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Campanha Salarial

CATEGORIA CONQUISTA AUMENTO DE E

ncerramos a Campanha Salarial deste ano com a conquista de 8% de reajuste salarial, com aumento real, abono, aumento dos pisos e a manutenção das cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho. “Esta vitória é fruto da mobilização da categoria, da organização e da unidade na luta entre os 53 sindicatos de metalúrgicos do Estado, ligados à nossa federação e à Força Sindical. Com esta unidade, garantimos a reposição da inflação mais 2,29% de aumento real (acima da inflação); a maioria das categorias conseguiu, em média, 1,5%”, destaca o presidente do Sindicato e da Força Sindical, Miguel Torres. JORNADA – Junto com a Campanha Salarial intensificamos a campanha pela redução da jornada de trabalho e fechamos mais de 45 acordos diretos com as empresas, ampliando, assim, os acordos de redução da jornada na categoria e o número de trabalhadores beneficiados. Leia nas páginas 6, 7, 8 e 9

SINDICATO ENTREGA NOVA SEDE DE MOGI À CATEGORIA

8%

NOVEMBRO DE 2013 – Nº 597

Trabalhadoras e trabalhadores metalúrgicos participam da assembleia decisiva e aprovam a proposta de aumento real e garantia das cláusulas sociais

MIGUEL TORRES ASSUME A PRESIDÊNCIA DA FORÇA SINDICAL

MANIFESTAÇÕES PELO FIM DO FATOR

Miguel Torres, presidente do Sindicato, assumiu no dia 28 de outubro, a presidência da Força Sindical. Paulinho da Força licenciou-se por tempo indeterminado para se dedicar mais intensamente à defesa da pauta da classe trabalhadora no Congresso Nacional. PÁGINA 11 A reinauguração do prédio de quatro andares, com mais estrutura, aconteceu no dia 18 de outubro, com a presença de trabalhadores, autoridades e toda diretoria e assessoria. PÁGINAS 4 e 5

SINDICATO AMPLIA OS ACORDOS DE REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO DURANTE A CAMPANHA SALARIAL. PÁGINA 9

No dia 12 de novembro, as centrais sindicais promoveram grandes ato nacionais e em São Paulo pelo fim do Fator Previdenciário e correção da tabela do Imposto de Renda. PÁGINA 3


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novembro de 2013

Mensagem à família metalúrgica!

editorial

F

Unidade é fundamental para avançar na luta

oi forte a mobilização nas portas de fábrica e fundamental a participação da categoria nas reuniões regionais e assembleias da Campanha Salarial. Serviu de pressão e apoio nas negociações com os grupos patronais e o resultado deste empenho foi a conquista de um expressivo reajuste salarial, com aumento real, abonos, e outros avanços importantes para a valorização da categoria. Logo após o fechamento desta vitoriosa Campanha, assumi a Presidência da Força Sindical no lugar do companheiro Paulinho da Força, que se afastou para cuidar da organização do Solidariedade e intensificar sua luta no Congresso Nacional em defesa da classe trabalhadora. Na Força Sindical, pretendo manter a unidade de todas as categorias e do movimento sindical na defesa das reivindicações da agenda trabalhista e social e alcançar nossos objetivos coletivos. Destaco a manutenção da política de valorização do salário mínimo, a redução da jornada de trabalho, sem redução salarial, o fim do Fator Previdenciário, a correção da tabela do Imposto de Renda (que está defasada em 62,77%), o fim do Projeto de Lei que amplia a terceirização, reajuste digno para os aposentados, investimentos em saúde, educaartigo

ção, segurança e transporte público de qualidade. Para alavancar estas reivindicações, precisamos fazer grandes manifestações nacionais para pressionar o Congresso e o governo. Vamos para as ruas exigir que os interesses dos trabalhadores sejam respeitados e que seus direitos sejam garantidos. Vamos mostrar aos políticos que estamos dispostos a radicalizar a luta por um País mais justo, mais solidário e com inclusão social. Já realizamos no dia 12 um dia nacional de luta pela correção da tabela do Imposto de Renda e pelo fim do Fator Previdenciário. No dia 26 de novembro, a manifestação foi em Brasília, em frente ao prédio do Banco Central, contra o aumento da taxa de juros. Como sabemos, ao privilegiar os acumuladores de capital, os que vivem de renda e de aplicações, e não o investimento produtivo, o governo provoca recessão, fechamento de empresas, desemprego, aumenta a miséria e dificulta a conquista dos avanços sociais que queremos para todo o povo brasileiro. Por isso, nossa luta vai continuar! MIGUEL TORRES Presidente do Sindicato, da CNTM e da Força Sindical

Obrigado a todos os trabalhadores e trabalhadoras metalúrgicos pelo companheirismo nas lutas que realizamos durante todo o ano, e que foram bastante intensas, e que acreditam que é com esforço e união que crescemos, avançamos e conquistamos. Que no novo ano que vamos começar possamos renovar nossas esperanças na busca por uma sociedade mais fraterna e igualitária. Que o espírito natalino traga aos nossos corações a fé inabalável dos que acreditam em um novo tempo de paz e amor.

