutar por salário melhor, piso maior e trabalho decente. Quem produz a riqueza industrial merece um justo retorno econômico e social! MIGUEL TORRES Presidente do Sindicato, da CNTM e vice-presidente da Força Sindical
ARTIGO
O Sindicato está celebrando 80 anos com novas lutas e muita mobilização: pelo fim do fator previdenciário, transporte público de qualidade, defesa da jornada de 40h semanais, pela recuperação das perdas do FGTS, política de valorização dos aposentados, entre outros. O jornal “o metalúrgico” mostra a luta em
trabalhadores intensificam mobilização pelo aUmento real Dica de
M
etalúrgicos, têxteis, químicos, trabalhadores da alimentação, entre outros, intensificam a mobilização neste segundo semestre para pressionar os patrões a concederem aumentos reais de salários. Estas categorias negociam a Convenção Coletiva com uma ampla pauta de reivindicações, que contém itens sociais, econômicos e sindicais. Os metalúrgicos, por exemplo, iniciaram a Campanha Salarial pressionando por aumento real. Esta é a principal reivindicação de todos os trabalhadores. Conquistá-lo faz parte da estratégia para obter melhor distribuição de renda e reduzir a desigualdade social que existe no País, além de movimentar a economia. A redução da jornada para 40 horas também é necessária para os trabalhadores poderem estudar, ter mais lazer e tempo
COBERTURA FOTOGRÁFICA
pra família. Licença-maternidade e creche são fundamentais para garantir a tranquilidade dos pais enquanto trabalham. Não aceitaremos o argumento de que devido a crise financeira as empresas ficarão impedidas de conceder aumento real. Entendemos que para combater a crise a melhor solução é o aumento real de salário, porque, com mais dinheiro no bolso, os trabalhadores consomem mais e as indústrias produzem mais. Vamos todos lutar por isso, pois a conquista de um bom acordo salarial depende da participação de todos nas assembleias, manifestações e greves, se for preciso. PAULO PEREIRA DA SILVA, PAULINHO Presidente da Força Sindical e Deputado Federal - PDT/SP
Altiery J. A. Monteiro Débora Flor
o metalúrgico SETEMBRO DE 2013 Ano 70 – Edição nº 596 Órgão oficial do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo e Mogi das Cruzes SEDE SP - Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade CEP 01506-000 - São Paulo/SP - Fone (11) 3388-1000 SUBSEDE MOGI (endereço provisório) Rua Ipiranga, 497, Centro - Mogi das Cruzes/SP Fone (11) 4699-8700/8701 - Fax (11) 4699-8702 www.metalurgicos.org.br contato@metalurgicos.org.br
Iugo Koyama Paulo Segura
Paulo Sérgio de Souza Tiago Santana
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defesa dos aposentados em 1979, pelo aumento dos benefícios, que eram corrigidos abaixo da inflação, e contra o governo, que queria acabar com a aposentadoria por tempo de serviço e implantar apenas aposentadoria por idade. IUGO KOYAMA
aúde
Dr. Fernando J. Lia C.Araújo
prevenção de acidentes começa em casa Pequenos descuidos podem provocar acidentes sérios, principalmente com crianças em casa. Algumas precauções simples podem evitar estas situações: • Não deixe ao alcance das crianças: remédios, produtos químicos (detergente, sabões, naftalina, inseticidas - mantenha esses produtos sempre longe dos alimentos); objetos cortantes ou pontiagudos (alfinetes, agulhas, facas, tesoura), objetos pequenos que possam ser engolidos (botões, moedas). • Algumas plantas podem ser venenosas e provocar intoxicações. Exemplo: comigo-ninguém-pode, copo de leite, jiboia, cheflera. • Mantenha as panelas com os cabos voltados para a parte de trás do fogão. • Não deixe as crianças pequenas sozinhas no banho; um afogamento pode acontecer
DIRETORES (SEDE SP) Admilton Mariano da Silva (Curió), Adnaldo Ferreira de Oliveira, Adriano de Assis Lateri, Alsira Maria da Silva Lima, Antonio Raimundo Pereira de Souza (Mala), Antonio Uélio Luis Moreira, Carlos Andreu Ortiz, Carlos Augusto dos Santos (Carlão), Celso de Araújo Carneiro (Bombeirinho), Cícero Santos Mendonça, Cláudio do Prado Nogueira, Cristina Maria dos Santos Silva, David Martins de Carvalho, Donizeti Aparecido de Assis, Edenilson Rossato (Alemão), Edson Barbosa Passos, Elza de Fátima Costa Pereira, Emerson Andrade Passos, Eraldo de Alcântara (Maloca), Erlon Souza Lorentz, Ester Regina Borges, Eufrozino Pereira da Silva, Francisco de Assis do Nascimento (Chico Pança), Francisco Roberto da Silva (Sargento), Geraldino dos Santos Silva, Germano Alves Pereira, Jefferson Coriteac, João Carlos Gonçalves (Juruna), Jorge Carlos de Morais (Arakém), José Francisco Campos, José João da Silva (Mixirica),
em segundos. • Coloque protetores nas tomadas, verifique fios descascados, desligue o ferro de passar após o uso. • Nunca deixe móveis que possam servir de “escada” para as crianças subirem nas janelas. • Deixe ventiladores e aquecedores longe do alcance das crianças. • Ensine aos seus filhos as leis de trânsito e como atravessar ruas. • Ensine seus filhos a nadar. • Oriente seu filho a não soltar pipas na laje de casa. • Verifique com frequência o freio das bicicletas. • Oriente as crianças o para uso de equipamentos de segurança na prática de esportes (caneleira no futebol, capacete para skate, bike etc.)
José Luiz de Oliveira, José Maurício da Silva (Ceará), José Mauricio Mesquita Forte, José Porfírio da Silva, José Silva dos Santos, José Valdinei Dantas de Souza (Jamanta), Josias Alves da Silva, Juarez Martelozo Ramos, Lourival Aparecido da Silva, Luís Carlos de Oliveira (Luisinho), Luiz Antonio de Medeiros Neto, Luiz Valentim Damasceno Filho, Maria Euzilene Nogueira (Leninha), Miguel Eduardo Torres, Nelson Aparecido Cardim (Xepa), Nelson Marques da Silva, Nivaldo Crispim Patrício (Bugalu), Paulo Pereira da Silva (Paulinho), Pedro Nepomuceno de Sousa Filho, Ricardo Rodrigues (Teco), Roberto Soares Dias (Ninja), Rodrigo Carlos de Morais, Rubens Pereira, Sales José da Silva, Tadeu Morais de Sousa, Tito de Oliveira, Valdir Pereira da Silva, Yara Pereira da Silva DIRETORES (MOGI DAS CRUZES) Paulo Fernandes de Souza (Paulão) e Sílvio Bernardo
Diretor Responsável Miguel Eduardo Torres Edição e Redação Débora Gonçalves - MTb 13.083 Val Gomes - MTb 20.985 Fotografia Jaélcio Santana Diagramação Rodney Simões Vanderlei Tavares Impressão BANGRAF Tiragem 200 mil exemplares
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aposentados discUtem desaposentadoria
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Departamento de Memória Sindical, coordenado pelo diretor Campos, realizou no dia 5, mais um encontro de ex-militantes da categoria no passado. O encontro discutiu a questão da Desaposentadoria, do Conselho Participativo Municipal e Comissão da Verdade e reuniu cerca de 80 participantes. Logo na abertura, a diretora de finanças, Elza Costa Pereira, saudou os participantes. “Temos muito respeito por estes companheiros do passado e reconhecemos que o trabalho que está sendo desenvolvido pelo Departamento de Memória Sindical é edificante tanto para o Sindicato quanto para a história da categoria metalúrgica”, afirmou. Elza disse que o Sindicato pretende organizar passeios para o Clube de Campo em Mogi das Cruzes e o Centro de Lazer da Família Metalúrgica em Praia Grande com aqueles que têm participado ativamente dos encontros do Departamento. DESAPOSENTADORIA A advogada Maria Cristina Degaspare Patto, especialista em Previdência Social, falou que os aposentados que continuaram trabalhando podem aumentar o valor do benefício através da desaposentação. “É importante que os aposentados tenham benefícios maiores, garantindo uma vida mais digna. A Justiça tem dado pareceres favoráveis aos aposentados. Quanto mais processos tivermos, mais força teremos para garantir os recálculos dos benefícios”, afirmou.
COMISSÃO DA VERDADE Fátima Elias Fernandes, do Centro de Memória Sindical, convidou os presentes para participarem de uma reunião da Comissão Nacional da Verdade (CNV), no dia 26 de setembro, às 10h, na sede da Força Sindical. A Comissão apura as graves violações de Direitos Humanos ocorridas entre setembro de 1946 e outubro de 1988. Segundo Fátima, há vários grupos de trabalho na CNV e um deles, o Grupo de Trabalho Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical, foi criado em parceria com as centrais sindicais, para apurar violações de direitos humanos de trabalhadores, perseguição e políticas que provocaram desemprego e insubsistência dos trabalhadores. “Queremos reunir o máximo de documentos e depoimentos de trabalhadores e dirigentes sindicais que foram perseguidos pela ditadura militar e pedir reparação”.
Dra. Maria Cristina, advogada Diretores Sargento e Campos (com o microfone)
Fátima Elias,
do Centro 80 ANOS DO SINDICATO de Memória O encontro do Departamento de MemóSindical ria Sindical foi encerrado com um vídeo comemorativo dos 80 Anos do nosso Sindicato, com narração do presidente Miguel Torres. “Herdamos o espírito e o exemplo de luta Diretor Pereira: apoio das companheiras e dos companheiros Para o diretor Campos, foi um encontro “Estamos no caminho certo, construindo a metalúrgicos que no passado lutaram contra a repressão e conquistaram os muito expressivo, pela importância dos cada dia um Departamento relevante para direitos que hoje beneficiam a categoria temas Desaposentadoria, Conselho Parti- o Sindicato e para a história da categoria cipativo Municipal e Comissão da Verdade. metalúrgica”, disse Campos. e a população brasileira”.