Feliz Natal e um Ano Novo de realizações! A Diretoria

Dica de

Fortes manifestações

F

oi expressiva o nosso ato em São Paulo, no dia 12, pedindo a correção da tabela do Imposto de Renda e o fim do Fator Previdenciário, com destaque para a participação dos diretores e assessores do Sindicato fortalecendo a passeata e o protesto. Ambas as pautas são fundamentais para a classe trabalhadora, pois estão sendo retirados todos os anos bilhões de reais do bolso dos trabalhadores, tanto os da ativa quanto os aposentados. Mas somente com pressão é possível mudar as coisas e garantir justiça social neste País! Por isto, em nossas manifestações exigimos que o governo corrija a tabela do IR todos os anos, porque, caso contrário, o imposto irá corroer os reajustes que os trabalhadores conquistam com luta em suas campanhas salariais.

o metalúrgico NOVEMBRO DE 2013 Ano 70 – Edição nº 597 Órgão oficial do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de São Paulo e Mogi das Cruzes SEDE SP - Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade CEP 01506-000 - São Paulo/SP - Fone (11) 3388-1000 SUBSEDE MOGI - Rua Afonso Pena, 137, Vila Tietê Fones: (11) 4699-8700/8701 - Fax (11) 4699-8702 www.metalurgicos.org.br contato@metalurgicos.org.br

Insistimos também no fim do Fator, que é um mecanismo perverso que diminui em até 40% o valor das aposentadorias. No dia 26, fizemos outra grande manifestação em Brasília, com mais de 10 mil manifestantes da Força Sindical, demais centrais e movimentos sociais para reforçar as duas pautas e pressionar o Congresso e o governo pela redução dos juros, jornada menor, fim das demissões imotivadas, desenvolvimento com emprego, distribuição de renda, inclusão social e saúde, educação e transporte público de qualidade. Contamos com a solidariedade e o apoio de todos!

S

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noVaS manifeStaÇÕeS

12 de Novembro

DIA DE LUTA PELO FIM DO FATOR E PELA CORREÇÃO DA TABELA DO IR N

o dia 12 de novembro, as centrais realizaram o Dia Nacional de Luta pelo fim do Fator Previdenciário e pela correção da tabela do Imposto de Renda. Em São Paulo, o ato reuniu cerca de 3 mil manifestantes em passeata da Praça da Sé até a Superintendência do INSS, no Viaduto Santa Ifigênia. “O Fator é um desastre, pois reduz em até 40% o valor das aposentadorias, por isso, precisa ser eliminado”, disse Miguel Torres, presidente do Sindicato e da Força Sindical. Já a tabela do IR está defasada em 62,77%, calculada de janeiro de 1996 a dezembro de 2012, segundo o Dieese (órgão econômico dos sindicatos). “Sem a correção da tabela, o imposto engole os reajustes salariais conquistados”, explica Miguel Torres. O deputado Paulinho, presidente licenciado da Força, reforçou: “precisamos pressionar o Congresso e o governo, travando as votações, para que acabem com o Fator Previdenciário”. Juruna, secretário-geral da Força, disse que é possível negociar a troca do Fator pela fórmula 85/95, que corresponde à soma da idade do trabalhador com o tempo de contribuição e garantir benefício integral a quem se aposenta.

Passeata da Praça da Sé até o INSS reuniu cerca de 3 mil trabalhadores, sindicalistas e aposentados

IUGO KOYAMA

aúde

Dr. Fernando J. Lia C.Araújo

ALiMENToS poDEroSoS Estamos habituados a sair de uma consulta médica com uma lista de alimentos que pioram os problemas de saúde como, por exemplo, o sal, que agrava a pressão alta, aumentando o risco de Derrame e Infarto; o açúcar, que piora o Diabetes e a Obesidade etc. Da mesma forma temos que conhecer alimentos que previnem as doenças e ajudam a tratálas e até levam à cura. O que ingerimos é, portanto, o nosso melhor remédio, principalmente como preventivos:

PAULO PEREIRA DA SILVA Deputado Federal e presidente licenciado da Força Sindical DIRETORES (SEDE SÃO PAULO) Admilton Mariano da Silva (Curió), Adnaldo Ferreira de Oliveira, Adriano de Assis Lateri, Alsira Maria da Silva Lima, Antonio Raimundo Pereira de Souza (Mala), Antonio Uélio Luis Moreira, Carlos Andreu Ortiz, Carlos Augusto dos Santos (Carlão), Celso de Araújo Carneiro (Bombeirinho), Cícero Santos Mendonça, Cláudio do Prado Nogueira, Cristina Maria dos Santos Silva, David Martins de Carvalho, Donizeti Aparecido de Assis, Edenilson Rossato (Alemão), Edson Barbosa Passos, Elza de Fátima Costa Pereira, Emerson Andrade Passos, Eraldo de Alcântara (Maloca), Erlon Souza Lorentz, Ester Regina Borges, Eufrozino Pereira da Silva, Francisco de Assis do Nascimento (Chico Pança), Francisco Roberto da Silva (Sargento), Geraldino dos Santos Silva, Germano Alves Pereira, Jefferson Coriteac, João Carlos Gonçalves (Juruna), Jorge Carlos de Morais (Arakém), José Francisco Campos, José João da Silva (Mixirica),

QUE EVITE, SEMPRE ENTOS M LI A POSSÍVEL, OS DOS! INDUSTRIALIZA

FRAMBOESA: rica em antioxidantes, protege contra o Câncer. O chá de framboesa é usado nos países orientais como eliminador de cálculos urinários. AMÊNDOAS, NOZES, CASTANHAS, PINHÕES: ricos em gordura insaturada, ajudam a baixar o colesterol prevenindo as doenças cardiovasculares e Câncer. AZEITE DE OLIVA: principalmente o extra virgem, é rico em gorduras insaturadas (ômegas), prevenindo doenças cardiovasculares. MELANCIA: rica em uma substância chamada Licopeno que protege a próstata contra o Câncer, além de rica em L-Arginina que tem o poder de dilatar os vasos sanguíneos, baixando, assim, a Pressão Arterial. TOMATE: rico também em Licopeno. UVA: principalmente as de casca escura, são ricas em flavonoides e quercetina, que ajudam a baixar o Colesterol, melhoram o funcionamento do intestino, impedem a formação de coágulos sanguíneos. BRÓCOLIS, ESPINAFRE: vegetais do grupo das crucíferas, são ricos em substâncias anti-cancerígenas. ALHO, CEBOLA: ricos em Alicina, poderoso anticancerígeno.