TERCEIRIZAÇÃO
mobilização das centrais impede votação do projeto da ´precarização´
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s centrais sindicais conseguiram impedir a votação do projeto 4.330, da terceirização, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. A votação estava marcada para o dia 4 de setembro. O projeto mexe com os direitos sociais, trabalhistas e previdenciários e libera a terceirização para todas as atividades da empresa, inclusive a atividade-fim, na qual só podem trabalhar trabalhadores efetivos, criando categorias secundárias de empregados. Os patrões são totalmente favoráveis a esta liberação. Até o Tribunal Superior do Trabalho (TST) se envolveu da questão. Dezenove dos 26 ministros assinaram ofício enviado à Comissão condenando o projeto (veja ao lado parte do documento). “A regulamentação da terceirização é uma necessidade, mas queremos que os trabalhadores tenham garantias e seus direitos preservados”, afirma o presidente Miguel Torres. Diante da pressão do movimento sin-
dical, o presidente da Câmara, deputado Henrique Alves, convocou uma Comissão Geral (debate público), integrada por sindicalistas, para discutir o projeto. O movimento sindical foi novamente em peso para Brasília.
Manifestação contra a terceirização em frente à Fiesp
diVergÊncias O projeto da terceirização tem quatro pontos principais de divergência: 1) o projeto estabelece que todas as atividades da empresa podem ser terceirizadas. Hoje, somente as atividades secundárias (atividades-meio) podem ser terceirizadas. 2) não define se a responsabilidade da empresa contratante em relação às obrigações trabalhistas deve ser solidária ou subsidiária. 3) a garantia aos terceirizados dos direitos trabalhistas vigentes para os trabalhadores efetivos, o que envolve a questão da representação sindical. 4) a terceirização no serviço público.
documento do tst “A diretriz acolhida pelo PL 4.330 ao permitir a generalização da terceirização para toda a economia e a sociedade, certamente provocará gravíssima lesão social de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários no País, com a potencialidade de provocar a migração massiva de milhões de trabalhadores hoje enquadrados como efetivos das empresas e instituições tomadoras de serviços em direção a um novo enquadramento, como trabalhadores terceirizados, deflagrando impressionante redução de valores, direitos e garantias trabalhistas e sociais”.
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Luta pela Pauta Trabalhista
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mobilização nas fábricas pelas 40 horas
omo parte da luta pela Pauta Trabalhista, o Sindicato realizou no dia 20 de agosto, assembleias em várias empresas para pressionar pela negociação da redução da jornada de trabalho, sem redução de salários (veja abaixo algumas das assembleias realizadas). O presidente Miguel Torres, que participou da assembleia na SPTF (zona leste da capital), disse que a ação foi bem recebida nas fábricas. “Os trabalhadores sabem da importância da conquista das 40h semanais”, afirmou. A redução da jornada é uma das principais reivindicações da Pauta Trabalhista por ser um benefício de amplo alcance social: reduz riscos de acidentes e doenças profissionais, proporciona mais qualidade de vida aos trabalhadores e mais tempo para lazer, cultura, qualificação profissional, descanso e convívio familiar. A assembleia de aprovação da Pauta de Reivindicações da Campanha Salarial, no dia 7 de setembro, aprovou a deflagração de uma campanha pela redução da jornada de trabalho nas empresas. “Não vamos esperar por uma decisão do Congresso Nacional, vamos buscar a redução da jornada fábrica por fábrica”, disse Miguel Torres. O projeto das 40h está parado no Congresso Nacional e, se o governo não negocia com o movimento sindical, vamos ampliar os acordos por fábrica e pressionar o Congresso a aprovar o projeto das 40 horas.
Miguel Torres comandou assembleia na SPTF, na zona leste da capital
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Luta pela Pauta Trabalhista
30 de Agosto: Dia Nacional de Paralisação
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s trabalhadores da categoria participaram, no dia 30 de agosto, das manifestações que marcaram o Dia Nacional Paulinho da Força de Paralisação, convocado pelas centrais na manifestação que sindicais, para cobrar do governo federal reuniu milhares de trabalhadores na a negociação da Pauta Trabalhista. Ponte do Socorro Enquanto passeatas aconteciam em todas as regiões, trabalhadores se reuniam em assembleias em várias fábricas. Os diretores e assessores do Sindicato coordenaram os trabalhadores nas ruas e nas portas de fábrica. Na zona sul, uma das passeatas saiu da MWM com cerca de 5 mil trabalhadores de várias empresas, que seguiram pela Avenida das Nações Unidas até a Ponte do Socorro, onde foi realizado um ato conjunto com outras categorias. “No Brasil todo o trabalhadores Miguel Torres na concentração na MWM, Zona Sul estão se mobilizando. Não tem investimento na produção, no emprego, nos salários, temos que mostrar nossa indignação”, disse o presidente do Sindicato, Miguel Torres. O deputado Paulinho da Força disse que a presidente Dilma “esqueceu dos trabalhadores e só está atendendo os grandes empresários. O trabalhador quando se aposenta perde 40% do salário. A Dilma não negociou o fator Passeata na Via Anchieta previdenciário como prometeu, mas tem feito desonerações para os empresários que vão custar R$ 18 bilhões aos cofres públicos. O fator, se acabasse, custaria R$ 3 bi”, disse Paulinho. A diretora financeira Elza Costa Pereira reforçou que os trabalhadores precisam lutar por seus direitos. “Não adianta falar que já temos isso e aquilo, porque precisamos pensar nas gerações futuras. Vamos para as ruas porque é a Passeata na Zona Leste única forma de sermos ouvidos”.
Passeata pelas avenidas da Zona Sul Elza com trabalhadores da MWM
Trabalhadores mobilizados na Zona Norte Mobilização em garagem de ônibus na Zona Sul
Aposentados fazem vigília
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s aposentados e pensionistas ligados à Força Sindical também participaram do Dia Nacional de Paralisação, fazendo uma vigília em frente a Superintendência do INSS, no Viaduto Santa Ifigênia. Eles passaram a madrugada do dia 29 para o dia
Paulinho da Força, Miguel Torres, Carlos Ortiz, diretores e assessores do Sindicato na vigília pela valorização das aposentadorias e pensões
30 no local, e participaram de protesto junto com trabalhadores e sindicalistas. Os velhos companheiros de luta reivindicam a recomposição do poder de compra das aposentadorias e o fim do fator previdenciário. O deputado Paulinho da Força defendeu que os aposentados tenham o poder de compra restabelecido por mudança na legislação e condenou o fator previdenciário, que reduz em até 40% o valor inicial dos benefícios. “Não é possível o trabalhador perder quase metade do seu poder aquisitivo no momento em que se aposenta. É isso que faz com que milhares de aposentados voltem pra ativa ou passem necessidade”, afirmou.
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começoU a lUta pelo aUmento e pelas 40h
Assembleia na rua Galvão Bueno
Miguel Torres: não abrimos mão do aumento real
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m assembleia realizada no sábado, 7 de setembro, cerca de 1.200 trabalhadores e trabalhadoras da categoria aprovaram a Pauta de Reivindicações da Campanha Salarial 2013 a ser negociada com os grupos patronais, e mostraram disposição de luta para buscar aumento real de salário, valorização dos pisos, redução da jornada de trabalho, ampliação dos benefícios e manutenção das cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho (veja ao lado). A Pauta contempla também as sugestões feitas pos cipeiros e cipeiras, mulheres, jovens e aposentados da categoria nos encontros realizados pelos Departamentos de Segurança e Saúde, da Mulher, Juventude e Memória Sindical (veja algumas propostas no quadro ao lado). Na assembleia, os trabalhadores receberam informações sobre a situação da economia e sobre o setor metalúrgico e aprovaram as sugestões tiradas nos encontros dos departamentos. O presidente do Sindicato, Miguel Torres, alertou que os patrões vão querer jogar a questão da crise na campanha salarial, pra não dar aumento real e que, por isso, a
Elza: participar para conquistar
Paulinho da Força: vamos reduzir a jornada de trabalho
categoria tem que se mobilizar. “Temos que envolver cada vez mais companheiros na luta porque só assim vamos avançar”, disse. REDUÇÃO DA JORNADA O deputado federal Paulinho, presidente da Força Sindical, salientou que a luta este ano é por aumento real, mas que é fundamental pressionar para reduzir a jornada de trabalho. “Vamos pegar pra valer esta bandeira e dizer que só vamos fazer acordo se reduzirem a jornada ou, então, vamos parar”, disse. Elza Pereira, diretora de finanças, reforçou a importância de mais trabalhadores participarem da campanha. “Nossa luta tem que ser maior, precisamos estar
Arakém: responsabilidade na luta Juruna: tradição de luta tem que ser mantida
unidos para vencer, conquistar. Quando o trabalhador vem pra luta, o Sindicato fica mais forte”, afirmou. Juruna, secretário-geral da Força Sindical, lembrou que os metalúrgicos têm tradição de estar à frente dessa luta. “Nós temos influência nas demais campanhas. Por isto, neste 7 de setembro, dia da Independência do Brasil, queremos dizer que
independência se faz com o povo nas ruas, exigindo seus direitos”. O secretário-geral, Arakém, afirmou que a mobilização da categoria é que vai dizer qual o tamanho do nosso aumento salarial e garantir as cláusulas sociais da convenção coletiva. “A responsabilidade do Sindicato é grande, mas a responsabilidade maior é de cada trabalhador”, disse.
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pauta de Reivindicações já está com os patrões A pauta de reivindicações da Campanha Salarial foi entregue no dia 16 à Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e demais grupos patronais: 19-3 (laminação de metais 3 e outros), G2 (máquinas e eletroeletrônicos), G3 (autopeças), Sindicato da Indústria de Estamparia de Metais e Sindicato da Indústria de Fundição. O documento tem mais de 150 itens e contempla as sugestões apresentadas pelos trabalhadores da categoria, nos encontros dos respectivos departamentos do sindicato. “Não vamos abrir mão do aumento real e queremos ampliar os benefícios da convenção coletiva, caso contrário iremos à greve”, disse o presidente Miguel Torres.