José Luiz de Oliveira, José Maurício da Silva (Ceará), José Mauricio Mesquita Forte, José Porfírio da Silva, José Silva dos Santos, José Valdinei Dantas de Souza (Jamanta), Josias Alves da Silva, Juarez Martelozo Ramos, Lourival Aparecido da Silva, Luís Carlos de Oliveira (Luisinho), Luiz Antonio de Medeiros Neto, Luiz Valentim Damasceno Filho, Maria Euzilene Nogueira (Leninha), Miguel Eduardo Torres, Nelson Aparecido Cardim (Xepa), Nelson Marques da Silva, Nivaldo Crispim Patrício (Bugalu), Paulo Pereira da Silva (Paulinho), Pedro Nepomuceno de Sousa Filho, Ricardo Rodrigues (Teco), Roberto Soares Dias (Ninja), Rodrigo Carlos de Morais, Rubens Pereira, Sales José da Silva, Tadeu Morais de Sousa, Tito de Oliveira, Valdir Pereira da Silva, Yara Pereira da Silva DIRETORES (SEDE MOGI DAS CRUZES) Paulo Fernandes de Souza (Paulão) e Sílvio Bernardo

Diretor Responsável Miguel Eduardo Torres Edição e Redação Débora Gonçalves - MTb 13.083 Val Gomes - MTb 20.985 Fotografia Jaélcio Santana Diagramação Rodney Simões Vanderlei Tavares

Paulinho da Força defendeu que as centrais continuem a pressão sobre o Congresso e o governo por mudanças

Miguel Torres criticou a demora do governo em acabar com o Fator e cobrou a correção urgente da tabela do IR

Diretores e assessores do Sindicato, em frente ao INSS, reforçam a luta contra o Fator e pela correção da tabela do Leão

26 de Novembro Protesto em Brasília contra os juros altos e pela Pauta Trabalhista

A

s centrais sindicais promoveram, no dia 26, em Brasília, outra grande manifestação contra o aumento da taxa de juros. O ato foi em frente ao Banco Central, no dia de mais uma reunião do Copom (Comitê de Política

Monetária) para decidir sobre o aumento da taxa Selic. projeto que amplia a terceirização, reajuste digno para os Queremos a manutenção da política de recuperação aposentados, mais saúde e segurança no trabalho. do poder de compra do salário mínimo, jornada de 40 No próximo jornal ”o metalúrgico” daremos os horas, o fim do Fator Previdenciário, a derrubada do detalhes da manifestação.

eSporte

Final da 5ª copa de Futebol

A

rodada final foi realizada dia 23 de novembro, no Clube de Campo do Sindicato em Mogi das Cruzes, com Fame e Radial Metal disputando o título e MWM (XI da Sul) e Loopsmol na luta pela terceira colocação. No próximo jornal “o metalúrgico’ traremos todas as informações sobre o torneio, os ganhadores e a premiação. A 5ª Copa começou em maio e envolveu 37 times distribuídos em seis grupos na fase de classificação, com participação de mais de mil sócios do Sindicato.

“É um evento que está consolidado no nosso calendário de atividades, porque permite o encontro de trabalhadores de diversas empresas, de todas as regiões da cidade, não só para jogar futebol, mas fazer amizade e fortalecer a união da categoria com o Sindicato nas lutas”, diz Miguel Torres, presidente do Sindicato. O diretor Valdir Pereira, responsável pelo Departamento de Esporte, lembra que o espírito esportivo das equipes prevaleceu durante todo o torneio.

FAME

RADIAL METAL

Impressão YUNISIND Tiragem 200 mil exemplares

COBERTURA FOTOGRÁFICA DESTA EDIÇÃO Jaélcio Santana, Débora Flor, Iugo Koyama, Beatriz Arruda, Paulo Segura, Paulo Sérgio de Souza, Tiago Santana e Jonny Ueda


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reinauguraÇÃo

SEDE DE MoGi

U

m sonho realizado. Foi este o sentimento dos trabalhadores e dirigentes na reinauguração da sede do Sindicato em Mogi das Cruzes, no dia 18 de outubro. A sede ficou fechada por 19 meses. Neste período, os trabalhadores foram atendidos em outro endereço provisório no centro de Mogi. Agora, a categoria volta a ser atendida com toda estrutura e conforto na casa nova, no antigo endereço, na rua Afonso Pena, 137, na Vila Tietê. “O sonho de fazermos esta reforma se realizou. Investimos o dinheiro do trabalhador em prol do próprio trabalhador, ampliando o atendimento com instalações modernas e melhoria dos serviços, sem esquecer a luta diária pelos direitos”, disse Miguel Torres, presidente do Sindicato. A base do Sindicato em Mogi das Cruzes, Poá, Guararema e Biritiba Mirim reúne cerca de 12 mil trabalhadores, distribuídos em 10 mil empresas, e conta com dois diretores, Paulão e Silvio, que fazem o trabalho de mobilização nas fábricas da região. No ano que vem, o trabalho terá o reforço de mais um diretor. A diretora financeira Elza Pereira, que supervisionou o projeto da obra, disse que a entrega da subsede é muito importante. “É mais uma obra que o Sindicato entrega, com serviços de qualidade e espaço de lazer para os trabalhadores. Esta sede fortalece a nossa luta”, afirmou.