ReUniÕes RegionAis
Dirigentes metalúrgicos com a Pauta na porta de entrada da Fiesp
Zona Norte: 27 de setembro Zona Sul: 3 de outubro Zona Oeste: 4 de outubro Zona Leste: 11 de outubro Mogi das Cruzes: 18 de outubro
sugestões dos trabalhadores MULHERES
Representantes patronais recebem a Pauta de Reivindicações das mãos dos nossos dirigentes
ReivindiCAÇÕes REPOSIÇÃO DA INFLAÇÃO AUMENTO REAL REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO VALORIZAÇÃO DOS PISOS SALARIAIS FIM DAS TERCEIRIZAÇÕES LICENÇA-MATERNIDADE DE 180 DIAS CRECHE
• Licença-maternidade de 180 dias pra todas as trabalhadoras da categoria • Creche ou auxílio-creche em todas as empresas • Aceitação, pela empresa, de atestados médicos apresentados pela mãe ou pai quando levarem o filho menor ao médico • Apoio da empresa para Campanhas Educativas contra o câncer e solidariedade com funcionário(a) que adquirir a doença • Direito de reclamar de assédio moral por escrito, sem represálias
JOVENS
• Que as empresas disponibilizem um orientador vocacional para os jovens • Redução da jornada de trabalho
APOSENTADOS
• Programas de ordem nutricional nas fábricas com palestras ou informes • Que as empresas fixem um tempo para que os trabalhadores possam fazer exercícios de alongamento e relaxamento antes do início e o fim de suas atividades • Instalação de equipamentos e sinalizações apropriados em todas as áreas das fábricas, de forma a garantir mais segurança e melhorar a mobilidade no ambiente de trabalho, sobretudo dos portadores de deficiência
CIPEIROS
• Melhoria das cláusulas já garantidas na Convenção Coletiva: da Cipa, de proteção ao trabalhador, de segurança em máquinas e equipamentos – NR 12, fornecimento de documentos previdenciários, comunicação de acidente e doença do trabalho, garantias ao empregado portador de doença profissional e àqueles vítima de acidente no trabalho, exames médicos complementares e atenção à saúde, controle da potabilidade da água, plantão ambulatorial emergencial e necessidades higiênicas. NOVAS • Capacitação profissional com a criação de conteúdos para capacitação específica voltada à proteção adequada em máquinas e equipamentos, processos de tratamento de superfície (galvânicos) • Representantes sindicais nas fábricas (para assuntos de segurança e saúde) • Programas de prevenção e inclusão de pessoas com deficiência nos locais de trabalho; • Melhorias das condições de trabalho quanto ao tratamento galvânico de superfícies, com destaque aos riscos químicos; • Direitos de recusa ao trabalho frente ao risco; • Acesso a informações sobre a saúde do trabalhador, com destaque para a introdução da nanotecnologia e ergonomia, esta última contemplando a questão dos limites de peso e da participação dos trabalhadores nas AET (Análise Ergonômica do Trabalho).
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CAMPANHA SALARIAL
sindicato lança campanha pela
redUção da Jornada D
urante a assembleia de aprovação da Pauta de Reivindicações, realizada no dia 7 de setembro, Paulinho da Força disse que os projetos de interesse dos trabalhadores no Congresso Nacional estão parados, inclusive o da redução da jornada de trabalho e que, sendo assim, a categoria não pode ficar esperando pelo Congresso para conquistar direitos. “Esta é uma luta histórica nossa, temos que pegar pra valer”, disse. Em seguida, o presidente Miguel Torres anunciou o início de uma campanha forte pela redução da jornada de trabalho nas fábricas. E divulgou um calendário de reuniões com a categoria em todas as regiões para mobilizar os trabalhadores e organizar as ações pela redução da jornada (veja na Página 7). “Temos que estar preparados pra fazer muita pressão na campanha. A conquista dos acordos de redução da jornada por fábrica e do aumento salarial vai depender da nossa organização e mobilização”, disse Miguel.
soRteio de pRÊmios No final da aprovação da Pauta de Reivindicações, em reconhecimento pela participação da categoria na assembleia, o Sindicato sorteou 1 automóvel Celta, 1 microondas, 4 fogões e 3 refrigeradores para os trabalhadores (foto com ganhadores).
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conselho participativo municipal
os quatro encontros realizados pelos departamentos da Mulher, Segurança e Saúde, Juventude e Memória Sindical, o diretor Cláudio Prado falou sobre o Conselho Participativo Municipal criado pela Prefeitura de São Paulo e a importância dos trabalhadores e trabalhadoras da categoria participarem dele. O Conselho é um órgão de consulta e representação da sociedade e será implantado nas 32 subprefeituras da cidade. Tem
como função assegurar a participação dos cidadãos no planejamento e fiscalização das ações e gastos públicos nas regiões, sugerindo ações e políticas públicas. Seus representantes devem ser eleitos pela população. “Defendemos políticas públicas que garantam a melhoria da qualidade de vida das pessoas, a manutenção das empresas nos bairros e os empregos”, disse Prado. A eleição do Conselho será dia 8 de dezembro.