reabre as portas para os trabalhadores FASES DA OBRA

Autoridades- A reinauguração foi prestigiada pelo prefeito de Mogi, Marco Bertaiolli, pelo secretário municipal de Desenvolvimento, Marcos Damasio, e sindicalistas de outras categorias. Segundo o prefeito, a sede valoriza a cidade de Mogi das Cruzes. “Estamos fazendo uma parceria para o desenvolvimento do distrito industrial de Taboão e vamos trabalhar juntos para atrair novas indústrias. Nosso interesse é o mesmo, gerar empregos para a região. Podemos trazer as universidades para esta parceria para fazer cursos e gerar oportunidade de trabalho”, disse o prefeito. Arakém, secretário-geral, disse que se sentia muito honrado de integrar a diretoria do Sindicato e participar da reinauguração. “Esta sede será uma trincheira de luta dos trabalhadores de Mogi das Cruzes e uma força pra gente continuar firme na nossa luta”, afirmou. Paulinho da Força, deputado federal, disse que a região tem grandes empresas, mão de obra qualificada e que é importante ter uma sede sindical à altura dos trabalhadores. “Precisamos lutar pelos nossos salários, estamos insatisfeitos com a política econômica do governo, temos reivindicações importantes no Congresso Nacional, como o fim do Fator Previdenciário e da terceirização, a redução da jornada de trabalho, e precisamos ter espaços com mais estrutura para organizar nossas lutas e mobilizar os trabalhadores”, disse.

Foram 19 meses de muito trabalho e dedicação dos operários, supervisão da diretora Elza, acompanhamento da Diretoria e atenção especial do presidente Miguel Torres. Confira nas imagens a evolução da construção da sede de Mogi.

A antiga sede era um sobrado

O sobrado foi demolido

2012 MAIO

JUNHO

JULHO

SETEMBRO

SETEMBRO

SETEMBRO

SETEMBRO

Miguel, Elza e Arakém observam o poço do elevador OUTUBRO

DEZEMBRO

NOVEMBRO

JANEIRO

FEVEREIRO

ABRIL

ABRIL

ABRIL

MAIO

MAIO

MAIO

MAIO

OUTUBRO

OUTUBRO Sílvio, Cláudio Prado, Arakém, Paulão, Miguel Torres, Paulinho da Força e Elza saudaram e deram boas-vindas à categoria

Miguel Torres recebe os cumprimentos do prefeito Marco Bertaiolli

Cláudio Prado destacou a importância de se trabalhar para levar mais empresas para a região e ampliar os empregos

O auditório foi batizado com o nome da diretora Elza de Fátima Costa Pereira

Diretores Paulão, e Sílvio (da região de Mogi), Arakém, Paulinho, Miguel, Elza, Tadeu Morais descerram a placa de inauguração da nova sede

2013

A ESTRUTURA DA NOVA CASA A sede de Mogi tem cerca de 1.600 m². Possui quatro andares, nos quais está distribuída toda a estrutura de atendimento e serviços: recepção, ambulatório médico e consultórios dentários, elevador, sala dos aposentados, salas de atendimento de seguro-desemprego, de homologação, de reunião, departamento jurídico, auditório com mezanino, salas dos diretores, salão de recreação com terraço, quadra poliesportiva e churrasqueira, no último andar, e estacionamento. Em todos os andares há banheiros adaptados para portadores de necessidades especiais. “Nossa sede foi construída de acordo com as normas ambientais, possui jardim e área de recuo do córrego Rio Negro, que

Inauguração do elevador

passa nos fundos do terreno, piso que permite drenagem da água da chuva e outras benfeitorias”, afirmou a diretora Elza. “Estamos cuidando do patrimônio dos trabalhadores. Esta sede faz parte de um projeto idealizado há vários anos e agora realizado por uma diretoria voltada para o bem-estar dos trabalhadores”, disse Miguel Torres.

Os técnicos da obra: Deoclides (administrador), Wilson (arquiteto), Miruca (engenheiro), Elza


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cATEGoriA coNQUiSTA

8%

DE AUMENTo Elza destacou que o aumento conquistado garante o poder de compra dos salários

E

ncerramos mais uma Campanha Salarial com a conquista de aumento real de salário (acima da inflação). O acordo foi aprovado na assembleia realizada no dia 27 de outubro, no Sindicato, e garante 8% de reajuste (5,58% de inflação + 2,29% de aumento real), abonos, aumento dos pisos e a manutenção das cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho (confira quadro na página 8) Foi um dos maiores acordos firmados por uma categoria profissional este ano. “Conquistamos 2,29% de aumento real quando outras categorias tiveram 1,5%, em média. Esta conquista é resultado da nossa mobilização. Fizemos seis grandes encontros regionais, três assembleias no Sindicato, mais de 1.400 assembleias em portas de fábrica preparando a categoria pra greve. A unidade entre os 53 sindicatos metalúrgicos do Estado também foi importante. Tudo isso fortaleceu nosso comando nas negociações e pressionou os patrões”, diz Miguel Torres, presidente do Sindicato, CNTM e Força Sindical. Segundo o presidente licenciado da Força Sindical, deputado Paulinho da

GANHADORES DAS MOTOS

Arakém ressaltou que a mobilização é fundamental para conquistar

Juruna disse que a categoria está à frente das lutas dos trabalhadores

Força, “o aumento conquistado mostra a força da categoria, que conseguiu a sua reivindicação e garantiu um aumento real maior que o de outras categorias”. Para a diretora financeira, Elza Costa Pereira, a conquista do aumento real significa que a categoria teve o seu trabalho valorizado. “Isto é importante porque passaremos o ano com este salário conquistado agora”. Juruna, secretário-geral da Força, disse que “o fato de nossa categoria ter conseguido este aumento, que vai repor as nossas perdas, nos mantêm na frente

das lutas e mais fortalecidos”. Para o secretário-geral Arakém, o resultado da Campanha mostra que “o Sindicato é forte, porque os trabalhadores, quando convocados, participam e se organizam nas assembleias e nos locais de trabalho”. Três sindicatos patronais ainda não assinaram acordo: Sinaemo, Sindimotor e Sindirepa. “Vamos continuar pressionando esses sindicatos. O trabalhador deve acompanhar o seu salário e procurar o diretor do Sindicato para denunciar a empresa que não cumprir o acordo”, afirma Miguel.

Diretor Cláudio Prado falou da participação nas ações nas fábricas e regiões

Paulinho da Força valorizou a luta da categoria e sua conquista Miguel Torres integrou o comando de negociação e liderou a assembleia

ZONA OESTE

REUNIÕES REGIONAIS

Diretores responsáveis pela mobilização na região: Ceará, Luiz Valentim, Erlon, David Martins, Porfírio, Germano, Teco, Alemão, Chico Pança

ZONA NORTE No final da assembleia de aprovação do acordo salarial, o Sindicato sorteou quatro Scooters Burgman aos trabalhadores associados presentes. Os ganhadores foram: Alfredo Francisco Vieira, da Ramatec; Gilberto Francelino de Oliveira, da PTI; André Vicente do Nascimento, da MWM; Milton Novaes Rodrigues, da Schioppa. Os prêmios foram entregues pelo presidente Miguel Torres, pela diretora financeira Elza, pelo secretário-geral Arakém, pelo deputado Paulinho da Força. Parabéns aos companheiros!

Diretores responsáveis pela mobilização na região: Adnaldo, Tito, Cristina, Maloca

MOGI DAS CRUZES Diretores responsáveis pela mobilização na região: Sílvio, Paulão e Ester

ZONAS LESTE E SUL

ZONA SUL

Diretores responsáveis pela mobilização na região: Edson, Nivaldo, Zé Silva, Jamanta, Carlão, Lourival, Alsira

Diretores responsáveis pela mobilização na região: Adriano Lateri, Bombeirinho, Curió, Emerson, Josias, Mala, Maurício Forte, Yara, Mixirica, Nelson, Ninja, Rubens, Sales, Zé Luiz, coordenadores Mazuti e Noel

ZONA LESTE Diretores responsáveis pela mobilização na região: Rodrigo, Uélio, Donizeti


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campanHa Salarial

luta naS fÁBricaS

campanha amplia Acordos de

Acordos com os grupos patronais GRUPO

REAJUSTE A PARTIR DE JANEIRO/2014

3

8%

(autopeças)

Fundição

8%

Sindisider

8%

Sindfup

Estamparia de metais

19-3

(laminação, equipamentos ferroviários etc.)

2

(máquinas e eletroeletrônicos)

8%

7,5% em Jan/2014 + 0,5% em Fev/2014 8%

para empresas que anteciparem o reajuste para Nov/2013

7,5% em Jan/2014 + 0,5% em Fev/2014 8%

para empresas que anteciparem o reajuste para Nov/2013 Para salários acima do teto somar R$ 535,68

7,5% em Jan/2014 +0,5% em Fev/2014 8% para empresas que anteciparem o reajuste para Nov/2013 Para salários acima do teto somar R$ 550,54 Empresas até 30 trab.:

7,5% em Jan/2014 +0,5% em Mar/2014

10

(Fiesp e outros)

e Sindal

(cozinhas industriais)

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8% para empresas que anteciparem o reajuste para Nov/2013 Para salários acima do teto somar R$ 501,60 Empresas com + de 30 trab.:

7,5% em Jan/2014 +0,5% em Fev/2014 8%

para empresas que anteciparem o reajuste para Nov/2013 Para salários acima do teto somar R$ 513,28

TETO DE APLICAÇÃO DO REAJUSTE SALARIAL

ABONO

PISOS A PARTIR DE JANEIRO/2014

R$ 6.850,00

20% em duas parcelas: 10% até dia 4/12/13 10% até 19/12/13

Até 150 trab.: R$ 1.116,00

Para salários acima desse valor somar R$ 548,00

Não há

R$ 6.534,00 Para salários acima desse valor somar R$ 522,72

Não há

R$ 6.415,20 Para salários acima desse valor somar R$ 481,14 em jan/14 e R$ 32,08 em fev/2014

R$ 6.696,00 Para salários acima desse valor somar R$ 502,20 em jan. e R$ 33,48 em fev.

R$ 6.881,76 Para salários acima desse valor somar 516,13 em jan/2014 e R$ 34,41 em fev/2014

Empresas até 30 trab.: R$ 6.270,00 Para salários acima desse valor somar R$ 470,25 em jan/2014 e R$ 31,35 em març/2014

Empresas com + de 30 trab.: R$ 6.416,00 Para salários acima desse valor somar R$ 481,20 em jan/2014 e R$ 32,08 em fev/14

Para salários acima do teto: duas parcelas fixas de R$ 685,00

20% em duas parcelas: 10% até 20/12/13 10% até 21/01/14

22% em duas parcelas: 11% até 6/12/13 11% até 20/12/13 Para salários acima do teto: duas parcelas fixas de R$ 718,74

20% em duas parcelas: 10% até 20/12/13 10% até 20/01/14

20% em duas parcelas: 10% até 21/12/13 10% até 20/03/14 Para salários acima do teto: duas parcelas fixas de R$ 641,52

20% em duas parcelas: 10% até 21/12/13 10% até 20/03/14 Para salários acima do teto: duas parcelas fixas de R$ 669,60

22% em duas parcelas: 11% até 17/12/13 11% até 10/01/14 Para salários acima do teto: duas parcelas fixas de R$ 756,99

+ de 150 trab.: R$ 1.416,00

Até 350 trab.: R$ 1.137,00 + de 350 trab.: R$ 1.365,00

Até 350 trab.: R$ 1.089,00 + de 350 trab.: R$ 1.286,00

Até 50 trab.: R$ 981,00

rEDUÇÃo DA JorNADA N

os três meses de Campanha Salarial, o Sindicato intensificou outra campanha, a da redução da jornada semanal de trabalho, sem redução de salários, e assinou mais de 45 acordos diretos com as empresas, beneficiando mais de 6.400 trabalhadores da categoria. Em algumas fábricas, os trabalhadores conseguiram a

20% em duas parcelas: 10% até 6/12/13 10% até 20/12/13 Para salários acima do teto: duas parcelas fixas de R$ 641,60

da classe trabalhadora. “O Congresso tem obrigação de aprovar este projeto e a responsabilidade de garantir melhores condições de trabalho para os trabalhadores deste País. Esta é a minha luta”.