“Os 1.125 conselheiros eleitos terão voz para propor e exigir melhorias urbanas nos bairros onde moram e a manutenção das empresas e dos empregos. A cidade é rica, mas não divide sua riqueza de forma justa. A possibilidade de transformar essa realidade depende da nossa participação,” Cláudio Prado
Diretor Cláudio Prado
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DEPARTAMENTOS - MULHER
metalúrgicas discutem a força da mulher e reivindicações C
erca de 250 trabalhadoras participaram do 5º Encontro do Coletivo de Mulheres Metalúrgicas da categoria, realizado no dia 23 de agosto, no Palácio do Trabalhador. A coordenadora do Departamento da Mulher, diretora Leninha, destacou que o evento reforça a luta da mulher por igualdade no mercado de trabalho, nas fábricas e na sociedade. “A cada encontro ampliamos o número de participantes e discutimos temas que despertam o interesse das trabalhadoras e que estão sendo levados para as companheiras nas fábricas”, afirmou. Elza Pereira, diretora de finanças, lembrou que o Sindicato está colocando em prática o objetivo de ampliar a participação de mulheres na diretoria (hoje são seis diretoras). “Além deste avanço, temos que melhorar a situação das companheiras no mercado de trabalho, pois elas ganham menos que os homens, mesmo executando trabalho igual”, disse Elza, lembrando que demorou muito para a mulher ter direito de votar e ser eleita para cargos de decisão na política e na vida profissional. O presidente Miguel Torres afirmou que o número expressivo de participantes neste 5º Coletivo demonstra uma evolução e o acerto do Sindicato em criar o Departamento da Mulher. “Queremos ouvir as companheiras e inserir suas sugestões na pauta de reivindicações da Campanha Salarial, pois além de tornar a nossa luta mais representativa irá fortalecer o comando de negociação junto aos setores patronais”, disse. A técnica do Dieese Camila Ikuta fez uma apresentação de cláusulas da Convenção Coletiva de interesse das mulheres que podem ser equiparadas em todos os grupos patronais, as que podem ser melhoradas, e fez sugestões para ampliar os direitos sociais das companheiras.
MOMENTO MULHER Um momento especial do encontro foi a palestra “O Caminho das Poderosas”, dada pela terapeuta Nelma Penteado. Nelma ressaltou que a mulher precisa se unir a outras para resolver suas questões, e que “a mulher tem que chorar menos e raciocinar mais, ter atitude, ser dona da própria história, reivindicar o que quer e lutar pelo que quer.” “Coloque a palavra amor em sua vida e cuide das cinco vidas que você tem: profissional, pessoal, espiritual, sensual e afetiva. Você tem que harmonizar essas vidas”, disse. Colocar amor na vida, segundo Nelma, significa ter Alegria, Motivação, Otimismo, Religião, Resistência, Recreação. Segundo Nelma, vida feliz é uma escolha. “A gente escolhe se quer ser feliz e como lidar com os desafios”, disse.
Diretora Leninha
Terapeuta Nelma e as diretoras Alsira, Elza, Leninha, Ester, Yara e Cristina
Presidente Miguel Torres
Diretora Financeira Elza
Camila, do Dieese, falou da importância das mulheres ampliarem conquistas na convenção coletiva
Trabalhadora ganha livro da terapeuta Nelma
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DEPARTAMENTOS - SAÚDE E SEGURANÇA
enContRo de CipeiRos metAlÚRgiCos de sÃo pAUlo e mogi dAs CRUzes Altair Garcia e Ana Yara Paulino (Educação Sindical). Os técnicos Roberto Anacleto dos Santos (subseção da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), Leonardo Escobar e Marcelo Depieri, ambos do Escritório Regional São Paulo, também participaram da atividade.
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13º Encontro de Cipeiros Metalúrgicos realizado pelo Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador do Sindicato (DSST), nos dias 28 e 29 de agosto, discutiu questões fundamentais para o dia a dia dos trabalhadores, como segurança e saúde no trabalho, e propostas para a pauta da campanha salarial. O encontro foi realizado no Centro de Lazer da Família Metalúrgica e reuniu cerca de 150 cipeiros. “Prevenir acidentes é o primeiro passo para que todos possam desfrutar de melhor qualidade de vida. Os cipeiros realizam trabalho de excelência dentro das fábricas com o intuito de visualizar e prevenir futuras sequelas”, disse Elza Costa Pereira, diretora financeira do sindicato.
O diretor Luisinho, coordenador do DSST, ressaltou os perigos e as consequências para os trabalhadores com o advento da nanotecnologia, um dos temas do 13º Encimesp. “Tudo precisa ficar bem claro na mesa de negociação porque o trabalhador não pode arcar, mais uma vez, com os prejuízos físicos, emocionais e econômicos gerados pela implementação dessa nova tecnologia”, afirmou. O presidente Miguel Torres ressaltou a importância dos cipeiros na prevenção. “A luta por locais de trabalho saudáveis e seguros merece todo empenho. A cada evento como este ganha-se cada vez mais conhecimentos e segurança para a categoria. Consegue-se, dessa forma, formar trabalhadores mais conscientes e
fortalecidos na busca de seus direitos”, disse Miguel Torres. NANOTECNOLOGIA Os trabalhadores estavam motivados para discutir, sobretudo, a nanotecnologia. “A nano é o futuro. O trabalhador tem que se qualificar para se manter atualizado, entender o que significa esta nova forma de produção e conquistar seu espaço no mercado de trabalho”, disse Elza.