IMBE

Os trabalhadores garantiram a redução da jornada, de forma gradativa, com paralisação. A jornada foi reduzida de 43h para 42h em novembro e cairá para 41h em dezembro. O diretor Teco liderou a mobilização.

+ de 50 trab.: R$ 1.050,00

CLASSICA DESIGNER

Até 100 trab.: R$ 1.036,95

Os trabalhadores garantiram o primeiro acordo de redução gradativa da jornada com greve, junto com o Diretor Nivaldo Buga. A redução será de 44h para 43h a partir de janeiro e, no ano que vem, as negociações vão continuar.

De 101 a 350 trab.: R$ 1.119,27 + de 350 trab.: R$ 1.283,85

Até 100 trab.: R$ 1.026,00 De 101 a 350 trab.: R$ 1.125,36 + de 350 trab.: R$ 1.310,04

VALEO

TECNOFLEX

A greve também foi o instrumento utilizado pelos companheiros para conquistar a redução da jornada, de 42h10 para 40h, a partir de dezembro. A mobilização foi comandada pelo diretor Edson.

Depois de um dia de paralisação, os trabalhadores conquistaram a redução da jornada, que cairá de 44h, hoje, até chegar a 40h, em janeiro de 2015. O diretor Lourival negociou o acordo.

Até 50 trab.: R$ 1.073,10 De 51 a 350 trab.: R$ 1.166,40 + de 350 trab.: R$ 1.341,36

LAVILL

Os trabalhadores estão comemorando a conquista da reduçnao da jornada, que hoje é de 44h, e será reduzida em uma hora a cada seis meses, a partir de janeiro. O Diretor Sales liderou a luta.

20% em duas parcelas: 10% até 6/12/13 10% até 20/01/14

PARA SINDAL

este benefício para todos os trabalhadores brasileiros”, afirma Miguel Torres. Para o deputado federal Paulinho da Força, a redução da jornada de trabalho é uma das mais importantes reivindicações

Veja exemplos de conquistas desta mobilização

PARA GRUPO 10

Para salários acima do teto: duas parcelas fixas de R$ 641,60

redução de 44h para 40h de uma só vez. Em outras, conquistaram acordos que estabelecem uma redução gradativa da jornada, até chegar nas 40h. São novas vitórias da mobilização. “Vamos continuar com esta campanha, ampliar o número de acordos, para pressionar o Congresso Nacional a aprovar o projeto das 40 horas e estender

Até 100 trab.: R$ 1.014,00 De 101 a 350 trab.: R$ 1.119,00 + de 350 trab.: R$ 1.284,00

CIRMONTCIRCUIT

A mobilização levou à redução da jornada a partir de janeiro, segundo o diretor Uélio. A jornada hoje é de 44h.

GM (MOGI)

Em estado de greve, os trabalhadores conquistam a redução da jornada, de 42h para 41h a partir de janeiro e para 40h em abril. O diretor Sílvio Bernardo comandou a mobilização

SED ARTEFATOS DE FERRO

Os companheiros da fábrica conquistaram a redução gradativa da jornada, que hoje é de 44h, com uma greve de 14 dias, que envolvia também outras reivindicações. O diretor Alemão comandou a mobilização.


10 - o metalúrgico

novembro de 2013

o metalúrgico - 11

novembro de 2013

central

Solidariedade internacional

Apoio aos trabalhadores da Nissan nos EUA

Trabalhadores e empresários unidos contra a importação

Seguro-desemprego

Miguel Torres assume a presidência da Força Sindical

Centrais pressionam contra mudanças no benefício

Lideranças de todo o País participaram da eleição e posse de Miguel Torres

Sindicalistas na reunião com o ministro e o superintendente do Trabalho, Medeiros

Metalúrgicos participam do protesto com trabalhadores do setor textil

N

o dia 23 de outubro, em frente ao Palácio de Convenções do Anhembi, na abertura da feira chinesa GoTex Show, o nosso Sindicato participou de um protesto conjunto de trabalhadores e empresários contra a importação de produtos têxteis e de confecção sobretudo da China. Por causa das importações de US$ 5 bilhões contabilizadas de janeiro a setembro deste ano, o setor deixou de gerar 600 mil postos de trabalho, segundo dados dos empresários. No mesmo período, 55 mil trabalhadores perderam seus empregos em decorrência do fechamento de fábricas. “O governo facilita tanto as importações que a feira tinha mais de 600 expositores ensinando como importar produtos da China”, observou MIGUEL TORRES, presidente da

Teleconferência na sede da Força Sindical

Ginny, do UAW, Miguel Torres, Patah e Juruna na mesa da teleconferência

A

montadora japonesa Nissan, que em anúncios milionários fala sobre o “paraíso” que é ter um de seus veículos, trata feito escravos os trabalhadores em sua unidade de Canton, no estado do Mississipi, nos Estados Unidos. A empresa é contra os funcionários terem um Sindicato e ameaça demitir ou fechar a fábrica. Além disto, impõe jornadas excessivas, sem pagamento de horas extras, submete os trabalhadores a constrangimentos, cancela férias e folgas sem prévio aviso, impedindo que eles possam programar qualquer atividade ou passeio com suas famílias. Metade dos funcionários é temporária e ganha o equivalente à metade do salário dos efetivos. O UAW - Sindicato dos Trabalhadores do Setor Automotivo - tem sido o principal instrumento de mobilização dos trabalhadores em busca de apoio internacional à luta. Em 31 de outubro, os representantes do UAW no Brasil, Ginny Coughlin e Rafael Messias Guerra, organizaram uma videoconferência na Força Sindical, com o presidente Miguel Torres; Ricardo Patah, presidente da UGT; Juruna, secretário-geral da Força Sindical, e o professor e especialista em direito trabalhista internacional Lance Compa, que falou direto de Lisboa. O professor apresentou um relatório,

feito por ele em conjunto com a Associação Nacional pelo Progresso da População Negra (seção Mississipi), confirmando a repressão na Nissan. “A empresa viola constantemente os direitos trabalhistas internacionais”, disse. Documento a Obama Os dirigentes sindicais brasileiros disseram que vão enviar documentos ao Congresso norte-americano e ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cobrando atitudes firmes contra as práticas antissindicais da Nissan. “Os trabalhadores querem decidir por ter ou não representação sindical. Sempre lutamos pela liberdade no Brasil e pela solidariedade internacional entre a classe trabalhadora, e esta luta é legítima”, disse Miguel Torres, que em setembro foi aos Estados Unidos com uma delegaçnao de dirigentes da Força Sindical, conhecer de perto a realidade dos companheiros da Nissan e discutir ações com dirigentes sindicais, líderes religiosos, políticos e estudantes do Mississipi. Juruna saudou a iniciativa das centrais de se unir nesta ação solidária e enfrentar multinacionais que mudam de um lado pro outro apenas em busca de lucro. “É importante comparar as legislações e lembrar que esta situação acontece no país da democracia, que influenciou a revolução francesa”.

Sindicato participa de atos pelo Trabalho Decente

Sindicato participou da luta conjunta na Avenida Paulista

N

o dia 7 de Outubro, “Dia Mundial pelo Trabalho Decente”, o nosso Sindicato participou de duas manifestações em conjunto com as centrais sindicais. A primeira foi em frente a uma concessionária da Nissan, na Mooca, contra as práticas antissindicais da fábrica de Canton, no Mississipi, Estados Unidos.

Metalúrgicos protestam contra os leilões do petróleo

O

nosso Sindicato realizou, no dia 21 de outubro, um protesto contra o leilão da exploração do petróleo do campo de Libra (na Baixada Santista) e a entrega desta riqueza nacional a grupos estrangeiros. O governo fez o leilão sem debater com a sociedade e os trabalhadores. O ato, na Mooca, zona leste de São Paulo, reuniu cerca de 1.700 manifestantes. “O petróleo é uma riqueza nacional que deve beneficiar

a indústria brasileira e a geração de empregos, mas não temos nenhuma garantia de que isto ocorrerá com estes leilões precipitados”, disse Miguel Torres. O secretário-geral, Arakém, disse que o nosso País é muito rico, mas os governos não tomam conta de nossa riqueza. “Antes de ser eleita, a presidenta Dilma assumiu com os trabalhadores compromissos que não está cumprindo”, disse.

Força Sindical, CNTM e Sindicato. Para Eunice Cabral, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Setor Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados, “o Brasil precisa defender a indústria nacional e ter condições iguais na concorrência com os importados”. Sérgio Marques, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Têxteis, disse que os trabalhadores exigem do governo restrições às importações, redução da taxa de juros e a adoção de medidas fiscais e tributárias para resguardar a saúde financeira das empresas e garantir os empregos e a renda.

A segunda foi uma passeata na Avenida Paulista, da Praça Osvaldo Cruz até a sede da Fiesp (Federação das Indústrias), para entregar um documento aos empresários e mostrar à sociedade a importância do trabalho decente, com salários justos, condições dignas de trabalho, saúde e segurança nos locais de trabalho.

M

iguel Torres, presidente do Sindicato e da CNTM, assumiu em 28 de outubro a presidência da Força Sindical, no lugar de Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, que como deputado federal irá intensificar sua atuação parlamentar no Congresso Nacional e no País em defesa dos interesses políticos, sociais e econômicos da classe trabalhadora. A eleição foi feita por aclamação, na reunião da Executiva da Central realizada na sede do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de São Paulo, com a participação dos presidentes das estaduais da Força Sindical, de inúmeras entidades sindicais filiadas à central, direto-

res e assessores do nosso Sindicato. Miguel Torres, que exercia o cargo de vice-presidente da central, reforçou que irá continuar a luta pelo crescimento da Força Sindical e avanço da Pauta Trabalhista no País. “É uma enorme responsabilidade substituir o companheiro Paulinho, que tem uma exemplar história na defesa da unidade do movimento sindical e nas recentes conquistas da classe trabalhadora. Temos que continuar a luta pela redução da jornada, fim do fator previdenciário, correção da tabela do imposto de renda, manutenção dos direitos e mais benefícios”, afirmou Miguel Torres.

A

Força Sindical, por intermédio de suas Confederações, entre elas a CNTM, entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal contra o decreto do governo que mudou as regras do seguro-desemprego. O decreto dificulta o acesso dos desempregados ao benefício. Antes da mudança, o desempregado que pedisse o benefício pela terceira vez no período de dez anos precisava comprovar que estava fazendo um curso de qualificação. Agora, essa comprovação tem de ser feita a partir do segundo pedido no mesmo período. “É uma injustiça prejudicar o trabalhador quando ele mais precisa”, afirma o presidente da Força e do Sindicato, Miguel Torres,

que tem participado de reuniões com as demais centrais e o governo para discutir o problema. “Queremos que os trabalhadores tenham seus direitos preservados e dissemos isto ao ministro Manoel Dias (do Trabalho), na reunião que tivemos no dia 8, em São Paulo”disse Miguel. A reunião contou com a presença do superintendente do Trabalho, Luiz Antonio de Medeiros, diretor licenciado do Sindicato. A luta é para que as empresas beneficiadas com as desonerações fiscais diminuam a rotatividade. O governo alega que as depesas com o seguro estão muito altas e que há fraudes. A Força rebate, pois o governo está usando dinheiro do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) para fechar suas contas.