SEGUNDO DIA Miguel Torres pediu um minuto de silencio pelas vítimas do desabamento de uma obra no bairro São Mateus, zona leste de São Paulo, no dia 27 de agosto, e que matou dez trabalhadores. O presidente ressaltou o quanto é importante ter segurança não apenas no local de trabalho, mas também nas nossas casas. “Segurança e saúde começam em casa”, disse. Depois, os cipeiros se dividiram em grupos de trabalho, que foram acompanhados pelo diretor Luisinho. “Esses trabalhadores estão discutindo a importância do seu papel na questão segurança e saúde nas fábricas e a responsabilidade com os demais colegas de trabalho”, disse.
grupos de trabalho
PRIMEIRO DIA Os cipeiros participaram de palestras dadas pelos técnicos do Dieese (departamento econômico dos sindicatos)
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Diretor Luisinho
Presidente Miguel Torres
3 Diretora Elza
p A l e s t R A n t e s
Altair Garcia, técnico do Dieese falou sobre direitos na saúde do trabalhador
Diretor Xepa, ex-coordenador do DSST
Arnaldo Gonçalves da Força Sindical levou apoio ao evento
Arline Arcuri da FUNDACENTRO falou sobre nanotecnologia
Ana Yara do DIEESE abordou política sindical e saúde do trabalhador
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o metalúrgico - 11
setembro de 2013
DEPARTAMENTOS - JUVENTUDE METALÚRGICA
Jovens debatem participação nas lutas Mesa de abertura
palestras
C
erca de 800 trabalhadores jovens da categoria participaram do 2º Encontro de Jovens Metalúrgicos, realizado em 6 de setembro pelo Departamento da Juventude, no Sindicato. “A juventude é a continuidade da história do Sindicato e devemos promover sempre esta reflexão sobre o que queremos e como fortalecer a nossa luta”, disse Jefferson Coriteac, responsável pelo Departamento. Os jovens acompanharam as palestras sobre a importância da participação nas ações políticas, sociais e sindicais e o relato
das ações desenvolvidas em defesa dos direitos dos trabalhadores. O presidente do Sindicato, Miguel Torres, chamou a moçada para as lutas em defesa da manutenção e ampliação dos direitos trabalhistas e também para as ações de solidariedade e de cidadania, principalmente nos bairros mais carentes da cidade. “Os mais experientes devem passar o bastão para o jovem continuar a luta, e os futuros militantes e agentes sociais deverão estar preparados para atuar com responsabilidade e consciência política em defesa da coletividade”, comenta Miguel Torres. O deputado federal Paulinho da Força lembrou que os direitos de hoje são fruto de muitas lutas no passado e que é preciso ter atuação política para impedir, no Congresso Nacional, que os grupos conservadores
Miguel Torres: os jovens devem pegar o bastão e seguir na luta
Elza: os jovens são transformadores
tirem direitos e impeçam a ampliação das conquistas. “Os jovens precisam continuar as lutas nas fábricas e ampliar sua participação política no País, pensar e agir por uma vida melhor para todos”, disse. Arakém, secretário-geral, disse que “um país só é forte com a participação da sua juventude, junto com os companheiros com mais experiência de luta, para dar continuidade à mobilização por mais direitos”. Para Elza Pereira, diretora de finanças, o Brasil vive um momento especial, com os jovens exigindo mudanças. “O nosso Sindicato sempre esteve nas ruas exigindo mudanças. Os jovens metalúrgicos devem procurar seus sonhos, com fé em Deus e ação positiva, buscando nos estudos e nas atividades políticas, sindicais e sociais o caminho da transformação”, disse.
Jefferson: jovens devem pensar no que querem
O ex-ministro do Trabalho ANTÔNIO ROGÉRIO MAGRI falou sobre a importância dos jovens conhecerem as lutas do movimento sindical e desenvolveu o tema “Jovens para o Sindicato, Sindicato para os Jovens”.”É importante conhecer a história para não deixar de se indignar. A simbiose perfeita é o jovem junto com o Sindicato para buscar o melhor caminho para as lutas.”
O senador LUIZ LINDBERGH FARIAS FILHO, que despontou na política como um dos “caras pintadas”, que no início dos anos 1990 foram às ruas pedir o impeachment do presidente Collor, falou sobre a “Importância dos Jovens na Política Partidária e na Política Sindical”. “É preciso transformar a democracia representativa, que está em crise no País, e construir uma democracia mais participativa, próxima da vida real, com mais trabalhadores na política para defender seus interesses de classe. Jovens que estão aqui neste encontro podem se tornar importantes líderes nacionais”.
Paulinho da Força: conquistas são fruto das lutas
Arakém: participar para ampliar direitos
APRESENTAÇÃO TEATRAL
O ator MARCOS FROTA falou sobre “O jovem como ator principal”. “A gente sonha com uma classe trabalhadora participativa não só pela reivindicação salarial, mas que possa ser referência de cidadania espiritualizada.”
Os participantes também assistiram a uma apresentação dos alunos e professores da Oficina MetaCultural, parceira do Sindicato nas ações de cultura, que oferece cursos gratuitos de teatro, canto, música e dança a trabalhadores e à população.
12 - o metalúrgico
setembro de 2013
DEPARTAMENTOS - ESPORTE
oito times dispUtam QUartas de final
A
s oitavas de final da 5ª Copa de Futebol de Campo do Sindicato foram realizadas em duas rodadas (31 de agosto e 14 de setembro). Participaram desta fase as seguintes equipes: Delga, Urba Brosol, Loopsmol, Rodotec, Schioppa, MWM (XI da Sul), SBU Metal, Valeo, Contuflex, Ferrolene, Radial, Montepino, Fame, Imbe, Dormer e Aliança. Com os resultados das duas rodadas, classificaram para as quartas de final oito times: Fame, Montepino, Radial, Schioppa, MWM (XI da Sul), Rodotec, Loopsmol e SBU. Valdir Pereira, coordenador do Departamento de Esportes do Sindicato, comenta que, “agora é hora de jogar com muito mais garra e disposição rumo às semifinais”.
Miguel Torres, presidente do Sindicato, parabenizou todas as equipes pela participação no torneio e pelo espírito de competição saudável. “A Copa já é um evento de tradição na categoria e vamos trabalhar pelo seu crescimento e pela realização de outras modalidades esportivas”, disse. Os quatro times vencedores seguem para as semifinais.
Lances de partidas
tABelA dAs QUARtAs de finAl MWM (XI da Sul) X Schioppa SBU X Radial Rodotec X Loopsmol
Valdir Pereira, coordenador do departamento
Fame X Montepino
DEPARTAMENTOS - JURÍDICO
trabalhadores são informados sobre processos
D
epois de passar por uma reforma no seu espaço físico e digitalizar os processos trabalhistas, o Departamento Jurídico do Sindicato, coordenado pelo diretor Cícero Mendonça, vem, desde abril deste ano, realizando reuniões mensais com trabalhadores que abriram processo judicial, para explicar sobre o andamento das ações e tirar dúvidas dos trabalhadores. Quando abre o processo, o trabalhador recebe um cartão com a data da reunião. Os encontros são realizados na sede do Sindicato. “Nessas reuniões esclarecemos
Diretor Cícero Mendonça conversa com trabalhadores
sobre como o processo é aberto, seu andamento na justiça, sua distribuição para a Vara, a data da audiência, a morosidade do processo”, explica Mendonça. Segundo o dirigente, é preciso ser o mais fiel possível nas informações, para o trabalhador não se iludir. “Ele tem que saber que tem que apresentar provas para sua reclamação, levar testemunhas, fundamentais para o sucesso da ação”, afirma. Segundo Mendonça, a maioria dos processos pede verbas rescisórias não pagas pela empresa, horas extras, reintegração ao trabalho.
seRviÇos do sindiCAto
O Sindicato é parceiro da Oficina MetaCultural, que oferece cursos gratuitos de Música/Sonoplastia, Teatro/Interpretação, Dança/Performance e Canto/ Coral para os trabalhadores e a população. Acesse o blog http://oficinametacultural.wordpress.com para mais informações. A Oficina fica no Palácio do Trabalhador, na rua Galvão Bueno, 782, 9º andar, sala 910, Liberdade. Telefone (11) 3388-1168.
O Ambulatório Médico do Sindicato oferece aos associados e seus dependentes atendimento em várias especialidades médicas como, ortopedia, cardiologia, pediatria, ginecologia, urologia, oftalmologia, cirurgia geral, otorrino, odontologia, exames de laboratório, entre outros. Possui também medicina do trabalho, com fisioterapia. O ambulatório fica na Rua do Carmo, 180 (Sé). Telefone (11) 3292-3115.
conVÊnio com facUldades
Com objetivo de tornar o ensino superior acessível aos associados e associadas da categoria, e seus dependentes, o Sindicato firmou convênios com faculdades que oferecem descontos nas matrículas e mensalidades. Os convênios facilitam o acesso a uma formação profissional e o desenvolvimento individual e com a elevação do nível de Educação. Acesse o site www.metalurgicos.org.br e confira as instituições conveniadas. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 3388-1011.
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A SicoobMetalcred - Cooperativa de Crédito dos Metalúrgicos – instituição sem fins lucrativos -, oferece aos cooperados um leque de benefícios, entre eles, empréstimos a juros bem abaixo dos de mercado, compra cooperada, desconto em produtos, viagens, instituições de ensino, além da oportunidade de poupar. A Metalcred funciona no 7º andar do Palácio do Trabalhador, na rua Galvão Bueno, 782. O telefone é 3277-6076. Acesse www.sicoobmetalcred.com.br e confira tudo o que a Metalcred oferece.
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