pagamento de processo

Final feliz para os trabalhadores da Tubocap No dia 11 de novembro, o Departamento Jurídico do Sindicato realizou um verdadeiro mutirão de pagamento das verbas rescisórias dos trabalhadores da Tubocap, fabricante de embalagens metálicas, que fechou as portas no começo de 2012. Logo que começaram os problemas, os trabalhadores acamparam na fábrica por 18 dias, enquanto o diretor Teco e o Departamento Jurídico, coordenado pelo diretor Mendonça, buscavam, na Justiça do Trabalho, garantir os direitos dos cerca de 450 funcionários. “Conseguimos no Tribunal a garantia da venda do maquinário e do terreno da fábrica para o pagamento dos trabalhadores. A empresa concordou com essa proposta e o nosso jurídico cuidou de todo o processo”, disse Teco. “Casos como este demoram anos para serem concluídos e muitas vezes os trabalhadores não recebem nada. Para nós, essa luta só terminaria

quando todos tivessem recebido seus direitos, e isso aconteceu”, disse o presidente do Sindicato, Miguel Torres. Desde o início da greve, no dia 31 de janeiro de 2012, os trabalhadores e suas famílias mantiveram-se firmes na luta e receberam apoio de toda diretoria e assessoria do Sindicato. “Foi uma luta difícil, mas vitoriosa”, disse Teco. Os trabalhadores agradecem. “Muita gente ficou apavorada quando a fábrica fechou, mas graças ao Sindicato a coisa andou. O processo foi bem conduzido e todo mundo bem orientado”, disse o operador de produção Marcelo Souza Julião, que trabalhou 6,5 anos na empresa. “A gente agradece a Deus e ao Sindicato, se não fosse o Sindicato lutar por nós a gente receberia nada. O Sindicato é muito forte”, disse a operadora de máquinas Maria Aparecida Ribeiro, que trabalhou mais de 15 anos na fábrica.

Advogados do Sindicato e da empresa entregam os cheques da rescisão aos trabalhadores no auditório do Sindicato

notas de falecimentos

Adeus, companheiros!

Miguel Torres no comando da manifestação

É com profundo pesar que o Sindicato comunica o falecimento de dois grandes companheiros de luta: JUAQUIM LUIZ DE FRANÇA, o Lampião, assessor de diretoria, faleceu na quarta-feira, dia 12, aos 60 anos. Natural de

Lagoa de Pedras, no Rio Grande do Norte, Lampião era meio oficial caldeireiro, veio para o Sindicato em junho de 1988, como assessor de organização. Participou de várias lutas da categoria, inclusive nacionais em defesa de interesses mais amplos da classe trabalhadora, e fazia um trabalho diário junto às empresas da zona norte da capital. Lampião estava aposentado, mas continuava na militância sindical. Era casado com Maria de Lourdes e pai de Juaquim, Rosângela e Kali-

san. Foi sepultado na quinta-feira, dia 13. GERALDO MAGELA CAMPOS MOTTA foi diretor do Sindicato de agosto de 84 a 31 de julho de 87 e coordenava o trabalho de mobilização na zona sul. Preso pela ditadura militar em 1970, fez greve de fome na Casa de Detenção junto com outros presos políticos. Mecânico de manutenção, trabalhou na Deca e outras empresas. Participou ativamente da greve da campanha salarial

de 1985, quando conquistamos a redução da jornada de trabalho de 48h para 44h semanais. Era natural de Itajubá, Minas Gerais, e faleceu aos 68 anos. Às famílias e amigos os sentimentos de pêsames e o apoio da família metalúrgica!


12 - o metalúrgico

novembro de 2013

DIA DAS CRIANÇAS

FESTA NO CLUBE REUNIU 10 MIL TRABALHADORES E SUAS FAMÍLIAS A

1ª Festa da Criança promovida pelo Sindicato, no Clube de Campo em Mogi das Cruzes, no dia 12 de outubro, foi um sucesso, com muitas atrações, alegria, brinquedos, oficinas, atividades esportivas, barracas de comidas e bebidas. O evento reuniu cerca de dez mil pessoas, sócios do Sindicato e suas famílias, que foram recebidos pela diretoria, assessores, funcionários e colaboradores. “Foi gratificante aproximar as crianças e as famílias dos trabalhadores e ver a integração de pais e filhos nas gincanas. Esta é a primeira de muitas festas que vamos realizar”, disse o presidente Miguel Torres. Para Elza Pereira, diretora de finanças, “a festa foi familiar, com apoio de monitores e pessoal da organização, distribuição de presentes

às crianças, e sem incidentes”. O secretário-geral, Arakém, afirmou que as crianças mereciam esta festa. “Criança tem que estudar e brincar”, disse, lembrando a luta pelo fim do trabalho infantil. O dia de sol foi proveitoso. Tinha palhaço, bonecos gigantes, malabaristas, apresentação musical, com destaque para o Coral e a orquestra de flauta do Centro Meu Guri, instituição mantida pelo sindicato, que atende crianças e adolescentes em situação de risco social. O Meu Guri, presidido por Elza, atende cerca de 2,5 mil crianças, adolescentess e famílias a região e tem sua sede em Mairiporã, na Serra da Cantareira (numa área rica em fauna e flora), com biblioteca e muitas oficinas (marcenaria, teatro, música, apoio à alfabetização, grupos de reflexão e terapêuticos pra comunidade).

Elza, Miguel, Arakém e Paulinho da Força no ato de boas-vindas aos trabalhadores

Miguel Torres com a família Apresentação do Coral Meu Guri

Presidente Miguel Torres recepciona trabalhadores e suas famílias

Pais e filhos integrados nas gincanas

Diretora Elza acompanhou brincadeiras com as crianças


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